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A VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, concessionária de serviço público vinculada ao Ministério dos Transportes, está com inscrições abertas até o dia 13 deste mês para concurso público. No processo de seleção serão oferecidas 800 vagas para os níveis médio e superior, nos quais 225 são de ampla concorrência e 545 de cadastro. As remunerações salariais são de R$ 2.275,90 para o nível médio e R$ 6.100 para o nível superior.

De acordo com o edital do concurso, os selecionados atuarão nas cidades de Brasília, Tocantins, Goiás, Bahia, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Para o nível médio, as funções são de assistente administrativo, técnico de estradas e edificações, técnico de laboratório, técnico em agronomia e técnico de segurança do trabalho. Já para o nível superior, os cargos são para administrador, advogado, analista de sistemas, biólogo, contador, economista, engenheiro-agrônomo, engenheiro ambiental, engenheiro civil, engenheiro de segurança no trabalho, engenheiro florestal, geógrafo, geólogo, jornalista e médico do trabalho.

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A seleção constará de provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, com questões sobre língua portuguesa, raciocínio lógico, noções de informática, conhecimentos gerais e conhecimentos específicos. Ainda segundo o edital do concurso, as provas deverão ser realizadas no dia 26 de agosto, nas cidades de Brasília, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, entretanto, os locais e horários ainda serão definidos e divulgados.    

Por meio da página eletrônica da VALEC, as inscrições podem ser feitas através do preenchimento do formulário de inscrição. O valor da taxa de inscrição para o nível médio é de R$ 48 e R$ 55 para o superior.

O concurso terá validade de dois anos, mas, poderá haver prorrogação pelo mesmo período. Veja no edital da seleção mais informações sobre o concurso.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, declarou que as desonerações de R$ 2,7 bilhões anunciadas na segunda-feira pelo titular da Pasta, Guido Mantega, estão dentro do espaço fiscal do governo.

"A gente vai respeitar o resultado primário. Está dentro da nossa capacidade de fazer ajustes diversos e foi acomodado", afirmou. Holland disse, porém, não acreditar que exista mais espaço fiscal para novas desonerações "neste resto de ano".

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"Vamos devagar. Um dia de cada vez. O ministro já anunciou um conjunto significativo de medidas para reestimular a economia, dar um gás na economia neste ciclo curto. E nós temos que acompanhar essas medidas neste momento", afirmou.

O secretário destacou que o governo tem tomado medidas regulares para a atividade econômica. "Isto é importante. Estamos em processo de recuperação da atividade econômica de forma consistente para o médio e longo prazo e isso deve acontecer."

Holland participou nesta terça-feira de seminário sobre os desafios da indústria brasileira frente à competitividade internacional, no auditório da Câmara dos Deputados, na capital federal.

A violência, as falhas no sistema de saúde e a corrupção, na opinião dos brasileiros, são os três maiores problemas do país atualmente, segundo revelou uma pesquisa divulgada no fim de dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Cerca de 3,7 mil pessoas foram entrevistadas. A segurança foi apontada por 23% das pessoas ouvidas como o maior problema. Depois veio a saúde, com 22,3%, e a corrupção, 13,7%. Na lista aparecem ainda o desemprego (12,4%), a educação (8%), a pobreza (6,1%) e as desigualdades (5,8%).

O professor Gustavo Venturi, do departamento de sociologia da Universidade de São Paulo (USP), chama atenção para o fato da lista das prioridades nacionais se reciclar periodicamente. “Se nós voltarmos às eleições de 2002, por exemplo, o desemprego era o tema principal das campanhas presidenciais e disputava com a segurança. Hoje, há uma mudança em função do aquecimento da economia e da formalização do emprego que coloca o problema mais para trás na fila”, disse.

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Mas a percepção da população sobre quais são os problemas mais graves do país variam muito de acordo com a idade, renda e região. Os sulistas são os mais preocupados com a corrupção. No Norte e no Nordeste, a violência é apontada como o problema mais grave. No Sudeste e no Centro-Oeste, a saúde aparece no topo da lista dos maiores problemas. Também há diferenças na opinião de ricos e pobres sobre quais são as questões mais urgentes. Nas famílias com renda per capita mensal até um quarto de um salário mínimo, 23,7% avaliam que o acesso à saúde é o problema mais grave, seguido pela violência (22,6%) e o desemprego (18,4%).

“A saúde está um caos, falta investimento e mais gente trabalhando. Eu, graças a Deus, não preciso muito usar a rede pública porque Deus me dá saúde”, declarou Francisco das Chagas, 46 anos, ambulante. Cícera Gomes, 31 anos, está desemprega. Moradora do entorno de Brasília, ela acha que a falta de saneamento básico é um problema grave. “Eu moro em Luziânia e a estrutura é péssima, estou lá há 12 anos e nada foi feito. E ainda tem a violência. A gente não está seguro em lugar nenhum. Temos que cobrar do governo poque a gente paga nossos impostos e o mínimo que eles têm que fazer é cumprirem o que prometem”, disse.

Já entre as pessoas cuja renda familiar per capita é superior a cinco salários mínimos, 27,8% concordam que o problema mais grave é a corrupção, 26% acham que é a saúde e 17,7% acreditam que é a violência. Apenas 1,7% dos mais ricos acham que a falta de emprego é um problema importante no Brasil. “Os principais problemas são a saúde e a educação. Acho que se acabasse com a corrupção melhoraria e muito também outras áreas. Porque as verbas são desviadas e aí os professores não são valorizados, nem os profissionais de saúde”, declarou a enfermeira Rita de Cássia, 48 anos.

Venturi explicou que cada grupo tende a avaliar a situação a partir de sua própria realidade, e existe uma diferença de “agenda” entre as camadas da população. “A vida das pessoas mudou em termos objetivos nos últimos anos. Nós tivemos milhões de pessoas que ascenderam socialmente e essa mudança na condição de vida delas soa muito mais alto do que qualquer discussão mais subjetiva, como a da corrupção. As camadas de maior renda, precisando menos de um Estado forte e atuante, vão ser mais sensíveis a essa discussão”, avalia o sociólogo.

No grupo com renda mais alta, 16,8% acham que a educação é um problema importante, enquanto entre os mais pobres apenas 5,9% concordam com a assertiva. A diferença é que o primeiro grupo tende a analisar a questão da educação pelo ponto de vista do acesso, enquanto o outro considera de forma mais crítica o fator da qualidade. “As camadas populares antes não tinham acesso à educação, por isso tem um grau de exigência menor. São pais que não tiveram acesso à escola e agora veem que o ensino superior está no horizonte dos seus filhos. Por outro lado, a conclusão dos estudos em diferentes níveis não é suficiente para garantir colocação no mercado diante de uma economia aquecida. A discussão da qualidade da educação sensibiliza mais as camadas mais altas”, aponta Venturi.

De acordo com o estudo do Ipea, a população mais jovem é a que mais se preocupa com a questão do desemprego, da educação e das desigualdades sociais. Já para os adultos, o maior problema é a saúde. Os idosos são aqueles que mais se importam com a violência e a corrupção. “O governo tem que ouvir mais a população para saber quais são os principais problemas que a gente enfrenta. Um governo que não ouve a população não pode saber o que ela passa”, defende a estudante Juliana Amorim, 26 anos.

O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) conta com um grau maior de aprovação no Grande ABC, berço político do PT, do que a administração do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). A conclusão é de levantamento realizado com 3.456 pessoas, dos municípios de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá, pelo Instituto Unidade de Pesquisa (UP).

A gestão do tucano à frente do Palácio dos Bandeirantes foi bem avaliada na região, mas a administração da petista no comando do Palácio do Planalto levou vantagem. A sondagem aponta que a administração da presidente é avaliada como "ótima" ou "boa" por 56,5%, como "regular" por 27,7%, e como "ruim" ou "péssima" por 13,4%, sendo que 2,4% não souberam responder. A gestão do governador de São Paulo, por sua vez, é considerada "ótima" ou "boa" por 49%, "regular" por 36% e "ruim" ou "péssima" por 11,7%, sendo que 3,3% não souberam responder.

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O levantamento foi promovido entre os dias 10 e 19 de dezembro e tem margem de erro de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. A pesquisa mostra ainda que nos municípios de Diadema, São Bernardo e Santo André a aprovação da presidente é maior do que a do governador, enquanto que em São Caetano e Mauá o tucano leva vantagem sobre a petista.

O crescimento da popularidade de Dilma Rousseff em São Paulo, administrado por quase duas décadas pelo PSDB, tem preocupado membros do Palácio dos Bandeirantes. O receio é de que o aumento da popularidade da presidente, que integra o principal partido de oposição ao PSDB em São Paulo, ameace a reeleição do tucano em 2014. A Unidade de Pesquisa (UP), fundada em 1998, é presidida pelo analista político Sidney Kuntz, especialista em marketing político e pesquisas eleitorais e administrativas.

Campeonato pernambucano, recuperação do prestígio e acesso para Série C. Esses foram os três principais objetivos do Santa Cruz na temporada de 2011. O título da quarta divisão seria uma espécie de plus, um algo mais. Porém, os tricolores preferem destacar as metas alcançadas com sucesso.

O presidente Antônio Luiz Neto foi o primeiro a falar sobre o assunto. “É um trabalho que deu certo. Conseguimos fazer um belíssimo estadual, uma boa Copa do Brasil, que mostrou que estávamos no caminho certo. E na Série D de muitas dificuldades, passamos os obstáculos e conseguimos o objetivo do acesso”, afirma.

Ainda de acordo com o mandatário, a torcida foi fundamental nesse trajeto. Tanto no lado emocional, quanto do lado econômico. “Nossos torcedores são os grandes patrocinadores, os grandes responsáveis e financiadores do Santa Cruz nessa temporada”, conta ALN, que frisa esse apoio como essencial para o pagamento das folhas salariais, bichos (premiações extras) e estrutural do clube.

Outro que assumiu esse discurso foi o treinador Zé Teodoro. “Acho que a gente procurou fazer o melhor, queria encerrar o ano com o título, infelizmente não aconteceu. Mas certamente a gente sai de cabeça erguida. Quero parabenizar o grupo pelo que fez esse ano. Estamos terminando um 2011 de sucesso. Resgatamos a moral, o respeito de um clube que só vai viver com resultados positivos daqui para frente”, pontua o comandante tricolor.

O Ministério da Educação cortará 50 mil vagas de cursos das áreas de Ciências Médicas, Administração e Ciências Contábeis que obtiveram conceitos ruins no Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes). Os cortes, válidos para 2012, representarão 20% das vagas oferecidas hoje nos processos seletivos, mas podem chegar a 65% em instituições com mais problemas. Cursos de Medicina terão 446 vagas cortadas.

Mais de 300 instituições serão supervisionadas porque tiveram, nos últimos três anos, conceitos ruins como um todo. Entre elas estão 1 universidade - Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), com mais de 60 mil alunos em 46 cursos de graduação -, 7 centros universitários e mais de 300 faculdades isoladas. As instituições terão suas vagas congeladas e, no caso dos centros e da universidade, perderão o direito de criar cursos e aumentar a oferta sem prévia autorização do ministério.

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O anúncio foi feito ontem, quando o MEC divulgou o resultado do Exame Nacional de Desempenho (Enade) das áreas de ciência da saúde e agrárias. O exame avaliou 2.176 instituições de ensino superior, das quais 683 - mais de 30% - apresentaram índices 1 e 2, considerados insatisfatórios (a escala vai até 5). A maior parte é privada - apenas 43 com índice ruim são públicas.

Tiveram desempenho insuficiente 594 cursos, 27,2% dos avaliados. Desses, 504 passarão por supervisão e terão vagas cortadas. Os demais, das áreas de agrária, ficarão de fora. "São poucos, então ainda não faremos o processo. Mas isso não significa que não será feito", afirmou Luís Fernando Massonetto, diretor de regulação do Ensino Superior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta segunda-feira (7) começa o período de aplicação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que ocorrerá até o dia 18 de novembro. Realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Saeb é composto pela Avaliação Nacional do Rendimento Escolar, nacionalmente conhecida como Prova Brasil, e pela Avaliação Nacional da Educação Básica. A proposta é obter informações sobre o sistema de educação do Brasil a partir do desempenho dos estudantes e fazer um levantamento sobre a escola, os professores e os diretores.

A Prova Brasil é aplicada nas escolas públicas, urbanas e rurais, que possuem pelo menos 20 ou mais estudantes matriculados no 5º ano (4ª série) e 9º ano (8ª série) do ensino fundamental. Já a Aneb avalia as redes pública e particular de ensino, abrangendo também o 3º ano do ensino médio. Ao todo, 6.176.855 alunos de 70.140 escolas de todo o Brasil farão os exames.

Cada prova é constituída por quatro blocos, sendo dois de língua portuguesa e dois de matemática. Os estudantes de 4ª série (5º ano) respondem a 22 questões de língua portuguesa e 22 de matemática. Já os estudantes de 8ª série (9º ano) do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio, respondem a 26 questões de cada disciplina.

As escolas receberão um boletim com o desempenho geral dos estudantes na Prova Brasil. O documento também estará disponível no site do Inep. As instituições que participam da Aneb não recebem resultados por escola. A data prevista para a divulgação dos resultados é a partir de julho de 2012.

Apesar de alguns problemas pontuais, a vice-presidente do Rock in Rio, Roberta Medina, avalia positivamente a primeira noite. "A gente nunca está 100% satisfeita, mas até que, para um primeiro dia, depois de tantos anos e meses no papel, está tudo muito bem", disse, em conversa com o Grupo Estado ontem à noite, no fim do show de Katy Perry, quando o público presente, segundo ela, já estava perto de 100 mil pessoas (até as 19 horas eram 45 mil pessoas, também segundo dados oficiais).

Roberta disse que a organização entrou em contato com a Fetranspor, federação das empresas de ônibus, quando se soube que passageiros que não haviam comprado antecipadamente o RioCard especial, que dá direito a desembarcar a 250 metros da Cidade do Rock, puderam embarcar no meio do caminho e seguir viagem em pé, ao custo de R$ 20 (o preço normal era R$ 35 por ida e volta). "Os motoristas começaram a negociar e houve várias confusões." A vice-presidente do Rock in Rio ressalvou, no entanto, que o trajeto até a Cidade do Rock, na Barra da Tijuca, não complicou o trânsito no restante da cidade, e também que as linhas regulares de ônibus não tiveram problemas.

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Relatos do público, porém, dão conta de engarrafamentos na zona sul e na Barra, e de apertos nos ônibus, que viajaram superlotados em alguns casos. O atraso no Palco Sunset, de cerca de 50 minutos, não foi considerado longo (teria ocorrido, segundo Roberta, porque os carros dos artistas tiveram dificuldade de acessar a Cidade do Rock). "O que importa é que as pessoas estão superfelizes", comemorou Roberta.

Sobre as filas nas lanchonetes Bob's, rede de maior operação na Cidade do Rock, ela relativizou. "Parece que eles tiveram um início de operação lento. Mas não foi nada de anormal." Numa das bases, próxima à Rock Street, entre chegar à fila e sair com um sanduíche levava-se, às 22 horas, mais de 40 minutos. Na base perto da área vip, um pouco menos. Um funcionário do caixa chegou a interromper o atendimento, dizendo estar com fome e sede e trabalhando além do horário combinado. "Eu não tenho autorização para comer nem beber nada aqui", lamentou, entre sanduíches de R$ 10.

De 2009 para 2010, a nota dos alunos de escola pública no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) cresceu 11 pontos. A variação positiva no mesmo período entre os estudantes dos colégios particulares foi 6 pontos, encurtando um pouco a distância entre as duas redes. Os números são resultados de mais uma análise das notas do Enem de 2010 feitas pelo Ministério da Educação (MEC), que até a semana passada tinha divulgado apenas as médias individuais de cada escola.

No ano passado, 221 mil alunos da rede privada fizeram a prova e a média alcançada por eles foi 585,84 pontos – considerando apenas as provas objetivas. O contingente de estudantes das escolas públicas que participaram do Enem foi mais do que o triplo (790 mil) e a média foi 490,28 pontos – uma diferença de 95 pontos no desempenho das duas redes.

Para o MEC, o Enem não é o melhor instrumento para avaliar a qualidade do ensino oferecido pelas escolas já que a participação dos alunos na prova é voluntária. Além disso, não mede alguns fatores importantes que têm impacto nesse resultado, como a diferença entre as condições socioeconômicas dos dois grupos, a escolaridade dos pais e o investimento feito por aluno, que é bastante superior na rede privada. A medida mais correta, segundo a pasta, é a comparação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado no ano passado, que é feito por amostragem. A rede pública alcançou 3,4 pontos no último Ideb contra 5,6 da particular.

O ministério destaca que, comparando os melhores alunos da escola pública com o total de alunos da rede privada, a diferença entre os dois públicos ficou em apenas 7 pontos em 2010, contra 10 pontos em 2009. A média dos 221 mil melhores alunos das escolas públicas foi 578,21 pontos, contra 585,84 do total dos colégios particulares.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, os números mostram que a “elite” da escola pública tem condições de competir pelas vagas das universidades públicas no mesmo patamar da rede privada. “Isso é importante para sabermos se temos um exército na rede pública em condições competitivas.” Usando as notas obtidas no Enem, o estudante pode pleitear uma vaga em universidades públicas que aderiram ao Sistema de Seleção Unificado (Sisu). Na última edição foram 83 instituições de ensino participantes.

Depois de uma fase conturbada, recheada de críticas, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta segunda-feira (12) o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Em Pernambuco três escolas aparecem entre as 100 com melhores resultados. Colégio de Aplicação, Escola do Recife e Colégio Equipe são os que lideram o ranking no Estado.

O colégio de Aplicação da UFPE saiu na frente pelo quinto ano consecutivo com uma média de 707,26, ficando na 35º colocação no ranking nacional. O colégio Equipe ficou com média 705,14 se mantendo 40ª colocação com 705,14 e a Escola do Recife FCAP da Universidade de Pernambuco (UPE) ficou com 80º lugar, com nota 693,84.

Em Pernambuco mais duas escolas da rede federal aparecem na lista das 10 melhores notas. São o Colégio Militar do Recife (656,02) e o Instituto Federal de Pernambuco, campus Recife (631,41) e campus Pesqueiro (614,61). Na lista existe apenas uma unidade da rede municipal, o Centro de Exelência Dom José da Mota e Albuquerque, de Afogados da Ingazeira, no Sertão.

Já na rede particular, além do Colégio Equipe, o destaque vai para Colégio Fazer Crescer (680,57) e Colégio Único (662,78) que lideram a lista das melhores resultados para essa categoria.

A maioria dos alunos matriculados do 3º ano da rede privada, participaram do Enem, enquanto na rede pública aconteceu o contrário. Por isso em algumas escolas a quantidade dos alunos participantes não foi suficiente para se obter um resultado significativo. 

Ranking das primeiras escolas em Pernambuco

1º - Colégio de Aplicação do CE da UFPE  Nota:  707,26 Adesão: 100%
2º - Colégio Equipe -  705,14 -   100%
3º - Escola do Recife/FCAP UPE -  693,84 - 100%
4º Grupo Gênese de Ensino - 683,53 - 87,7%
5º Colégio Marista São Luís  - 681,86 - 100%
6º Colégio Fazer Crescer - 681,76 - 100%
7º Colégio Militar do Recife - 677,42 - 99%
8º Grupo Gênese de Ensino Colégio e Curso -  676,54 - 87,1%
9º Academia Cristã de Boa Viagem  - 668,1 - 83,9%
10º Colégio Santa Maria - 667,16 - 100%

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Todas as escolas públicas que compõem a lista das 100 melhores no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 têm modelo de organização diferenciado e boa parte está vinculada às universidades públicas. Ainda fazem parte desse grupo os colégios militares, os institutos federais de Educação Profissional e as escolas técnicas estaduais. Nenhuma delas é uma unidade da rede estadual com oferta regular.

Os chamados colégios de Aplicação, ligados às faculdades de Educação de universidades públicas, sempre ocupam posição de destaque nos rankings do Enem. O da Universidade Federal de Viçosa (UFV) é o oitavo com o melhor resultado em todo o país em 2010. A média obtida pela escola mineira foi 726,42 pontos, levando em conta as notas das provas objetivas e a redação - enquanto a nacional é inferior a 600 pontos.

Para Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), o bom resultado dessas escolas se deve, em grande parte, ao modelo diferenciado de organização, à qualidade dos professores e à infraestrutura . “Em primeiro lugar, as escolas de aplicação não têm a mesma estrutura de carreira para seus profissionais do que uma escola pública comum. Em geral, os professores têm mestrado, doutorado e são ligados às universidades. São escolas quase de tempo integral, o aluno fica o dia inteiro em laboratórios que funcionam”, explica Ramos.

Outra diferença é que, em muitos casos, os colégios de aplicação selecionam seus alunos por meio de uma prova, já que a procura é maior do que a oferta de vagas. Nesse caso, o próprio corpo discente já tem um nível mais alto do que em uma escola comum, que não escolhe os alunos que serão matriculados.

Também aparecem com destaque na lista das melhores escolas públicas os colégios militares e os institutos federais que oferecem o ensino médio integrado à educação profissional. Em Brasília, a escola pública com nota mais alta no Enem é o Colégio Militar. A nota média da escola foi 637 pontos, com taxa de participação de 55% dos alunos. Para o vice-diretor do colégio, coronel Samuel Pureza, o bom resultado é fruto da proposta pedagógica.

“Procuramos incutir nos nossos alunos valores e a busca de ideais. Aqui não é um cursinho que oferece técnicas para passar no vestibular. É todo um contexto que busca formar para a cidadania. Além disso, temos um quadro de professores competentes que ajudam os alunos a alcançar seus objetivos”, diz.

Aluna do 3° ano do colégio, Allana Ribeiro, de 17 anos, vai participar do Enem pela primeira vez neste ano. Ela pretende utilizar o resultado da prova para tentar uma vaga na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Já estudei em escolas públicas e particulares e posso dizer que o nível aqui é excelente. Além disso, as mensalidades nas escolas particulares de Brasília são absurdas. Aqui temos uma preparação completa, a escola valoriza tanto a formação intelectual quanto a física”, acredita.

Conhecido por sua disciplina rigorosa, o colégio também estimula a participação dos alunos em diversas competições escolares como olimpíadas de química, física e matemática. Segundo Pureza, não há nenhum tipo de preparação específica para o Enem. A maior parte das vagas é para filhos de militares e algumas são oferecidas à comunidade por meio de seleção. Em 2010, 323 estudantes se inscreveram para tentar uma das cinco vagas para o 1° ano do ensino médio que estavam disponíveis.

Responsáveis por 88% das matrículas do ensino médio do país, as escolas públicas são maioria entre as que ficaram com nota abaixo da média nacional no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010. Entre os estabelecimentos de ensino que tiveram desempenho inferior à média nacional na prova objetiva (511,21 pontos), 96% são públicos. Esse dado descarta os colégios que tiveram participação inferior a 2% ou com menos de 10 alunos inscritos e, por esse motivo, não recebem uma nota final.

No total, 63% das escolas que participaram do Enem no ano passado ficaram com desempenho inferior à média nacional. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a distância entre os resultados é “intolerável” e precisa ser reduzida. Ele avalia, entretanto, que muitas vezes o baixo desempenho está relacionado não apenas às condições da escola, mas de seu entorno.

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“Às vezes, as condições socioeconômicas das famílias explicam muito mais o resultado de uma escola do que o trabalho do professor e do diretor. E, muitas vezes, as escolas são sobrecarregadas com responsabilidades que não são 100% delas. É muito diferente uma escola de um bairro nobre de uma região metropolitana de classe média, cujo investimento por aluno é dez vezes o investimento por aluno da rede pública, de uma escola rural que atende a filhos de lavradores que não tiveram acesso à alfabetização”, pondera o ministro.

O Instituto Nacional de Estudos e Pequisas Educacionais (Inep) divulga hoje (12) as notas de todas as 23,9 mil escolas que participaram do Enem em 2010. O órgão decidiu alterar o formato de divulgação do resultado por escola, que agora levará em conta o percentual de estudantes daquela unidade de ensino que participaram do exame. A mudança pretende reduzir distorções na divulgação dos resultados no caso de escolas em que a participação dos alunos é pequena.

Considerando apenas as escolas com alto índice de participação no Enem (mais de 75% dos alunos), apenas uma pública está entre as 20 melhores do país: o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A média obtida pela escola mineira foi 726,42 pontos, levando em conta a média entre a prova objetiva e a redação.

Para Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Conselho de Governança do movimento Todos Pela Educação,  a ausência de escolas públicas entre as melhores do Enem não é novidade e deriva da desigualdade de acesso a oportunidades educacionais no país.

“Esse quadro é um reflexo do próprio apartheid [regime de segregação racial na África do Sul], causado por uma educação que não é oferecida no mesmo patamar a todos desde a alfabetização. As avaliações mostram que essa desigualdade  [da qualidade do ensino oferecido por públicas e particulares] começa lá atrás e vai se acentuando ao longo do percurso escolar. O jovem da escola particular chega ao nível de formação e aprendizado esperados quando termina o ensino médio, mas o da escola pública chega com três ou quatro anos de déficit na aprendizagem. A luta é desigual”, avalia.

Os resultados de cada escola estarão disponíveis para consulta na manhã desta segunda-feira (12) no site do Inep.

A avaliação favorável em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff recuou 8 pontos porcentuais em relação à última pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Ibope. O levantamento, divulgado hoje, mostra que 48% dos entrevistados consideram o governo ótimo ou bom. Esse número era 56% na sondagem anterior, realizada em março. O governo é considerado regular ou péssimo por 48% dos entrevistados, ante 32% na pesquisa de março.

O nível de aprovação pessoal de Dilma também caiu acentuadamente. Atualmente, 67% da população aprovam a presidente, ante 73% em março. A pesquisa revela ainda que 25% dos entrevistados desaprovam a presidente, ante 12% na sondagem anterior.

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A aprovação pessoal de Dilma é maior no Nordeste, com 70% dos entrevistados considerando a presidente boa ou ótima. O menor índice de aprovação está na Região Sul, onde o porcentual de ótimo ou bom para a presidente Dilma é de 61%. A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 28 e 31 de julho.

A maioria dos entrevistados na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Ibope considera ainda que o governo da presidente Dilma Rousseff tem sido igual ao de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, mas houve uma queda em relação a essa percepção. Na sondagem divulgada nesta quarta-feira, 57% manifestam essa opinião, ante 64% em março.

Em relação à condução da política de juros, 63% dos entrevistados a desaprovam. Em março, esse índice era de 43%. A pesquisa mostrou ainda que 56% dos consultados desaprovam a política de combate à inflação, ante um índice que era de 42% em março.

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As áreas com maior índice de reprovação do governo foram a saúde e a carga tributária, ambos desaprovadas por 69% dos consultados. Em março, saúde e impostos também figuravam como áreas de pior percepção junto à população, com 53% de desaprovação. A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas entre 28 e 31 de julho.

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