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A Biblioteca Nacional possibilitou o acesso ao acervo de periódicos raros em seu portal online (Hemeroteca Digital). A disponibilidade aos arquivos foi viabilizada hoje (29). É possível encontrar no acervo desde os primeiros jornais do Brasil, como a "Gazeta do Rio de Janeiro", até publicações mais atuais

De acordo com a coordenadora da Biblioteca Nacional Digital, Ângela Bettencourt, a instituição cumpre com o papel de divulgar informação. "Projetos como a Hemeroteca Digital são importantíssimos para os brasileiros. Iniciativas como essa atingem também o público em geral, não apenas pesquisadores, tornando-se fundamentais para democratizar o acesso aos bens culturais", ressalta. 

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Para pesquisar na Hemeroteca Digital, basta escolher o nome do periódico ou pesquisar por palavra-chave. "Nossa indexação é por palavra. Isso facilita muito a recuperação da informação na vastidão do material", frisa a coordenadora.  

De acordo com Ângela, a Biblioteca Nacional acompanha os novos métodos de pesquisa com projetos como a Hemeroteca. "Marcamos presença no mundo digital. Atualmente, a instituição é a maior biblioteca digital do país e estamos ensinando às outras como fazer, que padrões seguir. Isso vai nos ajudar a cooperar no futuro, quem sabe nos transformando em um verdadeiro Google da cultura", destaca.

O Ministério da Cultura nomeou Helena Porto Severo da Costa para o cargo de presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), em substituição a Renato Andrade Lessa. Os respectivos decretos de nomeação e exoneração estão publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (9). A exoneração de Lessa tem efeito a partir de 31 de maio. Também foi nomeado na Cultura Humberto Ferreira Braga para presidir a Fundação Nacional de Artes (Funarte).

No Ministério da Transparência (ex-CGU), o ministro Torquato Jardim trocou o titular da Secretaria Executiva da pasta. Carlos Higino Ribeiro de Alencar, que já comandou o Ministério como interino em algumas oportunidades, foi exonerado do cargo para dar lugar a Wagner de Campos Rosário.

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Também houve mudanças no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Diário Oficial traz a exoneração de Jaime Silva Herzog, da função de membro efetivo do Conselho Fiscal, e de Vagner Freitas de Moraes, da função de membro do Conselho de Administração, ambos do banco público de fomento.

Outra exoneração publicada nesta terça-feira é de Natália Lorenzetti, do cargo de subsecretária de Planejamento, Orçamento e Administração da Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Lançado em 2004 pelo Governo Federal, o Portal Domínio Público oferece um acervo de obras literárias, artísticas e científicas. Os conteúdos podem auxiliar os interessados na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá provas nos dias 8 e 9 de novembro. O site traz diversos materiais multimídias como sons, vídeos e imagens, devidamente autorizados e que são caracterizadas como patrimônio cultural brasileiro. 

Outro site que pode auxiliar na pesquisa é o da Biblioteca Nacional. Dispondo de um acervo digital com mais de 800 mil documentos de livre acesso, entre eles podem ser encontrados livros, periódicos, manuscritos, áudios e vídeos. Além de acesso a dossiês que oferecem ao público visitas guiadas ao acervo digital. 

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A Universidade de Brasília (UnB) disponibiliza diversos recursos digitais para melhorar a qualidade de ensino e estudo da comunidade acadêmica da universidade, além de ter conteúdos exclusivos para deficientes visuais. O acesso ao portal é livre.

Assim como as bibliotecas digitais, outras plataformas on-line podem ajudar os estudantes a se preparar para o Exame. O site Questões Enem traz simulados com questões do Enem de 2009 a 2013. 

Para quem quer aprender e se divertir ao mesmo tempo uma, boa opção é o Geekie Games. O sítio oferece textos, videoaulas, jogos e simulados. Para usar a plataforma o aluno deve fazer um cadastro que identifica quais são os assuntos que o candidato tem mais dificuldade e também é criado um plano de estudos personalizado.

No dia 29 de outubro de 1810, a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, quando então foi fundada a Biblioteca Nacional e a data foi escolhida para homenagear e ressaltar a importância dos livros e da leitura.

Para comemorar a data, o Aeroporto Internacional do Recife, nesta terça (29), vai deixar livros espalhados na área de embarque e praça de alimentação. Cada livro contém uma mensagem que explica que, após ler o exemplar, o passageiro deverá deixá-lo em algum lugar para que outra pessoa o encontre e leia também. Cerca de oito mil pessoas embarcam por dia no aeroporto do Recife.

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Passados 203 anos da instalação da Real Biblioteca Brasileira, a relação das pessoas com o livro tem se intensificado ao longo do tempo. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, divulgada em 2012, o Brasil é composto por 50% de leitores ou cerca de 88,2 milhões de pessoas. 

 

 

O cientista político e ensaísta Renato Lessa será o novo presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), substituindo Galeno Amorim, demitido pela ministra Marta Suplicy. A notícia foi antecipada nesta quarta-feira pela coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy, do jornal "O Estado de S.Paulo".

A crise que derrubou Galeno Amorim começou com a queda da ex-ministra Ana de Hollanda, de quem era próximo, e teve um lance decisivo há alguns dias: duas coordenadoras da área de educação da FBN, Elisa Machado e Cleide Soares, deixaram a instituição disparando críticas públicas à gestão do presidente. Agora, do período de Ana de Hollanda, sobram poucos colaboradores ligados à ex-ministra - o mais proeminente é o presidente da Funarte, Antonio Grassi, além de Glauber Piva.

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Amorim foi responsável por uma grande concentração das atividades da política nacional do livro na fundação Biblioteca Nacional. O processo teve início já no começo de sua gestão. O Plano Nacional do Livro e da Leitura foi desmontado, e o seu coordenador, José Castilho Marques Neto, se demitiu. Em abril, a FBN passou a concentrar atividades como a instalação de bibliotecas, feiras internacionais do livro, bolsas de tradução, ida de autores ao Exterior, compras de livros e incentivo à produção literária. É atribuído a Amorim também o esvaziamento do projeto do Fundo de Leitura, exigência de contrapartida pela desoneração de imposto dos livros feita pelo governo em 2003.

Em 2012, um documento do Colegiado Setorial do Livro, Leitura e Literatura, formado por representantes da sociedade civil, foi enviado à presidente Dilma Rousseff reclamando da "intervenção antidemocrática" de Amorim, e acusando um retrocesso no setor.

Também se reclamava, no governo, de uma certa inoperância da gestão de Amorim. Um dos raros projetos de cultura que a presidente Dilma foi a público anunciar, o Programa do Livro Popular (PLP), divulgado em setembro de 2011 e entregue a Galeno para sua condução, nunca saiu do papel. Visava a fomentar a produção e a comercialização de livros a R$ 10.

Há meses, a ministra Marta Suplicy já demonstrava que interviria na Biblioteca Nacional. No dia 14, nomeou Maristela Rangel Pinto, sua chefe de gabinete, como diretora executiva da fundação, uma espécie de intervenção velada. Galeno Amorim, nos últimos meses, também enfrentou outras dificuldades, como uma greve de servidores e problemas estruturais na sede da Biblioteca Nacional: goteiras, inundações e defeito no sistema de ar condicionado, o que causava temperaturas internas de até 40°C.

Galeno Amorim não foi localizado para comentar a demissão. Em sua página no Twitter, afirmou que acertou "com a ministra a sua saída" e entregara a ela "todo o programa de recuperação da Biblioteca para prepará-la para os próximos anos, com prazos e recursos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os nomes dos 70 escritores brasileiros que o governo federal levará em outubro para a Feira do Livro de Frankfurt foram divulgados na manhã desta quinta-feira (14) pela Biblioteca Nacional. O Brasil, neste ano, será o convidado de honra da feira, considerado o maior evento editorial do mundo.

Foram selecionados autores de prosa, poesia, ensaio, biografia, crítica, obras técnicas e científicas, quadrinhos e infanto-juvenis. Entre os selecionados há os mais conhecidos como Adélia Prado, Ana Maria Machado, João Ubaldo Ribeiro, Carlos Heitor Cony e Ziraldo, e representantes da nova geração como Daniel Galera, Michel Laub, Carola Saavedra e Ferrez.

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A seleção foi feita pelos curadores Manuel da Costa Pinto, Antonio Martinell e Maria Antonieta Cunha, da Biblioteca Nacional. Além dos 70 autores, o Brasil contará com programação cultural de agosto a outubro em Frankfurt. A programação completa será anunciada em junho.

Os critérios adotados pela curadoria foram a pluraridade e a diversidade, o equilíbrio entre escritores consagrados e a nova geração, a variedade de gêneros e a qualidade estética. Foram privilegiados autores com publicações em idiomas estrangeiros, bem como os ganhadores de prêmios literários no Brasil de 1994 até hoje.

Confira a lista completa de autores:

Adélia Prado (MG)

Adriana Lisboa (RJ)

Affonso Romano de Sant'Anna (MG)

Age de Carvalho (PA)

Alice Ruiz (PR)

Ana Maria Machado (RJ)

Ana Miranda (CE)

André Sant'Anna (MG)

Andrea del Fuego (SP)

Angela-Lago (MG)

Antonio Carlos Viana (SE)

Beatriz Bracher (SP)

Bernardo Ajzenberg (SP)

Bernardo Carvalho (RJ)

Carlos Heitor Cony (RJ)

Carola Saavedra (Chile - RJ)

Chacal (RJ)

Cíntia Moscovich (RS)

Cristovão Tezza (SC)

Daniel Galera (SP)

Daniel Munduruku (PA)

Eva Furnari (SP)

Fábio Moon e Gabriel Bá (SP)

Fernando Gonsales (SP)

Fernando Morais (MG)

Fernando Vilela (SP)

Ferréz (SP)

Flora Süssekind (RJ)

Francisco Alvim (MG)

Ignácio de Loyola Brandão (SP)

João Almino (RN)

João Gilberto Noll (RS)

João Ubaldo Ribeiro (BA)

Joca Reiners Terron (MT)

José Miguel Wisnik (SP)

José Murilo de Carvalho (MG)

Lelis (MG)

Lilia Moritz Schwarcz (SP)

Lourenço Mutarelli (SP)

Luiz Costa Lima (MA)

Luiz Ruffato (MG)

Manuela Carneiro da Cunha (Portugal - SP)

Marçal Aquino (SP)

Marcelino Freire (PE)

Maria Esther Maciel (MG)

Maria Rita Kehl (SP)

Marina Colasanti (RJ)

Mary del Priore (RJ)

Mauricio de Sousa (SP)

Michel Laub (RS)

Miguel Nicolelis (SP)

Nélida Piñón (RJ)

Nicolas Behr (MT)

Nuno Ramos (SP)

Patricia Melo (SP)

Paulo Coelho (RJ)

Paulo Henriques Britto (RJ)

Paulo Lins (RJ)

Pedro Bandeira (SP)

Roger Mello (DF)

Ronaldo Correia de Brito (CE)

Ruth Rocha (SP)

Ruy Castro (MG)

Sérgio Sant'Anna (RJ)

Silviano Santiago (MG)

Teixeira Coelho (SP)

Veronica Stigger (RS)

Walnice Nogueira Galvão (SP)

Ziraldo (MG)

A Biblioteca Nacional abre, nesta quarta-feira (12), uma exposição com cerca de 30 peças para homenagear o escritor Jorge Amado, cujo centenário de nascimento foi comemorado em 2012. Através de manuscritos, livros e fotografias, o público pode conhecer mais sobre a história, a vida e as obras do mais bem sucedido criador da literatura brasileira.

Jorge Amado é o escritor brasileiro de maior sucesso comercial na história e que teve maior número de obras adaptadas para a televisão. Ele teria completado cem anos no dia 10 de agosto deste ano. Entre suas obras, as mais conhecidas são Mar Morto (1936), Capitães da Areia (1937), Gabriela, Cravo e Canela (1958), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966) e Tieta do Agreste (1977).

Serviço:
Centenário de Jorge Amado
Quarta (12) até o final de fevereiro
Segunda a sexta, das 9h às 20h | sábado, das 9h às 17h | domingos e feriados, das 12h às 17h
Biblioteca Nacional (Avenida Rio Branco, 219, Centro – Rio de Janeiro)

Segue até o dia 17 de novembro as inscrições para o Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2012. O objetivo é premiar o trabalho de autores, tradutores e projetistas gráficos em reconhecimento à qualidade intelectual e estética de suas obras. Os vencedores receberão prêmios de até R$ 12.500,00.

Podem ser inscritas obras publicadas entre 1º de setembro de 2011 e 31 de agosto de 2012, apenas no Brasil. O prêmio é uma homenagem a intelectuais que se destacam na cultura brasileira. Para participar é preciso estar em dia com a Lei do Depósito Legal (Lei n.10.994, de 14 de dezembro de 2004) e ter o número ISBN (International Standard Book Number). Apenas obras redigidas em português, por brasileiros ou pessoas naturalizadas, podem concorrer à premiação, desde que tenham sido publicadas por editoras brasileiras.

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A Biblioteca Nacional, disponibilizou o telefone (21) 2220-3040, ramal 2216, e o e-mail economiadolivro@bn.br para tirar dúvidas. O edital, a ficha de inscrição e o termo de doação estão disponíveis no site da Biblioteca Nacional. 

O Prêmio BN está dividido nas seguintes categorias:

- Prêmio Alphonsus de Guimaraens, de Poesia;

- Prêmio Machado de Assis, de Romance;

- Prêmio Clarice Lispector, de Conto;

- Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, de Ensaio;

- Prêmio Paulo Rónai, de Tradução;

- Prêmio Aloísio Magalhães, de Projeto Gráfico;

- Prêmio Sylvia Orthof, de Literatura Infantil;

- Prêmio Glória Pondé, de Literatura Juvenil.

A Biblioteca Nacional (BN), no centro do Rio de Janeiro, tem 180 dias para apresentar um projeto de segurança contra incêndio e pânico para o Corpo de Bombeiros fluminense. A corporação verificou irregularidades no atual sistema da unidade durante vistoria realizada no último dia 6. Na mesma data os bombeiros notificaram a biblioteca, que afirma já ter tomado medidas iniciais.

Conforme relato dos bombeiros, um projeto de regularização de aspectos irregulares deve ser entregue nos próximos 180 dias. A biblioteca diz já ter iniciado a contratação de uma empresa especializada para elaborar o documento. O texto deve apontar se realmente há irregularidades no prédio e como elas serão revistas pela entidade.

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A Biblioteca Nacional afirma ter concluído a instalação de um sistema anti-incêndio em agosto deste ano assim como a troca de todos os extintores do prédio em junho. A biblioteca conta ainda com agentes de brigada de incêndio durante 24 horas no interior do edifício, fato que reforçaria a segurança do local.

No final de agosto, funcionários do local, porém, afirmaram ao estadão.com.br estarem apreensivos com a situação do prédio histórico. Na data, os trabalhadores chegaram a fazer um protesto quando foi reiterado o alerta feito em ofício de março à presidência da Biblioteca Nacional, solicitando "providências urgentes para problemas que vêm de décadas".

A Biblioteca nacional é a maior da América Latina. A instituição federal foi criada há 200 anos por D. João VI com uma parte do acervo da família real trazido de Portugal. A instituição é considerada pela Unesco uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo. O edifício, tombado, guarda nove milhões de itens e recebe cópias de todos os jornais e livros publicados no Brasil (são 100 mil volumes por ano), sendo muito procurada por estudantes e pesquisadores.

A equipe técnica da Biblioteca Nacional já conseguiu recuperar mais da metade dos 2.042 exemplares de jornais e revistas atingidos pelo vazamento de água ocorrido no dia 2 deste mês no Armazém de Periódicos, localizado na sede da instituição, no centro do Rio. O vazamento foi causado por um defeito em um dos aparelhos do sistema de ar condicionado do prédio, que desde o incidente se encontra desligado.

De acordo com comunicado divulgado hoje (17) pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN), 1.489 exemplares (46,3% do total afetado) continuam em processo de secagem e higienização, devendo retornar ao acervo à medida em que forem liberados pelos técnicos responsáveis pelo trabalho. Os 1.733 jornais e revistas recuperados já foram reincorporados ao acervo e podem ser consultados normalmente pelos usuários da biblioteca.

A FBN informou ainda já ter recebido o laudo da vistoria feita no último dia 7 por uma equipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre as condições das instalações de ventilação e refrigeração do prédio da Avenida Rio Branco. De acordo com o laudo, o local da ocorrência não apresenta sinais de vazamento nas tubulações aparentes e a existência de possíveis fissuras de rosca nos aparelhos que serviam às áreas atingidas somente poderá ser determinada por meio de testes de pressurização.

Segundo a FBN, os testes de pressurização serão feitos no momento em que o sistema de ar refrigerado for religado, em data ainda a ser definida. No prédio, permanecem funcionando apenas os aparelhos de ar condicionado da sala-cofre, dos laboratórios de preservação e digitalização, do auditório e das salas de exposição, áreas que têm sistema independente.

Um exemplar do último mês de abril do periódico A Nova Democracia, publicado no Rio de Janeiro, foi a única perda em decorrência do vazamento. A Divisão de Depósito Legal da FBN já entrou em contato com a direção da publicação e deverá receber, nos próximos dias, outro exemplar.

O Ano Internacional da Afrodescendência e o Dia da Consciência Negra tiveram uma dupla comemoração nesta segunda-feira (28), na Biblioteca Nacional. Além da assinatura de acordos de cooperação com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), foi lançada, em solenidade no início da noite, uma coletânea inédita sobre a literatura de afrodescendentes no Brasil. A obra é resultado de dez anos de pesquisas. O evento também contou com uma homenagem póstuma ao ativista, professor, escritor e poeta Abdias Nascimento, que morreu este ano.

De autoria dos professores de literatura Eduardo de Assis Duarte, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Maria Nazareth Soares Fonseca, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, a coletânea Literatura e Afrodescendência no Brasil: Antologia Crítica reúne, em quatro volumes, textos de 100 escritores negros, do século 18 aos dias atuais. Cada um dos textos é acompanhado de um estudo crítico feito por 61 pesquisadores de 21 universidades brasileiras, além de seis estrangeiras.

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O primeiro volume é dedicado aos chamados precursores, abrangendo o período que vai do século 18 aos nascidos até à década de 1920 do século 20. O segundo, Consolidação, abrange os escritores nascidos nas décadas de 30 e 40; e o terceiro, Contemporaneidade, é dedicado aos que nasceram a partir de 1950 e publicaram seus primeiros textos nas últimas décadas do século passado e na primeira do século 21. O quarto volume da antologia contém depoimentos de Abdias Nascimento e outros escritores, além de artigos em que se discute a pertinência do conceito de literatura afro-brasileira.

“É a primeira vez que é feito esse levantamento e, desses 100 escritores, aproximadamente dez são os mais conhecidos, como Machado de Assis, Cruz e Souza e Lima Barreto, e, entre os contemporâneos, Nei Lopes, Joel Rufino dos Santos e Muniz Sodré”, relata o professor Eduardo de Assis Duarte. “A grande maioria, no entanto, são autores pouco divulgados, pouco conhecidos, principalmente dentro dos manuais de história da literatura brasileira”, acrescenta.

Segundo Duarte, a expectativa é a de que a publicação da antologia “jogue uma luz sobre autores até agora desconhecidos, como Maria Firmina dos Reis, do século 19”. Ele considera que há um ponto comum entre vários autores de diferentes épocas, que é a necessidade de recuperar a história do negro no Brasil.

Entre os acordos firmados com a Seppir está a previsão de coedição, em formato eletrônico, de obras do acervo da Biblioteca Nacional, em domínio público, escritas por autores negros. Outro acordo prevê a divulgação da literatura de autores afro-brasileiros por meio de mostras, envio de livros para bibliotecas e ações de incentivo à leitura.

Serão implantados cinco pontos de leitura em áreas habitadas por povos e comunidades tradicionais afro-brasileiras. Para isto, a Fundação Biblioteca Nacional vai oferecer mais de 600 obras voltadas para o tema a cada um dos grupos contemplados, além de material de informática e outros, como estantes e almofadas.

Rio de Janeiro - Reconhecido mundialmente como o primeiro historiador da arte, o italiano Giorgio Vasari, que nasceu em 1511 e morreu em 1574, é tema de uma exposição na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. A mostra Giorgio Vasari e a Invenção do Artista Moderno celebra os 500 anos do pintor e arquiteto e faz parte do calendário de atividades do Momento Itália no Brasil.

Incentivador de Michelangelo e outros artistas no renascentismo, Vasari fez o projeto arquitetônico da Galleria degli Uffizi, hoje sede do principal museu de Florença. Também foi o autor das pinturas que decoram o Palazzo Vecchio, sede do governo da cidade italiana, onde fundou em 1563 a primeira academia de belas artes.

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Estão expostas 110 peças de Vasari que integram o acervo da Biblioteca Nacional, entre elas três edições de Vida dos Mais Excelentes Pintores, Escultores e Arquitetos. Lançada em 1550, a obra é considerada o livro fundador da historiografia artística.

“Até hoje, esse livro é referência nos estudos sobre a arte do renascimento. Sem ele, a ideia sobre esse período teria contornos diferentes e outros protagonistas”, destaca a curadora Elisa Byington.

Outros destaques da mostra são as reproduções de gravuras como Laocoonte, de Pierre Perret, que trata do episódio da mitologia relatado na Ilíada de Homero e na Eneida de Virgilio. Para o presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, a exposição reforça a qualidade do acervo da instituição, detentora de obras raras existentes só nos maiores museus do mundo.

“Vamos investir cada vez mais em exposições desse porte para apresentar o imenso material histórico que está à disposição dos brasileiros”, ressalta.

Com entrada franca, a exposição Giorgio Vasari e a Invenção do Artista Moderno fica aberta ao público até 11 de dezembro no Espaço Cultural Eliseu Visconti, com acesso pelo jardim da Biblioteca Nacional (Rua México, s/n, centro). O período de visitação é de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, aos sábados, das 10h às 17h, e aos domingos, das 12h às 17h.

O número de pessoas que visitaram a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro aumentou em 60% este ano comparado ao mesmo período de 2010. Desde janeiro, mais de 42 mil visitantes já passaram pelas suntuosas dependências da maior biblioteca da América Latina, no centro da capital fluminense. Desde fevereiro, a instituição decidiu ampliar a grade de horários das sessões guiadas e, em julho, o espaço passou a receber visitas no fim de semana. No entanto, de acordo com a coordenadora de Promoção e Divulgação Cultural da biblioteca, Suely Dias, a maior contribuição para esse aumento foi a distribuição da agenda das atividades da instituição nos centros culturais da cidade.

“Desde julho, com a potencialização dessa divulgação por meio da agenda e a criação de um novo canal de comunicação, percebemos um público diferente, além dos visitantes fiéis que já frequentam a Biblioteca Nacional. E a ideia é produzir mais produtos culturais e atrair cada vez mais cidadãos para poder compartilhar esse espaço privilegiado de saber e de produtos brasileiro."

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As visitas que eram limitadas a três horários fixos agora funcionam de acordo com os pedidos, com exceção das visitas especializadas, explicou Suely. “São aqueles grupos que querem conhecer a área de preservação ou o trabalho cotidiano da Biblioteca, o chamado turismo de experiência”, explicou a coordenadora. Além de conhecer os espaços, os visitantes podem participar de debates, rodas de leitura e exposições. Todas as atividades têm entrada franca.

A iniciativa de ampliar o número de visitantes coincide com os 200 anos da Biblioteca Nacional, que possui um acervo de mais de 8 milhões de obras, que inclui documentos da chegada da Família Real ao Brasil, em 1808. É o oitavo maior acervo da América Latina.

“Trata-se de uma instituição de 200 anos que busca estar na vanguarda do saber e atuar dentro das políticas públicas de acesso aos bens culturais, dos quais ela é representante legítima”, destacou a representante da biblioteca ao informar que a partir de setembro uma série de atividades serão oferecidas dentro do jardim da instituição, começando por um sarau de poesia.

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