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O chefe da ONU disse nesta segunda-feira (13) que o presidente sírio, Bashar al-Assad, concordou em abrir mais duas passagens fronteiriças para permitir a entrada de ajuda às vítimas do terremoto que deixou mais de 35 mil mortos na região.

Antes da tragédia, quase toda a ajuda humanitária crucial para os mais de quatro milhões de pessoas que vivem em áreas controladas por rebeldes no noroeste da Síria era entregue da Turquia, por meio do cruzamento de Bab al-Hawa.

“A abertura desses pontos de cruzamento, além de facilitar o acesso humanitário, acelerar as aprovações de vistos e facilitar as viagens entre os centros, permitirá que entre mais ajuda, mais rápido”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em um comunicado.

Ele disse que Assad havia concordado em abrir os pontos de travessia de Bab al-Salam e Al-Rai, da Turquia ao noroeste da Síria, por um período inicial de três meses, para possibilitar a entrega oportuna de ajuda humanitária.

Guterres apontou que, dado que o número de vítimas do terremoto segue aumentando e que os sobreviventes estão expostos às duras condições de inverno na Síria devastada pela guerra, entregar “suprimentos vitais para todas as milhões de pessoas afetadas é de suma urgência”.

“Se o regime estiver disposto a colocar em prática essas palavras, isso seria algo bom para o povo sírio”, reagiu o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

O anúncio ocorre um dia depois de o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, se reunir com Assad em Damasco para discutir a resposta ao terremoto de magnitude 7,8 que atingiu Síria e Turquia em 6 de fevereiro.

A situação é particularmente grave na área controlada por rebeldes no noroeste da Síria, que não pode receber ajuda de partes do país controladas pelo governo sem autorização de Damasco.

O único cruzamento fronteiriço aberto para suporte a partir da Turquia também teve suas operações interrompidas pelo abalo sísmico.

A ajuda nas zonas controladas pelos rebeldes na Síria costumam chegar através da Turquia por um mecanismo transfronteiriço criado em 2014 por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

Mas foi questionado por Damasco e seu aliado Moscou, que os veem como uma violação da soberania síria. Sob pressão da Rússia e China, o número de pontos de cruzamento caiu de quatro para um.

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, foi reeleito nesta quinta-feira (27) para um quarto mandato de sete anos, em eleições realizadas em um país destruído pela guerra, apesar das acusações do Ocidente de que o sufrágio não foi "nem livre, nem justo".

Durante uma coletiva de imprensa à noite, o presidente do Parlamento, Hammud Sabbagha, anunciou que Bashar al-Assad foi reeleito com 95,1% dos votos.

De acordo com Sabbagha, 14,2 milhões de pessoas foram às urnas, entre 18,1 milhões aptas a votar, o que representa uma taxa de participação de 76,64%.

Assad está no poder desde 2000, quando substituiu o pai Hafez, falecido após 30 anos de um governo com mão de ferro. Na terça-feira, o presidente criticou os países ocidentais, a começar pelos Estados Unidos e os países europeus, que consideraram que as eleições não foram livres.

Em 2014, Bashar al-Assad recebeu 88% dos votos, de acordo com os resultados oficiais.

Antes mesmo do anúncio oficial do resultado das eleições, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de várias cidades do país.

Na cidade costeira de Tartus, no oeste, multidões agitavam bandeiras e carregavam retratos de Bashar al-Assad, enquanto outros dançavam e tocavam instrumentos, de acordo com imagens transmitidas pela televisão síria.

Milhares de pessoas também se reuniram em Latakia, também à beira-mar, e na capital, Damasco.

Em Sweida, no sul do país, uma multidão se aglomerou em frente à sede do governado e em Aleppo vários homens montaram um palanque.

- Necessidades gigantescas -

Foi a segunda votação presidencial no país desde o começo da guerra em 2011, que já deixou mais de 388 mil mortos e levou ao exílio milhões de sírios.

De acordo com os registros, o país tem oficialmente pouco menos de 18 milhões de eleitores. Mas com a fragmentação do país pela guerra e o exílio, o número de eleitores é menor.

Em um país com economia destruída e infraestrutura dilapidada, Bashar al-Assad se apresentou como o homem da reconstrução, tendo travado batalhas militares com o apoio da Rússia e do Irã, seus aliados fiéis, e recuperado dois terços do território perdido.

Em uma Síria polarizada pela guerra, as regiões curdas autônomas do nordeste não irão reconhecer as eleições, assim como o último reduto jihadista e rebelde de Idlib (noroeste), onde vivem cerca de três milhões de pessoas.

Dois candidatos se apresentaram para disputar as eleições com Assad: o ex-ministro Abdallah Sallum Abdallah e e um membro da oposição tolerado pelo poder, Mahmud Marei. Os dois tiveram 1,5% e 3,3% dos votos, respectivamente.

A lei eleitoral exige que os candidatos tenham vivido na Síria por dez anos consecutivos antes das eleições, de modo que as figuras enfraquecidas da oposição no exílio foram de fato excluídas. A principal coalizão opositora denunciou que as eleições foram uma "farsa".

"As opiniões deles não valem nada", criticou Assad esta semana, referindo-se aos países ocidentais, que consideraram que as eleições "não foram livres nem justas".

As eleições ocorreram em meio a um marasmo econômico, com uma desvalorização histórica da moeda, inflação galopante e mais de 80% da população vivendo na pobreza, segundo a ONU.

A Síria, como o próprio Assad, está sujeita a sanções internacionais. E as necessidades de reconstrução são gigantescas.

Um relatório recente da ONG World Vision estima o custo econômico da guerra em mais de 1,2 trilhão de dólares.

O presidente sírio Bashar al-Assad demitiu, nesta quinta-feira (11), o primeiro-ministro Imad Khamis, num momento em que o país, em guerra há anos, atravessa uma crise econômica particularmente grave, informou a presidência.

O presidente publicou um decreto em que "retira do cargo o primeiro-ministro Imad Mohamed Dib Khamis", de acordo com um comunicado oficial.

Khamis, 58 anos, ocupa o cargo desde 2016.

Ele será substituído pelo atual ministro de Recursos Hidráulicos, Husein Arnous, provisoriamente, até as eleições legislativas programadas para 19 de julho.

"Assad designou Hussein Arnous para o cargo de primeiro-ministro, bem como para o restante de suas tarefas", explicou a presidência.

"O governo continua seu trabalho até a eleição de um novo parlamento", acrescentou.

A demissão de Khamis ocorre após duras críticas ao desempenho de seu governo diante da crise econômica.

O valor da libra síria despencou nos mercados nas últimas semanas.

Segundo especialistas, a depreciação é explicada pelas sanções americanas que entrarão em vigor em meados de junho.

A crise foi ampliada pelas medidas de confinamento tomadas durante a pandemia de coronavírus, bem como pelo naufrágio econômico do Líbano.

Embora a cotação oficial da libra síria seja atualmente de 700 libras por dólar, no mercado paralelo a moeda nacional excedeu 3.000 libras por dólar.

Antes do início da guerra, que causou mais de 380.000 mortes e o êxodo de milhões de sírios, o dólar valia 48 libras sírias, segundo a taxa estabelecida pelo banco central.

Na quinta-feira, dezenas de pessoas com retratos de Asad e bandeiras da Síria se manifestaram em Damasco para denunciar as sanções dos EUA e apoiar o presidente, segundo um fotógrafo da AFP.

O presidente sírio Bashar al-Assad demitiu, nesta quinta-feira (11), o primeiro-ministro Imad Khamis, num momento em que o país, em guerra há anos, atravessa uma crise econômica particularmente grave, informou a presidência.

O presidente publicou um decreto em que "retira do cargo o primeiro-ministro Imad Mohamed Dib Khamis", de acordo com um comunicado oficial.

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Khamis, 58 anos, ocupa o cargo desde 2016.

Ele será substituído pelo atual ministro de Recursos Hidráulicos, Husein Arnous, provisoriamente, até as eleições legislativas programadas para 19 de julho.

"Assad designou Hussein Arnous para o cargo de primeiro-ministro, bem como para o restante de suas tarefas", explicou a presidência.

"O governo continua seu trabalho até a eleição de um novo parlamento", acrescentou.

A demissão de Khamis ocorre após duras críticas ao desempenho de seu governo diante da crise econômica.

O valor da libra síria despencou nos mercados nas últimas semanas. Segundo especialistas, a depreciação é explicada pelas sanções americanas que entrarão em vigor em meados de junho.

A crise foi ampliada pelas medidas de confinamento tomadas durante a pandemia de coronavírus, bem como pelo naufrágio econômico do Líbano.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, declarou nesta quinta-feira (31) que não quer tornar a Turquia um "inimigo", apesar da presença de forças turcas no norte do país.

"Devemos nos assegurar de não transformar a Turquia em um inimigo", disse Al-Assad em entrevista à TV estatal. "Aqui é onde entra o papel dos (países) amigos", como Rússia e Irã.

Mas Al-Assad avaliou que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, é um "inimigo" devido a sua política hostil com Damasco.

Durante a guerra na Síria, que causou mais de 370 mil mortes desde 2011, a Turquia apoiou os grupos rebeldes.

O Exército turco e as milícias sírias que o apoiam realizam operações militares no norte da Síria contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e contra as forças curdas que Ancara qualifica de "terroristas".

A ofensiva lançada em 9 de outubro permitiu à Turquia controlar uma faixa de 120 km em detrimento da principal milícia curda na Síria, as Unidades de Defesa Popular (YPG).

A operação militar foi suspensa graças a dois acordos concluídos entre as autoridades turcas e Washington e Moscou.

Ancara quer uma "zona de segurança" de 30 km de largura no território sírio para impedir a emergência de um embrião de Estado curdo em sua fronteira, suscetível de avivar as reivindicações desta minoria étnica na Turquia.

A ofensiva lançada por Ancara deu a Damasco a oportunidade de ocupar, pela primeira vez desde 2012, vários setores do norte da Síria, após os curdos pedirem a ajuda de Damasco, diante da saída das tropas americanas da zona.

"A entrada do exército sírio (no norte) significa a entrada do Estado", disse Al-Assad na entrevista, acrescentando que a recuperação da soberania nacional nestas áreas e o eventual desarmamento das forças curdas se fará "progressivamente".

Sobre o acordo entre Ancara e Moscou que prevê patrulhas conjuntas turco-russas ao longo da fronteira entre Síria e Turquia, Al-Assad qualificou de algo "temporário". "É preciso distinguir entre os objetivos estratégicos (...) e os enfoques táticos".

Al-Assad também falou da situação na região de Idlib (noroeste), objeto de um acordo entre Rússia e Turquia. "Libertaremos Idlib (...) gradualmente através de operações militares".

A região de Idlib é o último grande bastião hostil ao regime de Al-Assad.

O presidente sírio Bashar al-Assad compareceu nesta quarta-feira (5) a uma mesquita de Damasco para a oração do Aíd al Fitr, a festa que marca o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadã.

O presidente visitou a mesquita Hafez al Asad, que tem o nome de seu pai, na zona oeste de Damasco. Assad rezou ao lado de funcionários importantes do governo e de líderes religiosos, incluindo o mufti da Síria, Ahmad Badredin Hasun.

Desde o início da guerra em 2011, Assad faz poucos deslocamentos fora de um determinado perímetro em Damasco.

Mas nos últimos anos, por ocasião das festas religiosas, Assad saiu de Damasco, aproveitando a reconquista de áreas do território pelas Forças Armadas sírias.

Em junho de 2018, o presidente sírio visitou a cidade costeira de Tartus, oeste do país, para o Aíd al Fitr. Também fez viagens oficiais ao Irã e à Rússia, seus dois principais aliados internacionais.

Onze pessoas morreram neste domingo na Síria em um bombardeio com foguetes contra a cidade de Aleppo, controlada pelo regime de Bashar al-Assad, anunciou a agência de notícias oficial Sana.

A segunda maior cidade da Síria fica perto do reduto jihadista de Idlib, província dominada pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS, antigo braço da Al-Qaeda).

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Desde que o regime a recuperou, em 2016, Aleppo é alvo de ataques esporádicos jihadistas ou rebeldes.

Segundo a Sana, 11 pessoas foram mortas por foguetes de "grupos terroristas", terminologia habitual do regime para se referir tanto aos jihadistas quanto aos rebeldes. Onze civis ficaram feridos.

A agência acusou grupos rebeldes apoiados pela Turquia de estarem por trás do bombardeio, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) apontou para grupos jihadistas, incluindo o HTS.

O suposto ataque químico realizado pelo governo sírio aconteceu no dia 7 de abril, no entanto, ainda está bem vivo na memória do mundo inteiro. Tanto que, para investigar as causas e confirmar o dolo da ação, investigadores da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAC) estiveram na cidade de Duman, mas sem sucesso. Apesar da ONU liberar a ordem para as investigações, segundo a OPAC, as equipes não teriam garantia de segurança por parte dos sírios, nem dos russos - aliados do governo do ditador Bashar Al-Assad. Desta forma, os especialistas não tiveram o acesso ao local do atentado neste primeiro momento.

Em resposta a esse suposto ataque sírio contra sua própria população, o governo dos Estados Unidos realizaram uma contrainvestida. Em ação conjunta com o Reino Unido e a França, o exército de Donald Trump bombardeou a Síria na última sexta-feira (13). Após essa investida, no último domingo (15), as investigações no local do primeiro ataque sírio foram, de fato, iniciadas com o apoio do governo local e com uma garantia de que os russos não iriam interferir. Confira os detalhes no vídeo:

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O papa Francisco afirmou neste domingo (15) que está "profundamente perturbado" com a "incapacidade" da comunidade internacional em elaborar uma resposta comum à crise na Síria.

Após a oração do Regina Coeli, na praça São Pedro, no Vaticano, o Pontífice fez um apelo a "todos os responsáveis políticos para que prevaleça a justiça e a paz" para se tomar qualquer decisão.

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O líder da Igreja Católica fez referência aos bombardeios realizados pelos Estados Unidos, França e Reino Unido contra o regime de Bashar al-Assad, após grupos rebeldes acusarem Damasco de realizar um ataque químico em Duma.

Durante seu pronunciamento, Jorge Mario Bergoglio ainda ressaltou que reza "incessantemente pela paz" e convidou todas as pessoas de "boa vontade" para se unirem pelo bem comum.

Da Ansa

O governo do Canadá manifestou hoje apoio ao ataque conduzido pelos Estados Unidos na Síria, na noite de ontem, com o primeiro-ministro Justin Trudeau dizendo que o uso de armas químicas contra cidadãos sírios, incluindo crianças, era um crime de guerra.

Em um comunicado, Trudeau afirmou que seu país "aprovou a ação limitada e específica" dos EUA de lançar cerca de 60 mísseis Tomahawk em uma base aérea síria próxima a Homs. Autoridades americanas disseram que a ofensiva foi uma uma resposta ao ataque químico que matou dezenas de sírios no começo da semana e que Washington acredita ter sido conduzido pelo presidente da Síria, Bashar al-Assad. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que o regime de Bashar al-Assad é responsável pelo ataque aparentemente realizado com uma arma química na Síria, que deixou pelo menos 58 mortos na terça-feira. "O ataque químico horrível na Síria contra inocentes foi uma afronta à humanidade", disse Trump. O presidente americano não quis adiantar, porém, se mudaria a política em relação ao regime de Assad nem se poderia realizar um ataque militar em território sírio.

Durante entrevista coletiva com o rei da Jordânia, Abdullah, Trump disse que "essas ações terríveis do regime de Assad não podem ser toleradas" e que o ataque de ontem "cruzou muitos limites" para ele. O presidente americano disse que sua atitude em relação à Síria e ao regime de Assad pode "mudar muito" e que "já está mudando". Mas Trump também criticou o governo do antecessor, Barack Obama, por adiantar ações militares, dando aos inimigos tempo para se preparar para um eventual ataque. "Não estou dizendo que atacarei ou não a Síria, não anteciparei essa informação", disse. Trump comentou que o ataque contra civis na Síria, inclusive crianças, "teve um grande impacto sobre mim".

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O presidente americano agradeceu a visita à Casa Branca do rei da Jordânia e enfatizou que o país é um importante aliado. "A Jordânia é uma fonte de estabilidade e esperança no Oriente Médio e preservaremos essa relação", disse. Trump agradeceu a parceria jordaniana na luta contra o Estado Islâmico e outros extremistas. "Discutimos hoje com o rei como vencer o Estado Islâmico e é isso que faremos. Destruiremos o Estado Islâmico e protegeremos nossa civilização, não temos escolha."

O rei jordaniano disse que é preciso acabar com o conflito na Síria, preservando a integridade territorial do país. Segundo Abdullah, Trump tem feito um bom trabalho para avançar na busca pela paz na região.

Trump, por sua vez, elogiou a Jordânia por seu papel em receber refugiados da guerra síria e disse que os EUA continuarão a contribuir financeiramente para auxiliar nessa tarefa. "Os refugiados querem voltar para casa e isso deve ser parte da política para eles", disse Trump. O rei jordaniano, por sua vez, lembrou que a volta dos refugiados para casa, após o fim dos conflitos, ajuda inclusive economicamente seus países de origem.

Os líderes também expressaram o desejo comum de que finalmente se chegue à paz entre Israel e os palestinos. Trump disse estar confiante na possibilidade de um acordo, mesmo após décadas de tentativas frustradas.

O presidente americano ainda criticou o acordo fechado entre potências, entre elas os EUA sob Obama, e o Irã, pelo qual Teerã desistiu de qualquer iniciativa de um programa nuclear com fins militares, em troca do relaxamento de sanções internacionais. Trump disse que o acordo com o Irã é "um dos piores que já vi" e que não deveria ter sido feito, pois segundo ele só beneficia um lado da questão.

O governo russo acusou nesta quarta-feira (5) os rebeldes sírios de serem os responsáveis pelo ataque com armas químicas que mataram, ao menos, 72 pessoas em Khan Cheikhoun, na Síria, nesta terça-feira (4).

Diferentemente de todos os países ocidentais, os russos informaram que a ação foi realizada por terra por esses grupos que lutam contra o governo de Bashar al-Assad. Apesar das acusações internacionais, Damasco sempre negou que tenha realizado a ação.

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No entanto, o Kremlin confirmou que um ataque feito por sua Força Aérea atingiu uma base dos rebeldes que produzia bombas com "substâncias tóxicas".

Ainda não se sabe exatamente qual foi a arma química utilizada no ataque, mas segundo o ministro da Saúde da Turquia, Recep Akdag, "as primeiras análises indicam que foi um ataque químico", provavelmente, com gás sarin. Os hospitais turcos, próximos à fronteira com a Síria, ainda atendem dezenas de feridos da ação militar de ontem.

Os bombardeios à região continuam ocorrendo nesta quarta, quando o Conselho de Segurança das Nações Unidas marcou uma reunião de emergência para debater os ataques na Síria.

O território sírio está imerso em uma guerra civil há mais de seis anos, onde opositores de Assad lutam contra o governo e vice-versa. Além do conflito que se espalhou pelo país, inicialmente, por questões políticas, há ainda a forte presença de grupos terroristas, como o Estado Islâmico (EI, ex-Isis) e o Frente al-Nusra. Os primeiros chegaram a criar um "califado" em grande parte do território sírio. 

A Rússia comunicou nesta sexta-feira (6), que está retirando seus porta-aviões e navios de guerra das águas do largo da síria, como o primeiro passo para retirada das forças de segurança do país, segundo a Associated Press.

O transportador Almirante Kuznetsov e os navios de acompanhamento serão os primeiros a partir, informou o chefe do Estado-Maior Geral russo, General Valery Gerasimov.

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Segundo a agência estatal de notícias Tass, de acordo com a decisão do comandante supremo, Vladimir Putin, o Ministério da Defesa está começando a reduzir o número de forças armadas na Síria.

Putin anunciou um acordo de cessar-fogo entre o regime sírio e a oposição armada da Síria, em dezembro do ano passado. Já nesta semana, rebeldes rejeitaram a proposta apresentada pelo governo Assad para que entreguem suas armas e se retirem de Yalda, Babila e Beit Sahem, que ficam ao sul da capital Damasco.

A Rússia começou a fazer ataques aéreos na Síria no final de setembro de 2015. A medida afetou o equilíbrio de forças no país, já que, apesar de terem como alvo comum o Estado Islâmico, a Rússia e os Estados Unidos apoiam forças diferentes no conflito.

Enquanto os russos apoiam o presidente sírio, Bashar al-Assad, as forças ocidentais dão suporte aos grupos de rebeldes, que são contrários a Assad.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos estima que ao todo, 3.943 civis morreram na Síria em 2016 por conta de ataques da aviação russa no país.  

O presidente sírio, Bashar al-Assad, enviou neste sábado (28) uma mensagem ao Papa Francisco através de uma delegação recebida em Roma pelo número dois da Santa Sé, Monsenhor Pietro Parolin, informou o Vaticano.

"Nesta manhã, o secretário de Estado da Santa Sé, Monsenhor Pietro Parolin, e o secretário de Relações com os Estados, Monsenhor Dominique Mamberti, receberam uma delegação do governo sírio", declarou o Vaticano em um comunicado.

"A delegação entregou uma mensagem do presidente Assad para a Santa Sé que reflete a posição do governo sírio", indicou o comunicado.

Perguntado pela AFP sobre o conteúdo desta mensagem, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, respondeu que não serão fornecidos mais detalhes.

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A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal grupo opositor ao governo de Bashar al-Assad, recebeu com ceticismo a notícia de que a Síria levou um ultimato para especificar e destruir as armas químicas que possui. Segundo o CNFROS, a comunidade internacional deveria adotar uma postura mais firme.

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"Sentimos que não recebemos o apoio que precisamos e merecemos como um povo que pede democracia, direitos humanos e libertade", afirmou Louay Safi, porta-voz do grupo.

Os rebeldes que respondem ao Exército Sírio Livre (ESL) rejeitaram a proposta dos EUA e Rússia de colocar as armas químicas sob o controle internacional. Para o o general do Exército, Selim Idriss, é necessário mais do que simplesmente retirar as armas químicas, mas, principalmente, julgar perante a Corte Penal Internacional o autor dos crimes. Enquanto isso não acontecer, eles vão continuar com os combates, até a queda do regime.

A Arábia Saudita pediu neste domingo (1°) ao mundo que impeça o governo da Síria de atacar civis, mas não apoiou explicitamente o possível ataque liderado pelo Ocidente contra o regime do presidente sírio, Bashar Assad.

"Convocamos a comunidade internacional e todo o seu poder para dar fim a essa agressão contra o povo sírio", disse o ministro de Relações Exteriores do país, Saud al Faisal, em Cairo, onde ministros árabes estão reunidos para discutir a crise na Síria.

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Faisal pediu que a questão sobre uma intervenção ocidental na Síria seja discutida com o povo sírio, sem especificar quem falaria por eles, ou como isso se daria. "Eles sabem dos seus próprios interesses, então o que eles aceitarem, nós aceitamos, e o que eles recusarem, nós recusamos", afirmou.

A Arábia Saudita tem sido, há mais de um ano, uma forte defensora de uma ação contra o regime de Assad. Mesmo assim, o país não apoiou publicamente a proposta do presidente dos EUA, Barack Obama, de atacar a Síria após o governo do país ter supostamente utilizado armas químicas em 21 de agosto.

Fonte: Dow Jones Newswires

Inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) responsáveis por investigar se armas químicas foram usadas nos conflitos na Síria chegaram em Damasco neste domingo (18), segundo reportagem da Agência France Presse. A visita deve durar duas semanas.

A missão foi adiada várias vezes no início deste ano em meio a divergências com o regime do presidente Bashar al-Assad. O governo sírio, porém, insistiu na última quinta-feira que não tem nada a esconder. O governo e os rebeldes, que lutam pela saída de Assad, se acusam mutuamente de usar armas químicas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Rebeldes afirmaram nesta quinta-feira (8) que realizaram uma investida a tiros contra o comboio que transportava o presidente sírio, Bashar Al-Assad, até uma mesquita da capital Damasco. Lá, o presidente participou do Eid al-Fitr, que marca o final do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.

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A informação do atentado contra Al Assad foi confirmada pela TV Al Arabia, mas a TV estatal síria divulgou imagens onde o presidente participa normalmente das comemorações do Eid al-Fitr. O ministro da informação da Síria, Omran Zubi, definiu a informação como "uma projeção dos sonhos de 'certos' meios de comunicação e dos governos quem estão por trás deles".

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O presidente dos EUA, Barack Obama, declarou na última segunda-feira (13), que está de acordo com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, sobre aumentar a pressão para tirar do poder o presidente sírio Bashar al-Assad.

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Em entrevista coletiva conjunta com Cameron, o líder americano também afirmou que o seu país continuaria fornecendo ajuda humanitária e reforçando a oposição para preparar uma Síria democrática sem Assad.  Já Cameron, que visitou Washington nesta segunda, insistiu pelo fim da carnificina depois de mais de dois anos de conflito.



 

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O emissário especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria permanecerá em Damasco para dar continuidade aos debates para resolução dos conflitos no país, que já deixaram mais de 44 mil mortos. A sua estadia vai de encontro aos ideais dos principais grupos de oposição, que acreditam que a única solução para o conflito é a renúncia de Bashar al-Assad, atual presidente da Síria.

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