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O papa Francisco visitará o Cazaquistão, ex-república soviética, de 13 a 15 de setembro para participar de um congresso sobre diálogo entre religiões em Nur-Sultan, capital do país, confirmou nesta segunda-feira (1º) a assessoria de imprensa do Vaticano.

O pontífice visitará apenas a capital, que se chamava Astana até 2019, para participar do 7º Congresso de "Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais", informou o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, em comunicado.

A presidência cazaque já havia anunciado a viagem em abril por ocasião do congresso, que visa promover o diálogo interreligioso e cuja primeira edição foi realizada em 2003.

No sábado, durante o voo de volta do Canadá, o papa de 85 anos, que enfrenta dificuldades para andar e usa cadeira de rodas com frequência em razão de dores no joelho, admitiu que terá que reduzir suas viagens.

"Acho que não posso continuar com o mesmo ritmo de viagem de antes", disse ele. "Acho que na minha idade, e com essas limitações, tenho que economizar um pouco as minhas forças para poder servir à Igreja, ou pelo contrário pensar na possibilidade de me afastar", acrescentou, desencadeando muitas perguntas.

Essa decisão será ditada "pela vontade do Senhor", enfatizou.

Apesar disso, o pontífice confirmou que queria ir ao Cazaquistão, uma "viagem tranquila, sem muitos movimentos", disse.

O Cazaquistão, uma ex-república soviética, é considerado politicamente um país asiático. Geograficamente, a maior parte do país está na Ásia, embora a parte ocidental pertença à Europa. Esta é a razão pela qual é um dos países euroasiáticos.

Será uma viagem delicada devido à ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, contra a qual o pontífice se manifestou em várias ocasiões.

Um grupo de manifestantes invadiu, nesta quarta-feira (5), a sede da prefeitura de Almaty, a capital econômica do Cazaquistão, em meio a protestos sem precedentes após o aumento dos preços do gás.

Segundo um jornalista da AFP no local, a polícia usou granadas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra uma multidão de milhares de pessoas, mas não conseguiu conter sua entrada no prédio.

A polícia informou que mais de 200 pessoas foram detidas durante os protestos neste país da Ásia Central, deflagrados pelo aumento dos preços do gás liquefeito de petróleo (GLP). Ele é muito usado como combustível no oeste do Cazaquistão.

O Ministério do Interior anunciou que as detenções aconteceram por "perturbação da ordem pública" e que os manifestantes bloquearam estradas e tráfego. De acordo com a mesma fonte, 95 policiais ficaram feridos.

Milhares de pessoas foram às ruas em Almaty e na província ocidental de Mangystau, contra o "aumento injusto", considerando-se as enormes reservas de energia do país. O Cazaquistão é um grande exportador de petróleo e gás.

Na tarde desta quarta-feira, correspondentes da AFP em Almaty testemunharam alguns homens de uniforme policial jogando seus escudos e capacetes no chão e abraçando os manifestantes.

"Passaram pro nosso lado", gritava uma mulher.

Estes policiais se recusaram a falar com a AFP.

Manifestações não previamente autorizadas pelas autoridades são proibidas no Cazaquistão, uma antiga república soviética autoritária, mas também a principal economia da Ásia Central.

O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, destituiu seu governo nesta quarta-feira e declarou estado de emergência como resposta aos protestos.

Uma ordem postada no site presidencial diz que Tokayev aceitou a renúncia do gabinete do primeiro-ministro Askar Mamin. Até a formação de um novo, o vice-primeiro-ministro Alikhan Smailov vai liderar o governo interinamente.

O estado de emergência decretado por Tokayev entrou em vigor nesta quarta e irá até 19 de janeiro. Implica a imposição de um toque de recolher das 23h às 7h.

Mais cedo, o presidente havia se dirigido à população em um vídeo postado nas redes sociais. Nele, pediu "prudência" e que "não cedam a provocações".

Os serviços de WhatsApp, Telegram e Signal foram cortados à noite no Cazaquistão, um país de 19 milhões de habitantes.

- "Fora o velho" -

O movimento contra o aumento do preço do gás começou no fim de semana na cidade de Khanaozen, no coração da região ocidental de Mangystau, antes de se espalhar para Aktau, nas margens do Mar Cáspio, e Almaty.

A televisão noticiou nesta quarta-feira que o diretor de uma usina de gás na região de Mangystau foi demitido por ter "aumentado o preço do gás sem motivo".

Em Almaty, jornalistas da AFP viram a polícia dispersar uma multidão de 5.000 pessoas com gás lacrimogêneo.

Os manifestantes gritavam pela "renúncia do governo" e "fora o velho", em alusão ao ex-presidente Nursultan Nazarbayev, mentor de Tokayev.

Na terça-feira (4), o presidente tuitou que as autoridades decidiram reduzir de 120 para 50 tengues (0,11 dólar) o preço do litro do GLP em Mangystau para "garantir a estabilidade do país". A medida não apaziguou os protestos.

Pequenas marchas e prisões também foram relatadas na capital Nursultan (antiga Astana). A localidade foi rebatizada em homenagem a Nursultan Nazarbayev, que liderou o país desde a independência soviética até 2019, quando nomeou Tokayev como seu sucessor.

Nazarbayev, de 81 anos, mantém forte controle do país como presidente do conselho de segurança e "Líder da Nação", uma função constitucional que lhe garante privilégio político e imunidade na Justiça.

Embora protestos espontâneos e não autorizados sejam ilegais no Cazaquistão, uma lei foi aprovada no ano passado para amenizar algumas restrições à liberdade de reunião.

Potência na região, a Rússia pediu nesta quarta-feira um "diálogo" no Cazaquistão.

"Somos a favor de uma solução pacífica para todos os problemas dentro da estrutura legal e constitucional e por meio do diálogo, e não por meio de tumultos de rua e violação das leis", declarou o Ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.

O Cazaquistão realiza, neste domingo (10), eleições legislativas com o partido no poder favorito, na ausência da única formação de oposição autorizada neste país autoritário da Ásia Central.

As assembleias de voto abriram às 7h (22h00 de sábado no horário de Brasília) e encerrarão às 20h. As primeiras pesquisas oficiais serão divulgadas à noite.

O presidente Kasim-Jomart Tokayev, de 67 anos, prometeu reformas políticas desde sua eleição há dois anos com o apoio de seu antecessor, Nursultan Nazarbayev, que renunciou inesperadamente em 2019 após quase três décadas no poder.

Nas sombras, Nazarbayev, de 80 anos, conserva uma influência considerável e funções-chave, como a presidência do poderoso partido Nur Otan.

O partido tem 800.000 afiliados no Cazaquistão, uma ex-república soviética com 19 milhões de habitantes.

Além do Nur Otan, quatro outros partidos participam das eleições deste domingo que renovarão a câmara baixa do Parlamento. Nenhum deles é hostil ao poder.

O Partido Nacional Social Democrata (NSDP), que se declara de oposição, anunciou em novembro que não participaria das eleições em sinal de "protesto".

A filha de Nursultan Nazarbayev, Dariga Nazarbayeva, de 57 anos, é candidata pelo partido Nur Otan. No ano passado, foi destituída da presidência do Senado.

Seu afastamento, sem explicação oficial, foi atribuído a uma decisão do presidente Tokayev e foi interpretado como um sinal de uma possível luta política entre este último e o clã Nazarbayev.

Mas Kasim-Jomart Tokayev frequentemente cobre seu mentor e predecessor com elogios, além de defender suas decisões estratégicas. E os dois homens apareceram juntos, em novembro, em um congresso em Nur Otan.

Graças à sua riqueza em minerais e hidrocarbonetos, o Cazaquistão é um país próspero e mantém boas relações com o Ocidente e seus vizinhos: China e Rússia.

De acordo com o Banco Mundial, o PIB do Cazaquistão deve cair 2,5% em 2020, a primeira recessão do país em duas décadas, devido à crise do coronavírus.

- "Espetáculo estéril" -

Em um Estado governado pelo autoritarismo desde sua independência em 1991, existem poucas vozes críticas expressando descontentamento.

Nas últimas três eleições, o partido NSDP não conseguiu entrar no Parlamento. Este ano decidiu boicotar as eleições.

O ex-oligarca e opositor no exílio Mukhtar Abliazov pediu votos para o NSDP e após essa formação se retirar da corrida eleitoral pediu o voto para o partido pró-governo Ak Jol, com o objetivo de enfraquecer a maioria no poder.

De acordo com a oposição, as autoridades pressionaram os ativistas da oposição que faziam campanha para Ak Jol, incluindo impondo multas pela distribuição de folhetos.

De acordo com o cientista político cazaque Talgat Mamiraimov, as eleições deste domingo são "um espetáculo estéril".

O líder histórico Nazarbayev quer apenas "garantir seus interesses políticos e econômicos" através do partido Nur Otan, diz o especialista.

Na capital Nur-sultan, ex-Astana rebatizada em homenagem ao ex-presidente do Cazaquistão, Madiyar diz que não vai votar.

"Não acho que a votação vá mudar muitas coisas", disse à AFP a estudante de 18 anos, que não quis revelar seu sobrenome.

Sonia Sartayeva, aposentada, não sabe se vai votar devido à temperatura congelante (-30ºC) que atinge a capital esta semana e aos riscos do novo coronavírus.

O Cazaquistão observa, neste sábado (28), um dia de luto nacional decretado após o acidente de avião que matou 12 pessoas perto de Almaty, centro econômico deste país da Ásia Central.

No centro da capital do Cazaquistão, Nursultan, para onde ia a aeronave, a maior bandeira do país, tremulando a 111 metros de altura, foi hasteada a meio mastro.

Também foram feitos pedidos de doações de dinheiro e sangue para as vítimas que seguem hospitalizadas.

Muitos países, incluindo as vizinhas Rússia e a China, bem como a União Europeia, enviaram suas condolências a essa antiga república soviética.

Na sexta-feira de manhã, o avião modelo Fokker-100, da companhia aérea local de baixo custo Bek Air, atingiu a pista com a cauda duas vezes antes de decolar, de acordo com o aeroporto de Almaty, de onde a aeronave estava partindo. Cerca de quinze minutos depois, o aparelho caiu, chocando-se com uma residência.

Imagens publicadas pelas autoridades mostram o avião dividido em dois pedaços, com a parte da frente em uma casa de dois andares parcialmente destruída. As autoridades não registraram vítimas em terra.

Segundo o Comitê de Emergência, doze pessoas, incluindo o piloto, morreram das 98 pessoas a bordo. Até sábado, 47 passageiros sobreviventes ainda estavam hospitalizados, incluindo nove crianças, de acordo com as autoridades cazaques.

Entre os mortos está um general do ministério do Interior, Rustem Kaidarov, de 79 anos. A agência de notícias Informburo.kz anunciou que uma de suas jornalistas, Dana Kruglova, morreu no acidente.

Embora tenha sido aberta uma investigação por "violação das regras de segurança e operação de um meio de transporte aéreo", o ministério do Interior afirmou estar estudando várias hipóteses para explicar o acidente, incluindo um problema técnico, um erro do piloto ou as condições climáticas.

Segundo as autoridades, a comissão de inquérito criada deverá anunciar suas primeiras conclusões em 10 de janeiro.

Pelo menos até essa data, as dezenas de outras aeronaves da Bek Air deverão permanecer em solo.

O avião acidentado, cujas caixas pretas foram encontradas, foi construído em 1996.

A companhia aérea Bek Air se descreve em seu site como a primeira empresa de baixo custo no Cazaquistão.

Segundo o ministério da Indústria, ela opera nove aviões do tipo Fokker-100, um modelo de médio curso construído pela fabricante holandesa de aeronaves Fokker.

Em março de 2016, um Fokker-100 da Bek Air com 116 passageiros a bordo teve que fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Nursultan devido a um problema no trem de pouso, sem causar vítimas.

Um avião comercial com 100 pessoas a bordo caiu nesta sexta-feira (27) pouco depois de decolar na cidade de Almaty, no Cazaquistão, uma tragédia que deixou pelo menos 12 mortos. A aeronave, um Fokker-100 da companhia local de baixo custo Bek Air, caiu às 7H22 (22H22 de Brasília, quinta-feira), 17 minutos após a decolagem no aeroporto de Almaty.

O voo seguia de Almaty para a capital Nursultan (antiga Astana), mais ao norte, com 95 passageiros e cinco membros da tripulação a bordo. As autoridades chegaram a anunciar 15 mortes no acidente, mas o Comitê de Situações de Emergências revisou o balanço para 12 vítimas fatais.

De acordo com a lista divulgada pelo comitê, oito pessoas morreram no momento do desastres, duas enquanto recebiam atendimento médico no aeroporto e duas no hospital. As vítimas fatais nasceram entre 1940 e 1986. A agência de notícias Informburo.kz anunciou que uma de suas jornalistas, Dana Kruglova, morreu no acidente.

O governo da cidade de Almaty também confirmou o balanço revisado de 12 mortes. Entre os feridos na tragédia, alguns estão em condição "de extrema gravidade", de acordo com as autoridades. Os serviços de emergência atenderam oito crianças com "múltiplos traumatismos".

O ministério do Interior abriu uma investigação por "infração das regras de segurança e de exploração de um meio de transporte aéreo". Imagens publicadas pelas autoridades mostram o avião dividido em dois pedaços, com a parte da frente em uma casa de dois andares parcialmente destruída

Centenas de socorristas, apoiados por caminhões de bombeiros e ambulâncias, além da polícia, chegaram em pouco tempo ao local, onde havia muita neve. Em uma mensagem de condolências publicada no Twitter, o presidente Kassym-Jomart Tokayev declarou que "os responsáveis serão castigados severamente, de acordo com a lei".

O governo da ex-república soviética afirmou que o avião da Bek Air perdeu "altitude na decolagem e bateu em um muro de concreto. A aeronave colidiu com uma estrutura de dois andares".

A aeronave caiu em uma área habitada, confirmou o Comitê de Situações de Emergência. O acidente acontece perto de Kzyl-tu, localidade ao nordeste do aeroporto da ex-capital cazaque e coração econômico do país. De acordo com o canal estatal Khabar 24, a casa atingida pelo avião estava vazia.

A Bek Air se descreve em seu site como a primeira companhia aérea de baixo custo do Cazaquistão. O ministério da Indústria indica que a empresa tem uma frota de sete Fokker-10, um avião de médio alcance de fabricação holandesa.

O governo cazaque determinou que as aeronaves da companhia permaneçam em terra durante a investigação do acidente. Em março de 2016, um Fokker-100 da Bek Air com 116 pessoas a bordo fez um pouso de emergência no aeroporto de Nursultan por um problema técnico. Nenhuma pessoa ficou ferida.

Cerca de 500 manifestantes da oposição foram presos neste domingo (9) no Cazaquistão, enquanto votavam em uma eleição presidencial sem precedentes, a primeira na história desta antiga república soviética da Ásia Central sem a participação de Nursultan Nazarbayev.

Após 30 anos no poder, Nazarbayev renunciou em março. "Cerca de 500 pessoas foram transferidas para delegacias de polícia nas cidades de Nur-Sultan e Almaty", disse o vice-ministro do Interior, Marat Kozhayev.

Estas eleições foram marcadas pelas manifestações mais significativas registradas em três anos no país. Um dos correspondentes da AFP chegou a ser detido, mas foi imediatamente libertado, enquanto outro teve seu equipamento de vídeo apreendido.

Dois jornalistas da Rádio Free Europe/Rádio Liberty - Petr Trotsenko, em Almaty, e Saniya Toiken, em Nur-Sultan - também foram presos e soltos na sequência, junto com Marius Fossum, do Comitê de Helsinque, a organização norueguesa de direitos humanos.

O opositor mais violento, o ex-banqueiro Mujtar Ablyazov, atualmente exilado, convocou protestos por todo país neste domingo.

- Primeira mulher candidata -

A ausência de Nazarbayev não significa que a eleição esteja cercada de incertezas. O sucessor designado e presidente interino, Kasym-Jomart Tokayev, quase garantiu a vitória, já que ele conta com o apoio do partido no poder e do ex-presidente, o qual mantém um papel fundamental no sistema político.

Nas eleições de 2015, Nazarbayev teve nada menos do que 98% dos votos.

O chefe da campanha de Tokayev, Maulen Achimbayev, disse que o candidato "receberá o apoio da maioria da população, mas esperar pelo número de Nursultan Nazarbayev seria inadequado".

A oposição participa do pleito com seis candidatos praticamente desconhecidos, mesmo que três deles tenham participado de um debate transmitido ao vivo pela televisão - o primeiro da história do país.

A eleição também marcará a primeira vez que uma mulher participa como candidata à presidência, com Daniya Yespayeva, que representa um pequena parte próxima ao governo.

O único adversário sério para Tokayev é o jornalista Amirzhan Kossanov, embora sua campanha tenha terminado fortemente criticada por todos os lados por ter evitado criticar Nazarbayev.

Já Tokayev se beneficia do apoio aberto do aparato estatal e das inúmeras celebridades que sempre aparecem ao seu lado.

Kassymhan Kapparov, diretor de um instituto de pesquisa local, o Escritório de Pesquisa Econômica do Cazaquistão, disse que o governo determinou que "todos os trabalhadores do setor público, médicos, professores e militantes que fazem campanha por Tokayev sejam pagos pelo orçamento do Estado".

"Não acho que podemos considerar estas eleições legítimas", disse Kapparov.

O presidente interino do Cazaquistão, Kasym-Jomart Tokayev, convocou eleição presidencial para 9 de junho e citou a necessidade de se "avançar", após a renúncia surpreendente de Nursultan Nazarbayev, que passou três décadas no poder.

A substituição de Nazarbayev constitui um desafio para a ex-república soviética que nunca teve uma transição para a democracia desde sua independência há 30 anos.

Em um discurso exibido na TV, Kasym-Jomart Tokayev afirmou que é "necessário acabar com qualquer incerteza para garantir a concórdia na sociedade, avançar com segurança e assegurar o desenvolvimento do país", rico em combustíveis e que enfrenta uma crise econômica há vários anos.

A eleição estava prevista para abril de 2020. Nazarbayev, de 78 anos, anunciou sua renúncia em 19 de março. "Pai da Nação" cazaque, de acordo com seu título oficial, o ex-presidente continuará ocupado funções importantes no país.

Kasym-Jomart Tokayev, 65 anos, até então presidente do Senado, se tornou presidente interino. É considerado um possível sucessor de Nazarbayev, mas até o momento não informou se será candidato.

Tokayev nasceu em 1953 em uma família de elite soviética. Diplomata, foi duas vezes ministro das Relações Exteriores e primeiro-ministro de 1999 a 2002.

Sua primeira decisão como presidente foi rebatizar a capital do país, Astana, uma cidade futurista de um milhão de habitantes que agora tem o nome "Nur-Sultan", em homenagem a seu antecessor.

Em sua primeira viagem ao exterior, Tokayev visitou a Rússia e prometeu ao presidente Vladimir Putin "reforçar ainda mais a amizade" entre os dois países.

Nazarbayev assumiu o poder em 1989, quando o Cazaquistão era uma república soviética. Ele foi o primeiro secretário do Partido Comunista e depois, com a independência de 1991, permaneceu no poder.

Foi reeleito diversas vezes por maioria absoluta.

Apesar da renúncia, Nazarbayev terá amplas prerrogativas. Conserva a presidência do partido governista e do Conselho de Segurança, entidade dotada de estatuto constitucional por uma lei aprovada em 2018, além do título de "Pai da Nação" que garante imunidade jurídica.

Outro sinal de sua influência foi a escolha de sua filha, Dariga Nazabayeva, 55 anos, como presidente do Senado.

O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, anunciou nesta terça-feira (19) sua renúncia, após 30 anos à frente do país da Ásia Central, rico em recursos naturais, mas imerso em uma onda de protestos.

"Tomei a decisão de renunciar ao mandato presidencial", declarou Nazarbayev, 78 anos, em um discurso transmitido pela televisão. Nazarbayev chegou ao poder no Cazaquistão quando o país ainda era uma república soviética e nunca indicou um sucessor.

O movimento de protestos vem do crescente descontentamento social e de uma economia ainda se recuperando de uma queda no preço do petróleo em 2014.

Mas Nazarbayev gozará de importantes poderes de formulação de políticas após sua renúncia graças ao seu status constitucional de "Líder da Nação". Ele também se tornou chefe vitalício do conselho de segurança do país no ano passado.

Pelo menos 52 pessoas morreram, e cinco sobreviveram, no incêndio de um ônibus que viajava no noroeste de Cazaquistão - anunciaram as autoridades desse país da Ásia Central.

As primeiras informações das autoridades cazaques apontam que os passageiros eram de nacionalidade uzbeque.

Imagens postadas nas redes sociais mostravam o veículo, que circulava por uma estrada em meio às montanhas nevadas, totalmente carbonizado pelas chamas.

O acidente aconteceu por volta das 10h30 (3h30, horário de Brasília), na região de Aktobe, a principal cidade do noroeste do Cazaquistão, cerca da fronteira russa - anunciou o Ministério cazaque de Situações de Emergência, em um comunicado.

"Havia a bordo 55 passageiros e dois motoristas. Cinco passageiros receberam assistência médica. As outras 52 pessoas morreram", acrescentou a pasta, sem informar as circunstâncias do incêndio.

O ônibus tinha placa de origem cazaque, mas levava uzbeques, disse por telefone à AFP Ruslan Imankulov, representante do Ministério. Segundo ele, o veículo começou a pegar fogo de repente.

O veículo cobria o trajeto entre a cidade rusa de Smara, às margens do rio Volga e perto da fronteira cazaque, e Shimkent, no sul do Cazaquistão - ainda de acordo com o Ministério de Situações de Emergência.

A Rússia perdeu contato nesta quarta-feira (27) com o primeiro satélite angolano de telecomunicações, lançado nesta terça-feira (26) da base de Baikonur, no Cazaquistão.

"O contato cessou temporariamente, perdemos a telemetria", afirmou uma fonte da agência espacial russa, que acredita na possibilidade de restabelecer a comunicação com o satélite, que tem custo avaliado em 280 milhões de dólares.

O satélite foi lançado na terça-feira com um foguete ucraniano - algo incomum em consequência das relações ruins entre Rússia e Ucrânia - e entrou em órbita pouco depois.

O foguete Zenit-2SB que transportou o satélite Angosat-1 pertence à empresa ucraniana Yuzhmash. Este foi um dos poucos lançamentos conjuntos desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia.

Angola e Rússia assinaram um acordo em 2009 para lançar o Angosat-1 em uma missão de 15 anos, que tem as metas de melhoras as telecomunicações, o acesso a internet e dos serviços de rádio e televisão na África.

Quase 50 engenheiros angolanos receberam formação sobretudo no Brasil, China e Japão. A Rússia deve supervisionar o funcionamento do satélite de um centro de controle construído nas proximidades de Luanda.

A oposição síria abandonou nesta quarta-feira (3) sua participação na cúpula de Astana, no Cazaquistão, que tenta negociar um acordo de trégua para a guerra civil local.

De acordo com a agência de notícias "Tass", os delegados da oposição anunciaram sua retirada da mesa de negociações devido aos ataques aéreos realizados pelo governo de Bashar al-Assad contra os rebeldes. "Os membros da oposição transmitiram um comunicado aos participantes da reunião para declarar a suspensão de seu envolvimento nas negociações", disse uma fonte local à agência "Interfax".

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Eles colocaram como condição para voltar à negociação o fim dos ataques de Assad a várias regiões na Síria. O encontro de hoje seria a quarta rodada de negociações, realizadas desde o início do ano, para um cessar-fogo na Síria.

Nesta quarta-feira, deveriam ocorrer debates de especialistas, em sequências entre Síria-Irã, Rússia-Turquia e Irã-Turquia. Pela primeira vez, os Estados Unidos seriam representados em alto nível pelo secretário-assistente de Estado para Assuntos do Oriente Médio, Stuart Jones.

Uma nave Soyuz com um astronauta russo e outro americano decolou nesta quinta-feira (21) da base de Baikonur, no Cazaquistão, com destino à Estação Espacial Internacional (ISS).

A MS-04 decolou às 7H13 GMT (4H13 de Brasília) com o comandante russo Fyodor Yurchikhin, que está em sua quinta missão espacial, e o engenheiro americano Jack Fischer, que viaja ao espaço pela primeira vez.

O voo orbital deve durar quase seis horas e o acoplamento da nave à ISS está previsto para 13H00 GMT (10H00 de Brasília). A tripulação da ISS inclui, desde novembro, o francês Thomas Pesquet e os americanos Peggy Whitson e Shane Kimbrough.

Pela primeira vez desde 2003, a nave Soyuz transporta apenas dois astronautas, ao invés de três, depois que a agência espacial Roskosmos decidiu em novembro do ano passado reduzir a tripulação russa da ISS por questões orçamentárias até a instalação de um módulo para um novo laboratório científico.

Fyodor Yurchikhin, 58 anos, já passou 537 dias no espaço em suas quatro missões anteriores.

As conversas entre o governo e os grupos rebeldes da Síria começaram nesta segunda-feira (23) na capital do Cazaquistão, em um esforço mediado por Rússia, Turquia e Irã para encerrar o conflito de seis anos.

A reunião, cujo foco central é fortalecer o cessar fogo no país, é acompanhada pelo enviado das Nações Unidas à Síria, Staffan de Mistura, que pretende criar um entendimento para conversas de cunho mais político em janeiro, em Genebra.

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Por outro lado, os Estados Unidos decidiram não enviar uma delegação ao encontro, citando "necessidades imediatas da transição" de governo em Washington. O país é representado pelo embaixador no Cazaquistão, George Krol.

Osama Abo Zayd, um representante dos rebeldes junto à mídia, afirmou à Associated Press antes do encontro em Astana que o escopo das negociações é limitado ao fortalecimento do cessar fogo.

"Não existe significado em uma negociação quando aqueles que nós defendemos estão sendo mortos", afirmou, acrescentando que não haverá, em hipótese alguma, discussões sobre eleições ou sobre o futuro de Assad.

Estimativas dão conta de que o conflito sírio matou mais de 400 mil pessoas desde março de 2011. Fonte: Associated Press.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais tem causado comoção e revolta no mundo inteiro. Nas imagens, um bebê é agredido por uma mulher seguidas vezes porque ele não parava de chorar. De acordo com informações do jornal “Daily Mirror”, Aygul Kozhabaevna, é a mãe da criança e a filmagem foi feita no Cazaquistão, na cidade de Almaty.

Ainda segundo informações da imprensa britânica, o vídeo foi gravado por uma garota de oito anos que testemunhou a violência. Aygul Kozhabaevna estava com o seu filho na casa de um amigo e durante os 57 segundos de gravação, ela bate 42 vezes no bebê. As imagens são fortes e já circulam em grupos de WhatsApp, no Facebook e em alguns canais do YouTube. 

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Uma equipe de três astronautas aterrissou nas estepes do Cazaquistão neste sábado (18) depois de completar uma missão de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Tim Peake, o primeiro astronauta britânico na ISS, o russo Yury Malenchenko e o americano Tim Kopra voltaram à Terra depois de 186 dias em órbita.

"Foi incrível. A melhor viagem de toda minha vida", declarou Peake. Na estação, ficaram o astronauta da Nasa Jeff Williams e os russos Oleg Skripochka e Alexey Ovchini. A próxima decolagem de Baikonur para a ISS está prevista para 7 de julho, com o russo Anatoly Ivanishin, a americana Kate Rubins e o japonês Takuya Onishi.

A seleção brasileira masculina começou a temporada 2016 do polo aquático com vitória. Nesta terça-feira, em Yokohama, no Japão, a equipe venceu o Cazaquistão por 19 a 7, na fase preliminar e intercontinental da Liga Mundial, com destaque para os quatro gols marcados por Josip Vrlic, croata naturalizado brasileiro.

O Brasil fechou o primeiro período da partida vencendo por 6 a 0, ampliou a vantagem para 10 a 2 ao fim do segundo, manteve a vantagem em oito gols ao término do terceiro - 13 a 5 - e encerrou o duelo com o placar dilatado de 19 a 7.

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Além dos quatro gols de Josip, a equipe também marcou com Bernardo Gomes (três), Ádria (3), Salemi (3), Perrone (dois), Jonas, Guilherme, Charuto e Grummy. O destaque do Casaquistão foi Rustam Ukumanov, autor de três gols.

"O Cazaquistão não está no mesmo nível que nós. Então, eu não estava pensando no resultado, mas esperava uma equipe mais organizada. Não estou muito satisfeito com a forma como temos jogado em algumas partes dos jogos. Às vezes, não somos muito bons na defesa, o que me dá algo para conversar com os jogadores. Precisamos jogar contra algumas equipes mais fortes agora, e isso vai nos dar uma melhor indicação sobre o estado do nosso jogo", afirmou o técnico da seleção brasileira, o croata Ratko Rudic.

Essa fase preliminar da Liga Mundial vai até o próximo domingo em Yokohama e classifica quatro das seis seleções participantes para a Super Final do torneio, além da China, por ser anfitriã da fase decisiva da competição. Na prática, portanto, o triunfo desta terça-feira será suficiente para assegurar a passagem do Brasil para a Super Final.

O próximo compromisso do Brasil em Yokohama vai ser nesta quarta-feira, às 4 horas (de Brasília) diante da Austrália. Depois, a equipe terá pela frente a China (dia 12), os Estados Unidos (dia 13) e o Japão (dia 14). A final e a disputa do terceiro lugar vão ser no próximo domingo.

Em Yokohama, o Brasil segue sem poder contar com o goleiro Slobodan Soro, pois a Federação Internacional de Natação ainda não autorizou a naturalização do sérvio. No ano passado, a seleção ficou em terceiro lugar na Super Final da Liga Mundial.

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