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O goleiro Bruno, preso desde 2010 pela morte de Eliza Samúdio e pelo cárcere privado do filho Bruninho, foi absolvido no processo administrativo disciplinar instaurado para apurar o caso do vídeo, divulgado no mês passado, em que ele aparece ao lado de mulheres em um bar no momento em que deveria estar prestando serviços a uma entidade de apoio aos detentos. O processo foi finalizado na segunda-feira, 5.

Depois do ocorrido, Bruno Fernandes de Souza teve suspenso seu direito de trabalhos externos. A decisão de agora favorece o atleta para que ele obtenha a progressão de pena e seja beneficiado com o regime semiaberto.

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Uma comissão formada dentro do presídio de Varginha (MG), onde Bruno cumpre pena, foi a responsável por inocentá-lo no caso do vídeo. Após ouvir testemunhas, a conclusão foi de que ele não cometeu irregularidades ao se encontrar com duas mulheres e ser flagrado com uma lata de cerveja sobre a mesa.

Futuro

O advogado de defesa Fábio Gama disse que a Justiça deve ser avisada oficialmente sobre a absolvição ainda nesta terça-feira, 6, e voltará a analisar o pedido de liberdade.

O Ministério Público solicitou que Bruno passe por um exame criminológico antes de ser colocado na rua, mas o juiz ainda não definiu se isso será necessário. "Acredito que ele não terá de fazer, até porque esse exame não é realizado aqui na região", falou o advogado.

Fábio Gama afirmou ainda à reportagem que, com a progressão de pena, Bruno poderá dormir em casa e voltar a jogar futebol profissionalmente - o goleiro atuava no Flamengo. Segundo ele, no entanto, não há uma expectativa sobre quando isso ocorrerá. "Em se tratando de nossa Justiça, fica difícil ter uma previsão", finalizou.

Após oito anos na cadeia, o goleiro Bruno Fernandes está perto de ganhar a liberdade condicional. A 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Varginha, em Minas Gerais, acatou pedido da defesa e atualizou o atestado do réu. Com a nova contagem, levando em consideração dias trabalhados na prisão e outros benefícios, Bruno poderá ganhar o direito ao regime semiaberto no dia 13 de outubro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por 2 votos a 1, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais diminuíram a pena do goleiro Bruno Fernandes nesta quarta-feira (27). A condenação pela morte de Elisa Samudio passou de 22 anos e 3 meses para 20 anos e 9 meses.

Bruno foi condenado em primeira instância, em 2013, pelo homicídio triplamente qualificado da ex-namorada, ocultação do cadáver e sequestro e cárcere privado do filho deles.

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A pena do goleiro diminuiu, porque o crime de ocultação de cadáver foi prescrito.

Outro recurso julgado nesta quarta foi de Fernanda Gomes de Castro. A pena de cinco anos foi diminuída para três anos e alterada para duas restritivas de direito. Ela era acusada pelo sequestro e cárcere privado de Elisa Samudio e também do filho Bruninho. A pena pelos crimes relacionados à Elisa também prescreveu, por isso a condenação diminuiu.

O goleiro já cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado. Ele chegou a ficar dois meses em liberdade, através de uma liminar, entre fevereiro e abril deste ano.

Durante o período, atuou pelo Boa Esporte, de Varginha, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro de futebol. Ele chegou a ser agredido em jogos, o clube perdeu patrocinadores, e um abaixo-assinado nas redes sociais pedia que times não contratassem o goleiro enquanto ele não dissesse onde está o corpo de Eliza.

O goleiro Bruno Fernandes, acusado pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, será pai pela quarta vez. A mulher do goleiro, a dentista Ingrid Calheiros, está grávida, segundo informação confirmada pelo advogado do goleiro, Lúcio Adolfo.

Além de Bruninho, filho do goleiro com Eliza Samudio, Bruno tem duas filhas com a ex-mulher Dayanne Souza. Adolfo, no entanto, não deu mais detalhes sobre a gravidez. "Isso é questão de família. Eu sou o advogado", disse. A reportagem não conseguiu contato com Ingrid.

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Bruno se casou com Ingrid em junho do ano passado, em uma cerimônia realizada na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde cumpria pena.

A cerimônia foi celebrada por uma pastora da Igreja Quadrangular, dentro da Apac.

Prisão

Bruno voltou a ser detido nesta quinta-feira, 28, após decisão do Supremo Tribunal Federal. Ele ficou dois meses em liberdade por causa de uma liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello em 21 de fevereiro, que o havia liberado com os argumentos de que o jogador tem bons antecedentes e que o recurso da defesa ainda não fora apreciado pelo Tribunal de Justiça mineiro.

Nesta sexta-feira, 28, o juiz da Vara de execuções de Contagem (MG), onde ocorreu o julgamento do jogador Bruno Fernandes, atendeu pedido da defesa do goleiro e autorizou o atleta a cumprir pena em Varginha, onde ele mantém contrato com um time de futebol, o Boa Esporte. Ainda nesta sexta, o advogado do goleiro entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva.

O goleiro Bruno Fernandes será levado de Varginha (MG) para a penitenciária de Três Corações (MG), também na região Sul de Minas. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado Administração Prisional (Seap) e seria por medida de segurança.

O presídio de Varginha, para onde ele foi levado após se apresentar na tarde desta quinta-feira (27), está com superlotação e a infraestrutura não seria adequada. Em Três Corações, segundo a secretaria, Bruno ficará em cela individual com cama, pia e vaso sanitário. No local, terá quatro refeições por dia, sendo café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.

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A defesa do goleiro, porém, vinha defendendo sua permanência em Varginha. Isso poderia ajudar o atleta a obter o benefício da semi-liberdade e vir a jogar novamente no Boa Esporte, clube da cidade ao qual está vinculado, mas que pode romper o contrato com sua prisão.

Após se apresentar na Delegacia Regional de Varginha, Bruno passou por exames com o médico legista e foi levado para o presídio de Varginha. Não foram informados a data e o horário de sua transferência para a penitenciária.

O goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, apresentou-se na tarde desta quinta-feira (27), na Delegacia Regional de Varginha, no sul de Minas Gerais, dois dias depois que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que ele voltasse à prisão.

Era perto das 14 horas quando ele se apresentou à polícia. Após os trâmites no local, ele passará por exames de praxe e será mandado para o presídio da cidade.

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Bruno estava solto desde o dia 24 de fevereiro, quando uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello concedeu habeas corpus ao goleiro com os argumentos de que o jogador tem bons antecedentes e que o recurso da defesa ainda não fora apreciado pelo Tribunal de Justiça mineiro. Por três votos a um, o colegiado decidiu não referendar a liminar de Marco Aurélio Mello.

O goleiro foi condenado em março de 2013 a 22 anos e seis meses de prisão. Desta pena, ele cumpriu seis anos e sete meses de detenção em regime fechado.

O goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, se apresentou à polícia no fim da tarde desta terça-feira, 25, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) revogar sua liberdade.

Ele se entregou à policia de Varginha, cidade mineira onde morava para jogar pelo time de futebol Boa Esporte, por volta das 17h50 na Delegacia Regional, no sul de Minas. Algumas pessoas o acompanharam até a delegacia, onde ele assinou uma certidão se comprometendo a se entregar.

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O goleiro vai aguardar no hotel em que está hospedado na cidade o cumprimento da ordem de prisão, já que o mandado contra ele não foi expedido pela delegacia da cidade, que aguarda ainda a documentação do STF. Por 3 a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na tarde desta terça-feira mandar de volta para a prisão o goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho.

A mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, quer o goleiro Bruno de volta à prisão por temer ser, juntamente com o neto, a próxima vítima do goleiro. "Não acho verdade essa história de que está recuperado. Bruno é um dissimulado", disse ela, que mora em Campo Grande com Bruninho, filho de Eliza com o atleta. O receio já fez a família de Sônia mudar a rotina.

Na sexta-feira (3) a advogada da mãe de Eliza, Maria Lúcia Borges Gomes, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o habeas corpus que o colocou em liberdade. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Sônia afirma acreditar que não está segura com Bruno fora da prisão e destaca que a ação judicial que levou ao embate entre Eliza e o goleiro – o pagamento de pensão alimentícia para o neto – está agora sob sua responsabilidade. "O que garante que a história da minha filha não pode se repetir comigo e meu neto?", questiona. Hoje, trabalha com organização de festas. "Muitos acham que meu neto tem pensão. Não tem. Vivemos do nosso trabalho e com dignidade, porque o mais importante na vida é poder deitar à noite com a consciência limpa."

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Para Sônia, a história só vai terminar quando ele disser onde estão os restos mortais de Eliza. "A Justiça que o colocou nas ruas deveria pressionar para conseguir essa informação", defende. "Se fosse verdade (a afirmação de que Bruno se recuperou), a primeira coisa que deveria fazer é revelar onde está o corpo de Eliza, para darmos a ela um enterro digno."

Cuidados. Com medo, Sônia já mudou a rotina. "Avisei ao Bruninho (hoje com 7 anos) para não chegar perto do portão e não sair da escola com ninguém que não seja eu ou meu marido", diz. "Ao que parece, o goleiro vai ficar solto e, nós, presos."

O menino sabe que a mãe morreu e que o pai estava preso por ter mandado matá-la. "Mas evitamos tocar no assunto. Bruninho sabe que o pai deixou a prisão, mas nos últimos dias temos tentado manter a televisão desligada", conta a avó.

Ela também diz ser a favor do exame de DNA para saber se Bruno é pai do neto. "Mas desde que seja aqui, com material recolhido na cidade e acompanhamento de tudo pela família."

Bruno foi solto graças a liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, que considerou o fato de o jogador estar preso havia quase sete anos sem que o júri que o condenou tivesse sido referendado em segunda instância. Agora, o habeas corpus terá de ser analisado pelo plenário do STF. O jornal O Estado de S. Paulo telefonou para a defesa de Bruno, mas não conseguiu contato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, entrou com recurso contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu a saída da prisão do goleiro Bruno. O jogador deixou a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), em Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte, no último dia 24, por força de habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello. Bruno foi condenado a 22 anos e três meses pelo sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver de Eliza, ex-amante do goleiro. Até o momento, cumpriu seis anos e sete meses da pena. O filho de Eliza, que também se chama Bruno, de sete anos, mora com Sônia de Fátima em Campo Grande. À época em que o jogador foi preso, Eliza discutia com o goleiro pagamento de pensão para o filho.

A defesa do atleta afirmou ter ocorrido movimentação no processo que envolve o habeas corpus, mas que não seria possível confirmar o teor da petição. "A análise (do documento) será feita nessa segunda-feira, 6", disse um dos advogados do goleiro, Luan Veloso Coutinho. Por ter sido concedido de forma monocrática, a decisão do ministro Marco Aurélio ainda pode ser revista no momento em que chegar ao Pleno do STF, o que ainda não tem data para ocorrer. A reportagem não conseguiu contato com a família de Eliza Samudio.

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Para justificar o habeas corpus, o ministro Marco Aurélio alegou que um recurso impetrado pela defesa do goleiro está parado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) desde 2013. Na decisão, o ministro afirma que "a esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há seis anos e sete meses" e que "nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória". Acionado desde a saída do goleiro da prisão, o TJ não informa os motivos pelos quais o recurso ainda não foi julgado.

Bruno, que foi campeão brasileiro pelo Flamengo em 2009, foi preso em 2010. O corpo de Eliza Samudio nunca foi encontrado. O julgamento ocorreu em 2013. A defesa afirma que o goleiro teria pelo menos dez propostas de clubes para voltar a jogar futebol. Dois deles, Chapecoense e Bangu, no entanto, negaram ontem interesse em ter o goleiro em seus quadros.

Menos de 24 horas após ser libertado, o goleiro Bruno Fernandes afirmou em entrevista para a TV Globo ontem que, independentemente do tempo que ficasse na prisão, isso "não traria a vítima" de volta. Com habeas corpus concedido em caráter liminar pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-atleta do Flamengo foi liberado da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), onde cumpria pena de 22 anos e 3 meses de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da ex-amante, Eliza Samudio, com quem teve um filho.

"Independentemente do tempo que fiquei, também quero deixar bem claro. Se ficasse lá, se tivesse prisão perpétua, não ia trazer a vítima de volta", ressaltou ele. Na decisão, o ministro Marco Aurélio afirmou que "a esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há seis anos e sete meses" e "nada, absolutamente nada, justifica tal fato". "A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória."

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Eliza Samudio foi dada como desaparecida em 4 de junho de 2010. Bruno foi preso em 7 de julho do mesmo ano. O corpo de Eliza nunca foi encontrado. Ela pressionava o ex-goleiro para que reconhecesse o filho, hoje com 7 anos. O fato de ser réu primário, entre outras condições, também levou à liminar. A decisão no entanto, tem caráter liminar e será submetida ao Pleno do STF em data ainda a ser definida. Conforme o caso, Bruno pode voltar para a prisão.

Na entrevista à Globo, Bruno afirma ainda que não apagaria nada do passado e a prisão foi um aprendizado. "Paguei pelo meu erro. Agora, paguei e paguei caro. Não foi fácil. Não apagaria nada. Serve para mim como aprendizado, não como punição", afirmou.

"Quero deixar bem claro. Vou recomeçar. Não importa que seja no futebol ou em outra área profissional, mas como vou estar no meio do futebol, é o que almejo", disse ele. Segundo o advogado do goleiro, Lúcio Adolfo, Bruno estaria em negociação para voltar a jogar futebol por um dos times que disputam os campeonatos estaduais em andamento no País.

Injustiça

Anteontem, à Rádio Estadão, Lucio Adolfo reiterou que a manutenção da prisão seria "absurda": "Olha, Justiça demorada é pior que injustiça". O goleiro deverá manter residência fixa e comparecer à Justiça sempre que convocado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-goleiro Bruno deixou por volta das 19h30 desta sexta-feira (24) a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte, onde cumpria pena de 22 anos e três meses de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio, com quem teve um filho. A defesa do jogador conseguiu no último dia 21 habeas corpus para que o atleta fosse libertado.

A decisão partiu do ministro Marco Aurélio Mello. No pedido de habeas corpus, a defesa de Bruno alega que o jogador, preso há quase sete anos, não teve analisado, até o momento, recurso contra seu julgamento, ocorrido em 2013, pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Bruno deixou a Apac com a mulher, Ingrid Calheiros, e advogados.

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Na decisão, o ministro afirma que "a esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há seis anos e sete meses" e que "nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória".

O detento Rodrigo Fernandes das Dores de Sousa, de 27 anos, irmão do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, disse, em depoimento à polícia do Piauí, que sabe informar onde está o corpo de Eliza Samudio, ex-namorada do atleta que está desaparecida desde junho de 2010.

Sousa está preso desde setembro de 2015, no Centro de Detenção Provisória de Altos, a 42 km ao norte de Teresina, após cumprimento de mandado de prisão preventiva, por crime de estupro. De acordo com a titular da Delegacia da Mulher da zona sudeste de Teresina, delegada Alexandra Santos, Sousa responde a quatro processos por violência sexual.

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"Ele continua preso desde então, porque pedimos a prisão preventiva dele por todos os crimes. E o último mandado foi cumprido há cerca de duas semanas. Ele já estava preso. Mas responde por outros crimes, inclusive na Delegacia do Menor Vítima", informou a delegada. Em depoimento na Delegacia de Polícia Interestadual do Piauí (Polinter), ao delegado Cadena Júnior, Sousa informou que saberia dizer onde foi enterrado o corpo de Eliza Samudio.

Cadena Júnior disse que o processo corre em segredo de Justiça, mas revelou que recebeu uma carta precatória da Justiça do Rio de Janeiro para que a Polinter faça diligencias em relação a esse caso. "Foram feitas algumas diligências elucidativas em relação ao processo do caso Eliza Samudio. Mas todas correm em segredo de Justiça e não podemos nos pronunciar sobre o caso. A Polinter é uma delegacia interestadual e cumprimos precatórias do País inteiro", informou o delegado Cadena Júnior.

No depoimento, o irmão de Bruno teria dito que os restos mortais de Eliza Samudio estariam em uma cidade do interior de Minas Gerais. Nada mais foi informado. O delegado geral da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, Riedel Batista, disse que as informações estão sendo encaminhadas para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, onde o caso ainda é investigado.

Há quatro anos, por informações de Jorge Rosa Sales, que é primo de Bruno, a polícia de Vespasiano (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, escavou o bairro de Santa Clara atrás dos restos mortais de Eliza. Já foram feitas buscas em pelo menos quatro pontos diferentes de Belo Horizonte, incluindo o sítio de Bruno, em Esmeraldas, onde ela teria sido vista pela última vez. O goleiro está preso. Ele foi condenado a 22 anos de prisão pela morte e ocultação do cadáver de Eliza.

Irmão de Bruno

Rodrigo Fernandes de Sousa está preso acusado de seis estupros em Teresina. No ano passado, ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar, pelo estupro de uma menor na zona sudeste da capital. Na época, já existiam quatro inquéritos policiais contra ele, em que seis vitimas o apontaram como agressor. De acordo com a delegada Anamelka Cadena, Sousa foi reconhecido pelas vítimas, por meio de imagens de câmeras de segurança.

Em setembro de 2013, ele foi preso após denúncia de ter cometido estupro em Teresina. Em 2014, depois de passar oito meses preso e sete meses respondendo em liberdade, ele foi inocentado do crime por falta de provas.

A Polícia Civil mineira vai fazer escavações em um lote vago em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (25), em mais uma tentativa de encontrar o corpo de Eliza Samudio, de 24 anos, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, que está desaparecida desde 2010. O local foi apontado por um primo do atleta, Jorge Rosa Sales, que já cumpriu medida socioeducativa pelo sequestro e assassinato da mulher e alegou "peso na consciência" para revelar o ponto mais de quatro anos depois do crime.

Jorge prestou novo depoimento nessa quinta-feira (24), ao chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil mineira, delegado Wagner Pinto, na capital mineira, após ir ao local acompanhado do advogado Nélio Andrade e de uma equipe do Comando de Operações Especiais (COE) da polícia do Rio de Janeiro. Ele foi levado a Vespasiano após a divulgação de entrevista concedida à Rádio Tupi, na qual contou onde estariam os restos mortais de Eliza.

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O rapaz foi o primeiro a admitir que a jovem foi assassinada, mas inicialmente alegou que após ser morta pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a vítima havia sido esquartejada e o corpo jogado para cães. Ontem, ao depor, Jorge contou a história com alguns detalhes diferentes, apesar de manter tanto sua participação quanto a do ex-policial e a de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, braço direito de Bruno até serem presos.

"O Bola teria dado uma gravata e asfixiado ela até a morte e depois decepou uma das mãos da Eliza. Depois, segundo a versão dele (Jorge), enrolou o corpo e a mão num lençol e colocou num saco de cadáveres, preto, com zíper", disse o delegado. "Foram para um lote vago onde já havia uma cova feita, aparentemente por uma retroescavadeira. E ali foi arremessado o saco contendo o corpo da Eliza. Depois, ele, o Macarrão e o Bola teriam enterrado o corpo. Esta foi a versão que ele apresentou", acrescentou Wagner Pinto.

Segundo o policial, alguns detalhes apresentados nessa quinta por Jorge, como as características do local onde o corpo teria sido enterrado, são "bastante convergentes à versão que ele deu para a emissora no Rio de Janeiro". De acordo com o advogado do rapaz, Nélio Andrade, Jorge chorou ao chegar ao local nesta quinta. "Vamos buscar materializar essa versão dele. A experiência serve para a gente caminhar numa linha investigativa. Vejo a versão dele com certa coerência", observou Pinto, que desde o início do caso, em 2010, participou das investigações.

Depressão

O delegado contou ainda que Jorge alegou estar com "peso de consciência" e busca "criar certo alívio" com a revelação. "Ele andava bastante angustiado, deprimido", disse. "Ele tem muito, muito arrependimento. (Mas) foi muito pressionado. Pagou pelo que fez. Agora, quer limpar a consciência e principalmente o coração", acrescentou Nélio Andrade.

Mas Wagner Pinto adiantou que uma possível localização do corpo apenas servirá para "proporcionar a materialidade total dos crimes de sequestro, cárcere e ocultação do cadáver", sem alterar a situação dos envolvidos no caso. "Praticamente tudo que já estava devidamente apurado permanece. Não há mudanças de cenário ou eventual mudança de participação de A, B ou C", explicou.

O mesmo ocorre em relação a Jorge, independentemente de a versão apresentada ser verdade ou não. "Vamos dizer que ele esteja falando a verdade, mas o corpo não está lá porque foi retirado. Como vou comprovar isso?", indagou o delegado. Porém, mesmo sem alterar a situação dos envolvidos no caso, Pinto disse que é necessário fazer novas buscas porque "a dúvida é complicada". "Se não formos comprovar, vai ficar essa dúvida eterna e vão perguntar: por que não foram procurar?", observou.

Desde que Eliza desapareceu, em junho de 2010, foram realizadas buscas pelos restos mortais em pelo menos quatro diferentes pontos da região metropolitana de Belo Horizonte, incluindo o sítio de Bruno em Esmeraldas onde ela teria sido vista pela última vez. Ao todo, oito pessoas foram condenadas por envolvimento no caso e outro primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, foi assassinado enquanto aguardava em liberdade o julgamento pelo crime.

Jorge Rosa Sales, 21 anos, primo do goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos de prisão pela morte da sua ex-amante Eliza Samudio, afirmou nesta quinta-feira (24) que o corpo da mulher foi enterrado em uma pequena chácara próxima ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime ocorreu em 2010 e o corpo da modelo nunca foi localizado.

Sales, que era menor de idade na época, foi condenado e cumpriu medida socioeducativa em Minas por ter sido considerado culpado pelo sumiço de Eliza. Ele foi solto em setembro de 2012 e atualmente mora no Rio de Janeiro. A afirmação foi veiculada no programa Haroldo de Andrade, da Rádio Tupi. "Ela foi assassinada e enrolada em um lençol e colocada dentro de um saco plástico preto e enterrada em um buraco bem fundo escavado com trator em uma chacarazinha perto do aeroporto de Belo Horizonte", disse.

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Sales foi o primeiro a denunciar a participação de Bruno no desaparecimento da modelo. Segundo ele, o corpo de Eliza teria sido levado ao local em uma EcoEsport e o goleiro teria ajudado a jogar terra na cova, escavada próxima a um coqueiro. "É próxima a uma estrada de chão, bastante deserta. Sei chegar ao local. Tem um coqueiro grande. E mesmo se não tiver esse pé, eu sei onde está", declarou.

O primo de Bruno foi acusado pela polícia de ter presenciado a morte de Eliza na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como o assassino da moça. O imóvel fica em Vespasiano, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Questionado sobre o motivo das declarações neste momento, Sales disse que o caso ainda "mexe muito" com ele. "Foi muita pressão em cima de mim", afirmou.

O ex-advogado de Sales, Eliézer Jônatas de Almeida Lima, foi apontado na entrevista como uma das pessoas que teriam pressionado o primo do goleiro Bruno. Sales disse que o ex-advogado lhe pedia para "mudar as versões". Eliézer Jônatas de Almeida nega. "Infelizmente, não sei qual o motivo de ele aparecer agora e falar isso. Jamais o orientei nesse sentido", garantiu.

Na entrevista, o primo do goleiro isentou Bruno de ter tido participação ou conhecimento da morte de Eliza. O advogado de Bruno, Tiago Lenoir disse que a própria defesa ficou surpresa com as declarações de Sales. "Teve a oportunidade de falar isso em vários momentos e não falou. Vamos aguardar, agora, para ver o que o Ministério Público e a polícia vão fazer. Se isso virar prova e for usado no processo, vai ter tratamento adequado", ressaltou Lenoir.

O primo de Bruno, na mesma entrevista, acusou Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, como o mentor da trama, auxiliado por Bola. Ambos foram condenados pela morte de Eliza e hoje cumprem pena em regime fechado em prisões de Minas Gerais. O advogado de Bola, Ércio Quaresma, disse que as declarações de Sales não passam de oportunismo. "Ele mudou a versão uma dezena de vezes. Agora, estão querendo apontar o holofote sobre o processo, que está apagado, e o Jorge serve para isso", acusou Quaresma.

O goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza voltou a trabalhar em uma fábrica de vassouras na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O direito de trabalhar foi restituído nesta sexta-feira, após um período de suspensão como punição pelo envolvimento do atleta em uma briga com outros detentos no início de abril.

Bruno está na cadeia desde junho de 2010 e, em março, foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio e pelo sequestro do filho do casal. Pela legislação brasileira, cada três dias trabalhados por um detento da direito à remição de um dia de pena. O advogado do goleiro, Lúcio Adolfo da Silva, acredita que em 2015 seu cliente consiga progressão para o regime semiaberto levando em conta o trabalho e o tempo que passou preso antes da condenação.

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Além do trabalho na fábrica de vassouras ecológicas, feitas com garrafas plásticas e usadas na limpeza do próprio presídio, Bruno também voltou a frequentar aulas para tentar concluir o ensino médio. A punição pelo envolvimento do atleta na briga ainda havia resultado ainda na suspensão dos banhos de sol e das visitas, benefícios que também foram restituídos ao atleta. No domingo, 19, Bruno precisou de atendimento médico após ingerir antidepressivos para os quais não tinha indicação médica, mas Lúcio Adolfo negou que o goleiro tenha tentado o suicídio. Uma investigação foi aberta para apurar como ele teve acesso aos remédios.

A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) de Minas Gerais instaurou procedimento para apurar como o goleiro Bruno Fernandes de Souza teve acesso a medicamentos para os quais não tinha receita. Condenado a mais de 22 anos de prisão pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio e o sequestro do filho que teve com a vítima, Bruno foi levado no domingo, 19, à enfermaria da Penitenciária Nelson Hungria, após ingerir comprimidos.

Nesta quinta-feira, Bruno voltou a passar mal, desmaiou e bateu a testa. Durante o dia chegou a circular boato de que o goleiro teria tentado o suicídio. O advogado Lúcio Adolfo da Silva, que defende o preso, negou a informação e disse que o cliente sentiu "apenas um leve mal estar" e sofreu um "pequeno corte" com a queda. Mas a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) confirmou que o goleiro ingeriu dois comprimidos dos antidepressivos clonazepan e diazepan, sem que tenha sido indicado para este tipo de tratamento.

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Depois de quase um mês, nesta quinta, Bruno também voltou a ter direito a visitas e banho de sol, benefícios que estavam suspensos por ele ter se envolvido em um desentendimento com outros detentos e um agente penitenciário. Ele também teve cortado o direito de trabalhar e ainda não há previsão de quando o benefício será restituído ao detento.

Depois de se estender até a madrugada deste sábado, o julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar e ocultar o cadáver da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, Eliza Samudio, foi retomado às 10h20 da manhã deste sábado. O promotor Henry Wagner afirmou ao que a expectativa é de que o julgamento vá até a madrugada e o caso tenha uma "decisão condenatória". O advogado da defesa informou que continuará não falando com a imprensa.

A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues reiniciou o interrogatório do réu pedindo para Bola explicar por que teve seu direito de defesa cerceado e que, por isso, estava se recusando a responder algumas perguntas. Bola, visivelmente abalado, relatou como foi preso, no dia 8 de julho de 2010. O réu afirmou que entrou em contato com a imprensa, por meio da jornalista Shirley Barroso, dizendo que estava na casa de sua tia, em Belo Horizonte, após ver a sua foto e de sua neta na televisão.

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O réu afirmou que o delegado Júlio Wilquer chegou à residência de sua tia antes de a jornalista e foi conduzido para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa e que lá, durante o interrogatório, o delegado Edson Moreira afirmou existirem dois tipos de anjos: anjo bom e anjo mau. O anjo bom seria aquele que "conversa sem arrogância e sem agressão física", que era o caso do delegado Júlio Wilquer, e que o anjo mau é aquele que "conversa com arrogância com o preso, que bate na mesa e pode até agredir fisicamente". De acordo com Bola, o delegado Edson Moreira afirmou que iria agredi-lo e colocá-lo no "pau de arara", mas apenas o ameaçou.

Durante o depoimento, Bola reafirmou sua inocência e diz estar preso injustamente. Após a juíza, foi a vez do promotor de Justiça, Henry Wagner, começar a fazer perguntas. Durante o questionamento, Bola respondeu repetidas vezes ser inocente. Depois afirmou estar debilitado e que não estava em "suas melhores condições" para falar.

A juíza Marixa Rodrigues passou então a palavra à assistentes de acusação, mas Bola esquivou-se novamente e o advogado do réu, Ércio Quaresma, recomeçou a fazer perguntas.

Notadamente, o advogado tenta sensibilizar o júri de que o acusado está distanciado da sua família. Ao falar sobre sua esposa e filhos, Bola chorou e se disse religioso. Quaresma perguntou se Bola já havia assassinado alguém dentro de sua própria casa. "Nunca matei ninguém, principalmente não mataria dentro da minha casa", respondeu o ex-policial.

Questionado se esteve alguma vez com Eliza, o réu respondeu que não e que só a conhecia pela televisão. O réus também negou que tenha ameaçado Jaílson, seu ex-colega de cela, durante a acareação no DEOSP. (Bruno Marques, especial para Agência Estado)

O quinto dia do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, começou nesta sexta-feira, 26, com a leitura de depoimentos por carta precatória de testemunhas consideradas importantes para o Ministério Público. Depois passaram a ser lidas as peças de defesa. Os advogados do réu disseram que pediram a leitura de 3 mil páginas. Somente depois Bola deve ser ouvido, o que pode não acontecer nesta sexta. Com isso, o júri do Fórum de Contagem, Minas Gerais, permanece sem previsão de término.

O destaque até esta manhã ficou por conta da leitura da carta da dentista Ingrid Calheiros, atual mulher do goleiro Bruno e namorada dele na época do desaparecimento de Eliza Samudio. A dentista diz que Bruno dizia não saber do paradeiro de Eliza e que esperava que ela fosse encontrada. Ela também afirmou ter ouvido do namorado que "Bola seria um matador".

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As manobras da defesa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, para prolongar ao máximo o julgamento iniciado na última segunda-feira, 22, ficaram mais evidentes nesta quinta-feira, 25, quarto dia de trabalhos no Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Bola é acusado de assassinar e desaparecer com o corpo da amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio. Às 19h30, alegando cansaço, os jurados pediram que a sessão fosse interrompida, o que a juíza acatou.

O advogado Ércio Quaresma, que defende Bola, derrubou qualquer perspectiva da juíza Marixa Rodrigues de concluir o julgamento nesta sexta-feira, como chegou a afirmar a magistrada em plenário, ao solicitar a leitura de oito peças sobre o processo. Marixa chegou a pedir que o advogado ponderasse diante do cansaço dos jurados e todos os envolvidos no júri. Porém, irredutível, Quaresma não abriu mão da leitura das peças, o que deve levar em torno de oito horas, na perspectiva do promotor Henry Wagner Vasconcellos.

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Depois de encerrar os trabalhos, a juíza Marixa disse ao jornal O Estado de S.Paulo que ainda tem a esperança de que o julgamento termine no sábado. "Ele disse que vai aproveitar a noite para pensar se vai retirar algumas peças. Caso ele retire, aí poderemos fazer os debates no sábado e terminar os trabalhos", afirmou. Ele também pediu novas diligências na casa de Bola, mas a juíza indeferiu.

Depois de interrogar por mais de 11 horas o delegado Edson Moreira, chefe das investigações policiais sobre a morte de Eliza, Quaresma teve cassado seu direito de perguntar por seu "visível intento protelatório e não raras vezes a conduta intimidatória, perguntas argumentativas nas quais constam visivelmente acusações contra a testemunha", afirmou a juíza, ao deferir pedido do Ministério Público.

Prosseguiu a magistrada: "Ademais, a exposição do doutor advogado, de que tem a testemunha em suas mãos por pelo menos mais 12 horas tem nítido contorno de ordem pessoal. Ora, se há uma questão de ordem pessoal entre o doutor advogado e a autoridade policial, não é este o tribunal do júri local adequado para este confronto. Não há dúvida do abuso do doutor Ércio Quaresma".

A juíza citou afirmações do advogado consideradas desrespeitosas: "Esse moço só aparecia para dar entrevistas"; "ele tem memória seletiva"; "o senhor está igual ao menor, mija que é uma maravilha". Sem o direito de falar, as perguntas passaram a ser feitas pelo outro advogado de defesa, Fernando Magalhães, que demorou em torno de uma hora para encerrar sua participação.

A partir daí, o promotor Henry Vasconcellos pôde, enfim, interrogar a testemunha. E aproveitou para contra-atacar, fazendo perguntas que trouxeram à tona o comportamento controverso de Quaresma durante as investigações. O promotor lembrou também que os advogados de Dayanne do Carmo, ex-mulher de Bruno, denunciaram terem sido ameaçados de morte pelo advogado de Bola na porta da penitenciária Nelson Hungria. "O senhor tem conhecimento se esses advogados em depoimentos prestados à Corregedoria de Polícia Civil disseram ter sido ameaçados de morte pelo doutor Ércio Quaresma Filho em razão de eles terem atuado na sustentação dos interesses de Dayanne naquele depoimento", perguntou Henry Vasconcellos. "Ouvi comentários", disse Edson Moreira.

O promotor abordou uma carta que Sérgio Rosa Sales, o primo de Bruno assassinado, enviou para a juíza Marixa Rodrigues em novembro de 2010, quatro dias após ser interrogado, na qual ele dizia: "Falaram para mim acusar o doutor Edson Moreira de que ele tinha me torturado. Entretanto, nem o doutor Edson Moreira nem o doutor Wagner (Pinto, delegado) me encostaram a mão", leu o promotor. Moreira disse se lembrar dessa "retratação" de Sérgio. Durante todo o seu depoimento, Quaresma tentou apontar erros de conduta de Moreira.

O promotor terminou seu interrogatório questionando como foi a votação recebida pelo delegado para vereador de Belo Horizonte. O depoente afirmou que foi o terceiro mais votado da capital, com 10.532 votos. Henry perguntou se houve algum outro profissional do direito candidato, e o delegado disse que o "doutor Ércio Quaresma", que teve apenas 342 votos e não foi eleito. Os trabalhos serão retomados às 9h desta sexta-feira, 26, com a leitura de peças.

A juíza Marixa Rodriguez cassou na tarde desta quinta-feira, 25, o direito de palavra do advogado Ércio Quaresma por abuso e intimidação da testemunha, além de falta de respeito. O pedido foi feito pelo promotor Henry Vasconcelos. Os demais advogados do réu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, poderão continuar questionando o delegado Edson Moreira.

Moreira começou a depor na quarta-feira, 24, e continua nesta quinta. O julgamento de Bola, acusado pelo assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, começou na segunda-feira, 22, no Fórum de Contagem (MG).

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