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Assustados com a repercussão negativa de um aumento de 61,8% nos salários, que se autoconcederam no final de 2011, vereadores de Belo Horizonte começaram uma ofensiva para melhorar a própria imagem. O problema, porém, é que o esforço para reduzir o desgaste pode ser inverso, já que a medida traria nova sangria nos cofres públicos. A missão é ainda mais ingrata porque todos os eleitos em 2008 são acusados de irregularidades pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Uma das iniciativas da Câmara, já em execução há duas semanas, é a veiculação de mensagens em horário nobre da televisão. A Câmara não revela o custo da iniciativa nem o total das inserções. Segundo fontes do meio publicitário, uma inserção de 30 segundos no Jornal Nacional da TV Globo custaria cerca de R$ 450 mil. A mensagem produzida pela Câmara tem um minuto. Os parlamentares também gastaram cerca de R$ 3 milhões com impressos e mensagens diretas às casas dos eleitores.

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Foi na última sessão de 2011 que a Câmara aprovou o aumento salarial, de R$ 9.288 para R$ 15.031. O projeto está com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), que tem até o dia 26 para decidir se o sanciona. Até lá, as redes sociais prometem barulho com o movimento "Veta, Lacerda". "Há uma crise e está todo mundo atento", avaliou a vereadora Neusinha Santos (PT), que votou contra o aumento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) aumentou em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda semana de janeiro. O resultado divulgado hoje (17) aponta que apenas Brasília apresentou queda em sua variação, ao passar de 0,4% para 0,32% entre a primeira e a segunda semana do ano.

De acordo com a pesquisa, as classes de despesa que mais contribuíram para esse resultado na capital do país foram transportes, que passou de 0,44% para 0,03%, e alimentação, de 0,86% para 0,61%.

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Ainda segundo a FGV, a capital em que a inflação sofreu maior aumento nesse período foi Belo Horizonte, que registrou variação de 1,06%, na apuração realizada na segunda semana de janeiro, 0,12 ponto percentual acima do divulgado na apuração anterior (0,94%). Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram aumento de preços, com destaque para vestuário e alimentação, cujas taxas passaram de -0,19% para 0,63%, e de 1,96% para 2,33%, respectivamente.

Porto Alegre foi a segunda capital com maior variação do índice na segunda semana de janeiro (de 0,04% para 0,13%), seguido de Salvador (1,10% para 1,15%). As taxas do Rio de Janeiro e de São Paulo subiram 0,03 ponto percentual entre as duas semanas e variaram de 1,38% para 1,41% e de 0,75% para 0,78%, respectivamente. Em Recife, o resultado ficou 0,01 ponto percentual superior ao da semana anterior (0,94%).

O IPC-S de 15 de janeiro de 2012 variou 0,97% - 0,04 ponto percentual acima da taxa divulgada na última apuração.

 

Ao menos três casas vizinhas ao prédio que desabou na madrugada desta segunda-feira (2), em Belo Horizonte, continuam interditadas pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), que não descarta o risco de novos deslizamentos de terra no local. Por precaução, a rua onde ficavam os dois blocos de oito apartamentos cada, no bairro Caiçara, região noroeste da capital, continua fechada para o trânsito. 

De acordo com a Defesa Civil, os moradores do prédio que ruiu já haviam sido notificados de problemas estruturais, como ferragem indevidamente exposta, falta de rede de drenagem das águas das chuvas e de infiltrações na rede de esgoto. Um homem de 40 anos morreu sob os escombros do edifício e sua mulher ficou ferida. Moradores confirmaram à imprensa que já sabiam dos riscos, mas não realizaram as obras necessárias devido aos custos.

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Técnicos da Defesa Civil voltarão ao local ainda hoje para inspecionar as residências vizinhas e verificar as condições do terreno, encharcado pelo grande volume de água que atingiu a cidade nos últimos dias. Além disso, como o bairro tem muitas construções (veja fotos), o receio das autoridades é de que novos deslizamentos de terras ou o eventual desabamento de alguma das casas interditadas atinjam outras residências.

A situação também é preocupante no Bairro Buritis, na região oeste da cidade. Dois prédios construídos próximos a uma encosta ameaçam desabar e atingir as casas construídas na parte inferior do morro. Parte da fachada de um dos prédios já ruiu, levando a Defesa Civil municipal e o Corpo de Bombeiros a interditar toda a área e a sugerir à Justiça que autorize a demolição dos edifícios, afastando assim o risco de que as casas sejam atingidas.

Segundo o aposentado Luiz Marques, que mora há 16 anos no bairro, o problema começou no dia 22 de dezembro, quando a Defesa Civil esteve no local, constatou o problema e determinou que os moradores do prédio que ameaça cair deixassem suas casas. De acordo com o aposentado, que também foi orientado a sair do local onde mora, um outro prédio, ao lado da sua casa, também foi interditado.

"Eles quiseram me tirar da minha casa dizendo que o prédio ameaçava vir abaixo. Retiraram todos os moradores do prédio, mas eu fiquei, pois se eu sair ela vai ser saqueada", disse o aposentado, que convenceu a mulher, o filho e a sogra a irem para a casa de parentes.

Marques acredita que não está correndo risco de vida, já que, para ele, o local onde mora fica distante da encosta e, mesmo que o prédio desabe ou haja um deslizamento de terra, os escombros não atingirão sua casa. Ele critica a demora de uma solução definitiva para o problema. 

"Não estão me protegendo. Estão simplesmente querendo que eu deixe minha casa, que eu não acho que esteja em uma área de risco. Se querem me proteger, que façam uma proteção com sacos de areia ao redor da minha casa e coloquem blocos de concreto entre o canteiro central [da rua que passa abaixo dos fundos do terreno do prédio que ruiu] e a minha casa. E, principalmente, que resolvam logo a demolição do prédio, que já está comprometido. Infelizmente, os moradores de lá já tiveram perdas, mas eu ainda não", disse o aposentado.

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), saiu na manhã de hoje de uma reunião com o presidente do PT, Rui Falcão, dizendo que "pode acontecer de tudo" nas negociações para a eleição do ano que vem na capital mineira. Candidato à reeleição, Lacerda está rompido com o vice, Roberto Carvalho (PT), que trabalha pela candidatura própria, com o argumento de que os petistas não podem aceitar a presença formal do PSDB na aliança. O prefeito pediu pressa na decisão do PT sobre ficar na aliança ou lançar candidato próprio. "Vamos aguardar que a executiva municipal tome a decisão o mais rápido possível, até o fim de janeiro", disse o prefeito.

O prefeito, no entanto, reiterou a presença dos tucanos na coligação da reeleição. "Essa hipótese (de saída do PSDB da aliança) não existe. O PSDB de Minas foi convidado pelo PSB nacional para estar formalmente na aliança", disse Lacerda. O prefeito disse que o grupo de Carvalho é "minoritário" no PT de Belo Horizonte e "está muito associado a um projeto pessoal do vice-prefeito".

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Em jantar com Rui Falcão na noite de ontem, o vice Roberto Carvalho disse que vai "até o fim" na tentativa de aprovar a tese da candidatura própria para a prefeitura. A estratégia do vice-prefeito é fazer um discurso anti-tucano que mobilize a militância petista, apesar da preferência do comando nacional do PT pela manutenção da aliança com o PSB de Lacerda.

No café da manhã de hoje, Rui Falcão sugeriu que Márcio Lacerda trabalhe pela inclusão do PMDB na coligação. "O presidente Rui Falcão entende que a presença de partidos da base do governo Dilma Rousseff, como o PMDB, seria útil. Entende também que o PT tenha espaço na TV (durante a campanha), o que é legítimo", afirmou Lacerda.

Falcão levou ontem à executiva nacional do PT a proposta de que o prazo final para definição de candidaturas próprias e alianças nas capitais seja antecipado de março para janeiro, para evitar o prolongamento de impasses como o de Belo Horizonte, Recife e Fortaleza. Questionado se uma possível candidatura própria do PT na capital mineira possa atrapalhar o apoio do PSB ao PT em outras capitais, Lacerda disse que é "natural que haja consideração na estratégia a nível nacional".

Depois da reunião da executiva nacional, ontem, o diretório nacional do PT se reúne hoje em Belo Horizonte. A senadora Marta Suplicy (SP), o ex-deputado e assessor do Ministério da Defesa José Genoino e parlamentares de vários Estados chegaram hoje à capital mineira

Uma sequência de ataques de um grupo armado no bairro São Salvador, em Belo Horizonte, deixou três mortos e 12 feridos na noite de ontem. O grupo passou por três locais atirando contra quem estava na rua e chegou a colocar fogo em uma residência. Alguns dos feridos foram atingidos pelas balas e outros sofreram queimaduras por causa do incêndio. Duas vítimas não resistiram e o terceiro óbito foi confirmado na manhã de hoje.

Segundo o coronel Fagundes, comandante do batalhão que atendeu a ocorrência, as vítimas afirmaram que o crime foi articulado por um menor que morava no local e havia se mudado há cerca de seis meses. O ataque teria sido motivado por desentendimentos com os demais moradores.

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A PM já identificou pelo menos três pessoas suspeitas de envolvimento no ocorrido e está realizando buscas para prendê-los. O caso será investigado pela Polícia Civil. Segundo a polícia, informações sobre a ocorrência também estão sendo recebidas pelo Disque Denúncia.

Ao mesmo tempo em que mobiliza forças para instalar a Comissão da Verdade, destinada a investigar violações de direitos humanos ocorridas na ditadura, o governo federal não consegue por em pé o Memorial da Anistia, em Belo Horizonte. Lançado em 2009, com apoio de Dilma Rousseff, então na chefia da Casa Civil, o projeto continua no papel.

O memorial foi planejado para ser construído por meio de parceria entre o Ministério da Justiça e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com orçamento de R$ 21 milhões. Hoje o advogado Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia, vinculada ao ministério, deve se reunir em Belo Horizonte com representantes da universidade para tratar do assunto.

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As duas partes vão assinar um novo acordo, redefinindo a data para concluir da obra: outubro de 2013. O mandato de Dilma termina dali a dois meses, em dezembro. Em outras palavras, o risco de sair sem concluir a obra é considerável.

A parceria entre o Ministério da Justiça e a UFMG foi definida em abril de 2009, com a participação da Casa Civil. Estabelecia que uma parte do memorial seria aberta ao público em dezembro do mesmo ano. Funcionaria no histórico edifício do Colégio da Aplicação da UFMG, que sofreria uma ampla reforma.

Idealizado para abrigar arquivos com a história do regime militar, do ponto de vista dos perseguidos políticos, o Memorial da Anistia atraiu a atenção da Dilma por dois motivos. O primeiro é o fato de ela ter estudado na UFMG, onde também iniciou a militância no Comando de Libertação Nacional (Colina), organização que defendia a luta armada para a derrubada da ditadura.

O segundo é que a iniciativa integra um projeto mais amplo, chamado Memórias Reveladas, que ela ajudou a idealizar, com a missão de instalar centros de referência sobre a história da ditadura em várias partes do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um jovem de 18 anos foi agredido com socos e chutes na noite de ontem, na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte (MG). Segundo a Polícia Militar (PM), um dos suspeitos disse ter espancado o rapaz por ele ser homossexual.

A vítima estava sentada em um banco da praça quando um adolescente de 17 anos e um homem de 23 passaram e o ofenderam verbalmente. Em seguida, eles voltaram e agrediram a vítima. Os agressores também usaram um canivete e causaram um corte no ombro do rapaz.

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O adolescente envolvido na agressão foi apreendido e o homem de 23 anos foi preso por lesão corporal. A vítima foi encaminhada para um hospital particular.

No dia seguinte à decisão do Congresso do PT de permitir aliança com o PSDB nas eleições municipais, desde que não seja como cabeça de chapa, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, disse que está perto da repetição da aliança entre socialistas, petistas e tucanos na Prefeitura de Belo Horizonte.

O prefeito Marcio Lacerda (PSB), que tem vice do PT, deverá ser candidato à reeleição com o apoio do PSDB, como ocorreu em 2008. "Esta aliança é aprovada pela população de Belo Horizonte", afirmou o governador. "Esse debate não pode ser dado como uma rinha de galo e na base da torcida", disse Eduardo Campos, contrário ao veto a alianças com partidos que não estão na base do governo Dilma Rousseff.

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O governador pernambucano esteve no Rio para um seminário sobre a crise econômica internacional e participou da solenidade de filiação ao PSB do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão e do pianista Artur Moreira Lima.

PT

Questionado sobre a retomada da discussão sobre regulação da mídia, proposta no Congresso do PT, Eduardo Campos disse que, nesta questão, "a posição do PSB não é a posição que o PT tomou". "Entendemos que a construção de democracia no Brasil foi feita a muito custo e um dos valores importantes da democracia é a imprensa livre", disse.

"O grande controle da mídia vai ser feito pela cidadania. Se vejo uma mídia defender uma causa em que não acredito, simplesmente não consumo aquela mídia, falo mal dela e passo para outra. O grande controle que podemos fazer é dar consciência à sociedade, melhorar a educação e a inclusão para que o cidadão faça este controle, não consumindo a mídia que trabalha com valores que não são de interesse do País", acrescentou o governador.

Campos evitou comentar a decisão do PT de estimular retomar a proposta de regulação, iniciada no governo Lula. "É muito ruim fazer avaliação do congresso de um partido parceiro. Eles acharam que era hora de fazer o debate. No nosso congresso, que acontecerá em dezembro, esta questão não está em pauta. Estamos preocupados com a economia, com a pauta da exportação da indústria brasileira, com geração de inovação tecnológica, educação, saúde pública", disse Campos.

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