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A Comissão mista do Congresso Nacional aprovou, nessa terça-feira (19), a Medida Provisória (MP) 586, que garante apoio técnico e financeiro da União aos estados, municípios e ao Distrito Federal para a implementação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), que objetiva alfabetizar crianças brasileiras até os oito anos de idade ao final do terceiro ano do ensino fundamental. O apoio do governo financiará a formação continuada dos professores, as bolsas oferecidas aos profissionais e outras atividades voltadas ao cumprimento dos objetivos do pacto. O projeto prevê a aplicação de um exame nacional ao fim da terceira série do ensino fundamental para avaliar o desempenho dos alunos.

 Com investimento de cerca de R$ 3 bilhões, o pacto é uma articulação inédita com todos os secretários estaduais de educação e mais 5,3 mil municípios. Sua abrangência envolve aproximadamente 8 milhões de estudantes nos três primeiros anos do ensino fundamental, distribuídos em 400 mil turmas de 108 mil escolas da rede pública do país.

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O eixo principal do pacto é a oferta de cursos de formação continuada a 360 mil professores alfabetizadores, com tutoria permanente e auxílio de 18 mil orientadores de estudos, capacitados em 36 universidades públicas. O Ministério da Educação (MEC) distribuirá mais de 60 milhões de livros didáticos, além de jogos pedagógicos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2000 e 2010, a taxa de analfabetismo no Brasil, até os 8 anos de idade, caiu 28,2%, com variações entre os estados da federação, e alcançou, na média nacional, uma taxa de alfabetização de 84,8% das crianças. Entre as regiões, existe grande diferença na taxa de analfabetismo. A maior está no Norte (27,3%), seguido do Nordeste (25,4%), Centro-Oeste (9%), Sudeste (7,8%) e Sul (5,6%). O estado com a maior taxa de analfabetismo é Alagoas, 35%, e o com a menor taxa é o Paraná, com 4,9%.

Com informações do Portal MEC

Nesta terça-feira (19), o relatório da comissão mista que estuda o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa poderá receber votação, na Câmara dos Deputados. Segundo informações da Agência Câmara de Notícias, a reunião está marcada para o horário das 14h30, em Brasília.

O senador Eduardo Amorim (PSC-SE), que é relator na comissão mista, deu parecer favorável à medida. Além disso, ele também acolheu cinco das 60 emendas apresentadas ao texto por deputados e senadores.

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O intuito do Pacto é incentivar e promover a alfabetização dos estudantes com idade até os oito anos de idade, no final do 3º ano do ensino fundamental da educação pública. E, para que o objetivo seja alcançado, o Pacto pretende aumentar o investimento na formação continuada de professores desses três primeiros anos do ensino fundamental. De acordo com a agência, o Governo Federal visa liberar R$ 1,1 bilhão neste ano.  

Brasília - O ano letivo começa hoje (14) em grande parte das escolas públicas do país. Junto com as aulas, tem início também o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). Ao todo, 4.997 municípios dos 26 estados mais o Distrito Federal concluíram o processo de adesão ao pacto até dezembro de 2012, o que representa 89,8% dos municípios do país. Outros 328 aderiram parcialmente, não concluíram o processo de adesão ou não se manifestaram. Apenas oito optaram por não firmar o acordo que tem como objetivo assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.

Para que o Pnaic seja implementado, desde o anúncio do pacto, em novembro do ano passado, o Ministério da Educação (MEC) trabalha na formação de uma rede que envolve estados, municípios, universidades e escolas na capacitação, ensino e avaliação da fase que compreende o ciclo da alfabetização: 1º, 2º e 3º anos da educação básica.

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Um total de 37 universidades públicas é responsável pela formação dos orientadores de estudo que por sua vez serão responsáveis pela capacitação dos professores alfabetizadores. De acordo com o calendário proposto pelo MEC, a formação dos orientadores acontece desde dezembro do ano passado em alguns estados. Até março a primeira etapa da formação - 40 horas do total de 400 horas, 200 por ano até 2014 - será concluída e será a vez dos professores receberem as aulas - com carga horária de 120 horas por ano.

"O Pnaic é um projeto nacional firmado com todos os entes federativos. Cada um tem uma responsabilidade grande para que o processo de alfabetização seja bem sucedido. Com o plano, haverá um diálogo nacional. Ao mesmo tempo, é importante que saibamos guardar as especificidades de cada localidade e que os professores possam criam em cima do material disponível", diz Regina Aparecida Marques de Souza, coordenadora do Grupo de Estudos em Letramento em Educação da Infância e do programa na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

A UFMS programou a formação dos orientadores para o período de 4 a 8 de março. São esperados 245 professores formadores que partirão para os municípios a fim de capacitar os 5.238 professores alfabetizadores da rede pública do estado. Assim como a UFMS, outras nove universidades com as quais a Agência Brasil entrou em contato estão otimistas com o pacto.

O material para a capacitação, desenvolvido pela Universidade de Pernambuco (UFPE) com a colaboração de 11 instituições de ensino superior foi elogiado pelos coordenadores do pacto. O material, no entanto está disponível apenas na versão digital. "O material só foi liberado na versão final no início de janeiro de 2013. Muito tarde para conseguir cópias impressas para as primeiras formações", diz o coordenador-geral do Pnaic na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Jaylson Teixeira. Na universidade, a formação dos primeiros 442 orientadores vai do dia 18 ao dia 22 de fevereiro. Eles serão responsável pela formação dos docentes de 155 municípios.

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) tomou a iniciativa de complementar o material com slides e vídeos, para facilitar a absorção do conteúdo. A primeira etapa do curso de capacitação já foi realizada pela universidade do dia 28 ao dia 30 de janeiro e nos dias 5 e 6 de fevereiro, totalizando as 40 horas previstas. Para o professor e líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Alfabetização, Discurso e Aprendizagens (Geadas) da UFS, José Reicardo Carvalho, "a capacitação ainda está no início, estamos observando".

De acordo com o Censo Escolar de 2011 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no qual se baseia o planejamento do Pnaic, há cerca de 380 mil docentes lecionando do 1º ao 3º anos do ensino fundamental, que devem ser capacitados e receber um material desenvolvido para auxiliar no planejamento das aulas. Para cada grupo de 25 professores está previsto um orientador. O MEC estima que serão cerca de 18 mil orientadores.

O Pacto receberá investimento de R$ 3,3 bilhões em dois anos. Para incentivar a participação dos profissionais serão oferecidas bolsas de R$ 200 mensais para o professor alfabetizador; R$ 765 para o orientador de estudo; R$ 765 para o coordenador das ações do pacto nos estados, Distrito Federal e municípios; R$ 1.100 para o formador da instituição de ensino superior; R$ 1.200 para o supervisor da instituição de ensino superior; R$ 1.400 para o coordenador adjunto da instituição de ensino superior; e R$ 2.000 para o coordenador-geral da instituição de ensino superior.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2000 e 2010, a taxa de analfabetismo no Brasil, até os 8 anos de idade, caiu 28,2%, com variações entre os estados da federação, e alcançou, na média nacional, uma taxa de alfabetização de 84,8% das crianças. Entre as regiões, existe uma diferença na taxa de analfabetismo, a maior está no Nordeste, 25,4%, seguido do Norte, 27,3%, Centro-Oeste, 9%, Sudeste, 7,8% e Sul, 5,6%. O estado com a maior taxa de analfabetismo é Alagoas, 35%, e o com a menor é o Paraná, com 4,9%.

Com informações da Agência Brasil.

Ter uma segunda chance na vida é fundamental pra quem quer recomeçar. Pensando nisso, o juiz Enéas Rocha deu início, na Comarca de Saloá, localizada no Agreste pernambucano, à alfabetização de adultos através do Projeto de Ressocialização de Detentos da Cadeia Pública do Município. A ação, que teve início desde 2009, já beneficiou cerca de 200 detentos. O objetivo é dar ao preso a oportunidade de ser reinserido na sociedade de maneira mais confiante, após cumprir a pena.

O projeto ainda conta com aulas de música no cárcere, “Tocando em Frente”, e noções de geração de renda. As aulas acontecem no horário da manhã numa tele-sala, localizada na unidade prisional e construída pelos próprios presos. Além disso, os participantes ainda têm oportunidade de assistir palestras com profissionais da área de psicologia, além de assistência religiosa. As aulas estão previstas para retornarem no mês de maio.



A presidenta Dilma Rousseff reafirmou, hoje (27), que a educação é uma “prioridade absoluta” de seu governo. O assunto tem sido tema frequente de seus discursos e, segundo ela, dá sentido a outras medidas tomadas pelo governo, inclusive as econômicas.

“O Brasil não terá crescimento sustentável se não investir em educação, e muito. Da creche à pós-graduação”, disse a presidenta, durante café da manhã com jornalistas. “Se não colocarmos dinheiro em educação, não tem saída”, afirma.

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Segundo Dilma, a educação é o único fator que pode unir “os dois mundos” que existem no Brasil: o da extrema pobreza e o a da ciência, tecnologia e inovação. “É a educação que une esses dois mundos. Para os adultos, o emprego tira da pobreza, mas criança só sai da pobreza com educação”, comparou. “Não tem ciência e tecnologia num país que não tem massa crítica”, acrescentou.

A presidenta defendeu programas de alfabetização na idade certa e escolas em tempo integral. “Mas não só com esporte e artes. Escola integral com mais português, com mais matemática, com língua estrangeira”, listou.





Um investimento de R$ 2,7 bilhões até 2014 na formação dos professores de classes de alfabetização em escolas públicas. Essa é a quantia que o Governo Federal deverá disponibilizar, de acordo com informações do Ministério da Educação (MEC) divulgadas nessa segunda-feira (12). Além disso, o poder público deverá conceder bolsas para cursos de formação a 360 mil alfabetizadores.

De acordo com o MEC, o montante servirá para a compra de livros didáticos e de literatura, bem como para o aprendizado de crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental. Essas ações integram o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), do governo brasileiro.

O Centro de Estudos em Educação e Linguagem (Ceel), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), está com inscrições abertas pera seleção de profissionais para compor a equipe de formadores do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, do Governo Federal. Segundo informações da UFPE, as inscrições podem ser feitas até esta terça-feira (13), no horário das 9h às 18h, na sala do Ceel, que fica localizada no primeiro andar do Centro de Educação, na própria UFPE.

Carta com solicitação de inscrição e justificativa acerca do interesse de participar do programa (com nome completo, email, telefone e endereço), currículo comprovado, cópia do RG e CPF são os documentos exigidos para a seleção. Ao todo, estão disponíveis 36 vagas.

A UFPE também destaca que os concorrentes devem ter experiência na área de formação de professores alfabetizadores, bem como em atuação como formador de professores alfabetizados, entre outras exigências. Mais informações sobre a seleção podem ser encontradas no edital de inscrições ou pelo telefone (81) 2126-8921. A UFPE fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, Recife.

O lançamento oficial do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, em Brasília, foi visto como um compromisso importante firmado pelo governo federal com os Estados e municípios para a melhoria da educação, mas a idade estipulada na meta de alfabetização e o acompanhamento dos resultados são pontos criticados por especialistas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo.

"O mote de alfabetizar aos 8 anos, ao final do 3.º ano do ensino fundamental, é péssimo. Foi uma escolha política confortável para o Ministério da Educação (MEC)", afirma a consultora educacional Ilona Becskeházy.

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Segundo Ilona, a leitura de textos simples e a compreensão de um ditado, por exemplo, poderiam se dar aos 5 ou 6 anos, como ocorre na maioria das escolas privadas. "A criança tem capacidade para se alfabetizar aos 6 anos. Estamos sendo pouco ambiciosos", comenta.

Para o acompanhamento dos resultados do pacto, o MEC vai aplicar duas avaliações: a Provinha Brasil - ao final do 2.º ano do ensino fundamental -, e outra ao final do 3.º ano. Essas iniciativas podem causar certo "estresse" nas escolas, na opinião da professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) Silvia Gasparian Colello.

"A gente não pode cair na loucura frenética de avaliar de forma demasiada. Hoje, as avaliações acabam se sobrepondo umas às outras, as federais, as estaduais, as municipais e as da própria escola. Precisamos racionalizar as práticas de acompanhamento dos resultados."

Segundo o pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Testa, além de atrasado, o pacto deveria ser trabalhado como uma política de Estado - e não de governo. "Minha preocupação é que esse pacto saia da agenda rapidamente, como ocorreu com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), e não se perpetue como uma política de Estado", afirma.

Segundo Testa, o quadro de melhoria da educação básica, nos primeiros anos do ensino fundamental, só irá se concretizar depois que as famílias brasileiras passarem a participar mais da vida escolar. "Soluções pontuais para problemas estruturais não são capazes de mudar a realidade da educação básica. Os pais têm de participar mais e os governos, investir na educação infantil", comenta.

Pé no chão

Membro do Conselho Nacional de Educação, Mozart Neves Ramos diz que o programa pode ser visto como um "pacto pé no chão". De acordo com ele, pelas diferenças regionais dos mais de 5 mil municípios brasileiros que já aderiram ao pacto, o MEC acertou em um projeto "cauteloso e real".

"O querer não é poder. Temos um País com realidades muito díspares. Mas é claro que Estados como o Rio e o Ceará, que já têm programas de alfabetização avançados, podem reduzir essa meta", avalia. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O governo federal vai investir R$ 2,7 bilhões nos próximos dois anos em ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (8), no Palácio do Planalto, em Brasília.

O objetivo é de que cerca de oito milhões de crianças com até oito anos de idade saibam ler, escrever, interpretar textos e resolver operações matemáticas básicas ao final do 3º ano do ensino fundamental. A ação unirá esforços com todos os 26 estados e o Distrito Federal e as prefeituras municipais. De acordo com o Ministério da Educação, 5.270 cidades já se comprometeram com o pacto.

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"Queremos que essas crianças tenham o domínio da língua portuguesa e da matemática, porque sem essas ferramentas elas dificilmente terão êxito na escola e no mercado de trabalho", frisou o ministro da Educação, Aloízio Mercadante. Segundo ele, atualmente a média de crianças nessa idade que não são alfabetizadas chega a 15,2%. No Nordeste, o percentual é de 25,4%, uma melhoria considerável se comparado aos 39,8% de dez atrás. Em Pernambuco, 23,9% dos pequeninos não são alfabetizados. Já em Alagoas são 35% e no Maranhão, 34%.

Para diminuir esses números, o foco do programa é a capacitação dos professores alfabetizadores já a partir de janeiro de 2013. Em todo o País, 360 mil docentes passarão por uma formação continuada e farão cursos de dois anos com ênfase em linguagem e matemática. Eles receberão uma bolsa de estudos do governo federal e serão orientados por 18 mil tutores em 34 universidades federais.

O projeto também prevê a realização de avaliações anuais para o 2º e o 3º ano do ensino fundamental, para acompanhar como está o processo de aprendizagem dos estudantes.

O programa também contará com a distribuição de 26,5 milhões de livros didáticos para as escolas de ensino regular e campo, de 4,6 milhões de dicionários, de 10,7 milhões de obras de literatura, de 17,3 milhões de livros paradidáticos, além da construção de uma biblioteca em cada sala de alfabetização para incentivar a vivência dos alunos entre os livros.

As melhores experiências serão premiadas pelo governo federal. Em 2013, as escolas e professores com os melhores desempenhos receberão R$ 500 milhões. "Nós queremos premiar o que está dando certo e reconhecer o esforço de escolas e professores comprometidos com a alfabetização. O objetivo disso tudo é evitar que as crianças cheguem a 5ª série sem dominar a leitura e as operações matemáticas simples", salientou a presidente Dilma Rousseff, que considerou ainda que o plano tem caráter de urgência para garantir igualdade de oportunidades. "Hoje, 15% das crianças com até oito anos não são alfabetizadas. Nós não podemos ficar insensíveis diante dessa situação", destacou.

PNE – Durante o lançamento do plano, o ministro Aloizio Mercadante defendeu o uso de 100% dos royalties do petróleo para a educação. “A Câmara aprovou por unanimidade o Plano Nacional da Educação, que estabelece que em dez anos nós teremos que dobrar os investimentos em educação. Até o momento não temos uma fonte nova de recursos para cumprir essa meta. A ideia da presidente é de que essa nova renda seja usada para isso”, explicou.

Ele também considerou que esse é melhor a ser feito com esses recursos. “O petróleo é uma riqueza não-renovável que não estará disponível para as futuras gerações. Então, o melhor legado que podemos deixar é um País plenamente educado, com professores bem pagos e escolas de primeira qualidade”, conclui. Mercadante também cobrou o Senado para provar essa matéria.

A presidente Dilma Rousseff lança nesta quinta-feira o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que visa alfabetizar crianças de até 8 anos. Com isso, espera-se cumprir a quinta meta do Plano Nacional de Educação (PNE), segundo a qual meninos e meninas nessa faixa etária devem ser capazes de ler e escrever com autonomia até 2020. Hoje, 15,2% da população com esse perfil ainda precisa ser alfabetizada.

Espera-se a participação de 5,3 mil municípios, que receberão recursos e apoio técnico do Ministério da Educação (MEC) a partir da adesão. O pacto prevê alfabetização e matemática, a realização de avaliações anuais - o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) aplicará a prova ao final do 3.º ano do ensino fundamental - e o apoio gerencial aos entes federados que aderirem ao programa.

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O MEC prevê um conjunto integrado de programas, materiais e referências curriculares e pedagógicas. O eixo principal é investir na formação dos alfabetizadores, por meio de bolsas a serem concedidas aos orientadores de estudo e docentes, além de utilizar programas como o Nacional do Livro Didático (PNLD) e o Nacional Biblioteca na Escola (PNBE).

O MEC não adiantou como está a implementação do programa. Na segunda-feira (05), o ministro Aloizio Mercadante disse que a alfabetização na idade certa será "a prioridade das prioridades". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Com quantos anos uma criança precisa saber ler e escrever? O Ministério da Educação lançará, no mês que vem, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que estabelece que todos devem estar alfabetizados ao fim do 3º ano do ensino fundamental, aos 8 anos de idade. É o que prevê, também, a meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso.

No País todo, 5.182 municípios (93,2% do total) aderiram ao pacto e receberão material didático e cursos de formação docente. Uma notícia a ser comemorada? Em parte, afirmam os especialistas. O compromisso com a alfabetização é importante e é preciso, de fato, que o País se responsabilize por isso. A questão a ser discutida, questionam, é a idade estipulada para que esse processo se concretize.

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"Oito anos é muito tarde. O País já paga muito caro pelo histórico de falta de atenção à educação. Então, se a ideia é mudar isso, temos de centrar esforços e apostar em metas mais ousadas", afirma Izolda Cela de Arruda Coelho, secretária de Educação do Ceará.

Por lá, os avanços dos anos iniciais fizeram o Estado referência em alfabetização. O programa do MEC, inclusive, foi inspirado no que é desenvolvido pela rede cearense desde 2007. "Recebemos a visita do ministério, porque pediram nossa participação. Minha discordância manifesta é em relação à idade", completa Izolda.

Pode parecer detalhe, mas, nesse caso, um ano a mais faz diferença no direito dessa criança de se apropriar das coisas à sua volta, afirma o neurocientista Ivan Izquierdo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. "Prejuízo intelectual não causa, porque sempre se pode alfabetizar depois. Mas a criança perde espaço para participar do mundo."

Para ele, essa alfabetização tardia é uma questão cultural e mudar esse paradigma exige que as políticas públicas considerem, além do olhar dos pedagogos, a visão de outros cientistas. "Não dá para trabalhar isolado. O cérebro é uma questão da neurociência. Aos 3 anos, a criança já tem condições de dominar e usar a linguagem. Aos 6, já pode estar alfabetizado."

O presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Araujo e Oliveira, explica que 6 anos é a idade em que se alfabetiza na maior parte dos países que têm um idioma com complexidade parecida à da língua portuguesa, considerada semitransparente, isto é, que tem razoável correspondência entre grafema e fonema.

Há línguas transparentes em que a correspondência é mais regular - como o italiano e o finlandês - e idiomas opacos, nos quais há muitas irregularidades entre a forma que se fala e a maneira que se escreve, como o inglês. Nesses idiomas, o processo seria mais demorado.

"Considerando que a escolarização tem começado aos 4 anos, não dá para conceber que se leve outros quatro para que essa criança leia e escreva", diz Araujo e Oliveira.

A prova da possibilidade dessa alfabetização, resume a consultora educacional Ilona Becskeházy, são as escolas privadas. "Se o aluno do colégio particular aprende a ler e a escrever no primeiro ano, por que a expectativa para quem depende da rede pública é maior?"

Ponderações

Apesar da capacidade neurológica das crianças, trabalhar com idade limite inferior aos 8 anos é utopia, pondera Priscila Fonseca da Cruz, diretora executiva da ONG Todos pela Educação. "Uma meta precisa ser desafiadora, mas factível. É claro que há muitos que lerão aos 6 e aos 7 anos, mas se conseguirmos uma régua que garanta que ninguém chegue aos 9 analfabeto, já é um bom início."

Ela lembra que a Prova ABC - aplicada a cerca de 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e particulares de todas as capitais do País - mostrou que só metade dos estudantes estava plenamente alfabetizada aos 8 anos. É preciso, ainda, considerar que pelo menos 20% das crianças brasileiras também não têm acesso à educação infantil e chegam menos prontas ao ensino fundamental. "Infelizmente o Brasil é desigual e o princípio da razoabilidade precisa estar presente", acrescenta Priscila.

O secretário de Educação Básica do MEC, Cesar Callegari, também contesta a visão de que se deveria baixar para os 6 anos a idade de alfabetização. "O que estamos propondo não se trata, de forma alguma, de esticar um prazo. Nossas crianças vêm de várias origens e a escola procura minimizar essa desigualdade", diz.

Durante o ciclo de aprendizagem, que engloba os três primeiros anos escolares, alguns alunos se desenvolverão antes que outros. "Só devemos assegurar que todos, sem exceção, terminem essa fase alfabetizados. Isso não é afrouxar o trabalho, é respeitar que as crianças têm ritmos de desenvolvimento diferentes." Callegari acrescenta: "O que vamos medir ao fim dos 8 anos não é a pura decodificação e a leitura automática. É algo mais complexo que, até mesmo nas escolas particulares, se consegue apenas nessa idade." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Na intenção de desenvolver o aprendizado da leitura e escrita para crianças, será realizado o 16° Encontro de Educação para o Nordeste – Edune. A ideia do evento é ajudar professores e educadores do ensino infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental, mostrando as possibilidades de inserir jogos numa rotina alfabetizadora.

O evento ocorrerá do dia 3 a 5 de julho, na Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), que fica localizada na avenida Conde da Boa Vista, no Recife. As inscrições podem ser feitas por meio da página virtual da faculdade, e no endereço podem ser encontrada mais informações sobre o evento.  

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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou, na última segunda-feira (19), que pretende mudar a Provinha Brasil para permitir que ela seja um “termômetro” do nível de alfabetização das crianças no país. O exame é aplicado desde 2008 a alunos do 2° ano do ensino fundamental e servia como ferramenta de uso exclusivo do professor, para que ele tivesse um diagnóstico de sua turma. Com a mudança de finalidade, especialistas apontam que o processo precisa ser feito com cuidado para que as crianças de 8 anos, público-alvo da avaliação, não sofram pressão diante da expectativa de escolas e redes de ensino pelo resultado.

“A alfabetização é um processo complexo que envolve vários fatores, inclusive a questão familiar. As pesquisas apontam que o nível de escolarização dos pais é determinante no processo de alfabetização. Determinar uma idade certa para que a criança esteja alfabetizada, aos 7 ou 8 anos, é passar para ela uma responsabilidade que ela não tem condições de cumprir”, acredita o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.

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A professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Stella Bortoni defende que os resultados sejam utilizados para apoiar as escolas que apresentem baixos índices de alfabetização. “Para levar um curso de educação continuada para que os alfabetizadores tenham a oportunidade de se capacitar melhor, por exemplo, é uma boa medida. A prova precisa resultar em políticas que visem socorrer aquelas escolas ou sistemas cujos resultados estejam ruins”, aponta.

A pesquisadora, especialista em alfabetização e letramento, avalia que os cursos de formação de professor não dedicam esforço suficiente para preparar os futuros alfabetizadores. “Alfabetizar não é um bicho de sete cabeças, mas é preciso formar bons alfabetizadores que saibam o que estão fazendo”, diz. Ela defende que a Provinha Brasil é um bom instrumento de avaliação e pode dar o feedback que o sistema precisa para desencadear medidas de apoio.

Daniel Cara aponta que a pergunta central deve ser “qual é objetivo da avaliação?”. “Se for para pressionar as redes e as crianças a serem alfabetizadas na idade certa, não serve. Mas se for na perspectiva de criar um pensamento de porque essas crianças não conseguem se alfabetizar, quais são as dificuldades que elas têm, sim”, diz.

A julgar pelo uso que é feito dos resultados de outras avaliações educacionais aplicadas pelo MEC, Cara defende que a mudança na Provinha Brasil poderá resultar em uma “pressão equivocada sobre as crianças” em vez de colaborar para processo de aprendizagem.

Para a presidente da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, a mudança do perfil da Provinha Brasil pode ter efeitos positivos “As avaliações organizam os processos, se a redes souberem trabalhar e entender que são crianças de 8 anos [participando do exame], nós vamos ter mais tempo para fazer um trabalho coerente. Como sempre, na primeira vez, vai começar uma discussão de quem é melhor, quem é pior. Mas a avaliação serve como diagnóstico para a gente mudar essa realidade. Não temos nenhum problema com avaliação”, diz a presidente da entidade.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou em encontro com empresários em São Paulo que irá mudar o atual modelo da Provinha Brasil, para que sirva de instrumento para aferir a alfabetização de crianças até 8 anos de idade. A avaliação é aplicada desde 2008 aos alunos do 2º ano do ensino fundamental e serve como diagnóstico para o próprio professor identificar o nível de alfabetização dos estudantes. Mas, até hoje, os resultados do exame não são divulgados e o MEC não tem controle sobre esse indicador.

A nova Provinha Brasil será ponto central do programa Alfabetização na Idade Certa, que o ministério pretende lançar em breve. De acordo com o ministro, o objetivo é garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos. Para isso, será necessário estabelecer parcerias com as rede municipais de ensino, responsáveis pelas escolas de educação básica. Mercadante disse que as mudanças serão aplicadas na edição de 2013.

Iniciativa semelhante já foi feita pelo Movimento Todos pela Educação que, em 2011, aplicou a primeira edição da Prova ABC. Em caráter amostral, o exame apontou que mais de 40% dos alunos que concluíram o 3° ano do ensino fundamental não tinham a capacidade de leitura esperada para esse nível de ensino.

Há menos de duas semanas no cargo de ministro da Educação, Aloizio Mercadante chegou à conclusão de que a escola não está "interessante". Isso explicaria parte do fato de 3,8 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos estarem fora da escola, segundo dados divulgados no início da semana pela ONG Todos pela Educação.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na edição de hoje, o ministro anunciou ontem que discute o pagamento de bônus para as escolas que alfabetizarem todos os alunos até 8 anos. Essa seria sua prioridade na pasta. "É muito mais inteligente resolver na idade certa que fazer programa de recuperação depois", afirmou. Ele lembra que a meta assumida pelo governo em Dacar é chegar a 2015 com 6,7% de jovens e adultos analfabetos - o índice hoje é de 9,6%.

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O ministro também falou sobre as mudanças que o Exame Nacional do Ensino Médio sofrerá para se tornar mais seguro. Para evitar que a primeira prova do Enem sob seu comando não se transforme em nova crise, Mercadante disse que trabalha para aumentar o banco de questões da prova, atualmente com cerca de 6 mil questões - um décimo do mantido nos EUA.

Para ele, ainda há risco logístico na prova. "Precisamos de um banco com um volume grande de questões. Quando tivermos banco amplo, o risco acabará. É tanta questão a que você teria de ter acesso que o único caminho é estudar. A segunda questão são as redações. Precisamos aprimorar o critério de correção, para que tenhamos mais segurança na avaliação".

O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nessa terça-feira (24), durante cerimônia de transmissão de cargo, que vai criar um programa para garantir a alfabetização de crianças na idade apropriada. De acordo com ele, o programa incluirá materiais didático adequado, avaliação permanente e mais recursos direcionados para o que chamou de “fase crítica do aprendizado”.

“Temos que ter consciência que se uma criança não aprende a ler e a escrever até no máximo 8 anos de idade, todo processo de aprendizado futuro fica comprometido e o custo depois de você recuperar pedagogicamente esse aluno é muito, além do risco de perdermos essa criança e ela simplesmente abandonar a escola”, disse.

Mercadante também abordou, em seu discurso de posse, a questão da valorização do professor. Ele defendeu que as políticas precisam estar centradas nesse objetivo. “Não iremos a lugar nenhum sem bom professores, sem um magistério bem estruturado e motivado, desde a educação infantil até o ensino superior”, disse.

O ministro anunciou que o MEC quer criar políticas de incentivo para alocar os melhores professores nas escolas com baixo desempenho nas avaliações ou ainda aquelas localizadas na periferia dos grandes centros urbanos. Um dos mecanismos para recrutar esses professores, citado por Mercadante, é a Prova Nacional de Ingresso na Carreira Docente.

O projeto, que já está sendo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), será uma espécie de concurso nacional para professores. Os profissionais interessados participarão da prova e as redes de ensino municipais e estaduais poderão contratar esses docentes sem a necessidade de que cada uma realize seu próprio concurso. Segundo ele, a proposta será discutida com as centrais sindicais.

“Nós sempre vamos trabalhar em um regime de responsabilidade compartilhada. As adesões são sempre voluntários, mas nós temos visto que os bons programas você tem a adesão dos prefeitos e governadores. Você trabalha isso de forma suprapartidária, educação permite isso”, disse. Mercadante também citou o programa que já estava sendo preparado pelo MEC para melhorar a qualidade do ensino nas escolas do campo que deverá ser lançado em breve.

Sobre as possíveis mudanças que serão feitas na equipe do ministério, o ministro disse que irá se reunir com o atual secretariado para avaliar quais alterações serão feitas.

Espaços abertos com muito verde, lancheiras customizadas e salas de aula com paredes cheias de pinturas. Não há sinal de cartazes com letras e números, indícios de que os alunos estão em processo de alfabetização. Enquanto alguns colégios e muitas famílias brigam na Justiça para apressar o ingresso das crianças no ensino fundamental, as escolas que seguem a pedagogia Waldorf vão na contramão: defendem que elas só entrem nesta etapa aos 7 anos de idade.

O caso das escolas Waldorf chegou ao Conselho Nacional de Educação (CNE), que deve emitir um parecer específico para esses colégios, analisando a possibilidade de a criança ingressar mais "velha" nessa etapa de ensino, nas próximas reuniões. O órgão, ligado ao Ministério da Educação (MEC), é autor da resolução que estabeleceu 4 e 6 anos completos até o dia 31 de março para ingresso na pré-escola e no ensino fundamental, respectivamente.

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Na prática, Estados e municípios adotam suas próprias datas. Em meio à discussão, nesta semana, uma ação civil pública, do Ministério Público Federal no Distrito Federal, propôs o fim da resolução do CNE, com o argumento de que as redes devem ter autonomia. A 2ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco concedeu a liminar. O MEC afirma que vai recorrer da decisão.

O caso das escolas Waldorf, cuja pedagogia se baseia na ideia de que o desenvolvimento humano ocorre em períodos de sete anos, divide especialistas. "Os pais têm o direito de optar por uma escola diferenciada para os filhos", afirma Francisco Cordão, presidente da Câmara de Educação Básica do CNE e relator do parecer. "Proponho que a proposta da Waldorf seja aceita. Não é flexibilizar a regra. Flexibilizar seria se permitíssemos a matrícula com 5 anos."

A Federação das Escolas Waldorf no Brasil também protocolou uma consulta ao Conselho Estadual de Educação (CEE). Segundo Celso Lima Junior, advogado da federação, um dos objetivos é evitar que supervisores de ensino obriguem as crianças a passarem de ano. "Entramos com dois processos por conta disso em São Paulo e há casos em outros Estados." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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