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A Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve nesta terça-feira um jovem suspeito de administrar o polêmico jogo on-line conhecido como "Baleia Azul". Na lista dos apontados como membros da quadrilha está também uma mulher que mora em um prédio de luxo na Orla do Cabo Branco, em João Pessoa.

Matheus Silva, de 23 anos, foi detido em Nova Iguaçu, detalhou a Polícia em comunicado. "Nós já tínhamos materialidade suficiente para pedir a prisão dele. Ele já confessou que era curador, que tinha influenciado 30 vítimas, mas temos nos autos cerca de 40 vítimas", afirmou a delegada Fernanda Fernandes.

A prisão ocorreu durante a Operação Aquarius, realizada em nove estados do país. A polícia confirmou que o jogo "Baleia Azul", que inclui uma série de desafios, deixou mortos no Brasil, sem dar mais detalhes. Em abril deste ano, as autoridades investigavam pelo menos três suicídios suspeitos em Minas Gerais e Pernambuco, possivelmente relacionado com o jogo que se espalhou, alarmando vários países.

A delegada Fernandes assinalou que a captação de jovens ocorre principalmente nas redes sociais onde curadores, como Matheus Silva, agem com perfis falsos. "Como, infelizmente, nós não tivemos a colaboração do Facebook desde o início, a nossa investigação se estendeu um pouco e vamos ter outras fases até, justamente, pela falta de cumprimento das decisões judiciais do Facebook", disse Fernandes ao afirmar que tomarão as medidas legais a respeito.

A delegada lamentou que outras empresas como a Google também não tenham colaborado. "Poderíamos ter a totalidade dos curadores hoje que participaram no Rio de Janeiro do jogo da 'Baleia Azul' e isso só não está sendo feito porque o Facebook não está cumprindo a ação judicial", assinalou.

Segundo as informações da Polícia Civil, algumas vítimas são forçadas a permanecer no jogo sob ameaças contra eles e suas famílias.

*Atualização: o Facebook, por meio de sua assessoria, entrou em contato com o LeiaJá para rebater as críticas da delegada. Segundo a rede social, houve sim colaboração e é necessário se cumprir um protocolo para que as informações sejam compartilhadas com as autoridades. Confira a nota enviada pelo Facebook:

"Não permitimos conteúdo na plataforma que promova ou incentive suicídio ou auto-mutilação, e colaboramos com as autoridades em casos que envolvam ameaças diretas à segurança física das pessoas” – porta-voz do Facebook.

A Polícia Civil iniciou na madrugada desta terça-feira (18) uma operação com o objetivo de combater a disseminação do ‘jogo’ Baleia Azul na Paraíba e nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Pará e Sergipe.

Na lista dos apontados como membros da quadrilha está uma mulher que mora em um prédio de luxo na Orla do Cabo Branco em João Pessoa. O mandado de busca e apreensão cumprido em João Pessoa foi expedido pela Justiça do Rio de Janeiro.

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A suspeita é servidora aposentada da Justiça Federal e, segundo o delegado Allan Murilo Terruel, do Grupo de Operações Especiais (GOE), ela seria responsável por passar os desafios para adolescentes. Também há suspeitas de que ela ameaçava aqueles que abandonassem o jogo.

Após o cumprimento do mandado judicial ter sido feito, a suspeita foi em seu carro particular até uma delegacia para prestar esclarecimentos.

Uma equipe da Gerência de Tecnologia da Informação (GTI) foi ao apartamento, eles devem analisar os computadores, celulares, cartões de memória e outros aparelhos eletrônicos que foram apreendidos com o objetivo de resgatar conversas e provar a ligação da suspeita com as práticas criminosas do jogo Baleia Azul.

Um jovem de 23 anos também foi preso nesta manhã em uma comunidade no Rio de Janeiro. Ele confessou ser um dos "curadores" do jogo.

Policiais civis fazem nesta terça-feira (18) uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento com o jogo Baleia Azul. Os mandados expedidos pela Justiça estão sendo cumpridos em 20 municípios de nove estados brasileiros, entre eles o Rio de Janeiro.

A operação, chamada Aquarius, está sendo coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Polícia Civil fluminense.

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O jogo Baleia Azul é praticado em comunidades fechadas de redes sociais como Facebook e Whatsapp e instiga os participantes, em maioria adolescentes, a cumprirem 50 tarefas, sendo que a última delas é o suicídio.

A Faculdade Maurício de Nassau (João Pessoa) realizou na noite desta terça-feira (23) uma palestra com o tema "Mídia e suicídio: A cobertura da mídia sobre a Baleia Azul".

O evento foi fruto de parceria entre os cursos de Comunicação Social e Psicologia. Foram convidados para palestrar o jornalista e doutor em Psicologia Luís Augusto Mendes; Thiago Aquino - que é psicólogo e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); o voluntário do Centro de valorização da Vida (CVV), André Fagundes e Renata Maia, que é jornalista e suicidóloga.

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Na ocasião foi discutido o papel da mídia na abordagem do tema suicídio, e de como esses fatos são divulgados pelos meios de comunicação.

Para o doutor em psicologia Luís Augusto, a mídia não influencia a prática do suicídio de forma direta. Isso ocorre se a veiculação ocorre de forma errada. "A mídia tem que ser cuidadosa em não romantizar ou espetacularizar o ato do suicídio, mas que ela trabalhe principalmente na questão da prevenção, dos cuidados e atenção com os jovens, já que estamos falando aqui do jogo baleia azul", disse ele.

A jornalista e suicidóloga Renata Maia diz que quem normalmente pratica suicídio é uma pessoa que se encontra vulnerável e carente. "Tem gente que está vulnerável, precisa de elogios nem que seja depois de morto, dizer que vai cometer suicídio não é chamar atenção, e sim um grito de socorro", afirmou.

Renata Maia iniciou sua palestra com a seguinte frase: "Sou sobrevivente de mim mesma", isso porque um familiar próximo dela cometeu suicídio, e a própria Renata tentou por diversas vezes tirar a própria vida.

Mas quais são os fatores que levam uma pessoa a atentar contra a própria vida? Segundo o psicólogo e professor da UFPB Thiago Aquino, o comportamento suicida é multifatorial, ou seja, envolvem fatores psíquicos, sociológicos e biológicos. "Podemos compreender o suicídio como contínuo, entre o pensamento ou ideação, o planejamento até chegar à morte em si, que seria o resultado final do comportamento suicida", explicou.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), jovens de 15 a 25 anos de idade são os que mais estão vulneráveis a cometer suicídio.

Existem alguns serviços gratuitos que realizam apoio emocional e prevenção do suicídio. Aqui na Paraíba, é disponibilizado o serviço do Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende de forma sigilosa por telefone, e-mail, chat e pelo aplicativo Skype 24 horas.

"Aqui em João Pessoa, recebemos uma média de 400 ligações por mês", disse André Fagundes, voluntário do CVV. Ainda segundo André, existem em torno de 22 voluntários, sendo esse número ainda insuficiente para manter o posto de atendimento funcionando 24 horas por dia.

Para falar com um dos voluntários do CVV, basta ligar para o numero 141, a ligação é gratuita e sigilosa.

O estudante de psicologia Joseb Roque, avaliou a palestra como sendo importante para a sua formação. "Nós temos que mudar a perspectiva com relação à educação. Os pais têm que ter um conhecimento maior da atividade de seus filhos, com quem seus filhos estão se relacionando nas redes sociais e com quem eles estão conversando, temos que voltar um pouco a dar uma atenção mais emotiva e não uma emoção objetal, porque hoje em dia os pais estão dando através de objetos, ou seja, estão amando menos e presenteando mais", declarou o aspirante a psicólogo.

Já para o estudante de jornalismo Jonathan Moura, esse debate é importante, pois, para ele, a mídia não sabe lidar com a relação do ser humano com o suicídio. "Geralmente a gente vê casos de suicídio sendo divulgado de forma extravagante demais, ou simplesmente levam o caso de maneira simples demais", completou.

Segundo a coordenadora do Curso de Comunicação Social da Faculdade Maurício de Nassau, Renata Escarião, a iniciativa de promover uma palestra com essa temática veio com o estouro dos casos envolvendo o joga da Baleia Azul. "Eu enquanto jornalista assistindo a uma dessas matérias, que incluía um caso aqui da Paraíba, me questionei se realmente a mídia, seja ela paraibana ou nacional, tratava o tema da maneira que deveria ser tratada, e também me questionei como nossos alunos hoje falariam sobre o tema", afirmou.

Para o psicanalista e professor do curso de Psicologia Sócrates Pereira, a parceria do curso de comunicação com o de psicologia é importante, porque a psicologia pode fornecer os subsídios necessários para que a mídia aborde o tema de maneira responsável.

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Sobe para nove o número de casos de vítimas do jogo da Baleia Azul que estão sendo investigados pela Polícia Civil em Pernambuco. Na noite de segunda-feira (15), uma jovem de 15 anos foi resgatada do parapeito da Ponte Buarque de Macedo, no Bairro do Recife. A garota estaria participando do último desafio do jogo e foi impedida de pular por um homem que passava pelo local. 

De acordo com o Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), a jovem foi levada para a Central de Plantões, no bairro de Campo Grande, e constatou-se que ela tinha muitos ferimentos nos dois braços, incluindo um desenho feito com estilete de uma baleia. A garota é moradora do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, e seus pais foram acionados para prestar queixa do caso.

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A vítima já realizou exames no Instituto de Medicina Legal (IML) e as investigações do caso devem ter início nesta terça-feira (16). À frente do caso, o delegado do DPCA, Ademir Oliveira, diz que a adolescente deve ser ouvida nos próximos dias, a depender do seu estado psicológico. "Ela vai nos dar informações de como chegou a esse ato extremo e o que os organizadores do jogo sugeriram que fosse feito", afirmou Oliveira. 

Baleia Azul é um jogo surgido na Rússia que propõe uma série de desafios a jovens, sendo o último deles o suicídio. Quando o jovem entra no jogo, mas decide sair, ela começa a receber ameaças.

A recomendação da Polícia Civil às famílias é acompanhar o comportamento das crianças, que ao se envolver com o Baleia Azul passam a ficar arredias e mudam seus hábitos. Por exemplo, elas podem passar a usar apenas camisa de manga longa, para esconder as cicatrizes dos desafios que envolvem a automutilação. 

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Mais um caso do jogo Baleia Azul está sendo investigado pela polícia em Pernambuco. Desta vez, a vítima é uma jovem de 19 anos, moradora do bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Este está sendo considerado o caso mais grave investigado no Estado e a polícia acredita que a vítima estava prestes a realizar a última fase, de se matar.

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Uma imagem divulgada pela própria jovem no Facebook mostra seu corpo cheio de cortes de navalha e estilete – inclusive com uma cruz riscada na região do tórax. Segundo a mãe da mulher, a filha sempre foi introspectiva mas a situação se agravou nos últimos três meses.

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A mãe da jovem procurou a Delegacia do Cordeiro na última quarta-feira (10). Ela havia sido informada por parentes da foto que a filha postou no Facebook e pediu que a adolescente mostrasse o seu corpo, o que ela fez a contragosto. 

Na última quinta-feira (11), a vítima passou praticamente toda a tarde na delegacia, mas a polícia não conseguiu tirar uma única informação porque ela não está mais falando. A jovem foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal (IML) para exame traumatológico, mas o levantamento foi parcial porque ela se recusou a mostrar todos os ferimentos.

“Ela ainda está sob o subjulgo do curador do jogo Baleia Azul”, resumiu o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle. De acordo com o delegado do Cordeiro, Carlos Couto, o interesse da garota é voltar para o jogo e ela tem tentado persuadir os pais para que volte a usar a internet. 

Os contatos eram feitos através do Messenger, aplicativo de troca de mensagens do Facebook. Os policiais conseguiram alguns trechos de mensagens. Em um deles, o curador solicita que a jovem suba no prédio mais alto e lá ela receberia mais um desafio. “Acreditamos que o próximo passo seria pedir que ela pulasse”, avalia Kehrle. 

A mãe, que não quis se identificar, também esteve na delegacia nesta sexta-feira (12) para conversar com a imprensa. Ela é genitora de três pessoas, um homem de 27 anos, a vítima do jogo Baleia Azul e a caçula de 17 anos. A mulher diz que a filha sempre foi introspectiva, mas que também tem histórico de traumas. “Quando ela tinha entre sete e oito anos, ela sofria bullying – na época nem se chamava assim. Ela também foi muito pressionada pela professora e agiu de forma agressiva. A professora chegou a pegar no braço dela com força e colocá-la dentro da secretaria atrás de um guarda-roupa”, recorda. A adolescente já teve acompanhamento de psicólogo por quatro meses e a mãe pretende fazer com que a jovem receba novo acompanhamento.

Após voltar da delegacia, na quinta-feira, a garota fez diversas anotações e jogou no lixo em seguida. Sua genitora recolheu os papéis hoje. “Eu senti que era o que ela queria ter dito na delegacia. Ela comenta que acha tudo isso uma palhaçada, que não está nesse jogo e que o ela faz o que quiser com seu corpo”, disse sua mãe. “Isso é muito preocupante. Eu sou dona de casa e já encontrei minha filha nesse estado. Imagina para as famílias que são mais ausentes. Os pais precisam estar atentos”, ela conclui.

Em Pernambuco, oito casos são investigados, sendo seis pela Polícia Civil e dois pela Polícia Federal. Joselito Kehrle diz que dois ou três curadores já foram identificados e que um é da Bahia e outro do Ceará. A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) conta que desde que começou a fazer palestras sobre o tema em prefeituras e escolas, por exemplo, as denúncias diminuíram em 80%. Os envolvidos nesse crime responderão pelo que consta no Artigo 122 do Código Penal, que se refere a instigar alguém ao suicídio. O indiciado pode pegar até 12 anos de reclusão. 

Participantes do debate na Câmara dos Deputados defenderam hoje (9) a educação digital da população a respeito do aumento no número de jovens aderindo ao desafio “Baleia Azul".

Segundo o advogado Renato Opice Blum, o esclarecimento de crianças e adolescentes é imprescindível para evitar a participação no jogo. “A orientação deve ser proveniente do Estado, com a implementação de matérias em todo tipo de instituição em que for possível fazer esse tipo de educação”. 

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A temática foi introduzida no Brasil no dia 1º de abril deste ano, o que imediatamente elevou as buscas na internet sobre o assunto. Dentre os tópicos discutidos no debate, o presidente da ONG SaferNet (Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos), Thiago Tavares, foi questionado se existe uma estrutura física que comporte todos os organizadores e criadores do desafio. Entretanto, Thiago afirmou que não existe nenhuma evidência que comprove a existência de alguma estrutura centralizada de comando.

“As evidências coletadas indicam a existência de grupos descentralizados, criados por, em sua grande maioria, adolescentes em situação de vulnerabilidade, com o objetivo de praticar cyberbullying e, em casos isolados, induzir outros adolescentes e jovens a cometer suicídio”, declarou Tavares.

Os dados assustam e fazem uma alerta para os pais, responsáveis e as instituições de ensino. De acordo com os índices divulgados pela BBC Brasil, entre 1980 a 2014 a taxa de suicídio aumentou 28%. Além disso, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o País é o campeão mundial do transtorno de ansiedade e o quinto colocado em pessoas com depressão.

Com esses dados, estima-se que 11,5 milhões de brasileiros sofram de depressão. Tendo em vista esse cenário e a divulgação de casos de jovens que passaram a atentar contra a própria vida; participando de desafios e jogos, como o da ‘Baleia Azul’, chegando inclusive a se mutilar; o alerta ficou ainda mais agudo entre as instituições de ensino e os pais desses adolescentes.

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Diante do problema, inúmeros questionamentos vieram à tona e a preocupação em relação à responsabilidade em prol da formação dos valores, do caráter e do fator emocional desses adolescentes tem aumentado. De acordo com doutora em Educação, especialista em conflitos na escola e professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Catarina Gonçalves, o problema deve ser trabalhado a partir de dois eixos: a prevenção e a intervenção, tando no ambiente escolar quanto no familiar.

"É muito importante a escola provocar o debate, porque os adolescentes têm muito acesso ao desconhecido, principalmente na internet. Além disso, a instituição de ensino é o local de convívio social, que proporciona situações e relações humanas que podem ser observadas, através do comportamento dos jovens, diariamente", diz a doutora.

A especialista ainda explica que as relações humanas sempre foram muito complexas e precisam ser observadas com mais atenção na fase da adolescência, uma vez que, nessa etapa da vida, se está no processo de formação de identidade, reconhecendo os valores e, na maioria das vezes, sente-se a necessidade de ser aceito e de se 'testar'.

Os jovens podem acabar sendo desrespeitosos e não se dão conta das consequências dessas ações. Por isso é imprescindível observar o comportamento social desses adolescentes, evitando inclusive conflitos na escola, como o bullying, que, se não identificado, pode resultar na depressão. "Por isso a importância das escolas ficarem atentas", alerta a especialista. Conforme as orientações de Catarina, a prática do Bullying permeia aspectos da moral, da identidade e da convivência que na maioria desses abusos são velados, E o Bullying só acontece quando quem recebe aceita, devido, inclusive, à fragilidade da formação da personalidade.

Para a doutora Catarina Gonçalves, esse cenário deve ser percebido através da intervenção, que é pontual, e da prevenção, que deve ser contínua, tanto na escola e quanto no ciclo familiar. "A escola e as famílias precisam ficar atentas ao comportamnto desses jovens e acompanhar o que eles estão assistindo e discutindo nas redes e fora delas, para poder avaliar os valores do conteúdo que eles têm acesso e das consequências", explica a doutora.

A escola particular Apoio, localizada na Zona Norte da Região do Recife, está atuando na prevenção e intervenção de problemas relacionados ao convívio social dos estudantes, bem como a formação de valores. De acordo com a psicóloga Alethêa Ferreira, a instituição de ensino propõe o protagonismo dos estudantes através de projetos que trabalham aspectos sociais e a formação pessoal

"Entendemos que a formação deve ser construída desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental II. A partir desse entendimento, disponibilizamos projetos que provocam várias questões ligadas à atitude, emoção e respeito, tornando os jovens mais atuantes e protagonistas", explica. 

Para realizar isso, a psicóloga elenca os trabalhos que são realizados na escola. "Normalmente visitamos asilos e os meninos levam o seu conhecimento, preparam apresentações culturais e fazem diversas atividades. Além dele, há também o projeto de leitura nas escolas públicas em que os adolescentes contam histórias e ajudam outras pessoas", diz.

Segundo Alethêa, essas iniciativas proporcionam reflexão e principalmente respeito ao próximo a partir da solidariedade. A psicóloga ainda ressalta que a escola também trabalha com o protagonismo dos estudantes através dos próprios conflitos. "A proposta é que os alunos levem para o debate os seus problemas e aflições para o próprio grupo de colegas, com isso, eles conseguem resolver e acabam, de certa forma, sendo os 'vigilantes' dos impasses, acompanhados da equipe e dos familiares", conta.

Em relação ao bullying, ao cyberbullying e às questões relacionadas à depressão e aos jogos de automutilação, a psicóloga reforça que é indispensável a atuação da família e dos professores no processo de observação. "É importante ficar atento ao comportamento dos jovens. Quando o aluno está mais instável, agressivo e distante, é necessário avaliar cada aspecto, conversar com o adolescente, a família e se for o caso realizar a intervenção e acompanhamento do problema, que pode desencadear a depressão."

O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu inquérito civil para investigar o suposto desafio virtual Baleia-Azul, que incentivaria a automutilação e o suicídio, e também para retirar do ar as páginas virtuais que o veiculam.

O Ministério da Justiça também determinou que a Polícia Federal ajude na apuração sobre o jogo, que já teria causado onda de suicídios na Rússia, em 2015 e 2016, e passou a ser divulgado no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A onda do jogo Baleia Azul pode estar fazendo algumas vítimas pelo mundo. Na madrugada da última quinta-feira (27), uma jovem de 18 anos se atirou de um viaduto e caiu em uma linha férrea, em Albufeiras, em Portugal. Há suspeitas de que ela estaria participando do desafio.

Com ferimentos de autoflagelação, a jovem foi encontrada na linha do trem. Uma pessoa ouviu gritos de socoro e a garota foi encaminhada ao Hospital de Faro, pelos Bombeiros. Ela apresentava escoriações pelo corpo e fratura na perna. Além disso, havia um corte na coxa direita que formava a palavra "sim" e também "F57" na mão esquerda. 

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Conforme indícios, o ato de automutilação faz parte dos desafios propostos durante o jogo. A jovem está internada na área de ortopedia e já recebeu a visita da mãe nesta sexta-feira (28), conforme a imprensa local.  

Ao todo, sete casos envolvendo o jogo Baleia Azul estão sendo investigados em Pernambuco. Os trabalhos investigativos estão sendo realizados tanto pela Polícia Civil quanto pela Polícia Federal. 

Segundo o gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), delegado Darlson Macedo, cinco vítimas procuraram o departamento e registraram o boletim de ocorrência. O caso mais recente foi nesta quinta-feira (20) no Ibura, Zona Sul do Recife. “Um dos desafios para a vítima era matar um animal, um gato, filmar e beber o sangue”, destaca o gestor. 

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Baleia Azul é um jogo surgido na Rússia que propõe uma série de desafios a jovens, sendo o último deles o suicídio. Quando o jovem entra no jogo, mas decide sair, ela começa a receber ameaças.

“Essas ameaças não vão se concretizar. Esses curadores são covardes, não vão sair da zona de conforto para matar as crianças”, conta o delegado, que sugere que os participantes saíam do jogo e procurem a polícia. 

Uma das crianças que estão sendo acompanhadas saiu do grupo e começou a ser perseguido no WhatsApp. De acordo com o delegado, a criança recebeu ameaça de três pessoas com códigos telefônicos do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Salvador.

A recomendação para as famílias é acompanhar o comportamento das crianças, que ao se envolver com o Baleia Azul passam a ficar arredias e mudam seus hábitos. Por exemplo, elas podem passar a usar apenas camisa de manga longa, para esconder as cicatrizes dos desafios que envolvem a automutilação. 

A deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB) propôs, nesta quinta-feira (20), que a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realize uma audiência pública para discutir formas de se combater a expansão do jogo Baleia Azul entre os adolescentes no estado. O desafio virtual estaria levando jovens, de todo o mundo, a praticar atos como a automutilação e o suicídio.  

Em Pernambuco, inclusive, estão sendo investigados dois casos de automutilação em função do jogo. Um em Goiana, na Mata Norte, onde uma estudante de uma escola da rede pública estadual teria dado entrada no Hospital Belarmino Correia com marcas de cortes no corpo e após um surto psicótico. 

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O segundo caso foi registrado pelo Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente do Paulista. Uma mãe levou a filha à DPCA com lesões no braço, na perna e mensagens ameaçadoras no celular por não ter cumprido uma das missões propostas pelo jogo. A adolescente tem 13 anos e teria começado o desafio na última segunda.

“Nossos jovens, sobretudo aqueles que enfrentam problemas de depressão, estão sendo vítimas desse jogo. É importante, portanto, que esta Casa reúna pessoas que possam contribuir com propostas para salvar estes adolescentes”, defendeu a parlamentar. 

A Polícia Federal emitiu um alerta nesta semana sobre os jogos. A disputa virtual atrai adolescentes para cumprir um desafio com 50 missões, sendo a última atentar contra a própria vida. Ao todo, de 2015 a 2016 foram somados 130 suicídios no mundo. Três deles no Brasil.

No Brasil, 1 em cada 10 adolescentes de 11 a 17 anos acessa conteúdo na internet sobre formas de se ferir - e 1 em cada 20, de se suicidar, segundo o Centro de Estudos Sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (Cetic). Depois de postar em sua página no Facebook a frase "a culpa é da baleia", um adolescente de 17 anos tentou se jogar ontem do viaduto sobre a Rodovia Marechal Rondon, em Bauru, interior paulista. Trata-se de mais um caso que envolveria o jogo viral de internet Baleia-Azul, que incita a suicídio e mutilações e já causou alertas policiais e de saúde em oito Estados (SP, PR, MG, MT, PE, PB, RJ e SC).

Pesquisa do Cetic que analisou 19 milhões de internautas brasileiros mostra o avanço das buscas desse público por mutilações (11%) e mortes (6%) no universo online. Os casos mais recentes envolvem o Baleia-Azul. O maior número de registros até agora é na Paraíba, onde a Polícia Militar diz ter identificado 20 adolescentes envolvidos no jogo. O coronel Arnaldo Sobrinho, coordenador do Escritório Brasileiro da Associação Internacional de Prevenção ao Crime Cibernético, relatou tentativas de suicídio e mutilação de adolescentes em João Pessoa e nas cidades de Campina Grande e Guarabira.

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A origem e até a existência do suposto jogo, com 50 níveis de dificuldade, tendo o suicídio como resultado final, é polêmica. Seu nome deriva da espécie presente nos Oceanos Atlântico, Pacífico, Antártico e Índico que chega a procurar as praias, por vontade própria, para morrer.

As primeiras informações, de 2015, relatavam um jogo de incentivo ao suicídio propagado pelo Vkontakte (VK), o Facebook russo. Posteriormente, entidades denunciaram o caso como "fake news" (notícia falsa), mas o viral não para de avançar. Participantes surgem em grupos fechados, selecionados de madrugada. Na sequência, o administrador, ou "curador", lança desafios, que já provocaram problemas em diversos países, incluindo Espanha e França.

Polícia

O problema tem ganhado contornos reais e policiais. Em São Paulo, o caso de Bauru não é isolado. Na semana passada, um adolescente de 13 anos tentou se matar, em Jaú, cortando braços com lâmina de barbear. Uma irmã contou que o garoto andava depressivo e excluiu a família das redes sociais. A mãe conseguiu entrar no notebook do jovem apenas no dia seguinte e notou a associação com o baleia-azul.

E os casos se espalham pelo País. No Paraná, Priscila (nome fictício), de 25 anos, decidiu entrar no jogo para investigá-lo porque estava preocupada com a irmã, de 11 anos - e se assustou. "Não consegui chegar até o fim, são mensagens pesadas, que nos incitam a fazer mal para pessoas que amamos. É agressivo, intenso, mas precisei entrar para saber o perigo."

O Paraná registrou a entrada de oito adolescentes entre 13 e 17 anos (quatro meninos e quatro meninas), na madrugada de ontem, nas unidades de saúde de Curitiba - cinco por tentativa de suicídio por medicamentos e três por automutilação. O secretário estadual de Segurança, Wagner Mesquita, afirmou que um dos jovens relatou a participação no jogo.

"Nossa investigação vai em busca dos responsáveis para enquadrá-los por incitação ao suicídio", disse ele. O crime, previsto no artigo 122 do Código Penal, tem pena de 2 a 6 anos de reclusão. "Vamos trocar informações com outros Estados."

Em Pernambuco, a Polícia Federal lançou um vídeo na internet e montou equipes anteontem para ir a escolas fazer alertas. Em menos de uma semana, a polícia catarinense atendeu nove casos de mutilações, instigados pelo Baleia-Azul e lançará uma campanha de conscientização. Já a região nordeste de Mato Grosso está em alerta. Além de investigar a morte de Maria Oliveira de 16 anos, há 15 dias, a PM identificou uma suposta comunidade ligada ao jogo com cerca de 350 participantes.

Em Minas, a Polícia Civil investiga dois suicídios, o de um jovem de 19 anos, de Pará de Minas (região centro-oeste), e de um rapaz de 16 anos, de Belo Horizonte. No Rio, há dois casos de aliciamento do jogo sendo apurados pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo sem a confirmação de casos, começaram a surgir mobilizações para conter a disseminação do Baleia-Azul. Uma das estratégias adotadas é criar "contrajogos" que utilizem a mesma lógica, com regras divulgadas em redes sociais, mas que proponham desafios focados na promoção do bem-estar.

Nos próximos dias, a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) deve lançar o Coelho Branco, que consiste em 15 tarefas elaboradas por estudantes do ensino médio técnico de Programação de Jogos Digitais, sob supervisão da professora Evelyn Cid.

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Segundo o diretor Marcelo Krokoscz, a ideia partiu dos próprios adolescentes durante uma discussão em sala de aula. "Também conversamos com os pais para alertá-los, foi uma campanha ampla", explica.

Com proposta parecida, dois publicitários e a psicóloga Tamara Moura Camargo, de 30 anos, lançaram o site Baleia Rosa. "Meus amigos resolveram responder ao jogo utilizando a linguagem da propaganda para promover algo benéfico e me convidaram por ter conhecimento na área", conta Tamara.

Segundo ela, o projeto cresceu mais no Facebook, no qual ultrapassou 157 mil seguidores em seis dias. Em menos de 24 horas, ela calcula ter recebido 2 mil mensagens pelo perfil na rede social, das quais ao menos 20% são de usuários com tendências suicidas.

"Alguns relatam ter pessoas próximas que passam por isso, enquanto outros dizem ter jogado o Baleia-Azul. Muitos também querem desabafar", explica ela, que costuma fazer um acolhimento e, após conversas iniciais, indicar atendimento gratuito para essas pessoas. "Não tem como exercer uma psicoterapia pelo Facebook, então o meu trabalho é quase uma triagem, de dar uma palavra de conforto", comenta.

De acordo com Tamara, a procura é tamanha que o Baleia Rosa cogita recrutar outros psicólogos para ajudarem, pois, por envolver uma situação delicada, a resposta precisa ser ágil. "Não era esse o objetivo inicial, mas tudo tomou uma proporção maior. Precisamos ajudar essas pessoas", explica.

Uma moradora de Ribeirão Preto de 17 anos foi uma das que procurou a página. Ela afirma enfrentar problemas em casa, após o término de um namoro, além de sofrer bullying na escola e, por isso, se mutilaria há um ano. Ao saber do Baleia-Azul, inicialmente procurou o jogo, mas não aceitou participar dos desafios. Ela conta que, quando relata o que sente, ouve que é "frescura". "Essas pessoas (aliciadores do jogo) também precisam de ajuda. Só querem nos ajudar a fazer a dor passar."

Fase

A psicóloga Karen Scavacini explica que a adolescência é uma fase delicada, por marcar o descolamento da família e a busca da independência, o que pode explicar o predomínio de menores de idade nesses jogos. "É uma fase de desafios, de inseguranças envolvendo escola, vestibular, carreira. Mesmo os mais fragilizados querem se sentir poderosos", afirma a fundadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, de São Paulo.

Especialista em psicologia escolar, Jéssica Vilela comenta também que grupos que promovem suicídio e automutilação podem ser um "gatilho". "Esses adolescentes encontram alguém com quem falar sobre essa possibilidade e podem ser encorajados ao perceber que há mais pessoas pensando nisso", alerta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jogo Baleia Azul e as discussões recentes sobre suicídio na esteira da série '13 Reasons Why', da Netflix, já mobilizam a manifestação de jovens nas redes sociais. Nesta segunda-feira, 17, o youtuber Felipe Neto destacou em um vídeo a importância de discutir a depressão e o suicídio.

Felipe Neto revelou que sofre com depressão e incentivou que as pessoas na mesma situação procurem ajuda profissional. "Eu sofro de depressão. É um problema leve o meu, não é muito grave. Eu sou diagnosticado e medicado e vivo muito bem a minha vida", disse.

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O jovem encorajou seguidores a falarem com pessoas de confiança sobre eventuais pensamentos suicidas. "Não sinta vergonha disso. A primeira coisa a fazer se você tem qualquer tipo de pensamento suicida é ligar para o número 141 (do Centro de Valorização da Vida - CVV)".

"Psiquiatra, psicólogo, terapeuta não é coisa de gente doente. Se você tem depressão, você precisa de ajuda profissional. Não importa o grau da sua depressão, você pode se curar. Conte o que você está sentindo, abra o seu coração", disse o jovem, que tem mais de 10 milhões de inscritos.

Sobre o jogo, que incentiva que os jovens se machuquem e se matem para completar as "fases", o youtuber acredita que o problema não é o "game" em si. "Antes de se preocupar com o jogo, você tem que se preocupar com o seu filho. O jogo é uma consequência de pessoas que estão passando por problemas. E é um problema silencioso que a maioria das pessoas não gosta de falar", disse.

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A vereadora do Recife Michele Collins (PP) repercutiu, na tarde desta terça-feira (18), em sessão plenária na câmara municipal, o alerta da Polícia Federal de Pernambuco sobre os riscos do jogo virtual Baleia Azul ou Blue Whate, em inglês. Segundo a PF, o desafio acontece por meio de grupos privados nas redes sociais, nos quais cibercriminosos aliciam os participantes a cumprirem tarefas em um período de 50 dias com a finalidade de chegar à morte. 

Collins declarou que, muitas vezes, essas notícias não são mostradas pela mídia e que o objetivo desses “criminosos” é de praticar o mal e destruirem famílias. “O jogo ganhou adeptos no mundo inteiro, principalmente, entre crianças e jovens. É um tema muito importante”, frisou. Ela também disse que, em sua maioria, as pessoas que são atingidas se encontram em “situação de vulnerabilidade”. 

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Ela também divulgou um relatório da Organização Mundial de Saúde, a OMS. Segundo o estudo, o Brasil é o oitavo país no qual se comete mais suicídios no mundo. O primeiro lugar, segundo o levantamento, é a Índia e, em terceiro, a China. “O que aumenta nossa preocupação é um jogo na internet que estimula os jovens e as crianças”, acrescentou. 

Com base no comportamento suicida das baleias, um jogo chamado Baleia Azul começou a se espalhar a partir da Rússia, em 2015. O ponto de partida se deu quando uma jovem de 15 anos se jogou de um prédio e a onda de suicídios foi se espalhando, de acordo com informações da Polícia Federal em Pernambuco. As vítimas participavam de um desafio com 50 missões, sendo a última atentar contra a própria vida. Ao todo, de 2015 a 2016 foram somados 130 suicídios.

A PF, diante disso, informou que irá dar dicas de segurança para os pais e orientações de como se proteger, bem como saber se seu filho está participando de tal jogo destrutivo. Além disso, esclareceu que as palestras de cibercrimes da Polícia Federal já estão incluindo orientações de como se proteger desta nova modalidade criminosa que os bandidos virtuais estão utilizando para atrair e vitimar os jovens e adolescentes. No Brasil o jogo já fez vítimas em Cuiabá (MT), Pará de Minas (MG) e João Pessoa (PB).

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Segundo a PF, os cibercriminosos possuem tática para coagirem os jovens a praticarem o jogo que consiste em jogo da asfixia, desafio do sal e gelo, e jogo da fada. Conforme as autoridades, esse jogo pode atrair não só aqueles em situação vulnerável, mas também outros, pela sedução da emoção que os desafios propõem, então, utilizando-se da inocência, da paranoia e da neurose de suas vítimas fazem elas acreditar que estão à mercê dos administradores. 

A PF diz que normalmente os alvos dos criminosos são crianças e adolescentes, já que são facilmente impressionáveis e por isso são coagidos a participar do jogo no Facebook ou Whatsapp em virtude de terem acesso ao banco de dados do Serasa e Cadastro Nacional (com dados pessoais como nome completo, escola em que estuda, média de notas escolares, cidade, endereço, IP e nome de amigos próximos). Com essas informações eles passam a assustar as vítimas menores de idade ao mostrar dados pessoais e fazer ameaças. A criança se sente pressionada e amedrontada e passa a interagir com eles e responder ao desafio. 

Conforme as informações já obtidas pelas investigações da Polícia Federal, as vítimas jogam através de links em grupos no Facebook, numa rede social russa chamada VK. Atualmente há mais de 33 milhões de usuários. Outro meio é através do WhatsApp em grupos criados para essa finalidade. Para os mentores desse jogo e os que o rege, a conduta é criminosa, segundo a PF sendo o crime de indução ou auxílio ao suicídio de outra pessoa (artigo 122 do Código Penal), com pena de dois a seis anos de prisão caso o suicídio se consuma ou de um a três anos de prisão caso a tentativa de suicídio resulte em lesão corporal grave. Caso tais pessoas sejam menores, as condutas criminosas que praticarem entram como ato infracional, estando sujeitos às penalidades instituídas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. A indenização cível deverá ser paga pelos seus responsáveis legais.

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A Polícia Federal listou métodos para se proteger do jogo:                        

1 - Denuncie os grupos

Se você perceber algum amigo postando fotos e mensagens estranhas nas redes sociais, talvez ele esteja jogando o “Baleia Azul”, não ignore, denuncie o próprio Facebook possui ferramentas de denúncia.

2 - Você poderá lavrar um boletim de ocorrência em uma delegacia e caso você tenha acesso às conversas trocadas entre o mentor e o jogador, pode comparecer a um cartório de notas, onde será lavrada uma ata notarial, dando fé pública ao conteúdo das mensagens (essa ata será importante fonte de prova caso as mensagens sejam apagadas).

1 - Também as escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporar no currículo, cada vez mais, a educação para a valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias.

2 - E lembrar que o CVV (Centro de Valorização da Vida) presta um serviço incrível por meio do telefone 141 e você sempre pode buscar órgãos apropriados como a SaferNet e autoridades locais.

Alerta aos pais:

1 - Os pais devem atrair a confiança dos filhos através do diálogo franco e aberto sem qualquer tipo de repressão para que no primeiro sinal de perigo a criança possa sentir-se à vontade e procurar sua ajuda, confidenciando-lhes o que está acontecendo; 

2 - Observe o comportamento estranhos dos filhos tais como isolamento, tristeza aguda, decepção amorosa, comportamentos depressivos, atitudes suicidas;

3 - Preste atenção no corpo de seu filho se não existe sinais de mutilação ou queimaduras e se ele de repente está usando camisas de mangas compridas para evitar a exposição de tais marcas;

4 - Há tempo para tudo. Evite que seus filhos fiquem expostos há altas horas na internet e assistindo filmes na televisão pela madrugada. 

5 - Observe se ele não está saindo de casa escondido em horários pela madrugada com o objetivo de cumprir tarefas impostas pelo jogo;

6 - Os pais devem supervisionar os acessos dos filhos de uma forma discreta; A vida moderna exige que os pais tenham pelo menos conhecimento básico de internet – peça ao seu filho para ser adicionado nas redes sociais deles, fazendo isso você poderá saber o que está se passando com ele e com quem eles estão interagindo. Caso os pais não tenha idade para aprender a conviver com este mundo virtual eles devem delegar tal tarefa para um parente mais próximo (irmão, primo, sobrinho) a quem o adolescente seja próximo e confie; 

7 - Quando possível deixe o computador num local comum e visível da casa; 

8 - Se vetar alguma página explique as razões e os perigos da rede; 

9 - Evitar expor informações particulares e de dados pessoais em demasia: telefones, endereços, CPF, horário que sai de casa e para onde está indo, localização acessível o tempo todo, etc;

10 - Evitar colocar fotos tais como: locais onde frequenta (clubes, teatros, igrejas), carros (a placa localiza o endereço), casa (mostra onde a pessoa mora); 

11 - Nunca incluir desconhecidos nos contatos. 

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