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A Secretaria de Saúde da Bahia obteve o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apresentou hoje (31) em Salvador, o primeiro teste sorológico rápido nacional para detecção do vírus Zika. Assim, o exame que costumava levar semanas terá resultado em até 20 minutos.

O Secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, destaca que o teste rápido facilitará a vida da população, ao permitir às mulheres, por exemplo, saberem se já foram ou estão infectadas pelo vírus.

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“Hoje existe uma quantidade de pessoas com sintomas que não têm o diagnóstico definitivo, ou seja, você acha que a pessoa tem a zika, mas pode ser uma outra virose. A partir de agora, principalmente para as mulheres em idade gestacional, ter a informação se ela teve ou ainda não zika é extremamente relevante para a decisão dela, em iniciar uma gestação”, ressalta Fábio Villas-Boas.

Procedimento

O dispositivo tem duas fitas portáteis (cassetes), que usam uma pequena amostra de soro do paciente. Uma das fitas reage com o anticorpo IgM, identificando infecções de até duas semanas. Já o segundo cassete reage ao IgC e identifica se o paciente já teve a infecção há mais tempo. Isso permite que o teste rápido detecte os anticorpos contra o vírus da Zika, no organismo do paciente, em qualquer fase da doença.

“A zika, antes era diagnosticada, em laboratório através do PRC [método que detecta a presença de carga genética do vírus], o que era demorado e muito custoso. A partir de agora, poderemos oferecer o diagnóstico em qualquer posto de saúde nos lugares mais distantes do país, e em apenas 20 minutos, a população terá a resposta se tem ou teve zika”, explica o secretário.

Parceria

O teste foi desenvolvido em parceria da Sesab com uma empresa sul-coreana, que transferiu a tecnologia ao laboratório fabricante, a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (BahiaFarma), ligado à Secretaria de Saúde do estado. Com a autorização concedida pela Anvisa, o laboratório aguarda o pedido do Ministério da Saúde para iniciar a fabricação e distribuição a toda a população brasileira. A previsão inicial pode ser de até 500 mil testes por mês.

“O processo iniciou-se em agosto do ano passado, com a assinatura do protocolo, porém o desenvolvimento do produto ocorreu entre setembro e janeiro, e nós começamos a fazer escalonamento de lotes-piloto, para registro do produto”, conta o diretor-presidente do Laboratório público, BahiaFarma, Ronaldo Dias.

A Agência Brasil procurou o Ministério da Saúde sobre a previsão de pedido para a fabricação dos produtos, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

 

O vírus Zika foi descoberto, na Bahia, em julho de 2015, quando casos associados à Síndrome de Guillan-Barré foram confirmados. De acordo com a Sesab, nos cinco primeiros meses deste ano, 36.725 casos foram registrados na Bahia.

Deputados republicanos anunciaram um plano de US$ 622 milhões para combater o zika virus, um terço do montante que o presidente Barack Obama havia pedido três quase meses atrás.

A medida foi anunciada pelo deputado Harold Rogers, de Kentucky, e deve ser votada nesta semana. Os recursos serão destinados a criar uma vacina, testes para a detecção do vírus e controle internacional do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

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A medida será financiada por recursos previstos para o combate ao ebola, aprovados em 2014 mas não utilizados, além de sobras do Departamento de Saúde.

O senado deve votar uma medida parecida na terça-feira. Na casa, porém, o projeto teria US$ 1,1 bilhão em recursos. Fonte: Associated Press.

Em uma semana, Pernambuco descartou 174 casos suspeitos de microcefalia, segundo o último boletim, divulgado nesta quarta-feira (13). O alto número de descartes se deve ao segundo mutirão realizado pela Secretaria de Saúde de Pernambuco e a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), no dia 8 de abril.

No primeiro mutirão, o Portal LeiaJá verificou que muitas crianças, entre quatro e cinco meses de vida, ainda aguardavam um diagnóstico final. No início do grande aumento de casos, em 2015, notificava-se crianças com um perímetro craniano de 33 cm ou menos, este número sofreu algumas atualizações e está em 31,9 cm para menino e 31,5 para menina.

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O boletim da Secretaria de Saúde confirmou mais nove casos de microcefalia. O número agora está em 312 confirmados, além de 1849 notificados e 761 prováveis. Do total de confirmados, 146 foram comprovados como relacionados ao zika vírus após exame laboratorial. 

O balanço da semana também atualiza o número de casos de arboviroses no estado. As notificações de zika vírus pularam de 7,9 mil, no dia 5 de abril, para 8337 nesta quarta. Não houve atualização no número de confirmações, que está em 16.

Após um aumento significativo no número de mortes por chikungunya, houve um freio e os óbitos permaneceram em nove. Os casos notificados subiram para 16488 e confirmados para 360. 

Já a dengue tem 55502 casos notificados em Pernambuco, sendo 8448 confirmados. 

Pernambuco possui 75 municípios em situação de alerta de infestação por arboviroses, 91 em risco de surto e 15 municípios em situação satisfatória. Três cidades não informaram a atual situação. 

Pesquisadores de México e Canadá disseram nesta quinta-feira ter inventado uma armadilha de mosquitos a partir de velhos pneus capaz de recolher milhares de ovos que poderiam portar o zika vírus.

Este artifício, batizado de "ovillanta" ("ovopneu"), consiste em pedaços de borracha cortados e uma solução líquida que atrai os mosquitos Aedes aegypti, que, além, do zika transmitem a dengue e a chikungunya.

As fêmeas depositam seus ovos em uma tira de madeira ou papel dentro da armadilha de borracha molhada nesta solução. A tira pode ser removida semanalmente e os ovos destruídos com fogo ou etanol.

Especialistas em saúde esperam que esta armadilha possa ajudar as pessoas em áreas remotas onde outros métodos, como o ar condicionado, são pouco frequentes.

A ideia é reduzir o contato das pessoas com os mosquitos que propagam o zika, uma doença aparentemente leve, mas que foi vinculada ao nascimento de bebês com microcefalia no Brasil.

"Decidimos usar pneus reciclados, em parte porque já representam 29% dos locais de reprodução escolhidos pelos mosquitos Aedes aegypti, em parte porque os pneus são universalmente acessíveis em ambientes de baixos recursos, e em parte porque dar aos velhos pneus um novo uso cria uma oportunidade de limpar o meio ambiente local", disse o pesquisador Gerardo Ulibarri, da Universidade Laurentian de Ontário.

Os especialistas testaram as armadilhas na cidade guatemalteca de Sayaxche ao longo de 10 meses.

"Recolheram e destruíram mais de 18.100 ovos de Aedes por mês usando 84 'ovillantas' em sete vizinhanças", indica o estudo.

Isso foi "quase sete vezes os cerca de 2.700 ovos que recolhem mensalmente 84 armadilhas padrão (feitas com cubos de um litro) na mesma área de estudo".

As armadilhas de pneus também são muito mais baratas: custam apenas 20% do que custaria combater o inseto com pesticidas, dizem os pesquisadores.

O projeto foi pago pelo governo canadense. Ulibarri colaborou com Ángel Betanzos e Mireya Betanzos do Instituto Nacional de Saúde Pública do México e do Ministério da Saúde da Guatemala.

A solução baseada em leite utilizada para atrair os mosquitos foi desenvolvida pela universidade Laurentian.

Os pesquisadores também divulgaram um vídeo (bit.ly/1S3YFjH) com instruções para fazer as armadilhas.

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, nesta terça-feira (5), mais um boletim da microcefalia e arboviroses com os números da última semana. De acordo com os números, o que surpreende negativamente é o aumento da quantidade de óbitos por Chikungunya.

O último boletim emitido pela Secretaria, no último dia 29 de março, informava que a quantidade de mortes pela doença causada pelo mosquito Aedes aegypti teve um aumento de mais seis vítimas. Nesta semana, foram somadas nove óbitos. Além disso, foram notificados 15.332 casos, com 340 confirmações, em 164 municípios. 

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Quanto à microcefalia, houve um acréscimo de 17 casos em relação à semana anterior, com 754 casos prováveis, 303 confirmados e 490 descartados. Dentre esse número, estão 18 casos de detecção intraútero através de exames de imagem. Esses casos foram registrados em 48 municípios do estado. A SES ainda confirma que 129 das confirmações estão relacionadas ao Zika Vírus, de acordo com critério laboratorial – sorologia IgM.

De acordo com o protocolo das gestantes, o registro divulgado no boletim informa que 3.690 grávidas apresentaram exantemas – manchas no corpo -, no entanto, a Secretaria esclarece que a presença dessa característica não é indicativo de que o bebê nascerá com a microcefalia. 

Zika e Dengue

Ao todo já foram notificados 7.900 casos de Zika Vírus em Pernambuco, sendo, dentre esse número, 16 confirmações em 12 regiões de saúde.  Já os casos de Dengue somam 50.030 notificações, 7.232 confirmações e um óbito, mesmo número apresentado no boletim da última semana. 

Índice de infestação predial

De acordo com a SES, há 74 municípios em situação de alerta, 91 em risco de surto, 14 em situação satisfatória e cinco cidades não informaram o seu panorama. 

Pesquisadores americanos anunciaram nesta quinta-feira (31) que conseguiram obter o primeiro mapa tridimensional do zika, uma conquista que pode acelerar os esforços para desenvolver uma vacina contra esse vírus relacionado a más-formações nos recém-nascidos.

O zika vírus seria muito similar a outros da família dos flavivírus, que inclui a dengue, a febre amarela e a febre do Nilo Ocidental. Teria, porém, diferenças estruturais-chave, segundo o estudo publicado na revista Science.

"O vírus é como um desconhecido que oferece uma bala para uma vítima desprevenida", explicou o comunicado da Universidade Purdue, onde foi feita a pesquisa. "A célula humana vai atrás da guloseima e, aí, é agarrada pelo vírus, que, quando ataca, pode infectar a célula", acrescentou.

As características particulares do zika podem ser as que lhe permitem aderir a certas moléculas e infectar células humanas. "Talvez um inibidor possa ser desenhado para bloquear essa função e evitar que o vírus possa aderir e infectar as células humanas", comentou o professor de Biologia Michael Rossmann, de Purdue.

Ao contrário dos outros flavivírus, o zika aparentemente infecta o cérebro do feto e evidências científicas apontam que a infecção do vírus está ligada à microcefalia, uma doença congênita irreversível que provoca danos irreparáveis no desenvolvimento motor e cognitivo da criança.

"A maioria dos vírus não invade o sistema nervoso, ou o feto, graças à barreira que a placenta representa, mas o vínculo entre o desenvolvimento cerebral inadequado nos fetos sugere que o zika faz isso", afirmou Devika Sirohi, pesquisadora da Purdue.

"Não está claro como o zika pode acessar estas células e infectá-las, mas a chave pode estar em suas diferenças estruturais", completou.

O modelo desenvolvido pelos cientistas foi baseado em uma cepa do vírus de um paciente infectado durante a epidemia da Polinésia francesa entre 2013 e 2014.

Cientistas do governo americano indicaram que levará anos para desenvolver uma vacina contra o zika, um vírus sem cura e sem tratamento que se propagou pela América Latina.

Com a epidemia do vírus da Zika, causado pelo mosquito Aedes aegypti, que assola a saúde pública brasileira, pesquisadores da ciência têm se empenhado em estudar e conseguir respostas científicas sobre o vírus, apontado como responsável por um surto de microcefalia. Com a intensidade da doença, pesquisadores pernambucanos, integrantes da Faculdade de Odontologia de Pernambuco, analisam radiografias odontológicas de crianças nascidas com microcefalia cujas mães foram testadas positivamente para o vírus.

No recente estudo, os resultados preliminares apontam que os bebês apresentaram os dentes formados no mesmo padrão das crianças sem a malformação craniana. A primeira hipótese da pesquisa é que se a doença tem atingido a mãe entre a 6ª e a 10ª semana de vida intra uterina, os dentes não teriam se formado, uma vez que o folículo dentário se origina do mesmo tecido embrionário de onde se forma o sistema nervoso central. A segunda hipótese é que os dentes apresentarão defeitos de estrutura, o que os deixará mais predispostos à cárie. 

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A equipe de pesquisa científica é integrante do Programa Mestrado e Doutorado da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP) coordenado pela Profª. Aronita Rosenblatt. Para ela, o estudo da estrutura do vírus é fundamental. "Os pacientes com microcefalia e outras afecções do sistema nervoso central apresentam defeitos de esmalte dentário e esse estudo, além de gerar novos conhecimentos, permitirá que crianças tenham aplicações periódicas com um produto anticarie", explicou a pesquisadora.

A coordenadora e Profª. Aronita Rosenblatte também falou que a pesquisa deve ter continuidade com uma grande mostra. "Nossos pesquisadores continuarão examinado essas crianças em um grupo de 77 indivíduos, até os cinco anos de idade, quando serão observados os dentes permanentes” concluiu a estudiosa.

Os estudos ainda estão na fase inicial, mas o Governo de Pernambuco, através da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), já lançou edital de R$ 3 milhões para apoio aos estudos já estruturados do vírus. 

Com informações da assessoria

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Como forma de estudo e troca de conhecimentos em relação à epidemia de Zika Vírus que tem acometido o Brasil, pesquisadores se reuniram no Recife para discutir medidas e estudos que envolvem o vírus conduzido pelo mosquito Aedes aegypti

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Como Pernambuco tem o maior número de incidência de microcefalia – causados pela Zika - do Brasil, o cenário foi bastante propício para o encontro, visto que profissionais estavam presentes com a intenção de discutirem o tema. Pesquisadores de todo o país, inclusive do exterior marcaram presença no evento que dura até a próxima quarta-feira (2). 

Ainda sem conhecimento de como a epidemia foi iniciada no Brasil, o pesquisador do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch, explicou que doenças dessa dimensão são difíceis de explicar em qual momento se deu o início. O profissional ainda explica que esta epidemia ainda está em processo de evolução e, por isso, não há como definir em qual momento irá parar. 

A pesquisadora Lyda Osorio, da Colômbia, contou que no país o cenário está em sua fase inicial, havendo a incidência da doença, no entanto, ainda não possui a dimensão existente no Brasil, pois não há infecção em crianças, por exemplo. 

A obstetra especialista em medicina fetal, Adriana Melo, é pesquisadora em Campina Grande e trabalha com casos controle para a realização de análise entre os pacientes. Durante o trabalho, são realizadas várias coletas e exames a fim de identificar causas dos problemas enfrentados. A profissional informa que há uma grande troca de informações com outros estados e países, no entanto, a forma mais eficaz de combater o vírus, é erradicando o mosquito, pois se ele não for combatido agora “ele ainda vai acabar com a humanidade”. 

Confira a matéria com os depoimentos dos pesquisadores:

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Ocorre, nesta terça (1°) e quarta-feira (2), o Workshop A,B,C,D,E do Vírus Zika, da Fiocruz Pernambuco, que reúne especialistas brasileiros e estrangeiros com diferentes áreas de formação para discutir os aspectos clínicos, epidemiológicos e biológicos do vírus zika.

São 22 temas distribuídos em cinco sessões temáticas: Arbovírus, Biologia, Clínica, Diagnóstico e Epidemiologia. Entre os temas estão: Epidemiologia da microcefalia no Brasil, Complicações relacionados ao zika vírus e Desafios na pesquisa de arbovírus. 

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O evento está sendo transmitido ao vivo no site da Fiocruz

Segundo o pesquisador da Fiocruz Rafael França, ainda vai levar um tempo até a existência de uma vacina de combate ao zika vírus. “Não existe a possibilidade antes de dez anos de se colocar uma vacina para a população. Quem colocar que em um ano está testando a vacina é mentira”, afirma o pesquisador.

Rafael França está desenvolvendo uma pesquisa sobre a biologia do vírus zika e sua interação com células humanas. O estudo foi primeiro colocado no edital do Fundo Newton, iniciativa do governo britânico que visa promover o desenvolvimento social e econômico por meio de pesquisa, ciência e da tecnologia.  A pesquisa de França busca desenvolver vacinas e remédios para combater o vírus, além de esclarecer se a zika infecta células do sistema nervoso.

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“Vacina não se descobre. As pessoas pensam ‘estou no laboratório e, ah, descobri a vacina, Eureka!”, ironiza o cientista. “Eu posso fazer uma vacina experimental no laboratório em alguns meses, mas tem que primeiro testar isso numa série de etapas”, destaca. 

Resumidamente, as etapas consistem em testar a vacina em uma célula, em um animal como um camundongo, em um animal mais complexo como um macaco para, em seguida, testar em humanos. “Você tem que ter certeza que ela é segura, não pode sair imunizando um número gigante porque ela pode dar algum efeito. Então a gente pega um pequeno número de pessoas e acompanha para ver se tem alguma reação. Esse é um estudo da fase um”, detalha França.

A fase dois consiste em testar o experimento em uma quantidade maior. Já na fase três, a última, a vacina é distribuída para um grande número de pessoas. Todo esse processo é regulamentado e as pessoas vacinadas na fase três precisam ser acompanhadas num período de três a cinco anos.  

A previsão do pesquisador da Fiocruz é bem desanimadora e diferente da divulgada pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, na última quarta-feira (24), durante a visita da diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, ao Recife. Na ocasião, Castro havia dito que o Butantan e o Instituto Evandro Chagas estão trabalhando em vacinas para Zika e a previsão era de que a vacina seria desenvolvida num período inferior a um ano, sendo utilizada em três anos. 

O ministro tcheco de Saúde anunciou nesta quinta-feira os dois primeiros casos de zika vírus registrados no país em dois turistas que voltavam do Caribe. "O primeiro caso é de um homem que esteve na Martinica e o outro de uma mulher de 49 anos que esteve na República Dominicana", disse à imprensa o ministro Svatopluk Nemecek.

As duas pessoas, que voltaram ao país há duas semanas, tinham os sintomas benignos de gripe e as manchas que costumam aparecer nos casos de zika, disse Nemecek, explicando que ambas estão sendo tratadas em casa.

Acredita-se que o zika vírus seja o responsável por malformações congênitas no feto das mulheres grávidas infectadas. Em sua maioria são casos de microcefalia, que aumentaram de forma alarmante no Brasil.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o zika foi diagnosticado em 46 países. Seu portador, o mosquito Aedes Aegypti, está presente em 130 países. O Brasil é o país mais afetado, com mais de um milhão e meio de casos desde 2015, embora a OMS preveja uma explosão de casos em toda a América Latina.

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, visita o Brasil esta semana para acompanhar a epidemia do vírus Zika no país.  A previsão é que ela desembarque em Brasília na próxima terça-feira (23).

Da capital, Margaret Chan deve ir ao Recife, já que o estado de Pernambuco registra o maior número de casos de microcefalia possivelmente associados à infecção pelo Zika (182 casos da malformação confirmados e 1.203 em investigação).

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De acordo com o Ministério da Saúde, a visita da diretora-geral da OMS ocorre a convite do governo brasileiro. A agenda oficial de Margaret Chan no Brasil deve ser divulgada nesta segunda-feira (22).

No início do mês, a OMS declarou emergência em saúde pública de interesse internacional em razão do aumento de casos de infecção pelo Zika em diversos países e de uma possível relação da doença com quadros de malformação congênita e síndromes neurológicas.

O Ministério da Saúde investiga pelo menos 3.935 casos suspeitos de microcefalia possivelmente associada ao vírus. Até o dia 13 de fevereiro, 508 casos foram confirmados e 837 descartados de um total de 5.280 notificações de estados e municípios ao governo federal.

Desde a última quinta-feira (18), a notificação de casos suspeitos de infecção pelo Zika é obrigatória no Brasil. A portaria, publicada no Diário Oficial da União, prevê que todos os casos suspeitos deverão ser comunicados semanalmente às autoridades sanitárias.

Margaret Chan foi eleita diretora-geral da entidade pela primeira vez em novembro de 2006. Em maio de 2012, a  sanitarista foi reconduzida para o mandato que vai até junho de 2017. Antes, ela já havia ocupado dois diferentes postos na OMS.

Com a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que 4 milhões de pessoas sejam infectadas pelo vírus Zika no continente americano em 2016 são muitas as dúvidas sobre a doença, recém-chegada ao Brasil.

Conhecido pela medicina desde o fim dos anos 40, o Zika passou a ser assunto nos lares brasileiros depois da associação do vírus a diversos casos de microcefalia em recém-nascidos.

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Por enquanto, a certeza é que o vírus é transmitido pelo Aedes aegypti, mas outras formas de transmissão estão sendo pesquisadas.

>> Saiba o que é boato e o que é verdade sobre o vírus Zika:

- Mulheres com Zika não podem amamentar
Boato. Embora já se tenha identificado o vírus no leite materno, não houve, até o momento, relatos de transmissão do vírus Zika para o bebê na amamentação. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirma que, por conta de todos os benefícios que o leite materno traz ao recém-nascido, incluindo o aumento da imunidade, a amamentação deve ser encorajada e incentivada mesmo em áreas endêmicas para o vírus zika. A Organização Mundial da Saúde também reforça que as mães devem continuar amamentando normalmente seus filhos e ressalta que esta deve ser a única fonte de alimentação do bebê até os seis meses de vida. 

- O aumento de casos de microcefalia foi causado por vacinas contra rubéola vencida

Boato. O Ministério da Saúde diz que nenhuma vacina com vírus atenuado, como é o caso da vacina contra rubéola, é aplicada em gestantes. Além disso, não há registro na literatura médica nacional e internacional sobre a associação do uso de vacinas com a microcefalia. Em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde confirmou que a infecção por Zika em gestantes é capaz de provocar microcefalia. Desta forma, a chegada do vírus no Brasil foi o que causou o aumento inesperado do nascimento de crianças com a malformação. 

- O vírus Zika pode desencadear a Síndrome de Guillain-Barré

Verdade. A Síndrome de Guillain-Barré é uma reação muito rara a agentes infecciosos, como vírus e bactérias, entre eles o Zika. Os sintomas são fraqueza muscular e paralisia dos músculos. Eles podem apresentar diferentes graus de agressividade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o vírus Zika também pode causar outras síndromes neurológicas como meningite, meningoencefalite e mielite.

- A infecção é mais perigosa para crianças com até 7 anos

Boato. Circularam em mensagens no Whatsapp áudios mencionando que crianças menores de 7 anos e idosos estariam mais vulneráveis a sintomas neurológicos decorrentes do vírus Zika. Segundo a Fiocruz, essas informações não têm fundamentação científica. A fundação esclarece que, assim como outros vírus, a exemplo da varicela, do enterovírus e da herpes, o zika poderia causar, em pequeno percentual, complicações clínicas e neurológicas em adultos e crianças, sem distinção de idade.

- Você pode ter sido contaminado pelo Zika e não saber

Verdade. Mais de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não apresentam sintomas. Isso dificulta a contabilização dos casos pelo governo brasileiro. Para o restante dos infectados os sintomas são febre leve e manchas vermelhas pelo corpo com coceira. Muitas vezes a pessoa também apresenta conjuntivite, dores musculares ou nas articulações, com um mal-estar que começa entre dois e sete dias após a picada de um mosquito infectado.

- O vírus pode ser transmitido pelo sêmen

Não há resposta conclusiva. O vírus Zika foi encontrado no sêmen humano, porém, há apenas um caso relatado na literatura científica de transmissão do vírus Zika por relação sexual. A OMS diz que são necessárias mais evidências para assegurar que o vírus pode ser transmitido sexualmente. Até que as pesquisas sejam concluídas, a OMS aconselha que homens e mulheres que vivam ou que estejam retornando de um país onde o vírus Zika circula, principalmente mulheres grávidas e seus parceiros, se protejam usando preservativo.

- O Zika pode ser transmitido pela saliva ou pela urina

Não há resposta conclusiva. A Fiocruz divulgou recentemente resultado de estudo que mostra a presença do vírus zika ativo, ou seja, com potencial de provocar a infecção, em amostras de saliva e de urina. A fundação ainda pesquisa a possibilidade de a saliva e a urina serem meios de transmissão.

A Colômbia registrou mais de 37.000 infectados pelo vírus zika, 6.300 destes são grávidas, informou neste sábado (20) o Instituto Nacional de Saúde (INS). Os casos de zika são 37.011, 6.356 deles em grávidas, segundo o último boletim epidemiológico com dados de até 13 de fevereiro.

De todos os infectados, 30.148 estão confirmados por clínica, 1.612 por laboratório e 5.251 permanecem em suspeita. Entre as grávidas, 522 têm resultados positivos em laboratório. Na última semana analisada, o INS detectou 5.456 novos infectados. O vírus do zika está presente em 235 municípios da Colômbia, 44% deles na região central do país e 20,9% no Caribe.

Embora em geral os sintomas do zika sejam leves - febre baixa, dor de cabeça e articular e erupções - suspeita-se que as grávidas podem ter bebês com microcefalia, uma doença congênita irreversível que provoca danos irreparáveis no desenvolvimento motor e cognitivo do bebê.

Na Colômbia, onde o Ministério da Saúde vinculou o zika com três mortes de doentes de Guillain-Barré (um transtorno neurológico), são previstos mais de 600.000 infectados pelo vírus neste ano e meio milhão de casos de microcefalia repetindo a situação vivida no Brasil, o país mais afetado com mais de um milhão e meio de casos.

O vírus se expandirá por todo o continente americano, exceto Canadá e Chile, advertiu a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O combate ao Aedes aegypti tem sido uma das principais questões atuais em que forças diferentes têm sido canalizadas para um mesmo fim. Sociedade civil e pública tem se manifestado para que o mosquito-causador da Zika Vírus, Chikungunya e Dengue seja eliminado. 

Em um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), no período pós-carnavalesco, a população do Recife foi consultada e questionada sobre quem ou quais são os principais responsáveis pelo combate ao mosquito Aedes aegypti. 

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Os entrevistados, em sua grande maioria (74,8%), julgaram como sendo de responsabilidade da sociedade juntamente com o governo o papel de sanar o problema. De acordo com a voz das ruas, a união desses dois lados deve ser o melhor cenário para que essa luta seja satisfatória, afinal, é apontado que o governo deve ter a responsabilidade de conscientizar a população e os cidadãos, eliminarem os focos. 

Já 19,4% apontaram que somente a sociedade tem a responsabilidade de combater o Aedes aegypti. Dos consultados, 100% - provenientes da Classe A – deixam a cargo da população, a tarefa de eliminar focos e prevenir o mosquito. 

Outros 5,8% dos questionados, afirmam que somente o governo deve exercer o papel de combater o causador da Zika Vírus, Chikungunya e Dengue. 

 

*A pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio. Com o objetivo de investigar a opinião dos recifenses sobre o atual cenário da saúde pública e as epidemias que o assolam, o estudo ouviu mais de 600 pessoas, durante os dias 15 e 16 de fevereiro de 2016. A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados do Censo IBGE.

Diante dos problemas de saúde enfrentados pelo país por causa da proliferação do mosquito Aedes aegypti, diversas instituições brasileiras estão se mobilizando para combater o transmissor. O Grupo Ser Educacional é uma delas, e aproveitando sua presença em 12 estados, a companhia está realizando ações contra o zika vírus, a febre chikungunya e a dengue.

Segundo o Ser Educacional, estão programados bate-papos, palestras, panfletagem e eventos solenes. Todas as atividades são promovidas pelo Instituto Ser Educacional e integram a Mobilização Nacional Zika Zero, do Governo Federal.

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O Recife é uma das capitais que está sendo beneficiada pelas ações do Grupo Ser Educacional. A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau dedica minutos de silêncio em memória das vítimas. “Essa também é uma forma de alertar, de reforçar aos colegas e colaboradores do Ser Educacional sobre essa fase tão complicada da saúde nacional”, explica o coordenador do Instituto, professor Sérgio Murilo, conforme informações da assessoria de imprensa.

Crianças com microcefalia estão apresentando problemas de visão, aponta pesquisa realizada em Pernambuco. Em dez crianças com a malformação, nascidas entre maio e dezembro de 2015, foram constatadas anormalidades graves na retina e no nervo óptico.

Esta é a segunda etapa da pesquisa. Participam dos estudos profissionais da Fundação Altino Ventura (FAV), Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), Hospital Barão de Lucena, Hospital Universitário Oswaldo Cruz e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

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No primeiro momento, dois meses atrás, os oftalmologistas encontraram problemas na retina de três bebês. Desta vez, uma das novidades foi o comprometimento do nervo óptico em crianças. “Essas ocorrências são graves e irreversíveis. Se nada for feito nessas crianças é muito provável que tenham visão muito pobre ou até cegueira”, explica a oftalmologista da Fundação Altino Ventura Camila Ventura. “A retina é responsável por captar informações, enquanto o nervo é quem leva a informação do olho para o cérebro”, complementa.

Das dez crianças, 15 olhos apresentavam alterações, um total de 75% - sete delas nos dois olhos. As mães não apresentavam anormalidades na vista, mas 70% delas apresentaram, durante a gestação, sintomas como manchas vermelhas no corpo, febre, dor nas articulações e coceira, todos associados à zika. 

Os bebês investigados na pesquisa já haviam sido identificados previamente com anormalidades oculares, portanto os pesquisadores evitam dizer a probabilidade de ocorrência desses sintomas nos microcéfalos. O próximo passo do estudo, com a análise de 40 bebês com microcefalia – sem prévio registro de problema de vista - deve identificar essa porcentagem.

A recomendação é que as mães levem os filhos com microcefalia a um oftalmologista. “A gente trabalha com estimulação visual, uma espécie de fisioterapia do olho, que estimula partes da retina não afetadas”, detalha Camila. 

A Colômbia registra 31.555 pessoas infectadas com zika, das quais 5.013 são mulheres grávidas - informou neste sábado (13) o Instituto Nacional de Saúde (INS) em boletim divulgado neste sábado. "Até agora foram notificados 31.555 casos de doença pelo zika vírus em todo o território nacional", informou o organismo em comunicado. Segundo o boletim epidemiológico na última semana "foram notificados 5.910 novos casos".

O zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue, a febre amarela e o chikungunya. O boletim informou ainda que "66,1% dos casos da doença foram registrados em pessoas do sexo feminino" e que até agora "foram notificados 5.013 casos de zika em mulheres grávidas, moradoras de 32 unidades territoriais e 401 municípios".

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O acompanhamento do desenvolvimento da doença determinou que 56,4% dos casos se concentram nos departamentos de Norte de Santander (fronteira com a Venezuela), Huila (sul), Cundinamarca (centro), Barranquilla (Norte) e Tolima (sul). "Foi confirmada a circulação do vírus em 222 municípios do território nacional; 100 (45%) correspondem à região central e 46 (20,7%) correspondem à região do caribe", disse o relatório.

Na sexta-feira o ministério da Saúde anunciou que uma comissão de cinco representantes do Centro de Controle de Doenças (CDC) de Atlanta, Estados Unidos, chegaram ao país para apoiar a pesquisa sobre o zika.

O organismo disse que os especialistas tentarão determinar a incidência de infecção pelo vírus do zika nas mulheres gestantes e estabelecer a frequência de alterações no nascimento, incluindo a microcefalia, entre as mulheres assintomáticas e sintomáticas, com relação às não infectadas.

Na Colômbia, as previsões apontam para mais de 600.000 infectados pelo vírus este ano e cerca de 500 de casos de microcefalia caso se repita a mesma situação vivida no Brasil, o país mais afetado pela epidemia, com mais de um milhão e meio de casos.

O vírus vai se espalhar por todo o continente americano, exceto Canadá e Chile, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A epidemia de zika, associada a um assustador aumento dos casos de bebês com microcefalia, pode chegar nos próximos meses a grandes cidades como Rio e São Paulo, aonde ainda não circulou com intensidade, alertou Claudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Com 404 casos de microcefalia confirmados desde outubro e mais de 3.600 em análise, o especialista do ministério da Saúde traçou, em entrevista à AFP, um panorama preocupante, enquanto a ciência estuda, correndo contra o tempo, os vínculos entre o zika e esta má-formação congênita.

A pelo menos três anos do desenvolvimento de uma vacina e a menos de seis meses da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, o combate à microcefalia e ao zika, que levou a OMS a declarar emergência mundial, tem uma única estratégia: atacar o mosquito transmissor, 'Aedes Aegypti'.

A seguir, um resumo da entrevista de Maierovitch com a AFP.

AFP: Qual é o cenário mais inquietante na atualidade?

Claudio Maierovitch: O grande temor em relação ao vírus é que a região central e sudeste do país, que têm verões quentes e grande presença de mosquitos, não tiveram ainda muita circulação do vírus zika.

Esta é a grande preocupação no futuro imediato: que estados muito populosos tenham uma circulação intensa do vírus que não possa ser controlada. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Goiás, que tiveram grandes epidemias de dengue nos últimos anos, o que nos leva a acreditar que o mosquito está presente de forma muito generalizada e que pode haver transmissão de outros vírus.

AFP: E qual é o plano até que haja uma vacina?

CM: A situação hoje é dramática. O país está muito preocupado. A grande medida adotada pelo governo de imediato foi a união para combater o mosquito (...) Também é possível que depois de um primeiro ano em que a população brasileira não tinha experiência com o vírus zika, uma parte tenha se imunizado e depois de um tempo, possamos ter uma população mais imune que faça com que o vírus circule menos.

AFP: Está provado o vínculo com a microcefalia?

CM: Estabelecemos de forma conclusiva a relação durante a gravidez (...) a coincidência temporária e espacial, já que nas mesmas localidades onde houve grande circulação do vírus entre seis e oito meses mais tarde nasceram crianças com microcefalia.

Muitas mães que deram à luz crianças com microcefalias lembravam ter tido uma infecção parecida à descrita para o zika: manchas na pele, urticária, febre baixa. Além disso, identificamos vírus no líquido amniótico de grávidas cujos bebês tinham microcefalia, inclusive constatada dentro do útero e houve casos de crianças microcéfalas que morreram depois de nascer nos que também se identificou.

AFP: O zika pode ser mortal?

CM: Não sabemos se o vírus zika por si só não é capaz de produzir uma doença tão grave que leve uma pessoa à morte ou se a infecção se deu em pessoas que já tinham outras doenças e isto pode ter contribuído para a sua morte. Os casos fatais foram em número muito pequeno quando comparado com as mortes por dengue. No ano passado houve mais de 700 mortos por dengue [863, segundo dados oficiais] durante uma epidemia muito grande, de aproximadamente um milhão e meio de casos de dengue.

O foco da nossa preocupação são as gestantes.

AFP: Que garantias o Brasil oferece para os Jogos Olímpicos?

CM: O estado e a cidade do Rio investiram muito, focando seus esforços em locais onde serão realizados os jogos, nos arredores destas áreas e nas zonas da cidade onde há uma maior infestação de mosquitos. E temos o fator natural que deve ajudar, que em geral julho e agosto [inverno no hemisfério sul] fazem parte de um período em que a infestação de 'Aedes Aegypti' é muito baixa. Praticamente não temos casos de dengue a partir de julho em todo o país.

Os que vêm para as Olimpíadas se alojarão em hotéis com ar condicionado, ficarão em áreas onde a infestação não é muito alta e isto deve tranquilizar os visitantes e os atletas.

AFP: O que os modelos projetam para a epidemia?

CM: O ano passado teve uma curva de transmissão parecida à da dengue, mas durou mais tempo. A da dengue caiu em junho, julho, e a da zika continuou por mais tempo, até julho, agosto. Logo percebemos claramente que diminuiu bastante. No começo do ano, com um clima mais quente, já temos informação de que se está observando um aumento de casos.

O governo australiano anunciou, nesta sexta-feira (12), um segundo caso de vírus zika em uma grávida, contaminada no exterior. As autoridades garantiram que não há riscos para a saúde pública no país. "Uma mulher do estado de Vitória foi diagnosticada esta semana com zika, depois de voltar recentemente de um país onde o vírus prevalece. A mulher está grávida", disse a ministra regional da Saúde, Jill Hennessy.

A ministra recomendou "a população, especialmente as grávidas, a não viajar para os países afetados pelo surto de zika e acrescentou que não há riscos para a saúde pública no país. "O vírus do zika não está presente nos mosquitos da Austrália", esclareceu.

Três casos foram registrados este ano no estado australiano de Queensland, e outros dois no vizinho Nova Gales do Sul. Embora vários casos tenham sido registrados na Austrália, considera-se baixo o risco de um surto em larga escala no país.

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