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Depois de uma sequência de altas que se estendeu por sete sessões consecutivas, o dólar passou por uma leve correção nesta sexta-feira, 24, sustentando-se no patamar acima dos R$ 4,10. A moeda chegou a cair mais de 1% pela manhã, beneficiada pelo cenário externo mais brando, mas voltou a ganhar fôlego à tarde, mostrando que a cautela do investidor não foi abandonada. Ao final dos negócios, o dólar à vista foi negociado por R$ 4,1056, em baixa de 0,36%. Com o resultado desta sexta, terminou a semana com ganho de 4,89%.

A sexta-feira foi de enfraquecimento generalizado do dólar ante moedas fortes e emergentes, por conta do discurso brando do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole. Houve um único sobressalto ao longo do dia, registrado à tarde, depois que o presidente Donald Trump afirmou no Twitter que orientou sua equipe a cancelar uma viagem à Coreia do Norte, justificando que não houve progresso suficiente para o fim das armas nucleares no país. O tuíte promoveu um fortalecimento pontual do dólar no exterior e a moeda chegou a subir 0,31%, na máxima de R$ 4,1330, para depois retomar a trajetória de baixa.

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O cenário eleitoral doméstico teve poucas notícias, mas esteve no pano de fundo dos negócios. Pela manhã, ajudou na queda do dólar a repercussão de um levantamento eleitoral sinalizando menor transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Fernando Haddad que o esperado. À tarde, contudo, a cautela voltou a se instalar no mercado, voltando a restringir o movimento de queda. A ausência do Banco Central diante da escalada recente do dólar continuou como um dos principais assuntos do dia.

"Ao que tudo indica, o risco cambial ainda está controlado e o Banco Central não entrou no mercado porque não houve falta de liquidez. Mas se ele perceber que a cotação está alcançando patamares que coloquem em risco a inflação e os juros, então ele deve voltar a atuar", disse Alessandro Faganello, operador da Advanced Corretora.

Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, a correção discreta registrada netsa sexta pelo dólar mostra que a cautela do investidor segue firme no mercado, que não está disposto a abrir mão das posições defensivas. Para ele, o dólar acima de R$ 4 "é assustador", embora as condições do País sejam bem melhores hoje do que anos atrás. "Entendemos que o mercado fez ajustes hoje, alinhado ao mercado externo, mas ao mesmo tempo mostrando que não quer ficar exposto ao risco", disse.

Os juros futuros fecharam a sessão regular desta quarta-feira, 22, em queda, refletindo a melhora no mercado de moedas de países emergentes depois da divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), no período da tarde, que produziu desaceleração também do dólar ante o real. Até então, o tom, a exemplo dos últimos dias, era de cautela com o cenário eleitoral, o que mantinha as taxas em alta moderada.

As principais taxas fecharam nas mínimas do dia. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 encerrou a 8,41%, de 8,52% no ajuste de terça, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 9,66% para 9,56%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 11,21%, de 11,35%, e a do DI para janeiro de 2025 recuou de 12,12% para 11,96%.

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Logo após a divulgação da ata, os juros inverteram o sinal de alta, passaram a cair e a renovar mínimas, acompanhando a recuperação das moedas de economias emergentes.

No Brasil, o dólar perdeu força ante o real, mas a moeda brasileira ainda continuava em queda ante a divisa americana, que se enfraqueceu também diante das moedas principais. "O Fed parece mais preocupado com a guerra comercial e seu impacto nos mercados e não tão otimista com a atividade", disse Breno Martins, economista da Mongeral Aegon Investimentos.

Entre outros pontos, a ata apontou que PIB dos Estados Unidos do segundo trimestre foi impulsionado por fatores transitórios, como o aumento das exportações, e para o segundo semestre, dirigentes esperam uma desaceleração, devido aos fortes números do indicador no segundo trimestre. Apontaram que, entre os riscos das tarifas impostas pelo governo americano e as de retaliação de alguns parceiros comerciais, estão uma "severa" desaceleração dos mercados emergentes, o aumento nos preços do petróleo e o enfraquecimento do setor de moradias, com a diminuição do poder de compra das famílias.

Pela manhã, a pesquisa Datafolha não somente endossou as preocupações do mercado com a possibilidade de um segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e um candidato do PT, como mostrou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva vencendo qualquer um de seus adversários nas simulações de segundo turno.

Na agenda de indicadores, o mercado ficou sabendo dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O Brasil encerrou o mês de julho com a abertura de 47.319 vagas de emprego com carteira assinada. Os números ainda não foram divulgados pelo Ministério do Trabalho, mas já constam do banco de dados do Caged. Esse foi o melhor resultado para o mês de julho desde 2013 e o dado ficou dentro das previsões, que estavam entre fechamento de 8,8 mil e abertura de 65 mil, superando com folga a mediana, que apontava geração de 24.250 postos.

Às 16h29, o dólar à vista subia 0,41%, aos R$ 4,0579. Nas ações, o Ibovespa renovou máximas nesta tarde, em movimento de correção das perdas recentes.

Entre os destaques, estão as ações da Petrobras, que avançavam 3,27% (PN) e 2,91% (ON), sustentadas pelos ganhos de 3% nas cotações do petróleo.

A Europa Câmbio começou a oferecer aos seus clientes a possibilidade de comprar dólares, euros ou qualquer outra moeda estrangeira utilizando o cartão de crédito. O objetivo é permitir que o cliente faça a compra da moeda quando achar que a taxa está boa. A moeda por ser dividida em até seis vezes. A operação vale para as compras no cartão de crédito.

Uma das principais vantagem de comprar a moeda estrangeira no cartão de crédito é "travar" a taxa de câmbio no momento da compra. “A operação tem custo, mas é mais barato comprar moeda em nossas lojas e dividir em seis vezes do que comprar em uma única vez com o cartão de crédito ou pré-pago no exterior”, explica Edisio Pereira Neto, diretor de negócios da Europa Câmbio. “A grande vantagem, na verdade, é eliminar o risco de chegar de viagem com uma conta salgada a pagar se houver um repique na taxa de câmbio”, detalha.

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A oferta está disponível nas mais de 25 lojas físicas da Europa Câmbio distribuídas no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Distrito Federal, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. A empresa é ligada à B&T Corretora, maior corretora de câmbio do país em volume de operações. Até novembro, os mais de 220 correspondentes cambiais da B&T também vão oferecer o serviço.

A combinação entre cautela e especulação levou o dólar a galgar novo patamar nesta segunda-feira, 20, atingindo o seu maior valor em quase dois anos e meio. A escalada ocorreu em meio à liquidez bastante reduzida, com investidores repercutindo o quadro eleitoral adverso. O dólar negociado no mercado à vista terminou o dia com alta de 1,10%, cotado a R$ 3,9571. É o maior valor da moeda americana desde 29 de fevereiro de 2016 (R$ 3,9984). Na máxima do dia, a cotação chegou aos R$ 3,97, o que trouxe às mesas de negociação rumores de intervenção do Banco Central. Os negócios com o "spot" somaram US$ 521,6 milhões, aproximadamente metade de um dia considerado normal.

"Os rumores de intervenção do BC surgem naturalmente, uma vez que a própria autoridade monetária é quem afirma que deixará o dólar flutuar, mas poderá atuar toda vez que perceber distorção nos preços", disse Ricardo Gomes da Silva, diretor da Correparti.

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O profissional afirma que alguns investidores tiveram de dar ordens de "stop loss" (interrupção de perdas) após a divulgação da pesquisa MDA/CNT, divulgada pela manhã. Em linhas gerais, o levantamento mostrou pouca alteração no quadro já conhecido, com Lula e Bolsonaro liderando as intenções de voto. O desconforto veio da constatação da estagnação do candidato afinado com o mercado, o tucano Geraldo Alckmin, enquanto o petista Fernando Haddad desponta como maior herdeiro dos votos de Lula. Assim, desenhou-se no mercado a ideia mais firme de um segundo turno formado por Bolsonaro e Haddad.

A agenda do dia reserva outra pesquisa, desta vez do Ibope, que será divulgada ainda nesta segunda-feira. A expectativa por esse levantamento foi importante fator de cautela no período da tarde, levando o dólar a renovar máximas nesse período. Na quarta-feira será a vez do Datafolha divulgar pesquisa de intenção de voto. Segundo analistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, esses dois levantamentos, por terem sido feitos por institutos maiores, têm potencial para acalmar o mercado ou elevar ainda mais a tensão nos negócios ao longo da semana.

O gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel, explica que o baixo volume de negócios ocorreu porque potenciais vendedores optaram por segurar seus recursos, por acreditarem que há potencial para novas altas, ao mesmo tempo em que os compradores buscaram aguardar uma melhora dos preços. Nessas duas pontas, as atenções estão concentradas nas pesquisas eleitorais. A possibilidade de intervenção do BC, por meio de leilões de swap cambial ou linha, como foi feito em junho, seria outro fator a favorecer a recuperação do real.

O relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central, mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2018 e 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano seguiu em R$ 3,70, mesmo valor verificado há um mês.

Para 2019, a projeção para o câmbio no fim do ano permaneceu em R$ 3,70, igual a quatro pesquisas atrás.

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Superávit comercial

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2018 na pesquisa Focus. A estimativa de superávit comercial passou de US$ 57,00 bilhões para US$ 56,90 bilhões. Um mês atrás, a previsão estava em US$ 57,50 bilhões. Para 2019, a estimativa de superávit foi de US$ 49,80 bilhões para US$ 49,55 bilhões, ante US$ 49,30 bilhões de um mês antes.

Na estimativa mais recente do BC, atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o saldo positivo de 2018 ficará em US$ 61,0 bilhões.

No caso da conta corrente, a previsão contida no Focus para 2018 passou de déficit de US$ 20,00 bilhões para déficit de US$ 19,90 bilhões, ante o resultado negativo de US$ 20,00 bilhões projetado quatro semanas antes. Para 2019, a projeção de rombo seguiu em US$ 32,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado para o próximo ano era de US$ 31,00 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário, tanto em 2018 quanto em 2019. A mediana das previsões para o IDP em 2018 seguiu em US$ 68,00 bilhões, ante US$ 67,50 bilhões de um mês atrás. Para 2019, a expectativa foi de US$ 74,00 bilhões para US$ 72,00 bilhões, ante US$ 70,00 bilhões de um mês antes.

O BC projeta déficit de US$ 11,5 bilhões em transações correntes em 2018 e IDP de US$ 70,0 bilhões.

Déficit primário

O Relatório de Mercado Focus trouxe manutenção na projeção para a área fiscal em 2018 e 2019. A relação entre o déficit primário e o Produto Interno Bruto (PIB) este ano seguiu em 2,05%. No caso do próximo ano, permaneceu em 1,50%. Há um mês, os porcentuais estavam em 2,00% e 1,50%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2018 seguiu em 7,40%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2019, permaneceu em 6,85%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 7,40% e 6,95%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Desde o início de julho, as projeções do mercado para o déficit primário e o déficit nominal são publicadas no Focus.

As preocupações com a crise na Turquia e seus desdobramentos voltaram a impor perdas aos mercados emergentes nesta quarta-feira, 15, levando o dólar a se fortalecer ante a grande maioria das divisas desses países. Não foi diferente no Brasil, onde a moeda chegou a ser negociada acima R$ 3,92 no mercado à vista, no auge da busca do investidor por proteção. Ao final dos negócios, o dólar "spot" foi cotado a R$ 3,8978, com alta de 0,93% no dia. No acumulado de agosto, a moeda americana contabiliza ganho de 3,79% sobre o real.

A tensão voltou a dominar os mercados após o governo da Turquia anunciar tarifas contra uma série de produtos importados dos Estados Unidos e um tribunal local rejeitar recurso para libertar o pastor norte-americano Andrew Brunson, pivô das recentes disputas comerciais entre Turquia e EUA. Outros países foram foco de preocupação e influenciaram os mercados emergentes, tendo a situação da Turquia como agravante. O Banco Central da República Argentina (BCRA) realizou três leilões cambiais ao longo do dia para tentar conter a depreciação da moeda local. O BC colocou no mercado US$ 781 milhões por meio desses leilões, de uma oferta original de US$ 1,6 bilhão.

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Para José Faria Junior, diretor da Wagner Investimentos, o câmbio brasileiro tem demonstrado um comportamento relativamente calmo diante das turbulências do mercado internacional. "O quadro é ruim, mas o dólar não está nas máximas históricas, como ocorre em outros países. Isso significa que, com a esperada resolução da crise da Turquia em algum momento, há potencial para a cotação recuar ao patamar dos R$ 3,80", afirmou o profissional.

O cenário eleitoral doméstico, que começa a se intensificar, ficou em segundo plano nos negócios de hoje. No final da tarde, foi confirmado que o PT protocolou o pedido de registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. A análise do registro fica agora a cargo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), agora comandado pela ministra Rosa Weber. A dúvida é saber se uma eventual impugnação do registro poderá ser feita "de ofício", sem a necessidade de provocação.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta tarde que o TSE "possivelmente" vai declarar Lula inelegível. Para o tucano, tanto o PT quanto a ministra Rosa Weber "já sabem disso".

A moeda norte-americana subiu 1,6% no último pregão da semana, fechando a R$ 3,8640 para venda sendo o maior valor registrado desde 16 de julho – quando chegou a R$ 3,8753. O dólar fecha a semana valorizado 4,23%, invertendo uma queda de 4,39% acumulada nas últimas cinco semanas. Mesmo com alta da moeda, o Banco Central manteve sua política tradicional de swaps cambial, sem realizar nenhum leilão extraordinário para venda futura da moeda norte-americana.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou a semana com uma forte queda, registrando baixa de 2,86%, com 76.514 pontos, a menor desde o final do mês de maio. Todos os pregões desta semana terminaram em baixa na Bovespa, com acumulo de queda de 6% depois de uma sequência de seis semanas em alta.

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Uma onda de boatos sobre a corrida eleitoral provocou uma súbita virada no mercado brasileiro de câmbio na tarde desta terça-feira, 7. O dólar, que vinha operando em baixa desde cedo, sob influência do cenário externo, passou a subir ante o real e assim ficou até o final do dia. Especulações em torno de pesquisas eleitorais, supostas delações e até mesmo o debate entre candidatos previsto para esta semana surpreenderam o mercado e o dólar à vista terminou o dia em alta de 0,89%, aos R$ 3,7667.

Pela manhã, a restauração do apetite por risco no mercado internacional levou o dólar "spot" à mínima de R$ 3,7034 (-0,80%). Até aquele momento, prevalecia um alívio das moedas emergentes com a redução dos temores sobre os atritos comerciais entre Estados Unidos e China. A redução do ritmo de queda começou a ser observada após as 14h15 e a virada para o positivo ocorreu às 14h34. Na máxima intraday, registrada já nos minutos finais de negociação, a cotação chegou a R$ 3,7722 (+1,04%).

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Entre os diversos rumores que circularam nas mesas de negociação, a maioria esteve relacionada ao candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. Um suposto desempenho negativo do tucano na pesquisa CNT/MDA, a ser divulgada amanhã, foi alvo de especulações, gerando movimento de zeragem de posições no mercado futuro. A pesquisa terá como universo os eleitores do Estado de São Paulo.

Em meio à instabilidade, houve espaço também para comentários sobre a possibilidade de homologação de delações premiadas desfavoráveis a Alckmin, embora não haja movimentação recente nesse sentido. No final da tarde, a defesa do ex-presidente da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa) Laurence Casagrande Lourenço afirmou ser "absolutamente mentiroso o boato segundo o qual ele estaria pensando em fazer delação premiada". Ele é investigado no âmbito da Operação Pedra no Caminho, que mira fraudes em obras do Rodoanel Trecho Norte.

"Já era sabido que em algum momento as pesquisas eleitorais iriam começar a ser objeto de especulação. E o dólar, apesar de estar sinalizando para um viés de baixa nos últimos dias, mostrou que é sensível a movimentos de alta", disse José Carlos Amado, operador da Spinelli Corretora.

O dólar operou em alta generalizada ao redor do mundo nesta segunda-feira, 6, em meio à escalada das tensões entre Estados Unidos e China e na expectativa pela inflação norte-americana, que será divulgada na sexta-feira e pode alterar as perspectivas para a taxa de juros.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar avançava para 111,41 ienes, ao passo que o euro recuava para US$ 1,1555. O índice do dólar DXY, que mede a divisa americana ante outras seis moedas fortes, tinha alta de 0,23%.

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No fim de semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu em seu Twitter que as tarifas contra a China "estão indo muito bem". Já nesta segunda, o jornal estatal chinês Global Times afirmou em editorial que o governo de Pequim está preparado para uma guerra comercial "prolongada" com os EUA, se preciso.

Em solo europeu, o cenário instável pressionou também a libra, mas desta vez por incertezas em relação às negociações do Brexit. O secretário de Comércio Internacional britânico, Liam Fox, afirmou ao Sunday Times que havia 60% de chance de não haver acordo entre as partes, logo depois que presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Mark Carney, disse na sexta-feira que o risco de não haver acordo era "desconfortavelmente alto".

Com as declarações, a libra chegou a operar nas mínimas em 11 meses ante o dólar. Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, a divisa britânica era cotada em US$ 1,2944. "Apesar de já ter caído muito em relação ao dólar, provavelmente a libra cairá muito mais se os medos de um 'não acordo' se materializarem", destacam os analistas da Capital Economics.

Já nos emergentes, a divisa turca bateu mínima histórica em relação à moeda americana, chegando ao nível de 5,0734 liras turcas por dólar. Perto do horário de fechamento em Nova York, a cotação era de 5,3194 liras por dólar. Além do quadro inflacionário e do temor de ingerência política sobre o banco central da Turquia, as tensões entre o país euro-asiático e o norte-americano pressionam a divisa turca.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou no fim de semana que determinou o congelamento de ativos de duas graduadas autoridades dos EUA, após sanções americanas. Mais tarde, o banco central turco anunciou uma medida que, segundo a instituição, deve elevar a liquidez para os bancos em cerca de US$ 2,2 bilhões. Segundo o BC, o limite superior de um mecanismo de opções de reserva cambial foi reduzido de 45% para 40%.

O dólar se enfraqueceu ante outras moedas fortes nesta quarta-feira, 1, após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciar sua decisão de política monetária, na qual manteve a taxa básica de juros na faixa de 1,75% a 2,00% ao ano.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar caía a 111,64 ienes, enquanto o euro reduzia as perdas a US$ 1,1662, acompanhado pela libra, a US$ 1,3125.

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O dólar foi impulsionado durante o dia por indicadores positivos da economia americana, como a criação de 219 mil vagas de emprego em julho no setor privado, segundo pesquisa da ADP, que superou as expectativas de analistas, de 185 mil. O levantamento é considerado uma prévia do relatório de empregos dos EUA, que inclui dados do setor público e será divulgado nesta sexta-feira, 3.

No início da tarde, entretanto, em meio à expectativa pela decisão de política monetária do Fed e após a Casa Branca informar que o presidente dos EUA, Donald Trump, iria se pronunciar ainda hoje sobre a questão comercial envolvendo a China, o dólar perdeu força e passou a operar em baixa frente ao iene.

Em relação à moeda turca, entretanto, a divisa americana ganhou força e chegou a ultrapassar 5 liras por dólar, após a Casa Branca informar que os EUA iriam impor sanções contra os ministros da Justiça e Interior da Turquia pela detenção do pastor Andrew Brunson, solto há uma semana, depois de ter sido mantido preso por cerca de dois anos no país euro-asiático. Neste fim de tarde, o dólar era cotado a 4,9996 liras turcas.

O dólar fechou o pregão de hoje (31) em alta de 0,66%, contado a R$ 3,7548 para venda, mantendo a tendência de valorização registrada ontem (30) de 0,33%. A moeda norte-americana fechou o mês de julho com uma queda de 3,16%, o que não ocorria desde janeiro, quando acabou o mês desvalorizada em 4,05%. Apesar da queda, o dólar segue valorizado em 13,29% no acumulado do ano.

O mercado financeiro também segue atento à política cambial do Banco Central, que indicou seguir com a rolagem de todo volume de swap cambial tradicional, equivalente a venda futura da moeda norte-americana.

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O índice B3, da bolsa de valores de São Paulo, Ibovespa, fechou hoje em queda de 1,31%, com 79.220 pontos. No mês de julho, a B3 acumula uma valorização de 9%. A queda no último pregão do mês de julho sofreu influência dos papéis das empresas de grande porte, chamadas de blue chip, que registraram baixa, com Itau registrando menos 3,98%, Bradesco em queda de 2,28% e Petrobras fechando em menos 0,90%.

O dólar teve novo dia de queda e já acumula perda de 4,42% no mês. Nesta quarta-feira, 25, a moeda recuou mais 1,05% no mercado à vista, encerrando em R$ 3,7045, o menor valor desde 25 de maio, quando estava em R$ 3,66. A moeda hoje foi influenciada principalmente pelo encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sobre tarifas na Casa Branca. Os dois líderes concordaram em zerar tarifas e reduzir barreiras comerciais. Além do cenário externo, os agentes seguiram monitorando as eleições e aguardam a escolha do vice da chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) e o anúncio oficial do apoio dos partidos do Centrão ao tucano, previsto para amanhã, 26.

O real teve nesta quarta-feira um dos melhores desempenhos ante o dólar considerando as principais moedas mundiais. O dólar chegou a bater em R$ 3,69 na mínima do dia, mas apesar da queda teve dificuldade de se manter abaixo dos R$ 3,70 de forma prolongada ao longo da sessão de hoje. Mesmo assim, em apenas uma semana, a divisa já caiu 14 centavos.

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Especialistas em câmbio ressaltam que, além do cenário externo mais favorável, a melhora do quadro político desde a última quinta-feira, 19, com Alckmin conseguindo o apoio dos partidos do Centrão, ajudou a moeda brasileira a ter melhor desempenho ante o dólar que seus pares, como a lira turca e o peso mexicano. Relatório do Itaú Unibanco divulgado hoje aponta que candidatos com mais de 40% do tempo de TV e rádio na campanha eleitoral gratuita conseguem aumentar os porcentuais de intenção de voto entre 6 e 11 pontos porcentuais entre o início da propaganda e as eleições.

Na avaliação do diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer, o mercado externo se animou hoje pela reunião entre Trump e Juncker, ajudando enfraquecer o dólar ante várias moedas pelo mundo, enquanto o investidor doméstico seguiu monitorando os possíveis desdobramentos das alianças políticas. "A volatilidade é o nome do jogo até as eleições", disse ele, ressaltando que a queda vista nos últimos dias pode não ser duradoura.

Por conta da aliança de Alckmin com o Centrão, os estrategistas do grupo financeiro japonês Nomura ficaram mais otimistas com o real e veem a moeda norte-americana oscilando entre R$ 3,60 e R$ 3,67 nos próximos 30 dias. "O mercado continua a digerir as prováveis notícias positivas vindas da aliança de centro, favorecendo o candidato amigável ao mercado Geraldo Alckmin", destaca relatório assinado pelos estrategistas da Nomura em Nova York, Mario Castro e David Wagner.

Em novo dia de agenda esvaziada no mercado doméstico, o dólar oscilou durante o dia influenciado por notícias do mercado externo, mas acabou encerrando a sessão estável, em R$ 3,8445 (-0,01%). O dólar subiu ante o peso argentino, a lira turca e o rand sul-africano. Apesar da leve queda e do comportamento relativamente tranquilo nos últimos dias, os especialistas em câmbio ressaltam que o tom no mercado é de cautela, principalmente com as eleições, e que a volatilidade pode crescer novamente. Nas próximas semanas serão definidos os candidatos e eventuais coligações dos partidos nas convenções nacionais.

A quarta-feira foi outro dia de volume mais fraco no câmbio, influenciado pela falta de eventos importantes e pelas férias no hemisfério norte. O dólar operou em alta pela manhã e atingiu a máxima a R$ 3,8635, mas virou no começo da tarde, após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que pode costurar acordos comerciais individuais com o México e o Canadá. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, voltou ao Congresso e repetiu a mensagem de gradualismo na alta de juros, o que também ajudou a manter os mercados tranquilos. Na mínima, o dólar chegou a cair a R$ 3,81 no começo da tarde, mas perto do fechamento reduziu o ritmo de queda e chegou a engatar alta pontual com o desmonte de operações feitas por tesourarias.

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O diretor da Fourtrade Corretora, Luiz Carlos Baldan, ressalta que fluxo de recursos e operações de Tesouraria de bancos ajudaram o dólar a cair hoje na parte da tarde, mas o tom segue de cautela. Para ele, as atenções das mesas de operação vão crescentemente se voltar para as eleições na medida em que os partidos começam a fazer suas convenções nacionais. O PDT faz a sua já nesta sexta-feira, 20. Dependendo dos nomes que se despontarem como favoritos, o dólar pode superar os R$ 4,00.

Para o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto, o cenário eleitoral ainda indefinido continua no radar, principalmente com a dificuldade do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) em encontrar um nome para a vice-presidência em sua chapa na corrida ao Palácio do Planalto. A avaliação de Machado Neto é de que, se esse revés implicar perda de espaço de Bolsonaro nas pesquisas e impulsionar a candidatura de Ciro Gomes (PDT), isso pode ampliar as incertezas. "O mercado está de olho no Ciro, como um risco", disse o operador.

Pesquisa do Bank of America Merrill Lynch divulgada hoje mostra que, apesar da relativa calmaria vista no mercado de câmbio nos últimos dias, a percepção de gestores e investidores é que a moeda brasileira pode perder ainda mais valor ante o dólar nos meses antes da eleição. Dos entrevistados no levantamento, 49% veem a divisa norte-americana terminando o ano acima de R$ 3,80, ante 34% da pesquisa feita em junho e de apenas 3% em maio. Além disso, 17% veem a moeda acima de R$ 4,00, ante zero da pesquisa de maio.

Em novo dia de nervosismo no mercado de câmbio, o Banco Central injetou mais US$ 3,2 bilhões para segurar a disparada do dólar, mas não teve sucesso. A moeda norte-americana engatou a terceira alta consecutiva e subiu mais 2%, fechando em R$ 3,9146, o maior valor desde 1º de março de 2016, quando bateu em R$ 3,94.

O real foi a moeda que mais caiu ante o dólar entre os emergentes hoje. Especialistas não veem um fato novo que justifique tamanha especulação contra o real, mas destacam que os investidores seguem nervosos com a falta de previsibilidade para as eleições, faltando menos de quatro meses para a votação na urnas. Só em 2018, o dólar já subiu 18%.

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O mercado começou nervoso desde os primeiros negócios desta quinta-feira, 7, o que levou o BC a anunciar logo pela manhã um leilão extraordinário de contratos de swap, de US$ 2 bilhões, além de fazer os dois leilões regularmente previstos. Os papéis do leilão adicional foram integralmente vendidos e a moeda norte-americana chegou até a perder um pouco de fôlego após a operação, mas a alta voltou a ganhar força em seguida e o dólar encostou em R$ 3,97 no meio da tarde.

O economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, ressalta que os investidores, que antes estavam comprando bolsa e vendendo dólar, resolveram mudar estas posições radicalmente nos últimos dias, diante de um cenário eleitoral muito incerto e um quadro de deterioração fiscal sem solução à vista.

Para resolver o problema fiscal, é preciso que ganhe um presidente comprometido com reformas estruturais, mas isso não está sendo sinalizado pelas recentes pesquisas. "Temos uma baita problema fiscal", disse ele, ressaltando que esse governo não consegue mais nenhum avanço na área, passando o bastão para o próximo presidente, que ainda não se tem clareza de quem será, o que alimenta o nervosismo dos investidores.

Ainda sobre as eleições, a economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour, ressalta que o quadro é tão nebuloso que não se sabe com relativo grau de certeza nem quem vai para o segundo turno. Ao mesmo tempo, os candidatos de centro não estão decolando. Para piorar, ressalta ela, a greve dos caminhoneiros levou o governo de Michel Temer a tomar medidas populistas que alimentam a expectativa de que um nome com esse perfil pode ter mais chances de vencer em outubro.

Para a economista da ARX, dada a falta de clareza com as eleições, mesmo que o BC aumente o ritmo de intervenções no câmbio, a dinâmica de piora do real não muda. Pode reverter a alta do dólar um ou outro dia, mas a moeda norte-americana deve seguir fortalecida no Brasil. Um alívio nas cotações da moeda dos EUA poderia vir caso um nome mais pró-mercado consiga ir para o segundo turno e se mostrar viável.

O mercado de câmbio viveu na última terça-feira (15) mais um dia de pressão no Brasil. Ao longo do dia, a cotação da moeda americana negociada à vista chegou muito perto do patamar de R$ 3,70 para operações envolvendo empresas, bancos e governos. No fim do pregão, o ativo recuou e fechou em R$ 3,66, alta de 0,99%.

Para o consumidor final, porém, o dólar turismo ultrapassou a casa dos R$ 4 em São Paulo. Para quem optou por levar o dinheiro em um cartão de viagem (cartão pré-pago), a moeda teve cotação média de R$ 4,015, segundo levantamento realizado pelo site Meu Câmbio.

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Para o dado, a startup levou em conta a média de preços em cinco casas de câmbio (Melhor Câmbio, Confidence Câmbio, Cotação, Getmoney e Novo Mundo) incluindo 6,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que é quanto se paga por operações de câmbio no cartão.

Quem optava por comprar a moeda em espécie pagava em média R$ 3,80 nas mesmas casas de câmbio. A diferença entre o preço da moeda em espécie e em cartão pré-pago é quanto ao imposto. O governo cobra 1,1% de alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o dólar em espécie e 6,38% para operações de câmbio em cartão pré-pago e cartão de crédito.

Procura

Apesar da esticada na cotação, há quem diga que a procura pela moeda registrou alta na terça-feira. Na visão de Vanessa Blum, diretora comercial da Getmoney, o movimento se dá porque há entre os consumidores um receio de alta na moeda. "Como a moeda está subindo direto, quem tinha uma viagem marcada e tem de comprar dólar acha que (a cotação) vai aumentar", disse.

O empresário e engenheiro agrônomo Rubens Cheron, que viajará a trabalho para os Estados Unidos no próximo sábado, 19, é um exemplo de quem precisa comprar dólar e não pode mais esperar pela queda da cotação.

Na expectativa de uma valorização do real, ele empurrou a compra para a semana da viagem. Na terça, tomou um susto. "Eu não comprei dólares ainda, mas vou ter de comprar amanhã (quarta-feira, 17). Essa subida não estava nos planos", lamenta.

Recorde

Na terça-feira, o dólar renovou máximas ante o real, fortalecido por dados positivos da economia americana. Ao longo do dia, a cotação da moeda americana chegou a bater R$ 3,69, alta de 1,85%. À tarde, a moeda perdeu um pouco de sua força e fechou cotada a R$ 3,66. O dólar comercial é utilizado por empresas, bancos e governos para operações no mercado de câmbio, como transferências financeiras, exportações, importações, entre outros.

Já o dólar turismo é utilizado para viagens, transações de turismo no exterior e débitos em moeda estrangeira no cartão de crédito. Ele é mais caro porque é calculado com base no dólar comercial mais os custos das casas de câmbio com questões logísticas, administrativas e com seguro em caso de roubo, uma vez que as transações com dólar turismo são feitas em "dinheiro vivo". As transações com dólar comercial, por sua vez, são feitas de forma eletrônica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais uma vez os negócios com o câmbio foram marcados pela alta volatilidade. No intraday desta terça-feira, 15, o dólar oscilou entre a mínima de R$ 3,6432 (+0,45%) e a máxima de R$ 3,6938 (+1,85%) - e acabou fechando quase no meio do caminho, com valorização de +0,99%, cotado a R$ 3,6627. Nesse valor, continua na maior cotação desde 7 de abril de 2016. O giro no segmento à vista foi forte, de US$ 1,3 bilhão. Perto das 17h15, o dólar para junho subia 1,07%, a R$ 3,6753, com cerca de US$ 25 bilhões negociados_ giro também mais forte que dos últimos dias.

O dólar bateu a máxima pela manhã, por conta da alta já acelerada dos treasuries americanos. Pouco depois das 14h, a alta foi se estagnando, apesar de a T-Note de 10 anos ter voltado a renovar máximas.

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Segundo um especialista, o fato de o dólar ter segurado a valorização aqui apesar das máximas da T-Note é um bom sinal. Confirmada a cotação nesse fechamento, nesse dia mais nervoso, o sinal é que, nesses níveis mais próximos dos R$ 3,70, o dólar atrai fluxo vendedor, particularmente de exportadores. "A verdade é que quem tentar entender o comportamento do câmbio por aqui minuto a minuto vai ficar maluco", resumiu um operador.

Os juros dos Treasuries acumularam máximas também à tarde após o presidente da distrital de San Francisco do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), John Williams, reafirmar que três a quatro aumentos de juros neste ano "é a direção certa para a política monetária". Apesar de, em tese, ele manter a dúvida, uma vez que a especulação dos investidores é sobre se os juros subirão três ou quatro vezes este ano nos Estados Unidos, o mercado repercutiu a fala dele com novas altas dos Treasuries. Pela manhã, as taxas reagiram aos dados de vendas no varejo nos EUA, que subiram 0,3% em abril, dentro do esperado, mas foram revisadas para cima em março (de 0,6% para +0,8%) nutrindo o aumento das apostas em quatro altas de juros.

Questionado hoje sobre a valorização do dólar, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, relacionou a alta a fatores externos. Ele destacou que o País tem contas externas controladas com um déficit pequeno em transações correntes, financiado pela entrada de investimentos diretos, além de um grande volume de reservas internacionais. "O melhor que o governo pode fazer diante dessa mudança de cenário externo é persistir nas reformas estruturais e nas medidas de consolidação fiscal", respondeu.

O contrato futuro do ouro fechou com ganhos modestos nesta sexta-feira, 4, após oscilar entre altas e baixas durante o pregão. Esse mercado não reagiu muito ao relatório mensal de empregos (payroll) divulgado mais cedo, com investidores de olho também na variação do dólar.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para entrega em junho teve alta de US$ 2,00 (0,15%), a US$ 1.314,70 a onça-troy. Na comparação semanal, o contrato recuou 0,66%.

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Os EUA geraram 164 mil vagas em abril, abaixo da previsão de 175 mil dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. A taxa de desemprego, por outro lado, recuou de 4,1% a 3,9%, na mínima desde dezembro de 2000, ante expectativa de 4,0% dos analistas.

No mercado do ouro, não houve grande movimentação após o dado. Os contratos reagiram mais às variações do dólar durante o pregão. O dólar se fortaleceu em geral, o que torna o ouro mais caro para os detentores das outras moedas e tende a reduzir o apetite dos investidores. Ainda assim, ele terminou a jornada com alta modesta, praticamente estável.

Alguns analistas ponderam se distúrbios geopolíticos em meio a discussões sobre comércio entre EUA e China poderiam elevar a demanda por ouro. Por outro lado, o metal pode ser pressionado pela perspectiva de juros mais altos, o que tende a reduzir a demanda. Fonte: Dow Jones Newswires.

Autoridades da Venezuela prenderam 11 executivos do Banesco, o maior banco privado do país, no âmbito da operação Mãos de Papel, uma investigação sobre suspeitas de manipulação da moeda venezuelana. O vizinho sul-americano sofre com uma vertiginosa inflação que em abril, de acordo com a Assembleia Nacional de maioria opositora, chegou a mais de 8.000% em 12 meses.

O procurador-geral da Venezuela, general Tarek William Saab, disse que recaem sobre os executivos suspeitas de irregularidades que teriam depreciado o bolívar venezuelano. Ele descreveu a operação contra os banqueiros como "cirúrgica".

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Investigadores teriam descoberto ligações entre um grande número de contas suspeitas no Banesco e endereços na Colômbia e no Panamá. Em outras ocasiões, autoridades haviam acusado uma rede criminosa de contrabandear bolívares pela fronteira para manipular a taxa de câmbio do mercado negro.

O presidente-executivo do banco, Oscar Doval Garcia, é um dos detidos. A ação venezuelana foi criticada pelo presidente do Banesco Internacional, Juan Carlos Escotet, que não estava entre os executivos presos.

"A forma como isso tem sido tratado é desproporcional", afirmou Escotet no Twitter, acrescentando que a instituição financeira que ele comanda cumpre todas as regulações bancárias na Venezuela.

As prisões fazem parte de uma operação para, alegadamente, derrubar uma rede internacional acusada de manipular a taxa de câmbio do mercado negro, cuja valorização para o dólar é mais de 10 vezes maior que a taxa de câmbio oficial em Caracas.

A investigação já fez 134 prisões e levou ao congelamento de quase 1,4 mil contas bancárias, a maioria registrada no Banesco. (Associated Press)

O dólar teve mais um pregão de forte alta nesta quarta-feira, 2, em relação ao real e a outras moedas, em função da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Logo após o comunicado do Fed, a moeda perdeu por um pequeno momento a força de alta, mas perto do fechamento voltou a subir e fechou quase na máxima do dia. O dólar à vista encerrou o pregão a R$ 3,5518, com valorização de 1,36%. A moeda prossegue no patamar de junho de 2016, maior valor desde 2 de junho daquele ano, quando fechou cotada a R$ 3,5843 - naquela época, o mercado ainda avaliava que o governo Temer teria força política para aprovar o ajuste fiscal e o Fed sinalizava que os juros americanos não subiriam no curto prazo.

O giro negociado hoje, pós-feriado, foi elevado: US$ 1,8 bilhão no segmento à vista e, no mercado futuro, perto das 17h20, o volume se aproximava de US$ 25 bilhões. O dólar para junho, nesse horário, subia 1,25%, cotado a R$ 3,5620.

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Conforme esperado, o Fed manteve as taxas de juros nos Estados Unidos inalteradas e, no comunicado, não foi exatamente enfático sobre a necessidade de um aperto monetário maior. Mesmo assim, o mercado continua apostando que haverá uma nova alta das taxas em dezembro deste ano. Conforme os números do CME Group, as apostas dos investidores em mais elevações de juros dos Estados Unidos neste ano aumentaram ligeiramente hoje. Além de elevações dadas praticamente como certas, em junho e setembro, as apostas para outra elevação em dezembro aumentaram de 47,6% antes do Fed para 49,1% após o comunicado da autoridade, segundo dados da CME Group.

O real também segue muito pressionado pelo aumento da procura por hedge cambial por aqui - por conta da menor diferença entre as taxas de juros brasileiras e externas, ficou muito mais barato fechar esse "seguro" contra a oscilação cambial: os investidores estrangeiros têm aproveitado a oportunidade para fazer o hedge para o estoque de operações e as empresas, para proteger suas dívidas. O Banco Central informou hoje que o Brasil acumulou ingresso de US$ 13,075 bilhões nas quatro primeiras semanas de abril, até o dia 27, dividido quase que igualmente entre fluxo comercial e financeiro.

O dólar ampliou a queda, ao registrar nova mínima em R$ 3,4623 (-0,42%) no mercado à vista. O operador da corretora Spinelli José Carlos Amado afirma que o ajuste de baixa ante o real acompanha a aceleração de perdas do dólar ante outras moedas ligadas a commodities no exterior, num movimento de realização de ganhos recentes em meio a uma aparente melhora dos índices futuros em Nova York e a continuidade dos juros da T-Note 10 anos abaixo dos 3%.

Segundo ele, os dados de Produto Interno Brurto (PIB) americano só confirmaram o que o mercado já esperava, que é um firme recuperação da atividade econômica. Os gastos dos consumidores também subiram, porém, abaixo do esperado. "O dólar vinha se mantendo forte ante real e divisas ligadas a commodities e hoje realiza, após ter esticado muito nos últimos dias", avalia.

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A moeda americana recuava também ante o dólar australiano, o peso mexicano, o rublo, a lira e o rand. Além disso, ele diz que a percepção de que BC está de olho no câmbio pesa também nas decisões de negócios.

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