Tópicos | BIS

Na última sexta-feira (13), a hashtag #BISnuncamais entrou nos assuntos mais comentados do X, antigo Twitter. O movimento nas redes ocorreu após a marca fazer uma publicidade com o influenciador Felipe Neto.

Para divulgação do evento de cultura pop CCXP, que será realizado de 30 de novembro até 3 de dezembro, a Bis, que é uma das patrocinadoras, iniciou uma campanha junto aos podcasters Igão e Mítico, que apresentam o Podpah. Felipe Neto participou de um episódio destacando a parceria dele com a marca de chocolates da Lacta na terça-feira (10).

##RECOMENDA##

Após ver a repercussão negativa de sua aparição no Podpah, Felipe Neto comentou o caso em suas redes. “A nossa história segue sendo escrita com o nosso suor e a lágrima dos extremistas. Venceremos sempre!”. Após isso, seus fãs, apelidados de 'corujas', subiram a hashtag #corujaspedemBIS como resposta.

O Banco Central brasileiro caiu de segundo para sexto lugar no Green Central Banking Scorecard, levantamento que mede o quão ambientalmente corretos são os BCs, tendo por base as 20 maiores economias do globo (G20). Em relatório divulgado este mês pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), a avaliação foi a de que houve "progresso relativamente lento" na implantação dos compromissos formais da instituição doméstica.

O ranking avalia pontos relacionados aos temas pesquisa e legislação (o BC brasileiro teve 10 pontos num total de 10), política monetária (18 de 50), política financeira (18 de 50) e liderança pelo exemplo (7 de 20). O País conta, assim, com 53 pontos de um total de 130, recebendo nota C. Apesar de ter caído na tabela geral de 2022, melhorou a pontuação, já que na anterior alcançou 51.

##RECOMENDA##

Na primeira colocação pelo segundo ano consecutivo está o BC francês, com 70 pontos. No segundo lugar agora está o italiano, que ficou em sexta posição no ranking de 2021 - trocou de colocação com o Brasil. A Alemanha subiu para terceiro lugar (estava em sétimo), a União Europeia se manteve em quarto, e o Reino Unido permaneceu em quinto. Empatado com o Brasil em sexto está a China, que também recuou este ano - estava em terceiro.

A primazia europeia não é surpresa, já que o continente é visto como um dos que mais têm atuado em questões relacionadas ao clima. O BC brasileiro, porém, tem aproveitado essa liderança de outros países para aprender com seus erros e acertos antes de aplicar medidas mais duras aqui, já que a avaliação é a de que se torna mais custoso recuar ou mudar regras depois de serem implantadas.

Greve

Especificamente este ano, o BC doméstico teve dificuldades particulares por causa da greve de servidores, que atrasou divulgações e trabalhos internos. O segundo relatório de sustentabilidade, por exemplo, será publicado com atraso, apenas no mês que vem.

Um dos avanços de 2022 foi a inserção do Brasil no comitê executivo da Rede de Bancos Centrais e Supervisores para tornar mais Verde o Sistema Financeiro (NGFS, na sigla em inglês). O País já fazia parte do grupo, mas agora é um dos membros com poder de decisão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-BBB Gilberto, conhecido como Gil do Vigor, estrela a nova campanha do chocolate Bis. Um dos vídeos promovendo o novo produto da marca mostra o economista reagindo de forma descontraída, usando suas expressões famosas como “ai Brasil!” e “meu Deus”, entre outras.

O ex-participante da edição 21 do Big Brother Brasil (BBB) tem assinado contratos publicitários com grandes marcas, como a Vigor e o banco Santander.

##RECOMENDA##

Para Renata Vieira, diretora de marketing da Modelez Brasil, empresa dona da Bis, avalia como positiva a campanha com o ex-BBB.

"Como prometido, nós entregamos ao Gil a total liberdade na criação dos conteúdos. O jeito espontâneo, descontraído e descontrolado dele tem tudo a ver com o Bis. O resultado ficou melhor do que prevíamos", ela declara.

A ação de marketing terá vídeos de até 30 segundos.

Confira uma das propagandas:

[@#video#@]

Com informações da asessoria

O comprometimento da renda dos brasileiros com o pagamento de juros e amortizações é o dobro da média registrada em uma lista de 17 países desenvolvidos - 12 deles europeus, além de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Coreia do Sul.

Com base nos dados divulgados pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), estudo do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), ao qual o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, teve acesso, mostra que embora o nível de endividamento seja baixo no Brasil, se comparado internacionalmente, o comprometimento da renda com o serviço da dívida é alto, limitando o avanço do crédito no País.

##RECOMENDA##

No Brasil, o comprometimento da renda com o pagamento das parcelas de amortizações e dos juros ficou em 19,8%, enquanto na média em 17 países avaliados pelo BIS, o banco central dos bancos centrais, é de 10%. Já o endividamento total (além do pagamento de juros e amortizações) alcançou 42,5% em novembro do ano passado. Considerando o todo, para a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o endividamento é muito mais alto, de 130% da renda anual.

De acordo com o pesquisador do Ipea, Estêvão Xavier Bastos, a solução para o problema é o alongamento e barateamento das dívidas dos brasileiros, com a troca de dívidas de curto prazo sem ou com poucas garantias (por isso, mais caras) por dívidas de longo prazo com garantias robustas. Entre as dívidas de curto prazo estão cheque especial, cartão de crédito e crédito pessoal. Já o financiamento à casa própria é um exemplo de dívida de longo prazo.

Os dados mostram que há espaço para que a parcela do endividamento das famílias com crédito habitacional, de longo prazo e com a garantia do próprio imóvel, continue aumentando no Brasil. Para Bastos, seria desejável que o seu aumento do endividamento dos brasileiros estivesse vinculado à compra da casa própria.

Bastos ressaltou que a composição do endividamento das famílias entre crédito habitacional e demais tipos de financiamento já passou por importante alteração entre 2009 e 2016, quando saltou de 14% para 44%. Mas a partir de 2017 se estabilizou, ficando dessa forma também no ano passado. Em outros países, essa parcela é bem elevada, como 97% na Alemanha, Noruega e Países Baixos, 96% na Espanha, 92% na Austrália e na Itália.

O estudo destaca também que a inadimplência no último trimestre de 2018 para as pessoas físicas no crédito livre (aquele que não utiliza recursos da poupança e do BNDES) continuou caindo e chegou ao nível mais baixo da série histórica. A inadimplência das empresas também continuou caindo de forma acentuada para níveis históricos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O canal Bis estreia nesta quarta-feira (10), às 21:30, o documentário "The last five years”, sobre o cantor David Bowie, morto há dois anos. O filme retrata os últimos cinco anos de vida do cantor.

 

##RECOMENDA##

Durante o documentário, é mostrado o processo criativo para os álbuns “"The next day", lançado em 2013, e "Blackstar", lançado em 2016.

Confira o trailer do documentário:

https://www.youtube.com/watch?v=OwuuDpwPYxo

(Por Beatriz Gouvêa)

O mercado de títulos públicos e o câmbio de países emergentes pagaram um preço alto com a eleição do republicano Donald Trump, nos Estados Unidos, conforme constatou o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). No relatório trimestral de dezembro, divulgado hoje sob o título "Uma mudança de paradigma nos mercados?", a instituição salientou que o movimento de elevação dos retornos dos títulos públicos globais e o fortalecimento do dólar pesaram sobre os ativos dessas economias.

Até o início de novembro, os mercados emergentes (EMEs) estavam evoluindo na esteira das economias avançadas. "Então, o sentimento do investidor mudou marcadamente. As saídas vistas no mercado de títulos e a depreciação cambial na semana pós-eleição ficaram ainda maiores do que na época do mau humor visto em 2013", compararam os técnicos da instituição. Aquele ano foi o pior para a economia mundial desde a crise financeira internacional de 2008 e 2009.

##RECOMENDA##

Já as reações dos mercados de crédito e de ações nos emergentes foram mais discretas do que há três anos. Para o BIS, isso ocorreu possivelmente refletindo um cenário econômico e financeiro diferente. Os fundos dos EMEs já tinham visto grandes saídas nos últimos anos, diminuindo pressões sobre avaliações dos ativos. O BIS salientou que um "boom" prospectivo nos Estados Unidos também pode trazer benefícios para essas economias. Os técnicos da instituição ressaltaram, porém, que os riscos continuam a existir, principalmente por causa do elevado grau de incertezas políticas em vários países considerados chave.

"Além disso, 10% das dívidas corporativas denominadas em dólar estão programadas para vencer em 2017, o que poderia gerar mais pressão sobre os mercados financeiros emergentes", consideraram. Segundo eles, as taxas de financiamento em dólares de curto prazo aumentaram significativamente, principalmente em resposta a mudanças em regulamentações relativas aos fundos monetários "prime", que entraram em vigor em outubro.

No relatório, o BIS destacou que as taxas de rentabilidade dos títulos globais continuaram a subir sensivelmente nos últimos meses. O documento salientou que, após as taxas de juros terem atingindo o menor nível da história no verão europeu, todos os yields dispararam no fim de novembro - na realidade, numa magnitude similar ao acesso de mau humor que foi visto no mercado de maio a setembro de 2013.

Para a instituição, apesar de haver um risco de as taxas permanecerem altas por um longo tempo, há alguns sinais de estresse no mercado de crédito. "Inicialmente apoiado por notícias macroeconômicas positivas em todo o mundo, o aumento das taxas se acelerou após as eleições presidenciais nos Estados Unidos. A reação do mercado de bônus no dia da eleição foi parecida com o que se viu na primeira eleição de Ronald Reagan, em 1980", trouxe o documento.

Os técnicos do BIS continuaram dizendo que os mercados de ações dos EUA também ecoaram aquele momento do passado, sugerindo que os mercados passavam a prever um "boom" no país e maiores lucros corporativos em um ambiente de política fiscal mais expansionista, uma redução dos impostos e uma regulamentação mais flexível. "Consequentemente, as probabilidades de política monetária mais restritiva aumentaram nos Estados Unidos e o dólar ficou fortalecido."

O estoque de empréstimos tomados por clientes brasileiros em bancos no exterior diminuiu em US$ 5,460 bilhões no segundo trimestre de 2015. Os dados foram divulgados na quarta-feira (21) pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). A queda do endividamento foi liderada pelos bancos, mas as empresas não financeiras voltaram a tomar crédito.

Dados trimestrais do BIS revelam que a exposição do setor privado brasileiro à dívida bancária internacional diminuiu no agregado no segundo trimestre para US$ 295,459 bilhões. O valor está bem abaixo do pico histórico registrado em março de 2013, quando bancos internacionais declararam empréstimos totais de US$ 325,634 bilhões aos clientes brasileiros.

##RECOMENDA##

Enquanto o Brasil convivia com as incertezas econômicas e políticas no segundo trimestre, bancos adotaram estratégia mais prudente ao quitar dívidas e, assim, reduziram a exposição total em US$ 6,716 bilhões entre abril e junho.

O mesmo não aconteceu com o setor não financeiro. Empresas brasileiras que não são parte do setor bancário adotaram estratégia contrária e aumentaram o endividamento em US$ 1,474 bilhão no trimestre.

No total, o setor bancário terminou junho de 2015 com estoque de dívida de US$ 134,643 bilhões em instituições financeiras internacionais. Já as empresas não financeiras registravam estoque maior, de US$ 159,773 bilhões. Os dados do BIS mostram que havia, ainda, US$ 1,043 bilhão em empréstimos bancários internacionais sem alocação específica no Brasil.

Risco

Apesar dos alertas dos economistas sobre o risco das dívidas em moeda estrangeira em tempos de desvalorização do real, empresas não financeiras voltaram o tomar crédito no exterior. Dados do Banco de Compensações Internacionais revelam que companhias brasileiras visitaram bancos para tomar crédito pelo segundo trimestre seguido e, a despeito da recessão e da turbulência cambial, o endividamento cresceu US$ 9,6 bilhões de janeiro a junho de 2015.

O BIS aponta que o setor não financeiro brasileiro aumentou o estoque de dívida externa nos bancos estrangeiros em US$ 1,474 bilhão entre abril e junho de 2015. A estratégia é idêntica à usada nos três primeiros meses do ano, quando empresas brasileiras elevaram dívidas em US$ 8,134 bilhões.

Enquanto isso, bancos fizeram exatamente o contrário: o setor financeiro reduziu o estoque de dívidas no exterior em US$ 13,164 bilhões no acumulado dos dois trimestres. Com isso, o estoque de dívida do setor não bancário - atualmente em US$ 159,7 bilhões - está muito próximo do máximo histórico registrado em março de 2013, quando bancos internacionais reportaram exposição total de US$ 163,6 bilhões às companhias brasileiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Central informou que o atual diretor de Política Econômica e Assuntos Internacionais da instituição, Luiz Awazu Pereira da Silva, será o vice-gerente geral (Deputy General Manager) do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). O cargo equivale à vice-presidência e é o segundo posto mais forte da instituição. O anúncio foi feito simultaneamente pelo BIS e pelo BC brasileiro.

Awazu assume a nova função a partir de 1º de outubro, com mandato para o período de 2015 a 2020. Até lá, permanece na diretoria do BC. Ele se tornou diretor da autoridade monetária em abril de 2010. Há apenas um mês, foi nomeado diretor de Política Econômica no lugar de Carlos Hamilton de Araújo, que pediu exoneração.

##RECOMENDA##

Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o substituto de Awazu será anunciado no terceiro trimestre deste ano. Awazu acumula as duas diretorias no BC atualmente, porque a casa espera a sabatina dos diretores indicados pelo presidente Alexandre Tombini. Para o cargo de Assuntos Internacionais, o presidente do BC indicou Tony Volpon, experiente analista do setor privado. A sabatina ainda não tem data para ocorrer.

Conforme a nota do BC, o BIS tem entre suas atribuições promover discussões e facilitar a colaboração entre os bancos centrais, dar suporte ao diálogo com outras autoridades responsáveis pela promoção da estabilidade financeira, conduzir pesquisas sobre estabilidade monetária e financeira, entre outros assuntos de interesse dos bancos centrais, além de ser a primeira contraparte para os bancos centrais em suas transações financeiras. O presidente do BC, Alexandre Tombini, também faz parte dos quadros do BIS.

A volatilidade do mercado de câmbio e a queda do preço do petróleo aparecem como duas grandes ameaças à economia mundial. A avaliação é do chefe do Departamento Monetário e Econômico do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), Claudio Borio. "Esses desenvolvimentos serão especialmente importantes para as economias emergentes", disse em teleconferência com jornalistas.

A primeira preocupação citada por Borio são as taxas de câmbio. Diante de políticas monetárias divergentes - com os Estados Unidos em processo de alta do juro e Europa e Japão ainda com medidas para relaxamento da economia -, o economista do BIS nota que as taxas de câmbio podem ter tendências mais pronunciadas de valorização, no caso do dólar, e queda, para o euro e iene, nos próximos trimestres.

##RECOMENDA##

O segundo item de preocupação é a queda do preço do petróleo em ritmo muito superior ao observado ante outras commodities. Borio destacou que o barril já está 40% mais barato na comparação com o preço de junho. "Parte dessa queda reflete fatores de demanda que não são apenas relacionados com a desaceleração da China, mas também refletem o aumento inesperado na oferta", diz.

Os dois fatores - câmbio e petróleo - tendem a afetar especialmente os países emergentes, diz Borio. A vulnerabilidade é criada pela grande exposição de alguns países às commodities e também às taxas de câmbio. "Exportadores de commodities podem enfrentar desafios, especialmente aqueles que estão nas fases posteriores ao crescimento do crédito e boom do mercado imobiliário", disse, sem citar nenhum emergente específico.

Ainda sobre o câmbio, o chefe de departamento do BIS lembra que a alta do dólar pode gerar descasamento para quem tem dívida na moeda norte-americana. Isso ocorre quando as receitas são em moeda local e a dívida é na divisa estrangeira. A valorização do dólar, nesse caso, pode tornar o compromisso mais caro na moeda local e comprometer maior fatia das receitas ou renda.

Empresas não financeiras de países emergentes estão usando cada vez mais as filiais no exterior para conseguir crédito via emissão de dívida. A tendência cresceu nos últimos anos e começa a chamar atenção do Banco de Compensações Internacionais (BIS). Para a instituição, essa busca de financiamento via filiais pode se tornar um problema e ter "implicações financeiras" para países emergentes. Um dos riscos é que o endividamento das empresas e dos países emergentes seja efetivamente muito maior que o calculado atualmente. Outro problema é que recursos carimbados como "Investimento Estrangeiro Direto" (IED) possam ter como destino operações financeiras e a não atividade real.

Relatório divulgado neste domingo (7) revela atenção do BIS para o financiamento das empresas emergentes. Em meio a um cenário de grande liquidez internacional, estudo dos economistas do BIS Stefan Avdjiev, Michael Chui e Hyun Song Shin - que é chefe do Departamento de Pesquisa da casa - destaca o fenômeno de emissão de dívida de companhias emergentes nos mercados internacionais. Entre 2009 e 2013, empresas emergentes não financeiras emitiram US$ 554 bilhões em dívida internacional. Cerca de metade desse montante - de US$ 252 bilhões - foi via filiais no exterior, diz o BIS.

##RECOMENDA##

Para os pesquisadores, os dados trazem "evidência de que as subsidiárias estrangeiras de empresas emergentes não financeiras estão atuando cada vez mais como intermediários substitutos ao obter fundos de investidores globais através de emissão de bônus e repatriar os proventos para a sede". Em países como a China, existiria US$ 1 emitido em dívida não bancária para cada US$ 3 em crédito bancário. O estudo alerta que, diante desse cenário, "o cálculo da dívida externa baseada no princípio de residência pode ser problemático".

A preocupação do BIS trata da real exposição que empresas têm à dívida externa e eventual vulnerabilidade dos países emergentes a esse tema. Isso acontece porque o aumento da atividade das filiais como captadores de recursos nem sempre aparece adequadamente nos resultados corporativos e no balanço de pagamentos dos países.

Os pesquisadores do BIS notam que há casos em que recursos são transferidos entre filial e sede e, de acordo com as atuais regras, são classificados como "Investimento Direto Estrangeiro". Mas, apesar da classificação, o dinheiro poderia ser alocado em investimento financeiro de curto prazo pela matriz.

Há a percepção de que o fenômeno está mudando a "natureza da vulnerabilidade" relacionada à dívida externa. Enquanto na crise de 2008 o grande problema foi gerado pelos problemas do setor bancário, o novo fenômeno aponta para uma vulnerabilidade "não bancária". Isso ocorre porque os créditos tomados no exterior são feitos diretamente pelas empresas com a emissão de dívida - o que reduz os controles que existem em operações como o crédito bancário.

Há ainda preocupação sobre eventual divergência entre as receitas e obrigações dos tomadores de crédito, já que a maioria dos empréstimos é feita em moeda estrangeira, mas normalmente as receitas das empresas são em moeda local. Em um momento como o atual - de normalização da política monetária dos Estados Unidos e fortalecimento do dólar - as dívidas em dólar tendem a ficar ainda maiores na moeda local.

O estudo publicado dentro do relatório trimestral da entidade nota que essas transferências de filiais para matriz podem utilizar três canais: 1) diretamente para a matriz (fluxo intracompanhia), 2) crédito para empresa não relacionada (fluxo intercompanhia) e 3) depósito bancário internacional (fluxo de depósito corporativo). "O fluxo de capital internacional para emergentes relacionado a essas três operações aumentou consideravelmente nos últimos anos. A ampliação desses fluxos foi dominada mais por operações financeiras que por atividades reais, o que pode aumentar a preocupação sobre estabilidade financeira."

Diante das várias possibilidades de transferência dos recursos de volta para a matriz, o estudo reconhece que "a dívida externa calculada pelo conceito de residência pode subestimar a real exposição econômica de uma empresa que emprestou via filial". "Se a sede da empresa ofereceu garantias ao crédito tomado pela filial, então a dívida da subsidiária deveria ser devidamente parte do cálculo global de dívida da empresa", diz o texto. O procedimento, porém, não necessariamente é usado pelas companhias.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, chegou há pouco à cidade suíça de Basileia para participar da reunião bimestral do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). Neste sábado, Tombini terá compromissos relacionados à reunião bimestral de presidentes de BCs. O encontro é fechado à imprensa e acontece no domingo e segunda-feira.

Além de Tombini, estão presentes o diretor de política econômica, Carlos Hamilton Araújo, e o diretor de assuntos internacionais do BC brasileiro, Luiz Awazu Pereira.

##RECOMENDA##

O real é a moeda que registrou a segunda maior valorização do mundo em 2014. Dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) compilados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostram que a divisa brasileira teve alta real de 9,17% no primeiro semestre na comparação com uma cesta de moedas. A alta do real só ficou atrás do bolívar da Venezuela. O fortalecimento do real acontece em meio ao processo de alta do juro brasileiro e a busca dos investidores globais por rentabilidade.

Mensalmente o BIS - instituição que funciona como um banco central dos bancos centrais - coleta dados sobre 61 moedas. A evolução de cada divisa é comparada com uma cesta formada pelas demais 60 moedas ponderadas conforme o comércio exterior de cada país. Assim, quanto maiores forem as transações comerciais com determinada economia, maior será o peso da respectiva divisa nessa cesta.

##RECOMENDA##

Os dados do BIS revelam um lugar de destaque para o real. No primeiro semestre, o real foi a segunda moeda que mais se fortaleceu no mundo. Uma consequência desse fenômeno aparece nas cotações do dólar. Mesmo com o ritmo cada vez mais lento da economia, inflação alta e proximidade das eleições presidenciais, o preço do dólar caiu quase 15 centavos no Brasil em seis meses e passou de R$ 2,3560 no fim de 2013 para R$ 2,2120 no último dia de junho.

"O baixo juro pago nos EUA e o excesso de liquidez explicam esse fenômeno. Nos últimos meses, investidores migraram para mercados em busca de rentabilidade. O retorno de dois dígitos com risco praticamente zero oferecido pelo Brasil tem atraído muita gente", diz o economista da Oxford Economics, Marcos Casarin, ao lembrar que nenhum outro grande país emergente oferece juro tão alto. Ele diz que as intervenções do BC no câmbio também influenciaram.

"Desde agosto, o BC colocou quase US$ 90 bilhões no mercado, o que também ajudou", disse. As intervenções do BC acontecem com a oferta de swap cambial - que equivale à venda de dólares no mercado futuro.

A subida de quase 10% do real superou com folga o desempenho de outras divisas que registraram recuperação, como o dólar australiano (+4,25%), rupia indiana (+4,21%), won coreano (+3,89%), libra esterlina (+3,49%) e iene japonês (+3,27%). No mesmo período, o dólar norte-americano teve alta de 1,03% na comparação com a cesta de moedas e o euro, ao contrário, sofreu desvalorização de 2,71%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dados divulgados na quarta-feira, 23, pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) mostram que o sistema bancário global aumentou o total de crédito internacional em US$ 580,1 bilhões durante o primeiro trimestre de 2014.

A instituição, que funciona como um banco central dos bancos centrais, destacou que o avanço foi puxado pelos mercados emergentes, especialmente a China, e citou positivamente o resultado como "o primeiro aumento significativo do crédito desde o fim de 2011".

##RECOMENDA##

No fim de março, o sistema bancário global registrava estoque de US$ 29,3 trilhões em créditos e outros direitos internacionais. O aumento de mais de meio trilhão de dólares em três meses foi comemorado pelo BIS em relatório trimestral. "O aumento global foi amplamente espalhado por países e setores", diz o documento divulgado em Basileia, na Suíça.

Mais um vez o aumento do crédito foi liderado pelos países emergentes, onde o ritmo médio de crescimento anual dos financiamentos marcou 10% no fim de março. No grupo, a China lidera disparado o apetite por crédito. No primeiro trimestre, foram tomados US$ 133 bilhões em financiamentos no país, o que indica ritmo de crescimento anual de impressionantes 49%. Com isso, o estoque de operações na China atingiu pouco mais de US$ 1 trilhão no fim de março.

Mas o forte ritmo do crédito na China não tem comparação entre os demais emergentes. Na América Latina e no Caribe, por exemplo, o BIS diz que o ritmo foi "muito modesto" no trimestre. Ao todo, os financiamentos cresceram apenas US$ 8 bilhões. Boa parte desse aumento do crédito latino-americano foi registrado no Brasil, onde bancos aumentaram o total de operações em US$ 7,2 bilhões. Em tendência contrária, o total destinado ao México diminuiu em US$ 3,8 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Terminou o primeiro dia da reunião bimestral do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). Em um domingo chuvoso na cidade suíça de Basileia, banqueiros centrais estiveram reunidos desde o início da manhã para avaliar e debater o atual cenário econômico.

Segundo a assessoria de imprensa do BIS, o encontro que termina amanhã, 11, será fechado à imprensa, sem a expectativa de divulgação de documento ou realização de entrevista coletiva. Entre os presentes, está o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, e o diretor de política econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo.

##RECOMENDA##

Os bancos internacionais retiraram do Brasil um volume recorde de US$ 41 bilhões em linhas de crédito, capital e exposição em geral no segundo trimestre do ano, na maior queda já registrada pelo país em um espaço de três meses. Os dados foram divulgados pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, nas iniciais em inglês), banco central dos bancos centrais, que destaca os fluxos financeiros pelo mundo. A queda no Brasil foi a maior entre todos os países emergentes.

No mundo, a contração na exposição de bancos foi de US$ 229 bilhões, a maior desde o fim de 2011. Segundo o BIS, os bancos europeus foram os principais responsáveis pela retração, hesitando em abrir seus cofres diante das exigências de capital e de redução de riscos.

##RECOMENDA##

Depois de ver uma alta de US$ 39 bilhões nas atividades de bancos estrangeiros na economia nacional no primeiro trimestre e raramente ver uma contração de recursos desde 2009, o Brasil foi afetado em parte pelas mudanças nas políticas de juros nos Estados Unidos e outras medidas nos países ricos. O capital investido no País acabou buscando ativos mais atrativos.

Câmbio

A saída acabou levando a uma alta do real, depois de meses de entrada de capital gerado pelo excesso de liquidez dos mercados internacionais diante da injeção de recursos por parte dos bancos centrais dos EUA, Europa e Japão para socorrer suas economias.

Por meses, o Brasil alertou que essa injeção e uma política de juros zero poderiam acabar levando a uma desestabilização, uma vez que essas práticas fossem encerradas e os juros elevados. No segundo trimestre do ano, essa realidade foi confirmada. Outro fator foi a constatação de bancos estrangeiros de que a taxa de crescimento no Brasil era decepcionante e não confirmava expectativas feitas meses antes.

O crédito internacional chegou a crescer para China, Taiwan e Turquia. Só para a China, o volume de capital aumentou em US$ 54 bilhões. Se em 2007 o País respondia por 8% dos empréstimos, hoje bate a marca de 21% entre os emergentes. Mas sofreu uma queda no caso de Brasil, México, Rússia e Índia. A queda no Brasil acabou pesando na América Latina que, no segundo trimestre de 2013, viu uma contração de US$ 47 bilhões. Os mexicanos perderam US$ 7 bilhões, contra cerca de US$ 8 bilhões na Rússia.

No restante do mundo, a constatação do BIS é de que bancos continuam a hesitar em seus empréstimos, com uma contração de 2%, a maior em um só trimestre em dois anos. Entre os mercados ricos, a queda foi de US$ 179 bilhões. No caso dos EUA, a exposição de bancos ao setor público americano caiu em US$ 100 bilhões, o que revelaria um esforço para reduzir dívidas por parte do estado. Na zona do euro, a contração foi de US$ 44 bilhões, contra US$ 16 bilhões no Reino Unido e US$ 13 bilhões no Japão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao contrário do que temiam alguns economistas, a política de afrouxamento monetário adotada pelas grandes economias em crise não fez com que moedas emergentes, como o real, subissem rapidamente. A constatação foi feita pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). Em relatório divulgado neste domingo (9), a instituição afirma que, ao contrário, foi o dólar que ganhou força porque países emergentes têm crescido menos e por iniciativas para proteger moedas, como as intervenções do Banco Central do Brasil - estratégia destacada pelo BIS.

No principal capítulo do "Quarterly Report", economistas do BIS avaliam a evolução recente da política monetária global e seu impacto sobre os mercados. Nessa análise, há um trecho dedicado especialmente às moedas emergentes. "A flexibilização da política monetária em economias avançadas elevou as expectativas de que o capital internacional poderia fluir para mercados emergentes, causando apreciação dessas moedas", diz o texto, ao lembrar que essa percepção foi construída após a flexibilização da política monetária vista em 2010 e 2011 e que resultou na queda do dólar em mais de 5%.

##RECOMENDA##

"Desta vez, porém, o dólar dos EUA se apreciou nos três meses a partir do início de setembro tanto em relação a uma série de moedas de países emergentes como também ante uma cesta de moedas", diz o documento. "As perspectivas mais suaves de crescimento nos mercados emergentes explicam, em parte, porque essas moedas e os fluxos de capital reagiram de maneira diferente", explicam os economistas do BIS, ao comentar que o quadro menos otimista reduziu a atratividade dos emergentes como destino de recursos.

Além de essas economias estarem com ritmo mais fraco, o documento do BIS destaca que "várias economias também usaram medidas em uma tentativa de interromper a apreciação de suas moedas nesse período". "O Banco Central brasileiro interveio no mercado de moedas estrangeiras e os operadores de câmbio tiveram a impressão que outros bancos centrais na América Latina e no Leste da Ásia também estavam em ação", destaca o documento.

Após a intervenção brasileira, o documento cita outras iniciativas. Na República Tcheca, por exemplo, o BC anunciou que considerava intervir no mercado de cambio em razão da trajetória da divisa. Na Coreia do Sul, autoridades apertaram o mercado de outra forma, mas com o mesmo objetivo: reduziram o espaço para exposição aos derivativos do mercado cambial. "Todas estas medidas foram, geralmente, associadas com valores mais estáveis das moedas", conclui o documento, que não faz nenhum julgamento de valor sobre as medidas adotadas por autoridades como o BC do Brasil.

O impacto da estratégia de afrouxamento monetário em países como os Estados Unidos tem sido um dos principais temas dos discursos do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao longo dos últimos meses. Ao classificar o cenário como de "guerra cambial", o ministro defende que essa estratégia prejudica diretamente países emergentes, que acabam recebendo parte importante dos recursos.

Na prática, para o ministro, isso resulta em uma desvalorização artificial das moedas de economias maduras - como o dólar, o que favorece as exportações desses países. O documento do BIS, no entanto, mostra que, com o crescimento cada vez mais fraco e medidas, o cenário temido por Mantega não se confirmou.

Os EUA, Espanha e Irlanda devem enfrentar um período longo de desemprego elevado, em razão dos desequilíbrios estruturais, alertou o Banco para Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) em seu relatório anual publicado neste domingo.

A instituição com sede na Basileia (Suíça) afirmou que uma pronunciada reversão econômica alinhada a desequilíbrios setoriais representa "o pior mix possível para a evolução do mercado de trabalho nos próximos anos... (esta) é a perspectiva que a Irlanda, Espanha e os EUA enfrentarão".

##RECOMENDA##

Na Espanha, o desemprego está ao redor de 25%, enquanto a taxa é de 14% na Irlanda. Nos EUA, a pesquisa mais recente mostrou que a taxa de desemprego estava em 8,2% em maio. O número relativamente alto de pessoas que procuram emprego nos EUA está se tornando o tema central da campanha na qual o presidente norte-americano Barack Obama tentará se reeleger em novembro.

O BIS considera que todos esses três países vivenciaram uma reversão desequilibrada após uma recuperação fraca. A recuperação tépida explica a razão de o desemprego ter se mantido elevado nesses países, observou o banco. "Olhando à frente, essa combinação de desequilíbrios setoriais amplos e recuperação tépida deve criar um ambiente para um período prolongado de desemprego alto", ponderou o BIS. As informações são da Dow Jones.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando