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Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, na última quarta-feira, 3, na capital paulista, um frade católico de 54 anos. Conhecido por realizar projetos sociais de ajuda a crianças carentes, o frei dominicano Elvécio de Jesus Carrara é acusado de produzir e armazenar material pornográfico de menores. No momento da prisão, ele tinha fotos e vídeos pornográficos de adolescentes no celular. A polícia mineira identificou ao menos uma vítima: um adolescente de 17 anos, morador de São José del-Rei (MG).

O frade passou por audiência de custódia e, após a Justiça manter a prisão em flagrante, o religioso foi levado para uma unidade prisional da capital paulista. Telefones celulares e computadores apreendidos com frei Elvécio vão passar por perícia. Além da prisão do frei em São Paulo, a Operação Falso Profeta cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em São João del-Rei e na cidade de Goiás (GO).

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Conforme o delegado Evandro Radaelli, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) da Polícia Civil de Minas Gerais, o frade dominicano iniciou um projeto social de atendimento a crianças e adolescentes em São João del-Rei e depois expandiu o atendimento para a capital paulista. Atualmente, cerca de 300 crianças e adolescentes são atendidos pela ONG nas áreas educacional, cultural, esportiva e assistencial.

Segundo ele, ficou apurado que o padre se valia dessas atividades para manter relações de cunho sexual com adolescentes. No celular do religioso foram encontradas fotos de adolescentes nus. "Tudo indica que os abusos ocorriam por meio dessa ONG mantida pelo investigado, por meio da qual ele oferece serviços educacionais aos adolescentes. A (suposta prática de) pedofilia, nesse caso, era mascarada pela condição religiosa do investigado", disse Radaeli.

A única vítima identificada é natural do município de Goiás, cidade do interior do Estado de Goiás, e foi chamada para participar da ONG, que mantém estudos e moradias para jovens em São João del-Rei. A investigação apontou que o frade dava presentes, pagava a escola e oferecia dinheiro para ganhar a confiança do adolescente. Ele também custeava a viagem e recebia visitas do rapaz quando estava em São Paulo, onde passou a morar. Segundo o delegado, como a investigação é recente, com a divulgação do caso podem aparecer mais vítimas.

Suspenso pela ordem

O frade passou a ser alvo de investigação pela polícia depois que a Ordem dos Pregadores (Dominicanos) recebeu denúncias contra ele. A Ordem abriu uma apuração canônica prévia para apurar os fatos e informou a polícia. "Desde então, ele foi proibido de exercer o ministério sacerdotal, de trabalhos que o levassem a ter contatos com menores, de frequentar as cidades de São Paulo e de Goiás. O religioso, contudo, estava desobedecendo a algumas das disposições", disse, em nota, o frei André Luis Tavares, provincial dos Dominicanos no Brasil.

De acordo com o superior, o frade nunca teve permissão da igreja para abrir a ONG e manter as obras sociais que preside e para as quais arrecada fundos, fazendo isso por "iniciativa pessoal" e "à revelia das orientações das autoridades da Ordem no Brasil". "Interessa à Ordem Dominicana que os fatos sejam apurados e esclarecidos, com transparência e responsabilidade, e que as devidas medidas legais sejam tomadas", disse o provincial.

Graduado pelo Instituto Teológico de São Paulo em 1995 e com mestrado em Teologia desde 2002, frei Elvécio foi ordenado frade dominicano em 2006. Com graduação também em Filosofia e formação em gestão escolar, ele atuou como docente em colégios de Minas Gerais e da capital paulista. Em São Paulo, ele foi celebrante de missas no Colégio Rainha da Paz, onde não chegou a lecionar. Segundo a escola, em março deste ano, frei Elvécio se afastou da função alegando motivos pessoais e foi substituído por outro celebrante.

Em 2010, o frade fundou o Núcleo de Ação Cultural - Talento, Alegria e Solidariedade (Nac Tales) para atender crianças e adolescentes do bairro Colônia do Marçal, em São João del-Rei, e no Parque Bristol/Vila Caraguá, no Distrito de Sacomã, região sudeste da capital paulista. Segundo sua página oficial, o núcleo atende crianças, adolescentes e jovens, aliando práticas educacionais, esportivas, culturais e de assistência social ao desenvolvimento comunitário das famílias.

Em nota, a direção do Nac Tales informou que todas as atividades permanecerão sem qualquer alteração. "Faz-se necessário ressaltar que o ocorrido não tem qualquer relação direta com o trabalho realizado por esta ONG, motivo pelo qual manteremos firme nosso compromisso com o bem-estar das crianças e jovens, que é nosso único fundamento", disse.

Também em nota, a Arquidiocese de São Paulo lembrou que o frei Elvécio já estava sob investigação canônica, proibido de exercer o sacerdócio, e manifestou seu "firme repúdio a toda forma de abuso contra menores ou adultos vulneráveis. Outrossim, solidariza-se com as possíveis vítimas e seus familiares, reiterando o empenho da Igreja Católica pela proteção dos menores adolescentes".

A Ordem dos Pregadores (Dominicanos) tem como fundador São Domingos de Gusmão e foi confirmada pela Igreja Católica em dezembro de 1216, durante o pontificado do papa Honório III. Embora seja dirigida mundialmente por um mestre geral e, regionalmente, pelos freis provinciais, a ordem segue as diretrizes do Vaticano.

A reportagem entrou em contato com a defesa de frei Elvécio e ainda aguarda retorno.

Nesta sexta-feira (3), foi deflagrada uma megaoperação da Polícia Federal, com o objetivo de combater a comercialização e difusão de material de abuso infantil na internet. A Operação Lobos 2 foi realizada em todos os estados da federação e no Distrito Federal, com exceção de Sergipe, Acre, Amapá, Bahia, Rondônia e Roraima. De acordo com a PF, um grupo de criminosos que utilizava a dark web para o compartilhamento desse tipo de conteúdo no Brasil e no exterior foi desarticulado. A dark web (“internet sombria”, do inglês) é um trecho da chamada deep web, inacessível a usuários comuns e que só pode ser alcançada através de softwares específicos. 

Ao todo, foram emitidos oito mandados de prisão preventiva e 104 de busca e apreensão, distribuídos em 55 cidades de 20 estados e no DF, nesta sexta-feira (3). Ao menos uma pessoa foi presa em flagrante, no Espírito Santo. A operação também tenta localizar e resgatar possíveis vítimas de abuso em situação de extrema violência. A segunda fase da Lobos identificou e localizou dezenas de suspeitos, todos brasileiros, envolvidos com a produção e divulgação de material de pedofilia.  

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Estiveram envolvidos na investigação o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI), o Serviço Nacional de Inteligência Criminal (NCIS) do Reino Unido, e outras forças policiais de países desenvolvidos. 

Preso um dos pedófilos mais procurados do mundo

De acordo com a Polícia Federal, na primeira etapa da investigação — Operação Lobos 1, em 2019 —, a polícia prendeu um brasileiro, responsável por hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de violência sexual e pedofilia de toda a rede mundial de computadores. O delegado federal Renato Cintra chegou a considerar o pedófilo como o “número um” no seu tipo de conduta criminosa — disseminação de conteúdo em larga escala — em todo o mundo. O nome do preso não foi divulgado e, à época, a polícia optou por não divulgar a prisão, para preservar as investigações e viabilizar futuras prisões. 

Os sítios e fóruns da dark web eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de zero a cinco anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas.  

No geral, os criminosos atuavam mediante divisão de tarefas: arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens e outros; com a finalidade de produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários acerca de abuso sexual de crianças e adolescentes e, ainda, alimentar a demanda por esse tipo de material. 

Os sites eram utilizados por mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) usuários, em todo o mundo, para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes. 

A Operação Lobos teve início em 2016, através de uma parceria entre a Polícia Federal e forças policiais de outros países, e está em sua segunda fase, tendo uma primeira deflagração em 2019 e a segunda, neste mês de dezembro. Os crimes investigados na ação são a venda, produção, disseminação e armazenamento de Pornografia Infantil (Arts. 240, 241, 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente) e estupro de vulnerável (217-A do Código Penal Brasileiro). 

O site de conteúdo adulto Pornhub anunciou que irá mudar suas diretrizes de publicação de conteúdo, após uma denúncia realizada pelo jornal The New York Times, de que a plataforma permite publicações de vídeos criminosos, de abuso infantil, estupro e "pornô vingança". As informações são do portal 'Uol'.

De acordo com o site adulto, a publicação de novos vídeos foi restrita a usuários já verificados pela plataforma. E que a partir de 2021, será disponibilizado uma nova ferramenta para verificação de vídeos enviados e a liberação para inclusão de conteúdo retornará a todos os usuários da rede.

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"Embora a lista de palavras-chave proibidas no Pornhub já seja extensa, continuaremos a identificar palavras-chave adicionais para remoção [do conteúdo criminoso] em uma base contínua. Também monitoraremos regularmente os termos de pesquisa dentro da plataforma para [constatar os] aumentos em frases que tentam contornar as salvaguardas em vigor", disse a plataforma.

O Pornhub é uma das maiores plataformas de conteúdo adulto do mundo e as denúncias acabaram tendo um efeito negativo nas parcerias da plataforma. Após a denúncia, parceiros como Mastercard e Visa anunciaram que os negócios com o site adulto estão sendo revisados.

Na denúncia feita pelo jornal americano, informa que a plataforma fez a liberação de playlists intituladas "menores de idade", "menos de 18" e "a melhor coleção de meninos", incitando a pedofilia. Ao Times, a empresa chamou a acusação de "irresponsável e falsa".

Mariana Belém, filha da cantora Fafá de Belém, usou suas redes sociais nesta quarta-feira (25) para compartilhar um relato sobre o abuso sexual sofrido ainda em sua infância, quando tinha apenas 7 anos. A artista contou que só criou coragem de trazer a público o relato após ler o livro da jornalista Ana Paula Araújo “Abuso: A Cultura do Estupro no Brasil”.

Em sua publicação Mariana revelou que só após 17 anos contou a sua mãe sobre o ocorrido, mas que só detalhou os fatos para Fafá após morarem juntas neste ano, devido a pandemia.

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“Algo me fez correr porque achei errado um homem que deveria cuidar de mim estar passando a mão dentro do meu biquíni, colocando a minha mão no pênis dele e pedindo para eu ‘dar beijo’ naquela parte do corpo dele. Algo fez minha mãe chegar enquanto eu corria dele. Algo ali me salvou de algo pior”, disse ela em um trecho seu relato.

A cantora Fafá de Belém e mãe de Mariana comentou a publicação elogiando a filha e emocionou os seguidores ao revelar que também passou por situações abusivas que não tinha se dado conta até a conversa com a filha. 

“Você é uma força da natureza, filha! Nossa conversa recente fez-me lembrar de várias situações que passei quando cheguei de Belém que jamais tinha trazido à luz da consciência como abuso. Obrigada por colocar luz num assunto tão delicado e vivido diariamente por nós mulheres, meninas, moças… Parabéns por sua coragem, filha. Muito orgulho de você”, disse Fafá.

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O canal do Youtube ‘Bel para Meninas’ voltou a ser assunto nas redes sociais nesta segunda-feira (25), após ter todos os vídeos apagados da plataforma. Restou apenas um comunicado para o esclarecimento das acusações de abuso apontadas pelos fãs.

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 Para quem não se lembra do caso, na última segunda (18), o canal se tornou alvo de diversas publicações de internautas que apontaram indícios de abuso infantil nos vídeos. O assunto se tornou o mais comentado nas redes sociais e chegou a parar inclusive no programa Cidade Alerta.

 No vídeo que permanece no canal, os pais da Bel leem uma carta em que dizem que a família é vítima de uma campanha de disseminação de informações falsas. O vídeo foi publicado apenas na quinta-feira (21) e já conta com quase 2,5 milhões de visualizações na plataforma. 

Muitos internautas chegaram a questionar o motivo pelo qual o conteúdo do canal foi removido. Em um dos comentário uma seguidora chegou a questionar “Ocultando as provas ou ordem judicial?” disse ela. Ainda não se tem informações sobre a existência ou o andamento de qualquer investigação sobre o caso.

2019 está sendo um ano difícil para Britney Spears. Após ser internada em uma clínica psiquiátrica por conta de sua saúde mental, foi noticiado nesta semana que a cantora perdeu parte da guarda de seus filhos, frutos de seu casamento com Kevin Federline. Segundo o site norte-americano TMZ, o ex-marido quis alterar o acordo de custódia entre eles e... conseguiu!

De acordo com a publicação, a guarda de Sean, de 13 anos de idade, e Jayden, de 12 anos, vinha sendo dividida em um esquema de 50% para cada desde 2007. Agora, Britney e Kevin concordaram que ele ficará com a custódia das crianças por 70% do tempo, deixando os meninos apenas 30% do tempo com a mãe. Pelo que parece, essa decisão foi conversada inicialmente em agosto de 2018, mas o pedido para oficializar foi enviado recentemente, no dia 28 de agosto.

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Mas, não foi só isso que deixou a cantora nos holofotes! Na última terça-feira, dia 3, o site The Blast noticiou que o pai de Britney, Jamie Spears, está sob investigação por abuso infantil, envolvendo um de seus filhos! Em contato contato com a polícia, o responsável pela acusação foi o próprio ex de Brintey, Kevin, que alegou que Jamie teria agredido Sean.

Aparentemente, a razão de tudo isso, segundo o The Blast, se deu por conta de um incidente no dia 24 de agosto. Sem muito detalhes a respeito do ocorrido, a única informação liberada pela polícia é que a agressão teria acontecido enquanto os dois filhos estavam sob os cuidados de Britney. Tenso!

O site ainda afirma que todos os envolvidos nos caso já foram entrevistados e que a ocorrência está com a promotoria da justiça local. Caso o pai de Britney seja indiciado, o delito provavelmente seria considerado como uma má conduta.

Um tribunal da cidade de Los Angeles negou nesta terça-feira (16) liberdade sob fiança ao líder mexicano da igreja Luz do Mundo Naasón Joaquín García, acusado de abuso de menores.

O juiz David Fields destacou que a informação dada pelas supostas vítimas é "muito detalhada" e Joaquín García apresentava "risco de fuga".

"A religião foi usada contra estas meninas", disse o juiz sobre García, que segundo a investigação obrigava menores a praticar atos sexuais e as ameaçava dizendo que contrariar os desejos do "apósto" era ir contra Deus.

Joaquín García, detido no Aeroporto de Los Angeles no dia 3 de junho, foi denunciado por 26 crimes, entre eles estupro de menores e pornografia infantil.

Inicialmente, o juiz havia fixado uma fiança de 25 milhões de dólares, mas depois dobrou o valor e finalmente aceitou o pedido da promotoria para cancelar o benefício.

Junto com Joaquín García foram capturadas duas mulheres, consideradas suas cúmplice, e uma terceira envolvida está foragida.

Sua próxima audiência está prevista para 2 de agosto.

A Luz do Mundo foi fundada em 1926 na cidade mexicana de Guadalajara, por Eusebio Joaquín González, pai do Naasón, que afirmava ter recebido uma "revelação divina".

No momento, a Luz do Mundo tem cerca de 500 mil adeptos, em todo o mundo.

A Justiça do Trabalho condenou Arquidiocese da Paraíba a pagar R$ 12 milhões de indenização por exploração sexual cometida por padres contra crianças e adolescentes, segundo reportagem do programa Fantástico, veiculada neste domingo, 20, da TV Globo. Na Justiça, os envolvidos negaram os crimes.

"Foi apurado que havia um grupo de sacerdotes, de forma habitual, que pagava por sexo a flanelinhas, coroinhas e também a seminaristas", afirmou o procurador Eduardo Varandas, ao Fantástico. Quatro padres da Basílica Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa, teriam tido relações sexuais com os adolescentes, segundo a TV.

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O jornal O Estado de S. Paulo procurou no domingo, 20, a Arquidiocese e o Ministério Público da Paraíba, mas não conseguiu contato. À TV, dom Aldo Pagotto, que estava à frente da arquidiocese na época da denúncia, disse que não participaria desse tipo de reportagem e que os padres acusados já haviam sido inocentados na Justiça Criminal. A reportagem afirma que esse inquérito, na realidade, foi arquivado. Dom Aldo deixou a arquidiocese local em 2016.

O pagamento aos jovens explorados seria feito em dinheiro e até em comida, segundo a denúncia. "A característica da exploração sexual é ausência da vontade livre para praticar o ato", disse Varandas.

Um ex-seminarista afirmou à TV ter sido explorado pelos sacerdotes. "(Havia) abuso sexual por parte dos padres e de seminaristas. Através de palavras, de atos, pegavam nas minhas partes sexuais", declarou a vítima ao Fantástico. Na época, ele tinha 17 anos. "A palavra de ordem seria: "passando por esse processo você vai conseguir chegar a ser padre."

Em depoimento para o Ministério Público do Trabalho, segundo a reportagem, um ex-funcionário da Catedral disse que um dos padres "levava coroinhas e outros meninos, todos menores de idade, para dormir com ele nos quartos que ficavam atrás da Igreja."

Um dos jovens que guardava carros na frente da Igreja declarou à Justiça ter tido relação sexual com um padre da arquidiocese. O flanelinha foi assassinado em dezembro de 2016 - segundo a Polícia Civil da Paraíba, não haveria indícios de queima de arquivo. Ainda de acordo com o ex-funcionário, que trabalhou por 30 anos na Basílica, outro padre levaria "meninos para casa dele."

As investigações de abuso começaram após o vazamento de uma carta que denunciava casos na Igreja em 2014. Um inquérito criminal contra os sacerdotes foi arquivado. Ao programa, o Ministério Público disse que havia elementos para a denúncia, mas que os crimes já haviam prescrito. O processo, porém, seguiu na Justiça do Trabalho.

Para a sentença, foi fixado R$ 1 milhão de indenização para cada ano de dom Aldo à frente da Arquidiocese, segundo a reportagem. O valor será destinado para fundos da infância e da adolescência e instituições que trabalham com jovens explorados.

Igreja já foi condenada no Brasil

Em 2013, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a Mitra Diocesana de Umuarama (PR) deveria pagar indenização de R$ 100 mil a um menino abusado por um padre. O crime, confessado pelo sacerdote, aconteceu em 2002, quando a vítima tinha 14 anos.

A maior indenização do tipo já paga pela Igreja Católica é da Arquidiocese de Los Angeles, nos Estados Unidos. O valor foi de US$ 660 milhões (R$ 2,47 bilhões, em valores atuais) pagos a 608 vítimas em 2007. Nos últimos anos, a Igreja Católica tem enfrentado uma série de escândalos de denúncias de abuso sexual em vários países.

A pornografia infantil está sendo amplamente compartilhada no WhatsApp, segundo uma pesquisa de duas ONGs israelenses. O aplicativo de mensagens, que foi comprado pelo Facebook em 2014, não está conseguindo controlar o problema, apesar de banir milhares de contas todos os dias.

De acordo com um relatório do jornal Financial Times, as instituições de caridade israelenses - Netivei Reshet e Screensaverz - foram primeiramente alertadas sobre o problema por um jovem que ligou para sua linha direta em agosto para relatar a exposição a tal conteúdo no WhatsApp.

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Após uma extensa investigação, as instituições de caridade encontraram vários grupos de fácil acesso que continham material de abuso sexual infantil, alguns deles com até 256 membros, com nomes e fotos de perfis que indicavam explicitamente a distribuição de conteúdos de crianças sendo abusadas.

Apesar desses identificadores, muitos dos grupos do WhatsApp com pornografia infantil passaram despercebidos pela empresa. O relatório afirma que, embora as ONGs tenham notificado o Facebook sobre a existência desses grupos no mês passado, vários deles foram encontrados ativos até recentemente.

Desses, um grupo em particular tinha participantes com números de telefone da Índia, Paquistão, Argélia e EUA, acrescenta o relatório. Um porta-voz do WhatsApp disse ao Financial Times que a empresa tem uma política de tolerância zero em relação ao abuso sexual infantil.

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O Google revelou uma nova tecnologia totalmente gratuita projetada para identificar imagens de abuso infantil na internet. A empresa norte-americana informou que está lançando um software de inteligência artificial que tem o potencial de ajudar os moderadores de qualquer plataforma virtual a erradicar conteúdo abusivo em grande escala.

Usando a experiência da empresa, a nova ferramenta ajuda os moderadores classificando imagens e vídeos sinalizados e priorizando o conteúdo mais provável para revisão, prometendo agilizar o processo.

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O Google diz que durante um teste o software ajudou um moderador a tomar medidas em 700% mais conteúdo no mesmo período de tempo que ele normalmente levaria com os métodos comuns. A ideia é que a tecnologia ajude também prestadores de serviços, ONGs e outras empresas de tecnologia.

O software é composto por redes neurais para processamento de imagem que encontram e classificam fotografias com possível conteúdo de exploração sexual de crianças e adolescentes. "Continuaremos a investir em tecnologia e organizações para ajudar a combater os perpetradores do abuso sexual infantil e manter nossas plataformas e nossos usuários seguros contra esse tipo de conteúdo repugnante", informou o Google, em seu site oficial.

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Com as temáticas centrais do abuso infantil e autismo, o evento “A dupla experiência clínica de um psicanalista” será realizado no Rio de Janeiro, nos dias 8 e 9 deste mês, com a mediação de profissionais e estudantes de saúde, educação e direito. O protagonista das atividades será o psicanalista israelense Joshua Durban. O palco dos debates será a sede da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ), no bairro de Botafogo. 

As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do site da SPRJ. Para os membros FEBRAPSI, o valor é de R$ 150; os candidatos FEBRAPSI e estudantes pagam R$ 90; e os profissionais investem taxa de R$ 170 para garantir presença no evento. Outra informações podem ser adquiridas no seguinte telefone: (21) 2543-4998. 

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Programação:

Dia 8

13h30 às 15h - Durban enfoca "O complexo vitimizador e suas vicissitudes no abuso infantil";

15h20 às 16h50 - Mesa-redonda, com apresentações da desembargadora Ivone Ferreira Caetano e da juíza Maria Aglaé Tedesco Vilardo, tendo o psicanalista como comentarista;

16h50 às 18h20 – Encerramento da programação, com discussão clínica apresentada por Durban.

Dia 9

9h30 às 11h - Conferência do psicanalista israelense será sobre o espectro autístico;

11h20 às 12h50 – Psicanalista Marisa Helena Monteiro, titular da SPRJ e membro do Grupo de Pesquisa Psicanalítica em Autismo-GPPA, apresenta trabalho clínico a respeito da mesma temática, seguido de discussão.

A 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou um pastor evangélico por atentado ao pudor mediante fraude. A pena foi fixada em dois anos e 11 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto. As informações foram divulgadas no site do TJ. O Tribunal não divulgou o nome do pastor condenado, nem a igreja nem o número dos autos.

A vítima, que na época dos fatos tinha 15 anos de idade, frequentava a igreja onde o réu trabalhava. Segundo os autos, o homem se aproveitou da confiança da adolescente, que o via como líder espiritual e, após ouvir em confidência seus problemas de relacionamento, convenceu a moça a se deixar "purificar" - e em duas ocasiões praticou sexo oral com ela.

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Dias depois, a adolescente gravou conversa que teve com o pastor, em que ele pedia para não revelar a ninguém o que havia ocorrido, pois iria "negar até morte". O relator, desembargador Ivan Sartori, destacou em seu voto que a avaliação psicológica da vítima confirmou que houve abuso sexual e que ela foi levada a permitir o contato íntimo por "questões religiosas e submissão ao réu".

O julgamento contou com a participação dos desembargadores Edison Brandão e Camilo Léllis e teve votação unânime.

A Igreja Católica na Austrália reconheceu nesta sexta-feira que o celibato obrigatório pode ter contribuído para os abusos de menores por parte de sacerdotes, e disse que o clero deveria receber uma formação "psicossocial".

Em um relatório, o Conselho da Verdade, da Justiça e da Cura da igreja católica australiana ressaltou que, nos casos de abusos de menores, algumas instituições eclesiásticas e seus líderes fizeram vista grossa durante anos.

"O celibato obrigatório também pode ter contribuído para os abusos em algumas circunstâncias", indicou o documento. Embora o celibato seja praticado há centenas de anos, não é uma parte imutável das normas da igreja.

Este conselho está ajudando a igreja católica a responder à Royal Comission da Austrália sobre possíveis respostas institucionais ante o abuso sexual infantil e recomendou uma formação melhor dos sacerdotes.

"Quando temos uma investigação pública sobre crimes sexuais na igreja católica, é preciso saber" como os sacerdotes entendem a sexualidade, disse o líder do conselho, Francis Sullivan, que defendeu a abertura do debate sobre as tradições mais sagradas da igreja, incluindo o celibato.

"É necessária uma clara compreensão sobre sua própria sexualidade, seu próprio desenvolvimento sexual, sua própria maneira de se relacionar" com os demais, acrescentou Sullivan, que apostou, definitivamente, por uma "educação psicossocial".

A Royal Comission australiana, criada no ano passado, está investigando as acusações generalizadas de abusos de menores em organizações religiosas e escolas, entre outros lugares, durante décadas.

No início deste ano, o papa Francisco pediu perdão às vítimas de abusos sexuais por parte de sacerdotes e pela cumplicidade da igreja em acobertá-los.

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSDH) promove nesta quarta-feira (23), no Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o I Seminário de Enfrentamento às Violações de Direitos no Carnaval. O objetivo é capacitar profissionais da assistência social a identificar situações de trabalho infantil, abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, além do uso indevido de drogas no Carnaval.

As atividades, promovidas por meio da Gerência de Proteção Social Especial de Média Complexidade, começaram pela manhã e vão até às 17h de hoje.  A programação conta com palestras, debates e divulgação das ações da SEDSDH para o Carnaval.

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Confira cronograma (turno da tarde):

13h30 - Temática da Palestra: Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Palestrante: Maria Luiza Duarte Araújo (Formação: Serviço Social e Especialização em Violência Doméstica contra Criança e Adolescente)– Analista do Ministério Público, Assessora da ONG Coletivo Mulher Vida e Membro da Coordenação da Rede de Combate

14h20 - Temática da Palestra: Prevenção ao Uso de Drogas

Palestrante: Renata Barreto de Almeida (Formação: Psicologia e Mestrado em Psicologia Clínica) – Consultora do Programa Atitude e Coordenadora da Pós-Graduação em Saúde Mental Álcool e Outras Drogas: Práticas e Saberes (UNICAP)

15h10 - Debate

16h– Cerimonial: Divulgação das ações do Governo do Estado no período do Carnaval 2013

16h30– Encerramento e Coffee Break

A Câmara dos Deputados anunciou que irá analisar proposta que determina a impressão da mensagem “abuso sexual de crianças e adolescentes é crime” em todos os livros didáticos e paradidáticos publicados por editoras sediadas no Brasil. A medida está prevista no Projeto de Lei 4468/12, da deputada Liliam Sá (PSD-RJ).

Além disso, os livros deverão trazer também o número do disque denúncia de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes - Disque 100. Segundo a deputada, essa medida poderá garantir a autodefesa para as vítimas de exploração sexual infantil.

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A proposta será analisada de forma conclusiva pelas comissões de Educação e Cultura, Seguridade Social e Família e Constituição e Justiça e de Cidadania.







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