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Para o vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, Marina ficará no PSB pelos quatro anos de mandato, caso seja eleita em outubro, mas ressalva que essa não foi uma exigência da sua legenda. "Acho que Marina fica como presidente no PSB, ajuda seu partido (Rede Sustentabilidade) a ser organizado, a ser fundado, mas acho que ficará no PSB, embora isso não seja uma obrigação", afirmou ao participar da série 'Entrevistas Estadão'.

Beto ponderou que, até pelo compromisso já assumido de Marina em não concorrer à reeleição, esse será o desfecho mais provável caso ela chegue ao Palácio do Planalto. "Mas se ela tomar decisão contrária, será uma posição absolutamente leal conosco", ressaltou o vice, que disse também considerar "legítimo" o esforço para criação da Rede.

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Questionado se o PSB poderia lançar um candidato para suceder Marina, em 2018, Beto disse que seria uma discussão precipitada e afirmou que esse não será o foco do governo de Marina e seu, caso sejam eleitos. "Nosso governo não vai pensar em 2018", afirmou.

Papel na vice

Beto disse que, se chegar à vice-Presidência, não será um mero substituto de Marina em situação de viagem, mas não pretende intervir exageradamente ou se focar mais especificamente na área de transportes, por ter experiência com o setor. Disse que pretende ajudar na implementação de metas e medição de resultados nas diversas áreas do governo, assumindo os compromissos que eram de Eduardo Campos. "Quero estar nessa retaguarda", afirmou.

Beto lembrou também que essa parceria entre presidente e vice já era algo colocado quando a chapa era composta por Campos e Marina.

O vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, afirmou que mudanças nos encargos trabalhistas não devem ser uma prioridade, pois se trata de uma questão derivada da complexidade tributária do Brasil. "O encargo trabalhista hoje é caro porque o custo tributário do País é maior ainda", disse nesta quarta-feira (17) ao participar da série 'Entrevistas Estadão'.

O candidato a vice disse que o importante, neste momento, é o esforço da coligação que apoia Marina para vencer as eleições e poder enviar um projeto de lei com a proposta de reforma tributária ainda em janeiro de 2015. "Vamos ganhar a eleição primeiro e logo no começo do governo vamos mandar para o Congresso Nacional o projeto de lei que altere a reforma tributária", afirmou.

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Sobre a fala de ontem de Marina, de desconhecer a promessa de Eduardo Campos de apresentar um texto base, com as principais propostas para a reforma, antes da eleição, Beto disse que Marina provavelmente não sabia mesmo, mas admitiu que Campos havia assumido tal compromisso. "Talvez ela desconhecesse mesmo. O Eduardo tinha um estilo completamente diferente da Marina. Eduardo queria trabalhar com antecipação, sim."

Segundo Beto, os princípios da reforma devem se nortear pela simplificação, além de uma negociação com os entes federados. "Todas as reformas até hoje tiravam autonomia dos Estados, sem qualquer contrapartida. Eu estou dando um dado novo, a questão do endividamento dos Estados tem que estar nessa conversa", afirmou.

Para Beto, é possível acabar com a guerra fiscal em torno das diferentes alíquotas de ICMS desde que se dê uma contrapartida aos Estados, como negociação das dívidas com a União, por exemplo, e desde que a reforma seja feita de forma fatiada, com períodos de transição. "Nada entrará em vigor no primeiro semestre ou no primeiro ano de governo. Você precisa ter um calendário de quando as coisas irão acontecer."

O vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, avaliou como correta a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de implementar a autonomia operacional do Banco Central, com Henrique Meirelles na presidência da instituição. Mas ressalvou que era uma autonomia que funcionava até pelas características pessoais de Meirelles. "Foi uma decisão correta do Lula de colocar alguém que entende do riscado, que tinha credibilidade internacional para comandar o Banco Central. Ele (Meirelles) era um cara independente e tenho certeza nunca se sujeitaria a intervenção do governo", disse Beto ao participar da série 'Entrevistas Estadão'.

Beto afirmou, porém, que essa qualidade não foi mantida no governo da sucessora de Lula, Dilma Rousseff (PT). "O (Alexandre) Tombini, eu respeito, mas ele tem mandato? Ele pode ser demitido a qualquer momento. Está ali como um cargo de confiança, se discordar do chefe, pode ir pra rua. Isso é muito ruim para uma economia tão complexa como a do Brasil", disse em referência ao atual presidente do BC. "A sujeição, a demagogia do governo, estão evidentes (após a saída de Meirelles)", completou.

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O programa de governo elaborado pela coligação que apoia Marina defende a independência formal do Banco Central, com mandatos fixos de seus dirigentes, proposta que vem sendo alvo de duras críticas da campanha petista. "Essa autonomia que está aí hoje, alguém tem coragem de dizer que está dando certo?", rebateu Beto ao citar a inflação e juros altos e o baixo crescimento da economia brasileira nos últimos anos.

Beto argumentou ser ruim o fato de o BC estar sujeito a "puxão de orelha do presidente de plantão", porque isso atrapalha a função da instituição de perseguir metas econômicas. O vice de Marina argumentou que as intervenções diárias no câmbio são um exemplo de algo que não seria feito por um Banco Central "profissional". Ele ressalvou, contudo, que usou o termo em relação à direção do BC e não aos seus funcionários de carreira.

O vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, evitou falar sobre a agenda que terá na noite desta quarta-feira, 17, ao lado do governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB). Na série 'Entrevistas Estadão', Beto disse ter "respeito" pelo governador de São Paulo, mas se eximiu da organização do evento de hoje, dizendo que a agenda foi organizada pelo correligionário Márcio França, vice na chapa de Alckmin e tesoureiro da campanha nacional do PSB,

Albuquerque disse ainda ser cedo para discutir possíveis apoios num segundo turno. E repetiu a mensagem já colocada diversas vezes de "governar com os melhores" em eventual governo. "Os melhores que queremos são os que estão no banco de reservas", afirmou.

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Adoção e casamento gay

Questionado sobre o tema de adoção por casais gays e casamento homossexual, Albuquerque respondeu dizendo que são assuntos "pacificados" nos tribunais brasileiros. "Se há criança abandonada, qual o problema?", questionou. Disse também que esses temas estão "pactuados" na chapa, sem oposição de Marina às posições.

"A orientação sexual de uma pessoa não pode torná-la mais ou menos importante", afirmou. "No programa de governo está reforçado o direito dessas pessoas", completou.

Beto falou também ser favorável a uma precisão maior na legislação para punir discriminação por orientação sexual. "O instrumento legal pode ser melhorado", afirmou sem, contudo, detalhar como isso poderia ser feito.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) proibiu o uso de peças publicitárias que indiquem o ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido a pouco menos de um mês, como candidato à presidência da República. O Tribunal tomou a decisão ao acatar parte de uma solicitação impetrada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). 

A Frente Popular de Pernambuco, liderada pelo PSB, recorreu da decisão sob a justificativa de que não é responsável pela propaganda dos candidatos proporcionais. Alguns, inclusive, mantêm as imagens em seus comitês eleitorais. A ação do MPE também obrigava que todas as peças fossem recolhidas em 72h, no entanto o TRE não acatou o pedido. 

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Segundo a decisão, do desembargador Júlio Cezar Santos, a coligação pagará uma multa de R$ 15 mil caso continue veiculando publicidades em que não apareçam as candidaturas majoritárias nacionais de Marina Silva (PSB), presidente, e Beto Albuquerque (PSB), vice.

A um mês das eleições, a estratégia de campanha da coligação Unidos pelo Brasil é reforçar a chapa Marina Silva e Beto Albuquerque para a Presidência da República, além de afastar as acusações de que não têm capacidade de diálogo e governo. No guia de rádio desta quinta-feira (4), a socialista afirmou que o Albuquerque é um companheiro de luta e “alguém de confiança”.

A candidata também reafirmou os compromissos de campanha de escola em tempo integral, 10% da receita bruta para a saúde e a implantação do programa Pacto pela Vida – desenvolvido no governo de Eduardo Campos em Pernambuco – em todo o Brasil.

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No entanto, mas uma vez, ela disse que primeiro é preciso mudar o jeito de governar. “Nada disso é possível se o governo é repartido como carta de baralho, de um jogo de uma minoria. É preciso uma mudança na política, na relação com o Congresso e com a sociedade”. “Nós vamos chamar pessoas honestas e competentes. Vamos dialogar com os partidos, mas também com os trabalhadores, empresários, estudantes e movimentos sociais. Nós vamos governar respeitando as instituições e a vontade da sociedade brasileira”, garantiu.

Beto Albuquerque reafirmou o apoio ao programa de governo e criticou a atual gestão. “Os compromissos que Marina e Eduardo firmaram com o povo brasileiro são compromissos da minha geração. Nós trabalhamos para ter melhorias econômicas e sociais, mas nos últimos quatro anos vimos a inflação voltar e a violência crescer. Mas nós não vamos nos acomodar, não vamos desistir”, frisou. “Marina terá força e apoio para fazer um ótimo governo e recuperar o crescimento do Brasil”, disparou.



Apesar da promessa de autonomia do Banco Central, que faz parte do Programa de Governo do PSB para a presidência da República, o candidato a vice na chapa com Marina Silva, Beto Albuquerque, afirmou neste sábado (20) no Rio que é contra o aumento da taxa de juros, que classificou como "contrassenso". O gaúcho roubou a cena no encontro de Marina com a "juventude" numa casa de shows na Lapa, no Rio: numa brincadeira com a plateia, brincou que Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) podem sair para jantar porque Marina "já ganhou".

Albuquerque abriu o discurso perguntando: "Quem vota em Marina?". Ao ouvir as respostas positivas, prosseguiu pedindo mais entusiasmo: "Desse jeito não deu para ganhar no primeiro turno. Quem vota em Marina?", no que foi ovacionado. "Agora, Dilma e Aécio saíram para jantar porque a gente já ganhou". Marina Silva aparentou balançar a cabeça em desacordo. Apesar da brincadeira, ao fim do encontro o candidato a vice afirmou que o momento é de "humildade", mesmo com o crescimento da chapa nas últimas semanas.

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Albuquerque criticou o aumento da taxa de juros ao prometer passe livre para os estudantes, a começar pela rede pública de ensino para depois chegar "a toda juventude". Ao fazê-lo, citou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: "1% de aumento na taxa Selic dos juros brasileiros custa R$ 28 bilhões ao Brasil. Quando aumenta a Selic, a imprensa brasileira não vai lá no Mantega (Guido, ministro da Fazenda) ou no Tombini dizer: 'De onde vai sair esse dinheiro do aumento da taxa de juros?' Mas quando dizemos que vamos fazer passe livre, todo mundo quer saber de onde vai sair o dinheiro".

Ao fim do encontro, perguntado se criticar o aumento da taxa não seria interferir na política do Banco Central, Albuquerque afirmou que seu governo não apostará "na taxa de juros como solução do País". " (A taxa) não pode subir. Pagar R$ 28 bilhões dos cofres públicos por um ponto porcentual de aumento da taxa de juros é um contrassenso, o Brasil tem de trabalhar com juros razoáveis, não isso que estamos vivendo agora", concluiu.

A proposta de autonomia do Banco Central faz parte da campanha do PSB à presidência desde que a chapa era liderada por Eduardo Campos; Marina Silva, após assumir, também tem defendido a independência do BC como "fundamental para restabelecer a segurança da política macroeconômica". A candidata à presidência, que já havia concedido entrevista após a tumultuada caminhada na Rocinha, maior favela da Zona Sul, não quis falar com a imprensa após o encontro com jovens.

Beto Albuquerque também rebateu as críticas de Aécio e Dilma após as duas correções feitas ao plano de governo apresentado na sexta-feira. Sobre a crítica do tucano de que o programa de Marina seria "genérico", o candidato a vice rebateu: "Ele que publique o programa de governo dele, que sequer até agora o fez, para depois vir falar do programa dos outros".

Em resposta à crítica da petista de que "quem não governa com partidos está flertando com o autoritarismo", Albuquerque afirmou que "autoritário é quem acha que pode governar só com os partidos. Não pode ser autoritário quem chama o povo para discutir programa de governo e quem propõe não governar só com partidos".

O candidato a vice-presidente na chapa do PSB, Beto Albuquerque (PSB), voltou a poupar Marina Silva de responder sobre possíveis irregularidades sobre o avião que caiu com o ex-candidato Eduardo Campos e outras seis pessoas no último dia 13. Ele respondeu às indagações dirigidas a Marina e afirmou que o uso do avião está "claro". Mas admitiu que "não está clara a compra da aeronave", numa referência à transação feita entre o Grupo Andrade e empresários de Alagoas.

"Sobre a compra do avião, vocês devem procurar os proprietários, que têm nome, sobrenome e endereço", disse. "Os custos até a queda serão lançados na prestação de contas do Eduardo, que será encerrada com a morte do candidato".

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Questionado se o partido não investigou a origem do avião, Albuquerque disse que uma apuração como essa seria semelhante a entrar num táxi e perguntar ao dono se o veículo é roubado. "Houve a oferta do avião, isso foi pago e agora cabe à Justiça", disse.

Albuquerque reafirmou que o PSB fará o ressarcimento dos créditos e débitos pela utilização da aeronave e que a legenda tem todo interesse que a Polícia Federal e o Ministério Público aprofundem as investigações tanto sobre a compra como sobre as causas do acidente.

O vice cobrou ainda que o Ministério Público Federal em Santos investigue a suspeita de que a queda do avião possa ter sido causada por um choque com um drone. "Isso precisa ser esclarecido e não pode ser colocado embaixo do tapete", disse.

O candidato a vice disse ainda que não crê que haja irregularidade na concessão de benefícios fiscais à Bandeirantes Companhia de Pneus LTDA, uma das empresas que teriam adquirido a aeronave. Em 2011, quando era governador de Pernambuco, Eduardo Campos retirou limites de importação de pneus para a empresa, medida que havia sido definida em um governo anterior ao dele. "Fazer link com essa ação tomada em 2011 pode ser uma ilação", afirmou Albuquerque.

O candidato a vice-presidente da República pela Coligação Unidos Pelo Brasil, Beto Albuquerque, concedeu uma entrevista para o programa de rádio Frente a Frente, de Magno Martins, na noite desta terça-feira (26) e contou um pouco da sua trajetória política. O pessebista também comentou sobre as pesquisas e o que ele e Marina vão fazer pelo Nordeste, caso sejam eleitos. Beto relembrou a velha amizade que tinha com o ex-presidenciável Eduardo Campos, e como soube da morte do correligionário.

O socialista lembrou que Eduardo era o timoneiro da jornada do partido, e que ainda é difícil de acreditar que o ex-governador morreu. “Eduardo brilharia muito nos debates e ia dar muito trabalho aos adversários”, comentou o deputado. 

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Sobre as pesquisas, Albuquerque disse não acreditar que o crescimento de Marina seja por conta da comoção depois da morte de Eduardo, e que o acidente conectou os brasileiros desejosos de mudança. Ele afirmou que Marina será porta voz e referência para a mudança do país. “Não se surpreendam se nas próximas semanas Marina aparecer na frente de Dilma nas pesquisas”, afirmou Beto. 

Sobre o Nordeste, ele explicou que a região precisa de mudanças, e que a transposição do Rio São Francisco precisa ser concluída. Beto Albuquerque também comentou que a região precisa de mais investimentos em infraestrutura, e que o governo precisa ajudar o pequeno agricultor. “Precisamos integrar o país através da logística. Temos que concluir as ferrovias Transnordestina e Norte-Sul”, explicou. 

No final da entrevista, Albuquerque prometeu melhorar a saúde do país ajudando os prefeitos e governadores. Ele também afirmou que o país não precisa de um gestor, precisa de uma pessoa que tenha visão de futuro do país e que saiba escolher um bom time para governar independente do partido. “Vamos vencer a eleição para o povo ser o protagonista. Somos o governo que quer unir o Brasil e aposentar as velhas raposas”, concluiu o candidato. 

 

   

Candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que é normal haver alguns "desencontros" nesses primeiros dias sem Eduardo Campos e que existe o risco de errar na tomada de decisões sob forte emoção. Mesmo assim, segundo ele, não existe ameaça às alianças desaprovadas por Marina nos Estados.

Albuquerque frisou que em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, o fato de Marina não subir no palanque não significa que o PSB vai abandonar seus projetos. "Eu vou cumprir a tarefa em nome do partido. Nesses locais, Marina vai pedir votos para os deputados e não pedirá voto para o governador. Mas eu vou", disse.

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Em relação a doações de setores rechaçados pela Rede Sustentabilidade, como agronegócio e bebidas alcoólicas, o candidato a vice afirmou que respeita os princípios da Rede, mas que no PSB a única proibição é aceitar recursos de fontes ilegais.

Albuquerque defendeu ainda a manutenção do tripé econômico, além de reformas política e tributária.

Escolhido pelo PSB como candidato a vice-presidente da República, o deputado Beto Albuquerque (RS) já defendeu a extinção do cargo ao qual aspira. Ele assumiu nesta semana a chapa socialista ao lado de Marina Silva, afirmando que sua indicação era uma "honra" para "mudar a velha política" que tem dominado o País. Mas em 2004, ao lado do ex-presidente do PTB e condenado no processo do mensalão Roberto Jefferson, Albuquerque sugeriu como solução para eliminar a "possibilidade de arranjos" políticos: a extinção da figura do vice, por ser "insignificante".

O argumento foi defendido em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 278/2004) de autoria de Jefferson, do ex-governador paulista Luiz Antônio Fleury (PTB) e do agora ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro. O projeto recebeu 186 assinaturas de apoio, incluindo a de Albuquerque, o que lhe confere o título de coautor da PEC, conforme as regras da Câmara. A PEC sugere mudanças no primeiro artigo da Constituição de 1988, que define os cargos de presidente e vice - o que excluiria também os postos de vice-governador e vice-prefeito.

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O texto cita uma série de pensadores para sustentar a extinção do segundo cargo da República, entre eles o primeiro vice-presidente dos Estados Unidos, John Adams. "Meu país tem, em sua sabedoria, imaginado para mim o mais insignificante cargo que jamais a invenção do homem ou sua imaginação concebeu", disse o norte-americano em carta usada como justificativa para a PEC.

O documento também menciona Rui Barbosa, senador na Velha República, que se refere à figura do vice como "função sem autoridade" e "fator de mediocridade, inconsistência e desordem", em editorial do jornal Imprensa, em 6 de novembro de 1898.

Conflitos

Os autores da PEC apoiada por Albuquerque assinalaram que só haveria coerência em manter o cargo "no caso de absoluta identificação entre o presidente e o seu vice" para não haver "sombras de incompreensão, muito menos de ambição ou vaidade a perturbar a obra do presidente".

Sem isso, diz a proposta de alteração constitucional, haveria "conflitos" ameaçando instituição da Presidência. "Se, já na sua eleição, for-lhe permitido postular o cargo (de presidente), sem que se assegure a existência de um forte vínculo com o candidato a presidente que vai acompanhar, neste caso, dá-se por estimular, justamente, um constante foco de intranquilidade (pelo vice)", diz o texto.

A PEC 278 foi protocolada na Câmara em junho de 2004 e, no mesmo mês, encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com mais assinaturas de apoio do que o mínimo necessário de 171 deputados. O projeto, contudo, 'caducou' por não ter tido avanço na legislatura em que foi proposto. Foi arquivado em fevereiro de 2008. A reportagem procurou o deputado e sua assessoria, mas não obteve retorno.

“Vira, vira, vira, virou...”. Foi essa uma das músicas quem embalou o ato de lançamento da candidatura de Marina Silva e Beto Albuquerque, ambos do PSB, à Presidência da República, neste sábado (23), no Recife. No entanto, a canção não foi entoada para o âmbito nacional e sim o local. Durante o ato, diversas criticas foram disparadas contra o candidato a governador Armando Monteiro (PTB), principal adversário do postulante ao Governo de Pernambuco pela Frente Popular, Paulo Câmara (PSB).

“Neste instante o Armando tomou um arrepio na espinha porque nós vamos ganhar. Ninguém quer um patrão ruim para governar o povo. Todo Pernambuco quer andar para frente, com o coração. Esta sociedade do fator previdenciário que é Armando Monteiro e o PT. Ele votou a favor e está estragando a aposentadoria dos trabalhadores”, alfinetou Beto Albuquerque em defesa de Câmara. “O PT (aliado de Armando) não deixa a gente cortar o fator previdenciário no Congresso. Não podemos deixar eles nos enganarem. Precisamos desmascarar quem tirou zero no Congresso junto aos trabalhadores. Não vamos deixar eles nos enganarem. Queremos seguir a trilha de Eduardo”, completou o parlamentar dizendo ainda que Pernambuco tem “dois senadores que não fazem nada”.  

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Reforçando o discurso de Beto, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), ressaltou que Câmara foi uma escolha de Eduardo. “Temos um projeto bonito e oferecemos aos pernambucanos, alguém que foi escolhido por Eduardo. Ele escolheu porque conhece Paulo e sabe o ele é capaz de fazer”, disse o gestor. 

O postulante a vice-governador na chapa, Raul Henry (PMDB), referendou Câmara como o escolhido de Eduardo Campos. “Ninguém escolhe ninguém por acaso. E ele é exemplo de decência, lealdade, ficha limpa, vida limpa e competência. Todos os problemas do governo de Eduardo era ele quem o governador procurava. Não foi criado na mordomia do terraço da casa grande”, disparou sem citar o nome de Armando. 

Paulo Câmara, por sua vez, se colocou a disposição para “continuar os sonhos de Eduardo em Pernambuco. Citando compromissos com o Pacto Pela Vida, a educação integral, o desenvolvimento econômico e social, ele pontuou que estará sintonizado com o povo. “Vamos estar junto com o povo e sintonizados com os bons sentimentos”, reforçou.

Conclamando a militância para ir às ruas, Câmara se mostrou otimista com o resultado da eleição. “Vamos sair daqui hoje para uma luta, que não é contra ninguém, mas para Pernambuco e para o Brasil. Não tenho dúvida, eu vou ser governador de Pernambuco”, bradou otimista. 

Os candidatos à presidente da República, Marina Silva (PSB-AC), e a vice, Beto Albuquerque (PSB-RS), lançaram, neste sábado (23), no Recife, a nova configuração da chapa da coligação Unidos pelo Brasil, antes liderada pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido no último dia 13, após um acidente aéreo no litoral paulista.

Durante todo o ato, que aconteceu no Clube Português, no bairro da Madalena, o legado de Campos foi lembrado. “A diferença entre o legado e a herança é que quanto mais a herança se divide, mais diminui, mas o legado, quanto mais se divide, mais ele cresce”, disse Marina ao mencionar as bandeiras defendidas pelo ex-governador. “Só queremos o bem do Brasil e de Pernambuco, não queremos o mal de ninguém. Nada é mais poderoso do que uma ideia cujo o tempo chegou”, completou a candidata.

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Marina aproveitou a ocasião para agradecer por ter acreditado em Eduardo Campos. “Quando perdi Eduardo foi a mesma sensação (da perda de Chico Mendes). E ao mesmo tempo um ato de agradecimento a Deus no que aconteceu em 4 de outubro. Foi dado um golpe contra o direito de criar um partido. Eu pensei, posso me recolher ou me candidatar em outro partido. Pensei, o que fazer para que as defesas sociais fossem discutidas. Me veio a ideia de apoiar Eduardo Campos e convenci meus companheiros”, revelou.  

Frisando que a aliança deles foi embasada em um programa de governo, Marina pontuou que Eduardo era mais do que ela pensava. “No dia da morte de Eduardo, agradeci a Deus. Ainda bem que a gente viu nele o que ninguém ainda tinha visto. Ainda bem que a gente estava ali, ombro a ombro, lado a lado”, disse. 

"Não vai ser fácil esta nossa campanha. É só 44 dias para discutir. O bom é que a gente já tem um programa, alianças e uma militância. Venho da Amazônia. Lá tem uma árvore chamada biorania, uma é branca e outra é preta, ela fica magrinha, mas experimenta bater com o machado que ela não quebra”, comparou-se.

A candidata pontuou também que não estava na disputa para derrotar Dilma Rousseff (PT) ou Aécio Neves (PSDB), mas para fazer o “Brasil vitorioso”. Citando a poesia com a qual recebeu Eduardo no dia da filiação dela, Marina disse ser uma flecha que será impulsionada pelos pernambucanos. “Buscai o melhor de mim e terei o melhor de mim”, bradou.  

O ato de lançamento da chapa foi acompanhado pelos candidatos da Frente Popular de Pernambuco a governador, Paulo Câmara (PSB), a vice, Raul Henry (PMDB), e a senador, Fernando Bezerra Coelho (PSB). Para Câmara, a ex-senadora vai atrair mais decência para o país. “Marina vai transformar o Brasil. A nova política que implementamos em Pernambuco, vamos continuar. É a nova política da decência. Ela vai lembrar de Pernambuco todos os dias”, afirmou. 

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), lembrou do ato de filiação de Marina ao PSB e disse que ela é “uma companheira de luta e de paz de Eduardo Campos”. “Naquele momento o mais importante era fazer uma quebra de forças políticas que estão instaladas no nosso país e não tem feito bem ao povo. Se juntou a Eduardo para que nós pudéssemos abrir uma nova cena política no Brasil”. Para o gestor recifense, o país tem uma infinidade de erros. “O Brasil está colecionando erros e precisa colecionar acertos a favor do povo. A gente tem uma tarefa para honrar a história de Eduardo Campos”, disse citando a eleição de FBC, Paulo Câmara e Marina.

O candidato a vice-governador da Frente, Raul Henry (PMDB), reforçou a parceria que Marina poderá fazer com o PMDB local e nacional. “Este país só será justo quando a escola do pobre for igual à escola do rico. São muitos desafios que você terá que enfrentar. O maior de todos eles é revitalizar a democracia do nosso país. Conte com o nosso PMDB. De Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos. Conte com a força da mulher de Pernambuco, representada por Renata Campos”, citou. Ao mencionar a viúva do ex-governador, ela foi ovacionada pelos presentes.  

Endossando o discurso do aliando, Bezerra Coelho disse que para os pernambucanos, Marina terá um simbolismo diferente caso seja eleita. “Toda vez que um pernambucano te ver subindo aquela rampa do Palácio, vamos enxergar a mulher do Acre, mas vamos ver dentro do seu coração a imagem de Eduardo Campos. Seja paciente e generosa com Pernambuco. Vamos pedir muito. Vou pedir pelo Arco Metropolitano, a conclusão da BR-101, vou pedir para novos investimentos no interior do estado e o maior programa de drenagem da Região Metropolitana do Recife”, prometeu o candidato a senador.

A última frase emblemática de Eduardo Campos, dita no Jornal Nacional, um dia antes de sua morte, se transformou no jingle da campanha de Marina. “Não vamos desistir do Brasil, estamos juntos com Marina”, diz a um trecho da música.

A escolha da ambientalista e o parlamentar foi confirmada na última quarta-feira (20) durante uma reunião da Executiva Nacional do PSB. De lá para cá, alguns desentendimentos internos marcaram a recepção da nova chapa. Entre eles, a saída dos coordenadores de campanha Carlos Siqueira e Milton Coelho, ambos escolhidos por Campos para compor o time. Siqueira justificou o desembarque nas atitudes da ex-senadora. Segundo ele, Marina foi "grosseira" ao propor alterações no comando da campanha. O lugar de Siqueira foi assumido pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP)

Mesmo o presidente do PSB, Roberto Amaral, negando as discordâncias ficou evidente a falta de consenso, não só entre os socialistas, mas também entre os partidos que compõem a chapa. Tanto que o PSL ameaçou deixar a aliança. O presidente do partido, Luciano Bivar, se sentiu inseguro com relação a Marina cumprir as promessas feitas por Campos para o empresariado. A chapa foi oficializada no início da noite dessa sexta-feira (22) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem prejuízos e quebras de acordos entre a coligação. 

Primeiro ato de campanha

Durante a manhã deste sábado, Marina e Beto percorreram as ruas do bairro de Casa Amarela, na Zona Norte. No ato, os candidatos reforçaram a importância de eleger a chapa da Frente Popular e deram o pontapé inicial da nova campanha. No local, Marina fez criticas ao governo de Dilma Rousseff (PT) e disse que, se eleita, vai governar com o PSDB de José Serra. Além disso, a candidata se mostrou adepta as bandeiras de Campos, principalmente em relação ao Nordeste brasileiro

Ao discursar após a caminhada, Marina fez duras observações quando a situação econômica nacional e disse que é necessário cortar gastos gerenciais. "Temos que controlar a nossa inflação, não adianta fazer filme bonitinho dizendo que está tudo cor de rosa, quando a inflação esta atacando o bolso dos trabalhadores", cravou.

Indagada se seria necessário extinguir programas sociais para a inflação não ultrapassar o teto, Marina negou. Para ela é preciso combater o inchaço da máquina pública. "Temos que ter a clareza que esta lógica de para não permitir que a inflação ultrapasse o teto da meta tem que cortar programas sociais, é daqueles que não querem cortar outras coisas, inclusive o inchaço da máquina pública, os desvios do dinheiro público, o privilégio para setores, como se fez desde 2008, usando o BNDES para dar dinheiro para um grupo pequeno de pessoas que não tinha a devida transparência", alfinetou. A candidata se comprometeu ainda em aperfeiçoar iniciativas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. 

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Um dia após registrar a candidatura à Presidência da República, Marina Silva (PSB), iniciou a campanha nas ruas do bairro de Casa Amarela, no Recife, acompanhada do candidato à vice, Beto Albuquerque (PSB-RS). Ao percorrer um dos principais colégios eleitorais da capital pernambucana, a postulante foi afagada por populares e vista como a continuação do que foi iniciado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido no último dia 13, após acidente aéreo no litoral de São Paulo. 

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O ato, além de marcar o pontapé para a campanha nacional, também serviu para endossar a tese de que a eleição dos candidatos da Frente Popular a governador, Paulo Câmara (PSB), à vice, Raul Henry (PMDB), e a senador, Fernando Bezerra Coelho (PSB), é prioridade para a legenda. 

Iniciando com uma hora e meia de atraso, a comitiva desfilou pelas ruas estreitas das comunidades do Alto Santa Isabel e Alto do Mandu. Os carros de sons e fogos de artifícios avisavam a população que a caminhada passaria pelo local. Sem tempo hábil para modificar o material de campanha, os folhetos foram apresentados com Eduardo como candidato e Marina vice. 

Cumprimentando os populares, Marina entrou em casas e foi exaltada por eleitores, embalada por gritos de guerra como “Eduardo presente, Marina presidente”. Para alguns moradores do local, a candidata representa a permanência de Campos na política brasileira. “Vou votar nela porque Eduardo tinha escolhido ela como vice”, disse a doméstica, Sandra Araújo. “Pedi para que ela não esquecesse dos pobres”, acrescentou. 

Após o trajeto, Marina prometeu que olharia pelo Nordeste, assim como Campos queria, e criticou a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) e a política de distribuição de cargos, classificada como “toma lá, dá cá”. A candidata ainda disparou contra as estratégias do PT para se livrar da alta da inflação e pontuou que a eleição de Paulo Câmara é necessária para o PSB. 

Dotado por um discurso espiritual, Albuquerque afirmou que sentia a presença de Campos na caminhada e reforçou o desejo de continuar o caminho iniciado por ele. “Não vamos deixar o país nas mãos de sanguessugas. O nome da mudança é Eduardo e Marina”, bradou. “Aqui em Pernambuco a mudança é aquela que Eduardo queria”, acrescentou. 

Ao tomar a palavra, Paulo Câmara referendou a importância de Casa Amarela para a política pernambucana. "Casa Amarela lutou pela volta da democracia e esteve ao lado de grandes líderes como Miguel Arraes e Eduardo Campos. Renovo aqui o compromisso de ampliar as mudanças que ele (Eduardo Campos) já tinha começado a implantar em Pernambuco", frisou.

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Corroborando o companheiro de chapa, Bezerra Coelho pediu votos para Marina. “O Brasil quer avançar e isso será com Marina. Aqui em Pernambuco também queremos o apoio dela, para que o estado continue a ser importante no cenário nacional”, cravou. 

Ao finalizar o ato, Marina e Albuquerque seguiram para fazer gravações do guia eleitoral juto com a chapa da Frente Popular. A candidata prometeu voltar a Pernambuco, terra de Eduardo Campos, para celebrar a vitória, caso seja eleita. 

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A candidata à presidência da República, Marina Silva (PSB), marcou o primeiro ato de campanha da chapa, neste sábado (23), por críticas a atual gestão, a polarização entre o PT e o PSDB e a falta de estratégia para gerir o país. Ao discursar, após uma caminhada no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, a postulante reforçou o discurso de “renovação da política” e pontuou que este pleito será vencido por uma “nova postura da sociedade”. Além disso, a postulante também afirmou que poderá gerir com o melhor de alguns partidos como o PT, o PSDB e o PDT.

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 “Tenho o senso da responsabilidade e o compromisso de renovar a política do Brasil. Não será obra apenas dos nossos partidos, mas virá da sociedade brasileira. Quem vai ganhar esta eleição não são as velhas estruturas, o tempo de televisão ou aliados diferentes do que se defende, unindo água com óleo, mas é uma nova postura da sociedade”, afirmou a neossocialista. 

Elencando como “gerência”, a maneira de governar o Brasil adotada, desde 2010, pela presidente Dilma Rousseff (PT), Marina deu exemplos de outros presidentes que souberam usar da estratégia e entregaram o país melhor do que receberam. “O Itamar não era um gerente, era um homem com visão estratégica, o Fernando Henrique era um acadêmico não era um gerente, era um homem com visão estratégica. O Lula, um operário, não era um gerente, mas um homem com visão estratégica”, citou. 

“É por isso que eles equilibraram a economia e reduziram a inflação. É por isso que Lula entregou o Brasil melhor, Fernando Henrique um pouco melhor e Itamar um pouco melhor. Esta é a primeira vez que se recebe o Brasil numa situação pior”, alfinetou a candidata. Segundo Marina é necessário “aprender a escutar” e “mobilizar a sociedade” em torno de um novo Brasil”. 

Marina comparou as eleições com plebiscitos que acontecem a cada quatro anos e pediu para que as pessoas fossem corajosas e entrassem no debate. “Não queremos um embate, queremos o debate”, bradou a candidata, pedindo para que os presentes repetissem.  

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Para a postulante, se a chapa comandada por ela e o candidato à vice, Beto Albuquerque (PSB-RS) vencer a eleição será por responsabilidade do povo, ao contrário das outras duas principais chapas. “Se a Dilma ganhar com todo o respeito que tenho pela presidente ela vai achar que foi por causa do partido dela que é muito grande, porque negociou com partidos ministérios de lá, ministérios de cá. Já são 39. E conseguiu muito tempo de televisão. Ela vai achar que é porque se juntou com aqueles que no passado a criticavam. Se Aécio ganhar é a mesma coisa. Agora se nós ganharmos, a autoria da vitória se chama povo brasileiro”, disparou a ex-senadora. 

Logo após o ato, Marina Silva concedeu uma entrevista coletiva à imprensa. Na ocasião se questionou sobre as alianças que ela travará caso seja eleita, já que critica veemente a atual maneira da construção de apoios entre o Executivo e o Legislativo nacional. A presidenciável garantiu que governará com “os homens e mulheres de bem do Congresso Nacional”. 

“Pode ter certeza que o PMDB de Pedro Simon e de Jarbas Vasconcelos não vai nos faltar. O PDT de Cristovam Buarque não vai nos faltar. O PT de Suplicy não vai dos faltar. E até digo mais, mesmo que estejamos em palanques diferentes. Se não foi Suplicy e for o Serra, tenho certeza que ele não vai nos faltar. Não é possível que as pessoas não aprendam que é preciso se libertar da velha república. A nova república tem que assumir a sua responsabilidade”, frisou.

De acordo com ela, a disposição do conjunto de partidos que comanda é para “alianças certas e um diálogo constante”.  “Estão (a oposição) tentando fazer comigo o mesmo que fizeram com Lula, ainda vão nos agradecer”, vaticinou a postulante. 

 

Candidato a vice na chapa de Marina Silva à Presidência da República, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) afirmou que o PSB 'dará todas as explicações necessárias' sobre uma eventual irregularidade na contratação da aeronave que caiu em Santos (SP) na quarta-feira (13) e matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e outras seis pessoas.

'O PSB haverá de dar todas as explicações necessárias [...] O presidente nacional do partido, Roberto Amaral, terá informações para fornecer', disse nesta sexta-feira (22) após uma reunião sobre o programa de governo da candidatura, em São Paulo. Ao lado de Marina, que foi perguntada sobre o assunto, o candidato a vice se escalou para responder aos questionamentos dos jornalistas.

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'Quero insistir que continuamos atrás das informações de como esse avião caiu. Isso é nossa pauta principal. Não teve conclusão técnica nem de inquérito [sobre o acidente]. Queremos saber como os nossos sete companheiros morreram'.

Sobre a questão dos gastos com o jato particular, que não apareceram na primeira prestação de contas da então candidatura de Campos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Albuquerque disse que 'está certo' de que 'houve uma doação presumida'. Nesse caso, o deputado quer dizer que não era necessário a doação do jato estar na primeira prestação de contas da campanha.

Segundo revelou a Folha, a Polícia Federal e a Polícia Civil apuram a suspeita de umapossível fraude na venda do avião Cessna. A aeronave pertencia ao grupo A. F. Andrade, dono de usinas de açúcar, que está em recuperação judicial, e só poderia ser vendido com autorização da Justiça, o que não ocorreu, segundo os policiais.(Da Folha de S.Paulo)

O primeiro ato de campanha nacional do PSB, após a nova configuração da chapa, será no Recife, neste sábado (23). A candidata à presidência da República, Marina Silva, e o postulante à vice, Beto Albuquerque, decidiram reiniciar as atividades da coligação Unidos Pelo Brasil no estado para prestar uma homenagem ao ex-governador e presidenciável, Eduardo Campos, falecido em acidente aéreo, no último dia 13, no litoral de São Paulo. A informação da agenda foi confirmada pelo PSB de Pernambuco.

No início da manhã, às 9h, eles participam de uma caminhada no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, ao lado da viúva de Eduardo, Renata Campos, e da chapa majoritária da Frente Popular, os candidatos a governador, Paulo Câmara (PSB), a vice, Raul Henry (PMDB), e ao Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB). Além deles, postulantes à Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados devem participar do ato. 

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O lançamento oficial da chapa vai acontecer durante ato no fim da tarde, às 17h, no Clube Internacional do Recife.  Os novos candidatos foram anunciados na última quarta-feira (20), durante uma reunião do PSB com os partidos aliados em Brasília. Desde então, no âmbito nacional, a legenda tem sofrido alguns rachas e crises internas. 

Entre os entraves que estão sendo enfrentados pelos socialistas está a não aceitação de Marina no comando da disputa. Em consequência a isso, o secretário-geral do partido, Carlos Siqueira, deixou a coordenação geral da campanha e o pernambucano Milton Coelho abriu mão do comando da área de mobilização popular. No lugar de Siqueira, o PSB nomeou a deputada federal Luiza Erundina (SP) para delinear os atos e o comando da campanha. 

Além disso, a coligação Unidos Pelo Brasil também perderem um dos partidos aliados, o PSL. A legenda é presidida nacionalmente pelo empresário Luciano Bivar, candidato a deputado federal. Segundo Bivar, o desembarque do grupo é consequência da “insegurança” que a legenda tem com a candidatura de Marina. Ele afirmou que fez alianças com Eduardo Campos e agora não sabe se serão cumpridas. 

O site da campanha de Eduardo e Marina, ainda passa por um processo de atualização. Quem por curiosidade clicar na página, não irá encontrar a antiga plataforma, com propostas e debates que contaram com a participação de Eduardo Campos. Mas o direcionamento para nova página de Marina Silva e Beto Albuquerque, novos postulantes a disputa presidencial. O conteúdo ainda é mínimo, apenas um vídeo do discurso oficial da nova chapa.

O material publicado foi gravado na última quarta-feira (20), em Brasília. O PSB apresenta uma chapa um pouco diferente da anterior, sob o comando de Eduardo Campos. Durante o seu pronunciamento, Marina se mantém sentada, lendo um discurso já preparado. Apesar de defender que não costuma ‘ler’ os seus pronunciamentos, seus argumentos não foram além do escrito, apenas embargam em alguns momentos de emoção. Diferente de Eduardo, que geralmente se pronunciava com vigor, a nova representante da coligação Unidos pelo Brasil investe na serenidade excessiva. 

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No fim do discurso de Marina, a celebre frase de Campos se fez presente: “Não vamos desistir do Brasil”. E eis que surge um novo grito de guerra, entoado pela cúpula e militantes do PSB: “Eduardo presente, Marina Presidente”.  

O candidato a vice-presidência, Beto Albuquerque, fez um pouco diferente, pois tentou mostrar força e vigor nas poucas palavras proferidas. No seu discurso, apresentado de pé, Albuquerque fez menção ao compromisso firmado por Eduardo Campos, mas deixando exalar a determinação.

De acordo com o analista político, Maurício Romão, a nova chapa apresenta semelhança com a anterior, só que de forma inversa. O analista avaliou o perfil dos candidatos e comparou a chapa que era encabeçada por Eduardo Campos e tinha Marina como candidata à vice, com a nova formação. Segundo Romão, a união política entre Eduardo e Marina juntou perfis distintos, mas complementares. “De um lado estava o vigor político de Campos, com trajetória política condensada pela experiência familiar. Um candidato que abraçou a questão do desenvolvimento econômico e as causas do setor público, focados em metas e monitoramentos. Em contrapartida, estava Marina Silva. A candidata com ideários políticos peculiares, com foco em sustentabilidade”, pontuou Romão, ressaltando que apesar de focos diferentes, ambas ideias se complementavam. “Eles tinham ideias diferenciadas, mas se juntaram na concepção de  um futuro melhor para o Brasil”, completou.

A avaliação do ponto de vista de condução e apresentação das propostas, Romão afirmou o seguinte: “O estilo de apresentação de Eduardo e Marina eram bem diferentes. Eduardo era mais expansivo, alegre, comunicativo. Ele detinha uma capacidade política de gerir. Já Marina fala bem, tem excelente desenvoltura, porém é hermética e fechada, mas consegue se comunicar muito bem”.  

Sobre Beto Albuquerque, o analista político avaliou o estilo de apresentação do novo candidato à vice semelhante a postura de Eduardo Campos. “Beto tem uma capacidade de interlocução, do entendimento, muito parecida com Eduardo. Ele se apresenta de forma mais expansiva, com estilo mais voraz que Marina”, concluiu Romão. 

Em outras palavras, na opinião do cientista político, sobre o ponto de vista estrutural da chapa, o PSB conseguiu manter o balanço das candidaturas existentes na chapa anterior.

 

Escolhido, oficialmente, ontem, como candidato a vice na chapa de Marina Silva, o deputado gaúcho Beto Albuquerque amplia e fortalece o palanque da ex-senadora, quebrando também arestas com segmentos refratários à sua candidatura, como o agronegócio. Duro e articulado, ele sempre foi de marcar posição.

Mesmo dentro do PSB isso tem um preço – avalia um ex-integrante do seu gabinete. Beto foi um dos primeiros socialistas a defender o rompimento do PSB com o PT e a entrega dos cargos que o partido tinha na gestão Dilma. Beto é o dono da língua mais ferina contra os ex-aliados. “Nosso adversário é o Brasil parado, que é a principal proeza do Governo Dilma.

Com ela, o Brasil empacou de vez”, diz.  Enquanto fez parte da base, o socialista tinha o respeito dos líderes e da presidente, que o tratava como Betinho mesmo em acaloradas discussões. Conquistou prestígio ao integrar o núcleo duro da base no Congresso durante o primeiro mandato de Lula (2003-2006), época em que chegou a vice-líder do governo.

Era o tempo em que ele e os colegas Aldo Rebelo (PC do B), Renildo Calheiros (PC do B) e Eduardo Campos (PSB) ditavam a pauta da Câmara. Não raro, eram chamados ao Planalto durante a noite para reuniões com o então ministro da Casa Civil, José Dirceu. Assim, o gaúcho e Campos estreitaram laços.

Quando o pernambucano se elegeu governador, em 2006, Beto se engajou no projeto de gestão do amigo. Passou a levar comitivas do Sul a Recife, para mostrar o que o companheiro sonhava estender ao Brasil. O parlamentar gaúcho sempre foi tido como workaholic. Ficava em Brasília de segunda até quinta-feira à noite, raridade no Congresso.

O baque no ritmo de trabalho veio com a doença e a morte do filho, Pietro, que enfrentou a leucemia entre dezembro de 2007 e fevereiro de 2009. Com a experiência traumática, Beto passou a dedicar mais tempo à família. Do primeiro casamento, tem o filho Rafael. Com a atual mulher, Daniela, tem Nina e Luca.

Dois meses após a morte do jovem de 19 anos, seria sancionada a Lei Pietro, que reserva uma semana em dezembro para campanhas de doação de medula óssea. Quando o acidente aéreo com Eduardo comoveu o país, no dia 13, seu fiel escudeiro tuitou que "dor igual" ele só sentira na perda do filho.

Alçado agora a vice de Marina Silva, Beto é filiado ao PSB desde a redemocratização, em 1986. Estava na legenda antes mesmo de Miguel Arraes, que ingressou em 1990. Dele, o partido não espera votos pelo desempenho eleitoral, mas que transmita a Marina a habilidade de ser contestador sem desprezar boas alianças, apesar de divergências ideológicas.

APREENSÃO TUCANA– Os tucanos não receberam boas notícias dos primeiros trackings com Marina Silva na sucessão, substituindo Eduardo Campos, morto em acidente aéreo. A nova candidata tirou votos de Dilma, mas em maior proporção de Aécio. Marina entrou bem em Minas e São Paulo. Os especialistas dizem que ainda é cedo para avaliar se isso é consistente ou passageiro. Mas creem que esse movimento não se encerrou. Marina ainda vai estrear na TV.

Duelo agora é com Marina – Depois da morte de Eduardo, o maior cabo eleitoral de Paulo Câmara, candidato a governador pela Frente Popular, passa a ser Marina Silva, enfrentando a força e o prestígio de Lula em Pernambuco, que estará no palanque de Armando Monteiro, postulante das oposições ao Palácio das Princesas.

Bonner reage– William Bonner enfrenta pelo Twitter os que não gostaram da sua firmeza diante de Dilma. Com ironia e sarcasmo, afirmou que quem não gostou de sua postura foram os "corruptos", os "robôs partidários" e os "blogueiros sujos". Revelou que sempre foi durão com todos os entrevistados e que não seria diferente com Dilma por ser ela presidente.

Bombando no NE – Na pesquisa do Datafolha, Marina surpreende em todas as regiões do País. Tem mais votos no Nordeste que o próprio Eduardo Campos. Enquanto o ex-governador tinha 12%, conforme o último levantamento entre os dias 15 e 16 de julho, Marina, que agora encabeça a chapa do PSB ao Palácio do Planalto, tem 20% da preferência do eleitorado nordestino.

Uso da máquina– Para pegar carona no jato oficial da Presidência da República, a presidente Dilma inventou uma vistoria ao projeto da Transposição do São Francisco em Cabrobó, mas, na verdade, o que ela vem fazer no Estado é gravar imagens para o seu programa eleitoral na televisão. Não seria mais apropriado assumir que a viagem é de campanha e o PT pagar o seu jatinho?

CURTAS

PIPAS– A Codecipe lançou, ontem, edital para selecionar, através de sorteio, 113 carros pipas de reforço ao abastecimento de água em 22 municípios que decretaram estado de calamidade no Agreste e Sertão devido ao nível baixo das chuvas.

JUVENTUDE– Em artigo, ontem, na Folha de São Paulo, o ex-ministro Delfin Neto elogiou Eduardo. “Com as lições de um avô arguto e revolucionário, Eduardo Campos relativizou a generosa utopia da juventude no duro confronto de suas ideias com o estudo da economia”, disse.

Perguntar não ofende: Beto Albuquerque, o novo vice de Marina, se elegeria senador no Rio Grande do Sul?

O líder da bancada do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), deve continuar nessa função no Congresso, embora vá acumular agora a posição de vice na chapa pela disputa presidencial da ex-senadora Marina Silva. Como a Câmara só terá sessões parlamentares na primeira semana de setembro, a bancada entendeu que não há razão para o afastamento de Albuquerque da liderança. "Temos os vice-líderes justamente para substituí-lo se for o caso", afirmou o deputado Dr. Ubiali (SP), um dos parlamentares que exerce a vice-liderança da bancada.

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