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Com o alerta para a incidência de arboviroses, principalmente na área que compõe a 1ª Gerência Regional de Saúde (I Geres), Pernambuco conseguiu reduzir as taxas de dengue, zika e chikungunya neste ano. De acordo com o último registro da Secretaria Estadual de Saúde (SES), 39 cidades estão em situação de risco de surto. 

A pasta informa que 42 mortes foram notificadas entre janeiro e o dia 23 de julho, com duas confirmadas por dengue e três por chikungunya, enquanto outras 12 foram descartadas. As ocorrências do mesmo período do ano passado indicam 40 notificações, sendo oito confirmadas e 32 descartadas.  

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A SES ressalta que o diagnóstico positivo não garante que a arbovirose foi a causa da morte. "Esta avaliação, para descarte ou confirmação, depende de minuciosa investigação domiciliar e hospitalar do óbito e da discussão de cada caso no Comitê Estadual de Discussão de Óbitos por Dengue e outras Arboviroses", acrescentou em nota. 

Conforme o levantamento, 43.359 casos suspeitos de dengue foram registrados em 2022, sendo 4.3991 já confirmados e 20.805 descartados. Em 2021, no mesmo período, foram notificadas 43.794 suspeitas, o que corresponde a diminuição de 1%. 

Em relação a chikungunya, 28.063 notificações foram feitas neste ano, com 6.408 casos confirmados e 8.333 descartados. No ano passado, 31.2495 pacientes levantaram suspeita, equivalente a redução de 10%. Contudo, apenas 170 dos 184 municípios do estado registraram a doença. 

Os casos suspeitos de zika totalizam 2.766, com três diagnósticos e 2.248 descartados. Para a doença, 91 municípios registraram a incidência. Comparado ao ano passado, a pasta aponta a queda de 25,4%, com 3.706 notificações.  

Casos confirmados para dengue até a semana epidemiológica 29, por regional de saúde: 

I Geres – 1.028 casos confirmados; 

II Geres – 409 casos confirmados; 

III Geres – 205 casos confirmados; 

IV Geres – 561 casos confirmados; 

V Geres – 254 casos confirmados; 

VI Geres – 351 casos confirmados; 

VII Geres – 194 casos confirmados; 

VIII Geres – 332 casos confirmados; 

IX Geres – 286 casos confirmados; 

X Geres – 235 casos confirmados; 

XI Geres – 361 casos confirmados; 

XII Geres – 175 casos confirmados. 

O último Índice de Infestação Predial do 4º ciclo do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti), realizado entre 9 e 13 de maio de 2022, concluiu que 39 municípios estão em situação de risco de surto. Outros 95 em situação de alerta, 47 em condição satisfatória e 3 municípios não enviaram informações. 

 O Recife registrou, queda de 96% em casos confirmados de arboviroses, se comparado ao mesmo período do ano passado. Na semana Epidemiológica (SE) 5, que vai de 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2022, a cidade registrou apenas quatro casos de dengue e quatro de chikungunya, e nenhuma de Zika. Ano passado, na mesma semana, havia 18 casos de dengue, 93 de chikungunya e nenhum de Zika.  Até o momento não há registros de óbitos por arboviroses na capital pernambucana. 75% dos casos confirmados na SE 5 2022, foram de pessoas  na faixa etária de 20 a 39 anos. 

A secretária executiva de Vigilância em Saúde do Recife, Marcella Abath, defendeu a importância de manter as medidas de prevenção, para eliminar os mosquitos de suas casas. "Apesar da redução nos números, que é fruto da seriedade com que a Prefeitura do Recife e a Secretaria de Saúde têm enfrentado as arboviroses, a população não pode se descuidar e precisa se esforçar para eliminar os focos de mosquito em suas casas, já que mais de 80% deles são encontrados dentro das residências”. 

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Como forma de prevenir e eliminar o mosquito, a cidade conta com os agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces), onde os  profissionais verificam em residências se há existência de criadouros do mosquito Aedes aegypti, eliminam focos e aplicam larvicida biológico nos depósitos de água. Os agentes também ensinam a população a prevenir as arboviroses mais comuns, como dengue, chikungunya e zika, além de outras doenças. 

Recife também conta com a ferramenta ‘Bora se Cuidar contra o Mosquito’, lançada em junho de 2021. Ela é feita para que moradores possam denunciar possíveis focos da doença e também pode incluir fotos do possível criadouro. A ferramenta se encontra dentro do site ou aplicativo Conecta Recife.  

O programa Vai Cair no Enem desta semana traz informações importantes sobre o universo da Biologia. Nesta edição, o tema é arboviroses, que são doenças transmitidas por insetos, como Zika vírus, e que trata-se de um assunto que já é dado como certo de aparecer ao longo da prova.

O professor Andrey Freire, do Colégio de Boa Viagem, ressalta o que esperar da Enem deste ano e ainda explica dicas que podem ajudar para que você garanta o êxito nas questões envolvendo as arboviroses. Confira os detalhes no vídeo. 

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O Vai Cair no Enem é apresentado por Nathan Santos e publicado todas as quinta-feiras no Portal LeiaJá:

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Em apenas três dias, seis mulheres deram à luz bebês com microcefalia em um hospital da cidade hondurenha de Choluteca, fenômeno associado a um surto do zika vírus. A incidência de casos de microcefalia nesta cidade de 121.000 habitantes, localizada 85 km ao sul de Tegucigalpa, ativou o alarme das autoridades de saúde. "Estes seis casos nos alarmaram e pensamos que têm conexão com o zika, porque anualmente é registrado um parto de uma criança com microcefalia, mas ter seis em três dias é alarmante", afirmou à AFP o epidemiologista do hospital, Gustavo Avila.

O especialista afirmou que no hospital foram atendidas onze mulheres grávidas que adquiriram zika e que apenas uma das que já deu à luz teve um filho normal. Os casos de Choluteca são os mais graves já registrados até agora na América Central, mas a incidência do zika preocupa toda a região, devido ao pouco efeito dos esforços para controlar o mosquito Aedes aegypti, transmissor tanto do zika quanto da dengue e da chikungunya.

Em El Salvador foi registrado o nascimento de quatro bebês com microcefalia relacionada ao zika entre mais de uma centena de mulheres que contraíram a doença e que tiveram filhos normais, segundo o ministério da Saúde. Na Guatemala, 16 bebês nasceram com as deformações da doença viral, que consistem em um cérebro e uma caixa craniana de dimensões inferiores às normais.

O ministério da Saúde informou que foram realizados testes nas crianças e não foi encontrada nenhuma relação com o zika, mas foram enviadas amostras a laboratórios especializados dos Estados Unidos para que realizem novos testes que permitam confirmar ou descartar a relação. As autoridades de saúde da Nicarágua e da Costa Rica reportam vários casos de zika em mulheres grávidas, 36 e 15, respectivamente, mas nenhum caso de microcefalia associado ao vírus.

Sequelas

O médico Saúl Juárez, diretor do Hospital Regional do Sul em Choluteca, onde ocorreram os seis casos hondurenhos, explicou que a microcefalia pode provocar convulsões, assim como problemas motores e cognitivos nas crianças afetadas. Indicou que os seis bebês afetados receberão um tratamento especial para contrabalançar estes efeitos negativos. A ministra da Saúde de Honduras, Yolani Batres, informou que neste país foram registrados 27.869 doentes de zika neste ano, 16.860 de dengue e 13.240 de chikungunya.

As três doenças são transmitidas aos humanos por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, cuja eliminação é um objetivo de primeira ordem para as autoridades de saúde. Em todos os países são lançadas campanhas orientadas a convencer a população a eliminar a água parada, que é o meio natural de reprodução do inseto.

O prazo foi dado porque as mulheres grávidas no último trimestre do ano passado - quando foi registrado o aumento de casos no Brasil nas áreas afetadas - começarão a dar à luz por volta do mês de junho, explicou o diretor para Emergências de Saúde da OMS, Bruce Aylward.

"A evidência aumenta em termos de associação temporal e geográfica do vírus e das consequências que tememos", disse Aylward em referência à microcefalia em recém­nascidos e à síndrome de Guillain-Barré.

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Segundo o especialista, conforme o vírus vai sendo isolado nas pessoas infectadas, fica mais clara a ausência de outras causas que possam explicar tais doenças. "No entanto, não se descarta que zika possa ser um fator dessas patologias, mas não o único", disse Aylward. Ele acrescentou que, nas atuais circunstâncias, o zika "é culpado até que se prove o contrário".

Publicações científicas divulgaram recentemente as conclusões de diferentes pesquisas, incluindo algumas com base na necropsia de crianças com microcefalia e nos quais se encontrou o vírus no cérebro, mas Aylward esclareceu que "isso não demonstra a causalidade".

A OMS divulgou também que, desde janeiro de 2007, um total de 41 países registraram transmissão local do vírus da zika. Dois novos países foram incluídos na lista: Aruba e Bonaire, ambos no Caribe.

Jogos Olímpicos

Aylward ainda considera que o surto de zika não oferece risco à Rio-2016. "Isso porque os Jogos vão ocorrer no inverno, quando a incidência do mosquito é menor. Teremos uma boa Olimpíada."

Começa nesta terça-feira (16) na Paraíba um estudo conduzido em parceria com o Ministério da Saúde e Centro de Controle de Doenças, dos Estados Unidos, para estimar a proporção de bebês com microcefalia associada ao zika, vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A pesquisa deverá avaliar 800 pacientes e terá como ponto de partida a coleta de informações sobre gestantes que tiveram bebês com a má-formação e mães que tiveram bebês sem o problema. Para cada caso de má-formação, serão avaliados outros três da mesma região que não possuem a doença.

Com a estratégia, integrantes do estudo pretendem averiguar o risco de infecção pelo vírus e responder uma pergunta que, desde que o aumento de casos foi identificado no Brasil, atormenta especialistas: qual o risco de uma mulher infectada pelo vírus durante a gestação ter um bebê com a má-formação? Quais outros fatores podem estar relacionados com aumento de casos?

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A microcefalia é uma síndrome que leva bebês a terem problemas de cognição, de locomoção e audição. Até o ano passado, era considerada uma doença rara, provocada por problemas genéticos e infecções da mãe durante a gestação, como citomegalovírus, toxoplasmose, herpes, sífilis. Os casos também estavam associados a alcoolismo da gestante e uso de drogas.

Desde setembro, no entanto, os registros de bebês nascidos com problema aumentaram de forma expressiva, levantando à suspeita de infecção da gestante por zika - o vírus chegou ao Brasil ano passado, provocando, já nos primeiros meses, uma epidemia no Nordeste - justamente a região que, meses depois, começou a apresentar aumento de nascimentos de bebês com a má-formação.

Os integrantes do estudo deverão realizar nas gestantes exames de zika e outras doenças, para tentar verificar quantos casos estão de fato associados ao vírus e quantos a outros fatores, que tradicionalmente já eram conhecidos. O trabalho deverá ser feito em 50 dias. Paraíba é o segundo Estado com maior número de casos suspeitos de microcefalia no País, atrás de Pernambuco.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou ontem um informe em que orienta que mulheres grávidas devem consultar seus médicos e considerar adiar visitas a localidades que tenham registros de casos de zika.

Com base na possível transmissão sexual da doença, o informe diz ainda que homens e mulheres que visitarem locais que têm o vírus em atuação devem fazer uso de preservativos durante as relações sexuais. Isso vale principalmente para as gestantes e seus parceiros.

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A OMS recomenda que os turistas se mantenham informados não só sobre o zika vírus, mas sobre outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Também afirma que governos devem fazer recomendações sobre saúde pública e viagens com a população local.

A organização, no entanto, não sugere que pessoas deixem de viajar para países que relataram casos de zika vírus, assim como o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e o Centro Europeu para a Prevenção de Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).

O novo comunicado da OMS trouxe ainda informações sobre os cuidados que os viajantes devem tomar, como o uso de repelentes e de telas em janelas, usar roupas claras e não acumular água em recipientes.

Turismo

Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) no Estado de São Paulo, Bruno Omori diz que os casos de zika ainda não interferiram no turismo local, mas que ações devem ser intensificadas para evitar que a doença continue se espalhando pelo País.

"Desde o fim de dezembro até o carnaval, toda a hotelaria teve crescimento de 5% a 15%. O brasileiro deixou de viajar para fora do País, por causa da alta do dólar, mas continua viajando. Mas, se o governo não fizer uma ação coletiva para combater o mosquito, vamos ter uma queda no turismo internacional", afirma Omori, que também é diretor de operações da ABIH Nacional.

Segundo ele, a associação ainda não tem registros de cancelamentos de viagens ou de reservas em hotéis feitos por gestantes nem pessoas preocupadas com a disseminação do vírus. "Essa é uma doença curável e, em geral, o Brasil é um lugar seguro para o turismo."

Omori afirma que a rede hoteleira está se mobilizando desde o fim de novembro do ano passado para ajudar na campanha contra o Aedes aegypti. "Dentro dos hotéis não há focos do mosquito. Isso nem seria possível. Muitos estabelecimentos, principalmente de cidades litorâneas e do interior, estão fazendo trabalhos com as equipes de manutenção no entorno, até matando os mosquitos adultos", afirma.

Ele diz que a entidade emitiu comunicados e começou a campanha de conscientização dos funcionários e proprietários antes do período de proliferação do mosquito. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A montadora indiana Tata Motors anunciou nesta terça-feira que avalia a possibilidade de mudar o nome de seu novo modelo Zica, muito parecido com o do vírus zika, declarado pela OMS uma emergência de saúde pública mundial.

A Tata Motors promoveu nas últimas semanas o pequeno carro Zica, com uma campanha de publicidade que tem como protagonista o craque argentino Lionel Messi.

Mas o lançamento do modelo coincide com a crescente preocupação mundial com o vírus zika, que afeta sobretudo a América Latina.

Os médicos suspeitam que o vírus pode provocar microcefalia nos fetos.

"Estamos avaliando a situação. Ainda não tomamos uma decisão sobre a mudança de nome", disse à AFP Minari Shah, diretor da Tata Motors em Mumbai.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê de três a quatro milhões de casos em 2016 no continente americano, declarou na segunda-feira uma emergência de saúde pública mundial pelo vírus zika.

O Brasil, país mais afetado, recomendou que as grávidas não compareçam aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto.

O Instituto Evandro Chagas confirmou na manhã desta quinta-feira, 14, 16 casos de Zika Vírus no País - oito no Rio Grande Norte e oito casos na Bahia. O resultado dos exames foi divulgado pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O ministro afirmou que a Pasta já esperava a confirmação e que outros casos devem ocorrer no País. "É preciso deixar claro que essa não é nossa preocupação. Estamos preocupados com a dengue", afirmou.

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Chioro acrescentou que, embora possa provocar muito incômodo, a Zika não traz risco de morte. A doença provoca febre baixa, vermelhidão nos olhos, dores nas articulações, no corpo e de cabeça.

O ministro contou que a chegada no Brasil da doença já era esperada desde a Copa do Mundo. A Zika é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti contaminado com o vírus. Depois da contaminação, o paciente leva em média quatro dias para apresentar os primeiros sintomas.

O tratamento é feito com medicamentos para reduzir a dor, como paracetamol. Não é indicado o uso de anti-inflamatórios ou de medicamentos com ácido acetilsalicílico. A recuperação ocorre em até sete dias depois do aparecimento dos primeiros sinais da doença.

Chioro classificou como explosiva a epidemia de dengue registrada nos Estados do Acre, Goiás e São Paulo. O ministro avaliou que o número de casos de novos casos da doença entrará em declínio somente com a redução das chuvas e do calor.

"Essa é nossa maior preocupação. Precisamos ficar atentos a sinais de agravamento da doença, que são dor de abdominal, vômito, associado a sintomas clássicos", disse o ministro.

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