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O Canadá detectou os dois primeiros casos de contaminação pela nova variante do coronavírus registrada no Reino Unido, anunciaram neste sábado (26) as autoridades sanitárias de Ontário.

"Os casos são um casal de Durham, que não tem antecedentes de viagens, de exposições (ao vírus), nem de contatos de risco elevado", informou o Ministério de Saúde desta província, a mais populosa do país.

O casal foi colocado em isolamento, acrescentou o comunicado, no mesmo dia em que Ontário reinstaurou um confinamento de várias semanas devido a um forte crescimento da epidemia do novo coronavírus desde o começo de dezembro.

O Canadá suspendeu até 6 de janeiro todos os voos procedentes do Reino Unido após o aparecimento no país da nova cepa de covid-19.

Vários países anunciaram neste sábado ter identificado casos confirmados da variante britânica, como Itália, Suíça, Espanha e Japão, depois dos contágios notificados anteriormente por França, Alemanha, Líbano e Dinamarca.

A descoberta destes primeiros casos na província canadense "reforça a necessidade para a população de Ontário de ficar em casa o máximo possível e de continuar com as diretrizes de saúde pública, especialmente as de confinamento na província, que entram em vigor hoje", lembrou a médica Barbara Yaffe, encarregada adjunta das autoridades de saúde locais.

O novo confinamento em Ontário, que tem 14 milhões de habitantes, cuja capital é Toronto, durará 28 dias no sul da província e 14 no norte.

As novas normas proíbem especialmente as reuniões privadas em recintos fechados para além do círculo familiar. Os comércios essenciais, como as lojas de alimentação ou as farmácias, poderão permanecer abertos, mas outros estabelecimentos, como restaurantes, devem se limitar a despachar pedidos ou fazer entregas em domicílio.

O Canadá registrava neste sábado mais de 534.000 casos e mais de 14.700 mortos pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

A nova cepa da Covid-19 é "entre 50% e 74%" mais contagiosa, afirmou um estudo médico divulgado nesta quinta-feira (24), que alertou sobre as consequências dela na mortalidade no Reino Unido.

"De acordo com os dados preliminares disponíveis", a variante da Sars-Cov-2, suspeita de ter causado o grande aumento no número de casos no sudeste da Inglaterra nas últimas semanas, "poderia ser entre 50% e 74% a mais contagiosa", informou o biólogo Nick Davies, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM), um dos autores.

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A estimativa, divulgada na internet e que ainda não confirmada por nenhuma revista científica, coincide com a de "50% a 70%" informada na segunda-feira em entrevista coletiva por cientistas que assessoram o governo britânico.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, falou no fim de semana passado sobre uma transmissão 70% maior, e as autoridades britânicas informaram à Organização Mundial da Saúde (OMS) que a nova cepa é entre 40% e 70% mais transmissível.

Detectada pela primeira vez em setembro no Reino Unido, esta variante chamada VOC 202012/01 carrega 22 mutações no genoma da Covid-19.

Uma delas afeta a proteína spike do coronavírus, com a qual o vírus se agarra às células humanas para penetrá-las, facilitando as contaminações.

Os pesquisadores do LSHTM "não encontraram elementos no momento que indiquem que as pessoas infectadas com esta mutação têm um risco maior de serem hospitalizados ou morrer".

Embora a nova cepa não seja mais perigosa que as anteriores, o provável "aumento significativo" no número de casos pode afetar o número de mortos, que pode "ser maior em 2021 do que em 2020", segundo o estudo.

As autoridades britânicas já anunciaram no último fim de semana novas restrições, como um reconfinamento em Londres e no sudeste da Inglaterra.

Uma variante do coronavírus Sars-CoV-2 tem deixado pesquisadores e autoridades em alerta por todo a Europa desde o anúncio do Reino Unido de que a nova cepa era transmitida de maneira mais rápida em até 70%.

Desde então, inúmeros países fecharam suas fronteiras áreas e/ou marítimas com o território britânico para evitar que a mutação se espalhasse também para outros países. Mas, porque essa mutação está chamando tanto a atenção se é normal que vírus sofram mutações constantes? Segundo os britânicos, os temores com essa variante, chamada de H69/V70, tem como foco a rápida disseminação dela - que já superou a mutação anterior em Londres e no sudeste da Inglaterra - e a possibilidade de que essa alteração afeta partes importantes da estrutura do vírus.

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Dados do Centro Europeu para Controle de Doenças (ECDC), a nova cepa circula desde novembro - o Reino Unido fala em detecção no país em setembro - e os três primeiros casos confirmados dela fora do território da Inglaterra (na Austrália e na Dinamarca) têm ligações com o foco de Londres.

"Já é verificada uma difusão internacional, mesmo que não se conheça a extensão", publicou a entidade em nota. A Itália também já identificou um primeiro caso ligado a uma pessoa que voltou recentemente de Londres, assim como os Países Baixos, Bélgica e África do Sul.

Para a ECDC, "não há indicações no momento de uma maior gravidade da infecção ligada a essa nova mutação", mas o órgão ressalta que a fase de transmissão ocorreu em um período do ano em que "tradicionalmente, aumentam os contatos familiares e sociais".

"Dada a atual falta de dados sobre essa nova variante que se difundiu fora do Reino Unido, servem esforços tempestivos para prevenir e controlar a difusão", pontua ainda a entidade, pedindo aos europeus para notificarem imediatamente casos da mutação no sistema da União Europeia. Até o momento, porém, o ECDC não acredita que a H69/V70 provoque alterações capazes de tornar ineficazes as vacinas contra a Covid-19, que já estão sendo aplicadas em diversos países.

- Mutações comuns: As alterações do vírus são comuns e já esperadas conforme ele contamina mais e mais pessoas.

Atualmente, a principal mutação do Sars-CoV-2 havia ocorrido na Europa em fevereiro: o vírus que veio da China sofreu uma alteração, chamada de mutação G614, e tornou-se mais contagioso do que a "versão" asiática, virando a cepa mais incidente no mundo todo.

Conforme as primeiras informações, a H69/V70 já havia sido identificada anteriormente, incluindo no organismo nos visons abatidos na Dinamarca, mas não tinha se espalhado rapidamente entre humanos. Agora, os cientistas buscam mais dados para entender a alteração.

Se a alteração seguir o "roteiro" da G614, o maior impacto será na proliferação da doença do que na mortalidade. Porém, ainda serão necessários estudos mais aprofundados.

Da Ansa

Com o avanço de uma nova variante do coronavírus Sars-CoV-2 no Reino Unido, muitos países europeus, asiáticos e da América anunciaram a suspensão de voos vindos do território britânico para tentar conter a disseminação.

Ainda não se sabe se a variante é mais letal do que as anteriores, mas especialistas de saúde britânicos apontam que ela tem uma transmissão mais rápida do que as demais - até 70% mais veloz, segundo o premiê, Boris Johnson. Por conta disso, o governo determinou um lockdown em Londres e o sudeste da Inglaterra, onde há mais casos detectados.

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Na Europa, Itália, Alemanha, Países Baixos, Bélgica e França foram os primeiros a suspenderem os voos de e para o Reino Unido. A medida foi seguida por diversos países, como Canadá, Romênia, Argentina, Colômbia, Turquia, Polônia, Bulgária, Índia , Arábia Saudita, Irã, Suíça, El Salvador, Kuwait, Irlanda, Turquia e Israel.

Alguns dos governos optaram inclusive por proibir voos da África do Sul e da Austrália, onde as autoridades já constataram a presença da nova cepa. O Brasil ainda não se manifestou.

As informações até o momento apontam que a nova variante - que não é a primeira do coronavírus, vale destacar - foi detectada em um paciente em setembro desse ano. Desde então, os pesquisadores analisaram que ela se tornou a cepa predominante em Londres e no sudeste da Inglaterra.

Não se sabe se a mutação surgiu no Reino Unido ou se o país foi o primeiro a detectar a alteração. No entanto, os especialistas (inclusive da Organização Mundial da Saúde) ressaltam que no momento a mudança não deve afetar a eficácia das vacinas desenvolvidas contra a Covid-19.

Da Ansa

Os Estados Unidos observam "com muito cuidado" a variante do vírus que se propaga no Reino Unido, disseram autoridades da saúde, observando que a proibição de viagens para aquele país não está em discussão neste momento.

Moncef Slaoui, consultor da operação de logística "Warp Speed" do governo para comprar e distribuir vacinas contra a Covid-19, disse à CNN que "ainda não se sabe" se esta variante do vírus está presente no país.

Estamos "examinando isso com muito cuidado" em conjunto com os Institutos Nacionais de Saúde e os Centros para Controle e Prevenção de Doenças, disse ele. No momento, nenhuma cepa do vírus parece ser resistente às vacinas disponíveis, ressaltou.

"Esta variante específica no Reino Unido, acredito, é muito improvável de ter escapado da imunidade da vacina", disse Slaoui.

"Não acho que haja motivo para alarde neste momento", concordou o almirante Brett Giroir, o oficial que supervisiona os testes de coronavírus nos Estados Unidos, quando questionado pela rede ABC.

Ele também estimou que por enquanto não é necessário suspender os voos do Reino Unido, como vários países europeus fizeram.

Slaoui afirmou à CNN que quase oito milhões de vacinas serão distribuídas nos Estados Unidos na segunda-feira: dois milhões de doses do imunizador da Pfizer/BioNTech e 5,9 milhões da Moderna.

Os comentários de Slaoui vieram após reclamações de alguns estados sobre atrasos no recebimento da vacina da Pfizer/BioNTech, um atraso pelo qual o general Gus Perna, que supervisiona a operação Wrap Speed, se desculpou no sábado.

"Vamos trabalhar e aprender com os nossos erros", disse Slaoui. O governo espera que 20 milhões de pessoas sejam vacinadas até o final do ano ou na primeira semana de janeiro.

O vice-presidente Mike Pence já foi vacinado publicamente e o presidente eleito Joe Biden o fará na segunda-feira. Já o presidente Donald Trump não indicou se será vacinado.

Preocupado com o ceticismo de muitas pessoas sobre as vacinas, Giroir encorajou Trump a se inocular para o bem de sua saúde "e também para construir mais confiança entre as pessoas que o seguem tão de perto".

Mas o encarregado de Saúde Pública Jerome Adams disse à CBS que, por causa dos anticorpos que Trump recebeu quando contraiu a Covid-19, "esse é realmente um cenário em que dizemos às pessoas que talvez devam esperar para receber a vacina".

A França suspenderá a partir da meia-noite e por 48 horas todos os deslocamentos de pessoas procedentes do Reino Unido, "inclusive as relacionadas ao transporte de mercadorias, por estrada, via aérea, marítima ou ferroviária", informou o governo neste domingo.

"Apenas o transporte de carga desacompanhada será autorizado. Os fluxos de pessoas ou transportes na direção do Reino Unido não serão afetados", disse o governo após um Conselho de Defesa da Saúde realizado por videoconferência presidido pelo presidente Emmanuel Macron, que está em quarentena após ter testado positivo para o coronavírus.

A decisão francesa é anunciada após medidas semelhantes serem tomadas pela Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha e Irlanda, devido a uma variante do vírus SARS-CoV-2 detectada no Reino Unido.

"Essa variante genética não parece causar, até onde se sabe, aumento da gravidade ou resistência à vacina" e "não está claro, por enquanto, que a já mencionada 'rápida' disseminação dessa mutação no Reino Unido está ligada a uma propriedade intrínseca deste vírus", explicou o governo, segundo o qual "não foi comprovado até ao momento o fato de esta cepa ser mais contagiosa".

Mas, continuam os serviços do primeiro-ministro francês Jean Castex, "no contexto da aceleração da epidemia há alguns dias no Reino Unido, as autoridades sanitárias britânicas notificaram a Organização Mundial de Saúde que esta mutação poderia, possivelmente, ser mais contagiosa do que as outras variantes do SARS-CoV-2".

O prazo de 48 horas "dará tempo para a coordenação entre os Estados-Membros da União Europeia para definir uma doutrina comum sobre a regulamentação e controle das chegadas do Reino Unido" e "preparar operacionalmente para uma reabertura segura das chegadas do Reino Unido a partir de 22 de dezembro, e que contará com um dispositivo de teste obrigatório na partida" , disse o governo.

A aparição no Reino Unido de uma nova cepa do coronavírus, muito mais infecciosa que as outras, preocupa os epidemiologistas e levou vários países a suspender seus voos procedentes do território britânico neste domingo (20).

- Nova cepa -

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O conselheiro científico do governo britânico, Patrick Vallance, afirmou no sábado que essa nova variante do SARS-CoV-2, além de se propagar rapidamente, está se transformando na forma "dominante", o que gerou "um aumento muito forte" das hospitalizações em dezembro.

A nova cepa teria aparecido em meados de setembro em Londres ou em Kent (sudeste), segundo ele.

"O grupo consultivo sobre ameaças novas e emergentes de vírus respiratórios (NERVTAG) considera que esta nova cepa pode se propagar mais rapidamente", declarou o médico-chefe da Inglaterra, Chris Whitty, em um comunicado.

Essa ideia se baseia na constatação de "um aumento muito forte de casos de contágio e de hospitalizações em Londres e no sudeste, em comparação com o resto da Inglaterra nos últimos dias", explica o professor de medicina Paul Hunter, da Universidade de East-Anglia, citado no site do Science Media Centre.

"Este aumento parece ser causado pela nova cepa", acrescentou, em alusão às informações fornecidas pelas autoridades de saúde.

No entanto, "nada indica, até o momento, que esta nova cepa cause uma taxa de mortalidade mais alta ou que afete as vacinas e os tratamentos, mas há trabalhos sendo realizados com urgência para confirmar isso", continuou Chris Whitty.

- Epidemiologistas preocupados -

A informação "sobre esta nova cepa é muito preocupante", afirmou o professor Peter Openshaw, imunologista do Imperial College de Londres, citado pelo Science Media Centre. Principalmente porque "parece ser entre 40% e 70% mais transmissível".

"É uma notícia muito ruim", comentou o professor John Edmunds, da London School of Hygiene & Tropical Medicine. "Parece que esse vírus é muito mais infeccioso que a cepa anterior".

Em sua página do Facebook, o geneticista francês Axel Kahn lembrou que, até agora, "foram sequenciadas 300.000 mutações do SARS-CoV-2 no mundo".

A nova cepa incorpora uma mutação, chamada "N5017", na proteína da "espícula" do coronavírus, que permite que o vírus se prenda às células humanas para penetrá-las.

Segundo o doutor Julian Tang, da Universidade de Leicester, "essa mutação N501Y já circulava muito antes, de forma esporádica, neste ano fora do Reino Unido, na Austrália em junho-julho, nos Estados Unidos em julho e no Brasil em abril".

"Os coronavírus sofrem mutações o tempo todo, então não é surpreendente que surjam novas variantes do SARS-CoV-2", lembrou o professor Julian Hiscox, da Universidade de Liverpool. "O mais importante é tentar saber se essa variante tem propriedades que têm um impacto na saúde dos humanos, nos diagnósticos e nas vacinas".

"Quanto mais vírus houver e, portanto, mais pessoas afetadas, mais mutações aleatórias haverá" que sejam "vantajosas para o vírus", acrescentou Axel Kahn.

- Suspensão de voos-

A confirmação do nível de transmissão desta cepa levou as autoridades britânicas a decretarem um novo confinamento em Londres e em parte da Inglaterra, afetando um total de 16 milhões de habitantes.

"Infelizmente, a nova cepa estava fora de controle. Devemos retomar o controle, é a única forma de fazê-lo, restringir os contatos sociais", declarou neste domingo o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock.

Depois da Holanda, que suspendeu neste domingo todos os seus voos de passageiros procedentes do Reino Unido, a Bélgica também suspenderá as conexões aéreas e ferroviárias com esse país e a Alemanha estuda "seriamente" tomar uma medida semelhante, que também afetaria a África do Sul.

O governo da Espanha informou neste domingo (20) que pediu a Bruxelas uma resposta "coordenada" sobre os voos com o Reino Unido, depois que vários países da região anunciaram que suspenderão suas conexões aéreas com este país devido a uma nova cepa do coronavírus.

"O objetivo é proteger os direitos dos cidadãos comunitários a partir da coordenação, evitando a unilateralidade", explicou o governo espanhol em um comunicado.

A Espanha fez o pedido "nesta manhã (domingo) à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao presidente do Conselho Charles Michel", afirmou o comunicado.

Caso não haja uma atuação conjunta, Madri tomará medidas "em defesa dos interesses e direitos dos cidadãos espanhóis", acrescentou o governo do socialista Pedro Sánchez.

Ao anunciar o reconfinamento de Londres e partes do sudeste da Inglaterra, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson relacionou o aumento de casos de covid-19 nessas áreas com a nova cepa do coronavírus descoberta.

A Alemanha também estuda a possibilidade de suspender os voos com o Reino Unido e África do Sul, onde também foi detectada essa variante do vírus.

Vários países europeus começaram, neste domingo (20), a proibir voos procedentes do Reino Unido, após a descoberta de uma variante mais contagiosa do coronavírus que circula "fora de controle" nesse país e diante da qual a OMS pediu para "reforçar os controles".

Seguindo os passos da Holanda, onde a suspensão dos voos de passageiros procedentes do Reino Unido entrou em vigor neste domingo e será mantida até 1o de janeiro, Bélgica e Itália anunciaram que também suspenderão suas conexões aéreas britânicas.

O governo alemão estuda "seriamente" fazer o mesmo com os voos procedentes do Reino Unido e África do Sul.

Espanha, por sua vez, pediu uma resposta "coordenada" da Europa sobre esses voos.

Essas medidas acontecem ao mesmo tempo em que um terço da população inglesa inicia um reconfinamento, devido a uma nova cepa do coronavírus que circula "fora de controle", segundo o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock.

Diante desta nova cepa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu para "reforçar os controles" na Europa.

Fora do território britânico, foram detectados vários casos na Dinamarca (9), um na Holanda e outro na Austrália, segundo a OMS, que recomendou aos seus membros "aumentar suas [capacidades de] sequenciamento" do vírus, afirmou uma porta-voz da OMS Europa.

- 70% mais contagiosa -

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson já havia explicado no sábado que Londres e o sudeste da Inglaterra voltariam a respeitar um confinamento rigoroso, às vésperas das festas natalinas, porque uma nova variante do vírus circulava muito mais rápido.

Em declarações à Sky News, Hancock disse que a situação era "extremamente séria".

"Será muito difícil controlá-la até que tenhamos distribuído a vacina", afirmou. "Teremos que lidar com isso durante os próximos dois meses".

Os cientistas descobriram esta variante em um paciente em setembro.

Susan Hopkins, de Saúde Pública da Inglaterra (PHE), disse à Sky News que a agência avisou ao governo na sexta-feira, depois que os estudos revelaram a gravidade da nova cepa.

A cientista confirmou os dados divulgados por Johnson, que estabelecem que esta variante pode ser 70% mais contagiosa.

Desde a semana passada, a Europa é a região do mundo com mais mortes pela covid-19, com mais de 514.000 óbitos desde o início da pandemia há quase um ano.

Para evitar que o vírus se propague ainda mais durante as festas de Natal e Ano Novo, vários países impuseram novas restrições mais rigorosas.

Na Holanda está em vigor um confinamento de cinco semanas, e as escolas e comércios que não são essenciais permanecerão fechados até meados de janeiro.

Itália, um dos países mais afetados com mais de 68.400 mortes e quase dois milhões de casos, impôs novas medidas para as festas, entre 21 de dezembro e 6 de janeiro: só estará permitida uma saída ao ar livre diária por casa, não estará permitido viajar entre regiões e bares, restaurantes e lojas não essenciais estarão fechados.

- Sem "pressa" no Brasil -

No restante do planeta, o vírus continua se espalhando. No total, o coronavírus cobrou mais de 1,6 milhão de vidas em todo o mundo e infectou mais de 76 milhões de pessoas, de acordo com uma contagem da AFP neste domingo com base em fontes oficiais.

A Rússia superou os 50.000 mortos por Covid-19, segundo as autoridades de saúde, embora os especialistas acreditem que o número real é muito maior. Um ex-funcionário da agência estatística nacional russa, Alexéi Raksha, fala de 250.000 mortos.

No Chile, os novos casos confirmados aumentaram 22% na última semana, despertando preocupação no governo sobre um possível novo pico pandêmico.

E em El Salvador, o governo pediu à população para cumprir com as medidas sanitárias para conter um aumento dos casos.

No Brasil, o segundo país do mundo com mais mortos (186.356) atrás dos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro não parece tão preocupado com o assunto.

"A pandemia realmente está chegando ao fim. Os números têm mostrado isso aí. Estamos com uma pequena ascensão agora, o que se chama de pequeno repique; pode acontecer. Mas pressa para a vacina não se justifica, porque você mexe com a vida das pessoas", disse o presidente em uma entrevista com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, no YouTube.

A maioria dos países aguardam impacientes o início das campanhas de vacinação, que se apresentam como a única forma de conter o vírus.

Na União Europeia, começarão a partir de 27 de dezembro, seguindo os passos dos Estados Unidos e Reino Unido.

Rússia e China também começaram a administrar vacinas em seu território produzidas em nível nacional.

Uma nova variante do coronavírus que foi descoberta no sul do Reino Unido está se espalhando de forma acelerada, informou neste sábado (19) o chefe da Autoridade Médica inglesa, Chris Whitty.

Whitty disse que o Reino Unido informou sua descoberta à Organização Mundial da Saúde (OMS).

O ministro da Saúde, Matt Hancock, anunciou na segunda-feira (14) que cientistas identificaram uma "nova variante" no sul da Inglaterra que pode se espalhar mais rápido.

O Reino Unido vivenciou neste mês um aumento de casos e hospitalizações e o primeiro-ministro Boris Johnson fará uma coletiva de imprensa sobre a situação do vírus neste sábado à tarde.

Johnson parece disposto a anunciar novas restrições para viajar em Londres e no sudeste da Inglaterra durante as festas natalinas.

Na sexta-feira (18), o governo registrou 28.507 novos casos no Reino Unido e nesta semana os casos aumentaram em 40.9% em relação à semana anterior.

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