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Legisladores britânicos votaram um importante projeto sobre o Brexit - saída do Reino Unido da União Europeia (UE) -, no primeiro grande obstáculo para o divórcio no Parlamento. Muitos legisladores estão prometendo, no entanto, mudar o projeto, que consideram uma tomada de poder pelo governo, antes que se torne lei.

Após um longo debate, a Câmara apoiou a saída da UE, mas o governo vai enfrentar tentativas de emendas antes da votação final, ainda neste ano. O projeto visa converter milhares de leis do bloco em regulações internas do Reino Unido, a partir do dia em que o país deixar a UE em março de 2019.

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A primeira-ministra, Theresa May, disse que a medida traz "clareza" antes do divórcio. O secretário do Brexit, David Davis, disse que sem a lei, o Reino Unido encara "uma saída caótica da União Europeia".

Mas a oposição diz que o projeto pode dar ao governo novos poderes para fazer emendas sem a análise parlamentar. Desde que o Reino Unido aderiu ao bloco, em 1973, milhares de leis e regulações europeias entraram em vigor no país, desde regulações de proteção ambiental a leis trabalhistas.

O secretário de Justiça, David Lidington, disse a legisladores que a lei é necessária para garantir que o país tenha um "estatuto coerente e funcional e um sistema regulatório para o dia em que deixarmos a UE".

Críticos dizem que o projeto dá muito poder ao governo, uma vez que permite que ministros consertem "deficiências" na legislação europeia sem a análise parlamentar. Os oponentes temem que o governo use seus poderes para rebaixar os padrões ambientais, leis trabalhistas e a proteção dos direitos humanos.

Chris Bryant, do Partido Trabalhista, disse que o projeto "pretende trazer o poder de volta ao Reino Unido, mas na verdade representa a maior tomada de poder pelo executivo em detrimento do legislativo, pelo governo em detrimento do Parlamento, em cem anos". Membros do partido trabalhista foram orientados a votar contra o projeto. Poucos se rebelaram e se abstiveram.

Os legisladores pró-UE apoiaram amplamente o projeto, dizendo que vão tentar fazer emendas na próxima etapa do processo. Fonte: Associated Press.

Milhares de pessoas se reúnem no centro de Londres neste sábado para protestar contra a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), processo conhecido como Brexit.

Os manifestantes planejam convergir na Praça do Parlamento para desafiar o plano do governo de implementar o Brexit até 2019.

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O objetivo da manifestação, que está sendo chamada de Marcha do Povo, é para que os cidadãos "se unam, repensem e rejeitem" o Brexit.

O Reino Unido votou em junho de 2016 para sair do bloco da UE de 28 países. O Parlamento deve votar nesta segunda-feira (11) uma lei de revogação, ainda que as negociações com a UE tenham caminhado extremamente devagar.

As negociações foram encerradas por causa de disputas sobre o quanto o Reino Unido

tem que pagar à UE devido às obrigações existentes.

Alguns dos manifestantes levaram a conhecida bandeira da UE enquanto outros seguravam cartazes com a frase: "Saia do Brexit". Fonte: Associated Press

O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, disse que a União Europeia pode ter de pagar ao seu país pela saída do bloco, e não o contrário. De acordo com ele, a participação do Reino Unido nos ativos da UE é tão valiosa que o bloco pode acabar tendo de pagar ao país quando este deixar o grupo.

Autoridades da UE insistem que o Reino Unido deverá primeiro liquidar seus passivos financeiros para deixar o bloco, um conta que é estimada em até 100 bilhões de euros. Em entrevista ao jornal The Telegraph, Johnson acusou as autoridades europeias de tentar "sangrar este país com sua conta". O político considerou Bruxelas "cruel em suas técnicas de negociação" e disse que "eles vão jogar sujo".

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De acordo com Johnson, o Reino Unido "pode definitivamente ir embora" e reiterou que nenhum acordo era melhor que um mau acordo para o seu país. Fonte: Associated Press

A primeira-ministra britânica, Theresa May, apresentará o pedido de dissolução do Parlamento à rainha Elizabeth II nesta quarta-feira (3), informou o governo londrino nesta terça-feira (2). A líder governista irá a uma cerimônia no palácio de Buckingham, para uma audiência oficial, dando o início formal para a campanha eleitoral para o pleito geral de 8 de junho. A convocação surpreendente de novas eleições foi anunciada por May no dia 18 de abril e aprovada pelo Parlamento no dia seguinte.

A premier assumiu o posto após a renúncia de David Cameron, derrotado no referendo que aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado "Brexit", em junho do ano passado. A ideia de May é reforçar sua posição de liderança perante os líderes europeus com o apoio da população. As pesquisas de opinião mostram que o partido conservador irá vencer o pleito, com uma grande vantagem sobre o Partido Trabalhista, de Jeremy Corbyn.

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- 'Brexit'

Apesar de já ter ativado formalmente o processo do "Brexit", com o envio da notificação à União Europeia em 29 de março, a decisão de convocar novas eleições paralisou as conversas. Isso porque a UE quer negociar apenas com o governo que for eleito, como forma de dar estabilidade para todo o processo, que deve demorar cerca de dois anos.

Também nesta quarta-feira, enquanto May apresenta o pedido para dissolver o Parlamento, a Comissão Europeia apresentará publicamente as diretrizes com as decisões tomadas pelos governos dos 27 Estados-membros.

No último sábado (29), uma reunião em Bruxelas aprovou por unanimidade o documento, elaborado pelos ministros de Assuntos Gerais da entidade. Em entrevista ao jornal "Telegraph", May já avisou que alguns dos pontos aprovados pelos europeus serão rejeitados por seu governo. Já no dia 22 de maio, o Conselho de Assuntos Gerais da União Europeia adotará, oficialmente, o mandato para a negociação.

Nos dias 22 e 23 de junho, ou seja, com o novo governo britânico já definido, o Conselho Europeu se reunirá com os 27 líderes dos países-membros para examinar os critérios para decidir para onde vão as sedes da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Autoridade Bancária (EBA), que hoje estão na Grã-Bretanha.

A decisão final será anunciada em outubro e é provável que a primeira siga para Milão, Estocolmo ou Bruxelas e a segunda deve seguir para Frankfurt ou Paris. Até dezembro, é esperado que a primeira parte das negociações tenham focado, especialmente, nos direitos dos cidadãos europeus que moram no Reino Unido e vice-versa, o replanejamento dos débitos britânicos com o bloco econômico e qual será o regime de fronteira no caso da República da Irlanda e da Irlanda do Norte.

Uma pesquisa realizada pelo instituto YouGov e divulgada nesta quinta-feira (27) pelo jornal "Times" mostra que uma parte dos britânicos já se mostra arrependida pela saída do país da União Europeia, o chamado "Brexit".

De acordo com a publicação, para 45% dos entrevistados a saída é um "erro" enquanto 43% mantém sua postura e acreditam que esse é o melhor caminho e 12% se dizem indecisos quanto ao tema.

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Em junho do ano passado, 51,9% dos britânicos votaram a favor do "Leave" e o processo formal de saída, com a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, foi iniciado em 29 de março. Agora, são esperados ao menos dois anos de negociação para a separação total de fato.

Gentiloni diz que lutará para proteger italianos

Em uma audiência na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, informou que protegerá seus cidadãos na Grã-Bretanha durante o processo do "Brexit". O premier foi à Câmara para responder as dúvidas dos parlamentares em vista do Conselho Europeu extraordinário, que ocorrerá em Bruxelas.

"Estamos interessados no fato de que, entre as prioridades da negociação, já na primeira fase, esteja o destino dos cidadãos de diversos países europeus que moram no Reino Unido, Incluindo os 15% que são italianos. Temos o dever e o direito de pretender para nossos cidadãos as proteções e direitos administrativos corretos", disse o premier.

Gentiloni ainda falou que aqueles políticos que afirmaram que o "Brexit" seria uma "explosão da União Europeia" estão "completamente errados".

"Nós estamos na direção da negociação com alguns princípios inspiradores. Nós somos e permanecemos aliados do Reino Unido. Não confundamos as dinâmicas que se abriram com o 'Brexit' com uma negociação que será muito complicada", ressaltou.

Após o pronunciamento do premier, a Câmara aprovou o texto apresentado por Gentiloni para o Conselho, com 308 votos a favor, 92 contrários e 2 abstenções.

Quem também comentou sobre a saída britânica do bloco foi a chanceler alemã, Angela Merkel. Segundo a líder, "um terceiro Estado, como será a Grã-Bretanha, não poderá ter os mesmos direitos de um Estado europeu".

"Tenho a sensação de que algumas pessoas na Grã-Bretanha estão se enchendo de ilusões e deve ser explicado, claramente, que esse tempo acabou", acrescentou. 

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, rebateu o otimismo da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, e afirmou que não há razões para acreditar que esta quarta-feira (29) seja um "dia feliz".

"A primeira prioridade será minimizar as incertezas provocadas pela decisão do Reino Unido entre nossos cidadãos, as empresas e os Estados-membros", afirmou o polonês, pouco depois de ter recebido a carta britânica que notifica a UE sobre o "Brexit".

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O governo do Reino Unido entregará às 13h30 (8h30 em Brasília) desta quarta-feira (29) a carta em que notifica a União Europeia sobre o acionamento do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que iniciará o processo de saída do país do bloco.

Já assinado pela primeira-ministra Theresa May, o documento será entregue pelo embaixador britânico na UE, Tim Barrow, a Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, o principal órgão político da união. Pouco depois, o polonês deve fazer uma declaração à imprensa.

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Apenas 200 metros separam a sede da representação permanente de Londres na UE do gabinete de Tusk, em Bruxelas, capital da Bélgica e do bloco. Ainda nesta quarta, May fará um pronunciamento ao país e dirá que é o momento de "união", em resposta aos anseios separatistas da Escócia.

"Somos uma grande união de pessoas e nações com uma história da qual se orgulhar e com um futuro brilhante", dirá a primeira-ministra, segundo um trecho do discurso divulgado antecipadamente pela imprensa britânica. May também prometerá "representar" todas as pessoas que vivem no Reino Unido, inclusive cidadãos europeus.

Antes da entrega da carta a Tusk, a premier conversou por telefone com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. A retirada do país da UE foi aprovada por uma estreita margem em um referendo realizado em junho do ano passado, quando 51,89% dos eleitores votaram a favor do chamado "Brexit", termo em inglês para "saída britânica".

Com a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, Londres e Bruxelas começarão a negociar os termos do divórcio, em tratativas que, segundo previsões do governo do Reino Unido, devem durar dois anos. Contudo, o próprio presidente do Conselho Europeu acredita que o processo pode levar até sete anos.

Para que o rompimento ocorra efetivamente, os parlamentos de cada um dos 27 países remanescentes precisarão aprovar a nova relação entre Londres e o bloco. Em 60 anos de história, será a primeira vez que a UE perde um Estado-membro.

Milhares de britânicos foram às ruas de Londres neste sábado para dizer não ao "Brexit" e pedir a convocação de outro referendo antes que o governo comunique a saída do Reino Unido da União Europeia na próxima quarta-feira. As informações são da agência de notícias EFE. 

Em um dia ensolarado na capital britânica, cerca de 100 mil pessoas, de acordo com o grupo Unidos pela Europa, que organizou o protesto, fizeram uma passeata partindo de vários pontos da cidade para se concentrar em frente ao Palácio de Westminster, sede do Parlamento, para dizer "não" à saída do bloco europeu.O evento, que contou com a participação de muitas famílias e jovens, ocorreu em meio às fortes medidas de segurança em Londres por causa do atentado registrado na última quarta-feira, quando Khalid Masood matou quatro pessoas na Ponte de Westminster e na porta do Parlamento antes de ser abatido pela polícia.

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Com cartazes e bandeiras da UE, os manifestantes fizeram uma passeata em ambiente festivo, que contou também com a presença de políticos pró-Europa, entre eles o líder liberal-democrata, Tim Farron, que exige um segundo referendo sobre o acordo final que o governo britânico firmar com a União Europeia.

Os manifestantes queriam expressar apoio ao projeto europeu no dia em que se celebrou o 60º aniversário do Tratado de Roma, embrião da atual União Europeia, e antes da ativação do "Brexit".

O Unidos pela Europa afirmou em comunicado que as pessoas que votaram a favor da permanência pelo bloco estão juntas no objetivo de manifestar em frente ao "coração da democracia", o Parlamento. Ao chegarem ao Palácio de Westminster, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio pelas quatro pessoas mortas no atentado.

Farron, que levava na lapela um escudo da UE, disse em discurso que o "Brexit" representa um "ultraje indescritível", mas que a saída do Reino Unido "não nos vencerá, silenciará ou dividirá".

"A escolha é: quem deve decidir o acordo definitivo? Os políticos ou o povo?", questionou Farron.

"Nosso trabalho é ganhar os corações e os pensamentos nos próximos meses, ganhar apoio para um referendo sobre o acordo final, mudar a direção do debate e do nosso país", destacou.

Além de Londres, o Movimento de Jovens Europeus de Edimburgo organizou hoje uma manifestação similar na capital da Escócia para mostrar o apoio à União Europeia e a oposição ao "Brexit".

Os protestos coincidiram com o anúncio do deputado Douglas Carswell, o único do Partido de Independência do Reino Unido (UKIP), de deixar a legenda antieuropeia após a vitória do "Brexit". Ele, no entanto, seguirá na Câmara dos Comuns como independente.

"Como muitos de vocês, mudei do Partido Conservador para o UKIP porque queria desesperadamente que saíssemos da União Europeia. Agora, temos certeza que isso vai ocorrer. Decidi que deixarei o UKIP", ressaltou o deputado em seu blog.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciará na quarta-feira a ativação do Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que estabelece um período de negociações de dois anos sobre os termos da saída de um país do bloco. 

Berlim

Na capital alemã, milhares de pessoas foram às ruas neste sábado para mostrar apoio ao projeto europeu e para protestar contra a ascensão do nacionalismo e do isolacionismo na região.

O protesto percorreu o coração da capital da Alemanha e terminou em frente ao emblemático Portão de Brandemburgo. Os manifestantes cantavam palavras de ordem a favor do projeto europeu e contra os movimentos eurofóbicos e ultradireitistas.

Alguns manifestantes usaram caixas de papelão para simular o muro que dividiu a capital alemã nos tempos da Guerra Fria, dividindo a Europa em duas. Além disso, eles usavam camisetas e levaram balões com a bandeira da União Europeia, cantando, em inglês e alemão, o lema: "Some call it Europa. We call it home" ("Alguns chamam de Europa. Nós chamamos de lar").

O protesto foi organizado por grupos ligados à União Democrata-Cristã (CDU), partido da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e por pessoas da organização "Pulse of Europe", que há várias semanas reúne no centro de Berlim centenas de pessoas que defendem o projeto europeu.

O governo da premier britânica, Theresa May, deve iniciar oficialmente a saída do Reino Unido da União Europeia no dia 29 de março, de acordo com a imprensa locais.

Jornais ingleses divulgaram nesta segunda-feira (20) que a previsão é que May ative o artigo 50 do Tratado de Lisboa nesta data. É este artigo que determina os procedimentos para o "divórcio" do bloco europeu.

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Na semana passada, a rainha Elizabeth II ratificou a lei aprovada pelo Parlamento que autoriza o país a deixar o bloco, além de traçar as diretrizes para o processo. Os britânicos decidiram em referendo realizado no ano passado que abandonariam o Reino Unido.

A decisão, a contragosto do então governo do premier David Cameron, foi inédita e levou-o à renúncia. A expectativa é que a separação ocorra ao longo de dois anos, podendo ser ampliada, caso necessário.

A rainha Elizabeth II assinou nesta quinta-feira (16) a lei aprovada nesta semana pelo Parlamento que autoriza o governo britânico a ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa e dar início às negociações para a saída do país da União Europeia (UE), o chamado "Brexit". O Royal Assent é necessário porque que a monarca é a chefe de Estado do Reino Unido, apesar da rainha, que jamais se pronuncia sobre questões políticas locais, chegar a demonstar de maneira inédita sua preferência pela permanência do país no bloco europeu.

A assinatura é um ato formal que conclui as etapas para a aprovação de uma norma. Esta lei referente ao Brexit passou pelo Parlamento na última segunda-feira (13). Ela determina que o Reino Unido tem um prazo de dois anos para negociar os trâmites do divórcio com a UE, prazo que pode ser prorrogado se necessário.

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Com a firma da rainha, a primeira-minista Theresa May pode iniciar a qualquer momento os trâmites, mas fontes de Downing Street acreditam que isso ocorra na última semana de março. Os britânicos aprovaram no ano passado, em referendo, a saída do país da União Europeia. A separação é inédita e envolve uma série de questões burocráticas, financeiras, econômicas, sociais, monetárias e civis. O processo poderá se complicar ainda mais caso a Escócia decida se separar do Reino Unido. O país anunciou no início da semana que pretende convocar um plebiscito sobre sua independência.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, abriu nesta quarta-feira (1º) uma reflexão sobre o futuro da União Europeia (UE) após o Brexit apresentando cinco cenários como base. O "Livro Branco" sobre o futuro da Europa tem o objetivo de estabelecer uma base para uma discussão na cúpula em Roma, que acontece dia 25 de março, por ocasião do 60º aniversário do projeto europeu.

Juncker listou cinco diferentes opções sobre até onde pode caminhar a União Europeia de 27 países até 2025 e depois da eventual saída do Reino Unido, em meados de 2019. A primeira ideia é de manter a atual direção, ou seja, a UE continuaria com as atuais políticas, além de reforçar a segurança e a defesa exterior, assim como garantir a recuperação econômica.

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A segunda se concentra "apenas" sobre o "mercado único", que visa um projeto europeu centrado na cooperação econômica no âmbito do mercado único, o que facilitaria as tomadas de decisão, principalmente em temas como migração, segurança e a defesa. " Os direitos dos cidadãos derivados da legislação da UE (como a livre circulação dentro do bloco) poderiam ser restringidos com o tempo", afirma o Livro Branco. O terceiro cenário "quem quer mais faz mais" mostra uma Europa "a várias velocidades", no qual os países terão um aprofundamento de políticas específicas e os que desejarem poderão avançar para uma cooperação militar e até mesmo um combate ao terrorismo. Os direitos dos cidadãos dependeriam do local de origem.

A quarta ideia "fazer menos e melhor" prevê que os 27 países devem concentrar esforços nas áreas que definem como prioritárias. "Uma divisão mais clara das responsabilidades ajuda os cidadãos a compreender melhor o que se administra na UE", mas os 27 poderiam "ter dificuldades para definir que áreas devem priorizar", afirma o relatório da Comissão Europeia.

O último cenário "fazer mais unidos" estabelece que os países compartilhem mais poder, recursos e tomadas de decisão em todas os âmbitos desde a Eurozona até questões de defesa, imigração ou energia "para enfrentar os desafios do dia a dia".

No entanto, o documento adverte para o "risco de alienar partes da sociedade que sentem que falta legitimidade à UE ou que possui muitos poderes em detrimento das autoridades nacionais".

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, alertou que o Parlamento não deve impedir "o que o povo britânico quer" ao tentar atrasar o início da negociação de saída do país da União Europeia, o Brexit.

Os comentários de May ocorrem no momento em que a Câmara dos Lordes começa um debate de dois dias sobre o projeto de lei que autoriza o governo a iniciar o processo do Brexit.

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Os membros da oposição no Parlamento tentam alterar algumas questões da lei para garantir um papel maior nas negociações.

A Câmara dos Lordes, que é a câmara alta do parlamento do Reino Unido, composta por um corpo não-eleito, não pode invalidar a decisão da Câmara dos Comuns, que já aprovou o projeto de lei. Entretanto, eles podem atrasar seu andamento, complicando o calendário do governo, que pretende iniciar as negociações no dia 31 de março.

May ainda salientou que a Câmara dos Comuns aprovou o projeto de lei sem incluir emendas e "espero que a Câmara dos Lordes dê atenção à isso". Fonte: Associated Press.

A Câmara dos Comuns aprovou em terceira e última leitura a lei "European Union (Notification of Withdrawal) Bill" que libera o governo de Theresa May de iniciar o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

Por 494 votos a favor e 122 contrários, o texto foi aprovado na noite desta quarta-feira (8). Pouco antes da votação final, durante a tarde, foram rejeitadas as últimas emendas apresentadas pela oposição para tentar atrasar o projeto.

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Agora, o dossiê passa para a aprovação da Câmera dos Lordes, em votação que será realizada no dia 20 de fevereiro. No entanto, em caso de qualquer modificação, a palavra final será da Câmara dos Comuns.

Com a aprovação dentro do cronograma previsto por Theresa May, é muito provável que seu Gabinete consiga aprovar o "Brexit" até março, quando a premier anunciou que iria iniciar o processo.

Para isso, é preciso que o governo ative o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que dá o início formal ao processo de saída - que deve durar até dois anos.

O "Livro Branco" da separação entre britânicos e UE tem 77 páginas e reflete os 12 pontos para o "divórcio" defendidos publicamente por May em pronunciamento em janeiro.

O primeiro grande avanço do Brexit foi registrado nesta quinta-feira (15), quando o Dicionário Oxford de inglês aceitou a palavra e a definiu pela primeira vez, à espera de que o governo o faça.

"Brexit" é, segundo as autoridades do Oxford, "a saída (proposta) do Reino Unido da União Europeia e o processo político associado a ela".

Os lexicógrafos do principal dicionário da língua inglesa acrescentam: "Às vezes se usa especificamente em referência ao referendo organizado no Reino Unido no dia 23 de junho de 2016, no qual a maioria dos eleitores favoreceram a saída da UE".

Deste modo, o dicionário dá um sentido à tautologia que a primeira-ministra Theresa May utiliza quando perguntam a ela o que é "Brexit" ("Brexit é Brexit", costuma responder).

Os responsáveis pelo dicionário classificaram de impressionante a rapidez com a qual esta palavra se difundiu, não apenas no Reino Unido, mas em todo o mundo, a ponto de servir para se referir a fenômenos similares em outros lugares (como quando se fala de "Grexit" em referência à possível saída da Grécia do euro).

Quase seis meses depois do referendo, o governo britânico ainda não notificou oficialmente a saída a Bruxelas, mediante a invocação do Artigo 50 do Tratado europeu de Lisboa, embora tenha prometido fazê-lo no máximo em março de 2017.

A indefinição sobre que tipo de relação Londres quer com a UE depois de abandonar o bloco deu lugar às expressões "soft Brexit" - permanecer no mercado único e aceitar imigrantes europeus - ou "hard Brexit" - romper totalmente.

Michel Barnier, o principal negociador da União Europeia para as conversas sobre a saída do Reino Unido do bloco (o chamado "Brexit"), disse hoje que o período de discussões poderá ser de apenas 18 meses, e não de 24 meses.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, pretende evocar o Artigo 50, que dará início formal às negociações, até o fim de março. A iniciativa marcará o começo de um processo de dois anos para a retirada do Reino Unido da UE.

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Segundo Barnier, no entanto, o período efetivo de negociação deverá ser mais curto e um acordo poderá ter de ser fechado até outubro de 2018.

No primeiro pronunciamento público desde que assumiu o cargo, Barnier também disse que o Reino Unido "não pode escolher" o que gosta da UE. Ele afirmou que o mercado único e suas quatro liberdades fundamentais, como a de circulação, são "indivisíveis".

Barnier também comentou que as conversas serão complexas e politicamente sensíveis, mas a expectativa é que a ratificação dos termos do Brexit seja concluída até março de 2019. Fontes: Associated Press/Dow Jones Newswires.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, está buscando assegurar a líderes da União Europeia que irá manter o cronograma para o início do processo de retirada do país da União Europeia (o chamado Brexit), apesar de uma recente derrota judicial.

Ontem, a Suprema Corte britânica decidiu que o governo terá de obter aprovação do Parlamento antes de acionar o Artigo 50, como é conhecido o mecanismo formal do Tratado de Lisboa para a saída de um país-membro da UE.

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May planeja ligar hoje ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para reafirmar que seu plano continua sendo de iniciar as negociações do Brexit até o fim de março do próximo ano.

O governo planeja recorrer contra a decisão da Suprema Corte e a expectativa é que uma audiência sobre o assunto ocorra no mês que vem.

A perspectiva de envolvimento do Parlamento pode levar a atrasos no processo do Brexit e também à antecipação das eleições gerais no Reino Unido. Fonte: Associated Press.

O governo do Reino Unido mantém o plano de iniciar o processo para a retirada do país da União Europeia (o chamado Brexit) até o fim de março do ano que vem, afirmou hoje uma porta-voz da primeira-ministra britânica, Theresa May.

O comentário veio após decisão da Suprema Corte do país, mais cedo, de exigir que o governo britânico busque a aprovação do Parlamento antes de dar início às negociações do Brexit.

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Segundo a porta-voz, o governo não pretende deixar que uma decisão judicial prejudique o cronograma para acionar o Artigo 50, como é conhecido o mecanismo formal do Tratado de Lisboa para a saída de um país-membro da UE. Fonte: Dow Jones Newswires.

Nigel Farage, líder do partido anti-União Europeia, UKIP, disse que está preocupado que políticos tentarão bloquear ou adiar a saída do Reino Unido da União Europeia. A Suprema Corte do Reino Unido ter decidido nesta quinta-feira (3) que o governo da primeira-ministra Theresa May precisará da aprovação do Parlamento para detonar o processo de saída da União Europeia, o chamado Brexit. Farage afirmou que a decisão é uma traição com aqueles que votaram pela saída do Reino Unido do bloco.

Ao mesmo tempo, os líderes dos partidos de oposição pedem que o governo britânico diga ao Parlamento que está negociando os termos do Brexit, após a decisão da Suprema Corte.

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O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corby afirmou: "Deve haver transparência e prestação de contas ao parlamento em relação ao Brexit." Fonte: Associated Press.

A Suprema Corte do Reino Unido decidiu nesta quinta-feira (3) que o governo da primeira-ministra Theresa May precisará da aprovação do Parlamento para detonar o processo de saída da União Europeia, o chamado Brexit. A decisão é um revés para o governo do país, que não poderá levar o processo adiante de maneira unilateral. O governo já anunciou que está "decepcionado" com a decisão judicial e que recorrerá, dizendo-se determinado a seguir adiante com o processo do Brexit.

Os magistrados decidiram que o governo de May não pode sozinho acionar o Artigo 50 - o mecanismo formal no Tratado de Lisboa que inicia a retirada de um membro da UE - sem um voto sobre o assunto no Parlamento.

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A maioria dos parlamentares apoiava que o Reino Unido permanecesse no bloco, antes do plebiscito de 23 de junho. Uma maior influência dos congressistas pode levar ao atraso do processo ou mesmo a que o governo tenha de optar por uma versão mais branda do Brexit.

A libra se valorizou imediatamente após a decisão judicial, chegando a atingir nesta manhã a máxima em quatro semanas, a US$ 1,2449.

No início de outubro, a premiê disse que pretendia invocar o artigo 50 antes do fim de março do próximo ano. May também indicou em discurso que privilegiaria o controle imigratório em relação ao mercado comum. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os britânicos não se arrependem de terem votado a favor da saída da União Europeia (UE), nem querem um segundo referendo, disse nesta quarta-feira um renomado especialista em pesquisas na apresentação de um estudo.

O professor John Curtice, da Universidade Strathclyde de Glasgow, analisou uma séries de pesquisas realizadas desde o referendo de 23 de junho, em que 52% dos eleitores apoiaram a saída da UE. "Continuamos divididos desde então e poucos mudaram de opinião", disse em um ato em Londres.

Ainda assim, os eleitores estão controlando suas expectativas de que a ruptura com a UE irá supor uma redução na imigração ou uma economia que possa desviar-se da saúde pública. "Antes do referendo, cerca de metade das pessoas esperava que o nível de imigração caísse como consequência do Brexit", afirmou. "Agora esse número caiu para 45%".

Quando perguntados sobre o que esperam do Brexit, a maioria dos britânicos disse que o fim da liberdade de movimento dos cidadãos europeus, mas também que permaneça o acesso ao mercado comum, algo que Bruxelas já disse que será impossível.

No governo da primeira-ministra Theresa May há ministros que querem um Brexit "puro e duro", que implicaria romper totalmente com a UE, e existe os que preferem um compromisso que permita continuar a relação com o mercado único, como a Suíça ou Noruega.

As negociações não começarão ao menos até 2017, data mínima imposta por May para ativar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa para os países que querem abandonar o bloco.

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