Um Vica participativo na primeira etapa e irritado na segunda. Na área técnica da equipe mandante, Eduardo Baptista esteve frio com os atletas rubro-negros e revoltado com a arbitragem. Foi assim que se desenrolou o duelo de técnicos no segundo Clássico das Multidões da temporada, nesta quarta (12), válido pelo. Apesar da vitória rubro-negra, quem mais participou da partida na zona técnica foi o técnico tricolor. Do outro lado, Baptista fez o estilo estátua durante os 90 minutos, mas não dispensou críticas ao árbitro.
Vica começa o jogo ligado
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O comandante coral foi mais participativo do que o adversário na primeira etapa. Das palmas na primeira boa jogada do Tricolor, ainda nos segundos inicias, até o gol do Sport, Vica “jogou” mais a partida. Gesticulou para a equipe marcar na área do Leão e pelo correto posicionamento de Flávio Caça-Rato, atleta mais visado pelo treinador. Além disso, conversou muito com seus auxiliares, demonstrando insatisfação com o postura da equipe.
E não estava mesmo. No gol de Neto Baiano, fechou a cara e manteve as mãos na cintura, posição característica do técnico do Santa Cruz. Aos 33 minutos da primeira etapa, colocou os reservas para esquecer, indicando que o Tricolor do Arruda não voltaria o mesmo para o segundo tempo. “O jogo está parelho, mas não podemos voltar a cometer os erros infantis do primeiro jogo”, explicou Vica, no final dos 45 minutos iniciais.
Um tranquilo Baptista... Mas não com a arbitragem
Uma estátua chamada Eduardo Baptista. Assim pode ser definido o treinador rubro-negro na partida. Sempre nas mesmas posições – com os braços cruzados na frente ou atrás do corpo e as pernas juntas -, Baptista quase não se mexia. A frieza foi tão grande que a primeira orientação para os leoninos aconteceu apenas aos 13 minutos. Quando ia esboçar alguma reação, ligava o botão da tranqüilidade e voltava a posição original.
Até no gol, aos 20 minutos, a reação foi fria. Chegou a comemorar com os auxiliares o tento de Neto Baiano, mas foi só. Na saída para o intervalo, o comandante rubro-negro surpreendeu com uma efusiva reclamação à arbitragem da partida. “Eu não costumo falar de arbitragem, mas eles estão de brincadeira. Não dá para continuar errando desse jeito”, afirmou Eduardo Baptista.
Papéis invertidos
No tento relâmpago do Sport, Eduardo Baptista parece que acordou. Na comemoração do gol de Felipe Azevedo extravasou com a comissão técnica e até pulou em cima do goleiro reserva Saulo. Porém, novamente ligou o botão da estátua e voltou a cruzar os braços. Só voltou a se movimentar com a confusão envolvendo Léo Gamalho e Ferron. Alegou que o atacante tricolor deu uma cotovelada no zagueiro rubro-negro e reclamou mais uma vez com a arbitragem.
Já Vica desanimou. Após efetuar uma mexida no intervalo, com a entrada Jefferson Maranhão no lugar de Renatinho, o comandante coral viu a equipe ser vazada mais uma vez, e com menos de um minuto. No gol de Felipe Azevedo, a solução foi tomar água, fechar a cara e olhar pro céu. Mesmo voltando a conversar com sua comissão técnica, as orientações ao elenco foram ficando escassas. O técnico manteve as mãos na cintura e a expressão fechada até o fim da partida. Muita coisa precisa mudar para o jogo de volta, e o comandante do Tricolor do Arruda sabe disso.