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O número de casos de zika vírus no país subiu 20% de janeiro até o dia 8 de julho de 2023. As notificações passaram de 5.910 para 7.093, na comparação com mesmo período de 2022. A Região Sudeste teve o maior aumento de casos, com percentual de 11,7%.

O Ministério da Saúde informou "que os dados são preliminares e sujeitos a alterações e que a vigilância das arboviroses – o que inclui as infecções causadas pelo vírus zika – é de notificação compulsória, ou seja, todo caso suspeito e/ou confirmado deve ser obrigatoriamente notificado aos serviços de saúde”.

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No mês de abril, em meio ao aumento de casos de dengue, zika e chikungunya no Brasil, as arboviroses, o governo federal lançou uma campanha nacional de combate às doenças, transmitidas por um mesmo vetor, a picada do mosquito Aedes aegypti. 

Na ocasião, o Ministério da Saúde acionou o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE) e foram realizadas ações de apoio nos 11 estados com maior número de casos e mortes por dengue e chikungunya. Outra ação foi investimento de R$ 84,3 milhões em compra de inseticida, larvicida, distribuição de kits de diagnóstico e capacitação de profissionais de saúde. 

Em junho, o COE foi desativado após ter sido constatada queda no risco de transmissão das arboviroses em todos os estados. O número de casos notificados de zika vírus caiu 87% entre abril e julho. "Essa queda se deve às ações empenhadas no controle do vetor, às ações promovidas pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde, além de mudanças climáticas que implicam na circulação viral da dengue e chikungunya. Diante disso, considerando o cenário atual, a partir da Semana Epidemiológica (SE) 19, o COE Arboviroses foi desativado. Ainda assim, o Ministério da Saúde vai continuar monitorando o comportamento das arboviroses no Brasil ao longo de todo o ano", informou a pasta na ocasião. 

Sintomas

Os sintomas mais comuns da zika são: dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.

Prevenção

A principal forma de evitar a doença é eliminar os criadouros do mosquito, ou seja, evitar acúmulo de água parada em vasilhas, vasos de plantas e pneus velhos; instalar telas em janelas e portas; usar roupas compridas (calças e blusas) ou aplicar repelente nas áreas do corpo expostas e dar preferência a locais com telas de proteção e mosquiteiros.

Um estudo analisou o uso de biossensores sintéticos em testes rápidos para diagnosticar pacientes infectados com o vírus Zika. A pesquisa foi realizada por estudiosos do Canadá, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estudo foi desenvolvido na Universidade de Toronto (CA), e teve a validação técnica da equipe da Fiocruz PE, com o uso de amostras de pacientes do Recife. 

A pesquisa proporcionou a realização do desenvolvimento do equipamento “PLUM”, que é um leitor de reconhecimento de patógenos. Considerado de baixo custo, o equipamento tem valor aproximado de R$ 2.506,75. A previsão dos pesquisadores pernambucanos é que o aparelho também possa ser utilizado na detecção da Covid-19.

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O pesquisador da Fiocruz em Pernambuco, Lindomar Pena, coordenador da etapa brasileira da pesquisa, salientou a abordagem da técnica utilizada, com redes de genes sintéticos, que não dependem de cultivo em células. “Trata-se de uma tecnologia revolucionária, que por meio dessa iniciativa pudemos incorporar ao conhecimento científico disponível no Brasil”.

O equipamento “PLUM”, que é o leitor de placas com temperatura controlada, portátil e de baixo custo (aproximadamente US$ 500), funciona como um “laboratório em uma caixa” e pode ser utilizado em regiões remotas e com poucos recursos, de acordo com especialistas. 

Como a plataforma é programável, Lindomar disse que pode ser aplicada no reconhecimento de outros patógenos, inclusive o novo coronavírus, o que já é objeto de um novo estudo coordenado por ele mesmo.

O estudo se trata de um dos primeiros ensaios de campo a aplicar biologia sintética no diagnóstico viral em amostras de pacientes. “Mostrar que a plataforma pode ser transportada e detectar de forma precisa o vírus Zika em amostras de pacientes é um significativo passo à frente para a criação de testes mais acessíveis e descentralizados”, diz o professor da Universidade de Toronto, Keith Pardee, líder do projeto, que reúne cientistas de nove laboratórios, em cinco países (Canadá, Estados Unidos, Brasil, Colômbia e Equador).

Um artigo publicado na revista científica “Nature Biomedical Engineering”, na última segunda-feira (7), aponta que a sensibilidade e a especificidade do novo teste foram equivalentes ao PCR em tempo real, que hoje é o padrão ouro para a detecção desse e de outros vírus. Os experimentos mostram que a acurácia dos resultados (ou seja, proximidade de um resultado com o seu valor de referência real) ficou em 98,5%, com um total de 268 amostras de pacientes analisadas.

A equipe da Fiocruz Pernambuco foi escolhida para representar o Brasil nessa parceria por sua expertise demonstrada durante a epidemia de Zika ocorrida em 2015/2016, que se abateu de forma muito intensa sobre Pernambuco. 

A contribuição da instituição nos ensaios de campo dessa pesquisa interinstitucional envolveu os departamentos de Virologia e Terapia Experimental - onde Lindomar Pena atua e foram testadas as amostras de sangue, saliva e urina coletadas em humanos - e de Entomologia - onde a equipe liderada pela pesquisadora Constância Ayres realizou testes com amostras de mosquitos.

As autoridades de Kerala, no sul da Índia, lançaram um alerta em todo o estado devido à descoberta de um caso do zika vírus, anunciou uma ministra.

A ministra da Saúde de Kerala anunciou que uma mulher grávida, de 24 anos, foi diagnosticada como portadora da doença, da qual o mosquito Aedes Aegypti é o principal vetor de transmissão.

Ela acrescentou que estava sendo tratada em um hospital de Thiruvananthapuram, na capital do Estado.

Ao menos outras 13 pessoas são suspeitas de estarem infectadas, mas os resultados de suas análises ainda não foram divulgados.

Não existem vacinas ou tratamentos contra o vírus zika, que é transmitido pelo mosquito ou durante relações sexuais.

Benigno na maioria das pessoas, pode gerar o que a OMS chama agora de "síndrome congênita da infecção pelo vírus zika", que reúne complicações neurológicas e graves anomalias do desenvolvimento cerebral.

Em raras ocasiões, a contaminação de mulheres grávidas com o zika pode gerar o nascimento de bebês com microcefalia.

As autoridades informaram que a mulher infectada com o vírus começou a apresentar sintomas como febre e dor de cabeça antes de ser internada em um hospital, onde deu à luz na quarta-feira.

A mulher não havia viajado recentemente e sua mãe apresentou recentemente sintomas similares.

Equipes de saúde foram enviadas para as áreas afetadas.

A Índia protagonizou epidemias de zika vírus em 2017 e 2018. Foram registradas várias centenas de casos nos estados de Gujarat e Rajasthan (oeste) e Madhya Pradesh (centro).

Além disso, Kerala também enfrenta atualmente um surto de casos de coronavírus. Nesta sexta, o estado registrou 13.000 novos casos em 24 horas, o que o torna o estado mais afetado do país.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) apresentou, nesta quarta-feira (22), o resultado da análise das amostras de 17 macacos que foram encontrados mortos em um condomínio localizado em Aldeia, na Grande Recife. De acordo com o órgão, foram coletados materiais de 6 animais nos quais foram constatados Herpes e Zika vírus. 

A hipótese inicial de que a causa dos óbitos teria sido por febre amarela, foi descartada pela secretaria, que informou que as amostras dos materiais foram encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, e pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen- PE).  

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Ambos detectaram que dos 6 macacos analisados, 3 tiveram resultados positivos para Zika Vírus, 2 para Herpes e Zika Vírus e 1 apenas para Herpes. Todas as amostras foram negativas para febre amarela.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, reforçou o afastamento das chances de febre amarela, que antes era o principal problema, e disse que a herpes, mesmo sendo letal para os macacos, ela,  assim como a zika, no entanto, não foram as responsáveis pelas mortes dos animais silvestres. 

Para André Longo, é possível que tenha havido intervenção humana que culminou no falecimento dos macacos. 

“A herpes pode ser letal, mas a gente não pode dizer que eles morreram da herpes. No caso da zika, ela causa alguns efeitos sob o comportamento do macaco, mas não descartamos que possa ter acontecido alguma outra causa, inclusive, com a interferência humana, no caso de envenenamento. Isso precisará ser investigado”, respondeu.

Ainda de acordo com o secretário, essa a primeira vez que foi identificado o vírus da zika no ciclo silvestre em Pernambuco. A SES também informou que mosquitos da região transmissores de arboviroses estão em análise. 

A secretária executiva de Vigilância e Saúde, Luciana Albuquerque, esclareceu que uma das ações para a prevenção da proliferação do zika vírus é o apoio na vacinação que foi realizada em um dos condomínios onde houve a notificação. Ao todo, 484 pessoas imunizadas. Luciana ressaltou que a importância do achado de zika nos animais alerta para o fato de que a doença ainda tem vestígios em Pernambuco. 

"O vírus zika ainda se impõe em Pernambuco. E provavelmente se circula mais do que o normal, pois até os macacos estão sendo infectados. Isso nos atenta para os cuidados que a gente precisa tomar quando falamos de arbovirose", destacou. 

Cerca de 17 macacos tiveram mortes registradas entre 26 de dezembro de 2019 e 7 de janeiro deste ano.  

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram que há um ativismo entre as mulheres, mães de crianças com microcefalia em decorrência do Zika vírus, em busca do fortalecimento e solidariedade mútuos. Também pretendem assim reivindicar o comprometimento do Poder Público e compartilhar informações entre elas.

A antropóloga Soraya Fleischer, da Universidade de Brasília, destacou que um dos principais resultados da pesquisa desenvolvida com as mães no Recife é a identificação de um intenso processo de “empoderamento” dessas mulheres como cidadãs, diante da burocracia de diferentes esferas do Estado e de instituições do mundo privado.

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“Acompanhamos essas mulheres interpelando o Estado, a Justiça, as secretarias de Saúde, assistência social, de deficiência, de transporte. Vemos essas mulheres também percorrendo muitas instituições de saúde e aprendendo como percorrê-las, como marcar uma consulta, como manter uma relação de acompanhamento, todo mês tem uma consulta, tem todo um aprendizado, uma alfabetização no jargão médico, para entender termos, diagnósticos, números, interpretar exames.”

Só no Recife e na região metropolitana existem pelos menos quatro grandes grupos de mães de bebês com microcefalia e outras mulheres, geralmente de classe mais alta, que se associam a elas por voluntarismo, filantropia e empatia com a causa.

“O que começa com um desabafo depois passa para trocas cada vez mais especializadas sobre o que os seus filhos estão vivendo. Essas mulheres vão se reunindo, se identificando e criando coletivos políticos. É muito interessante esse processo de politização, associativismo que elas têm amadurecido e, claro, advocacy, a pressão política em cima dos órgãos responsáveis. E elas tem muito mais força quando fazem esse acionamento da pressão por grupo”, afirmou Soraya Fleisher.

Prevenção

Com a proximidade do verão, os pesquisadores se preocupam com a indefinição de como o vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, deve se comportar. No caso da dengue, também transmitida pelo mosquito, os especialistas já sabem que há um ciclo epidêmico a cada dois anos.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2015 foram registrados pouco mais de 37 mil casos prováveis de doença aguda pelo Zika. Em 2016, o número de casos ultrapassou 215,3 mil e em 2017 caiu para 17,5 mil.

Em 2018, até o fim de outubro foram registrados 7.544 casos, com taxa de incidência de 3,6 casos por 100 mil habitantes. Desse total, mais de 3,3 mil (43,8 %) casos foram confirmados.

De 2015 a 2017, o ministério recebeu a notificação de 12 óbitos por febre provocada pelo Zika e confirmou que pelo menos 345 bebês diagnosticados com microcefalia ou outras sequelas do Zika morreram desde 2015. Pelos menos 158 casos de óbitos estavam em investigação até o mês passado.

Nordeste

Inicialmente, a epidemia do Zika atingiu com mais força a Região Nordeste do país. Dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que a doença agora tem sido registrada com mais frequência nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Especialistas ressaltam que a indefinição de quando e onde poderá ocorrer novo surto não é acompanhada por ações estruturais de prevenção por parte do Estado, nem das pessoas.

“Esse é o grande desafio das arboviroses, fora do período epidêmico sai da mídia, ninguém fala mais no assunto, o recurso para a gente captar para pesquisa também reflui, porque já não está tendo tanta visibilidade. As mulheres grávidas já não percebem o risco da doença, então, são desafios grandes e há muita pergunta para ser respondida”, comenta Tereza Lyra, da Fiocruz.

A pesquisadora destaca que muitas vezes as políticas de prevenção são focadas no discurso do cuidado individual, como a recomendação para que as mulheres usem repelentes e roupas que protejam o corpo, ou deixem de morar nas áreas mais vulneráveis, onde as pessoas acumulam água para sobreviver e existem muitos focos para o mosquito.

 “Uma fala de uma mulher para mim é bem marcante: um determinado profissional de saúde disse a ela ‘mas, quem mandou você morar onde tem mosquito?’", contou a pesquisadora. “Veja a carga de violência simbólica que essa frase carrega, ‘você é culpada por seu filho ter Zika’."

Transmissão

Considerando que o vírus também é transmitido por relações sexuais, outro ponto de prevenção destacado pelos estudiosos é o investimento em planejamento familiar. Os dados revelam que a maioria das entrevistadas engravidou sem planejamento e continua não se prevenindo.

De acordo com a pesquisa da Fiocruz, muitas mães relatam que são acompanhadas pelas unidades de Saúde da Família, no entanto, não são devidamente aconselhadas sobre como devem usar os contraceptivos disponíveis na rede pública, como pílulas, camisinha e o dispositivo intrauterino (DIU).

“Teve uma mulher que relatou pra gente que criança com Zika era o quarto filho dela. Disse que em todas as gestações ela engravidou usando contraceptivo. Quando a gente foi vendo, ela usava totalmente errado. Em nenhum momento, foi explicado o uso correto do anticoncepcional, aí, para ela, esse produto não serve para nada.”

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--> Mães de bebês com microcefalia vivem novos desafios

Candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB) esteve no início da tarde desta sexta-feira (21) em um encontro para tratar de políticas públicas para pessoas com deficiência no Recife. O ato aconteceu no auditório Capiba do bloco C da UNINASSAU. Com um auditório cheio de representantes de instituições voltadas para o segmento, Alckmin ouviu críticas pela falta de propostas para a pessoa com deficiência no plano de governo já apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e prometeu investimento na criação de uma vacina para previnir o zika vírus, causador da microcefalia. 

O encontro foi iniciado com a fala da representante União de Mães de Anjos (UMA), Germana Soares, que explicou sobre a luta de ser mãe de crianças com microcefalia. No discurso ela disse ter lido os programas de governo de todos os presidenciaveis e não encontrou nada do do tucano direcionado para área de crianças com microcefalia. 

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"Vivemos um dia de cada vez. Lutamos por qualidade de vida para crianças e para as famílias. O Brasil não foi feito para pessoas com deficiência. Aqui não temos voz, ou melhor, não tínhamos até essa UMA", salientou.

Segundo Germana, em Pernambuco, apenas em 2017, 134 crianças com microcefalia vieram a óbito. A reivindicação da UMA também incluiu a articulação para a aprovação no Congresso Nacional de uma pensão indenizatória para as famílias que tiveram crianças com essa mau formação congênita após a epidemia do zika vírus em todo o país.

Amenizando a crítica, logo em seguida, a deputada federal Mara Gabrili (PSDB) listou ações de Geraldo para o setor em São Paulo e pontuou que ajudou na construção do projeto tucano para o país. Ela disse que quando quebrou o pescoço precisou ir para fora do país para se reabilitar, mas hoje não necessitaria mais porque em São Paulo tem uma rede de reabilitação para pessoas com deficiência. "Quem investe em saúde cuida do povo. O que aconteceu aqui foi falta de saneamento básico e São Paulo evoluiu muito nessa área", argumentou Gabrili, que e tetraplégica. "Sei o quanto você pode cuidar e você não precisa ficar falando no seu programa de governo não", completou. 

Em resposta à postura de Germana, Alckmin prometeu investir prevenção para doenças causadas pelo aedes aegypti. "Não temos ainda no Brasil a vacina contra o zika vírus. A da dengue estamos terminando no Instituto Butantam. Vai ser a primeira vacina do mundo tetravalente com apenas uma dose contra a dengue. Isto sendo aprovado já está em estudo para que ela torne-se pentavalente. Acoplando o zika vírus", argumentou.

Já sobre o plano de governo ter a ausência de propostas para pessoa com deficiência, ele justificou que o documento tem apenas diretrizes e as propostas para caso seja eleito foram preparadas com a coordenação de Mara Gabrili.

"O que encaminhamos ao TSE foi um conjunto de diretrizes bem resumidas, vamos encaminhar o nosso programa para vocês, foi a Mara Gabrili que coordenou e queremos levar para o Brasil o que fizemos em São Paulo. Lá fizemos uma rede que vai desde diagnóstico precoce, atendimento e cirurgia especializados para pessoa com deficiência. O outro ponto é empregabilidade. Também lá temos no programa habitacional casas que já são adaptadas para pessoas com deficiência", explicou o presidenciável.

Alckmin ainda disse no discurso que pretendia apoiar as famílias porque sabe da dor que e perder um filho.

Uma pesquisa realizada no Recife avaliará a persistência do zika vírus em fluidos de seres humanos. O vírus já foi detectado em sangue, urina, sêmen, fluidos cerebrais e espinhais, saliva e líquido amniótico. O estudo será realizado pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Fundação Oswaldo Cruz Pernambuco (Fiocruz-PE) com o financiamento e coordenação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Intitulada ZikaBRA, a pesquisa mapeará por quanto tempo o zika vírus pode ficar ativo no organismo, podendo provocar a transmissibilidade da doença entre humanos e se o vírus pode permanecer inativo e reaparecer em uma fase superior. O zika é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti, responsáveis por transmitir também dengue e chikungunya. 

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Os pacientes diagnosticados com a arbovirose pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá e por postos de saúde dos bairros da Várzea e Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife, terão uma agenda de coleta de seus fluidos no HC para o acompanhamento da pesquisa. “A transmissibilidade sexual, por exemplo, já está comprovada. Mas por quanto tempo o vírus atua? É importante avaliar o impacto dessa doença ao longo do tempo”, explica o professor da UFPE e médico do Hospital das Clínicas Carlos Brito, coordenador da parte clínica do projeto no Recife.

Os fluidos corporais serão recolhidos durante 24 meses. O resultado do levantamento está previsto para meados de 2019. Além do Recife, a pesquisa será feita em Manaus e Rio de Janeiro. 

Com informações da assessoria

Cientistas chineses identificaram uma mutação no zika vírus que pode ter contribuído para a rápida propagação do vírus nos últimos anos.

A descoberta, divulgada hoje (17) pela revista Nature, ajuda a explicar o porquê de o vírus ter provocado epidemias maiores a partir de 2013, quando um surto foi registrado na Polinésia Francesa. Pesquisadores da Universidade Tsinghua, em Pequim, já haviam identificado uma proteína produzida pelo zika vírus, chamada NS1, capaz de acentuar a capacidade de infecção dos mosquitos Aedes aegypti pelo vírus.

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Gong Cheng, líder da pesquisa em Pequim, afirma que a mutação, que surgiu no vírus asiático, aumentou ainda mais o potencial nocivo contra os humanos. “As linhagens asiáticas do vírus podem ter evoluído para atingir humanos com maior infectividade”, diz. 

A mutação na NS1 foi causada por uma substituição de aminoácidos na proteína. “A substituição da alanina por valina na posição 188 melhorou ainda mais a eficácia de transmissão do vírus da zika de humanos para mosquitos, aumentando sua prevalência em mosquitos”, completa o cientista.

Estudo inédito coordenado pelo Instituto de Bioética Anis revela o desamparo enfrentado por mães e crianças vítimas da síndrome congênita da zika e chama a atenção para a necessidade de se reavaliar os casos até agora descartados. O trabalho teve como ponto de partida os registros da doença em Alagoas, Estado que de acordo com estatísticas oficiais apresentava um número bem menor de casos da síndrome que os vizinhos Pernambuco e Paraíba.

Durante um mês, pesquisadores percorreram 21 municípios, em uma expedição de 800 quilômetros, e encontraram 54 famílias de crianças com registros suspeitos, confirmados e descartados de má-formação causada pelo zika. Relatos e números reunidos são de abandono. Uma em cada 4 crianças não tinha assistência farmacêutica. Quase metade (45%) não tinha acesso a transporte da prefeitura para ir a consultas especializadas e boa parte, mesmo reunindo requisitos, não recebia o Benefício de Prestação Continuada, concedido para crianças com a síndrome que vivem em famílias cuja renda per capita não ultrapassa um quarto de salário mínimo.

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Extensão

"Até que se prove o contrário, os dados encontrados em Alagoas mostram que a mesma coisa pode estar acontecendo na Paraíba, em Pernambuco, na Bahia, na região do Sertão", afirma a coordenador do trabalho, a antropóloga Débora Diniz. Ela adverte que, se nada for feito, a situação de abandono pode piorar com a decretação do fim da situação de emergência para zika. "A fábula do fim da epidemia não é realidade para essas mulheres e crianças. Para esse grupo, o zika ainda está presente. O mosquito não desapareceu do sertão", avalia.

A expedição liderada por Débora trouxe à tona uma face da epidemia que não se reflete nas estatísticas. Dos 54 casos analisados pelo grupo, 5 foram descartados por serem nitidamente falhas de registro. No grupo restante, de 49 crianças, 10 haviam sido descartados para síndrome congênita de zika por autoridades sanitárias. Na avaliação do grupo, de forma incorreta. "Todas reuniam características que apontavam síndrome."

Ao contrário do que ocorre em outras partes do País, para o caso ser considerado confirmado em Alagoas, é necessário que a criança faça um exame de tomografia. O Estado, no entanto, conta apenas com dois aparelhos. A exigência, para o grupo, é considerada desnecessária e, sobretudo, um empecilho para que casos possam ser identificados. "Radiologista não foi o profissional escolhido pela política nacional para fazer essa avaliação. A criança cujo exame deu inconclusivo não é encaminhada para outras especialidades", observa Débora.

Talvez não seja à toa o fato de que o Estado tenha apresentado uma taxa de casos descartados duas vezes maior do que o da Bahia. Em Alagoas, são 22 crianças com diagnóstico descartado a cada 10 mil nascidos vivos. Na Bahia, são 11.

"Não tenho a menor dúvida de que o Estado brasileiro deve retornar a todos os casos descartados da epidemia. O que sabemos da epidemia agora não é o que sabíamos no início." Ela pondera ainda que ao longo da epidemia os critérios para classificação dos casos mudou. "Com isso, não temos dados para fazer uma comparação da epidemia ao longo do tempo."

Vidas por trás de números

Aos 26 anos, Juliana da Silva Lima não esconde a falta de esperança. Moradora de Maceió, três vezes por semana ela faz uma jornada de três horas de ônibus para levar a filha Maria Beatriz, com síndrome congênita por zika, para fazer estimulação precoce. "São três horas para ir, três para voltar. Como não tenho com quem deixar, levo minha filha Yasmim, de 3 anos junto. Tenho pena, porque se ando 5 quarteirões, Yasmim também tem de andar. Não tenho como dar colo."

O filho mais velho, Antonio Felipe, de 9 anos, há quase um ano teve de ir morar com a avó, no interior alagoano. "Não tinha como cuidar dele. A rotina mudou muito. Minha vida é cuidar de Maria Beatriz." A rotina fez com que a renda da família, já minguada, caísse ainda mais. "Fazia artesanato para vender na feira. Hoje, mal consigo cuidar da comida." Com isso, a família conta apenas com salário de motorista do marido. A família entrou com pedido de BPC, mas não conseguiu.

"Nossa renda caiu. Sem falar no fato de que não encontro remédios no posto de graça para Maria Beatriz." A menina faz uso contínuo de dois medicamentos. Um para conter as convulsões, outro para deixá-la mais calma. "Não consigo deixar de comprar na farmácia o da convulsão. O outro reduzo, de acordo com o que dá."

A família prepara-se agora para entrar na Justiça, para garantir o direito do BPC. "Se tivesse os medicamentos gratuitos, o transporte, talvez conseguisse dar um jeito. Mas sem nada, precisamos do benefício."

O secretário executivo do Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário, Alberto Beltrame, afirma que os benefícios estão sendo concedidos de acordo com os pedidos. "Dos 86 casos de microcefalia no Estado confirmados, foram autorizados 64 benefícios", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil registrou, em 2016, 1.946.765 casos de dengue, chikungunya e zika e 734 mortes em decorrência dessas doenças . O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde leva em conta apenas os casos que foram notificados. 

Este ano já pode ser considerado o segundo em número de casos de dengue na história do país desde 1990 (quando se iniciaram os registros), atrás apenas de 2015, quando foram notificados 1.649.008 casos. Foram registradas 590 mortes e 812 casos graves, sendo Minas Gerais o estado mais afetado com 526.064 casos, com São Paulo contando 204.568 e Goiás 113.098 casos em seguida. 

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O chikungunya foi identificado no Brasil em 2014, crescendo 727,3% se comparado ao mesmo período de 2015, passando de 31.418 para 259.928 casos. Ocorreram 138 mortes, sendo a Bahia o estado mais afetado com 50.236 casos, em seguida Pernambuco, com 46.484 e Ceará, com 44.596. Fevereiro, março e maio foram os meses mais graves.

Os primeiros casos de zika foram confirmado no Brasil em abril de 2015, com 210.897 registros e 102608 casos confirmados em grávidas.  O Rio de janeiro foi o estado mais afetado com 66.295 casos, seguidos por Bahia e Mato Grosso com 51.033 e 22.090 respectivamente. A doença matou 6 pessoas. 

Uma pesquisa da Fiocruz e da Universidade de Glasgow, do Reino Unido, sequenciou pela primeira vez o genoma do vírus zika que circula em Pernambuco. A expectativa é que o sequenciamento contribua no desenvolvimento de vacinas usando técnicas de engenharia genética e kits de diagnóstico.

O estudo revela que o zika produz uma molécula inibidora de parte do sistema imunológico do doente, dificultando a defesa do organismo – o mesmo ocorre com a dengue e a febre amarela. O vírus utilizado no estudo foi coletado de um paciente em 2015. Os ascendentes do vírus são semelhantes ao circulante no continente asiático e no Sudeste do Brasil.

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Segundo a Fiocruz Pernambuco, a inibição do sistema imunológico do paciente é provocada pela partícula do vírus denominada sfRNA (RNA subgenomico de Flavivirus, um pequeno RNA produzido durante a infecção pelo vírus Zika) e pode ser a chave para a compreensão de como o vírus causa a doença. “Sabendo como o vírus subverte o sistema imunológico podemos testar drogas já existentes ou novas para evitar esse tipo de mecanismo e usar como terapia da infecção”, conta o pesquisador Rafael França. Comparando-se o bloqueio imunológico causado pela dengue e pelo zika, o estudo revela que o poder de inibição é maior para zika vírus.

França acredita que o vírus sequenciado, por ter sido coletado de um paciente com a doença, representa melhor o que está na natureza do que um vírus replicado em laboratório, que sofre mutação com o tempo. A intenção do grupo de pesquisa é caracterizar dezenas de genomas para verificar a evolução do vírus.

Além da Fiocruz de Pernambuco, assinam o artigo profissionais das universidades de Glasgow, Yale (EUA), Oxford (Inglaterra), University South Bohemia (República Tcheca) e Instituto Pasteur de Dakar (Senegal). As constatações estão relatadas em Full Genome Sequence and sfRNA Interferon Antagonist Activity of Zika Virus from Recife, Brazil (Sequência completa do genoma e caracterização da atividade de interferon do vírus Zika do Recife, Brasil), publicação na edição de outubro da revista PLoS Neglected Tropical Diseases. 

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) liberou, nesta terça-feira (13), mais um boletim dos casos de microcefalia em Pernambuco e as taxas de notificações continuam crescentes. Na última semana, mais um caso foi confirmado.

Desta vez, foram notificados 2.127 casos, com confirmação de 379 - um a mais em relação ao documento da semana anterior - e descartes de 1.387 supostos casos. Segue ainda em investigação 278 crianças e 83 óbitos, no entanto, quatro já receberam confirmação de microcefalia sugestiva de estar relacionada à infecção por zika vírus. 

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Foram notificadas 4.459 gestantes com exantema – manchas vermelhas no corpo – com confirmação de microcefalia intra-útero para 30 casos. A SES alerta que o exantema não é indicativo de que a mulher terá um bebê com microcefalia. 

No balanço divulgado nesta quarta-feira (24), Pernambuco manteve o número de 378 casos confirmados de microcefalia, registrados na semana anterior. Já o número de óbitos notificados subiu de 85 para 88 casos.

Dos 88 óbitos, 44 foram de natimortos, 43 neomortos (óbito logo após o nascimento) e um caso classificado como ignorado. Há 79 óbitos de crianças que ainda não possuem a microcefalia confirmada. Outras quatro mortes foram de bebês com microcefalia por zika vírus. 

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Ao todo, Pernambuco possui 1.351 casos de microcefalia descartados, 293 em investigação e o total de 2.104 casos notificados. O Estado também havia conseguido manter o mesmo número de confirmações entre a primeira e a segunda semana de agosto

O zika vírus foi detectado no esperma de um italiano seis meses depois dos primeiros sintomas da infecção, o que duplica o tempo máximo de duração registrado até o momento, segundo um estudo do instituto Spallanzani em Roma.

Este homem de 30 anos havia registrado febre e erupções ao longo de cinco dias durante uma viagem ao Haiti em janeiro, informa este estabelecimento, cujo estudo foi publicado na quinta-feira pela Eurosurveillance, revista europeia de epidemiologia.

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O instituto Spallanzani, especializado em doenças infecciosas, analisou uma série de amostras do paciente já em bom estado de saúde. A análise detectou que, 91 dias depois dos primeiros sintomas, o vírus seguia presente na urina, na saliva e no esperma. No 134º dia, apenas o esperma ainda apresentava resultado positivo.

No 188º dia, ou seja, seis meses depois dos primeiros sintomas, "a amostra de esperma seguia dando positivo", anunciou o instituto, ressaltando que o jovem não sofria de nenhuma doença crônica ou deficiência imunitária.

Durante todo este período, o paciente utilizou preservativos nas relações sexuais com sua esposa que, por sua vez, deu negativo para zika.

O vírus é particularmente perigoso para as mulheres grávidas, já que pode causar danos permanentes ao feto em desenvolvimento, incluindo a microcefalia, uma malformação congênita na qual o bebê nasce com o crânio e o cérebro menores que a média.

Frequentemente é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, mas também em relações sexuais ou por contato com sangue contaminado. Os resultados deste estudo "ressaltam a necessidade de recomendar aos pacientes afetados que se abstenham de manter relações sexuais ou que utilizem preservativos por ao menos seis meses", insistem os autores.

Os sintomas mais frequentes são erupções cutâneas e dores articulares e musculares. Mas, levando-se em conta que a infecção passa desapercebida em 80% dos casos, os autores do estudo sugerem instaurar testes sistemáticos em amostras armazenadas em bancos de esperma.

Segundo o comunicado do instituto, a Itália registrou 61 casos de infecção por zika, todos eles de pessoas que voltaram de viagens nos países afetados.

Após resultados de uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicarem a presença do vírus zika nas tradicionais muriçocas, a coordenadora do estudo, Constância Ayres estabeleceu quais serão os próximos passos a serem tomados. Segundo ela, novas pesquisas deverão ser realizadas para que sejam constatados os reais índices de participação do culex quinquefasciatus na disseminação da doença e o potencial de proliferação na espécie.

Os primeiros estudos apontaram que o contágio da muriçoca acontece quando ela entra em contato com um hospedeiro infectado, porém, as novas pesquisas irão indicar se a transmissão também pode ocorrer de maneira transovariana, ou seja, a fêmea infectada passar o vírus para sua prole, fazendo com que novos mosquitos já nasçam com o vírus. Além disso, será estabelecido qual espécie, aedes ou culex, vem sendo a maior responsável pela epidemia do zika.

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“A questão agora é descobrir se o culex é vetor primário ou secundário, definindo qual das duas espécies exibe o papel mais importante na transmissão. Precisamos investigar para definir novas estratégias de controle”, destacou a pesquisadora. “Não se sabe ainda se existe essa trasmissão transovariana tanto no aedes quanto no culex. Estamos investigando através dos ovos que coletamos essa possibilidade. Se for comprovado, significa mais uma forma de permanência do vírus na natureza o que pode a possibilidade dele se tornar endêmico como, por exemplo, aconteceu com a dengue”, complementou.

Os resultados da pesquisa também podem confirmar o porque do rápido alastramento da doença em várias partes do país, principalmente em Pernambuco, estado com mais casos, já que a espécie do culex se encontra em número 20 vezes maior ao do aedes, na Região Metropolitana do Recife. “Pensamos nessa possibilidade desde o inicio por conta da rapidez dos casos. O aedes não seria capaz de transmitir com tamanha intensidade no ambiente urbano”, ressaltou.

Com a confirmação, Constância Ayres afirma que uma nova etapa do controle a doença precisará ser iniciada, já que as espécies possuem diferentes hábitos. “Hoje existe somente um programa para controle do aedes e como eles são espécies diferentes, com hábitos diferentes, eles também requerem estratégias diferentes. O culex (Muriçoca) põe os ovos em água extremamente poluída como esgostos, fossas e canaletas, então serão necessárias medidas de saneamento básico. Já o aedes prefere água limpa e parada. Outra diferença é que o culex pica durante a noite e o aedes durante o dia, então é necessário que haja proteção nesses dois momentos”, exemplificou. 

No Recife, já existe uma pequena estratégia de combate ao culex já que ele também é responsável pela filariose, ação que de acordo com a coordenadora do estudo precisará ser intensificada. Os novos resultados da segunda etapa da pesquisa ainda não tem data para saírem.

A tenista romena Simona Halep, número 5 do ranking mundial, anunciou nesta sexta-feira que não participará dos Jogos do Rio por temer o zika vírus, horas após decisão semelhante do canadense Milos Raonic.

"Sinto ter de anunciar que decidi não disputar os Jogos Olímpicos. A razão da minha decisão é o risco que representa o zika vírus", escreveu a jogadora de 24 anos em sua página do Facebook.

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"Após falar com meus médicos e minha família, decidi que os riscos são muito elevados para a minha saúde e minha carreira, especialmente como mulher", acrescentou a romena, que chegou às quartas de final no último torneio de Wimbledon e foi finalista em Roland Garros em 2010.

Horas antes, Raonic, finalista do último torneio de Wimbledon, anunciou sua decisão de não vir aos Jogos por medo da epidemia provocada pelo vírus da zika.

"É com o coração entristecido que anuncio que não irei participar dos Jogos Olímpicos Rio-2016", disse Raonic, sétimo no ranking da ATP, em sua conta no Facebook.

"Depois de uma longa reflexão com minha família e meus treinadores, tomei esta decisão por várias razões de saúde, incluindo a incerteza que envolve o vírus zika".

Raonic, de 25 anos, indicou que foi uma "decisão difícil" e considerou que a mesma não deveria impactar na consideração dos outros esportistas sobre suas intenções de participar no Rio.

O americano John Isner, o austríaco Dominic Thiem, e a dupla australiana Bernard Tomic e Nick Kyrgios, assim como o veterano espanhol Feliciano López optaram, por diversas razões, não participar dos Jogos Olímpicos (5 a 21 de agosto).

O Brasil é o país mais afetado pela epidemia da zika, um vírus transmitido pela picada de um mosquito que pode provocar microcefalia no feto, uma malformação grave e irreversível, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O organismo recomendou às delegações que se protejam do mosquito e evitem contrair a infecção por via sexual, utilizando preservativos ou praticando a abstinência, já que o vírus pode causar também problemas neurológicos em adultos.

Mais de 20 mil gestantes vão receber 84.064 frascos de repente obtido após negociação entre a Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) e uma empresa inadimplente desde 1999. Os repelentes foram ofertados pela empresa devedora como uma forma de pagamento dos débitos.

Segundo a PGE-PE, os débitos fiscais da empresa, relativos a Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), datam do período de 1999 e 2001. Em 2005, a empresa foi executada judicialmente por uma dívida no valor de R$ 1.047.127,57.  Em dezembro de 2015, após obter o bloqueio nas contas da empresa, o Estado recuperou cerca de R$ 516 mil em dinheiro de um débito que já alcançava o montante atualizado de R$ 1,9 milhão.

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Após a empresa ofertar os produtos farmacêuticos que são produzidos por ela, a PGE-PE consultou a Secretaria Estadual de Saúde, que se mostrou interessada. Foram solicitados 84.064 frascos do repelente fabricado pela empresa em loção de 200 ml.

Os repelentes foram entregues ao Estado um dia após a expedição do mandado de adjudicação. “Com ações desta natureza, a PGE-PE reafirma sua atuação em prol do interesse público ao recuperar o crédito fiscal e colaborar com a execução de políticas públicas na área de saúde, pondo fim a uma demanda judicial que já durava mais de uma década”, afirma o procurador-chefe da Procuradoria da Fazenda Estadual, Rafael Amorim.

A distribuição dos repelentes ocorrerá em 103 municípios para gestantes atendidas pelo programa Mãe Coruja, do Governo de Pernambuco. Cada gestante que está entre o segundo e o nono mês de gravidez receberá três unidades do produto. A distribuição é uma campanha de incentivo à utilização dos repelentes, para combater as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, em especial o zika vírus, que pode causar microcefalia em fetos. 

Com informações da assessoria

Atual líder do ranking mundial do golfe, o australiano Jason Day anunciou nesta terça-feira que não virá aos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto, por causa do vírus zika. Assim, ele se tornou mais uma estrela deste esporte a culpar o temor de ser contrair a doença para não estar presente na disputa desta modalidade, que voltou a se tornar uma modalidade olímpica após 112 anos.

Na semana passada, o irlandês Rory McIlroy, quarto do ranking mundial e ganhador de quatro títulos de majors do golfe, já havia anunciado que não viria à Olimpíada por causa do zika, apesar de todas as garantias dadas pelo governo brasileiro e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o risco de contaminação com o vírus é muito pequeno durante a passagem dos atletas olímpicos pelo Rio.

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Ao justificar a sua desistência dos Jogos, Day reconheceu que o único motivo para a sua decisão é a preocupação com o risco de contrair o zika por meio de picada de mosquitos que podem ser vetores de transmissão desta doença, que tem sido associada ao nascimento de crianças com problemas de má-formação congênita.

O golfista de 28 anos de idade disse que não pretende correr este risco pelo fato de pretender ter mais filhos. Assim, ele se tornou o quinto jogador da modalidade a culpar especificamente o zika como motivo para desistência da Olimpíada. Os outros foram o sul-africano Branden Grace, atual 12.º colocado do ranking mundial, o fijiano Vijay Singh e o australiano Marc Leishman.

"É com grande pesar que anuncio que não estarei competindo nos Jogos Olímpicos de 2016 em agosto no Rio de Janeiro. A razão para a minha decisão são minhas preocupações sobre a possível transmissão do vírus zika e os riscos potenciais que pode apresentar para futuras gestações da minha esposa e futuros membros da nossa família", afirmou o australiano, por meio de um comunicado publicado em sua página no Twitter.

Day ainda destacou que estar presente na Olimpíada era "um grande objetivo" para ele, mas alegou que precisou priorizar a saúde de sua possível futura geração familiar. "Sempre coloquei minha família na frente de tudo em minha vida. Especialistas médicos confirmaram que, embora leve, uma decisão de competir no Rio vem com risco para a minha saúde e de minha família", enfatizou.

Com o grande número de desistências, a imprensa especializada em golfe tem tratado a zika como uma "muleta" para os jogadores da modalidade que já não desejavam disputar a Olimpíada, que não tem sido vista como uma prioridade por boa parte dos golfistas, até pelo fato de que a modalidade não tem tradição olímpica.

Embora tenha alegado que o vírus zika provocou a sua desistência dos Jogos Olímpicos, McIlroy passou férias em Barbados, um país que também afetado pelo surto desta doença. O australiano Adam Scott, oitavo golfista do mundo, o sul-africano Louis Oosthuizen e o irlandês Graeme McDowell, outros dois atletas da modalidades, também não virão ao Rio, mas deram outros motivos para não disputarem a Olimpíada.

As autoridades sanitárias espanholas notificaram nesta segunda-feira o segundo caso detectado no país de microcefalia relacionada ao vírus da zika, no feto de uma mulher que chegou da América Latina e que decidiu abortar.

A mulher, cuja nacionalidade não foi divulgada, observou os sintomas da zika durante o primeiro trimestre da gravidez, quando morava na América Latina, antes de viajar para a Espanha, afirmou o Ministério da Saúde em um relatório atualizado sobre os casos de zika.

"Foram detectadas malformações cerebrais no feto por ultrassonografia no segundo trimestre e a mãe solicitou a interrupção voluntária da gestação", informou o ministério. Posteriormente, "a presença do vírus foi detectada no cordão umbilical e no tecido cerebral do feto", acrescentou.

Em maio, as autoridades espanholas anunciaram o primeiro caso de microcefalia no país. A doença, uma malformação grave e irreversível que se caracteriza pelo perímetro cerebral abaixo da média em recém-nascidos, está associada a problemas de desenvolvimento e aprendizado.

Até 30 de maio, 132 casos de zika tinha sido confirmados na Espanha, 21 deles em mulheres grávidas, segundo o Ministério da Saúde. Todos os casos foram de pessoas que tinham viajado para zonas infectadas pelo vírus. O zika, um vírus transmitido pelo mosquito , se propagou rapidamente pela América Latina desde 2015.

O Brasil é um dos países mais atingidos, com 1.489 casos confirmados de microcefalia desde outubro passado, de acordo com dados recentes do Ministério da Saúde. O zika vírus também foi associado à síndrome de Guillain-Barré, um transtorno neurológico que causa paralisia e pode levar à morte.

Pernambuco registrou 1.102 confirmações de casos de chikungunya em uma semana. O Estado agora possui 7.444 confirmações da doença transmitida pelo Aedes aegypti. Nas três semanas anteriores, a média de confirmações de chikungunya era de 759 casos. 

Em 2016, já foram notificados 32.573 casos e confirmados 22 óbitos. Em 178 municípios, além do Arquipélago de Fernando de Noronha, há notificação de chikungunya.  Em 2015, foram notificados 6.840 casos suspeitos de chikungunya, sendo 3.649 confirmados e 1.420 descartados. 

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Em uma semana, o número de casos confirmados de dengue também pulou de 15.768 para 16.436. Ao todo, 19.215 notificações foram descartadas. Nas últimas oito semanas, os sete municípios com maior incidência de dengue por 100 mil habitantes foram: Brejo da Madre de Deus, Garanhuns, Tracunhaém, Ipojuca, Cedro, Ingazeira e Itapetim. 

Já notificações de zika vírus em 2016 estão em 10049 casos suspeitos em 146 municípios mais Fernando de Noronha. Desses, 23 foram confirmados e 171 descartados. Em 2015, desde o início das notificações obrigatórias de zika, iniciadas no dia 10 de dezembro, foram computados 1386 casos da doença. 

Formas graves – A Secretaria Estadual de Saúde registrou 266 situações de formas graves de arboviroses, com 60 confirmações e um descarte. 

Óbitos – De arboviroses como um todo, Pernambuco computou 233 óbitos em 2016. Desse número, 22 tiveram resultado laboratorial com a presença de chikungunya. Ainda há seis óbitos com resultado laboratorial positivo para dengue e uma morte descartada para as arboviroses. As demais estão em investigação. 

Pernambuco possui 66 municípios com risco de surto, 85 municípios em situação de alerta e 21 municípios considerados em situação satisfatória. Até o momento, 12 cidades não informaram a atual situação local.

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