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O massacre do Carandiru completa 30 anos no próximo domingo, 2, sem que os 74 policiais militares denunciados pelo assassinato de 111 presos após uma rebelião no pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, na zona norte da cidade, tenham começado a cumprir suas sentenças. Eles foram condenados a penas que chegam a 624 anos de prisão, mas o desfecho do processo tem sido atrasado por sucessivos recursos na Justiça.

Durante uma década, o processo ficou travado aguardando uma decisão definitiva sobre quem deveria julgar os policiais: a Justiça militar ou a Justiça comum. Eles só foram a júri popular entre 2013 e 2014. Os julgamentos precisaram ser fatiados por causa do número de réus.

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A condenação pelo Tribunal do Júri não significou, no entanto, a prisão dos PMs. Eles receberam autorização para aguardar a conclusão do processo em liberdade. Desde então, o caso tem sido marcado por reviravoltas judiciais. O Tribunal de Justiça de São Paulo chegou a anular as condenações e a determinar novos julgamentos por considerar que a acusação não conseguiu apontar exatamente qual a culpa de cada policial.

"Pela lei, quando há mais de uma pessoa agindo conjuntamente, todos respondem pela mesma infração penal. É o que diz o nosso Código Penal. Foi isso que o Ministério Público levou adiante: a individualização possível", explica o promotor de Justiça Márcio Friggi, que assumiu o caso em 2013. "Pouco importa se o policial A matou a vítima B ou se foi o C que matou a vítima D."

Em um novo capítulo do processo, que soma mais de 100 mil páginas, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) restabeleceram a decisão dos jurados. A discussão agora é sobre a dosimetria das penas, que a defesa considera excessivas. As sentenças só devem começar a ser cumpridas quando o caso transitar em julgado (quando não há mais margem para recurso).

"A condenação não se discute mais: eles estão condenados pelo júri", afirma Friggi. "Agora o caso volta para o Tribunal de São Paulo, que vai apreciar os pedidos relacionados à pena. Infelizmente, isso vai gerar uma nova decisão e deste acórdão podem ser interpostos novos recursos, tanto especial para o STJ quanto extraordinário para o Supremo. Para transitar em julgado mesmo, vai levar um tempo."

Há ainda a chance do caso prescrever, o que significa que o Estado perde o direito de punir os responsáveis pelo massacre. A condenação reinicia a contagem da prescrição, mas o risco é maior para réus com mais de 70 anos. Isso porque o prazo prescricional, que para os crimes de homicídio é de 20 anos, cai pela metade.

Na avaliação do sociólogo e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP Gustavo Higa, o massacre do Carandiru "é um labirinto jurídico". "Nunca foi esclarecido publicamente quem deu a ordem para a invasão que resultou no massacre", afirma. Ele reforça que os avanços também foram lentos em relação às indenizações.

Levantamento atualizado neste mês pelo Núcleo de Estudos sobre o Crime e a Pena (NECP) da FGV encontrou 75 processos de indenização movidos por 154 familiares de vítimas, principalmente mães. Ao todo, 69 ações foram julgadas procedentes e em 25 delas, um terço dos pedidos, os familiares receberam o valor total homologado judicialmente. Nas ações individuais, os valores variam de R$ 5 mil a R$ 105 mil. Nas com mais de um autor, há pagamentos de até R$ 755 mil.

O atraso também chama atenção no caso das indenizações. Grande parte dos precatórios foram concedidos mais de duas décadas após o massacre do Carandiru. O tempo médio, do início até o arquivamento do processo, é de 22 anos e 6 meses - ao menos 16 familiares, entre pais e mães das vítimas, faleceram enquanto esperavam o pagamento da indenização, o que habilitou novos herdeiros.

"O Estado não só não ofereceu uma comissão, como as vítimas entraram no processo judicial como qualquer pessoa", disse a pesquisadora da FGV Direito SP Marta Machado, uma das organizadoras do livro Carandiru não é coisa do passado. "Alguns familiares, mães e pais, morreram sem ter uma decisão da Justiça dizendo ‘seu filho foi morto em uma ação indevida do Estado’."

Anistia

Em paralelo, a Câmara dos Deputados recebeu um Projeto de Lei (PL) para anistiar os policiais envolvidos no massacre. O texto de autoria do deputado bolsonarista Capitão Augusto (PL-SP), líder da bancada da bala, foi aprovado no mês passado pela Comissão de Segurança Pública e deve passar agora pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), última etapa antes da votação no plenário. O PL diz que "não é justo" condenar policiais que "tiveram a dura missão de arriscar suas próprias vidas em defesa da sociedade ao agirem com os meios necessários para a contenção de uma violenta rebelião".

Embora, historicamente, o instrumento da anistia tenha sido usado no Brasil para perdoar crimes de natureza política, não há regra na Constituição que proíba o perdão de crimes contra a vida. O presidente Jair Bolsonaro (PL) já defendeu o indulto aos PMs. "Se o comandante do Carandiru [coronel Ubiratan Guimarães] estivesse vivo, eu daria", comentou o presidente em 2019.

O coronel Ubiratan Guimarães, então comandante da Polícia Militar de São Paulo, foi assassinado em 2006. Ele foi a única autoridade condenada pela ação no Carandiru, mas não chegou a cumprir pena porque o Tribunal de Justiça do Estado anulou o júri. Os desembargadores entenderam que o coronel não poderia ter sido responsabilizado pelas mortes porque os jurados aceitaram a tese de que ele agiu no estrito cumprimento do dever legal. Durante o processo, Guimarães foi eleito deputado estadual pelo PTB com 56 mil votos em 2002. O número na urna foi o "111".

Quando ainda era deputado, Bolsonaro também foi o único a defender publicamente o então governador de São Paulo, Antônio Fleury Filho (MDB), após o massacre.

O Estadão entrou em contato com a advogada dos policiais que respondem ao processo, mas não teve retorno. Ela comunicou ao STF no mês passado que estava deixando o caso por "motivos de foro íntimo". O ministro Luís Roberto Barroso, relator, mandou a advogada comprovar que os PMs foram comunicados da renúncia. A reportagem não localizou a nova defesa.

Nascimento e expansão do PCC

A Casa de Detenção de São Paulo foi desativada em 2002, na gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), e em dezembro daquele ano os pavilhões foram demolidos. O complexo penitenciário deu lugar ao Parque da Juventude e ao Museu Penitenciário Paulista. O pavilhão 9, palco dos 111 assassinatos, virou um estacionamento.

Antes mesmo da desativação, o massacre do Carandiru foi seguido por uma política de expansão e interiorização das prisões em São Paulo. O Estado tem hoje 179 presídios.

"O plano de expansão na verdade faz com que se crie no interior de São Paulo cidades-presídio. Algumas têm mais pessoas presas do que pessoas fora da prisão. A expansão na verdade é um projeto carcerário de desenvolvimento", afirma a escritora e pesquisadora Juliana Borges, que estuda política criminal e relações raciais. "Infelizmente eu acho que esse é mais um desrespeito à memória das vítimas do massacre do Carandiru: a gente não teve nenhuma melhoria no sistema prisional brasileiro nos últimos anos em decorrência do que aconteceu."

O efeito colateral da construção de complexos penitenciários fora da capital paulista foi a capilarização do Primeiro Comando da Capital (PCC), que se tornou a maior facção criminosa do País. Para o pesquisador e professor da UFSCar Gabriel Feltran, autor do livro Irmãos: Uma história do PCC, o processo de expansão do sistema carcerário em São Paulo pós-Carandiru é também o processo de consolidação da organização. "Pequenos municípios do interior ganham presídios. Claro que aí espalha o PCC junto. Aquele que foi levado para outro lugar está levando o PCC e a lógica do PCC com ele", afirma.

A própria fundação da facção está relacionada ao massacre. Os primeiros estatutos do PCC citam nominalmente o Carandiru e prometem uma reação contra as más condições vividas no sistema penitenciário.

"Passa por aí a ideologia inicial do PCC. Mesmo que os negócios tenham crescido muito, a facção ainda é muito forte nas cadeias, organizando os presos, continua sendo muito presente naquele mesmo princípio de evitar o estupro, de fazer os debates em torno de cada tipo de conflito, entregando uma Justiça extra-legal para os presos, não só para os ‘irmãos’", explica.

Protocolos de atuação nos presídios

Outro legado do massacre foi a criação da Secretaria de Administração Penitenciária. A gestão dos presídios, que até então ficava a cargo da Secretaria de Segurança Pública, ganhou uma estrutura própria.

Com a mudança, o Grupo de Intervenção Rápida (GIR), vinculado à nova pasta, passou a ter prioridade para agir nos presídios no lugar do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Na prática, no entanto, não há restrição legal para a PM atuar no sistema prisional.

"Mesmo com essas determinações, não houve uma grande modificação na maneira como os presos são tratados. É verdade que o GIR utiliza um armamento menos letal, mas também se vale de cassetetes, uniforme preto diferenciado e sem identificação, com rostos cobertos, capacetes, escudos, cachorros e bombas, se assemelhando em muitos pontos às abordagens antigas", afirma Diego Polachini, coordenador do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública de São Paulo.

O último levantamento da Defensoria de São Paulo sobre a situação dos presídios do Estado, feito a partir de inspeções nas unidades prisionais, aponta que 39,5% dos presos entrevistados narraram agressões físicas nas intervenções do GIR, 20,4% relataram uso de cães para ameaçar ou atacar os detentos e outros 19,1% denunciaram o lançamento de bombas de gás.

Em julho, a Justiça de São Paulo condenou o governo a endurecer a fiscalização sobre os protocolos de atuação do GIR. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público do Estado e determinou que os agentes mantenham identificação visível e que todas as incursões sejam gravadas por câmeras instaladas nos coletes.

O dia do massacre

"É aquele desespero que é difícil de esquecer, muito difícil de esquecer", afirma o educador cultural Claudio Cruz, de 65 anos, sobre o massacre. Conhecido como Kric, ele chegou à Casa de Detenção no fim dos anos 1979 e cumpriu pena de 28 anos por roubo e homicídio.

No dia 1º de outubro de 1992, Kric relata que três presos entraram em conflito no pavilhão 9. "Tentamos conversar para mediar o assunto, porque um dos três estava armado com um revólver 38", disse. Ele era um dos encarregados do pavilhão 8.

Sem muito avanço, a ideia era voltar a mediar o conflito no dia seguinte, mas não houve tempo. No início da manhã, centenas de policiais militares entraram no pavilhão 9 em uma ação relâmpago, enquanto os presos de outras alas, como Kric, ficavam com as celas fechadas. "Nós pensamos que o cara (que estava armado) tinha se entregado, mas a gente ouviu gritos de que o Choque estava entrando e um barulho ensurdecedor."

As cenas seguintes são difíceis de esquecer. "Dali a pouco, muito tiro e grito, tiro e grito…", continua. "A gente ficou naquela: ‘isso é barulho mesmo ou é morte?’ Até que alguém subiu na janela para dizer que estavam matando pessoas. Aí o desespero foi total", disse. Os estampidos, relembra, duraram cerca de 25 minutos.

"Eu já vi morte no Carandiru. Em 1982, morreram 16, eu vi outras mortes, mas aquela foi demais", continua. A maior parte dos que estavam no pavilhão 9, relata, eram pessoas mais novas, que eram réus primários ou recém-saídos da extinta Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (Febem). "São 30 anos falando disso, mas a gente não deve, de forma nenhuma, deixar de falar", disse. "A Justiça foi feita para mim, e eu cumpri. Para eles, não."

Ex-mulher de um dos presos, a trancista Andreia Ferreira, de 54 anos, lembra até a cor da roupa que estava usando 30 anos atrás. "Estava toda de rosa", descreve. Ao descobrir que uma incursão da polícia havia causado mortes na Casa de Detenção, ela saiu às pressas da Vila Joaniza, na zona sul, e cruzou a cidade de transporte público.

Desembarcou por volta de 8h do sábado na Estação Carandiru, da Linha 1-Azul do Metrô, e se viu em meio a um turbilhão de informações desencontradas. "A gente queria saber o nome das pessoas envolvidas, e nem isso nos passavam", relembra. "Tinha muito policial, como se fosse um batalhão de polícia. Eram homens revoltados, parecia que tinham sido orientados para matar."

Na época, o então marido e pai dos filhos da trancista, Laurireno da Costa, cumpria pena no pavilhão 8 por roubo. "Demorou uma semana para descobrir se meu marido estava vivo", disse ela, que posteriormente o localizou em um outro presídio, no Brás, para onde havia sido transferido. "Nós, como familiares dos presos, não tivemos nenhum apoio de agente, psicólogo, nada."

Depois do episódio, Andreia, que na época estava grávida de um quarto filho de Laurireno, diz que o marido nunca mais foi o mesmo. Poucos meses depois, eles se divorciaram. "Destruíram uma família", conta, ainda sensibilizada com o que houve. Hoje, ela lidera o movimento Mães do Cárcere, em Praia Grande, litoral de São Paulo, e busca ajudar familiares de outros presos.

A confusão envolvendo Will Smith e Chris Rock durante a cerimônia do Oscar, no último domingo (27), foi parar no Departamento de Polícia de Los Angeles. No entanto, o humorista que recebeu um tapa no rosto durante a premiação optou por não levar o caso adiante. Em nota oficial enviada à publicações americanas, a polícia informou a decisão de Rock. 

As autoridades americanas comentaram o ocorrido através de uma nota enviada à revista Variety. Segundo eles, Chris Rock optou por não prestar queixa contra Will Smith. "Entidades investigativas do Departamento de Polícia de Los Angeles estão cientes de um incidente entre dois indivíduos durante o programa do Oscar. O incidente envolveu um indivíduo batendo em outro. O indivíduo envolvido se recusou a registrar um boletim de ocorrência. Se a parte envolvida desejar um relatório policial em uma data posterior, o Departamento de Polícia de Los Angeles estará disponível para concluir um relatório investigativo."

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A agressão aconteceu, durante cerimônia do Oscar, na noite do último domingo (27), após Rock fazer um comentário a respeito da aparência da esposa de Will, Jada. O tapa no palco do evento mais importante do cinema norte-americano vem repercutindo, desde então, e é um dos assuntos mais comentados na internet nesta segunda (28). 

A quarta e última temporada de ‘13 Reasons Why’ estreou, nesta sexta-feira (5), na Netflix. Os fãs da série ficaram ansiosos pelo desfecho da história e já compartilharam seus memes e os momentos que mais marcantes do seriado, tornando a estreia o assunto mais comentado do Twitter. 

A nova temporada tem 10 episódios e é esperado que traga alguns desfechos para os personagens, mas por possuir uma trama imprevisível tudo pode acontecer, ainda mais nessa reta final.

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Confira: 

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A quarta temporada da série La Casa de Papel, da Netflix, mal estreou e já está dando o que falar. Após meses de suspense sobre o destino de uma das personagens mais populares do seriado, o desfecho parece não ter agradado muito os internautas.

No Twitter, quase todos os 10 assuntos mais comentados da rede, pela manhã, eram referências à série. A plataforma de streaming disponibilizou todos os episódios na madrugada desta sexta-feira (3) e muita gente aproveitou para maratonar a série e descobrir o que realmente aconteceu com Nairóbi. O texto contém spoilers sobre o enredo.

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Ao todo, são oito episódios disponíveis na Netflix. Uma das principais curiosidades do público, era saber se Nairóbi, uma das personagens mais populares da série, iria conseguir sobreviver a uma cirurgia. O fenômeno encheu os telespectadores de esperança, mas a alegria dos fãs durou pouco, para não dizer seis episódios. Quem passou da metade da temporada, em pouco tempo, encheu o Twitter de memes, entre choro e indignação com o desfecho. Confira a reação dos usuários da rede.

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O desfecho do desaparecimento do técnico do Atlético Goianiense, Marcelo Cabo, ocorreu em um motel, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, na noite desta segunda-feira (17). A Polícia Militar confirmou que o treinador foi localizado dentro do estabelecimento, mas não quis divulgar detalhes sobre as circunstâncias em que Marcelo foi encontrado.

O comandante do policiamento da capital, tenente coronel Ricardo Rocha, concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (17) e confirmou que o treinador estava bem. "Detalhes serão passados por ele", destacou o militar.

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A localização de Marcelo, que estava desaparecido desde às 3h02 de domingo, quando deixou o apartamento onde mora em seu carro, sem levar telefone celular e carteira, se deu por meio da informação de um taxista, que levou o treinador de volta ao seu apartamento, no meio da tarde desta segunda-feira. Após ser visto no local, Marcelo voltou a desaparecer. Ele só foi localizado pela PM por volta das 20h desta segunda-feira.

"Não sou de crucificar ninguém. Vamos avaliar. Ele está liberado para se recuperar. O clube tem uma imagem e tudo tem limites. Em todos os momentos, esperamos a recuperação do ser humano, ele é uma pessoal que não tem o perfil do que aconteceu", comentou o diretor de futebol do Atlético-GO, Adson Batista, em entrevista à Rádio 730.

A diretoria do clube deve convocar uma entrevista para que o técnico se explique. "O Atlético não vai expor ninguém. O clube vai tomar as decisões que forem necessárias. O único problema é que o Marcelo é uma pessoa pública. Precisamos ter equilíbrio neste momento", esclareceu o dirigente.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pode votar, nesta terça-feira (14), a partir das 14h30, o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que recomenda a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O andamento do processo é arrastado pelo colegiado há sete meses e foi alvo de polêmicas, manobras e discussões entre parlamentares favoráveis e contrários a destituição do mandato do peemedebista.

De acordo com o presidente do Conselho, o deputado José Carlos Araújo (PR-BA), já não há mais como postergar o desfecho do caso. “Acredito que hoje nós acabamos esse processo que já dura sete meses; acho que não tem mais por que adiar”, disse.

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Aguardada para a última semana, a definição sobre o destino de Cunha foi adiada após José Carlos Araújo suspeitar da possibilidade de Cunha não ser cassado. Outra questão que também pesou foi o voto em separado, apresentado na terça (7) pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), aliado de Cunha, propondo uma pena mais branda para o peemedebista. Ao invés da cassação, o Conselho daria uma suspensão do mandato do parlamentar por três meses.

Nos bastidores, a contabilização dos votos já declarados aponta 10 contrários a cassação e 9 a favor. O voto da deputada Tia Eron (PRB-BA) é um dos mais aguardados, pois poderá definir se o parecer será rejeitado ou não, de acordo com declarações dos outros participantes do conselho. 

Caso Tia Eron não compareça hoje, como aconteceu na última terça, o direito ao voto passa para o primeiro suplente do bloco parlamentar da deputada que marcar presença. Entre os suplentes, há deputados a favor e contra a cassação de Cunha, o que pode gerar uma corrida para ver quem será o primeiro a chegar.

Após seis meses, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados começa a discutir e votar, nesta terça-feira (7), o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) indicando pela cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A expectativa, no entanto, é de que o desfecho só seja conhecido na quarta (8). 

O presidente afastado da Câmara é acusado de ter mentido durante uma oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ao negar a existência de contas no exterior em seu nome. O ato está sendo considerado quebra de decoro parlamentar. Em sua defesa, Cunha negou ser o titular das contas e afirmou que é beneficiário de trustes.

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Dentre aliados ou não do peemedebista, o placar dos parlamentares a favor e contra a cassação no Conselho de Ética está quase empatado. Cunha teria 10 votos a seu favor e outros nove deputados votariam pela cassação. Quem deve definir se empata ou não é deputada Tia Eron (PRB-BA), única que até agora não declarou o voto. 

Caso o parecer seja aprovado no Conselho de Ética, o texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que se pronunciará apenas sobre recursos que questionam a tramitação do processo, que pedem a anulação do caso. Se seguir para o Plenário, Cunha perde o mandato caso 257 dos deputados votem a favor do parecer.

Após duas horas e meia, terminou há pouco o sequestro do ônibus da linha 723, na Avenida Brasil, Zona Norte do Rio. O sequestrador, identificado como Paulo Roberto, de 35 anos, libertou os dois reféns e se entregou à polícia. Desde às 17h ele manteve uma jovem de 18 anos com uma faca apontada para o pescoço. A negociação foi conduzida por um sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Segundo informações da Polícia Militar, o sequestrador entrou no ônibus e pouco depois pediu ao motorista que parasse o veículo. Com a aproximação de uma viatura da PM, ele ordenou que todos os passageiros descessem, restando apenas o motorista e a jovem.

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O ônibus ficou atravessado na via marginal da Av. Brasil, na altura do bairro de Guadalupe, na zona norte. O veículo foi cercado por policiais do Bope, e por 14 viaturas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Há suspeita de que o sequestrador seja usuário de crack e esteja sob efeito de drogas. Ele teria exigido a presença da sua família no local. Ele seria morador do Morro do Chapadão, próximo ao bairro de Marechal Hermes. Parte da Avenida Brasil ficou interditada. O veículo da linha 723 fazia o percurso entre Mariópolis e Cascadura, bairros da zona norte do Rio.

Ônibus 174 - O caso é semelhante ao sequestro do Ônibus 174, ocorrido em 2000 no Jardim Botânico, na zona sul. Na época, Sandro do Nascimento anunciou um assalto às 14h30 e passou toda a tarde com 10 pessoas sob sua custódia, ameaçando matar os reféns. O criminoso era sobrevivente da chacina da Candelária, em 1992. O ônibus foi cercado por policiais e o sequestro, transmitido ao vivo para todo o País.

Após uma longa negociação, por volta das 19 horas, o sequestrador liberou a maior parte dos passageiros. O sequestrador manteve apenas a professora Geisa Firmo Gonçalves, de 20 anos, como escudo humano. Quando ele se preparava para entregar a refém e a arma, um policial do Bope atirou a pouca distancia e acabou matando a professora. O sequestrador foi rendido e morto minutos depois dentro da viatura da Polícia.

A novela Amor à Vida está na reta final e termina nesta sexta-feira (31). O desfecho de muitos personagens já está em desenvolvimento como o de Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso), por exemplo. 

A novela agradou a maioria no início, mas começou a dividir opiniões ao longo da trama. Porém, é fato que muitos personagens deixarão saudades, desde Valdirene (Tatá Werneck) ao ex-vilão Félix, que certamente foi o grande destaque da trama. Acerca do final da novela, os telespectadores especulam sobre o que vai acontecer, principalmente com Félix e Niko.

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O estudante Josimar Correia, de 21, destaca o personagem de Mateus Solano e deseja um beijo gay para selar a felicidade. “O personagem Félix já conquistou a simpatia do público, assim como Niko, nada mais justo que os dois juntos. E está mais que na hora de um beijo gay na televisão brasileira”, sugere. 

Já a auxiliar administrativa Núbia Brito, 20, acha que não deve ter beijo gay entre Félix e Niko. “Acho que não precisava dessa cena. Já estamos acostumados com o jeito que a Globo produz as novelas, não precisa disso”, comenta. Sobre a vilã Aline (Vanessa Giácomo), Núbia deseja muito sofrimento para a personagem.

Redes sociais

A polêmica do beijo gay virou tema de comentários nas redes sociais. Muitos internautas defendem a cena e até questionam a posição da TV Globo por transmitir uma cena de violência, como a de Aline torturando Ninho, e não exibir um beijo gay. “Como um beijo pode ser algo proibido de se passar? E uma tentativa de assassinato é normal. Valores trocados”, escreveu a estudante em seu perfil do facebook.

Uma campanha está sendo feita no twitter para que haja beijo gay. Inclusive, a atriz Paula Braun, mulher de Mateus Solano, apoia a cena. 

Beijo gay

Em entrevista a colunista Regina Rito, do jornal O Dia, Mateus Solano contou que não ver problema em protagonizar um beijo gay. Já ao jornal Extra, o ator Thiago Fragoso afirmou que defende a cena, mas acha que não vai acontecer por causa dos valores sociais do Brasil.

César

Entre os entrevistados, o desfecho de César (Antonio Fagundes) foi unanime. Todos querem que o médico sofra. “César está colhendo o que plantou, eu acho que ele está pagando um sofrimento que já causou”, opinou a auxiliar administrativa Adriana Cristina.

 

Revelado ainda no final da década de 1990, o esperado final do desenho animado Caverna do Dragão - um dos maiores sucessos do gênero no país - ganhou um desfecho oficial depois de trinta anos de espera. Requiem, título do episódio que fecha a saga dos seis jovens perdidos em um mundo paralelo, será lançado em formato de história em quadrinhos (HQ). 

O projeto é encabeçado pelo brasileiro Reinaldo Rocha, que adaptou o roteiro original de Michael Reaves para o formato. Um dos doze responsáveis pelo caminhar da animação, Reaves afirma que “Os garotos não ficaram presos no inferno, nem o Mestre dos Magos é o demônio ou coisa parecida. Essa história toda é absurda”. Exibido pela primeira vez no Brasil em 1986, Caverna do Dragão nunca teve o seu final revelado, originando assim um dos grandes enigmas da TV mundial.

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O caso Apple e Samsung ainda tem dado o que falar e o juiz britânico Colin Birss, após ter liberado a venda do Galaxy Tab no território, ainda impôs algumas condições à maçã, como emitir anúncios em revistas e jornais britânicos informando que o produto da Samsung não é uma cópia do iPad. A Apple também terá que veicular um comunicado se retratando em seu site oficial no Reino Unido, durante seis meses, e tal documento também deverá circular pelos veículos de comunicação em forma de publicação. 

O desfecho do processo foi dado no dia 9 de julho, o que resultou num fato interessante em que o próprio juiz afirmou que o produto não se tratava de um plágio e a prova disso é que o Galaxy Tab não era tão “legal” quanto o produto da Apple. 

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Para Birss essa seria uma forma de deixar claro que não houve quebra de patente.

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