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O ano de 2013 foi histórico para o segmento aéreo no Brasil. Segundo levantamento feito pelo Ministério do Turismo, 89 milhões de passageiros desembarcaram de voos domésticos e 9,4 milhões desceram no país a partir de voos internacionais. O número é recorde no país, desde o início da medição realizada pelo Ministério. 

Em comparação a 2012, os embarques nacionais progrediram 4%, enquanto os internacionais tiveram um acréscimo de 1%. Os dados foram levantados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Na concepção do ministro do Turismo, Vinicius Lages, a “meta é avançar ainda mais este ano (2014), afinal, teremos pela frente Copa do Mundo e Jogos Olímpicos”. 

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Entre os desembarques nacionais, o acréscimo foi de 2,8 milhões de passageiros em voos regulares (operados pelas companhias áreas) e 577 mil em voos não regulares (operados sem sujeição a normas governamentais). Já em relação aos desembarques internacionais, os voos regulares, o acréscimo foi de 78 mil passageiros em voos regulares e cerca de 21 mil em voos não regulares.

O aumento exponencial dos desembarques foi impulsionado, em parte, pelo crescimento do poder de compra da classe C, junto com uma maior facilidade de financiamento dos bilhetes aéreos e o aperfeiçoamento dos programas de milhagem. De acordo com o Plano Nacional de Turismo 2013-2016, a meta é alçar o país à condição de terceira economia turística do mundo até 2022. Atualmente, o Brasil é a sexta maior economia do setor e movimentou, em 2012, cerca de R$ 250 bilhões.

Com informações do Ministério do Turismo 

O Indicador de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Serasa Experian, caiu 1,7% em fevereiro ante janeiro, registrando a primeira retração em cinco meses. Na comparação com fevereiro de 2013, houve queda de 2,3%, o nono recuo seguido na base de comparação anual.

A queda da inadimplência bancária (3,2%) e a diminuição de cheques sem fundos (10,8%) foram as principais responsáveis pela retração do índice no mês passado, seguidas pelo recuo de títulos protestados (16,7%). Já o atraso de pagamentos de dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços, como telefonia e energia elétrica) apresentou expansão de 2,6%.

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Os economistas da Serasa Experian, em nota, destacam que as retrações nas comparações interanuais vêm cada vez mais fracas nos últimos cinco meses. Passaram de 11,9% em outubro para 10,3% em novembro, 6,5% em dezembro, 4,0% em janeiro e 2,3% em fevereiro. A desaceleração, segundo os economistas, deve-se aos sucessivos aumentos das taxas de juros, ao crescimento mais fraco da economia e à inflação em alta. ( - mario.braga@estadao.com)

A taxa de desemprego total entre as mulheres voltou a cair em 2013, passando de 12,5% em 2012 para 11,7% no ano passado, retomando a trajetória de redução iniciada em 2004. É a menor taxa de desemprego total registrada na década de 2000. Para os homens, a taxa passou de 9,4% para 9,2%. A pesquisa foi elaborada pelo Dieese e pela Fundação Seade.

Apesar desse movimento de redução do desemprego, a proporção de mulheres no total de ocupados pouco se alterou, passando de 45,8%, em 2012, para 45,9%, em 2013. Para a Fundação Seade, a relativa estabilidade do nível de ocupação das mulheres é resultado do desempenho positivo do Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (8,3%), praticamente contrabalançado pela redução na Indústria (-2,3%), Construção (-13,9%) e Serviços (-1,2%).

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A pesquisa apontou ainda que houve um ligeiro aumento do rendimento médio real por hora das mulheres (0,8%), enquanto o dos homens diminuiu (-1,3%). "Esse desempenho alterou a diferença entre os dois segmentos: em 2012, os valores médios auferidos pelas mulheres correspondiam a 75,5% dos obtidos pelos homens e, em 2013, essa proporção passou para 77,1%", diz a nota.

A proporção de mulheres com dez anos de idade ou mais inseridas no mercado de trabalho, na situação de ocupadas ou de desempregadas - a chamada taxa de participação feminina -, caiu de 56,1%, em 2012, para 55,1% no ano passado. Para os homens, esse indicador também caiu e passou de 71,5% para 70,6% na mesma base de comparação. Segundo as entidades, a atual taxa de participação feminina é a mesma observada para os anos de 2003 e 2007, que apresentam os menores patamares da década de 2000.

A formalização das relações de trabalho assalariado manteve a trajetória de crescimento para ambos os sexos, porém de forma mais intensa entre as mulheres. Essa alta é resultado exclusivamente das ocupações com carteira de trabalho assinada no setor privado, que passou de 47,7%, em 2012, para 50,3%, em 2013, uma vez que as ocupações formais no setor público caíram(de 10,5% para 10,2%, no período).

O levantamento destaca ainda que a proporção das empregadas domésticas no total das ocupações femininas diminuiu de 14,7% para 14,0%, entre 2012 e 2013, sendo a menor da série histórica da pesquisa.

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro subiu 0,3% no quarto trimestre do ano passado ante os três meses anteriores e avançou 0,5% na comparação anual, de acordo com a segunda leitura dos dados, que vieram em linha com as estimativas iniciais. Analistas consultados pela Dow Jones Newswires previam que os números do PIB não sofreriam alterações.

O resultado de todo o ano de 2013, por outro lado, foi revisado pela Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, mostrando queda de 0,5% ante o ano anterior. Na leitura original, o PIB da zona do euro havia apresentado recuo de 0,4% ante 2012.

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O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA), classificou de "sofrível" o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, de 2,3%. O dado foi divulgado na manhã desta quinta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Já está mais do que provado que a política econômica da presidente (Dilma Rousseff) não funciona e, pior, compromete o futuro. Qual é a fotografia do governo Dilma? Pibinhos, inflação acima da meta, taxa de juros com aumentos sucessivos, contas externas deterioradas, credibilidade em baixa em virtude do excesso de intervenção e do não cumprimento de metas e previsões", criticou Imbassahy, em nota encaminhada pela liderança do PSDB na Câmara.

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O tucano também ressaltou que a previsão inicial de crescimento para o ano passado era de 4%. "O que o ministro da Fazenda prevê não se escreve; o que ele fala sentado não se sustenta em pé. E isso é nefasto para a credibilidade do País", disse.

Na nota, o tucano também comenta a decisão do Banco Central de aumentar em 0,25 ponto porcentual a taxa básica de juros, para 10,75% ao ano. Para Imbassahy, o governo prefere "sacrificar o crescimento do País" a "cortar gastos públicos e reduzir a carga tributária". "A presidente Dilma continua batendo na tecla do aumento de juros para controlar a inflação, sem conseguir resultados. A saída correta seria a redução da sua monstruosa máquina administrativa, com 39 ministérios e 23.631 cargos comissionados, e estimular a produção", criticou. "É simples decidir pelo caminho fácil, do aumento dos juros, quando se tem quem arca com o sacrifício - os brasileiros"

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quinta-feira (27), ao comentar o resultado do PIB do ano passado, que a economia brasileira está em trajetória de aceleração gradual em relação a 2012, quando a alta foi 1%. "Estamos numa trajetória de crescimento que vai continuar em 2014", afirmou.

Para ele, a expansão do PIB em 2013 foi de qualidade porque foi puxada pelos investimentos. "Do lado da oferta, se deveu ao setor agropecuário que teve crescimento muito bom e que vai continuar em 2014", afirmou.

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O ministro disse que o crescimento da indústria foi menor porque alguns segmentos dependem o mercado externo, enquanto o desempenho do setor de serviços foi bom. Do lado da demanda, o ministro disse que o destaque é o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que subiu 6,3%. "Foi excelente o crescimento e dá qualidade para o crescimento da economia em 2013", avaliou.

Ele destacou que a expansão dos investimentos é importante porque mostra que a indústria e a agricultura adquiriram máquinas e equipamentos e se tornaram mais produtivos, com repercussão em 2014.

Em compensação, o setor externo não contribuiu para o crescimento, segundo o ministro, havendo "um vazamento externo de 0,9%", que foi apropriado pelas importações. "Se não houvesse dificuldade da economia mundial, a gente teria crescido mais, aproveitando o mercado interno e externo", afirmou.

Meta fiscal

Ainda em seus comentários sobre o PIB, Mantega afirmou que a programação orçamentária e a meta fiscal de 2014 fortalecem os fundamentos da economia porque mantêm os investimentos em crescimento e limitam os gastos com custeio. Segundo ele, estas condições aumentam a confiança e dão condições para que a inflação fique sob controle, além de permitirem um crescimento maior em 2014.

O ministro disse que o governo teve algumas surpresas em relação ao PIB do quarto trimestre de 2013, mas lembrou que, para o ano, o governo trabalhava com um previsão de alta de 2%. O investimento deve continuar em trajetória crescente em 2014, estimulado pelas concessões. "A trajetória do investimento é crescente. Mas não ouso projetar um número para 2014", afirmou. "Prefiro deixar para os analistas."

A necessidade de financiamento da economia brasileira aumentou em R$ 64,8 bilhões em 2013 em relação a 2012, ficando em R$ 195,5 bilhões, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (27). Segundo Rebeca Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, o aumento da necessidade de financiamento externo está relacionado ao crescimento do "déficit externo de bens e serviços". O saldo de bens e serviços com o exterior registrou déficit de R$ 120,6 bilhões, valor R$ 57,1 bilhões acima de 2012.

Segundo a gerente do IBGE, o aumento nos gastos do governo e no consumo das famílias provocou a queda na taxa de poupança em 2013, para 13,9%. O nível é o menor desde 2001 quando a taxa de poupança ficou em 13,5%. Em 2012, a taxa havia ficado em 14,6%.

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"Tem a ver com o governo e tem a ver com o resto, também. O consumo das famílias aumentou por muito tempo, e isso faz com que a taxa de poupança tenha queda", disse, lembrando que o consumo das famílias tem taxas anuais positivas há dez anos, mesmo tendo desacelerado em 2013.

A economia menor do governo para formar o superávit primário também influencia. "Não é o superávit diretamente, mas tem influência", disse Rebeca. Ela ressaltou, contudo, que não é possível saber se foi a política fiscal expansionista ou se foi o consumo das famílias que mais influenciou para a queda.

O PT na Câmara dos Deputados lança mão de outros dados econômicos, principalmente o emprego, para neutralizar críticas da oposição sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE.

Deputados petistas ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de informação em tempo real da Agência Estado, reconhecem que a expansão de 2,3% no último ano "ainda está aquém" do desejado, mas argumentam que o baixo desemprego e as políticas de distribuição de renda trazem uma sensação de bem-estar para a população. Para eles, a evolução do PIB no governo Dilma Rousseff - de 2,7% em 2011 e de 0,9% em 2012 - não deve ser um problema para a campanha à reeleição da presidente.

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"Mesmo que o PIB cresça num patamar menor do que queremos, há distribuição de renda e a sensação da população é que o crescimento é maior", argumentou o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), que destacou também que o País vive hoje uma situação de "pleno emprego e de inflação sob controle".

Nos três últimos meses de 2013, a economia brasileira avançou 0,7% ante o trimestre imediatamente anterior e 1,9% na comparação com o ano de 2012, de acordo com o IBGE. Vice-presidente do PT, o deputado federal José Guimarães (CE) foi na mesma linha do colega e afirmou que avaliar a economia do País apenas pelo PIB "não se sustenta".

"Mais importante do que o PIB é o País viver pleno emprego e com a inflação sob controle", disse. "Prefiro crescimento médio com grande desenvolvimento. O País tem que sair desse clichê", acrescentou. Para Guimarães, as condições econômicas do País são "totalmente favoráveis" à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Juros

Os petistas também minimizaram a decisão tomada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa básica de juros da economia em 0,25 ponto porcentual. Com isso, a Selic foi a 10,75% ao ano, mesmo patamar de quando a presidente Dilma Rousseff assumiu a presidência.

A estratégia dos petistas é argumentar que os juros estão num patamar bem menor do que no mandato do tucano Fernando Henrique Cardoso e de quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência, em 2003.

"Para quem teve taxas de juros de 25% e 26%, uma taxa de 10,75% está dentro da normalidade", disse José Guimarães. "O patamar dos juros quando o Lula entrou na presidência era de 25%. Apesar de ter baixado bastante (no governo Dilma), acho que comparar no global ainda está abaixo do patamar de 25%", pontuou o deputado Vicentinho.

Dos 111,2 milhões de passageiros transportados em 2013, 12.555 registraram manifestações (críticas, reclamações, dúvidas e elogios) à ANAC relacionadas aos serviços das companhias aéreas, o equivalente a uma manifestação a cada 9 mil passageiros. A proporção é 16,5% menor que em 2012, quando foi feita uma manifestação a cada 7.400 de um total de 108,9 milhões de passageiros.

Os números foram divulgados no último dia 6 de fevereiro pela ANAC, com base nos relatórios que as empresas aéreas enviam durante o ano e mostram que, mesmo com o aumento de passageiros, menos pessoas procuraram a agência reguladora.

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Para o setor, a queda no número de manifestações é resultado da facilidade de acesso à informação que as companhias vêm promovendo. “As empresas buscam melhorar a eficiência do atendimento e a redução de manifestações significa também que houve menos reclamações”, afirma Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR.

As companhias aéreas seguem ausentes nos rankings de reclamação dos Procons de SP, DF, MG e PR, quatro dos cinco Estados que respondem por 68% dos movimentos de aeronaves no Brasil (Fonte: Infraero. Não foi localizado ranking do Procon-RJ). “Embora o número de reclamações esteja em queda e o setor não esteja entre os mais reclamados, temos o compromisso de atingir excelência e seguiremos trabalhando em conjunto com os demais atores da aviação para melhorar a experiência de viagem”, conclui.

Da Agência ABEAR

A utilização da capacidade instalada da indústria brasileira recuou de 81,9% em novembro para 81,4% em dezembro de 2013, segundo os indicadores industriais divulgados nesta quarta-feira, 5, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em dezembro de 2012, a utilização da capacidade instalada estava ainda maior, em 82,6%.

As vendas reais da indústria subiram 3,8% em 2013 ante 2012. Na comparação de dezembro de 2013 com o mês anterior, houve queda de 1,1%. Já em relação a dezembro de 2012 houve recuo de 0,8%. As horas trabalhadas subiram 0,1% no ano passado em relação ao ano anterior. Na comparação de dezembro de 2013 com novembro, houve recuo de 2,5% e em relação a dezembro de 2012, queda de 0,8%.

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O emprego apresentou alta tanto na comparação anual quanto na mensal. O indicador subiu 0,8% em 2013 ante 2012 e 0,1% em dezembro ante novembro. Em relação a dezembro de 2012, a alta foi de 1,3%. A massa salarial real subiu 1,7% no ano passado ante 2012 e caiu 0,7% na comparação de dezembro de 2013 com o mesmo mês do ano anterior. O rendimento médio real subiu 0,9% no ano e caiu 2% no último mês de 2013 ante dezembro de 2012.

Os dados do mercado de trabalho sustentaram resultados positivos no ano, mesmo com a indústria operando em baixa intensidade. Na comparação do resultado de 2013 com o de 2012, apresentaram alta o faturamento real, as horas trabalhadas, o emprego, a massa salarial real e o rendimento médio real.

Por outro lado, em dezembro, na comparação com dezembro de 2012, todos esses indicadores mostraram recuo, com exceção do emprego, que subiu 1,3%. A utilização da capacidade instalada ficou em 81,4% no último mês do ano passado. Em dezembro de 2012, o nível estava mais alto, em 82,6% pelos dados dessazonalizados.

Pelo critério do Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida bruta do Brasil recuou de 67,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 para 66,1% do PIB em 2013. Na contabilidade do Banco Central, o indicador caiu de 58,8% para 57,2% do PIB na mesma comparação.

A diferença entre os dois critérios é que o Fundo inclui na conta os títulos públicos que estão na carteira do BC, cuja participação no PIB passou de 8,7% para 8,9% no período. No ano passado, o Ministério da Fazenda pediu ao FMI que modifique sua fórmula de cálculo.

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A queda na dívida bruta, nos dois critérios, foi puxada principalmente pela redução na dívida mobiliária do Tesouro Nacional (de 43,4% para 42,0%) e nas compromissadas (de 11,9% para 11,0%) em relação ao PIB. No primeiro caso, a queda no porcentual é explicada pelas dificuldades do Tesouro para vender os seus papéis, devido às turbulências no mercado em 2013. O comportamento das compromissadas foi afetado, entre outros fatores, pela interrupção na política de compra de reservas internacionais.

A produção de petróleo da Petrobras em território brasileiro alcançou 1,931 milhão de barris por dia em 2013, informou a estatal, nesta sexta-feira (31). O volume é 2,5% inferior aos números alcançados em 2012. Dessa forma, como antecipado pelo Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, a Petrobras não atingiu a meta de produção traçada para 2013.

A expectativa da estatal era produzir no ano passado volume semelhante aos 2,022 milhões de barris diários produzidos em 2011. A meta traçada pela diretoria da empresa indicava que o número poderia ficar até 2% menor. O dado divulgado hoje, no entanto, é 4,47% inferior ao volume produzido em 2011. No ano passado, a Petrobras também havia descumprido a meta, ao produzir 2,06% abaixo do "centro da meta".

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Quando considerada a produção total da Petrobras no Brasil, incluindo o gás natural, a estatal alcançou a marca de 2,321 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), uma retração de 1,5% sobre 2012. Já a produção de petróleo no Brasil, incluída a parte operada pela Petrobras para seus parceiros, totalizou 1,992 milhão de barris por dia.

De acordo com documento publicado pela estatal, a retração dos números em 2013 é explicada por uma combinação de fatores: o atraso na entrada em operação do campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos; o atraso na chegada ao Brasil e dificuldades de instalação de equipamentos denominados BSRs - Boias de Sustentação de Risers, que permitiriam a interligação de novos poços nos campos de Sapinhoá e Lula NE, na Bacia de Santos; e o atraso no início da produção das plataformas P-55 e P-58, no campo de Roncador e no Parque das Baleias, entre outros fatores.

O balanço de 2013 também mostra que a produção de gás natural, sem liquefeito, alcançou 61,922 milhões de metros cúbicos diários, uma expansão de 3,8% em relação a 2008. Quando considerado também o volume operado pela Petrobras para os seus parceiros, o número sobe para 68,798 milhões de metros cúbicos diários.

Já a produção total da Petrobras, incluindo petróleo e gás no Brasil e no exterior, totalizou 2,540 mi de boe/d em 2013, uma queda de 2,2% em relação ao ano anterior. Desse total, 219,5 mil boe/d foram produzidos dos campos da empresa no exterior e 2,321 milhões de boe/d no Brasil.

A formalização cresceu menos no ano passado, seguindo o ritmo de evolução da criação de vagas e da redução de desocupados (que também perderam força na passagem do ano). Em 2013, o contingente de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado aumentou 3%, para 11,627 milhões. Essa variação é a mais baixa desde 2009, quando a formalização no setor privado havia crescido 2,2%. Em 2012, o aumento havia sido de 3,7% em relação ao ano anterior. Hoje, os empregados formais são 50,3% do total de ocupados.

A indústria é o setor que mais emprega dentro da formalidade. São 70% os trabalhadores que têm carteira neste segmento. Mas os maiores ganhos entre 2012 e 2013 foram registrados nos serviços domésticos (39,3% para 41,3%) e nos serviços prestados às empresas (70,4% para 72%).

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A inadimplência das pessoas jurídicas subiu 2,5% em 2013, informou nesta quinta-feira, 30, a Serasa Experian. Apesar da alta, esse foi o melhor resultado dos últimos dois anos. Em 2012, o levantamento indicou avanço de 10,4% da inadimplência e, em 2011, de 19%.

Em nota, economistas da Serasa Experian atribuem o melhor desempenho ao recuo observado nos índices de inadimplência dos consumidores. "O resultado só não foi melhor por causa das altas verificadas nas taxas de juros e de câmbio durante o ano passado, que impactam os custos operacionais e financeiros das companhia", dizem. Considerando-se apenas o mês de dezembro de 2013, a inadimplência dos negócios cresceu 10,1% na comparação com igual mês do ano anterior e caiu 1,9% na relação com novembro último.

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Em 2013, o valor médio das dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) ficou em R$ 814,05, alta de 7% com relação a 2012. As dívidas com bancos, por sua vez, tiveram um valor médio de R$ 5.316,20 em 2013, aumento de 1,3% ante o ano anterior. Já o valor médio dos títulos protestados foi de R$ 2.052,05 em 2013, o que representou um avanço de 5% sobre 2012. Os cheques sem fundos, por sua vez, tiveram, em 2013, um valor médio de R$ 2.413,62, crescimento de 2,8% na comparação com 2012.

O consumo de energia elétrica cresceu 3,5% em 2013 na comparação com 2012, alcançando 463,740 mil GWh, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (29), pela Empresa Pesquisa Energética (EPE). A expansão de 6,1% no consumo residencial, para 124,858 mil GWh, puxou a demanda por energia no ano passado. A região Centro-Oeste registrou o maior crescimento no consumo de eletricidade, de 7%, para 32,858 mil Gwh.

Os da EPE revelam uma trajetória decepcionante no consumo de energia das indústrias. De 2012 para 2013, a demanda teve ligeira alta de 0,6%, para 184,59 mil Gwh. "O consumo da classe apresentou taxas de crescimento bastante modestas ao longo de todo ano, refletindo a fraca atividade de setores eletrointensivos, como os de extração mineral e alguns segmentos da metalurgia, localizados nos estados de Minas Gerais, Maranhão e Pará", afirmou a EPE, na Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica. O segmento industrial cresceu no Sul do País (+4,6%) e no Centro-Oeste (+7,5%).

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Em contrapartida, o consumo residencial teve bom desempenho em 2013, com destaque para a alta de 11,6% na demanda da classe no Nordeste. "A região Nordeste foi a região que mais contribuiu para o aumento do consumo de energia na classe residencial em 2013, superando, pela primeira vez, neste tipo de análise, a região Sudeste, que, por concentrar a maior parte do consumo da classe no país (51%), tradicionalmente oferece a maior contribuição", informou a EPE.

O consumo comercial também aumentou 5,7% no período, alcançando 83,712 mil GWh. Novamente, a região Nordeste apresentou a maior demanda, crescendo 8,7%. "Alguns indicadores setoriais ajudam a entender este resultado. Relacione-se, em especial, os índices ligados ao nível de emprego no setor terciário e à expansão da atividade do comércio varejista", explicou a EPE.

O Previdência Social terminou o ano de 2013 com um déficit de R$ 51,259 bilhões, o que representa uma alta de 14,8% sobre o rombo de R$ 44,646 bilhões registrado em 2012. Os números do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) foram divulgados nesta quarta-feira, 29. No ano passado, a arrecadação previdenciária somou R$ 313,731 bilhões e a despesa atingiu R$ 364,991 bilhões, considerando valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em 2012, a arrecadação tinha sido de R$ 299,499 bilhões e os gastos alcançaram R$ 344,145 bilhões.

Entre os principais fatores que contribuíram para o aumento da despesa estão os reajustes dos benefícios, o crescimento natural do estoque e, principalmente, o pagamento de passivos judiciais e revisões administrativas. Somente essas últimas somaram R$ 2,3 bilhões, explica o Ministério da Previdência Social (MPS), em nota sobre o resultado.

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O déficit da Previdência pesa diretamente sobre as contas do governo. Nesta quinta, inclusive, o Tesouro Nacional divulga o resultado primário do Governo Central ((Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) referente ao mês de dezembro e ao ano de 2013 como um todo. A equipe econômica trabalha com a meta de obter, para 2013, um superávit primário de R$ 73 bilhões para o governo central, descontados abatimentos previstos em lei, como investimentos de estatais e desonerações. O Governo Central deve ter apresentado em dezembro um superávit primário de R$ 12,700 bilhões a R$ 16,000 bilhões, de acordo com levantamento finalizado hoje pela reportagem com 17 instituições do mercado financeiro.

Considerando somente os dados da previdência urbana, houve superávit de R$ 24,621 bilhões em 2013, 6,9% menor que o saldo positivo de R$ 26,437 bilhões apurado em 2012. A arrecadação previdenciária no setor urbano alcançou R$ 307,439 bilhões no ano passado; enquanto as despesas alcançaram R$ 282,818 bilhões. Em 2012, o segmento urbano havia arrecadado R$ 293,234 bilhões e gastou R$ 266,796 bilhões com benefícios previdenciários. Exclusivamente em dezembro, a previdência urbana apurou superávit de R$ 11,657 bilhões, considerando uma arrecadação de R$ 41,101 bilhões e despesas de R$ 29,444 bilhões.

A previdência rural, por sua vez, fechou 2013 com um déficit de R$ 75,880 bilhões, 6,7% maior que o rombo de R$ 71,083 bilhões de 2012. A arrecadação previdenciária rural somou R$ 6,292 bilhões no ano passado, enquanto as despesas atingiram a marca de R$ 82,172 bilhões. Em 2012, o segmento rural havia arrecadado R$ 6,265 bilhões e gastou R$ 77,349 bilhões com benefícios previdenciários.

Considerando apenas os números de dezembro, a previdência rural apresentou déficit de R$ 6,204 bilhões, refletindo uma arrecadação de R$ 641 milhões e gastos de R$ 6,846 bilhões. "O aumento da despesa rural pode ser explicado pela política de valorização do salário mínimo, já que 99,4% dos benefícios pagos nesta clientela são de valor de até um salário mínimo", justifica o ministério.

Em dezembro de 2013, a Previdência Social pagou 31,199 milhões de benefícios, sendo 27,009 milhões previdenciários e acidentários e, os demais, assistenciais. Houve elevação de 3,8% em comparação com o mesmo mês de 2012. As aposentadorias somaram 17,5 milhões de benefícios.

O valor médio dos benefícios pagos pela Previdência de janeiro a dezembro de 2013 foi de R$ 1.001,73. Em relação ao mesmo período de 2006, houve crescimento de 16,6%, destaca MPS.

A Dívida Pública Federal (DPF), que inclui o endividamento externo e interno, teve um aumento de R$ 114,823 bilhões em 2013. O estoque subiu 2,58% em relação a novembro e 5,72% em relação a 2012, atingindo R$ 2,122 trilhões em dezembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Tesouro Nacional. O aumento foi menor do que os R$ 142 bilhões registrados em 2012, quando a DPF fechou dezembro em R$ 2,008 trilhões.

A apropriação dos juros na DPF em 2013 somou R$ 218,021 bilhões. O impacto da correção dos juros no estoque da dívida só não foi maior porque o Tesouro fez um resgate líquido expressivo de títulos de R$ 103,197 bilhões. Essa retirada de papéis do mercado foi influenciada pelas dificuldades de venda de títulos ao longo do ano por conta das turbulências do mercado financeiro.

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A parcela da DPF atrelada a papéis prefixados (que têm taxa de juros definida no leilão de venda) subiu de 40% no final de 2012 para 42,02% e a participação de títulos vinculados à variação da inflação passou de 33,87% para R$ 34,53%. Juntos esses dois tipos de papéis - que são considerados melhores para a gestão da dívida - passaram de 73,87% em 2012 para 76,5% do total da dívida no final de 2013.

Essa melhora é destacada pelo Tesouro. Esses dois tipos de papéis ficaram dentro da banda definida no Plano Anual de Financiamento (PAF), documento que traz as metas para a gestão da dívida.

Já a participação de títulos vinculados à taxa Selic, as LFTs, que o governo quer diminuir do estoque para reduzir o risco de financiamento da dívida, caiu de 21,73% no fim de 2012 para 19,11% em 2013, ficando levemente acima da banda definida pelo PAF, que era de um intervalo de 14% (mínimo) a 19% (máximo).

Os papéis atrelados ao câmbio passaram de 4,4% para 4,35% ao final de 2013 e também permaneceram dentro da meta definida pelo PAF, de 3% a 5% do total da dívida. De acordo com os dados do Tesouro, a dívida interna fechou o ano passado em R$ 2,028 trilhões com alta de 2,83% ante novembro de 2013 e 5,55% acima de 2012.

A dívida externa teve queda de 2,61% em relação a novembro mas subiu 0,17% em relação a 2012, chegando a R$ 94,68 bilhões em dezembro.

O prazo médio da DPF subiu de 3,97 anos no final de 2012 para 4,18 anos em 2013, ficando dentro da banda do PAF, de 4,1 anos e 4,3 anos. A parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 24,4% em 2012 para 24,82% no ano passado - também dentro da banda de 21% a 25%. O custo médio da DPF fechou o ano passado em 11,32% ao ano.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou nesta quarta-feira (29) que a taxa de inadimplência deve ter uma queda mais moderada em 2014 em relação ao verificado em 2013. "Essa tendência de redução de inadimplência tende a se manter, mas de forma mais moderada, tendo em vista que ela atingiu o seu piso", afirmou.

Em dezembro de 2013, a taxa geral de inadimplência, que inclui crédito livre e direcionado, atingiu 3%, menor porcentual da série iniciada em março de 2011. No fim de 2012, estava em 3,7%. Maciel atribui o movimento a fatores como educação financeira, aumento de renda e aprendizado por parte dos bancos em relação ao que aconteceu em anos recentes.

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"De lá para cá, a concessão para algumas modalidades, como veículos, ocorreu em ambiente de maior seletividade e maior cautela", afirmou. "A gente chega em 2013 com um quadro bem mais favorável, relativamente àquele de 2011 que trouxe maior preocupação." Maciel citou ainda que o indicador antecedente de inadimplência, os atrasos de 15 a 90 dias, mostram recuo mês a mês.BC/Maciel: Crédito imobiliário ante outros países tem participação modesta (8,2% do PIB) -

Crédito imobiliário

Maciel, afirmou também que o crédito imobiliário ainda tem uma participação baixa no PIB no Brasil (8,2%) em relação a outros países, nos quais alcança cerca de 80%. O mesmo acontece em relação à participação do crédito total na economia brasileira (56,5%), que está abaixo dos mais de 100% vistos em grandes economias desenvolvidas. Afirmou ainda que não divulgará hoje dados parciais de crédito para o mês de janeiro, porque a amostragem é composta por um número muito restrito de dias úteis.

O técnico citou dados sobre concessões do BNDES, que registram concentração sazonal em dezembro. No último mês do ano passado, cresceram 74% em relação a novembro. Em 2012, também na comparação entre novembro e dezembro, o aumento foi de 140%. Ele afirmou também que a variação no saldo, que mostrou aumento de 15,2% no crédito do banco estatal para as empresas em 2013, foi afetado também pelo câmbio, embora o BC não tenha a abertura desse dado.

Em nota, o corpo técnico do Banco Central, citou que o menor ritmo de expansão do crédito em 2013 refletiu a desaceleração nas operações com recursos livres, influenciadas pelo aumento da taxa básica de juros, Selic, a partir de abril e pelo menor dinamismo do consumo das famílias. O resultado do volume de crédito liberado pelos bancos no ano passado, de R$ 2,715 trilhões, foi divulgado nesta quarta-feira, 29, pelo BC.

A nota do corpo técnico do BC ressalta ainda que as operações com recursos direcionados registraram expansão nos principais segmentos. Os destaques em relação a 2012 ficam com o crédito rural, os financiamentos imobiliários e recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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O BC enfatizou também que ao longo de 2013 o mercado de crédito apresentou aumento das taxas de juros, mas que houve redução dos spreads, elevação dos prazos e "recuo consistente" da inadimplência, cujos índices alcançaram patamares mínimos da série histórica, iniciada em março de 2011.

Mais tarde, em entrevista, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, no entanto, afirmou que o crescimento de 14,6% do crédito em 2013 ante 2012 é um porcentual 'significativo', acima do PIB nominal, e que confirma a trajetória de moderação verificada nos últimos anos. Esse porcentual foi de 16,4% em 2012, 18,8% em 2011, 20,6% em 2010, 15,1% em 2009 e 31% em 2008.

"O crédito segue sendo instrumento relevante para sustentar esse processo de crescimento econômico", afirmou Maciel. "Há uma nítida desaceleração. Isso é benigno para a sustentabilidade desse movimento, e é natural que ocorra por causa da base de comparação", acrescentou.

Segundo Maciel, essa expansão se deu sem afetar a solidez do sistema financeiro, com indicadores de Basileia e de capitalização favoráveis. Ele destacou ainda que o crédito cresce em cenário de aumento da renda e do emprego, o que significa preservar a capacidade de pagamento. O quadro também é favorável para a queda da inadimplência, após a forte elevação de 2011, segundo o BC.

A AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK a pedido da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apresentou alta de 0,14% em dezembro em comparação a novembro de 2013, passando de R$ 359,86 para R$ 360,35. Na comparação com dezembro de 2012, o indicador cresceu 5,43%.

Os itens com as maiores altas em dezembro na comparação com novembro foram cebola (8,29%), tomate (7,07%) e farinha de mandioca (4,16%). Em 2013, esses itens variaram com queda de 16,91%, alta de 3,24% e aumento de 27,89%, respectivamente. "A farinha de trigo foi o itens que mais cresceu em 2013, com inflação de 33%. As farinhas foram uns pontos de alta que saíram do comportamento até que discreto dos preços levantados - a de mandioca, devido à seca do Nordeste e a de trigo, pelo câmbio mais forte, porque há uma importação grande do insumo", disse o diretor de relacionamento da GfK, Marco Aurélio.

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Já entre as maiores quedas em dezembro ante novembro ficaram leite longa vida (-7,01%), batata (-3,49%) e feijão (-2,86%). Em 2013, esses itens acumularam alta de 13,28%, avanço de 15,91% e leve alta de 0,73%, respectivamente.

2014

Para 2014, o executivo da GfK espera uma certa estabilidade de preços dos produtos que compõem a cesta básica. "Em 2013, aguardávamos uma inflação, mas acabou que os preços não avançaram tanto no ano, principalmente em dezembro. Para 2014, acreditamos não terá mais alta de preços nos itens de cesta básica: a indústria já está falando em estabilidade de preços e o governo está com ações contra a inflação", disse o executivo da GfK.

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