Tópicos | Afeganistão

Líderes de países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordaram nesta segunda-feira em passar para o Afeganistão a liderança das ações de segurança a partir de meados de 2013, na medida em que apressam o fim da guerra e tentam assegurar que as forças afegãs possam combater o Taleban após a saída das tropas estrangeiras. Os países da Otan também concordaram em financiar as tropas e policiais afegãos, o que exigirá um gasto de US$ 4,1 bilhões por ano. Metade desses recursos virão dos EUA e a outra metade dos outros países da Aliança Atlântica. Os EUA disseram que o subsídio não será eterno e a partir de 2015 o governo afegão começará a assumir o gasto com US$ 500 milhões, soma que aumentará progressivamente.

Numa declaração da cúpula, realizada em Chicago, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama e seus 27 aliados militares confirmaram o plano de retirar suas tropas de combate até o final de 2014 e de deixar apenas uma missão de treinamento.

##RECOMENDA##

Os líderes afirmaram que o processo de transição é "irreversível" e que colocarão as tropas afegãs "na liderança da segurança em todo o país" até meados de 2013, o que vai permitir que as tropas estrangeiras gradualmente deixem de participar de combates para se concentrarem em ações de suporte. O documento prevê que em 2024 o governo afegão assumirá o custo total para manter exército e polícia.

Atualmente, a Otan tem 130 mil soldados no Afeganistão, dos quais 90 mil são norte-americanos. O rascunho da declaração do encerramento da cúpula diz que um "modelo preliminar" para o futuro tamanho das forças afegãs prevê "uma força de 228.500 homens com um orçamento estimado de US$ 4,1 bilhões, o qual será revisado regularmente de acordo com a evolução da situação de segurança no Afeganistão".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente da França, François Hollande, disse neste domingo que chegou a um acordo com seus aliados da OTAN sobre sua decisão de retirar as tropas francesas do Afeganistão, dizendo que os aliados haviam entendido sua posição.

"As tropas de combate serão retiradas do Afeganistão até o final do ano. Em 2013, somente permanecerão os responsáveis pelo treinamento das forças policiais e dos soldados afegãos. Isso vai ser feito como parte das operações da ISAF (força da Otan no Afeganistão), e com base nesses princípios conseguimos chegar a um acordo", disse Hollande.

##RECOMENDA##

"Nós temos assegurado que a posição da França foi totalmente respeitada e aplicada, e, ao mesmo tempo, eu afirmo que nossos aliados entenderam a razão dessa operação", disse o presidente francês. Ele acrescentou que mostrou aos aliados que há ações que continuarão, como parte da estrutura da ISAF.

Hollande, em sua primeira turnê estrangeira desde que foi empossado como novo presidente da França, na terça-feira, disse que mostrou-se "aberto" ao líder dos EUA, Barack Obama, em suas conversas. As informações são da Dow Jones.

Um homem-bomba detonou seus explosivos num ponto de inspeção da polícia neste sábado no distrito de Ali Sher, no leste do Afeganistão, matando 13 pessoas, informou o chefe de polícia general Sardar Mohammad Zazia. Os policiais estavam inspecionando veículos no momento da explosão, disse. "O objetivo era atacar tanto policiais quanto civis e, infelizmente, a maioria das vítimas é civil".

Em nota, o gabinete do governador da província de Khor disse que 10 civis e três policiais afegãos morreram. Seis pessoas ficaram feridas, inclusive dois policiais, segundo o gabinete. AS informações são da Associated Press.

##RECOMENDA##

Um suspeito armado com uma pistola matou neste domingo Arsala Rahmani, um alto membro do Conselho de Paz afegão, em um cruzamento na capital do país, informou a polícia. O assassinato é mais um golpe contra os esforços para se negociar uma solução política para a guerra que já dura uma década.

Rahmani era uma ex-autoridade do Taleban que se reconciliou com o governo e estava tentando estabelecer conversas formais com os insurgentes. O assassinato dele se segue ao do chefe do Conselho no ano passado.

##RECOMENDA##

Rahmani foi baleado em um cruzamento no oeste de Cabul por um atirador em um outro veículo, afirmou Mohammad Zahir, chefe da divisão de investigação criminal da polícia da cidade. Ele não estava acompanhado de guarda-costas.

"Apenas um tiro foi disparado", disse Zahir. "Nossas informações iniciais apontam que a pistola possuía um silenciador. Rahmani morreu no caminho para o hospital." Zahir afirmou que uma investigação está sendo realizada.

O Taleban negou a responsabilidade pelo assassinato, embora tenha dito mais cedo neste ano que teria como alvos negociadores de paz. As informações são da Associated Press.

Ataques de insurgentes mataram neste sábado três soldados das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no sul do Afeganistão, e um quarto morreu de ferimentos não relacionados ao atentado, informou a coalizão internacional. A região concentra a maior parte dos confrontos do conflito que já dura mais de 10 anos, acrescentou a Otan, sem fornecer detalhes adicionais, como a nacionalidade dos soldados. Somente neste mês, 18 membros dos serviços da Otan já foram mortos no Afeganistão.

Também neste sábado, uma bomba explodiu em uma estrada na província de Badghis, no noroeste do país, matando quatro policiais que estavam em um veículo que seguia para o distrito de Qadis, disse o porta-voz do governo local, Sharafudin Majedi. As informações são da Associated Press.

##RECOMENDA##

Kandahar, Afeganistão, 28 - Dois militantes do Taleban se infiltraram num complexo do governo com armas escondidas nos sapatos no sul do Afeganistão neste sábado. Eles tentaram assassinar o governador provincial Tooryalai Wesa, e começaram um tiroteio que deixou dois seguranças mortos, segundo o suposto alvo do atentado. Os militantes também morreram. O porta-voz do Taleban, Qari Yousef Ahmadi, reivindicou a responsabilidade pelo ataque.

Também hoje, uma bomba explodiu numa estrada da província de Wardak matando dez integrantes das forças de segurança afegãs, disseram soldados em condição de anonimato. As informações são da Associated Press. (Equipe AE)

##RECOMENDA##

O Afeganistão e os Estados Unidos finalizaram, neste domingo, o esboço para o acordo sobre parceria estratégica, delineando o comprometimento dos EUA depois da saída de grande parte de suas forças, em 2014.

O rascunho esboçado pelos oficiais deve permitir que os presidentes Barack Obama e Hamid Karzai coloquem suas assinaturas no documento antes da reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no próximo mês, em Chicago.

##RECOMENDA##

A parceria garante que os EUA continuem dando suporte ao Afeganistão mesmo depois do encerramento das operações de combate e de projetos de desenvolvimento, que ocorrerá em dois anos.

"O documento finalizado fornece fortes bases para a segurança no Afeganistão", disse Rangin Dafdar Spanta, conselheiro de segurança de Karzai, que conduziu as negociações do lado afegão.

O plano apresenta comprometimento dos EUA com mais de uma década de suporte financeiro e econômico para o Afeganistão.

Os EUA concordaram em passar o controle das prisões para o governo do Afeganistão e submeter ataques aéreos noturnos à aprovação do país.

"Nosso objetivo na parceria com o Afeganistão é fortalecer a soberania, estabilidade e prosperidade do país, e isso contribui para nosso objetivo compartilhado de derrotar a Al Qaeda", disse Gavin Sundwall, porta-voz para a embaixada dos EUA em Cabul. As informações são da Dow Jones.

O ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, fez fortes críticas nesta quinta-feira ao plano da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para retirar suas tropas do Afeganistão até 2014, com o argumento de que os soldados deveriam permanecer no país até que as forças afegãs estejam aptas a garantir a segurança.

"Enquanto o Afeganistão não for capaz de garantir a segurança no país por contra própria, os prazos artificiais para a retirada não são corretos e não deveriam ser estabelecidos", disse Lavrov.

##RECOMENDA##

A Otan planejar transferir a responsabilidade pela guerra contra o Taleban ao exército e polícia afegãos em meados do ano que vem e completar a retirada de suas tropas do país ate o final de 2014. A aliança já começou a retirar os soldados, que no ano passando chegaram a somar 140 mil.

Líderes da Otan dizem que as forças afegãs estão progredindo rapidamente e serão capazes de combater os insurgentes após 2014. Críticos, no entanto, apontam o uso generalizado de drogas e a alta taxa de deserção entre os soldados afegãos como sinais de que as forças do governo continuam despreparadas para assumir a segurança do país.

Em resposta a Lavrov, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse que o governo afegão concordou com os prazos e que o cronograma "definitivamente, não é artificial". Ele também apelou à Rússia, China e outros países não-membros da aliança a ajudarem a financiar as forças afegãs depois de 2014. As informações são da Associated Press.

O exército do Afeganistão estará apto a assumir a segurança do país no final de 2013, informou nesta quarta-feira um porta-voz do Ministério da Defesa afegão.

Segundo o general Mohammad Zahir Azimi, o efetivo do exército já atingiu a meta de 195 mil soldados, que integrarão um grupo de 352 mil homens, incluindo policiais e outras forças de segurança, até o fim do ano. Atualmente, o Afeganistão conta com 330 mil soldados e policiais.

##RECOMENDA##

As tropas afegãs deverão assumir uma parte significativa dos combates a grupos insurgentes quando os Estados Unidos retirarem do país outros 23 mil soldados - elevando o total para 68 mil - no final de setembro. No ano passado, os EUA tinham cerca de 100 mil soldados no Afeganistão.

As forças afegãs são hoje responsáveis por áreas onde vive cerca de metade da população, com as tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) assumindo um papel de apoio.

A coalizão de países que atua há uma década no Afeganistão planeja transferir às forças afegãs total responsabilidade pela segurança do país até o fim de 2013. As informações são da Associated Press.

Ministros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vão se reunir na quarta-feira, em Bruxelas, para discutir uma estratégia para a retirada de suas tropas do Afeganistão.

A reunião de dois dias, que envolverá ministros da Defesa e das Relações Exteriores, será uma prévia de uma conferência de líderes da Otan, marcada para 20 e 21 de maio, em Chicago.

##RECOMENDA##

O encontro desta semana também discutirá o espinhoso assunto do financiamento a ser concedido ao exército e polícia afegãos após a retirada dos soldados da Otan, com conclusão prevista para o fim de 2014.

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, defendeu nesta terça-feira que a parceria de longo prazo que está sendo negociada com os Estados Unidos especifique o volume de recursos financeiros que Washington destinará às forças afegãs nos próximos anos.

A exigência de Karzai pode complicar a assinatura de um pacto, em um momento em que os países pareciam estar chegando a um consenso. O chamado acordo de parceria estratégica é considerado fundamental para a retirada dos soldados americanos do território afegão.

Na Austrália, o primeiro-ministro Julia Gillard afirmou que os soldados do país deverão deixar o Afeganistão um ano antes do previsto. Gillard atribuiu a antecipação a "melhorias na segurança" afegã e às mortes de Osama bin Laden e de vários dos principais líderes da Al-Qaeda. Segundo Gillard, a maioria dos soldados australianos deverá ter voltado para casa no final de 2013.

A Austrália conta hoje com 1,55 mil soldados no Afeganistão, o maior efetivo de um país não membro da Otan. As informações são da Associated Press.

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, afirmou que a ofensiva da milícia talibã expôs as falhas do serviço de inteligência, especialmente da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Mesmo assim, Karzai garantiu que as forças de segurança nacional foram capazes de defender e garantir a segurança do país.

Cerca de 51 pessoas morreram nos ataques de domingo, entre elas, quatro civis. Após os confrontos, começaram as buscas pelos responsáveis - os líderes dos talibãs. Foram 18 horas de tiroteios, explosões e disparos de foguetes. A capital Cabul foi a mais atingida, mas houve conflitos em outras três cidades.

##RECOMENDA##

Os principais alvos foram as Embaixadas americana, britânica, um hotel, um quartel general da Otan e o Parlamento afegão.

O serviço secreto do Afeganistão admitiu ter sido surpreendido, mesmo com o aviso dos talibãs de que uma série de ataques estavam próximos. O grupo disse que era apenas o início da ofensiva.

Os Estados Unidos chamaram de "covardes" os ataques e o Reino Unido pediu a punição dos responsáveis.

Militantes do Taleban carregando armas automáticas e granadas conseguiram entrar em uma prisão localizada no noroeste do Paquistão e libertaram 380 prisioneiros, incluindo pelo menos 20 considerados "muito perigosos". A ação, que contou com mais de 100 rebeldes, foi uma demonstração dramática da força dos insurgentes. Os fugitivos podem agora voltar a lutar com os rebeldes, impulsionando o movimento com a propaganda. Milhares de paquistaneses já foram mortos pelo Taleban desde 2007.

Os atacantes entraram na prisão antes do dia amanhecer, na cidade de Bannu, próxima da fronteira com o Afeganistão, disse o policial Shafique Khan. Eles usaram explosivos e granadas de mão para derrubar os principais portões e dois muros. Depois de entrarem na prisão, os rebeldes se dirigiram para a ala onde os prisioneiros condenados à morte estavam. Eles lutaram com os guardas por duas horas, incendiando parte da prisão antes de libertar 380 prisioneiros, incluindo pelo menos 20 "militantes do Taleban muito perigosos".

##RECOMENDA##

Existe a suspeita de que os militantes tiveram ajuda interna de funcionários da prisão. Eles coordenaram suas ações por meio de aparelhos de rádio e, desta forma, conseguiram libertar seus companheiros em diferentes partes da prisão. Os rebeldes carregavam martelos para quebra os cadeados e as portas. Ao libertar Adnan Rashid, condenado à pena de morte, eles gritaram "Deus é grande" e "Vida Longa ao Taleban" e colocaram um turbante sobre sua cabeça.

No Afeganistão, militantes do Taleban também realizaram uma série de ataques coordenados em Cabul neste domingo, com foco em pelo menos três regiões da capital onde se encontram os prédios do governo, as embaixadas de países ocidentais e as bases da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Não existem informações de mortes durante o ataque, embora autoridades informaram que pelo menos cinco pessoas ficaram feridas. As forças da Otan informaram, em um comunicado, que pelo menos sete locais estavam sob ataque na capital.

O porta-voz do Taleban, Zabiullah Mujahid, assumiu a responsabilidade pelos ataques em uma mensagem de texto enviada para a Associated Press. Ele disse que um grupo de militantes realizou ataques aos quartéis-generais da Otan, prédios do parlamento e embaixadas, com homens-bomba. Mais de dez explosões atingiram a capital afegã e um forte ataque de mísseis durou mais de uma hora depois do ataque inicial. Outras três cidades orientais sofreram ataques na mesa hora, neste domingo, mas ainda há poucos detalhes sobre eles. As informações são da Associated Press.

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, disse nesta quinta-feira que estuda a possibilidade de antecipar a eleição presidencial para 2013 para que não coincida com a retirada de tropas estrangeiras do país.

A próxima corrida presidencial está marcada para 2014 e a maioria dos combatentes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deixará o Afeganistão até o fim do mesmo ano. Até lá, Karzai estará completando seu segundo mandato de cinco anos e a Constituição o proíbe de concorrer a um terceiro mandato.

##RECOMENDA##

"Já faz alguns meses que estou discutindo isso", disse Karzai. Segundo o presidente, o governo não sabe se conseguirá lidar simultaneamente com a retirada das tropas internacionais e a eleição presidencial.

Karzai, no entanto, disse que uma decisão final sobre a antecipação da eleição não será tomada no curto prazo. As informações são da Associated Press.

O governo do Afeganistão assinou um acordo com os Estados Unidos para controlar as incursões policiais noturnas realizadas pelas tropas americanas em áreas residenciais para capturar insurgentes. O presidente afegão Hamid Karzai pediu várias vezes para que as incursões fossem interrompidas, dizendo que elas traziam mortes entre civis e que as tropas internacionais eram desrespeitosas na forma que conduziam suas operações. Os militares norte-americanos afirmam que estas operações são essenciais para capturar comandantes do Taleban e da Al-Qaeda.

A solução desta disputa é um passo importante para finalizar a parceria estratégica de longo prazo para governar as tropas americanas no Afeganistão depois que a maioria das forças de combate deixar a região em 2014. O pacto de longo prazo está sendo visto como importante para assegurar aos afegãos que eles não serão abandonados pelos aliados internacionais.

##RECOMENDA##

Pelo acordo, as autoridades afegãs tem autoridade sobre as incursões e confere aos americanos um parceiro afegão que também será tratado igualmente caso as operações tenham vítimas ou alegações de maus tratos. As informações são da Associated Press.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) informou neste sábado que um membro de um grupo ligado à Al-Qaeda que ajudou a financiar os ataques contra as tropas afegãs e estrangeiras foi capturado no norte do país - o terceiro detido ou morto nas últimas duas semanas.

As forças afegãs e da Otan apreenderam o militante não identificado do Movimento Islâmico do Usbequistão (IMU, na sigla em inglês) durante um tiroteio na sexta-feira, no distrito de Almar, da província de Faryab. Embora seja um reduto do IMU, que atua no norte, a província é relativamente calma.

##RECOMENDA##

O movimento, que foi fundado em 1992, originalmente visava a estabelecer um estado islâmico no Usbequistão, que faz fronteira com a Afeganistão. Em 26 de março, o líder do grupo no Afeganistão, Makhdum Nusrat, foi morto por tropas afegãs e da coalizão. As informações são da Associated Press.

Um atentado suicida deixou pelo menos 12 mortos e 26 feridos nesta quarta-feira numa província do norte do Afeganistão, informaram as autoridades locais.

A explosão, detonada por um suposto militante numa motocicleta, tinha como alvo um grupo de amigos estrangeiros perto de um parque de Maymana, capital da província de Faryab, segundo o governador da província, Abdul Haq Shafaq.

##RECOMENDA##

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) também informou que três de seus soldados foram mortos após uma explosão no norte afegão, mas não confirmou se foi no mesmo incidente.

Desde o começo do ano, a violência no Afeganistão matou pelo menos 96 membros da Otan, incluindo 52 americanos. As informações são da Dow Jones e Associated Press.

O sargento de staff Robert Bales, do Exército dos Estados Unidos, será formalmente acusado nesta sexta-feira de ter matado 17 civis afegãos, além de tentar matar outros seis em 11 de março deste ano na província de Kandahar. Bales, de 38 anos, está detido no presídio militar de Fort Leavenworth, no Kansas. O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse que Bales poderá ser condenado à morte se for considerado culpado pelos homicídios, mas é improvável que isso ocorra. Os militares norte-americanos não aplicam a pena de morte em um colega desde 1961. Especialistas em cortes marciais dizem que é mais provável que Bales enfrente uma longa pena de prisão. Inicialmente, Bales seria acusado de chacinar 16 civis afegãos, incluídas nove crianças, mas os promotores militares aumentaram a acusação para 17 homicídios, incluindo mais um civil afegão adulto.

O advogado civil de Bales, John Henry Browne, disse nesta sexta-feira acreditar que o governo terá dificuldades em provar as acusações contra Bales porque o estado mental do seu cliente é algo que precisa ser levado em conta. Browne disse ao programa de televisão This Morning, da emissora CBS, que conversou durante 11 horas com Bales em Fort Leavenworth na semana passada e que seu cliente está perplexo com as acusações feitas contra ele.

##RECOMENDA##

Browne alega que Bales sofreu, quando foi soldado na Guerra do Iraque, uma "ferida que é séria" na cabeça e que "não foi tratado de maneira adequada por uma série de razões". Browne disse que o governo terá dificuldades de provar as acusações porque "não existe cena do crime" e faltam provas físicas da chacina, como impressões digitais que não teriam sido recolhidas nas casas dos civis afegãos invadidas por Bales.

A chacina desfechada por Bales foi mais uma mancha na difícil relação entre os EUA e seu aliado, o governo do Afeganistão, que se soma a uma série de mal-entendidos recentes, como a queima de cópias do Alcorão por soldados americanos.

A chacina também despertou novamente o debate nos EUA sobre o estado mental de saúde dos soldados americanos no Afeganistão, que enfrentam uma taxa recorde de suicídios e de stress pós-traumático, após mais dez anos em que foram repetidamente enviados para zonas de combate no Iraque e no Afeganistão. Bales estava em sua quarta missão de combate, tendo cumprido três anteriores no Iraque, onde foi ferido na cabeça e em um pé.

Browne descreveu seu cliente como um patriota e um pai amável de duas crianças, além de um marido devotado à esposa, mas que ficou traumatizado após assistir à morte de um soldado colega no Iraque.

Bales se alistou no Exército americano após falir como empresário na Flórida em 2001. Em 2003, Bales e um corretor do mercado financeiro foram condenados a pagar US$ 1,5 milhão a um casal de idosos, o qual afirmou que a dupla arruinou seus investimentos. Em 2002, Bales foi detido por agressão sob efeito do álcool contra um leão de chácara de um cassino. Ele teve que frequentar um curso para controlar a própria raiva. Também existem relatos de um segundo incidente de agressão, no qual Bales estaria bêbado. Em 2008, um xerife no Estado de Washington, onde Bales vivia com a mulher e os filhos, disse que o sargento, em um local público, pegou as mãos de uma mulher e as colocou sobre seus órgãos e em seguida surrou o namorado da garota. O xerife descreveu Bales como "extremamente alcoolizado".

As informações são da Associated Press.

O soldado norte-americano acusado de matar 16 civis afegãos deverá ser conduzido a uma prisão militar nos Estados Unidos mais tarde nesta sexta-feira, após uma parada no Kuwait do voo militar que o conduz de volta aos EUA, disse um oficial graduado da Defesa. O nome do soldado, um sargento do Exército, continua sob sigilo. O soldado deverá ficar preso em Fort Leavenworth, no Kansas, uma prisão militar de segurança máxima.

Funcionários da Defesa dos EUA disseram que o acusado foi retirado do Afeganistão porque não existem condições de segurança de mantê-lo detido em segurança no país centro asiático.

##RECOMENDA##

O advogado do sargento acusado, John Henry Browne, disse que teve que cancelar uma teleconferência com o seu cliente porque ele estava em rota para os EUA. Browne não quis divulgar qual é o nome do seu cliente. Ele disse que o acusado tem dois filhos pequenos, de 3 e 4 anos. O militar é natural do meio-oeste dos EUA, tem 38 anos, é casado e foi para o Afeganistão em dezembro do ano passado, com a 3º Brigada Stryker. Ele serviu no Iraque e foi indicado para a Estrela de Bronze, uma medalha militar dos EUA que é concedida por bravura, mérito, ou serviço meritório, mas ainda não havia recebido a condecoração.

Browne disse que sabe de poucos detalhes da chacina, mas rechaçou relatos de que uma combinação de álcool, stress e problemas domésticos tenham levado o suspeito a cometer os assassinatos em série. Ele disse que a família negou que o sargento seja alcoólatra e descreveu o casamento do militar como "fabuloso". Dos 16 civis afegãos chacinados no domingo passado, nove eram crianças.

As informações são da Associated Press.

Um helicóptero militar da Turquia caiu sobre uma casa nas proximidades da capital do Afeganistão nesta sexta-feira, matando 12 soldados turcos que estavam a bordo da aeronave, e duas meninas que estavam em solo.

O helicóptero, um Sikorsky, estava em missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) quando caiu perto de Cabul, informou o Exército turco em comunicado. "Doze de nossos militares que estavam a bordo morreram", diz o documento.

##RECOMENDA##

Não havia atividade inimiga na região na hora do acidente, informou a Otan.

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que o helicóptero era um dos dois que decolaram nesta sexta-feira. "Infelizmente, o que ia na frente caiu por uma razão ainda desconhecida, declarou ele. Segundo o premiê, havia oficiais e sargentos na aeronave.

O ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, disse aos jornalista que o helicóptero caiu quando tentava fazer um pouso de emergência e que o piloto tentou não atingir as casas. "Foi um grave acidente. Nossa dor é profunda", disse ele.

A queda abriu vários buracos na casa atingida, que tem dois andares. Partes da construção ficaram chamuscadas pelo fogo e pedaços do helicóptero estavam espalhados pela área.

O Ministério do Interior afegão informou que as duas pessoas que morreram em solo eram duas meninas. Uma mulher e um outro civil ficaram feridos.

A aeronave caiu na área de Hassian Khail, distrito de the Bagrami, que fica na província de Cabul. O acidente foi o mais sério envolvendo forças da Otan no Afeganistão deste agosto, quando 30 soldados americanos morreram quando um helicóptero Chinook foi aparentemente abatido na província de Wardak, região central do país.

A Turquia tem cerca de 1.800 militares no Afeganistão e lidera as operações da Otan na província de Cabul. As informações são da Associated Press.

Cerca de mil afegãos foram hoje às ruas de Qalat, uma cidade ao sul do país, para protestar contra a matança em massa de 16 civis em um ataque por um soldado dos EUA, informou Hekmatullah Kochai, porta-voz regional da polícia.

Gritando slogans antiamericanos, os manifestantes ocuparam as principais vias de Qalat, na província de Zabul, vizinha à província de Kandahar, onde o assassinato em massa aconteceu no domingo.

##RECOMENDA##

O protesto ocorreu no momento em que secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, mantém conversações com o presidente afegão, Hamid Karzai, em Cabul, destinadas a acalmar os ânimos.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando