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Além do Festival das Quadrilhas que acontece pelo segundo ano consecutivo durante o período junino em Caruaru, o Polo das Quadrilhas recebe apresentações de grupos de crianças das escolas municipais da cidade. Estima-se que, nos fins de semana, aproximadamente quatro mil espectadores presenciem a dança típica.

Neste primeiro final de semana, as apresentações ficaram por conta de três escolas municipais que durante a noite deste domingo (9) encantaram o público presente levando a cor e a magia das típicas quadrilhas. As apresentações das escolas acontecem nos dias em que não há competição do Festival de Quadrilha. As apresentações começam às 18h.

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Uma das quadrilhas, Luiz do Candeeiro, do bairro do Rosanópolis, colocou quem estava presente para dançar junto durante suas evoluções. “É muito bonito assistir a essas apresentações, sempre faço questão de vir acompanhar”, disse Vanessa Karla, que troca a cidade de Limoeiro por Caruaru no período junino, junto com toda a família.

Por Camila Almeida

Mateus e Catirina serão os mestres de cerimônia do São João do Sítio Trindade, no Recife. A dupla folclórica nordestina comanda o 29° Festival de Quadrilhas Juninas nos dias 22, 23, 27, 28 e 29, no Palhoção do Sítio, quando acontecem as fases eliminatória e final da categoria adulto. A dupla, idealizada pelo ator, produtor e empresário, Ivan Leite, e pelo ator José Brito, comemora, em 2013, 25 anos dos personagens, com uma série de apresentações por todo o País.

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Com a abertura oficial do São João do Recife 2013, também começam os concursos de quadrilha junina. No Sítio Trindade, Zona Norte da capital pernambucana, as apresentações dos grupos começaram nesta sexta-feira (7). No total, sete quadrilhas se apresentaram no palhoção armado no meio do Sítio, duas delas infantis.

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O concurso funciona da seguinte forma: a primeira eliminatória é das quadrilhas infantis, nos dias 9 e 16, com a final acontecendo no dia 24. Já para as adultas, as eliminatórias ocorrerão nos dias 22 e 23, com a final programada para 27, 28 e 29 de junho.

Quem quiser acompanhar as apresentações não precisa se preocupar, pois a entrada é gratuita. Porém, é necessário chegar cedo devido ao limite de lotação do espaço e à segurança do público, que precisa ser preservada.

Elba Ramalho é a atração principal na abertura dos festejos juninos nesta sexta (7), às 23h30, no Arraial Sítio Trindade. Com 2 horas de show e com quatro bailarinos e sua banda, ela preparou uma apresentação para todas as cidades, cuidando desde os detalhes do figurino ao repertório. No set list, Elba faz homenagens a quatro grandes compositores: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e o cantor e compositor paraibano Flávio José, autor de várias músicas de sucessos e, entre elas, A natureza das Coisas. Até o dia 30 de junho, Elba Ramalho faz 15 shows juninos em várias cidades do Nordeste e nas cidades de Uberlândia e Goiânia.

Antes da apresentaçao de Elba, que encerrará a festa, se apresentam Lourdinha Oliveira e Banda, Nildinho da Paraíba, Maria Fulô. Na Casa Reboco, também no Sítio, a partir das 20h, os shows são do Trio 100% Mulher e do Trio Pé de Serra Veneno. Já no Palhoção do Sítio, a partir das 20h, as quadrilhas juninas Balancê, Menezes na Roça, Brincantes, Gota Serena, Geração Anavantu, Matutada e Dona Sinhá Morena fazem apresentações.

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O Arraial ainda conta com parque de diversões além de tobogã, estilingue humano, muro escalada e guerra de cotonete. A novidade, já que é ano de Copa das Confederações, será o futebol de sabão - um campinho inflável com muita espuma do produto para a diversão da criançada. O parque funcionará dentro da programação junina do Sítio Trindade.

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A sexta edição do Arraial da Downtown  e Academia Hi foi uma verdadeira prévia do que está por vir durante o São João. A festa, que foi realizada nas áreas externa e interna do Downtown Pub, no Bairro do Recife, teve shows das atrações São Roque, Xote Sertanejo, Ciranda de Maluco, Forró Santropê e Soul Sertanejo.

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Mesmo com a chuva, um bom público compareceu ao local. Para Fábio Trindade, organizador do evento, esse já é um encontro tradicional do Recife durante as festas de São João. “A gente procura sempre valorizar a nossa cultura trazendo atrações locais para participar do Arraial. E essas bandas precisam também ter alguma ligação com o ciclo junino”, ressaltou.

Também teve banda tocando pela primeira vez nos palcos. Rômulo Duarte, baterista da São Roque, comentou sobre a expectativa do grupo em relação a isso. “Esse show foi nossa estréia e a gente tá super animado. A nossa proposta de investir pesado nas guitarras e na sanfona foram bem aceitas pelo público”, comemorou Rômulo.

Neste último domingo (26) a cidade de São José dos Belmonte presenciou uma das mais emocionantes demonstrações de afirmação e beleza da cultura sertaneja. Misto de teatro popular e religiosidade, a XXI Cavalgada à Pedra do Reino deu provas de porque o evento se tornou uma das mais simbólicas manifestações culturais do estado. Cerca de 450 cavaleiros e amazonas percorreram os 27 km de trajeto da Cavalgada. 

Criada em 1993, a Cavalgada à Pedra do Reino foi inspirada nas lendas do movimento sebastianista, que fizeram parte do imaginário nordestino no século XIX. Outra fonte de inspiração do evento é o romance da Pedra do Reino, de Ariano Suassuna. Este encontro é realizada pela Associação Cultural da Pedra do Reino, com apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de São José do Belmonte.

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O espetáculo remonta ao tão esperado retorno do Rei Dom Sebastião, que traz consigo sua corte, formada por seus valorosos cavaleiros. A Cavalgada também serve para relembrar um momento histórico do lugar: a tragédia ocorrida em Pedra Bonita (atual Pedra do Reino) onde aconteceu o sacrifício de 80 pessoas, em 1838, sob ordem de um líder do movimento sebastianista chamado João Ferreira.

O percurso durou, em média, seis horas, e terminou com a chegada dos cavaleiros e amazonas na Serra do Catolé, onde está localizada a Pedra do Reino. Em lembrança aos mortos nessa tragédia, é realizada uma missa campal, que contou com a participação do Coral de Aboio de Serrita, da Banda Filarmônica São José, e dos aboiadores Chico Justino e Cícero Mendes, Valmir Maracanã e Leonardo de Luna.

Cavalhada

Como parte da programação da Cavalgada à Pedra do Reino, aconteceu na tarde deste último sábado (25), a também tradicional Cavalhada Zeca Miron, inspirada nas tradições ibéricas. É onde acontece o encontro entre 12 cavaleiros, que simbolizam os 12 pares de França, da lenda “Carlos Magno e os 12 pares de França”, que ganhou popularidade através da literatura de cordel. A Cavalhada também tem como referência a história da batalha entre mouros e cristão, através da cruzada empreendida por Dom Sebastião, ao norte da África.

Vinte e três jovens sul-africanos morreram nesta semana em rituais tradicionais de circuncisão, que marcam a passagem para a idade adulta, informou a polícia nesta sexta-feira (17). Os meninos, de 13 a 21 anos, morreram em "escolas de iniciação" em Mpumalanga, uma província do noroeste do país.

"Abrimos 22 investigações por homicídio" e o caso número 23 ainda não é claro, já que o menino tinha problemas de saúde, indicou à AFP o porta-voz da polícia provincial, Leonard Hlathi.

Até o momento, a polícia não realizou nenhuma prisão, à espera dos resultados das necropsias, acrescentou. Os ritos de iniciação deixaram centenas de mortos na África do Sul nos últimos anos, apesar dos esforços das autoridades para estabelecer regras de higiene entre os curandeiros tradicionais.

Além da circuncisão, os ritos de iniciação também incluem várias semanas em meio à natureza, durante as quais os jovens aprendem os valores de virilidade e disciplina.

O governo sul-africano apresentou suas condolências às famílias das vítimas e pediu que as condições de higiene e segurança melhorem.

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Pelo nono ano consecutivo a cidade de Cali, na Colômbia, é palco de uma competição bastante diferente. Dezenas de cabeleireiras se reuniram para participar da competição. Além das conhecidas tranças, passando pelos tecidos coloridos, as artistas utilizaram muita criatividade para mostrar as suas habilidades e ajudar a preservar a memória do seu país.

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O evento, que já é tradição local, faz com que os cabelos utilizados por escravas durante séculos sejam rememorados. Dessa forma, há a valorização e lembrança da influência africana na formação da Colômbia.

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A 27ª edição da Festa Lavadeira, que foi ameaçada de não ocorrer, começou às 09h, no Bairro de São José e segue até às 21h. Com três palcos (terra, mar e rio) espalhados entre a Praça do Diario, do Carmo, a Avenida Dantas Barreto e a Avenida Nossa Senhora do Carmo, na região central do Recife, a festa reúne diversos ritmos.

Cocos, caboclinhos, maracatus e artistas diversos são algumas das mais de 50 atrações da edição deste ano da Festa da Lavadeira - considerada Patrimônio Cultural de Pernambuco em 2006 pela lei estadual 13.042. “Tivemos só oito dias para organizar tudo. Pois, a Prefeitura não queria realizar a festa no Marco Zero. Mesmo assim, a festa está linda! As pessoas estão vindo prestigiar. Apesar de muitos eventos simultâneos na cidade, “a Festa da Lavadeira tem seu público fiel”, ressaltou o organizador do evento Eduardo Melo.

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O evento, que fez sua história durante 25 anos na Praia do Paiva, foi transferida em 2012 para o Marco Zero e este ano, devido ao projeto de mobilidade, aconteceu pela primeira vez no Bairro de São José. Mesmo com toda ameaça, a Festa da Lavadeira segue tranquila durante esta quarta (1°), com seguranças, organização e painéis espalhados pelos palcos orientando o público toda a programação.

"Venho sempre à festa. Adoro a mistura de ritmos que podemos encontrar na lavadeira. É um verdadeiro carnaval multicultural", afirmou a diarista Lúcia Xavier, de 55 anos, que estava acompanhada das suas amigas. Além dos polos, cortejos de maracatus, grupos de frevo e bonecos de papangus gigantes desfilam pela Avenida Dantas Barreto, no intitulado Cortejo de rua.

 

A doceria e cafeteria Dolce Vitrine oferece, a partir desta quinta-feira (25), às 16h, o seu Chá da Tarde. A inspiração vem dos cafés coloniais do Sul do País, que refletem as culturas alemã e italiana. O chá da tarde acontece sempre às quintas, e os clientes têm livre acesso a um buffet de variados chás quentes e gelados, águas aromatizadas e refrigerantes, além de  grande variedade de doces e salgados da casa.

Serviço

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Chá da Tarde

Quintas, às 16h

Dolce Vitrine (Rua Dona Ada Vieira, 61 - Casa Forte)

(81) 3031 1112

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A vida agitada do centro do Recife e uma sociedade cada vez mais compromissada com o trabalho fazem a gente às vezes não prestar atenção nas pessoas que estão ao nosso redor. São trabalhadores que, na tentativa de manterem viva uma profissão tradicional, insistem em continuar trabalhando, mesmo sem uma demanda de serviço tão boa. Na Avenida Guararapes, um dos corredores mais movimentados da capital pernambucana, existem alguns desses trabalhadores que sustentam suas profissões. São engraxates, sapateiros, relojoeiros, costureiros, entre outros. Infelizmente, essas atividades estão quase em extinção, porque foram “atropeladas” pela modernidade, ou a tecnologia as atrapalhou.

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As mãos cuidadosas de seu João Maurício de Aguiar, de 77 anos, durante muito tempo dá brilho aos sapatos de couro dos recifenses, bem como abrilhanta sua própria vida. Seu João já é aposentado, mas, não deixa de lado sua profissão de engraxate. “Eu era analfabeto e precisava trabalhar. Fui vendo alguns engraxates em atividade e aprendi. Comprei todo o material e trabalhei bastante. Há alguns anos era fácil ganhar dinheiro, porque eu atendia muitos clientes. Hoje, está bem mais difícil”, conta.

Quem já atendeu em média 30 clientes por dia, hoje, se considerarmos uma empreitada de bastante movimento, presta serviço para uma média de seis a dez pessoas. De acordo com seu João, no final do mês, a renda geralmente chega a R$ 1.500. “Meu preço é R$ 4 e já tenho alguns clientes desde a época que eu era menino. Posso dizer que não está boa a situação para o engraxate, mas, estou sobrevivendo. Aqui, pelo menos eu converso com pessoas e vejo o movimento, e, em casa, não tem nada para fazer. Só deixo de engraxar sapato quando partir para o céu”, falou o trabalhado, aos risos.

Segundo seu João, a queda no número de clientes foi ocasionada pelo aumento na confecção de tênis e sapatos que não utilizam o couro como material. Entretanto, ele culpa também o poder público por desprezo. “O prefeito do Recife deveria nos ajudar. Nossas bancas (cadeiras onde os clientes sentam para receber o serviço) estão velhas. É necessária uma reforma para chamar a atenção dos clientes e dos turistas”, opina.

Para Jorge Ricardo Layette, um dos clientes de seu João, esse tipo de trabalho deve se tornar um patrimônio da cidade. “É um trabalho de um valor social e cultural muito importante. São pessoas que envelheceram com o Recife. Acho que o poder público deve olhar com mais carinho para esses trabalhadores”, comenta Layette.



Brasil, o sapateiro

Não é à toa Reginaldo José Souza, 47, é chamado de Brasil. O sapateiro é apaixonado pelo País e sempre procura vestir roupas alusivas ao verde e amarelo. No rosto do trabalhador é possível perceber a alegria com que ele conserta, limpa e costura os sapatos dos clientes. Além disso, Brasil é bastante conhecido por outros comerciantes da Avenida Guararapes e tem uma freguesia certa.

“Comecei como engraxate depois aprendi a consertar sapato com um amigo. Trabalho com isso há 18 anos e posso afirmar que hoje a situação não está tão boa quanto antigamente. Mas isso não impede a minha felicidade com o que faço o prazer que tenho em desempenhar minha profissão”, conta Reginaldo.

Os preços dos consertos variam, conforme a gravidade do problema. Mensalmente, o lucro do sapateiro é em torno de R$ 1 mil. De acordo com ele, a Prefeitura do Recife deve ajudar os trabalhadores mais antigos. “Só Geraldo Julio pode organizar isso daqui. O certo é padronizar todo mundo. Nós somos muito antigos e merecemos respeito e atenção”, cobra Brasil.

A habilidade que ele usa para consertar os sapatos em impressionante. Enquanto conversa com a nossa reportagem, o sapateiro costura e usa o martelo com rapidez, ao mesmo tempo em que negocia o preço de um conserto com um cliente. “Meu serviço é de primeira. O cliente sai satisfeito e com o sapato novo”, brinca o sapateiro.

Relógio é com o José Carlos

Tem gente que não vive sem usar relógio. O tempo é controlado a todo instante, na intenção de evitar atrasos e de desempenhar tarefas conforme horários determinados. Por isso, quando o relógio deixa de funcionar, há quem procure um profissional que conserte e não acha.

Todavia esse tipo de serviço pode ser encontrado nas proximidades da Praça da Independência, área central do Recife. José Carlos da Silva, de 45 anos, trabalha consertando relógios há 27 anos. “Aprendi essa profissão nas ruas, com alguns trabalhadores antigos. Só sei escrever meu nome e precisava de uma trabalhar com alguma coisa”, relata. Mas, no início, as coisas se complicavam para José Carlos. “Já cheguei a quebrar mais ainda o relógio do cliente e às vezes troquei alguns objetos. Com o tempo, a gente vai ganhando habilidade”, diz.

Por mês, o relojoeiro conserta em média 200 relógios. Os preços dos serviços variam de R$ 10 a R$ 15, porém, alguns consertos são mais complexos, e chegam a custar R$ 50. A banca onde José Carlos trabalha é repleta de ferramentas e peças minúsculas. “Às vezes a gente se confunde diante de tanta coisa. Só a experiência é que faz o serviço sair certo”, explica.

O relojoeiro faz críticas a Prefeitura do Recife. De acordo com ele, os trabalhadores por várias vezes são retirados de seus pontos e, depois de um tempo, pouco a pouco se restabelecem nesses locais. “Nós temos direito a trabalhar porque somos antigos. A Prefeitura nos atrapalha muito nesse sentido”, opina.

De acordo com a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) do Recife, em breve, o centro da cidade passará por uma ação de requalificação. Porém, essa data ainda não foi divulgada. Segundo o órgão, a ideia é reordenar o comércio informal. A Semoc ainda garante que, em ralação aos engraxates, caso a caso será tratado.

Recife: terra dos ambulantes

Historicamente, capital pernambucana sempre foi um local que atraiu trabalhadores de vários países. Nas primeiras décadas do século XX, os ambulantes começaram a atuar na cidade. Muitos eram escravos e comercializavam comidas e trapos.

De acordo com o historiador Sandro Vasconcelos, que atua no Museu do Recife, o corredor entre as Ruas Duque de Caxias e a Nova era um local repleto de lojas e ambulantes. Mais a frente, na década de 70, os homens se vestiam formalmente, fato que ocasionou o aparecimento dos engraxates.

“Os sapatos eram engraxados não por beleza, e sim para tirar a dureza do material. Outras profissões que também estão extintas são o funileiro, que conserta panelas, o alfaiate, o costureiro. Tudo isso é reflexo da indústria que oferece um novo produto e da transformação de costumes que acontecem na sociedade. É um fator muito mais cultural”, explica o historiador.

Uma tradição para todos os públicos. O Blossom Kite Festival marca o início da primavera no hemisfério norte e tem como cultura a brincadeira com pipas coloridas. O festival já faz parte do calendário da cidade de Washington e promove diversas atividades para adultos e crianças.

Apesar de todo o seu colorido, os famosos papagaios não são as únicas estrelas da festa. O evento faz parte do Nacional Cherry Blossom Festival, que marca o florescer das 3 mil cerejeiras que o Japão deu de presente para o Governo Americano, no início do século XX.

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No total, são mais de 200 atrações culturais, exposições, apresentações artísticas e a festa dura cerca de duas semanas. Além de movimentar a cultura, o festival movimenta o turismo também, levando mais de 1,5 milhão de pessoas à cidade.

O espetáculo da Paixão de Cristo de Ponte dos Carvalhos, no Cabo de Santo Agostinho, será encenado nesta quinta-feira (28) e sexta-feira (29), no Centro Social Urbano (CSU), às 20h. A peça relembra a história de vida, morte e ressurreição de Jesus, através de um texto revolucionário, adaptado por Dom Hélder Câmara e Padre Geraldo Leite Bastos.

A realização é da Sociedade Teatral e Cultural Nação do Divino, que conta com o apoio da Prefeitura do Cabo, da Fundarpe e da Secretaria Estadual de Cultura. A entrada é gratuita.

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A Paixão de Ponte dos Carvalhos tem 40 atores e mais 50 figurantes, além de oito cenários. Segundo Wedson Gomes, diretor do espetáculo, o diferencial da encenação é o texto. Ao contrário das tradicionais mensagens bíblicas do calvário, a peça, que surgiu no Cabo nos anos 50, faz uma crítica às injustiças que estão presentes no cotidiano das pessoas.

O diretor explica que em determinados momentos são feitas comparações entre a realidade social e a vida de Jesus Cristo. Em Ponte dos Carvalhos, na década de 1970, o espetáculo foi censurado pelo Governo Militar e só foi reativado em 1988.

O estilista paulistano Tarcio Malta lança sua mais nova coleção, com 44 vestidos de noiva exclusivos, no 15° Salão de Noivas Nordeste, que acontece até o próximo domingo (24), no Centro de Convenções de Pernambuco. Os vestidos foram desenhados e adaptados ao clima nordestino, garantido maior conforto para quem vai subir ao altar. Tarcio é famoso por possuir clientes no eixo Rio-São Paulo e por criar figurinos para personagens de novela, como em Cordel Encantado, Ti Ti Ti e Lado a Lado.

A criação da nova coleção, segundo Tarcio, foi fácil e com foco nas mulheres pernambucanas. "O convívio com a mulher pernambucana, com o seu biotipo e sua alegria, além de demonstrar a vontade de casar, me inspiraram a criar esta coleção", explica, complementando que "É muito gratificante para o artista criar alguma coisa que dê prazer. Quando você observa a alegria daquelas pessoas que vão usar sua roupa, e ter todo um entusiasmo, é fantástico criar ", confessa o estilista.

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Tarcio acompanha as tendências modernas, mas aposta mesmo no clássico. Nos vestidos que estarão no Salão de Noivas, ele utilizou muitos babados, saias com volume, rendas, cetins italianos, que ele afirma serem mais apropriados para o clima nordestino. Para o glamour necessário  ao grande dia, as peças ganham bordados com cristais Swarovisk e miçangas de porcelana. "Acredito que as noivas do nordeste vão ficar encantadas com os vestidos dessa coleção: muita leveza e muito brilho", diz Malta.

O estilista afirma que sempre gostou de mitologia grega. Lembra que todos os heróis gregos desejavam ser marcados na história e serem eternos. Uma das maneiras que ele escolheu de se eternizar foi através dos vestidos de noiva. Segundo Tarcio, criar os vestidos é gratificante por estar presente no momento mais importante da mulher. O profissional está no Recife com uma equipe para atender as noivas no próprio evento durante seus quatro dias de realização. No estande, Tarcio irá expor suas peças e fazer consultoria personalizada. Além disso, dará orientações necessárias sobre o que evitar e o que destacar no visual, de acordo com a silhueta de cada pessoa. Tarcio participou da última edição do Salão de Noivas Nordeste em 2012, e reconhece o grau de exigência do local.

Grupos vestidos de preto, com as cabeças cobertas por véus, lenços ou chapéus, caminham pelas ruas de Laranjal Paulista, a 154 km de São Paulo, entoando cantos e rezas. A cena se repete toda quarta e sexta-feira na quaresma, período que antecede a Semana Santa católica. É a "recomenda das almas", ritual de penitência que, na região, foi introduzido pelos tropeiros. Os participantes param em frente de uma casa, soam a matraca e esperam que os moradores apaguem as luzes para iniciarem as orações. Depois, ou são convidados a entrar, ou seguem para a casa seguinte. As rezas começam às 23 horas e avançam a madrugada.

A tradição se mantém principalmente nas cidades com vocação agrícola da região. Em Ribeirão Grande, a "recomenda das almas" é feita na zona rural e os grupos deslocam-se a cavalo. Na periferia de Capela do Alto, os "recomendeiros" usam instrumentos musicais, como a viola e o pandeiro. "Rezamos um padre-nosso pelas almas que padecem no purgatório, pelos que morreram afogados ou de doença ruim", conta José Martinez, de 78 anos. Este ano, os cortejos sairão às ruas até o dia 22 de março. Conforme a tradição, os grupos nunca devem se encontrar e os participantes não devem olhar para trás, pois as almas acompanham os rezadores.

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Em Tatuí, um grupo de meninos com idade entre seis e 12 anos que faz a dança da catira com apoio da prefeitura, decidiu resgatar a "recomenda das almas". Às quartas e sextas, eles repetem o ritual religioso à porta das casas nos bairros rurais. Pela tradição, o número de casas visitadas numa noite precisa ser ímpar. De acordo com o coordenador, Esmeraldo Donizete da Silva, os garotos ouviram dos pais e avós referências sobre a tradição e manifestaram interesse pelo resgate. Eles ensaiaram em grupo e decoraram as orações. Ao fim das rezas, eles fazem uma apresentação da dança.

O restaurante Pantagruel incluiu em seu menu um clássico da cozinha carioca, o Picadinho Carioca. O restaurateur Jorge Romaguera que comanda o Pantagruel, traz o prato que faz parte das opções para o almoço. O picadinho carioca é feito com um filé cortado na ponta da faca, refogado com cebola ao molho madeira, arroz branco, banana a milanesa, ovo frito e farofinha.

O prato que é símbolo da cozinha do Rio de Janeiro, foi inventado na década de 50 como uma receita rápida, para saciar a fome de quem visitava os bares cariocas nas madrugadas. Devido ao sucesso alcançado, o picadinho carioca faz parte do cardápio do luxuoso hotel Copacabana Palace e de outros estabelecimentos, que elaboram o clássico 'prato feito’ com receitas alternativas.



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O Bairro do Recife recebe, nesta segunda-feira (11) de Carnaval, diversos blocos líricos. Os grupos, que mantêm viva a tradição dos antigos carnavais e das melodias e que até hoje embalam os foliões, desfilam com imponência, diversão e serenidade. Entretanto, grande parte dos blocos não recebe incentivos para manter essa cultura.

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Segundo a presidente do Bloco Batutas do São José - fundado no ano de 1932 -, Nadira Maria, é difícil conservar a magia dos blocos sem incentivo. “Somos nós mesmos que produzimos as fantasias e com nossos recursos. Vale lembrar que nem todo mundo possui dinheiro para confeccionar as roupas, que custam em média R$ 350”, desabafa, emocionada, Maria, que desfila há 35 anos no Batutas e preside o bloco há 14 anos.

O amor a tradição e as dificuldades também foram ressaltadas pelo Secretário Geral do Bloco Madeira do Rosarinho, Reginaldo Filho. “É um prazer ver todos no bloco no final, vale a pena mesmo com a falta de incentivo. Gastamos em média R$ 25 mil em toda agremiação, criamos, contratamos pessoas especializadas para manter vivo o bloco”, enfatizou Reginaldo.

Mesmo com as dificuldades, a alegria não tem idade e nem tamanho. A integrante mais velha do Bloco Pierrot de São Jose, Creuza Andrade, de 92 anos, declara o amor pelo Carnaval: “Amo Carnaval e há 25 anos faço questão de desfilar”, fala alegremente ao LeiaJá. A técnica em enfermagem Josicleide Lima, que desfila há 23 anos no Pierrot e traz no braço seu filho Vinícius, de dois anos, diz que o Carnaval está no sangue. “Moro no Bairro de São José e essa tradição já está dentro de mim, trouxe Vinícius na barriga e ensinarei a ele a beleza dessa cultura”, fala, emocionada.

O Marco Zero está sendo o ponto de encontro dos principais Blocos Líricos. Ao todo 19 grupos desfilam, sendo Blocos Cordas e Retalhos, Flor do Eucalipto, das Flores, Flor da Lira de Olinda, Eu Quero Mais, da Saudade, Pierrot de são José, Batutas de São José e Banhista do Pina, entre outros.

O tradicional bloco Pitombeira dos Quatro Cantos vai sacudir os foliões na tarde desta segunda (11) nas ladeiras de Olinda. A concentração está marcada para às 16h30, na rua 12 de Março e promete sacudir os foliões nas ladeiras.

A Pitombeira dos Quatro Cantos foi fundada em 1947 por um grupo de rapazes que desfilaram pelas ladeiras da Cidade Alta carregando galhos de Pitomba nas costas. Três anos depois, o grupo passou a se fantasiar de acordo com temas escolhidos a cada ano. A tradição atrai foliões e permanece até hoje. Em toda sua história, Pitombeira só deixou de ir às ruas nos Carnavais de 1949 e 2002.

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Não é só o frevo que embala o Carnaval de Pernambuco. A festa de Momo do Estado é um verdadeiro encontro de ritmos e manifestações culturais. A prova disso é a 9º edição do Carnaval Mesclado da Casa da Rabeca, na Cidade Tabajara, em Olinda.

O evento começou no domingo (10) segue até as 18h desta segunda-feira (11) trazendo além das apresentações dos caboclos de lança e bois, o tradicional encontro de maracatus rurais, de baque solto e baque virado. São mais de 30 atrações no Espaço Ilumiara, área próxima à Casa da Rabeca.

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Os grupos representam cidades tanto da Região Metropolitana do Recife (RMR), quanto da Zona da Mata Norte do Estado. O Maracatu Estrela Brilhante veio do município de Igarassu, no Grande Recife. Com roupas coloridas e rodadas, os integrantes enfrentam as temperaturas altas do verão nordestino, com muita alegria e tranquilidade.

O ritmo é dançado por gente de todas as idades. Adriana Pereira, de 28 anos, e o marido, Edvaldo da Silva, 29, trouxeram a pequena Adrielly da Silva, de apenas 6 anos, para participar do evento. “Eu entrei no maracatu para acompanhar o meu marido e me apaixonei. Ainda grávida eu dançava e a nossa filha nasceu nesse meio”, explica Adriana.

Ela conta que a agenda do grupo está cheia e que só nesta segunda-feira o Maracatu Estrela Brilhante vai se apresentar em quatro lugares. “É muita correria, mas eu faço isso com muito amor. A paixão pelo maracatu compensa”.

Maria José da Silva, 55, também desfruta do mesmo amor que Adriana tem pelo Maracatu. Atuando como baiana no grupo a mais de sete anos, ela conta que dança pelo prazer e amor a cultura. “É uma coisa que eu gosto e que me emociona”.

No chão, até quem não faz parte dos grupos não consegue ficar parado. O ritmo acompanhado por instrumentos dos mais variados tipos faz todo mundo dançar. Pedro Salustiano, filho do Mestre Salu e organizador do evento, conta que cerca de 25 mil pessoas são esperadas. Segundo ele, a ideia é manter a tradição, defendida pelo pai durante tantos anos.

Milhares de pessoas compareceram à saída do bloco de rua que tem a maior concentração de pessoas na cidade patrimônio da Humanidade, o Homem da Mei-Noite. Muitas famílias estavam à espera do tradicional desfile que já é mito no imaginário dos olindenses. Muitos foram caracterizados com a roupa do calunga e esperavam ansiosamente desde as 22h30.

Alguns foliões vindos do Galo da Madrugada declaravam amor ao boneco enquanto esperavam no Largo do Amparo à espera do Homem da Meia-Noite. As janelas e portas das casas estavam lotadas e faixas de tributo ao boneco foram vistas nas proximidades da sede do bloco.

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Às onze horas da noite, a janela da sede do bloco foi aberta e a luz acesa: o Homem da Meia-Noite fazia a sua primeira aparição no carnaval de 2013. Os foliões que aguardavam no largo do Rosário dos Pretos vibraram e cantaram o hino do bloco. No tão esperado horário da saída, fogos de atrifício saudaram o calunga e os foliões.

A falha da organização do evento deu-se principalmente pelo contingente de segurança no local. Muitas brigas e confusões foram registradas. Durante o desfile do bloco, o contingente policial foi insuficiente. Os 250 policiais escalados para dar apoio não puderam conter os grupos de delinquentes que tentavam tirar a paz dos foliões. O horário de saída do boneco mais famoso da cidade foi respeitado e seu curso, que este ano segue com alterações que incluem a retirada de ruas escuras do percurso.

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