Neste domingo (20), a quadrinista brasileira Mary Cagnin usou suas redes sociais para denunciar um suposto plágio de sua obra praticado pela Netflix. Em diversas publicações, a artista traça paralelos entre roteiro e estética de seu quadrinho Black Silence, publicado em 2016, com a série 1899, produzida pelo serviço de streaming.
"Está tudo lá: A pirâmide negra. As mortes dentro do navio/nave. A tripulação multinacional. As coisas aparentemente estranhas e sem explicação. Os símbolos nos olhos e quando eles aparecem. As escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas", escreveu a artista.
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De acordo com Cagnin, o plágio seria possível porque ela apresentou a obra em influentes feiras internacionais, a exemplo da Feira do Livro de Gotemburgo, na Suécia. "Participei de painéis e distribuí o quadrinho Black Silence para inúmeros editores e pessoas do ramo. Não é difícil de imaginar o meu trabalho chegando neles. Eu não só entreguei o quadrinho físico como disponibilizei a versão traduzida para o inglês", explicou.
A quadrinista também frisou que o Brasil ainda oferece poucas oportunidades para artistas que trabalham com a linguagem. "Já chorei horrores. Meu sonho sempre foi ser reconhecida pela meu trabalho nacionalmente e internacionalmente. E ver uma coisa dessas acontecendo realmente parte meu coração. Sabemos que no Brasil temos poucas oportunidades para mostrar nosso trabalho e ser reconhecido por ele", desabafou.