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Os contratos futuros de petróleo apresentaram forte recuo nesta quarta-feira, 15, com o Brent no menor nível desde 9 de abril, diante do aumento acima das projeções nos estoques de petróleo dos Estados Unidos. Os números acentuaram as perdas desta semana, em meio à cautela com a Turquia.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em setembro fechou em baixa de 3,02%, para US$ 65,01 por barril, no nível mais baixo desde 19 de junho. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para outubro caiu 2,34%, para US$ 70,76.

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Pela manhã, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano informou que os estoques de petróleo no país avançaram de 6,805 milhões de barris na semana encerrada em 10 de agosto, a 414,194 milhões, contrariando a previsão de queda de 2,4 milhões de barris. Os estoques de destilados avançaram 3,566 milhões de barris, muito acima da projeção de 700 mil barris, enquanto as reservas de gasolina recuaram 740 mil de barris, mais do que a baixa prevista de 500 mil.

Na tarde de terça, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) divulgou estimativas de que os estoques de petróleo bruto dos EUA subiram 3,7 milhões de barris na semana encerrada em 10 de agosto, avanço muito acima das projeções de alta de 950 mil barris. No mesmo período, os estoques de destilados avançaram 1,9 milhão de barris. Apenas registraram queda os de gasolina, de 1,6 milhão de barris.

Também pesou no humor dos investidores a escalada das tensões na Turquia, à medida que os riscos de contágio a outras economias emergentes e disputas comerciais preocupam. O governo turco anunciou nesta quarta tarifas retaliatórias sobre US$ 533 milhões de bens importados dos EUA, além de ter dito através de uma porta-voz que americanos levam a relação entre Washington e Ancara a "ponto de ruptura por causa da detenção do pastor americano". Um tribunal local negou nesta quarta um recurso que pedia a libertação do pastor Andrew Brunson, que tem sido o pivô das tensões entre os países.

Ainda permanece no radar o Irã. Especialistas do Commerzbank apontam que as sanções impostas ao país persa pelo governo americano já começam a fazer efeito, à medida que os envios da commodity para a Europa diminuíram, e que a China parece ter parado de importar o óleo americano devido às disputas comerciais com os EUA. As encomendas de petróleo da potência asiática agora poderiam se voltar ao Irã.

Em entrevista concedida ao LeiaJá, a vereadora do Recife Irmã Aimée Carvalho (PSB) mais uma vez ressaltou a importância dos valores da família. “Valores que não mudam com o tempo e que são a base das boas práticas da nossa sociedade. Estes valores não são uma moda passageira, mas os pilares do processo de construção de nosso povo. Defendo sim os valores cristãos e a família formada por homem, mulher e seus filhos”, ressaltou. 

Segundo Aimée, por todo o Brasil cresce o número de representantes dos valores tradicionais pelas câmaras e assembleias estaduais. “Estamos vivendo nos tempos da relativização. Dizem que tudo é relativo, que tudo depende de um ou de outro ponto de vista, mas, em meio a todos estes ataques, eu estou ali na Câmara do Recife para garantir que os valores absolutos não sejam relativizados. Estou firme no propósito de honrar a família recifense e fazer valer os nossos direitos. Estamos juntos em prol da família”. 

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A vereadora, que faz parte da Assembleia de Deus desde 1975, também falou sobre o atual cenário político em Pernambuco e no país. A pessebista ressaltou que o momento é difícil e se mostrou preocupada. “Eu vejo com muita preocupação este processo de descrédito com a política. Os escândalos de corrupção e as questionáveis formas de fazer política fazem com que a população enxergue o trabalho dos parlamentares com maus olhos e que deixem de acreditar no trabalho sério”. 

Ela ainda afirmou que é necessário separar o trigo do joio. “Há na política pessoas que se dedicam a realizar o seu dever, que é o de trabalhar e representar o seu povo. Ao mesmo tempo, é importante que as más práticas venham à tona para expor aqueles que andam com imoralidade e que não representam a honradez do nosso povo”. 

No seu segundo mandato na Câmara dos Vereadores, irmã Aimée já apresentou 50 projetos de Lei Ordinária. Entre os projetos que considera mais relevantes, destaque para o que proíbe a venda de narguilés para menores de 18 anos, que já está aprovado e aguarda a sanção do prefeito Geraldo Julio (PSB). A parlamentar propôs Botão do Pânico nos ônibus que circulam no Recife. Para ela, sendo aprovado ou não, o projeto é importante porque levantou a discussão sobre a violência urbana. 

A moeda norte-americana subiu 1,6% no último pregão da semana, fechando a R$ 3,8640 para venda sendo o maior valor registrado desde 16 de julho – quando chegou a R$ 3,8753. O dólar fecha a semana valorizado 4,23%, invertendo uma queda de 4,39% acumulada nas últimas cinco semanas. Mesmo com alta da moeda, o Banco Central manteve sua política tradicional de swaps cambial, sem realizar nenhum leilão extraordinário para venda futura da moeda norte-americana.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou a semana com uma forte queda, registrando baixa de 2,86%, com 76.514 pontos, a menor desde o final do mês de maio. Todos os pregões desta semana terminaram em baixa na Bovespa, com acumulo de queda de 6% depois de uma sequência de seis semanas em alta.

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O principal índice do mercado de ações encerrou a sessão desta terça-feira, 7, em queda de quase 1%, retornando ao nível dos 80 mil pontos, após uma manhã marcada pelo bom humor com o resultado de balanços locais positivos e em linha com os pares em Nova York. A reviravolta se deu sem fatos concretos, mas diante da renovação de temores em torno do cenário eleitoral, segundo profissionais que acompanham o mercado.

O Ibovespa fechou o pregão em baixa de 0,87%, aos 80.346,52 pontos, mas chegou a descer aos 79.923,07 pontos na mínima intraday. O giro financeiro foi de R$ 11,9 bilhões.

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De acordo com José Faria Junior, diretor da Wagner Investimentos, rumores de que o candidato pelo PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, pode aparecer mais prejudicado em pesquisa eleitoral a ser divulgada amanhã fez com que os investidores se posicionassem na defensiva. "Como é uma pesquisa sobre como vota o eleitor em São Paulo, o Estado dele, isso é muito importante", afirmou.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulga amanhã, às 11 horas, a pesquisa CNT/MDA sobre intenções de voto para presidente da República, governador e senador em São Paulo. A pesquisa, registrada no TSE sob o número SP-04729/2018, realizou 2.002 entrevistas, distribuídas em 75 municípios de todas as regiões do Estado, entre os dias 2 e 5 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

"Vamos ver o que temos para amanhã concluir o movimento, mas notamos que a Bolsa está tentando parar em pontos de suporte de curto prazo. Se furar 80 mil, aumentam as chances de cair a 78 mil", disse o profissional.

Entre as blue chips, as ações da Petrobras caíram -0,39% (ON) e -1,57% (PN). No bloco financeiro, os papéis do Itaú Unibanco PN baixaram 0,60%, Bradesco PN caíram 1,51% e do Banco do Brasil ON perderam 2,13%.

Sem a divulgação de resultados corporativos relevantes e com o desenho do cenário político mais nítido, o Ibovespa conseguiu nesta segunda-feira, 6, defender o patamar dos 81 mil pontos - ao qual chegou na sexta-feira -, muito embora tenha operado preponderantemente em terreno negativo. Pela manhã, logo após a abertura, tocou o terreno positivo para logo mais, no fim da primeira etapa, cair a 80 mil pontos.

O movimento de correção do principal índice do mercado acionário brasileiro ocorreu a despeito da alta vista nos pares em Nova York, que passaram o dia no positivo. Assim, o Ibovespa encerrou a sessão de negócios desta segunda-feira em baixa de 0,47%, aos 81.050,76 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,61 bilhões, menor que a média do mês.

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Para Marco Saravalle, estrategista da XP Investimentos, a bolsa hoje operou sem volatilidade, mostrando certa correção da alta da sessão anterior em um contexto no qual a corrida à Presidência da República se mostra um pouco mais definida. "Estamos com grandes expectativas para os dias 15 e dia 31 de agosto", ressaltou.

De acordo com a legislação eleitoral, 15 de agosto é último dia para o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral - até lá alianças partidárias ainda têm condições de serem alteradas - e em 31 deste mês tem início a propaganda em rádio e Televisão.

Durante o pregão, as blue chips de Petrobras e Vale ajudaram a limitar a queda do índice sob influência do bom desempenho das commodities no exterior. Perto do fim do pregão, a desaceleração do ritmo de alta do petróleo no mercado internacional teve influência por aqui e também contribuiu para acentuar a queda do índice.

As ações da Petrobras encerraram o pregão com sinais mistos, sendo alta de 0,26% (ON) e baixa de 0,28% (PN). Os papéis de Vale (ON) recuaram 0,11%.

O dólar operou em alta generalizada ao redor do mundo nesta segunda-feira, 6, em meio à escalada das tensões entre Estados Unidos e China e na expectativa pela inflação norte-americana, que será divulgada na sexta-feira e pode alterar as perspectivas para a taxa de juros.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar avançava para 111,41 ienes, ao passo que o euro recuava para US$ 1,1555. O índice do dólar DXY, que mede a divisa americana ante outras seis moedas fortes, tinha alta de 0,23%.

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No fim de semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu em seu Twitter que as tarifas contra a China "estão indo muito bem". Já nesta segunda, o jornal estatal chinês Global Times afirmou em editorial que o governo de Pequim está preparado para uma guerra comercial "prolongada" com os EUA, se preciso.

Em solo europeu, o cenário instável pressionou também a libra, mas desta vez por incertezas em relação às negociações do Brexit. O secretário de Comércio Internacional britânico, Liam Fox, afirmou ao Sunday Times que havia 60% de chance de não haver acordo entre as partes, logo depois que presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Mark Carney, disse na sexta-feira que o risco de não haver acordo era "desconfortavelmente alto".

Com as declarações, a libra chegou a operar nas mínimas em 11 meses ante o dólar. Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, a divisa britânica era cotada em US$ 1,2944. "Apesar de já ter caído muito em relação ao dólar, provavelmente a libra cairá muito mais se os medos de um 'não acordo' se materializarem", destacam os analistas da Capital Economics.

Já nos emergentes, a divisa turca bateu mínima histórica em relação à moeda americana, chegando ao nível de 5,0734 liras turcas por dólar. Perto do horário de fechamento em Nova York, a cotação era de 5,3194 liras por dólar. Além do quadro inflacionário e do temor de ingerência política sobre o banco central da Turquia, as tensões entre o país euro-asiático e o norte-americano pressionam a divisa turca.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou no fim de semana que determinou o congelamento de ativos de duas graduadas autoridades dos EUA, após sanções americanas. Mais tarde, o banco central turco anunciou uma medida que, segundo a instituição, deve elevar a liquidez para os bancos em cerca de US$ 2,2 bilhões. Segundo o BC, o limite superior de um mecanismo de opções de reserva cambial foi reduzido de 45% para 40%.

Os juros futuros terminaram a sessão regular perto dos ajustes anteriores nos contratos de curto prazo, enquanto as taxas longas fecharam em alta. As taxas de vencimento até 2020 pouco oscilaram nesta terça-feira, 31, refletindo o compasso de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta quarta-feira, 1, para a qual é amplamente esperada a manutenção da Selic em 6,50%, e a agenda sem força para mexer com as expectativas. Já os longos foram influenciados pela cautela que antecede as decisões de política monetária nos Estados Unidos e Inglaterra nesta semana e pelo avanço do dólar.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,620%, de 6,627% no ajuste de segunda-feira, e a do DI para janeiro de 2020 fechou em 7,89%, ante 7,91% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2021 passou de 8,90% para 8,92% e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 10,30% para 10,36%. A taxa do DI para janeiro de 2025 avançou de 10,90% para 10,98%.

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Das 62 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas aguardam que o Copom mantenha inalterado o patamar da Selic em 6,50%. Na curva de juros, a precificação também mostra concentração das apostas nessa possibilidade.

Com relação ao Federal Reserve, a expectativa é também de estabilidade dos juros, na faixa entre 1,75% e 2,00%. Mas analistas acreditam que a instituição deve ressaltar pontos do comunicado anterior, como a inflação nos EUA confortável ao redor da meta de 2,0%; que o mercado de trabalho, mesmo apertado, continua a evoluir; e que o desempenho da atividade está robusto, apontam economistas consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Na quinta-feira, o Banco da Inglaterra deve, na percepção dos analistas, elevar a taxa de juros de 0,50% para 0,75%. Nesta terça-feira, o Banco do Japão manteve a taxa de depósito em -0,1%, mas anunciou ajustes em sua política, pois permitirá que o juro do bônus de 10 anos do Japão (JGB, na sigla em inglês) flutue a até 0,20%, de uma meta de até 0,1%. O mercado esperava que o limite de flutuação pudesse se estender até 0,25% e, com isso, houve alívio nos juros pelo mundo.

O dólar tem alta generalizada ante as demais moedas, ditada por indicadores positivos da economia americana divulgados pela manhã. No Brasil, a moeda no segmento à vista subia 0,63%, aos R$ 3,7529, às 16h40. Nas ações, o Ibovespa recuava 1,33%, aos 79.239,59 pontos.

O petróleo fechou a sessão desta segunda-feira, 30, em alta, em meio a sinais de diminuição global na oferta, ao mesmo tempo em que o verão no Hemisfério Norte aumenta a demanda nos Estados Unidos. Investidores também estão atentos ao dado de estoques de petróleo nos EUA, divulgado na quarta-feira pelo Departamento do Comércio (DoE, na sigla em inglês).

Pela primeira vez em duas semanas, os preços do petróleo chegaram à marca de US$ 70 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o barril do Brent para outubro subiu para US$ 75,55 (+1,05%). Já na bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o barril do WTI para setembro teve avanço de 2,09%, a US$ 70,13.

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Os desafios de produção na Venezuela e na Líbia têm dado sinais de que a oferta global de petróleo pode diminuir, assim como a suspensão temporária nas exportações da Arábia Saudita pela via do Mar Vermelho.

Diante desse cenário, o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, indicou na sexta-feira que seu país pode aumentar ainda mais a produção de petróleo, além do previsto anteriormente pelo acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

"Os problemas de produção renovados na Líbia, o declínio na Venezuela e as iminentes sanções ao Irã [pelos EUA] provavelmente tirarão mais de um milhão de barris diários de petróleo do mercado, criando um equilíbrio apertado entre oferta e demanda", de acordo com Tamas Varga, analista da corretora PVM Oil Associates Ltd.

Agentes estão aguardando ainda as primeiras estimativas da produção da Opep para julho, esperadas para o final desta semana, e de olho na produção da Arábia Saudita, segundo analistas. Fonte: Dow Jones Newswires.

A ligeira aceleração dos ganhos do dólar ante o real na última hora incutiu um viés de alta para os juros futuros de longo prazo, enquanto os vértices curtos e intermediários fecharam com taxas perto dos ajustes anteriores. Contudo, no geral, a sessão desta segunda-feira, 30, foi de liquidez muito baixa e taxas rondando a estabilidade, com o mercado em compasso de espera pelas decisões de política monetária do Banco do Japão (BoJ, em inglês), do Federal Reserve, do Copom e do Banco da Inglaterra (BoE).

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,625%, de 6,622% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2020 fechou estável em 7,91%. Também ficou estável a taxa do DI para janeiro de 2021, a 8,90%. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou em 10,30%, de 10,28%, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 10,87% para 10,90%.

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As taxas passaram o dia de lado, mas na última hora as do trecho longo ensaiaram alta, na medida em que o dólar ampliava o avanço, mas sem atingir as máximas. O movimento da moeda ante o real está descolado do registrado ante as demais divisas de economias emergentes e é justificado por fatores técnicos relacionados à disputa na formação da Ptax. A taxa de terça-feira será a referência para a liquidação de contratos futuros que vencem na quarta-feira. Às 16h31, o dólar à vista subia 0,31%, aos R$ 3,7288.

A segunda-feira é de alta de juros ao redor do mundo, reflexo da expectativa do mercado pelo resultado das reuniões de política monetária, que começam pelo BoJ. Parte dos analistas acredita que será anunciado um ajuste na meta para o yield (retorno) do bônus de 10 anos. O resultado será conhecido à 0h desta terça-feira. Para o Copom, na quarta-feira, a expectativa majoritária nas mesas e nos Departamentos Econômicos é de manutenção da Selic em 6,50%.

Estimativas divulgadas hoje (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que a economia brasileira crescerá este ano "apenas 1,6%". O número é um ponto percentual abaixo do previsto em abril.

De acordo com o Informe Conjuntural referente ao segundo trimestre, estudo que traz a revisão de expectativas da entidade para o desempenho da indústria e da economia, a indústria crescerá 1,8%. Em abril, este percentual estava em 3%.

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Os investimentos deverão aumentar 3,5%, enquanto o consumo das famílias terá expansão de 2%. A taxa de desemprego estará em 12,45% ao final do ano.

Inflação

Ainda segundo o levantamento, a inflação continuará "baixa, apesar dos aumentos de preços provocados pela greve dos caminhoneiros", com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechando o ano em 4,21%. Em abril, a inflação projetada pelo Informe Conjuntural para o ano estava em 3,7%.

A CNI avalia que os juros básicos da economia fecharão o ano em 6,5%. Em abril, a previsão estava em 6,25%. O dólar chegará ao final do ano valendo R$ 3,80, de acordo com o levantamento.

Com relação às contas públicas, a estimativa da entidade é que o governo federal termine 2018 com um déficit primário equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país). Já a dívida bruta do setor público chegará a 76,3% do PIB.

Ainda dentro das previsões da CNI, o superávit da balança comercial alcançará US$ 62 bilhões, resultado de exportações de US$ 232 bilhões e importações de US$ 170 bilhões.

O dólar teve novo dia de queda e já acumula perda de 4,42% no mês. Nesta quarta-feira, 25, a moeda recuou mais 1,05% no mercado à vista, encerrando em R$ 3,7045, o menor valor desde 25 de maio, quando estava em R$ 3,66. A moeda hoje foi influenciada principalmente pelo encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sobre tarifas na Casa Branca. Os dois líderes concordaram em zerar tarifas e reduzir barreiras comerciais. Além do cenário externo, os agentes seguiram monitorando as eleições e aguardam a escolha do vice da chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) e o anúncio oficial do apoio dos partidos do Centrão ao tucano, previsto para amanhã, 26.

O real teve nesta quarta-feira um dos melhores desempenhos ante o dólar considerando as principais moedas mundiais. O dólar chegou a bater em R$ 3,69 na mínima do dia, mas apesar da queda teve dificuldade de se manter abaixo dos R$ 3,70 de forma prolongada ao longo da sessão de hoje. Mesmo assim, em apenas uma semana, a divisa já caiu 14 centavos.

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Especialistas em câmbio ressaltam que, além do cenário externo mais favorável, a melhora do quadro político desde a última quinta-feira, 19, com Alckmin conseguindo o apoio dos partidos do Centrão, ajudou a moeda brasileira a ter melhor desempenho ante o dólar que seus pares, como a lira turca e o peso mexicano. Relatório do Itaú Unibanco divulgado hoje aponta que candidatos com mais de 40% do tempo de TV e rádio na campanha eleitoral gratuita conseguem aumentar os porcentuais de intenção de voto entre 6 e 11 pontos porcentuais entre o início da propaganda e as eleições.

Na avaliação do diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer, o mercado externo se animou hoje pela reunião entre Trump e Juncker, ajudando enfraquecer o dólar ante várias moedas pelo mundo, enquanto o investidor doméstico seguiu monitorando os possíveis desdobramentos das alianças políticas. "A volatilidade é o nome do jogo até as eleições", disse ele, ressaltando que a queda vista nos últimos dias pode não ser duradoura.

Por conta da aliança de Alckmin com o Centrão, os estrategistas do grupo financeiro japonês Nomura ficaram mais otimistas com o real e veem a moeda norte-americana oscilando entre R$ 3,60 e R$ 3,67 nos próximos 30 dias. "O mercado continua a digerir as prováveis notícias positivas vindas da aliança de centro, favorecendo o candidato amigável ao mercado Geraldo Alckmin", destaca relatório assinado pelos estrategistas da Nomura em Nova York, Mario Castro e David Wagner.

O dólar voltou a cair e fechou nesta terça-feira, 24, no menor nível em mais de um mês, a R$ 3,7439 (-1,03%), cotação mais baixa desde 18 de junho. O cenário externo favorável e a perspectiva das mesas de operação de que a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ganhe fôlego com o apoio dos partidos do Centrão, que deve ser anunciado formalmente na quinta-feira, estimularam as vendas da moeda norte-americana. Operadores relatam que há ainda um movimento de agentes se desfazendo de operações compradas de dólar, incluindo alguns fundos estrangeiros.

Nas mesas de câmbio, os profissionais gostaram da entrevista que Alckmin deu ontem à noite no programa da TV Cultura, Roda Viva, e segundo o diretor de uma gestora estrangeira de recursos, se o empresário Josué Gomes, filho de José de Alencar, aceitar ser vice do tucano, os mercados podem ter nova onda de melhora. Uma das leituras é que Gomes, por ter tido um pai que foi vice no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, teria mais trânsito no PT no caso de se discutir a votação das reformas no Congresso. Tanto que o PT quer Gomes em sua chapa ou no governo mineiro ou na eleição presidencial. Hoje, a executiva nacional do PR, partido de Josué Gomes, divulgou nota negando que ele tenha recusado ser o vice na chapa de Alckmin.

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Na avaliação do operador de câmbio da corretora Spinelli, José Carlos Amado, os agentes aproveitaram o cenário mais tranquilo aqui e lá fora nesta terça-feira para se desfazer de posições compradas em câmbio. Além disso, a sinalização é a de que houve entrada de recursos externos. Os apoios conseguidos por Alckmin ajudaram a acalmar o mercado, mas Amado ressalta que o quadro político ainda segue muito indefinido e a queda do dólar pode não se sustentar nos próximos dias. "É mais fácil o mercado enxergar um piso do que um teto para o dólar", disse ele.

Para os estrategistas da Icatu Vanguarda, o cenário externo e as eleições devem continuar ditando a dinâmica dos ativos locais nos próximos dias, já que deve prosseguir a tendência de recuperação lenta do Produto Interno Bruto (PIB), a inflação deve prosseguir baixa e contida, as contas externas saudáveis, mas os problemas fiscais devem continuar latentes.

Em um início de semana de noticiário escasso no cenário doméstico, o dólar seguiu a tendência do mercado externo e avançou levemente ante o real, em uma sessão marcada pelo volume de negócios reduzido. A moeda terminou o dia aos R$ 3,7829 no mercado à vista, com alta de 0,16%, depois de ter subido quase 2% no acumulado da última semana. Os negócios no mercado à vista somaram US$ 695,8 milhões.

Pela manhã, o "spot" chegou à máxima de R$ 3,8030 (+0,69%), refletindo uma nova onda de temores de atritos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com outros países. Desta vez, Trump fez ameaças via Twitter ao presidente do Irã, Hassan Rouhani, em resposta a declarações deste último. No início deste ano, Trump retirou os EUA de um acordo que previa o controle do programa nuclear iraniano e ampliou as sanções contra o país.

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Além disso, dúvidas quanto aos entendimentos do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) com partidos do Centrão, favoreceram correções nas cotações, com investidores promovendo algumas recomposições de carteiras. No sábado, Alckmin se disse contrário à contribuição sindical, gerando um mal-estar ante o deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade). Após um encontro de dirigentes partidários no domingo, Paulinho disse que o atrito estava resolvido. É esperado que o apoio dos partidos do Centrão a Alckmin seja oficializado na próxima quinta-feira.

A desaceleração do dólar aconteceu à tarde, principalmente na última hora de negociação, quando a moeda americana perdeu força rapidamente ante o peso mexicano. O enfraquecimento, ocorreu depois que Trump afirmou que está negociando algo "dramático" com o México sobre comércio. Trump não deu detalhes sobre tais negociações. Às 17h21, dólar tinha baixa de 0,67% ante a moeda do México. Também caía ante o rublo (-0,63%) e à lira turca (-1,13%). Por outro lado, avançava perante o rand (+0,53%), o dólar neozelandês (+0,40%) e o dólar australiano (+0,60%).

"O dólar se mostrou bem comportado hoje, com as cotações mais estabilizadas, uma vez que os investidores evitaram assumir posições mais expressivas em um dia de noticiário fraco. Mas essa estabilidade vai se desfazer a qualquer notícia neste momento de maior volatilidade", disse José Carlos Amado, operador da Spinelli Corretora, em referência à maior influência do noticiário político sobre os ativos.

Em novo dia de agenda esvaziada no mercado doméstico, o dólar oscilou durante o dia influenciado por notícias do mercado externo, mas acabou encerrando a sessão estável, em R$ 3,8445 (-0,01%). O dólar subiu ante o peso argentino, a lira turca e o rand sul-africano. Apesar da leve queda e do comportamento relativamente tranquilo nos últimos dias, os especialistas em câmbio ressaltam que o tom no mercado é de cautela, principalmente com as eleições, e que a volatilidade pode crescer novamente. Nas próximas semanas serão definidos os candidatos e eventuais coligações dos partidos nas convenções nacionais.

A quarta-feira foi outro dia de volume mais fraco no câmbio, influenciado pela falta de eventos importantes e pelas férias no hemisfério norte. O dólar operou em alta pela manhã e atingiu a máxima a R$ 3,8635, mas virou no começo da tarde, após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que pode costurar acordos comerciais individuais com o México e o Canadá. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, voltou ao Congresso e repetiu a mensagem de gradualismo na alta de juros, o que também ajudou a manter os mercados tranquilos. Na mínima, o dólar chegou a cair a R$ 3,81 no começo da tarde, mas perto do fechamento reduziu o ritmo de queda e chegou a engatar alta pontual com o desmonte de operações feitas por tesourarias.

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O diretor da Fourtrade Corretora, Luiz Carlos Baldan, ressalta que fluxo de recursos e operações de Tesouraria de bancos ajudaram o dólar a cair hoje na parte da tarde, mas o tom segue de cautela. Para ele, as atenções das mesas de operação vão crescentemente se voltar para as eleições na medida em que os partidos começam a fazer suas convenções nacionais. O PDT faz a sua já nesta sexta-feira, 20. Dependendo dos nomes que se despontarem como favoritos, o dólar pode superar os R$ 4,00.

Para o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto, o cenário eleitoral ainda indefinido continua no radar, principalmente com a dificuldade do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) em encontrar um nome para a vice-presidência em sua chapa na corrida ao Palácio do Planalto. A avaliação de Machado Neto é de que, se esse revés implicar perda de espaço de Bolsonaro nas pesquisas e impulsionar a candidatura de Ciro Gomes (PDT), isso pode ampliar as incertezas. "O mercado está de olho no Ciro, como um risco", disse o operador.

Pesquisa do Bank of America Merrill Lynch divulgada hoje mostra que, apesar da relativa calmaria vista no mercado de câmbio nos últimos dias, a percepção de gestores e investidores é que a moeda brasileira pode perder ainda mais valor ante o dólar nos meses antes da eleição. Dos entrevistados no levantamento, 49% veem a divisa norte-americana terminando o ano acima de R$ 3,80, ante 34% da pesquisa feita em junho e de apenas 3% em maio. Além disso, 17% veem a moeda acima de R$ 4,00, ante zero da pesquisa de maio.

As principais bolsas da Europa fecharam em alta consistente neste pregão, em linha com a interpretação de que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, adotou uma retórica "dovish" ("mais suave") em coletiva de imprensa após a decisão da instituição de manter suas taxas de juros inalteradas e anunciar a redução das compras mensais do seu programa de afrouxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) a partir de outubro.

O índice pan-europeu Stoxx 600 teve ganho de 1,23%, aos 393,04 pontos.

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Embora a revelação pelo BCE de que dará mais um passo no desmonte gradual do QE a partir de outubro, baixando as compras mensais de ativos para 15 milhões de euros até dezembro, denote uma postura "hawkish", a afirmação por Draghi de que as taxas de juros da autoridade monetária seguirão nos atuais níveis até pelo menos o verão de 2019 no Hemisfério Norte foram a chave para a recuperação no mercado acionário.

Mesmo que ofuscados pelos desdobramentos em torno da decisão de política monetária, houve indicadores das duas principais economias europeias na agenda desta quinta-feira. No Reino Unido, as vendas no varejo avançaram 1,3% em maio ante abril, mostraram dados do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês), um ponto porcentual cheio acima da previsão de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, de +0,3%.

Já a Destatis, agência de estatísticas da Alemanha, revelou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país subiu 0,5% em maio ante abril e 2,2% na comparação com igual mês em 2017, em linha com as expectativas do mercado.

Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 ascendeu 0,81%, para os 7.765,79 pontos. Repercutiu nesta praça os relatos na mídia britânica de que a fabricante de motores para aviões Rolls-Royce cortará 4,6 mil empregos no Reino Unido com o objetivo de economizar 400 milhões de libras por ano até 2020 com custos. As ações da empresa dispararam 6,54%.

Em Frankfurt, o DAX 30 teve avanço de 1,68%, para os 13.107,10 pontos, superando a marca psicologicamente importante dos 13 mil pontos. No setor de energia, as ações da E.ON saltaram 3,36% e as da RWE, 3,24%. Também entre os destaques, os papéis da multinacional Bayer ganharam 1,98%.

O CAC 40, da Bolsa de Paris, fechou em alta de 1,39%, aos 5.528,46 pontos. Na praça parisiense, os papéis da petroleira Total avançaram 1,52% e os da Engie, 2,43%.

Com referência no FTSE MIB, a Bolsa de Milão ganhou 1,22%, para os 22.486,32 pontos. Seguindo pares do setor de energia no continente, as ações da Enel subiram 1,92% e as da ENI, 1,95%.

Em Madri, o Ibex 35 teve avanço de 0,59%, para os 9.957,70 pontos, enquanto o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, destoou com queda de 0,10%, para os 5.677,81 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

O dólar teve novo dia de volatilidade nesta quarta-feira, 30, mas acabou fechando em leve alta (+0,06%), se descolando do mercado externo. Em maio, a moeda dos Estados Unidos subiu 6,52% ante o real, a maior alta mensal desde setembro de 2015, quando avançou 9,39% e também acima de maio de 2017 (+1,71%), mês marcado pela crise causada pelas delação da JBS e as revelações do empresário Joesley Batista. O dólar terminou o dia cotado em R$ 3,7327. No exterior, a moeda perdeu força ante outras divisas, como o euro e as moedas de emergentes, mas no Brasil fatores domésticos falaram mais alto, como as persistentes incertezas sobre os desdobramentos da greve dos caminhoneiros na atividade e nas contas fiscais do governo.

A disputa entre comprados e vendidos pela formação da Ptax do final do mês deixou o dólar volátil pela manhã. A moeda chegou a cair abaixo de R$ 3,70 pela manhã e na mínima do dia foi negociada a R$ 3,6929. Ná máxima, bateu em R$ 3,7680. Por conta da definição do diferencial, o volume de negócios no mercado foi alto e chegou a US$ 1,8 bilhão no mercado à vista e estava em US$ 28,3 bilhões no futuro. Após a definição da Ptax, o dólar desacelerou os ganhos, mas o tom de cautela persistiu no mercado de câmbio, também por conta do feriado desta quinta-feira, 31.

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Para o sócio e gestor da Absolute Invest, Roberto Serra, o mercado no exterior foi bom hoje e, não fosse pelas incertezas geradas pela paralisação dos caminhoneiros, o dólar poderia ter caído ante o real também. Ele avalia que, nos últimos dias, por volta de 90% da variação da moeda no Brasil tem sido explicada por fatores domésticos e só 10% por fatores externos. "A greve deu uma amenizada, mas os desdobramentos para resolver a situação foram ruins", disse ele. O governo teve que ceder para atender à demanda dos caminhoneiros e hoje bancos, como o Goldman Sachs, revisaram para baixo suas projeções do Produto Interno Bruto (PIB) para 2018.

O economista do grupo holandês ING, Gustavo Rangel, também vê o real pressionado pela frente, mas ressalta que o BC tem "munição considerável" para intervir no mercado, seja por meio dos programas de swap, seja pelo alto volume de reservas internacionais. Por isso, ele espera que os movimentos no mercado de câmbio ocorram de maneira "ordenada". Rangel destaca que o incerto cenário político e o custo barato de hedge no país, por conta da redução do diferencial de juros com os EUA, deixam o real "vulnerável". Um cenário em que um candidato não reformista se consolide nas pesquisas de intenção de voto, a moeda dos EUA pode testar máximas históricas no Brasil, ressalta ele em relatório.

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou na noite de hoje (23) uma redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias. A decisão, segundo ele, busca contribuir com uma possível trégua no movimento dos caminhoneiros, que estão paradas nas estradas há três dias contra preço do combustível. 

Na prática, a Petrobras avalia que a redução média será de R$ 0,23 nas refinarias, resultando numa queda média de R$ 0,25 nas bombas dos postos de combustível. A medida vale apenas para o diesel. A expectativa é de que a paralisação seja suspensa e, nos 15 dias em que vigorar a nova tarifa, governo e caminhoneiros encontrem uma solução definitiva.

O dólar fechou em ligeira baixa nesta terça-feira, 22, ante várias moedas rivais e de países emergentes, numa sessão em que investidores aproveitaram para ajustar posições, incluindo alguma realização de lucros, na véspera da divulgação da ata da reunião de política monetária mais recente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Em movimento à parte, a lira turca teve novo dia de forte depreciação em relação à divisa americana.

Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar recuava a 110,92 ienes, enquanto a libra avançava a US$ 1,3432. O euro, por sua vez, cedia a US$ 1,781.

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Já o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis moedas principais, fechou em queda de 0,07%, aos 93,609 pontos.

A depender de sue conteúdo, a revelação amanhã da ata da reunião mais recente de política monetária do Fed pode desmontar parte das expectativas entre investidores de que o fortalecimento da economia dos EUA acelere a inflação e leve o BC a aumentar o ritmo de seu aperto monetário.

Esse cenário, um dos principais fatores por trás do rali recente do dólar, tenderia a reduzir a disponibilidade de dinheiro no mercado americano, encarecendo a moeda do país. Mas, se a linguagem dos dirigentes do Fed se mostrar mais 'dovish' do que o esperado, pode haver um reajuste de expectativas quanto à inflação nos EUA.

Em outra frente, o Banco Central da República da Argentina (BCRA) decidiu hoje manter sua taxa básica de juros inalterada em 40%, citando a necessidade de que ela permaneça em "em níveis elevados para conter a transferência para os preços da depreciação do peso" argentino ante o dólar. Às 18h29 (de Brasília), a moeda americana recuava a 24,25 pesos argentinos.

Uma das únicas moedas emergentes a ser penalizada pelo dólar nesta sessão foi a lira turca. No mesmo horário citado acima, a divisa americana avançava a 4,6725 liras turcas.

Em relatório a clientes, a Capital Economics comenta ainda que "não há necessidade de entrar em pânico pela rupia" indiana. Os analistas da consultoria escrevem que a rupia continuou a se depreciar ante o dólar em maio, com baixa de mais de 6% em 2018. "De fato, pensamos que a rupia vai reagir contra o dólar nos próximos meses", afirmam, citando o déficit em conta corrente da Índia "muito menor agora comparado a 2013" e reservas em moeda estrangeira do país asiático "perto de recordes de alta".

Hoje, o dólar cedeu a 68,0340 rupias.

O alívio no câmbio durou pouco e o dólar voltou a subir nesta sexta-feira, 11. A moeda americana fechou em alta de 1,43%, cotada a R$ 3,6002 - novo patamar e maior cotação desde 31 de maio de 2016. Naquele pregão de dois anos atrás, os mercados domésticos estressaram com a noticia de que a Polícia Federal indiciara o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e dois executivos do banco no inquérito da Operação Zelotes, que investiga compra de decisões no Carf.

Hoje a moeda americana teve mais um dia de alta volatilidade - durante o pregão, oscilou quase 7 centavos, da mínima de R$ 3,5448 (-0,12%) à máxima de R$ 3,6121 (+1,77). O giro dos negócios à vista alcançou US$ 820 milhões. Operadores ainda esperam que o dólar encontre um novo patamar, na casa dos R$ 3,50 ou R$ 3,60, para que a volatilidade possa ser reduzida. Na semana, o dólar à vista acumulou alta de +2,14%. Perto das 17h, o dólar para junho subia 1,45% e saía a R$ 3,6090, movimentando US$ 18 bilhões.

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Pela manhã houve bastante especulação no mercado com a pesquisa de intenção de voto para as eleições presidenciais da CNT/MDA, que deverá ser divulgada na segunda-feira. A conversa era de que, após a desistência de Joaquim Barbosa, todos os votos que seriam para ele migrariam para Ciro Gomes, pré-candidato totalmente desalinhado com o que pensa o mercado. Alessandro Faganello, operador da Advanced Corretora, atribuiu a análise a "pura especulação" diante da dificuldade de fazer uma avaliação como essa. Para Faganello, a única notícia hoje que poderia indicar alguma apreciação no câmbio foi divulgada pela manhã: o índice de sentimento do consumidor dos Estados Unidos elaborado pela Universidade de Michigan ficou estável em 98,8 em maio, na preliminar do dado. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam 98,0. "Esse dado corrobora a avaliação de quem enxerga aquecimento na economia americana, pois é visto como um sinalizador mais forte para o consumo", diz.

À tarde não houve notícias com impacto para formar preços no câmbio. O mercado voltou a falar em maior procura por hedge e também nas dúvidas sobre até onde vai o patamar do dólar em relação ao real que deixa o Banco Central do Brasil "confortável" com a valorização e seus impactos na inflação. A expectativa do mercado é para novo corte da Selic semana que vem, mas cresce a percepção que o BC trabalha cada vez mais com sinalizações ambíguas. O enfraquecimento da atividade sustenta a redução das taxas; mas a apreciação do dólar preocupa. Conforme pesquisa do AE Dados da Agência Estado, a mediana das expectativas do câmbio para fim de maio subiu 4,13%, para R$ 3,53. Para o fim do segundo trimestre, a mediana foi de R$ 3,54.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, afirmou que as notícias negativas sobre a Argentina podem fazer com que investidores estrangeiros retirem recursos alocados em emergentes. "Isso nos afeta de forma indireta. Não é que o sujeito vai tirar dinheiro no Brasil porque a Argentina está com problemas. Todas classes de ativos de emergentes sofrem quando você tem esse tipo de noticiário", disse o economista do Itaú. A pressão sobre o peso, o real e outras moedas de emergentes deve continuar pela frente, avalia o economista. Hoje o Itaú Unibanco revisou seu cenário para a economia brasileira e aumentou a projeção para o dólar, de R$ 3,25 para R$ 3,50. Esta tarde o dólar se aproximou da marca de 24 pesos argentinos e o Banco Central da República da Argentina (BCRA) teve de intervir mais uma vez no câmbio Na mídia argentina, fala-se que a dimensão da investida do BCRA foi de entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,6 bilhão.

O dólar voltou a avançar de forma generalizada nesta terça-feira, apoiado pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar Washington do acordo nuclear com o Irã. Além disso, os agentes monitoraram o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, que ressaltou os esforços da autoridade monetária dos EUA para restaurar a política para as normas pré-crise financeira de 2008.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 109,08 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1863 e a libra cedia para US$ 1,3543. Já o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em alta de 0,40%, para 93,120 pontos, no nível mais alto desde 26 de dezembro.

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O dólar iniciou o dia reforçado por comentários de Powell em Zurique nesta terça-feira de que "a normalização do Fed prossegue sem interrupções" e que os mercados não devem se assustar com a contínua elevação das taxas se a economia continuar a crescer como os banqueiros centrais acreditam. Embora os comentários não representem nenhuma novidade, foram "considerados positivos para o dólar" pelos investidores, disse o chefe de estratégia cambial do Scotiabank, Shaun Osborne.

O sucesso do Fed em sinalizar suas subidas de juros pelo menos mais duas vezes neste ano e mais três vezes em 2019 levou a uma alta constante nos rendimentos dos títulos públicos americanos. Ao mesmo tempo, com o Banco Central Europeu (BCE) envolvido ainda em políticas acomodatícias, o euro permanece fraco, assim como a libra, com a visão de que a política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) está atrelada ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

Muitos investidores começaram o ano apostando que o euro subiria em relação ao dólar devido ao forte crescimento na Europa. Essas apostas estão "quase totalmente eliminadas", já que o custo para manter essas posições tornou-se proibitivo, disse o diretor de estratégia de câmbio na América do Norte do BNP Paribas, Daniel Katzive.

No meio da tarde, o dólar ganhou ainda mais força em relação a moedas de países emergentes durante discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o Irã. O líder americano anunciou a saída de Washington do acordo nuclear com o país persa, o que acabou provocando uma busca por segurança. Momentaneamente, o iene passou a subir em relação ao dólar, o que foi revertido antes do fim do pregão.

Na Argentina, o dólar operava a 22,4810 pesos, depois de ter tocado a máxima intraday de 23,10 pesos. O governo de Maurício Macri anunciou o início de conversas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por uma linha de apoio financeiro para o país. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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