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Em meio às tensões com o Reino Unido, o Itamaraty informou que monitora a saída britânica da União Europeia e possíveis impactos na relação comercial com o Brasil. O órgão deixa claro que, até o momento, não há previsão de impacto para os acordos já existentes entre o Brasil e o Reino Unido ou com a União Europeia e também aponta que as relações migratórias (como retirada de vistos) não serão afetadas. Fontes do Itamaraty informaram à reportagem, no entanto, que a forma como serão divididas as quotas agrícolas entre os países pode ser uma potencial preocupação ao governo brasileiro, conforme mostrou na quinta-feira, 15, Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Segundo o Itamaraty, há hoje em vigor 77 acordos internacionais bilaterais entre o Brasil e o Reino Unido que, a princípio, não devem ser afetados pelo Brexit.

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Além disso, há outros 30 pactos vigentes entre Brasil e União Europeia e outros cinco instrumentos entre o Brasil e agências europeias. Nesse caso, pode ser necessário um novo instrumento bilateral com o Reino Unido no acordo firmado com a Comunidade Europeia de Energia Atômica (Euratom).

O Itamaraty informou, ainda, que "não haverá repercussão nas normas migratórias aplicáveis atualmente entre o Brasil e aquele país" no caso da separação entre os dois lados. "Os acordos bilaterais Brasil-Reino Unido em matéria de imigração e vistos deverão permanecer em vigor, de modo a continuar a facilitar o deslocamento de nacionais em direção ao território de ambos os países", aponta a nota.

Quotas agrícolas

Na quinta, fontes do Itamaraty afirmaram ao Broadcast que está no radar do órgão possíveis problemas em relação a como serão divididas as quotas agrícolas. Hoje, a proposta é por uma repartição matemática, proporcional entre os dois grupos econômicos. O mecanismo apresentado à Organização Mundial do Comércio (OMC) para legalizar essa repartição, no entanto, tem sido visto com "reservas" por exportadores agrícolas - entre eles, o Brasil.

"Como fica, na hora que efetivamente o Reino Unido sair da União Europeia, a carne bovina que a Inglaterra mandar para o resto da União Europeia? Debita da quota ou não? Isso pode ocasionar prejuízo eventual ao Brasil", comenta a fonte.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, admitiu na manhã desta quinta-feira, 15, que há um risco de não haver qualquer tipo de acordo em torno do Brexit, ainda que ela siga otimista para um acerto.

"Estamos e continuamos nos preparando para cenário sem acordo do Brexit", afirmou aos parlamentares em sessão extraordinária do Parlamento, convocada por ela para explicar os termos do acerto a ser negociado com a UE.

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Ontem, foi aprovado no gabinete de May o esboço de um acordo que será apresentado à União Europeia. O texto, no entanto, foi rechaçado por membros do governo. Diversos integrantes do gabinete pediram demissão. O processo de transição para o Brexit tem de começar até dia 29 de novembro - o processo de divórcio tem de ser concluído até março.

May disse ainda que o acordo com Brexit com a União Europeia protege a integridade do Reino Unido e que a relação futura remove o país da jurisdição da Justiça europeia.

"A União Europeia não controlará nossas leis, pois quem decidirá é o Parlamento. Peço a vocês que não olhem apenas os termos do acordo com a UE, mas que considerem também a vontade do povo", disse.

As bolsas europeias fecharam em queda nesta terça-feira, 6, em meio a incertezas com políticas internas, enquanto os investidores ficaram no aguardo pelos resultados das eleições de meio de mandato nos EUA.

A bolsa de Londres fechou em queda de 0,89%, aos 7.040,68 pontos; Paris caiu 0,51%, aos 5.075,19 pontos; e Frankfurt recuou 0,09%, aos 11.484,34 pontos. Já a bolsa de Milão perdeu 0,07%, aos 19.268,29 pontos; Madri desvalorizou 0,24%, aos 8.988,90 pontos, e Lisboa caiu 0,20%, aos 4.977,68 pontos.

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Os entraves da saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) seguem como um dos principais condutores no mercado acionário. Líder do Partido Unionista Democrático (DUP, na sigla em inglês), a maior sigla da Irlanda do Norte, o deputado Jeffrey Donaldson afirmou no Twitter que o Reino Unido caminha para uma saída da União Europeia sem acordo com o bloco. Com isso, o chamado Brexit terá consequências "sérias" para a economia da República da Irlanda. Um importante entrave para o diálogo é justamente o status futuro das Irlandas.

Enquanto isso, o negociador-chefe para o Brexit da União Europeia (UE), Michel Barnier, disse nesta terça-feira que não há nenhum acordo do Brexit perto de ser selado. Em discurso em uma conferência católica em Bruxelas, Barnier afirmou ainda que a questão da fronteira irlandesa segue como um dos entraves para chegar a um acordo e que é hora de o Reino Unido fazer suas escolhas.

No entanto, no final da manhã, a libra se fortaleceu e atingiu máximas no dia em relação ao dólar, após um porta-voz da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmar que seu governo continua confiante quanto à possibilidade de um acordo do Brexit, embora também tenha admitido que há dificuldades a resolver nesse diálogo.

Além disso, a situação da Itália também segue no radar. Na Bélgica, os ministros das Finanças da zona do euro continuam a pressionar a Itália para que apresente à Comissão Europeia um novo plano de orçamento para 2019 e os anos seguintes.

No início da tarde (horário de Brasília), o governo da Itália apresentou uma moção de confiança no Parlamento, que está ligada a um decreto do setor de segurança, segundo a agência Ansa. A votação depende ainda da autorização do conselho de ministros, segundo o ministro para Relações com o Parlamento, Riccardo Fraccaro.

A agência diz que o partido Forza Italia não pretende participar da votação no Senado. Ministro do Interior, Matteo Salvini previu que as medidas na área de segurança devem ser aprovadas, com regras mais duras para criminosos.

Embora questões internas tenham guiado os investidores, o mercado operou atrelado também às eleições de meio de mandato dos Estados Unidos para toda a Câmara, um terço do Senado e 36 governadores. O resultado, que começa a ser divulgado nesta terça no final da noite, poderia mudar o controle do Congresso e colocar um freio em grande parte da agenda da Casa Branca pelos próximos dois anos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

O primeiro-ministro da República da Irlanda, Leo Varadkar, expressou seu temor de que a fronteira com a Irlanda do Norte volte a registrar violência caso seja fechada por causa da saída do Reino Unido da União Europeia.

Essa questão é o principal entrave das negociações entre Londres e Bruxelas, já que o acordo de paz entre as Irlandas, firmado em 1998, prevê fronteiras abertas devido à ligação histórica entre os dois territórios.

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"Os temores de um retorno da violência na Irlanda e na Irlanda do Norte no caso de uma fronteira fechada são muito reais", alertou Varadkar. Seu país faz parte da União Europeia, enquanto a Irlanda do Norte é território do Reino Unido.

Na reunião do Conselho Europeu realizada na última quinta (18), o premier mostrou aos outros líderes uma edição do jornal "The Irish Times" que exibia uma entrevista com a filha de um funcionário da alfândega assassinado em um bombardeio do Exército Republicano Irlandês (IRA), que lutava pela anexação da Irlanda do Norte pela Irlanda.

"Queria estar certo de que ninguém na sala pensasse que a Irlanda esteja exagerando o risco real de um retorno da violência", acrescentou Varadkar, ressaltando que episódios do tipo eram recorrentes quando havia uma fronteira física entre os dois territórios.

Tanto a Irlanda quanto a Irlanda do Norte querem a manutenção de fronteiras abertas, mas isso pode acabar criando uma região com status especial dentro do Reino Unido e até uma espécie de diferenciação entre o território e o restante do país. 

Da Ansa

O acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia está mais perto do que nunca. A análise foi feita nesta quinta-feira (18) por ambos os lados após reunião de cúpula sobre o Brexit na Bélgica. O maior impasse segue o mesmo: a fronteira entre Irlanda, membro da UE, e Irlanda do Norte, território britânico. Londres e Bruxelas, porém, demonstraram otimismo em obter um entendimento.

O resultado da cúpula é o mais otimista desde março de 2017, quando Londres ativou o Artigo 50, que prevê o desligamento de um país-membro do bloco. Mesmo sem solução para o impasse irlandês, Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, afirmou que o acordo está próximo. "Depois de ouvir a posição da primeira-ministra britânica, Theresa May, os demais 27 países da UE confirmaram que desejam continuar as conversas com um espírito positivo", afirmou.

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Tusk informou ainda que uma cúpula exclusiva para discutir os detalhes do acordo deve ser convocada para novembro, "caso progressos decisivos sejam feitos". Mas, segundo ele, esses avanços "ainda não ocorreram".

Na quarta-feira, 17, na abertura das reuniões, Tusk disse que a separação sem acordo - o "Brexit duro" - era mais provável do que nunca, enquanto May afirmava que os dois lados haviam se aproximado. Ontem, as opiniões convergiram para um acordo.

Um sinal interpretado como positivo sobre o andamento das negociações foi o fato de a premiê ter descartado a possibilidade de pedir a ampliação do prazo final da transição do Brexit, de dezembro de 2020 para dezembro de 2021. Nesse período, o Reino Unido continuará, na prática, a fazer parte da UE, enquanto os preparativos técnicos serão realizados para o Brexit.

Apesar do tom otimista, os principais líderes europeus cobraram de May uma solução para os problemas políticos internos de seu governo. A premiê vem sendo ameaçada pela oposição do Partido Trabalhista, que pretende votar contra o acordo, assim como uma ala anti-Europa do Partido Conservador, que considera a negociação um fracasso.

Além disso, ainda o impasse irlandês precisa ser resolvido. "Cabe ao Reino Unido encontrar e nos propor uma solução", disse o presidente da França, Emmanuel Macron. A UE é contra o restabelecimento de uma fronteira física entre as duas Irlandas. Sem ela, no entanto, a Irlanda do Norte passaria a ter regras diferentes do Reino Unido, o que é inaceitável para os unionistas - que defendem a união britânica e dão sustentação ao governo de May.

"Hoje, não é mais um cenário técnico que pesa. Todos os cenários técnicos foram vistos e revistos. É a capacidade política britânica de encontrar um acordo apresentável. Ponto final. Não cabe à UE fazer concessões para tratar um tema de disputa interna da política britânica", disse Mácron.

O presidente francês também pediu urgência na apresentação de uma proposta para a Irlanda, como também fez a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. "Todos os 27 países querem uma solução", afirmou Merkel. "Enquanto não tivermos uma solução satisfatória, não poderemos explicar de forma satisfatória como isso ocorrerá. Mas acredito que, enquanto houver desejo, teremos um caminho." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os mercados acionários da Europa fecharam majoritariamente em queda nesta quinta-feira, 18, ainda diante da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de quarta-feira. Londres e Paris chegaram a operar no positivo em meio a declarações sobre o Brexit, mas voltaram a recuar diante de uma aversão a risco no cenário, que levou abaixo também os rendimentos dos bônus alemães. O índice Stoxx-600 fechou em queda de 0,51%, aos 361,67 pontos.

O FTSE 100, de Londres, recuou 0,39%, aos 7.026,99 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, registrou queda de 0,55%, aos 5.116,79. Em Frankfurt, o DAX recuou 1,07%, para 11.589,21 pontos, ao passo que o FTSE MIB, de Milão, caiu 1,89%, aos 19.087,53. Em Madri, o Ibex 35 apresentou queda de 1,20%, para 8.889,60 pontos. O PSI 20, de Lisboa, por outro lado, mostrou leve avanço de 0,05%, aos 5.060,36 pontos.

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A divulgação na tarde de quarta-feira da ata da última reunião de política monetária do Fed, em setembro, reforçou a posição hawkish da instituição e de seus dirigentes, o que penalizou os mercados acionários do continente. Durante a manhã, no entanto, as praças europeias reduziram perdas e algumas inclusive migraram para território positivo, como foi o caso da bolsa de Londres, após o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmar em coletiva de imprensa que, caso o Reino Unido decida estender o período de transição após a saída da União Europeia (UE), isso será considerado pelo bloco.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou a repórteres que a extensão do período de transição "poderia ser uma opção" para resolver questões como a fronteira da Irlanda e da Irlanda do Norte, além de ressaltar que as negociações estão sendo "duras" porque estão se aproximando da fase final.

Depois de recuperarem o fôlego brevemente, no entanto, as bolsas voltaram a recuar, enquanto outras acentuaram perdas, em consonância com um movimento de aversão a risco visto também em Nova York, que derrubou os rendimentos dos juros dos Treasuries e também os dos bônus alemães (Bunds).

Em relação à Itália, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, fez breves comentários, ao dizer que o país usou todos os instrumentos de flexibilidade disponíveis. Pouco após o fechamento dos mercados, o jornal local La Stampa destacava que autoridades da UE afirmam em uma carta que o orçamento do país apresenta um "desvio sem precedentes". O documento teria sido entregue nesta quinta ao ministro da Economia da Itália, Giovanni Tria.

Investidores acompanharam ainda a divulgação das vendas no varejo do Reino Unido, que caíram 0,8% em setembro ante agosto, segundo dados publicados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país. Analistas previam queda significativamente menor, de 0,3%. Já na comparação anual, o setor varejista britânico ampliou as vendas em 3% em setembro, mas a variação também ficou aquém da projeção do mercado, que era de alta de 3,3%.

Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Edimburgo neste sábado (6) a favor da independência da Escócia, a menos de seis meses da saída do Reino Unido da União Europeia.

A líder do Partido Nacional Escocês (SNP), Nicola Sturgeon, prometeu a realização de outro referendo sobre a independência "uma vez se esclareçam os termos do Brexit".

Diante da falta de visibilidade sobre o fim das negociações entre Londres e Bruxelas, Sturgeon advertiu que poderia adiar um anúncio de seus planos políticos até o fim do ano.

O SNP tem previsto celebrar uma coletiva de imprensa na semana que vem.

A Escócia realizou um referendo sobre a independência em 2016, que terminou com uma ampla margem a favor da permanência no Reino Unido.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, recusa-se a conceder outro referendo, que deve ser aprovado oficialmente pelo Parlamento em Londres.

O Reino Unido prevê deixar a União Europeia em março.

Uma das organizadoras da marcha, Ellen Hofer, de 31 anos, da Cidadãos Europeus por uma Escócia independente, explicou à AFP que "esta situação é desprezível".

"Não podemos parar o Brexit, no podemos impedir o que está acontecendo com o Reino Unido, mas podemos ajudar com o que estamos fazendo neste país, com a independência", acrescentou.

Outro grupo, o Escoceses pelo Sim, repudia as acusações de fobia anti-inglesa.

"As pessoas que dizem que somos anti-ingleses são, por dizer de alguma maneira, ridiculamente estúpidos", explicou seu diretor nacional, Math Campbell, de 31 anos, nascido na cidade inglesa de Cambridge.

A manifestação nacionalista se iniciou em Holyrood Park perante o Parlamento escocês, apesar de uma proibição inicial das autoridades locais que não queriam uma ato político neste parque nacional.

A Polícia escocesa, no entanto, permitiu a concentração, visto que não representava um risco para a segurança pública.

Em meio à pressão crescente da ala mais radical e favorável ao Brexit, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, encara nesta semana, no congresso anual do Partido Conservador, o desafio de seu ex-chanceler Boris Johnson. A conferência foi aberta neste domingo, 30 em Birmingham, e se encerrará na quarta-feira, dia 3, com o discurso da premiê, que tenta sobreviver em meio às incertezas provocadas pelo impasse nas negociações com a União Europeia.

Em entrevista à BBC, May reiterou neste domingo, na abertura do congresso, que espera uma contraproposta da UE, após os dirigentes europeus terem recusado a oferta britânica em uma cúpula na Áustria. "Temos de entender quais são suas preocupações", disse. "Eu sei que é um desafio para a UE, e aceito esse fato. Trata-se de um acordo inédito, que nunca foi feito com nenhum outro país."

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Pela proposta, o Reino Unido participaria de uma união aduaneira sem participar dos demais acordos de livre circulação - em especial o de pessoas. "Acreditamos que nossa proposta não destrói o mercado comum e precisamos ter uma conversa com eles", afirmou May.

A proposta apresentada pela premiê, no entanto, não desagrada apenas os dirigentes da UE, mas também a ala pró-Europa e pró-Brexit de seu Partido Conservador. A primeira, formada por parlamentares favoráveis à UE, considera um erro levar o divórcio adiante e defende um novo referendo. A segunda, afirma que a oferta de Londres vai longe demais em concessões.

A segunda ala, a dos defensores do Brexit, defende uma saída da UE sem acordo. Ela é liderada por Johnson, que se tornou o principal rival de May pela liderança do partido - e o maior pretendente ao cargo da premiê.

Neste domingo, em entrevista ao jornal The Times, Johnson voltou a atacar May. "Diferentemente da primeira-ministra, eu fiz campanha pelo Brexit. Diferentemente da primeira-ministra, eu lutei por isso, eu acredito nisso", disse. "(O Brexit) é a melhor coisa para nosso país, mas o que está acontecendo agora não é, infelizmente, o que prometemos em 2016."

Horas depois, May respondeu. "Acredito no Brexit e garanto que teremos sucesso", disse. Nos próximos dias, May pode ter sua liderança desafiada por Johnson, especialmente em caso de fracasso das negociações com a UE. Outra hipótese é de que ela seja obrigada a antecipar eleições, como deseja o Partido Trabalhista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os mercados acionários da Europa terminaram em alta o pregão desta segunda-feira, 10, de olho principalmente em questões regionais, como o Brexit e a Itália, enquanto investidores também monitoram possíveis desdobramentos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O índice Stoxx-600 registrou alta de 0,51%, aos 375,68 pontos.

A Bolsa de Milão liderou os ganhos, à medida que o índice FTSE MIB avançou 2,30%, para 20.918,90 pontos, mesmo sem novidades sobre a discussão orçamentária no país. Analistas do Morgan Stanley avaliam que "um alto grau de incerteza italiana já está no preço e a ausência de mais 'más notícias' seria suficiente para causar um alívio nos bancos e ações do país". Além disso, hoje, o ministro da Economia do país, Giovanni Tria, disse que o governo adotará medidas fiscais prudentes. No setor financeiro, destaque para os papéis do Intesa Sanpaolo, que avançaram 4,53%, enquanto os do UniCredit ganharam 4,67% e os do Banco BPM subiram 4,85%.

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Em Londres, o FTSE 100 oscilou durante a sessão em meio ao fortalecimento da libra ante o dólar, o que pesa em empresas exportadoras, depois que o negociador-chefe da União Europeia (UE) para o Brexit, Michel Barnier, afirmou que, "realisticamente", um acordo com o Reino Unido para a saída do bloco pode ser alcançado "nas próximas seis a oito semanas", de acordo com informações publicadas no Twitter pela Embaixada Britânica na Eslovênia. O índice encerrou perto da estabilidade, com ganhos de 0,02%, aos 7.279,30 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX registrou alta de 0,22%, aos 11.986,34 pontos. Já na capital francesa, o CAC 40 ganhou 0,33%, para 5.269,63 pontos, enquanto o Ibex 35, em Madri, subiu 1,09%, aos 9.270,80 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,88%, aos 5.279,09 pontos.

Ainda no radar está a cautela com EUA e a China. Na última semana, em meio às preocupações de que Washington pode impor novas tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, o presidente americano, Donald Trump, afirmou estar pronto para tarifar não só esse montante como também outros US$ 267 bilhões em importações do país asiático. O governo de Pequim reafirmou que, caso isso ocorra, vai retaliar.

Mais cedo, investidores também acompanharam a divulgação da produção industrial do Reino Unido, que cresceu 0,1% em julho na comparação com o mês anterior, ao contrário da previsão de estabilidade, informou o Escritório Oficial de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país. A instituição também divulgou que o déficit comercial global do Reino Unido diminuiu de 10,7 bilhões de libras em junho para 10 bilhões de libras (US$ 13 bilhões) em julho, também na direção contrária à projeção, de aumento no déficit para 11,7 bilhões de libras.

O ministro de Comércio do Reino Unido, Liam Fox, disse nesta terça-feira (28) à CNBC que o quadro econômico de seu país é estável e que não quer que o "Brexit" - processo de retirada dos britânicos da União Europeia - ocorra sem um acordo.

Fox, que está em Cingapura, comentou à emissora americana que a eventual saída do Reino Unido da UE sem um acordo que regule comércio e outras questões não é de interesse de ninguém.

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"Não queremos que não haja acordo. Queremos que haja um bom acordo, mas nossos parceiros europeus precisam entender que, se não conseguirmos um bom acordo e tivermos de sair, sairemos", afirmou Fox.

Recentemente, Fox havia dito ser provável que o Reino Unido não conseguiria chegar a uma acerto sobre o divórcio com a UE antes de deixar o bloco, em março de 2019. Na ocasião, Fox declarou que a "intransigência" de autoridades da UE está "nos levando para uma situação de não acordo". Ele estimou as chances de um Brexit sem acordo em 60%.

Às 6h36 (de Brasília), a libra esterlina subia levemente, a US$ 1,2901, de US$ 1,2894 no fim da tarde de ontem.

Londres, 19 - Cofundador da marca de moda Superdry, Julian Dunkerton afirmou neste domingo que doou 1 milhão de libras US$ 1,28 milhão para um grupo que busca realizar uma votação popular sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit. A ação é feita no momento em que o governo britânico prepara-se para lançar uma avaliação do impacto para as relações futuras de eventualmente deixar o bloco sem um acordo com o bloco.

Dunkerton, cuja marca de moda de rua está presente em 46 países, escreveu no Sunday Times que apoia a campanha People's Vote porque o Brexit será um "desastre" e as pessoas devem ter uma chance de revertê-lo. Sete meses antes de o Reino Unido deixar a UE, as negociações estão paralisadas e aumenta a chance de que o país abandone o bloco sem um acordo, o que dá fôlego àqueles que pedem nova votação sobre o tema.

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Os defensores do Brexit, por outro lado, fazem campanha para garantir a saída, amparados no resultado do plebiscito de 2016. Na quinta-feira, o governo britânico pretende publicar o primeiro de uma série de relatórios técnicos sobre os efeitos de uma saída sem acordo. Fonte: Associated Press.

A decisão de optar por um divórcio "amigável" com a União Europeia detonou nesta segunda-feira (9) uma nova crise no governo da premiê britânica, Theresa May. Em três dias, três ministros que pregam uma "separação dura" pediram demissão, entre os quais o chanceler Boris Johnson e o encarregado das negociações do Brexit, David Davis. Contestada, May pode ter de enfrentar um voto de desconfiança no Parlamento.

A crise é provocada pelas divergências entre moderados e radicais dentro do Partido Conservador. Os primeiros defendem um "Brexit suave", com a imediata assinatura de um acordo de livre-comércio com a UE e, em contrapartida, aceitam a manutenção da política migratória. Essa tendência é apoiada por grandes empresários e investidores, que desejam que o divórcio, se de fato se confirmar, em março de 2019, tenha o menor impacto econômico e financeiro possível.

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A segunda tendência é comandada pela ala mais eurocética dos conservadores, liderada por Johnson e Davis. Os dois defendem um "Brexit duro", ou seja, sem acordo de livre-comércio e sem concessões maiores a Bruxelas em troca da separação.

Até aqui, May flutuava entre uma tendência e outra. No início de seu governo, chegou a defender a hipótese do "Brexit duro". Mas, com as negociações com a UE se mostrando nocivas para o Reino Unido, sua linha política mudou. Na sexta-feira, a premiê chegou a um suposto "consenso" no Partido Conservador, segundo o qual a linha que vigoraria daqui para a frente seria a "suave".

Rompimento

Na noite de domingo, 8, porém, Davis decidiu romper a aparência de consenso e enviou uma carta à premiê informando sua demissão. Segundo ele, essa estratégia tornará o Reino Unido "vassalo" da Europa, porque o país não poderá negociar um acordos de livre-comércio com os EUA ou países da Ásia sem o acordo prévio de Bruxelas.

"No melhor dos casos, nós ficaremos em posição de fraqueza para negociar", argumentou Davis na carta. "O interesse nacional exige um ministro do Brexit que acredite muito na sua abordagem, e não apenas alguém que cumpra a política de forma reticente."

Diante da crise, May não perdeu tempo e nomeou um "eurocético", o deputado Dominic Raab, como sucessor de Davis. A premiê também falou ao Parlamento na expectativa de acalmar a turbulência, refutando as críticas por ter mudado de linha sobre o Brexit. "Não se trata de uma traição", assegurou.

Desconfiança

Seu discurso, entretanto, acabou sendo ofuscado pela demissão de Boris Johnson, ex-prefeito de Londres, deputado eurocético e um dos líderes da controversa campanha em favor do Brexit, em 2016. Em sua carta de demissão, o chanceler foi duríssimo na crítica à premiê, cujo cargo ele cobiça. "Nós estamos claramente a caminho de um status de colônia", disparou, referindo-se à relação com a UE.

Diante da crise crescente, May pode ter de enfrentar nos próximos dias um voto de confiança que ameaça derrubar seu governo. Essa hipótese se concretizará se 48 deputados - 15% do total - assinarem o pedido. Se não obtiver uma maioria dos 316 votos, a premiê é afastada do cargo e um novo deputado conservador poderá pleitear a chefia do governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A primeira-ministra, Theresa May, nomeou hoje Dominic Raab para assumir o cargo de ministro responsável pelo "Brexit", como é conhecido o processo de negociação para a retirada do país da União Europeia.

Raab, que é ex-ministro da Habitação, irá substituir David Davis, que ontem à noite renunciou ao posto depois que May, no fim da semana passada, obteve apoio dentro de seu gabinete para um plano de Brexit considerado mais "suave" e que prevê a manutenção de laços comerciais entre britânicos e a UE.

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Davis era defensor de uma ruptura mais "dura" com o bloco e Raab tem uma visão mais alinhada com a de May. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo britânico sofreu uma derrota importante nesta tarde na House of Lords, o equivalente ao Senado brasileiro, em relação ao Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia). Por 348 votos contra e 225 a favor da administração de Theresa May - uma maioria que superou as expectativas - os parlamentares querem que os ministros tomem medidas para negociar uma nova união aduaneira com o bloco comum.

A resposta do governo foi quase imediata. Assim que foi anunciado o resultado, um porta-voz do Ministério de saída da União Europeia (DExEU, na sigla em inglês) disse que a administração ficou "desapontada" pela prevalência da alteração. "O propósito fundamental do projeto de lei (em votação) é preparar nosso estatuto para o dia da saída, não é sobre os termos da nossa saída", argumentou. A previsão é que o Reino Unido deixe a UE no fim de março do ano que vem, contando com um período de transição que poderá se estender até o fim de 2020.

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"Esta emenda não obriga o Reino Unido a permanecer na União Aduaneira com a UE, exige que façamos uma declaração no Parlamento explicando os passos dados", considerou o porta-voz em comunicado divulgado há pouco à imprensa. "Nossa política sobre este assunto é muito clara. Estamos saindo da União Aduaneira e será estabelecido um novo e ambicioso acordo alfandegário com a UE, ao mesmo tempo em que novas relações comerciais serão forjadas com os nossos parceiros em todo o mundo", continuou.

A votação no Senado ainda pode ser derrubada pelos deputados na Câmara dos Comuns. O resultado maciço contra o governo nesta tarde, no entanto, mostra o quanto os parlamentares estão dispostos a participar ativamente do processo, a contragosto de Downing Street, o endereço oficial do governo. Por várias vezes, a primeira-ministra Theresa May já deixou claro que a Grã-Bretanha não fará parte de uma união aduaneira com a UE após o fim da transição do Brexit. Isso significaria que o Reino Unido pode negociar acordos comerciais com países terceiros, mesmo sob o risco de uma maior burocracia na troca de mercadorias com o bloco comum. Uma aproximação com o Mercosul, por meio do Brasil, por exemplo, já está em andamento.

Os Lordes também vão considerar outras emendas no projeto de lei sobre o Brexit, incluindo as que buscam reduzir os poderes dos ministros em alterações no mercado de trabalho e de consumo após o divórcio.

A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, tentou tranquilizar sei contraparte da Irlanda, Leo Varadkar, em evento nesta terça-feira em Berlim.

De acordo com a chanceler alemã, a Irlanda "pode confiar" na posição da Alemanha em relação ao Brexit. "Uma solução para o impasse da fronteira com a Irlanda deve ser encontrada, e a Alemanha apoia plenamente a posição da Irlanda", afirmou Merkel, em coletiva de imprensa ao lado de Varadkar.

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O encontro de Merkel e Varadakar se dá um dia depois dos negociadores da União Europeia e da Inglaterra admitirem que não houve grande avanço na questão da fronteira irlandesa, apesar de anunciar progresso no processo relativo ao Brexit.

Segundo Varadkar, é necessária uma "solução de segurança" na qual a Irlanda do Norte continuaria a ser parte da união alfandegária da UE, enquanto o restante do Reino Unido deve "encontrar uma solução alternativa possível".

Ele pediu ainda "detalhamento em escrito" do governo britânico em relação às fronteiras. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Parlamento britânico aprovou na quarta-feira (17) uma proposta de lei para concretizar a saída do Reino Unido da União Europeia, processo que ficou conhecido como Brexit. O documento revoga a norma legal de adesão do Reino Unido ao bloco para que prevaleça o direito britânico após a saída, que será concretizada em 29 de março de 2019.

O projeto de lei vai agora para apreciação da Câmara dos Lordes (Câmara Alta do Parlamento) e deve ser votado ainda no fim deste mês.

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O projeto, que revoga a lei de adesão do Reino Unido à Comunidade Europeia datada de 1973 e que transfere as normas europeias para o Direito britânico, recebeu 324 votos favoráveis e 295 contra. Em 23 de junho de 2016, foi realizado um referendo sobre a presença do Reino Unido na UE, com 52% de votos a favor da saída e 48% contra.

Políticos favoráveis à manutenção do Reino Unido na UE insistem na realização de um segundo referendo. O argumento principal é de que, quando a votação aconteceu, em 2016, a população britânica não tinha conhecimento de todas as implicações do Brexit. Os políticos afirmam ainda que, se o Brexit não for satisfatório para os jovens, não será sustentável.

Em resposta a esses comentários, o porta-voz da primeira-ministra Theresa May afirmou que ela está determinada a entregar um Brexit favorável a todos os setores da sociedade, inclusive os jovens. Theresa May já sinalizou que não haverá um segundo referendo.

 

Mais da metade dos cidadãos do Reino Unido afirmaram apoiar a permanência do país na União Europeia (UE), apontou pesquisa da BMG Research encomendada pelo jornal britânico The Independent, divulgada neste domingo.

O resultado mostrou a maior margem de diferença entre os que apoiam a saída do Reino Unido do bloco comum, o chamado Brexit, e os que não apoiam a medida desde o referendo de junho de 2016, no qual a população escolheu pelo divórcio com a UE.

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Segundo a pesquisa, 51% dos britânicos são a favor de permanecer no bloco comum, enquanto 41% apoiam o Brexit. A última vez que o levantamento do grupo mostrou o lado a favor da permanência à frente do lado da saída foi em fevereiro de 2017.

De acordo com Michael Turner, chefe de pesquisa da BMG Research, a mudança a favor da permanência no bloco veio predominantemente de pessoas que não votaram no referendo do Brexit e agora estão mais inclinadas a serem contra a separação com a UE.

O levantamento foi realizado com uma amostra de 1.509 pessoas que moram no Reino Unido, entre os dias 5 e 8 de dezembro.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, declarou em coletiva de imprensa em Bruxelas que a segunda fase de negociações da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) será ainda mais difícil do que a primeira, segundo informações do jornal britânico The Guardian.

Mais cedo, os líderes da UE deram o sinal verde para o prosseguimento das negociações da saída do Reino Unido do bloco comum, o Brexit.

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Em uma cúpula com a participação dos principais nomes da zona do euro, foi decidido que o Brexit deve seguir para a segunda fase de negociações, que deve envolver discussões sobre o futuro das relações comerciais e imigração.

O presidente da França, Emmanuel Macron, participou também da coletiva. Merkel afirmou que buscará chegar a uma posição conjunta com ele sobre o futuro da zona do euro até março. Já Macron declarou que os líderes europeus devem chegar a um acordo sobre o planejamento do bloco da moeda comum até junho de 2018.

Na véspera em que as negociações do Reino Unido com a União Europeia (UE), o chamado Brexit, podem avançar para uma segunda fase, o governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, sofre uma derrota em casa. Agora há pouco, a premiê foi atingida por uma primeira grande perda legislativa, com o Parlamento exigindo ter a palavra final sobre todo e qualquer acordo em relação ao divórcio antes de começar a ser colocado em prática. A previsão é que, oficialmente, o Brexit comece a valer a partir de 29 de março de 2019.

O governo lutava para evitar que isso ocorresse, pois desejava ter as rédeas nas mãos sobre um acerto final com a UE. Além disso, argumentava que uma interferência do Parlamento poderia comprometer as chances do governo de conseguir uma "saída suave" do bloco. Theresa May vem conseguindo governar com relativa tranquilidade em relação ao Legislativo, apesar de, ao ter antecipado as eleições de 2020 para junho deste ano, seu Partido Conservador ter perdido a maioria no Parlamento. Com isso, teve que negociar com o DUP norte-irlandês para continuar no poder.

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A primeira-ministra começava a respirar um pouco mais aliviada nos últimos dias com o pequeno avanço entre as partes em direção a um consenso. A UE parece ter dado uma espécie de trégua à premiê britânica depois de meses de tensões e pouco progresso nas tratativas e as expectativas são de que o grupo de líderes dos atuais 28 membros que se reunirão amanhã e sexta-feira, em Bruxelas, possa referendar os passos que os principais negociadores dos dois lados conseguiram dar até agora. Se isso ocorrer mesmo, seria a glória para a líder britânica, que quer colocar logo na mesa as discussões em torno das questões comerciais com o bloco.

Revolta dos 12 Tories

A derrota que Theresa May sofreu há pouco na Casa dos Comuns - o equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil - foi causada basicamente por conservadores favoráveis à comunidade europeia. A imprensa local está retratando o episódio como a "revolta dos 12 Tories", uma menção a como os conservadores são chamados. Isso porque 12 deputados do partido governista - entre eles, oito ex-ministros - se aliaram a praticamente todos os parlamentares do partido de oposição Trabalhista, do Partido Nacional da Escócia e dos Democratas liberais. No total, foram 309 votos e um dos "rebeldes conservadores", Stephen Hammond, foi imediatamente desligado de sua posição como vice-presidente do Partido Conservador.

Na última hora, o governo tentou fazer concessões para levar para seu lado alguns dos rebeldes, com o ministro da Justiça, Dominic Raab, oferecendo ao Parlamento um "voto significativo" sobre o processo. O golpe sobre Theresa May, no entanto, prevaleceu.

O debate sobre o papel do Casa nas negociações sobre o Brexit não é novo e já foi até parar na Justiça no passado, com o ganho para o Legislativo. Uma participação do Parlamento nas negociações finais estava garantida, mas o que os deputados fizeram hoje foi atribuir-lhes um papel-chave nas negociações finais. O que foi votado hoje foi uma moção que insistia que um acordo entre Reino Unido e a UE deverá ter necessariamente um Ato do Parlamento antes de ser colocado em prática. Mais uma vez, portanto, May tem a sua autoridade colocada na berlinda e, desta vez, em um momento crucial, quando ela passará pelo "julgamento" de suas contrapartes do "outro lado" do jogo. A presença da premiê britânica amanhã em Bruxelas promete ser embaraçosa.

O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, afirmou nesta quarta-feira que, caso não seja possível avançar com os pontos principais do processo de saída do Reino Unido da União Europeia nesta semana, as negociações devem ficar para o ano que vem.

De acordo com o Irish Independent, Varadkar disse à Câmara (chamada de Dáil Éireann), que irá conversar com a premiê britânica, Theresa May, nos próximos dias e reforçou a colega está tendo dificuldades para conciliar os diferentes interesses de membros de seu partido e do Partido Unionista Democrático (DUP, na sigla em inglês), da Irlanda do Norte.

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Também nesta quarta-feira, a líder do DUP, Arlene Foster, finalmente conversou por telefone com May, segundo o The Guardian. Elas teriam concordado em manter equipes de ambos os lados para continuar tratando da questão sobre a fronteira irlandesa.

Na começo da semana, o DUP havia comunicado que não aceitaria "qualquer divergência regulatória" que separasse o país do resto do Reino Unido, seja econômica ou politicamente, ao final das negociações do Brexit. O comentário foi feito após vir à tona o rascunho de um acordo no qual mostrava que, no sentido prático, a Irlanda do Norte permaneceria sob as regras da União Europeia.

Hoje, Foster disse que se o DUP tivesse sido diretamente envolvido nas conversas, não teria chegado a uma "situação tão irregular".

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