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O governador Paulo Câmara (PSB) disparou contra o presidente Michel Temer (MDB) nesta quarta-feira (19), durante um encontro com empresários da construção civil. Segundo o pessebista, a falta de cumprimento das contrapartidas firmadas pelo Estado com o setor é culpa do travamento da liberação de crédito da União. Na avaliação de Paulo, Temer é “pequeno” para o cargo presidencial e age com “mesquinhez” diante dos governos estaduais que são oposição a ele. 

O encontro com Paulo fez parte de uma série de debates que estão sendo feitos pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE) e Sindicato de Habitação (Secovi-PE) com os candidatos a governador. 

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Na pauta de reivindicações apresentada pelas entidades está a inclusão na plataforma de governo a retomada da gestão de Suape e da Transnordestina, a solução do Arco Metropolitano e das obras paralisadas no Estado - que somam mais de mil intervenções -, além da solução de mobilidade metropolitana e a criação de um fundo específico para habitação de interesse social. 

Boa parcela das pautas apresentadas, na ótica do governador, depende da administração federal. “Temos um futuro desafiador. A transnordestina é fundamental e necessária a sua conclusão. É um grande gargalo. Está com 70% pronta, mas não chegou nem ao Piauí, Ceará e Pernambuco. Não tem sentido se não chegar nesses Estados… Vamos exigir que o próximo presidente faça a retomada”, salientou Paulo. 

“Já a autonomia de Suape não veio para Pernambuco por causa das nossas posições. O presidente Temer desmarcou duas vezes a vinda para Pernambuco, uma não veio por causa da nossa posição contra reforma trabalhista e a outra porque foi no dia da denúncia da JBS. Desmarcou e não quer dar, acha que Pernambuco não merece mesmo sabendo que fizemos o dever de casa”, acrescentou.

Para o governador candidato à reeleição, a atitude do presidente revela a forma de pensar do presidente. “Forma pequena. Ele é pequeno. Então vamos ter que ter paciência”, alfinetou. Ainda sobre o presidente, Paulo Câmara justificou que “muito das contrapartidas que temos na área de construção civil não andou por causa dessa restrição de R$ 340 milhões” de crédito do qual Pernambuco tem para ser liberado pela União. 

“O governo atual tem feito erros que têm sacrificado o Brasil. A história vai contar melhor, mas nós sabemos bem o que é isso. O Brasil é grande e desigual e isso tem sido muito danoso ao Nordeste brasileiro”, disparou. 

“A retomada do investimento público vai estar presente nos próximos quatro anos porque não tenho dúvida que vamos voltar a ter acesso ao crédito, isso é uma coisa mesquinha do Governo Federal, restringir o crédito aos estados que são contrários ao presidente Temer. Isso só acontece porque o presidente não tem o tamanho para sentar naquela cadeira. Ele tem que respeitar o pacto federativo. Pernambuco voltando a ter acesso a crédito vamos ter condições de dobrar os investimentos”, acrescentou pouco depois ao responder sobre questionamentos sobre soluções para gargalos da Região Metropolitana do Recife (RMR), como a mobilidade.  

Durante o encontro, que teve um clima amistoso para o governador, ele ainda fez um balanço das atividades realizadas durante os últimos anos e reforçou que a crise restringiu diversas ações. 

"Temos um balanço de 12 anos, desde o início do governo de Eduardo, importante. Pernambuco mudou sua cara nos últimos anos. Uma matriz atrasada, mas que chegou. Pernambuco mudou totalmente a sua matriz nos últimos 12 anos", disse, citando a implantação dos polos automotivo e vidreiro. Seguindo a explanação, Paulo também citou investimentos realizados nas áreas de infraestrutura, educação, hídrica, saúde.

O Sindicato das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Jaboatão dos Guararapes, Zona da Mata e Litoral Sul (Bate Estaca-PE) participa de uma audiência de conciliação com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), nesta terça-feira (10). O encontro ocorre na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT-PE). 

Segundo o presidente do Bate Estaca-PE, Luiz Cavalcanti, a classe patronal não estaria querendo cumprir um acordo firmado em novembro do ano passado referente a um aumento salarial. De acordo com Cavalcanti, ficou acertado que os trabalhadores que recebiam até R$ 3 mil por mês teriam um aumento de 9,67% e os que tinham salário acima de R$ 3 mil receberiam um aumento de 6,5%. Na época do acordo, o Bate Estaca-PE precisava atualizar documentos, e quando foram todos regularizados, o Sinduscon-PE não estaria querendo mais assinar.

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A contraproposta feita pelo Sinduscon-PE não foi bem recebida por Cavalcanti. “A classe patronal só aceita dar um aumento de 6,5 % para quem ganha acima do piso salarial, que é de R$ 1.001,00. O aumento de 9,67 % só seria dado a quem ganha o valor do piso. Um absurdo, já que o acordo foi outro”, critica.

A categoria conta com cerca de 40 mil trabalhadores do setor da construção civil e mobiliário, entre pedreiros, eletricistas, encanadores hidráulicos , armadores, pintores e carpinteiros, e é responsável pela execução de obras importantes de construtoras como Odebrecht, Queiroz Galvão, Pernambuco Construtora e Moura Dubeux.

Com informações da assessoria

A norma nº 15575 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que obrigará a aplicação de medidas que vão garantir a qualidade e durabilidade dos empreendimentos, entrará em vigor em julho. A medida visa que no momento da comercialização dos imóveis, o nível de desempenho da edificação seja indicado, favorecendo assim, a concorrência e estimulando construções de melhor categoria.

A nova regra traz considerações sobre os prazos de garantia, durabilidade e vida útil das edificações, que variam de acordo com o nível de desempenho da edificação: mínimo (M), intermediário (I) e superior (S). Entretanto, a responsabilidade caberá também para quem for utilizar ou gerenciar o imóvel. Medidas de manutenção permanentes, envolvendo ações como checagens periódicas, cuidado na estrutura e limpeza deverão ser feitas. 

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Com informações da assessoria

Nesta terça-feira (2) foi dado o início a 8ª Feira Internacional de Materiais, Equipamentos e Serviços da Construção Civil (Ficons). O evento reúne 230 expositores nacionais e internacionais no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, entre os dias 2 e 6 de outubro, das 16h às 22h. 

Entre os expositores, fabricantes e representantes de produtos para serem usados em canteiros de obras, ferramentas voltadas para o trabalhador, máquinas e equipamentos pesados, além de itens de acabamento para habitações enfocando desde soluções mais simples até as de luxo que podem ser utilizadas em reformas. 

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Apesar da variedade dos produtos ofertados ampliarem o público alvo cobiçado pelos expositores do evento, a feira é direcionada às construtoras e aos armazéns, que costumam fazer grandes negócios durantes os cinco dias.

Segundo o diretor do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon – PE), a realizadora do evento, Geraldo Gusmão, a expectativa para este ano é de que sejam realizados durante a feira e a partir de um contato iniciado nela, de mais de R$ 230 milhões em negócios. “Nossa expectativa de faturamento está entre R$ 200 milhões a R$ 250 milhões”, declarou, “mas é lógico que esse faturamento não será negociado apenas nos dias de eventos. Na realidade a feira serve de apresentação e contato entre empresa e cliente”, ressaltou Gusmão.

A expectativa é confirmada pelos próprios expositores, uma vez que vários deles, inclusive de pequeno porte, declararam esperar a conclusão de um valor entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões em vendas. “A feira aqui no Recife abrange todo o Nordeste, fortalecendo assim nossa marca e nos gerando uma expectativa de mais de R$ 500 mil reais em introdução dos nossos produtos para os clientes”, informou o diretor comercial da Astra, Joaquim Coelho.

 

INVESTIMENTOS - A aposta dos expositores são no potencial criado pelo desenvolvimento dos setores construtivos nessa região, com obras que vão desde a construção de hidrelétricas, barragens, viadutos, pontes, empreendimentos do mercado imobiliário e habitação de interesse social e do Programa Minha Casa, Minha Vida. 

Sobre a importância da Ficons para o Norte e Nordeste do Brasil, o presidente da Sinduscon-PE, destacou primeiro a consolidação do Recife como um local centralizador dos grandes eventos. “Isso é importante não só para a capital como para o estado de Pernambuco”, avalia, “mostra ainda a importância do estado na liderança que vem exercendo para a economia do Norte e Nordeste, configurada pela grande participação de empresários e profissionais de outros estados”, complementa. 

A feira conta, este ano, além dos 20 mil m² do pavilhão de eventos do Centro de Convenções, com uma área de 4 mil m² do mezanino e mais 4 mil metros em área externa, onde estão sendo expostas máquinas de grande porte e equipamentos, tais como escavadeiras e máquinas carregadeiras. Esses números representam um significativo crescimento de 35% de área em relação à edição anterior. 

São esperados por volta de 30 mil pessoas nos cinco dias de evento. Entre os expositores, o percentual de retorno tem sido de 80%.

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