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A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, avisou a aliados que decidiu demitir a secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Tia Eron (PRB-BA). Damares ligou esta semana para a subordinada para se queixar da produtividade dela. A ministra também se preocupou em avisar ao presidente do PRB, o deputado federal Marcos Pereira (SP). A exoneração deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

A secretária-adjunta Roseane Cavalcante de Freitas, conhecida como Rosinha da Adefal (Avante-AL), deve assumir interinamente a cadeira deixada por Tia Eron. Rosinha é ex-deputada federal.

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Ao demitir Tia Eron, Damares justificou ter se incomodado com a "falta de produtividade" dela no ministério e também com a quantidade de pessoas "ligadas à esquerda" que ela teria nomeado para a pasta. Inconformada com as críticas, Tia Eron ligou para a prefeitura de Salvador - onde foi secretária Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza - para checar se a passagem dela por lá também tinha sido considerada negativa.

Ex-deputada federal, Tia Eron não conseguiu se reeleger no ano passado. Sem mandato, ela perdeu também a presidência do PRB na Bahia. A cúpula do partido anda insatisfeita com os posicionamentos dela.

Em 2016, Tia Eron ganhou visibilidade ao dar o voto decisivo para a aprovação, no Conselho de Ética da Câmara, do parecer que cassou o então presidente da Casa, Eduardo Cunha. Na época, ela fez suspense sobre seu qual seria seu voto, mas acabou votando contra Cunha.

A Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres é responsável pelo disque-denúncia 180, que atende mulheres vítimas de violência, e por financiar centros de acolhida, unidades de atendimento e campanhas educativas para prevenir e remediar a violência sexual e doméstica contra a mulher. Procurada pela reportagem, Tia Eron não retornou às ligações.

A nova secretária da Mulher ficou conhecida nacionalmente por um sumiço. A deputada federal Tia Eron (PRB-BA), anunciada nesta quarta-feira (2) para o cargo, era membro do Conselho de Ética em 2016 e foi responsável pelo voto decisivo da cassação do então presidente da Casa, Eduardo Cunha (MDB-RJ).

Mas antes do voto de Minerva, Tia Eron desapareceu por uma semana. Ela era próxima de Cunha e a expectativa era de que votasse contra a cassação por quebra de decoro parlamentar do deputado, que mentiu em depoimento na CPI da Petrobrás sobre a existência de contas no exterior.

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Pelo tempo em que evitou se posicionar e até aparecer em público, surgiu o bordão: "Cadê tia Eron?". Pressionada, ela acabou votando a favor do relatório que condenava Cunha à perda de mandato. Desde outubro de 2016, ele está preso em Curitiba, condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas.

Tia Eron e as demais secretarias foram anunciadas por Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, na tarde desta quarta, durante a transmissão de cargo. A deputada federal, contudo, não esteve presente na cerimônia. Segundo sua assessoria, está no interior da Bahia.

Eronildes Vasconcelos Carvalho, nome de Tia Eron, foi eleita pela primeira vez em 2014 deputada federal, mas perdeu a reeleição neste ano. Ela é membro da bancada evangélica, para a qual prestou assessoria jurídica na Câmara.

Tia Eron foi eleita a primeira vereadora negra de Salvador, pelo antigo PFL (hoje DEM), em 2000. Na Câmara dos Deputados, apresentou projetos que vão desde revogar o decreto que dá direito ao nome social para travestis e transexuais, na administração pública federal, até um que prevê o aumento de pena para crime de estupro coletivo. Tentou ainda, em outro projeto de lei, instituir a Semana da Consciência Negra.

A deputada federal terá a tarefa de comandar uma das secretarias mais polêmicas do governo Bolsonaro. Durante a campanha, ele foi alvo de críticas por declarações sexistas, como quando disse, em tom de piada, que sua filha foi uma "fraquejada", depois de quatro filhos homens. Após a repercussão, apareceu no horário eleitoral chorando ao falar da filha.

Às vésperas do primeiro turno, mulheres em diferentes cidades no País organizaram manifestações contra o candidato, que ganharam a alcunha de "Ele não".

Sem revelar como votaria diante do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a deputada federal Tia Eron (PRB-BA), considerada personagem principal no desfecho que pode sair nesta terça-feira (14), afirmou que os membros do Conselho de Ética tentam jogar para ela a responsabilidade de um assunto que os “homens da Casa não resolveram”. 

Ao tentar justificar a ausência da sessão na última terça-feira (7), a parlamentar destacou a necessidade de o colegiado ser “ressignificado”, disparou contra a pressão que os pares têm feito diante do seu voto e pediu desculpas à imprensa porque precisou, como julgadora, se preservar, com imparcialidade, com a livre capacidade de poder decidir nesse momento. 

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“Estamos aqui como julgadores e como tais, a primeira função que esse Conselho precisa ter é a capacidade de olhar para dentro de si. E se a perdermos, esse Conselho precisa ser ressignificado... Eu não compreendo como é que depois de sete meses, claro, os senhores todos homens não sabem o que é gestar, como é parir esse processo depois de sete meses, então chama "cadê Tia Eron?" para decidir o que vocês, homens, não conseguiram resolver. Então eu vou resolver”, disparou, afirmando que não foi abduzida na semana passada. 

O voto de Tia Eron (PRB-BA) é um dos mais aguardados, pois poderá definir se o parecer será rejeitado ou não, de acordo com declarações dos outros participantes do conselho. Nos bastidores, a contabilização dos votos já declarados aponta 10 contrários a cassação e 9 a favor. A parlamentar disse que votará "com consciência".

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pode votar, nesta terça-feira (14), a partir das 14h30, o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que recomenda a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O andamento do processo é arrastado pelo colegiado há sete meses e foi alvo de polêmicas, manobras e discussões entre parlamentares favoráveis e contrários a destituição do mandato do peemedebista.

De acordo com o presidente do Conselho, o deputado José Carlos Araújo (PR-BA), já não há mais como postergar o desfecho do caso. “Acredito que hoje nós acabamos esse processo que já dura sete meses; acho que não tem mais por que adiar”, disse.

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Aguardada para a última semana, a definição sobre o destino de Cunha foi adiada após José Carlos Araújo suspeitar da possibilidade de Cunha não ser cassado. Outra questão que também pesou foi o voto em separado, apresentado na terça (7) pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), aliado de Cunha, propondo uma pena mais branda para o peemedebista. Ao invés da cassação, o Conselho daria uma suspensão do mandato do parlamentar por três meses.

Nos bastidores, a contabilização dos votos já declarados aponta 10 contrários a cassação e 9 a favor. O voto da deputada Tia Eron (PRB-BA) é um dos mais aguardados, pois poderá definir se o parecer será rejeitado ou não, de acordo com declarações dos outros participantes do conselho. 

Caso Tia Eron não compareça hoje, como aconteceu na última terça, o direito ao voto passa para o primeiro suplente do bloco parlamentar da deputada que marcar presença. Entre os suplentes, há deputados a favor e contra a cassação de Cunha, o que pode gerar uma corrida para ver quem será o primeiro a chegar.

Apontada como peça chave para a definição do processo de cassação de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, a deputada Tia Eron (PRB-BA) ainda não marcou presença na reunião. A ausência tem gerado questionamentos entre os parlamentares que são a favor do parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO) que recomenda a destituição do mandato do peemedebista. Ela substituiu o primeiro relator do processo no conselho deputado Fausto Pinato (PP-SP). 

“Quero começar perguntando sobre a deputada Tia Eron. Onde ela está? Foi abduzida?”, indagou o deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), ao iniciar seu discurso na sessão. “Ela sumiu, desapareceu da cena. Sinto que isto tem mais um cheiro de manobra. Isso é algo que merece nossa atenção e reflexão. É impressionante como não se tem limites e toda ordem de pressão política está sendo feita”, corroborou o deputado Betinho Gomes (PSDB).

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A cobrança pela presença da parlamentar baiana não tem sido apenas no colegiado, mas também nas redes sociais. Com as hashtags #TiaEronCadêVocê e #VemTiaEron, deputados e internautas questionam o sumiço de Tia Eron. 

“Conselho de Ética da Câmara vota hoje a cassação de Eduardo Cunha. Dep. Tia Eron ainda não chegou. #VemTiaEron #TiaEronCadêVocê?”, pergunta a deputada federal Luiza Erundina (PSOL) no Twitter. “Tia Eron se não aparecer, vai ter que inventar uma bela desculpa pela ausência, porque a gente não aguenta mais fazer papel de trouxa. #TiaEronCadeVoce”, afirma um internauta identificado como Mario Braga. 

Outros ainda culpam o alto escalão do PRB, com quem a deputada se reuniu na noite dessa segunda-feira (6), pela ausência. 

O primeiro suplente do bloco parlamentar da deputada Tia Eron a chegar e assinar presença para votação foi o deputado Carlos Marun (PMDB-MS). Marun já se pronunciou contra o afastamento de Eduardo Cunha. Caso a titular não compareça, caberá a Marun dar o voto pela parlamentar.

Deputados se revezam, nesta terça-feira (7), em discursos a favor e contra a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conforme recomenda o parecer do relator do processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, deputado Marcos Rogério (DEM-RO). 

Favorável a destituição do mandato do peemedebista, o deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) afirmou que o parecer pela cassação é inabalável. “Chegamos à conclusão clara que Eduardo Cunha possui recurso no exterior, faz uso de recursos no exterior e não conseguiu comprovar a origem desses recursos. O deputado Marcos Rogério se esmerou e fez um relatório que destruiu os argumentos apresentados pela defesa”, disse.

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Corroborando o par, o deputado Zé Geraldo (PT-PA) pontuou que o grande mal de Eduardo Cunha não foi ter mentido à CPI da Petrobras sobre possíveis contas no exterior, mas a condução do processo de impeachment. “O grande mal não é nem o dinheiro na Suíça, foi ter feito um grande mal à democracia com esse governo interino. Por vingança instalou o processo de impeachment na Câmara”, afirmou. Ele lembrou que outros parlamentares, como o ex-vice presidente da Câmara André Vargas foram cassados por “menor dano”. 

Já o deputado Laerte Bessa (PR-DF), saiu em defesa de Cunha e argumentou que não há provas de que o presidente afastado teria mentido à CPI da Petrobras. “É esse meu posicionamento e não abro mão do que disse aqui. Talvez uma suspensão coubesse bem. Poderíamos dar uma suspensão, uma sentença mais amena. A cassação é muito dura, ela é muito perseverante”, observou. Bessa também elogiou a atuação de Eduardo Cunha na condução da Câmara durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, “a maior estelionatária do País” segundo ele.

Voto decisivo

A deputada Tia Eron (PRB-BA), que substituiu o primeiro relator do processo no conselho, deputado Fausto Pinato (PP-SP), ainda não marcou presença na reunião. O voto dela poderá definir se o parecer será rejeitado ou não. O primeiro suplente do bloco parlamentar dela a chegar e assinar presença para votação foi o deputado Carlos Marun (PMDB-MS). Marun já se pronunciou contra o afastamento de Eduardo Cunha. No caso de ausência de Tia Eron, caberá a Marun dar o voto pela parlamentar.

*Com a Agência Câmara

Considerada dona do voto que vai decidir o destino do processo disciplinar contra o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética, a deputada Tia Eron (PRB-BA) está reunida com a cúpula do partido para definir sua posição nesta terça, 7, na reunião de discussão e votação do parecer que pede a cassação do mandato do peemedebista. A informação é de que o encontro acontece neste momento com o ministro Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), presidente da sigla.

Tia Eron chegou a Brasília e evitou circular pela Câmara. Segundo fontes, a pressão sobre a deputada se intensificou nos últimos dias, desde que ela sinalizou que poderá votar com o relator Marcos Rogério (DEM-RO). Há pressões para que ela renuncie à titularidade do conselho ou falte à sessão, abrindo espaço para que um suplente aliado de Cunha vote em seu lugar. Hoje, a deputada desligou o celular para não ser facilmente localizada.

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Na semana passada, Tia Eron disse ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, que seu voto será "técnico" e pela "preservação da moral" na Câmara. "Eu sei o que tenho de fazer", afirmou na ocasião. Ela admitiu que vinha sofrendo pressão do eleitorado para ajudar a aprovar a perda de mandato do peemedebista. A ação mais forte, no entanto, vinha dos colegas. "A pressão comigo não vai funcionar. Sei lidar com mecanismos de pressão", declarou.

Após seis meses, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados começa a discutir e votar, nesta terça-feira (7), o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) indicando pela cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A expectativa, no entanto, é de que o desfecho só seja conhecido na quarta (8). 

O presidente afastado da Câmara é acusado de ter mentido durante uma oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ao negar a existência de contas no exterior em seu nome. O ato está sendo considerado quebra de decoro parlamentar. Em sua defesa, Cunha negou ser o titular das contas e afirmou que é beneficiário de trustes.

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Dentre aliados ou não do peemedebista, o placar dos parlamentares a favor e contra a cassação no Conselho de Ética está quase empatado. Cunha teria 10 votos a seu favor e outros nove deputados votariam pela cassação. Quem deve definir se empata ou não é deputada Tia Eron (PRB-BA), única que até agora não declarou o voto. 

Caso o parecer seja aprovado no Conselho de Ética, o texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que se pronunciará apenas sobre recursos que questionam a tramitação do processo, que pedem a anulação do caso. Se seguir para o Plenário, Cunha perde o mandato caso 257 dos deputados votem a favor do parecer.

Considerada dona do voto decisivo que pode livrar o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da aprovação do pedido de cassação no Conselho de Ética da Câmara, a deputada Tia Eron (PRB-BA) elogiou nesta quinta-feira, 2, o parecer do relator do caso, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), e disse que votará pela "preservação da moral" na Casa. "Eu sei o que tenho de fazer", afirmou.

Pressionada pela base eleitoral na Bahia e disputada por grupos pró e contra Cunha, a deputada viu "consistência" no relatório. "Ele foi cirúrgico, decente, não tirou proveito político para ter visibilidade. Ele foi técnico."

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No parecer que pede a cassação de Cunha, apresentado na quarta-feira ao Conselho de Ética, Rogério diz que há provas fartas de que o peemedebista mentiu à CPI da Petrobrás no ano passado, ao negar que tivesse contas no exterior. O relator aponta a prática de condutas graves e ilícitas, como o recebimento de propina do esquema de corrupção na estatal, com base nas investigações da Operação Lava Jato.

O colegiado passou por uma série de mudanças em sua composição, e segue dividido. Cunha conta com o apoio de dez dos 21 deputados titulares do colegiado. O grupo que defende a cassação do mandato soma nove votos e, para empatar o placar, precisa da adesão de Tia Eron. Se a deputada confirmar o voto pela cassação, o desempate virá do presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), adversário de Cunha.

Nas últimas semanas, Tia Eron tem evitado acompanhar todas as sessões do colegiado, para evitar o assédio. Ela marca presença, assiste aos primeiros minutos das reuniões e sai. Anteontem, ouviu a leitura das primeiras páginas do relatório, mas preferiu uma conversa individual com o relator para definir sua posição.

Nesse diálogo, Tia Eron quis entender os motivos que levaram o relator a pedir a cassação e se emocionar no fim da leitura do parecer. Rogério contou à deputada que havia sido aliado de Cunha - inclusive na campanha do peemedebista pela presidência da Câmara - e que admirava sua atuação política na Casa, mas que, ao se deparar com provas contundentes, não poderia ignorar os fatos. A própria Tia Eron votou em Cunha para o comando da Casa e, ao chegar ao Conselho de Ética, disse que a Câmara "produziu como nunca" sob a gestão de Cunha.

Pressão

Tia Eron admitiu que vem sendo sondada por colegas sobre seu voto, mas disse impor limites às pressões e não escondeu certo incômodo com quem tenta enquadrá-la. "A pressão comigo não vai funcionar. Sei lidar com mecanismos de pressão."

Mas ela reconhece que a influência maior vem dos eleitores, principalmente nas redes sociais. "Me perguntam: ‘O que é isso? Você votando lá com o Cunha?’".

Aliado de primeira hora de Cunha, o vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), diz que o esforço na próxima semana será em derrotar o relatório. O passo seguinte, afirma ele, é aprovar outro parecer com punição mais branda, possivelmente pedindo a suspensão do deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nova titular no Conselho de Ética da Câmara, a deputada Tia Eron (PRB-BA), disse não se arrepender de ter votado em Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para presidir a Casa no ano passado. Para a deputada, sob a direção de Cunha, a Câmara "produziu como nunca". "Claro que eu tenho de comemorar, isso é um grande ganho político para a população brasileira", afirmou.

Independente de seu voto na eleição para a presidência da Câmara, Tia Eron disse que agora vai ouvir todos os lados, investigar o caso e que atuará com cautela em seu voto. Ela ressaltou que não pediu ao PRB para substituir Fausto Pinato (PP-SP) e que cumprirá sua missão partidária. "Me coloco como soldada da minha bancada", declarou.

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Membros do Conselho de Ética foram surpreendidos com a decisão de Pinato de renunciar à função. Há um temor na ala contrária ao peemedebista de que a mudança venha influenciar no futuro o resultado do processo que pode culminar com a cassação do mandato de Cunha.

Vice-presidente da República

Durante a sessão administrativa do conselho, o relator do processo por quebra de decoro parlamentar contra Cunha, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), respondeu aos petistas que insistiam, em discurso, que há um golpe em curso para afastar a presidente Dilma Rousseff e Cunha se tornar vice-presidente da República.

Rogério explicou que o peemedebista está constitucionalmente impedido de assumir a vaga caso Michel Temer se torne o presidente e venha a se ausentar. "Réu não assume a presidência", explicou.

O PRB indicou para a vaga do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) no Conselho de Ética a novata Tia Eron (BA). Membros do Conselho de Ética foram surpreendidos com a decisão de Pinato, que era segundo vice-presidente do colegiado, em renunciar à vaga de titular.

Pinato foi relator do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Era um dos votos contrários ao peemedebista no colegiado. Com Pinato, o colegiado teve 11 votos a 10 favoráveis a admissibilidade do processo disciplinar. "É estranho", resumiu o atual relator do processo, deputado Marcos Rogério (DEM-RO).

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A vaga de Pinato fazia parte da cota de indicações do PRB. Segundo relatos, o vice-líder da bancada, Marcelo Squassoni (SP), solicitou a vaga alegando que o espaço era importante para o partido. Pinato migrou para o PP e cedeu ao pedido do PRB. Nem Squassoni, nem o líder Celso Russomanno (SP) e a deputada retornaram as ligações telefônicas do Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

Os colegas de conselho não foram informados com antecedência da decisão de Pinato e ainda buscam informações sobre o perfil da deputada. "Me parece que ela é uma boa pessoa", comentou o vice-presidente do conselho, deputado Sandro Alex (PSD-PR).

Há um temor na ala contrária ao peemedebista de que a mudança influencie na correlação de forças no colegiado e venha influenciar no futuro o resultado do processo que pode culminar com a cassação do mandato de Cunha.

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