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Após a renúncia, nesta sexta-feira, da primeira-ministra britânica, Theresa May, que desistiu de apresentar novamente aos deputados o acordo de retirada da União Europeia que concluiu com Bruxelas, quais os possíveis cenários para o Brexit?

- Novo adiamento do Brexit -

O sucessor de Theresa May só será conhecido dentro de algumas semanas. Ele ou ela provavelmente desejará negociar novamente com a UE as condições da partida, uma vez que Theresa May não conseguiu endossar seu plano de retirada.

Bruxelas, contudo, já afirmou que o único acordo possível é o concluído com Theresa May.

Para uma eventual renegociação, o Reino Unido poderia pedir à UE um novo adiamento, especialmente porque nem os parlamentares britânicos nem os europeus querem uma saída sem acordo.

O Reino Unido obteve uma prorrogação até 31 de outubro para deixar a UE, enquanto o Brexit seria realizado em 29 de março.

- "No deal" -

Este cenário, temido pelos círculos econômicos, significaria uma saída sem transição.

As relações entre o Reino Unido e a UE seriam então regidas pelas regras da Organização Internacional do Comércio, com o país abandonando do dia para noite o mercado único e a união aduaneira.

O sucessor de Theresa May, que sem dúvida será um Brexiter, poderia se pronunciar em favor de um Brexit duro, permitindo que o país estabeleça seus próprios acordos comerciais, conforme destacado por seus apoiadores.

A UE e o Reino Unido intensificaram os preparativos para um eventual 'no deal' nos últimos meses, que parece cada vez mais possível, uma vez que o favorito à sucessão de May é o grande apóstolo de Brexit Boris Johnson, ex-ministro das Relações Exteriores.

- Cancelamento do Brexit -

Esse cenário não pode ser excluído em face do caos político no Reino Unido.

Segundo o Tribunal de Justiça Europeu, o Reino Unido pode decidir voltar atrás e não deixar a UE, sem a necessidade da autorização dos outros Estados-membros.

Mas essa guinada imprevista "não é possível politicamente" sem a organização de novas eleições ou um novo referendo, segundo um membro independente da Câmara dos Lordes, John Kerr.

Theresa May incluiu esta possibilidade em sua última versão do projeto de saída da UE, provocando a ira dos eurocéticos e precipitando sua queda.

E esta opção já foi rejeitada pelos deputados durante uma série de votações em março.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, informou neste domingo que vai apresentar uma "proposta audaciosa" aos deputados, na última tentativa para aprovaçãodo acordo de saída da União Europeia (UE).

Num texto publicado neste domingo no jornal Sunday Times, May afirma que pretende apresentar aos deputados no início de junho a nova medida, acompanhada de algumas mudanças com a esperança de reunir uma maioria a seu favor.

A chefe de governo garante que o novo texto terá uma "oferta nova e audaciosa" com um "pacote de medidas melhorado, capaz de obter o apoio" do Parlamento.

Os deputados recusaram três vezes o acordo sobre o Brexit negociado por May com a União Europeia. A data de saída foi adiada duas vezes, primeiro de 29 de março para 12 de abril, e depois para 31 de outubro.

O líder da oposição trabalhista britânica, Jeremy Corbyn, anunciou a ruptura das negociações com o governo da conservadora Theresa May para buscar uma saída ao impasse do Brexit.

As discussões "chegaram o mais longe possível" em razão da "crescente fraqueza e instabilidade" do Executivo, escreveu ele em uma carta à premiê.

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Na quinta-feira, o próprio partido de May pediu que ela se preparasse para renunciar a partir de junho. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os mercados acionários europeus fecharam em queda nesta sexta-feira, 17, com os investidores de olho no aprofundamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e nos desdobramentos da crise política envolvendo o Brexit. O índice Stoxx 600 encerrou o dia em baixa de 0,36%, chegando aos 381,51 pontos.

Os mercados europeus responderam com cautela à elevação do tom de voz da nação asiática, que, por meio do jornal estatal, chamou os americanos de "arrogantes" e responsáveis por "sérios revezes" nas negociações bilaterais. A reação vem após a decisão do governo dos EUA de limitar as operações de empresas chinesas no país.

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A decisão da Casa Branca de adiar por 180 dias uma decisão final sobre eventuais tarifas para a importação de automóveis - o que impactaria as montadoras do continente - não foi suficiente para levar os mercados a campo positivo.

Em Frankfurt, o índice DAX, apresentou a maior queda entre os principais mercados acionários europeus, fechando com recuo de 0,58%, aos 12.238,94 pontos. As ações da BMW despencaram 5,06%, depois de a companhia anunciar um recall de mais de 106 mil veículos, devido a um problema de segurança em um dos seus modelos. Os papéis da Daimler e da Volkswagen também operaram no vermelho, fechando em baixa de 1,19% e 0,65%, respectivamente.

Em Paris, as ações da Renault baixaram 0,60% e contribuíram para a retração de 0,18% do índice CAC-40, que fechou aos 5.438,23 pontos.

No Reino Unido, a possibilidade de um Brexit sem acordo diante das dificuldades de consenso continuou pesando no humor do mercado. O líder do Partido Trabalhista, de oposição, Jeremy Corbyn, afirmou que é preciso haver uma pausa nas conversas com o governo em relação ao Brexit, dizendo que as duas partes foram o mais longe possível nesse diálogo.

Os papéis do setor bancário foram pressionados pela multa de 1,07 bilhão de euros aplicada pela Comissão Europeia a cinco bancos pela participação em dois episódios de cartel no mercado de câmbio à vista. As ações do Lloyds Banking caíram 1,90%, enquanto as do Royal Bank of Scotland cederam 1,85% e as do Barclays, 1,21%. O índice FTSE 100, da bolsa de Londres, recuou 0,07%, aos 7348,62 pontos.

O índice PSI20, da bolsa de Lisboa, fechou em baixa de 0,21%, aos 5.118,04 pontos e o índice Ibex 35, da bolsa de Madri, cedeu 0,26%, encerrando o dia aos 9.280,10 pontos.

Um ministro britânico alertou neste domingo que as próximas eleições do Parlamento Europeu serão vistas por alguns como "a última oportunidade de voto de protesto", já que as pesquisas sugerem que populistas podem derrotar os principais partidos.

O secretário de Educação, Damian Hinds, disse à BBC que não há dúvida de que as eleições de 23 de maio no Reino Unido serão difíceis para os conservadores liderados pela primeira-ministra Theresa May.

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Duas pesquisas recentes sugerem que o recém-formado Partido Brexit, liderado pelo político pró-Brexit Nigel Farage, pode ter votação expressiva tanto na votação para o Parlamento Europeu quanto nas eleições gerais britânicas, deixando para trás os conservadores e o Partido Trabalhista, atualmente principal oposição à May. Fonte: Associated Press.

As discussões entre o governo britânico e a oposição trabalhista para encontrar um compromisso com o Brexit continuarão na próxima semana com o objetivo de "fazer um balanço" depois do feriado da Semana Santa, afirmou o vice-primeiro-ministro David Lidington.

As discussões, que começaram no início do mês, "certamente continuarão na próxima semana", declarou Lidington à BBC.

O braço direito da primeira-ministra Theresa May explicou que estabeleceu com um dos dirigentes trabalhistas, John McDonnell, "um programa de reuniões na próxima semana" entre membros do governo e líderes do Partido Trabalhista "para discutir temas como normas ambientais, direitos dos trabalhadores, as relações de segurança entre Reino Unido e UE".

Lidington disse que espera "fazer um balanço sobre nossa situação assim que o Parlamento retornar após o feriado da Semana Santa".

"A questão não pode se arrastar mais", completou.

Theresa May fez um apelo por cooperação na quinta-feira aos deputados britânicos para alcançar um consenso que permita ao Reino Unido abandonar a UE antes das eleições europeias de maio, sem precisar chegar ao prazo de adiamento até 31 de outubro obtido com Bruxelas.

O referendo no qual 52% dos britânicos votaram a favor do Brexit aconteceu há quase três anos.

Mas diante do bloqueio no Parlamento, que rejeitou três vezes o Tratado de Retirada assinado por May com os 27 em novembro, o Reino Unido ainda procura a porta de saída do bloco.

Theresa May pediu nesta quinta-feira aos deputados britânicos que cooperem para chegar a um consenso que permita ao Reino Unido deixar a UE antes das eleições europeias de maio, sem esgotar a prorrogação até 31 de outubro obtida no dia anterior em Bruxelas.

"Agora devemos continuar nossos esforços para chegar a um consenso sobre o acordo", disse o líder conservador na Câmara dos Comuns, em referência às negociações em curso entre o governo e a oposição de esquerda para tentar desbloquear a situação.

"Assim, poderemos deixar a União Europeia com um acordo o mais rápido possível e evitar participar das eleições para o Parlamento Europeu", acrescentou.

As eleições estão agendadas de 23 a 26 de maio.

Nas véspera, May aceitou a proposta feita por seus 27 parceiros da UE de prorrogar a data do Brexit para 31 de outubro, mas não descarta uma saída do bloco antes das eleições europeias.

"Isto significa seis meses adicionais para que o Reino Unido encontre a melhor solução possível", disse o chefe do Conselho Europeu, Donald Tusk, ao anunciar o acordo com May, na madrugada desta quinta-feira.

"Esta prorrogação é tão flexível quanto se previa e mais curta do que se esperava, mas suficiente para se encontrar a melhor solução possível. Por favor, não percam o tempo", declarou Tusk.

May, que está em discussões com a oposição trabalhista para obter uma maioria parlamentar em seu país a favor do divórcio fechado, insiste que é preciso obter um acordo para evitar as eleições europeias.

No entanto, as conversas entre as duas equipes não funcionaram até agora e teme-se que elas não chegarão a um bom termo.

Os defensores do Brexit ficaram exasperados na quinta-feira com essa nova extensão de uma saída inicialmente prevista para 29 de março de 2019.

"Parece que isso nunca vai terminar", declarou Tom Dwyer, 63 anos e um aposentado de Tilbury, 40 km a leste de Londres, que votou pelo Brexit há três anos.

"Os políticos são como galinhas sem cabeça, não sabem o que estão fazendo. Nunca vi um primeira-ministra mais incompetente", acrescentou.

- Bloco preocupado -

A UE também está preocupada pelo bom funcionamento do bloco se o Reino Unido continuar sendo membro para além de 1º de julho, quando se formar o novo Parlamento Europeu, egresso das eleições de maio.

Por isso, uma de suas linhas vermelhas é que se os britânicos continuarem sendo membros do bloco depois de 22 de maio, terão que participar das eleições europeias.

Quase três anos depois de 52% dos britânicos votarem a favor de sair da UE, em junho de 2016, o Reino Unido continua na porta de saída, mas bloqueado para ultrapassá-la, após mais de quatro décadas de pertencimento ao projeto europeu.

Em um vídeo de pouco mais de dois minutos gravado em Downing Street, endereço oficial do governo britânico, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, fez um apelo para que os parlamentares aprovem o acordo de retirada do país da União Europeia (UE), o chamado Brexit. "A escolha que está à nossa frente é sair da UE com um acordo ou não sair mais", trouxe um trecho do pronunciamento divulgado já à noite no país.

As palavras de May vêm em um momento em que ela está em tratativas com o líder do principal partido da oposição (Trabalhista), Jeremy Corbyn, para apresentar uma proposta que consiga persuadir o maior número de deputados a votarem favoravelmente à saída. O Brexit, que estava previsto para entrar em vigor em 29 de março, foi estendido até 12 de abril a pedido dos britânicos, com o consentimento de todos os demais 27 membros do bloco. No entanto, após a terceira tentativa de aprovar o acordo do Brexit no Parlamento fracassar, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, chamou uma reunião de emergência para o dia 10, próxima quarta-feira.

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Na sexta-feira passada, porém, a premiê enviou uma carta a Tusk solicitando nova extensão do prazo, agora para 30 de junho, ainda que ela tenha pontuado no documento que tem todo o interesse de finalizar a situação antes do dia 23 de maio, quando estão marcadas as eleições do Parlamento Europeu. Teoricamente, se ainda fizer parte da UE, o Reino Unido terá um candidato e participará do pleito. Se já estiver fora, não fará parte do sufrágio. Theresa May precisa avançar em algo concreto para conseguir um novo aval de seus colegas europeus.

"Nos últimos dias, as pessoas têm me perguntado o que afinal de contas está acontecendo com o Brexit, e eu posso entender esse questionamento porque já faz três anos que as pessoas votaram no plebiscito para o Reino Unido deixar a União Europeia", começou a dizer no início da gravação. Em seguida, ela comentou que fechou um acordo com os demais líderes do bloco comum, que, se aprovado pelo Parlamento, seria a base para a relação futura com a UE. "Mas o Parlamento rejeitou esse acordo por três vezes", alfinetou, acrescentando que a postura dos deputados atualmente não a leva a crer que o Legislativo poderia aprovar o plano agora.

A premiê lembrou, então, que os mesmos parlamentares deixaram claro que não querem a separação por meio da ruptura mais drástica, sem um acordo entre as partes. "Na realidade, nesta semana o Parlamento legislou para bloquear o 'não-acordo'", pontuou. Por isso, segundo ela, sobram duas possibilidades sobre a mesa agora: sair com o acordo que se tem ou desistir da separação.

O governo está certo, de acordo com a primeira-ministra, que o Reino Unido tem de deixar a União Europeia. "Temos de entregar o Brexit", afirmou. Isso significa, conforme a líder britânica, que é preciso encontrar um acordo "além da linha". Theresa May justifica, então, sua aproximação com o Partido Trabalhista, o que foi muito criticado pelo seu Partido Conservador e que levou à renúncia de dois de seus ministros na semana passada. "Isso significa conversas com vários partidos." A saída, de acordo com a premiê, acaba sendo um desejo da população, que gostaria de ver os políticos trabalhando juntos com mais frequência.

A primeira-ministra explicou que há vários pontos em que ela não concorda com os trabalhistas em termos políticos, mas ressaltou que há pontos em comum entre o governo e a oposição quando o assunto é o Brexit. Entre eles estão o fim da livre circulação de pessoas, a garantia de que o país sairá do bloco com um bom acordo, a proteção de empregos e da segurança. "Então estamos conversando", disse, acrescentando que isso significa compromisso das duas partes. "Mas acredito que entregar o Brexit é a coisa mais importante para nós", afirmou, reforçando que os eleitores da separação querem que o Executivo e Parlamento finalizem o divórcio.

"Quero fazer isso de uma boa maneira, que não cause ruptura na vida das pessoas. Que proteja os empregos, que proteja nossa segurança, que proteja o Reino Unido. E é por isso que o governo está trabalhando", finalizou.

A proposta de isentar os britânicos de vistos para estadias de curta duração na União Europeia (UE) após o Brexit avançou nesta quarta-feira (3) no bloco, apesar da polêmica referência a Gibraltar, "colônia da coroa britânica", que bloqueou a tramitação.

A Comissão de Liberdades Civis do Parlamento Europeu aprovou por 38 votos a favor, oito contra e três abstenções a proposta, que agora deve seguir para votação dos eurodeputados em sessão plenária, assim como no Conselho da UE, que reúne os países.

A poucos dias da data do divórcio, 12 de abril, a pressão aumentou para a aprovação da proposta, bloqueada pela tentativa da Espanha de introduzir, com o apoio do Conselho, uma nota que descreve Gibraltar como "colônia".

Diante da oposição do presidente da Comissão, o britânico Claude Moraes, de aprovar o texto por esta referência, os eurodeputados decidiram substituí-lo pelo búlgaro Sergei Stanishev, que finalmente aceitou na terça-feira.

"Não se trata do presidente da Comissão. O Conselho não teve a vontade de alcançar nenhum compromisso", afirmou Stanishev antes da votação, ao comentar a negociações entre as instituições para tentar uma proposta de consenso.

O búlgaro aceitou finalmente o texto do Conselho por "responsabilidade" e porque "com a aproximação de 12 de abril, a possibilidade de que milhões de britânicos viajem sem visto estava nas mãos do Parlamento Europeu".

A proposta, caso aprovada, permitirá que os cidadãos britânicos viajem pelo espaço livre circulação europeia Schengen para uma estadia curta (de 90 dias para cada 180 dias) sem visto.

A medida, que seria aplicada quando as regras europeias não estiverem mais em vigor no Reino Unido, tem a condição de que o governo britânico isente de vistos os cidadãos de todos os países do bloco.

Os cidadãos dos territórios britânicos de ultramar, como Gibraltar ou Malvinas, já estão isentos de visto para estadias de curta duração na UE, uma possibilidade que a proposta europeia não modifica.

O governo britânico lançou neste sábado (30) o aplicativo para a população europeia que queira continuar no país após a possível saída da União Europeia. Através da plataforma, os cidadãos poderão se registrar para prosseguir com o direito de permanecer no Reino Unido.

Para se cadastrar no "EU Exit ID Document Check App", os estrangeiros europeus devem apresentar documento de identificação, antecedentes criminais e uma foto. A ministra de Estado da Imigração Caroline Nokes se orgulhou da ferramenta, que garante a permanência de 3,6 milhões de pessoas, independente da futura relação com o bloco econômico. "Minha mensagem aos europeus é que este é um processo simples e direto, e algumas das experiências que ouvi confirmam que os cidadãos recebem a confirmação do seu estado numa questão de horas", acrescentou.

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De acordo com o G1, mais de 1.500 funcionários do governo são responsáveis pela verificação das informações, checagem do estatuto referente aos anos de residência e demais informações apresentadas. Os cidadãos da União Europeia, assim como os da Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, devem completar o cadastro até 30 de junho de 2021, ou caso haja a retirada sem acordo, até 31 de dezembro de 2020.

 

Os deputados britânicos rejeitaram pela terceira vez nesta sexta-feira (29), dia em que o Reino Unido deveria sair da UE, o acordo Brexit negociado por Theresa May, mergulhando o futuro do país em grandes incertezas.

O Tratado de Retirada foi derrubado desta vez por 344 votos a 286 no final de uma série de votações caóticas. Diante do resultado, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, convocou uma cúpula extraordinária de líderes europeus para 10 de abril.

"Dada a rejeição do Acordo de Retirada pela Câmara dos Comuns, decidi convocar um Conselho Europeu em 10 de abril", tuitou Tusk.

Com o objetivo de terminar 46 anos de relações complicadas entre o Reino Unido e os seus parceiros europeus, este texto de 585 páginas, fruto de quase dois anos de árduas negociações com a União Europeia, previa um período de transição até ao final de 2020 para evitar uma separação radical.

Milhares de pessoas estão reunidas no centro de Londres na manhã deste sábado a favor de um segundo referendo sobre o Brexit. A expectativa dos organizadores é convencer os parlamentares a apoiar um novo referendo questionando se o Reino Unido deve seguir com os planos de deixar o bloco europeu. Espera-se que a "Marcha do Voto do Povo" seja uma das maiores dos últimos anos, em meio a esforços para deter o processo de Brexit.

A marcha será concluída em frente ao Parlamento Britânico, onde têm sido debatidos os termos da saída do Reino Unido da União Europeia. Devem participar da manifestação o vice-líder do Partido Trabalhista, de oposição, Tom Watson, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, entre outros políticos.

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Ontem à noite, a primeira ministra do Reino Unido, Theresa May, escreveu a parlamentares informando que há possibilidade de ela não pedir a aprovação de seu plano de retirada do Reino Unido no Parlamento na próxima semana. May afirmou que só levará o plano de volta à casa se houver apoio suficiente para que isso.

May disse também que precisaria da aprovação do presidente da Câmara, John Bercow, para retomar a discussão pela terceira vez, apesar de suas objeções. Parlamentares britânicos já rejeitaram duas vezes o acordo proposto por May. O Reino Unido deve deixar a União Europeia em 12 de abril, caso nenhum acordo seja aprovado.

May escreveu que o Reino Unido ainda tem opções, como uma extensão do prazo para a saída do bloco, que exigiria a participação nas eleições do Parlamento Europeu em maio. A primeira ministra se ofereceu para se reunir com parlamentares para discutir os termos do Brexit. Fonte: Associated Press.

Quanto mais a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, tenta articular com os líderes europeus a concretização do Brexit, como é chamada a saída do país da União Europeia, mais aumenta o número de signatários de uma petição pedindo a revogação do Artigo 50, que normatiza o processo de divórcio. Ontem à tarde o Broadcast registrou que o documento hospedado no site de uma comissão do Parlamento havia atingido a marca de 1 milhão de assinaturas. Agora cedo, mais de 2,5 milhões de pessoas já deixaram seu posicionamento pedindo o cancelamento da separação.

Tanta procura pela petição já levou o site a cair várias vezes desde ontem. O documento foi hospedado em fevereiro, mas foi depois do discurso à nação feito na noite de quarta-feira pela premiê em Downing Street que os números não pararam mais de subir. Cálculos apresentados pela imprensa local dão conta de que 1,5 mil novas assinaturas são registradas a cada minuto.

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A marca de 2 milhões de signatários foi registrada logo após o anúncio da decisão da União Europeia de aceitar o pedido de Theresa May de prorrogar da data de entrada em vigor do Brexit. Pelo cronograma original, a retirada deveria ser consumada daqui a uma semana, mas os líderes mudaram o prazo agora para 22 de maio com a condição de que a primeira-ministra atuasse para aprovar o acordo acertado entre os dois lados no Parlamento britânico na próxima semana.

A Comissão de Petições da Câmara dos Comuns, equivalente à Câmara dos Deputados brasileira, declarou no Twitter que se trata da maior participação de assinaturas de qualquer documento em seu site e que, devido a isso, mudanças foram feitas para lidar com o alto fluxo de acesso. O documento pede ao governo que revogue o Artigo 50 e mantenha o Reino Unido na UE. "O governo afirma repetidamente que sair da UE é a vontade do povo. Temos de colocar esta afirmação a termo, demonstrando agora a força do apoio público para permanecer na UE. Se o voto do povo pode não acontecer, então vote agora", traz o texto.

O movimento ganhou força com a divulgação de assinaturas feitas por famosos, como o ator Hugh Grant, a atriz Jennifer Saunders e o físico da Universidade de Manchester Brian Cox. Não é a primeira vez que uma petição trata do fim do Brexit depois do resultado das urnas do plebiscito de quase três anos atrás, quando 52% dos eleitores britânicos pediram a separação contra 48% que se posicionaram a favor da manutenção no bloco. Mesmo antes da consulta pública, um documento convidava o governo a realizar um segundo plebiscito se o voto do lado vencedor fosse inferior a 60% e o comparecimento à votação, inferior a 75%. Antes da consulta, a petição quase não recebeu atenção, mas após o resultado registrou um saldo de mais de 4 milhões de assinaturas.

A oito dias do Brexit, a primeira-ministra britânica, Theresa May, defende nesta quinta-feira (21), diante de seus 27 sócios, o pedido para adiar por três meses a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), que ainda deve se pronunciar sobre suas condições.

"Uma prorrogação curta é possível", afirmou na quarta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em resposta à carta apresentada pela chefe de Governo britânica, na qual solicitou ao bloco o adiamento do Brexit até 30 de junho.

Mas a prorrogação, que os 27 pares de May devem aprovar por unanimidade, "estará condicionada à votação positiva da Câmara dos Comuns ao acordo de divórcio", completou Tusk sobre sua proposta, que deve ser debatida pelos líderes da UE.

Este é o objetivo que a premier britânica apresenta na carta e que, na quarta-feira à noite no Parlamento britânico, disse estar "determinada" a levar adiante, apesar da rejeição dos deputados ao acordo em duas ocasiões.

"Se na próxima semana não acontecer uma votação, ou uma votação positiva do Parlamento britânico, será necessário verificar se o Conselho Europeu se reunirá outra vez antes de 29 de março", afirmou nesta quinta-feira a chanceler alemã Angela Merkel.

O tempo é cada vez mais curto. O Reino Unido deve tornar-se em 29 de março o primeiro país a abandonar o bloco em seis décadas de projeto europeu, como decidiram os britânicos em um referendo em junho de 2016.

Nos últimos dias, no entanto, surgiu um novo obstáculo: o presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, afirmou que a primeira-ministra britânica não poderia apresentar novamente a "mesma proposta" de acordo, sem mudanças "substanciais".

Os europeus, neste contexto, esperam de May "garantias" de que "uma maioria democrática no Reino Unido" apoia o conteúdo de sua carta, indicou um fonte diplomática, antes de decidir sobre a prorrogação e sua eventual duração.

A França, um dos países mais exigentes com a Grã-Bretanha, advertiu que rejeitará o pedido se May não apresentar garantias suficientes sobre a credibilidade de sua estratégia.

Em uma aparente tentativa de conciliar posições entre os países do bloco, o presidente do Conselho Europeu disse esperar que os governantes adotem na reunião de Bruxelas seu plano de condições, que poderia ser formalizado mais tarde por "escrito".

"Embora a esperança de êxito final possa parecer frágil, inclusive ilusória, e apesar da fadiga do Brexit ser cada vez mais visível e justificada, não podemos abandonar a busca - até o último momento - de uma solução positiva", disse Tusk.

As fontes diplomáticas consultadas em Bruxelas descartam, no entanto, uma "decisão" clara na reunião de cúpula e acreditam mais em "indícios sobre o que os 27 estão dispostos a acordar em caso de voto positivo", afirmou um diplomata europeu.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, declarou nesta quarta-feira que continua "determinada" a concretizar o Brexit, horas depois de solicitar a seus sócios da União Europeia um adiamento de três meses para alcançá-lo.

Espero "que os deputados encontrem uma maneira de respaldar o acordo que negociei com a UE", afirmou em pronunciamento especial televisionado, referindo-se à proposta que os membros do Parlamento já rejeitaram em duas ocasiões.

O dólar recuou de maneira generalizada nesta quarta-feira, 20, pressionado por um tom favorável a juros mais baixos (dovish) vindo do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). A única exceção entre as moedas fortes foi a libra, que sofre com as incertezas envolvendo o Brexit.

Conforme amplamente esperado, o BC dos EUA manteve a taxa básica de juros inalterada na faixa de 2,25% a 2,50%. Apesar de continuar vendo o mercado de trabalho "forte" e uma expansão "sustentada" da economia, os dirigentes da instituição pintaram um cenário um pouco mais incerto para o futuro.

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Dos 17 dirigentes, 11 passaram a prever que os juros vão se manter no nível atual. Nas projeções anteriores, em dezembro, somente dois tinham esta projeção.

Esta visão sobre a política monetária fez com que as apostas de queda de juros passassem para a faixa de 30%, com base nos futuros dos Fed funds calculados pelo CME Group. "Dado o escopo das revisões negativas do Fed, não ficaríamos surpresos se esse número aumentasse ainda mais nos próximos dias", disse, em relatório, o analista de câmbio da Faraday Research Matt Weller.

Na entrevista coletiva que se seguiu ao comunicado, o presidente do Fed, Jerome Powell, tentou manter o otimismo com a perspectiva da economia dos EUA, ponderando que as condições financeiras são boas.

Perto do horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar caía para 110,65 ienes, recuava para 1,3282 dólar canadense e cedia para 0,9913 franco suíço. O euro, por sua vez, rompeu a barreira psicológica de US$ 1,14 e operava em alta a US$ 1,1439.

No Reino Unido, seguem as incertezas referentes ao Brexit. A pressão contra a primeira-ministra Theresa May foi aumentando ao longo do dia, à medida que ela não consegue articular dentro do Parlamento britânico a votação do projeto de lei para o divórcio com a União Europeia. Por causa disso, ela pediu a Bruxelas a extensão até 30 de junho para finalizar o processo. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, deu aval ao plano de May, que terá de ser apreciado pelos demais membros.

Desta forma, a libra chegou ao fim da tarde em queda, cotada a US$ 1,3214 e 0,8659 euro.

Outro destaque de baixa foi a moeda da Argentina. Ao final da tarde, o dólar estava cotado a 40,8538 pesos argentinos, mesmo diante de leilões diários e do esforço concentrado em parceria com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para conter a disparada da moeda americana.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, confirmou as expectativas e anunciou na Câmara dos Comuns britânica que escreveu uma carta nesta manhã ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, informando que busca um adiamento do Brexit até 30 de junho. A líder conservadora acrescentou ainda que não está "disposta" a estender o Artigo 50 do Tratado da UE além dessa data.

"Não acredito que interesse a ninguém participarmos das eleições ao Parlamento Europeu", afirmou.

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Durante a sessão semanal de perguntas no Parlamento, May também informou que o governo voltará a apresentar propostas na Câmara britânica para um terceiro "voto significativo" do acordo do Brexit negociado com a União Europeia.

Na carta a Tusk, contudo, a premiê escreve que a posição assumida pelo presidente da Casa, John Bercow, de que 10 Downing Street não poderia trazer ao plenário o mesmo projeto de lei ou um texto muito parecido com o que que já foi derrotado na semana passada, "tornou impossível convocar uma nova votação antes do Conselho Europeu", que começa amanhã em Bruxelas, na Bélgica.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, solicitará à União Europeia (UE) um adiamento curto, no máximo de três meses, da data do Brexit, fixada para 29 de março - informou uma fonte de Downing Street.

"A primeira-ministra não pedirá um adiamento longo", disse a fonte à imprensa. "Há motivos para dar ao Parlamento um pouco mais de tempo para chegar a um acordo sobre o caminho a seguir, mas a população deste país está esperando há quase três anos".

"As pessoas estão cansadas com a incapacidade do Parlamento de tomar uma decisão e a primeira-ministra compartilha sua frustração", completou.

O governo britânico pretende, assim, solicitar uma prorrogação curta, que pode seguir até o fim de junho ou início de julho, momento em que será formado um novo Parlamento Europeu após as eleições de maio.

Na terça-feira, o porta-voz de May indicou que ela pretendia escrever a Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu sobre uma extensão do Artigo 50 do Tratado da União Europeia, em virtude do qual o país deveria sair do bloco dentro de nove dias.

De Bruxelas, um funcionário europeu de alto escalão afirmou nesta quarta de manhã que ainda não haviam recebido a carta de May.

"Não recebemos uma carta da primeira-ministra May. Não recebemos a solicitação do Reino Unido sobre a prorrogação (...) de nenhuma outra forma", declarou essa mesma fonte, por volta das 9h30 GMT (6h30 em Brasília).

Os outros 27 países-membros devem concordar com a prorrogação por unanimidade. Alguns já advertiram que, para aprovar a medida, querem saber qual é o propósito da premiê.

O negociador europeu Michel Barnier alertou na terça-feira que "uma prorrogação é uma extensão da incerteza". "Tem um custo político e econômico", recordou.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou nesta quarta-feira que não espera uma decisão sobre o Brexit na reunião de cúpula da UE que acontecerá na quinta-feira e sexta-feira em Bruxelas.

Se Londres não conseguir o adiamento, a "opção padrão" seria uma saída "dura", pois o acordo negociado entre o governo britânico e as autoridades europeias foi rejeitado duas vezes pelo Parlamento de Westminster.

Theresa May não pode submeter a uma votação no Parlamento "o mesmo" acordo do Brexit rejeitado em duas ocasiões, decidiu nesta segunda-feira o presidente dos Comuns, frustrando os planos da primeira-ministra - a 11 dias da fatídica data da partida decisiva da União Europeia (UE).

De acordo com uma longa tradição parlamentar, "o governo não pode legitimamente reenviar para a Câmara a mesma proposta ou substancialmente a mesma proposta que na semana passada foi rejeitada por 149 votos", disse o presidente John Bercow diante da perspectiva de "uma terceira ou até quarta" votação do texto.

Assim, para os deputados votarem novamente sobre a questão, May deve apresentar algo "substancialmente" diferente, ressaltou.

A decisão do presidente da Câmara dos Comuns cria um novo obstáculo no tortuoso caminho para o Brexit. "Estamos atravessando uma grande crise constitucional", avaliou Robert Buckland, deputado conservador e conselheiro jurídico do governo.

Contudo, faltam poucos dias para 29 de março, dia em que a Grã-Bretanha deve deixar a UE. A chefe do governo iria reenviar nesta semana o mesmo texto para os deputados - que já derrubaram duas vezes, em meados de janeiro e na última terça.

Segundo uma fonte do governo consultada pela AFP, "parece evidente que o presidente (dos Comuns) quis descartar a possibilidade de uma votação nesta semana".

"O problema é que o governo não tem nenhuma margem para modificar os termos do acordo", que Bruxelas já descartou renegociar, destacou Danielle Haralambous, analistas da The Economist Intelligence Unit.

Nesta segunda-feira, ameaçando um adiamento "longo" que poderia ser fatal para o processo, ela ainda lutava para conseguir o apoio dos deputados eurocéticos, quando a decisão de Bercow chegou, o que deu uma nova reviravolta teatral a um drama político que parece não ter fim.

Em uma atmosfera de total improviso, May procurou organizar uma nova votação na quarta-feira no mais tardar para trazer seu resultado à cúpula europeia que acontece na quinta e na sexta-feira em Bruxelas.

Os líderes europeus, abertamente frustrados pelo confuso bloqueio atribuído à política interna britânica, já avisaram não estarem dispostos a reabrir a negociação de um acordo considerado "o melhor possível, o único possível".

As autoridades europeias esperam que o governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, solicite uma extensão para o Brexit, e admitem que deverão aceitá-la, a contragosto.

Os parlamentares decidirão sobre um plano do governo para celebrar uma terceira votação sobre o acordo negociado por May com a União Europeia (UE) e pedir um adiamento da saída, qualquer que seja o resultado dessa votação.

Como se ativará essa extensão e durante quanto tempo pode Londres adiar a ruptura de sua relação de quatro décadas com as instituições da União Europeia?

- Como funcionaria? -

Segundo a atual legislação britânica e da UE, o Reino Unido deixará o bloco às 23h GMT (20h em Brasília) de 29 de março, fim do processo do chamado "Artigo 50".

Este regime de dois anos está previsto no Tratado Europeu para permitir aos membros em processo de saída tempo para negociar os termos de seu divórcio - termos agora rejeitados pelos deputados britânicos.

Apesar de votar contra o acordo de saída aprovado por May em uma cúpula em 25 de novembro do ano passado, os legisladores britânicos dizem que não querem um Brexit "sem acordo".

Se pedirem um adiamento, os demais 27 membros poderão conceder, se chegarem a uma decisão por unanimidade, uma extensão do Artigo 50.

Na quarta-feira, o governo britânico propôs manter outra votação sobre o acordo do Brexit antes da cúpula europeia em Bruxelas prevista para 21 e 22 de março.

Se o acordo for aprovado, o Reino Unido buscará uma extensão curta para antes do final de junho.

Se, em caso contrário, o acordo for rejeitado, a proposta do governo diz que pode pedir um adiamento mais longo.

- A Europa estará de acordo? -

A aprovação de qualquer solicitação britânica não seria automática, embora a UE e líderes dos Estados-membros insistam em que também querem evitar os problemas políticos e econômicos de um "não acordo".

Mas, se - e apenas se - o governo de May explicar como usaria a extensão para garantir um acordo negociado e demonstrar que pode assegurar o apoio do Parlamento, os membros provavelmente estarão de acordo.

"O caos de Londres afeta todo processo europeu de tomada de decisões", lamentou nesta quarta-feira Manfred Weber, chefe do bloco conservador no Parlamento Europeu.

"Não vemos nenhuma possibilidade de prolongação sem esclarecimento", afirmou.

- Quanto tempo vai durar? -

Talvez esta seja a pergunta mais difícil.

A Europa não quer ficar presa em um ciclo interminável de renovações de curto prazo, e as autoridades dizem que haverá, no máximo, uma extensão com uma data final definitiva.

Informações coletadas pela AFP apontam que um funcionário de alto escalão da UE sugeriu, em conversas com os embaixadores da UE esta semana, que o Reino Unido precisaria de pelo menos 12 meses para resolver a crise.

O veterano legislador britânico Kenneth Clarke disse à rede BBC na quarta-feira que será necessário "um longo adiamento, enquanto o Parlamento e o governo decidem o que realmente estamos tentando negociar para um acordo de longo prazo".

Isso criaria, porém, um outro problema. Os europeus vão às urnas em 23 de maio para eleger um novo Parlamento da UE. Se o Reino Unido ainda for um Estado-membro até essa data, legalmente deverá participar dessas eleições.

Por esse motivo, funcionários sugerem que seria mais fácil conceder uma extensão que termine pouco antes dessa votação, ou antes de os novos legisladores do Parlamento Europeu assumirem suas vagas, no início de julho.

- O Reino Unido pode organizar essa eleição? -

Seria um enorme desafio técnico para a União Europeia, que já distribuiu as 73 cadeiras destinadas ao Reino Unido no Parlamento Europeu para delegações de outros países. As campanhas já estão em marcha.

Pode provocar um enorme caos político. A Europa teme que a votação permita ao Reino Unido constituir uma bancada de legisladores que apoie o Brexit e determinada a bloquear as orientações de Bruxelas.

Nigel Farage, um dos rostos mais visíveis a favor do Brexit, provocou seus colegas do Parlamento Europeu: "Vocês realmente não querem que eu volte aqui".

"Há uma solução simples, e é que o pedido britânico por uma extensão seja vetado" pela UE, afirmou.

Apesar das dificuldades, a Comissão Eleitoral britânica disse à AFP que essa eleição pode ser organizada "in extremis".

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