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Desde o dia que começou o pagamento do auxílio emergencial, já se tornou rotineiro encontrar filas gigantescas formadas por pessoas desesperadas para conseguir sacar o dinheiro. Na Zona Norte do Recife, a agência da Caixa na Encruzilhada, na zona norte do Recife, foi uma das que mais ficou sobrecarregada.

Até a última quinta-feira (7), depois de um mês que o governo lançou o aplicativo de cadastro, 19 milhões de brasileiros continuam sem a certeza se receberão o dinheiro. Essa situação acaba fazendo com que essas pessoas procurem as agências para saber o que podem fazer. O LeiaJá foi acompanhar de perto, tomando todas os devidos cuidados necessários, a situação dessas pessoas que se arriscam em aglomerações para conseguir o auxílio.

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O Ministério Público Federal (MPF) ingressou, em conjunto com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e a Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE), com ação na Justiça Federal para obrigar a União a disponibilizar o saque do auxílio emergencial através de outros bancos. O pagamento do benefício, criado para garantir proteção ao cidadão durante a pandemia da covid-19, vem sendo feito exclusivamente pela Caixa Econômica, o que tem provocado aglomerações no entorno de agências e criando ambientes propícios para a transmissão da doença.

“As aglomerações de pessoas afrontam as medidas sanitárias de combate e prevenção impostas a nível federal, estadual e municipal”, alerta a ação assinada por dez membros das três instituições. Para eles, ao concentrar o pagamento do auxílio emergencial, sem estender a possibilidade de seu pagamento aos demais bancos oficiais, privados e até os Caixas 24h, a União “presta um serviço público ineficiente e, o que é pior, com sério comprometimento do necessário isolamento social rígido no Estado do Ceará, podendo pôr a perder todos os esforços empreendidos para a contenção do novo coronavírus”.

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Na ação, MPF, MPCE e DPCE pedem que a Justiça determine implementação, num prazo de dez dias, de solução técnica capaz de permitir o saque do auxílio através da rede disponibilizada pelos demais bancos de varejo. Para saque em instituições financeiras federais, a exemplo do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste, que seja determinado prazo menor, de cinco dias.

Além da União, o processo está sendo movido também contra a Caixa Econômica Federal e o Estado do Ceará. MPF, MPCE e DPCE pedem que o banco público e os poderes executivos adotem uma série de medidas para melhorar o atendimento nas agências e organizar o fluxo de pessoas nos arredores. Entre elas, está, por exemplo, a disponibilização de pessoal (vigilantes, empregados e colaboradores) em quantitativo adequado com o objetivo de realizar marcação de locais nas filas, assegurar a triagem no atendimento e a prestação de informações, entre outras ações.

Aplicativo – Consta também na ação pedido para implementação de melhoria no aplicativo disponibilizado pela Caixa. A ideia é que o banco disponibilize ferramenta que se utilize BI (business intelligence) indicando, com base nos dados cadastrais do solicitante do auxílio emergencial, o agente pagador ao qual o cidadão deve se dirigir, de modo a evitar a formação de aglomerações. A ferramenta poderia utilizar o endereço cadastral ou, se inexistente, a geolocalização do dispositivo eletrônico do requerente.

Já ao Estado do Ceará, a ação pede que seja determinada a elaboração de Plano de Contingência para a crise sanitária, com a inclusão da ação de policiamento ostensivo nos arredores de todas as agências das Caixa do Estado, durante o expediente bancário, de forma a proteger as pessoas que se dirigem às agências bancárias para receber valores. Outra medida proposta visa garantir o respeito às ordens de restrição e interdição das ruas próximas às agências e destinadas à formação das filas, assegurando que os bloqueios possibilitem que as marcações sejam feitas no pavimento asfáltico ou outra solução adequada, orientando a população, requisitando a intervenção e o apoio municipal, quando necessário.

Da assessoria do MPF

A agência da Caixa Econômica de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, está fechada nesta quinta-feira (7) após confirmação de casos de Covid-19 entre empregados da unidade. Na quarta-feira (6), já havia sido fechada a Caixa Caxangá, na Zona Oeste da capital. As agências da Caixa têm registrado longas filas de pessoas em busca do resgate do auxílio emergencial.

 Na agência de Casa Amarela, cinco bancários receberam diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Outros três profissionais estão com suspeita da doença. Um aviso foi colocado informando que a agência mais próxima fica localizada no bairro da Encruzilhada, também na Zona Norte.

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 A unidade passará por higienização e a reabertura deverá ser realizada com nova equipe de empregados. Até a quarta-feira, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco contabilizava 22 empregados da Caixa com Covid-19 e 24 com suspeita no estado.

O Movimento Sem Terra (MST) realizou uma ação solidária no Rio Grande do Norte, na terça-feira (5), distribuindo sopas para as pessoas que passam a noite para conseguirem atendimentos e sacarem o auxílio emergencial. 

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A ação foi registrada e publicada em uma rede social do movimento. A dificuldade no acesso às informações tem refletido em enormes filas e aglomerações nas agências da Caixa Econômica Federal, contrariando as medidas de isolamento social indicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na publicação o MST direcionou críticas ao presidente Jair Bolsonaro. “Na noite da terça, o MST realizou a distribuição solidária de sopa para as centenas de pais e mães que estão sendo humilhados pelo governo Bolsonaro, se arriscando em busca de um direito conquistado”.

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Dois servidores do Bolsa Família de Palmeira dos Índios-AL foram afastados das funções após denúncias de irregularidades. Segundo a prefeitura, as denúncias apontam desvio de conduta na liberação do Auxílio Emergencial e do benefício do Bolsa Família.

 Um relatório com os indícios de fraude chegou à prefeitura, que determinou abertura de sindicância. Os funcionários estão afastados, mas poderão ser deslocados para outras atividades até a conclusão do processo.

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Há indícios de que pessoas de outras cidades da região estavam sendo cadastradas em Palmeira dos Índios, como forma de tentar fraudar o sistema e conseguir os benefícios. Após concluída, a sindicância seguirá para o Ministério Público Estadual.

 

As várias aglomerações nas filas da Caixa Econômica Federal, causadas principalmente pelas dúvidas e dificuldades no pagamento do auxílio emergencial, terão um apoio para diminuição do problema. Nesta segunda-feira (4), o governador Paulo Câmara anunciou que 26 escolas da rede estadual e o Centro de Convenções vão ajudar com Centros de Informação. 

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A ideia é fazer com que as pessoas tirem suas dúvidas em locais apropriados e de acordo com as normas de distanciamento social. Durante repetidas vezes a SES-PE criticou as filas que atrapalham o combate ao Covid-19. 

“Nós enviamos um ofício para a Caixa e a Federação Brasileira de Bancos,  com a sugestão de que os saques do auxílio emergencial possam ser realizados em outras agências bancárias de outros bancos públicos ou privados. Assim, vamos contribuir para diminuir as filas que hoje se concentram nas agências da Caixa Econômica”, disse o governador Paulo Câmara.

 

A partir desta segunda-feira (4) a Caixa vai antecipar em duas horas a abertura de todas as agências do país. Com a mudança - pensada para agilizar o atendimento e evitar grandes filas e aglomeração de pessoas aptas a receber o auxílio emergencial de R$ 600 - as unidades passarão a funcionar de 8h às 14h. Desde 22 de abril, 1.102 agências já vinham funcionando nesse horário.

O banco também anunciou, a partir desta segunda-feira, um reforço no número de vigilantes nas agências. Serão mais 2.800 que vão se juntar aos 2 mil que já estavam atuando. Além deles, outras 389 recepcionistas vão reforçar orientação e atendimento ao público.

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Sábado

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, as filas nas agências do banco ocorrem porque os beneficiários do Bolsa-Família e os informais sem conta demandam atendimento pessoal. No próximo sábado (9) 1,4 mil agências vão abrir para realização do saque do auxílio emergencial, serão 498 a mais que nesse sábado (2), quando 902 atenderam a população.

Segunda parcela

Para que se evite filas, o pagamento da segunda parcela do benefício, deste mês, será reformulado e divulgado após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro ainda essa semana. Antes disso uma proposta de datas será discutida com os ministros da Economia, Paulo Guedes e da Cidadania, Onyx Lorenzoni.

Canais Digitais

A prioridade ainda é manter o atendimento digital, por meio do cadastramento por app, site e a movimentação do benefício pelo “Caixa Tem” .A Caixa ressalta a importância de que só devem ir pessoalmente às agências os usuários que precisam realizar serviços essenciais ou os beneficiários que receberam o auxílio na Poupança Social Digital e querem receber o benefício em dinheiro.

O banco orienta que aqueles que receberam o crédito por meio da “Poupança Digital Caixa” devem pagar boletos e contas de água, luz, telefone, entre outras, bem como fazer transferências para outros bancos por meio do aplicativo.

É importante esclarecer que os beneficiários do Auxílio Emergencial que receberam o crédito em poupança da CAIXA podem movimentar o valor digitalmente pelo Internet Banking ou mesmo utilizando o cartão de débito em suas compras. Os beneficiários do Bolsa Família aptos para o auxílio recebem o crédito no mesmo calendário e na mesma forma do benefício regular, por meio do cartão Bolsa Família nos canais de autoatendimento, lotéricas e correspondentes “Caixa Aqui”; ou por crédito na conta “Caixa Fácil”.

Para quem busca informações sobre o cadastro, os canais são o site auxilio.caixa.gov.br, o app Caixa | Auxílio Emergencial e a central telefônica exclusiva 111.

Histórico

Desde o dia 9 de abril, quando teve início o pagamento, 50 milhões de brasileiros já receberam o crédito do benefício, ou seja, um em cada três brasileiros adultos. Ao todo, mais de R$ 35 bilhões já foram creditados.

Segundo a Caixa, até 18h ontem (2), 50,2 milhões de cidadãos se cadastraram para solicitar o benefício. O site auxilio.caixa.gov.br superou a marca de 606 milhões de visitas e a central exclusiva 111 registra mais de 115 milhões de ligações. O aplicativo Auxílio Emergencial Caixa já registrou 74,3 milhões de downloads e o aplicativo Caixa Tem, para movimentação da poupança digital, ultrapassou 77 milhões de downloads.

Em um ofício encaminhado nesse sábado (2) ao presidente da Caixa Econômica Federal - CEF, Pedro Duarte Guimarães, o Governo de Pernambuco colocou à disposição da instituição a estrutura do Centro de Convenções e as escolas  públicas de ensino da Região Metropolitana para serem utilizadas como locais de orientação sobre o auxílio emergencial. O governador Paulo Câmara gravou um pronunciamento e solicitou que o Ministério da Saúde apoie as medidas para aumentar o isolamento social no Grande Recife.

No mesmo documento, Paulo Câmara solicita que a CEF abra negociações com outros bancos para que o pagamento do auxílio emergencial seja feito também por outras instituições bancárias. Um ofício com as mesmas solicitações foi enviado à Federação Brasileira de Bancos – Febraban. O governador se prontificou a disponibilizar o aparato policial do Estado para garantir a segurança nesses locais.

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Em um documento encaminhado ao Ministério da Saúde, o governador de Pernambuco solicitou apoio para implantação de medidas mais vigorosas e o reconhecimento público da necessidade do endurecimento do distanciamento social na Região Metropolitana do Recife. Essa área concentra 90% dos casos confirmados de Covid-19 no Estado.

“Chegamos a um ponto extremamente crítico. Nosso sistema de saúde está sobrecarregado e não há outra alternativa a não ser reforçarmos de forma vigorosa o distanciamento social”, destacou Paulo Câmara.

Da assessoria

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que neste sábado (2) foram abertas 902 agências do banco e mais devem funcionar no próximo sábado (9) para pagar o auxílio emergencial. "Devemos abrir ao redor de 1.200, 1.400 agências", disse em entrevista coletiva pela internet neste sábado.

Ao todo, 2 milhões de pessoas sacaram o benefício hoje nas agências, incluindo pelo aplicativo e nos caixas. Guimarães contou que o pagamento pelo aplicativo Caixa Tem foi seis vezes maior neste sábado que no pagamento anterior do benefício, na última terça-feira. O aplicativo Caixa Tem já teve 77,2 milhões de downloads. Hoje, só pelo Caixa Tem, 900 mil pessoas sacaram o benefício.

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De fluxo nas agências, foram 2,5 milhões de pessoas, contou o presidente. Guimarães disse que, "após o sucesso de hoje", a expectativa é de diminuição das filas pela frente. Para quem não tem conta no banco, ele disse que a Caixa recebeu cadastro digital. "Esperamos que as filas sejam mais rápidas."

Até 3 de julho, as pessoas podem se cadastrar para receber o auxílio. Perguntado sobre novos pagamentos, Guimarães disse que espera pagar ao menos mais 10 milhões de pessoas. Quem teve o benefício recusado pode se recadastrar novamente, disse ele.

Na entrevista, Guimarães pediu que só vá às agências da Caixa quem tiver data de recebimento relacionado a mês de nascimento.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse neste sábado (2) que este dia foi "intenso" nas agências do banco pelo País para o pagamento de auxílio emergencial. Foram pagos hoje mais de um milhão de pessoas pelo aplicativo do banco.

Em balanço apresentado por Guimarães hoje pela internet, ele contou que o banco já disponibilizou R$ 35,5 bilhões em auxílio emergencial até este sábado, distribuídos por pessoas no Bolsa Família, cadastro único e aplicativo/portal do banco.

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Guimarães contou que, neste sábado, as filas davam voltas no quarteirão em frente às agências do banco pelo País, mas hoje o banco público conseguiu resolver rapidamente esta questão. Ele contou que visitou agências em Goiás e no começo da tarde já não havia mais filas nas agências.

"Estamos fazendo cadastramentos nas filas para diminuir tempo das pessoas nas agências", disse o presidente, contando que muitas pessoas carentes precisaram de ajuda para entender o aplicativo. Todas as agências da Caixa serão abertas às 8 horas na segunda-feira (4), disse ele.

"Pagamos mais de um milhão de pessoas hoje pelo aplicativo", disse. Além disso, um milhão de pessoas sacaram seus auxílios nos ATMs do banco e lotéricas.

Para receber o auxílio emergencial, a Caixa já teve 50,2 milhões de cadastrados até hoje. O aplicativo do auxílio já teve 74,3 milhões de downloads. Segundo Guimarães, é o aplicativo mais baixado no mundo.

A Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, adaptou uma de suas maquininhas para aceitar pagamentos com o cartão de débito virtual do auxílio emergencial, que está sendo pago pela Caixa Econômica Federal. O Carrefour Brasil será o primeiro varejista a oferecer a solução, que estará disponível em 480 pontos de venda a partir da próxima semana.

A novidade pode ajudar a diminuir as longas filas que têm se formado nas agências da Caixa por conta do pagamento do auxílio emergencial, no valor mensal de R$ 600. Dos mais de 50 milhões de brasileiros aprovados e que já estão recebendo a primeira parcela do benefício - serão ao menos três meses, 80% foram até o banco sacar os recursos. Somente 20% fizeram transferências eletrônicas ou pagamentos em compras virtuais.

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O problema é que boa parte das pessoas que estão recebendo o benefício não tem conta em banco. Para viabilizar o acesso aos recursos, a Caixa desenvolveu contas poupanças digitais, uma espécie de carteira virtual, e tem creditado o pagamento nelas. Como não há um cartão físico para efetuar o pagamento de compras, para essas pessoas, a única alternativa é ir até uma agência. "A solução reduz a necessidade de os beneficiários enfrentarem longas filas para sacar os recursos nos bancos, diminuindo riscos de contaminação", afirma o presidente da Cielo, Paulo Caffarelli.

O pagamento de compras com o auxílio emergencial será feito em uma espécie de maquininha inteligente, a LIO. Lançada há alguns anos, ainda é pouco utilizada no varejo brasileiro. A Cielo tem cerca de 100 mil terminais inteligentes frente a um total de maquininhas de cerca de 1,5 milhão espalhados pelo Brasil.

Para adaptar a LIO, a Cielo desenvolveu um aplicativo que viabiliza a transação. Por meio dele, os vendedores inserem os dados do cartão de débito virtual da Caixa na maquininha tais como número, validade e código de segurança, e o pagamento é concluído em segundos. "Os brasileiros poderão usar o saldo do cartão diretamente em compras nos estabelecimentos comerciais", explica o presidente da Cielo.

A Cielo negocia a oferta das maquininhas para a captura de transações com o pagamento com recursos do auxílio emergencial em outras redes de varejo. Há conversas adiantadas para uma parceria com uma rede de drogarias. A companhia não abre, contudo, o nome de futuros parceiros.

Como usar

No Carrefour, primeiro a oferecer a maquininha no varejo, a solução da Cielo estará disponível a partir da próxima quarta-feira, dia 6, em seus hipermercados e supermercados. Em lojas de conveniência, drogarias e postos de combustíveis, chega na sexta-feira, dia 8.

O presidente do Carrefour Varejo no Brasil, Luis Moreno, diz que esta é mais uma iniciativa da companhia para atender à população em meio à pandemia e viabilizar o acesso a alimentos e itens essenciais. O grupo varejista adaptou um plano de emergência para reduzir riscos de contágio em sua rede, que é a maior do País, conforme o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Além disso, o Carrefour Brasil contratou 5 mil funcionários para reforçar as equipes durante a pandemia e congelou o preço de 200 itens de sua marca própria por ao menos dois meses. "Estamos comprometidos a atender aos consumidores com toda a segurança e nossas lojas estão preparadas com rígidos protocolos de higiene", diz Moreno.

O PT ajuizou nesta sexta-feira uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o "fim das exigências burocráticas" e o pagamento imediato do auxílio-emergencial aos cidadãos que ainda não tiveram cadastro analisado definitivamente.

Na ação obtida pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o partido pede que seja suspensa a necessidade de comprovar regularidade do CPF junto à Receita Federal e indicação dos CPFs dos dependentes do beneficiário, permitindo o uso de qualquer documento oficial, como certidões de nascimento e de casamento. "Não se ignora a necessidade de parâmetros para a concessão do auxílio, bem como de sua fiscalização, sob pena de desvirtuamento da política pública e, ao fim, não promover uma distribuição de renda pautada na justiça social", ressalva a ação. Contudo, o PT afirma que os requisitos não podem servir de entrave "em momento de excepcional grave crise sanitária".

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O partido também solicita que os valores não retornem à União caso o beneficiário não saque os recursos no prazo de 90 dias, considerado insuficiente em meio à pandemia. A ação afirma que "as pessoas estão necessitadas de tal assistência, sob pena de serem postas em condição de miserabilidade", e que essas medidas "dificultam o acesso ou mesmo limitam o tempo para a utilização do auxílio".

A ADI também solicita que o governo tome ações para evitar aglomerações nas agências bancárias, incluindo aumento do número de postos de atendimento e inclusão de todas as instituições credenciadas pelo governo, como o Banco do Brasil. Outra solicitação é o fornecimento de itens de proteção, como máscaras e álcool em gel, para quem estiver nas filas.

Quase 97 milhões de brasileiros fizeram o cadastro para receber o auxílio emergencial de R$ 600 até agora. De acordo com a Caixa, 50,1 milhões foram aprovados e estão recebendo a primeira parcela. Mas, o total de cadastros chega a 96,9 milhões.

"Estamos reenviando respostas para pessoas que tinham cadastro inconclusivo ou negativo. Peço que chequem os aplicativos. Muitas já receberam e estão indo às agências", afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

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De acordo com o presidente, 80% dos beneficiários foram até a agência sacar e apenas 20% fizeram transferência ou pagamentos digitais.

O presidente da instituição disse que está conversando com prefeituras e pediu apoio para organizar áreas externas das agências. A Caixa se ofereceu para distribuir máscaras para a população em suas agências.

Depois de beneficiários dormirem nas portas de agências da Caixa, o presidente da instituição, Pedro Guimarães, disse que o calendário de pagamento da segunda parcela do benefício emergencial, em maio, será reformulado para evitar filas. O novo calendário ainda será discutido com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e apresentado ao presidente Jair Bolsonaro antes de ser divulgado.

Em coletiva online nesta sexta-feira, Guimarães disse que a ideia é evitar sobreposição entre o pagamento do Bolsa Família e do auxílio emergencial para reduzir a demanda. Ele disse que, nesta semana, houve pagamento concomitante do programa e do auxílio emergencial, tanto via contas digitais quanto para saque em espécie.

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"Não há condição de misturar pagamento do Bolsa Família com o das contas digitais. Vamos minimizar filas no segundo pagamento do auxílio emergencial", afirmou. "Estamos fazendo o maior pagamento do Brasil e talvez do mundo neste momento. Cinquenta milhões de brasileiros receberam recursos nos últimos 20 dias".

Como mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira, beneficiários chegaram a dormir na porta de agências da periferia de São Paulo e filas se repetiram por todo o Brasil nos últimos dias. Com o início do pagamento do benefício, as portas das agências da Caixa viraram local de peregrinação de um exército de brasileiros que viu a pouca renda que tinha sumir com a pandemia. "Sabemos que houve aglomeração grande nesta semana, estamos agindo para resolver. Não há possibilidade de pagar 50 milhões de pessoas em três semanas sem fila, não vou prometer", afirmou.

Ele frisou que o calendário do Bolsa Família não mudará e o benefício continuará sendo pago nos últimos dez dias do mês. Guimarães disse que a demanda nas agências tem sido enorme e que a maioria das pessoas vai para a agência pedir informação, e não para sacar o auxílio. "O próximo calendário levará em conta tudo o que está acontecendo agora. Entendemos a necessidade e o desespero das pessoas por esses recursos", garantiu. Segundo Guimarães, um dos focos de melhoria será o aplicativo do auxílio emergencial.

A Polícia Federal anunciou a prisão em flagrante de uma dupla de estelionatários que tentavam realizar saques indevidos com cartões do Bolsa Família. Segundo a PF, a dupla teria teria retirado com sucesso cerca de R$ 96 mil de contas que receberam parcelas do auxílio emergencial. O crédito é fornecido pelo governo para a população de baixa renda como forma de minimizar danos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus.

Os homens portavam 108 cartões do programa Bolsa Família de diversas titularidades. Para os beneficiários do programa, as parcelas do auxílio emergencial são automáticas, sem necessidade de cadastros adicionais.

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O crime aconteceu na cidade de São Luís (MA), na madrugada desta quinta-feira (30), na agência da Caixa Econômica Federal localizada na praça João Lisboa, no centro.

A Polícia Federal do Maranhão prendeu duas pessoas na madrugada dessa quinta (30) por saque indevido de R$ 96 mil, valor correspondente ao Auxílio Emergencial pago pelo governo a beneficiários de São Luiz devido à pandemia do novo coronavírus.

A dupla portava 108 cartões do Bolsa Família emitidos em nome de diversas pessoas e vários extratos bancários no momento da prisão. Ao serem questionados, confirmaram os saques em agência da Caixa Econômica Federal no centro de São Luiz. Os dois indivíduos foram presos e indiciados pelo crime de estelionato.

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Na madrugada fria da periferia de São Paulo, um grupo de pessoas enfrenta pacientemente uma prova de resistência que, para alguns deles, vai durar até 16 horas. Em frente a uma agência da Caixa Econômica Federal, o sacrifício é pelo auxílio emergencial de R$ 600 a R$ 1.200, concedido a brasileiros de baixa renda que ficaram sem sustento após a crise desencadeada pelo novo coronavírus.

A dona de casa Alexandra da Rocha, de 43 anos, virou lenda ali. Ao tentar ser atendida pela Caixa no dia anterior e ouvir do funcionário que ela tinha chegado tarde demais, não pensou duas vezes: voltou às 18h, improvisou uma cama apoiada nas portas de vidro do prédio e decidiu que só sairia dali no dia seguinte com seu dinheiro.

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"A gente evita se queixar, mas não dá para entender o tamanho dessa fila. Se eles têm os dados de todo mundo, se as pessoas já sabem o nosso CPF e a gente já foi aprovado para receber o auxílio, como é que eles não conseguem pagar? O que nós fizemos de errado?"

A fila da agência da Caixa no Grajaú, zona sul de São Paulo, se repetiu por todo o Brasil nos últimos dias. Com o início do pagamento do benefício, as portas das agências da Caixa viraram local de peregrinação de um exército de brasileiros que viu a pouca renda que tinha sumir com a pandemia.

O objetivo, em geral, é conseguir driblar as burocracias que foram impostas para receber o benefício. A noite de sono de muitos deles tem sido trocada pela ida à agência para conseguir, por exemplo, um código que serve para gerir a poupança virtual social aberta pela Caixa para o recebimento do benefício e, assim, poder sacar e movimentar os R$ 600.

"Isto aqui é uma humilhação. Até as pessoas que passam de ônibus aqui em frente, na avenida, se espantam ao ver tanta gente aglomerada, quando todo mundo diz que não é para ficar desse jeito. Elas não acreditam que a gente possa ter de passar a noite aqui, se expor a todo tipo de risco, para ganhar o mínimo para sobreviver", se emociona o desempregado Lucimar Costa, de 51 anos.

Os dez primeiros da fila, todos com mais de 40 anos e paciência de sobra para virar a noite ali, de repente abandonam seus lugares e se juntam em um círculo, começam a comparar quantas vezes tentaram usar o aplicativo da Caixa. "Parece que fizeram de um jeito para irritar quem precisa do dinheiro, até a pessoa desistir. Você acha que alguém iria dormir nesta calçada fria, por R$ 600, caso não precisasse muito?", questiona Costa.

Volte amanhã

Quando soube que a agência sempre distribui 200 senhas por dia para atendimento geral e 50 para preferencial, Luciana Dias, 19 anos, foi incumbida pela mãe de contar o número de pessoas que já estavam esperando na frente delas. "149, 150. Acho que vai dar. Parece pouco, mas para quem não está ganhando nada os R$ 600 significam tudo."

Ao lado delas na fila, um grupo de jovens entregadores ouve funk para se distrair. As crianças, que foram para acompanhar as mães e que se conheceram ali, agora brincam como se fossem amigas de infância. "Quando a gente começou a brincar, a fila ainda estava pequena", conta uma delas.

Vitalina Santos, de 62 anos, ri quando alguém pergunta se ela faz parte do grupo de risco da covid-19. "Faço parte de dois: o grupo dos idosos e o grupo dos que passam fome. Eu não tenho opção. Você acha que o governo se importa com as pessoas que estão dormindo nas filas? Eles nunca devem ter entrado numa fila."

Na terça-feira, o Brasil ultrapassou a China no número de mortes por causa do novo coronavírus. Ao ser instado a comentar o assunto por uma jornalista, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respondeu: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?"

"A gente quer é que eles deem um jeito de diminuir o sofrimento das pessoas. Ninguém quer se expor sem necessidade ao vírus, mas eles precisam fazer chegar o dinheiro nas nossas mãos", conta a vendedora Milena dos Santos, que deixou a filha na casa de amigos, para buscar atendimento.

Quando já passa das 9h, faltando menos de uma hora para o início do atendimento, o fim da fila já se perde no horizonte, são pelo menos 400 pessoas. Ninguém se espanta mais com ela dobrando a esquina - já ocupa cinco quarteirões da ladeira ao lado e metade não deve ser atendida até o fim do dia. "Daqui a pouco, vai ficar mais barato vir morar de vez na frente da agência", diz a primeira da fila.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que as filas em agências da Caixa para recebimento do auxílio emergencial de R$ 600 a informais ocorrem em razão da "natureza" e "cultura" dos brasileiros, que têm dificuldade para acessar o aplicativo criado pelo governo.

Segundo ele, as aglomerações devem continuar a ocorrer nas agências até o final do programa, previsto até julho. O benefício contempla milhões de pessoas consideradas "invisíveis", que, em diversos casos, não possuem registro civil e acesso à internet.

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"Tem uma parcela da população que não usa o aplicativo, quer dizer, não usa o sistema digital... Ela precisa ir na Caixa, ver o dinheiro, pegar o dinheiro, é uma tradição de algumas pessoas, particularmente as de mais idade", disse Onyx.

Onyx admitiu que esta é uma dificuldade do governo. "Acredito que algum grau de fila nas agências da Caixa vai ter até o final do programa porque é da natureza nossa, da própria cultura."

Ainda de acordo com o ministro, o governo já analisou até o momento o cadastro de cerca de 95 milhões de pessoas que pedem o auxílio emergencial. Dessas, 45 milhões já receberam a primeira parcela do auxílio e 5 milhões devem receber ainda nesta semana.

Outras 13,6 milhões terão que refazer o cadastro por algum tipo de inconsistência no registro. Há ainda, 32,8 milhões que foram consideradas inelegíveis.

Com os cadastros feitos até o momento, o custo do programa é calculado em cerca de R$ 120 bilhões. Segundo Onyx, no entanto, a expectativa é que outros "invisíveis" sejam identificados, o que pode aumentar o valor.

A ex-presidenta Dilma Rousseff publicou em seu site, nesta quinta-feira (30), uma extensa crítica às medidas tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro para enfrentar o novo coronavírus. O foco da petista foi relacionado à forma que o pagamento do Auxílio Emergencial está sendo feito que, cujo atraso é "De todas as ações e atitudes de desrespeito do governo [...] uma das mais perversas".

Para ela, o Governo tem criado uma verdadeira corrida de obstáculos para evitar pagar o benefício para os trabalhadores que enfrentam à crise econômica e de saúde provocada pela Covid-19. "Para evitar o pagamento imposto por lei, o governo criou uma espécie de labirinto burocrático quase sem saída, que pode resultar na morte de trabalhadores, pela doença ou pela fome. Entre 30 milhões e 50 milhões de brasileiros – a maioria pobres, mulheres e moradores de comunidades carentes – estão sendo maltratados por esta bagunça deliberada por meio da qual Bolsonaro uniu a agonia das filas da morte nos hospitais ao desespero das filas da fome nas agências da Caixa", escreveu.

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Entre os empecilhos listados por Dilma, que teriam sido criados por  Bolsonaro, Paulo Guedes, Ônix Lorenzoni, estão:

- "A exigência de um CPF válido até de crianças de colo,  quando muitas vezes nem seus pais têm este documento atualizado, o que provocou grandes filas nas agências da Receita Federal";

– A imposição do "preenchimento de um longo cadastro, a ser feito por celular, a milhões de brasileiros que usam telefones pré-pagos com acesso muito lento à internet, e usam estas contas apenas para whatsapp ou para receber ligações de eventuais fregueses de seus serviços;

– "[...] um número para informações para o qual as pessoas ligam e raramente são atendidas; e quando o são, são instruídas a voltar ao preenchimento do cadastro";

Segundo o texto da ex-presidenta, como o atendimento digital é ineficiente, os desempregados que têm direito ao auxílio são obrigados a ir às agências da Caixa. Isso faz com que sejam criadas longas filas e aglomerações, apenas para o banco informar que só fará o pagamento por meio do cadastro digital.

"O desespero nas filas e o desabafo dos que estão sendo enganados pelo governo são mostrados pela imprensa que, invariavelmente, conclui suas reportagens com notas da Caixa informando que está “tomando providências”. Não está, não. É mais uma fake News. No dia seguinte, vemos as pessoas novamente nas filas e nas aglomerações, arriscando-se à contaminação pela Covid-19 e voltando para casa sem o dinheiro a quem têm direito para comprar comida para suas famílias", apontou, Dilma.

A petista ilustrou seu texto com diversas fotos, que saíram na imprensa, de trabalhadores. O LeiaJá tem acompanhado de perto a luta de dezenas de família em frente aos bancos, para garantir o recebimento do auxílio. Confira.

A Caixa disponibilizará nesta quinta-feira (30) R$ 2,6 bilhões do auxílio emergencial para mais de 3,6 milhões de beneficiários. A liberação visa reduzir os efeitos do coronavírus na economia.

Dessa soma, R$ 1,1 bilhão será destinado a 1,7 milhão de pessoas do total de elegíveis que se inscreveram pelo aplicativo ou pelo site. No total, R$ 920 milhões serão creditados em contas da Caixa e R$ 211 milhões em contas de outros bancos.

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Desde o dia 9 de abril, quando teve início o pagamento do auxílio emergencial do governo federal, a quantidade de pessoas que tiveram o benefício creditado é de 50 milhões, somando R$ 35,5 bilhões, já considerando os créditos desta quinta-feira.

Até o fim da manhã de ontem (29), 49,2 milhões de pessoas se cadastraram para solicitar o benefício. O site auxilio.caixa.gov.br superou a marca de 503,2 milhões de visitas e a central exclusiva 111 registra mais de 103 milhões de ligações. 

O aplicativo conta com 67,5 milhões de downloads e o aplicativo Caixa Tem, para movimentação da poupança digital, ultrapassa 64,7 milhões de downloads.

Saque em espécie

Os beneficiários que receberam o crédito do auxílio emergencial na poupança social digital já podem efetuar o saque do benefício em espécie. O saque é realizado nos caixas eletrônicos da Caixa, nas unidades lotéricas e nos correspondentes Caixa Aqui, de forma escalonada, de acordo com o mês de nascimento.

A Caixa antecipou o saque sem cartão para os nascidos em setembro e outubro, que já poderão efetuar a transação a partir do próximo sábado (2):

30 de abril – nascidos julho e agosto

2 de maio – nascidos em setembro e outubro

5 de maio – nascidos em novembro e dezembro

Para realizar o saque, o beneficiário precisa atualizar o aplicativo Caixa Tem, fazer o login e selecionar a opção “saque sem cartão”. O aplicativo vai gerar um código autorizador para saque, com validade de duas horas.

O aplicativo Caixa Tem está disponível exclusivamente para clientes da poupança social digital. Os beneficiários do Bolsa Família, pessoas que já têm poupança na Caixa e correntistas de outros bancos não precisam baixar o aplicativo.

A Caixa organizou o calendário de pagamento em espécie com o objetivo de evitar aglomerações nos pontos de atendimento.

Caixa abre agências no sábado

A Caixa abrirá 800 agências no país neste sábado (2) para atendimento exclusivo de informações e saque sem cartão do auxílio emergencial.

Consulte as agências que estarão abertas.

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