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Cristãos em todo o mundo voltam a celebrar este ano um fim de semana de Páscoa sob restrições contra o coronavírus, que continua a se espalhar, especialmente na América Latina, que já contabiliza mais de 25 milhões de infecções.

Dado o aumento das infecções, e apesar do avanço das campanhas de vacinação, muitos governos tiveram que impor novamente medidas para conter o avanço da doença.

A Itália, um dos países europeus mais atingidos pelo vírus, iniciou neste sábado (3) um confinamento estrito, com todo o território considerado "zona vermelha" de alto risco, o que privou as famílias de se encontrarem neste tradicional feriado cristão.

No Vaticano, o papa Francisco presidiu na sexta-feira à noite sua segunda Via Crúcis sem audiência na Praça de São Pedro devido à pandemia.

Pelo segundo ano consecutivo, todos os eventos comemorando a morte de Jesus são celebrados dentro das paredes do Vaticano e sem a presença de multidões de fiéis.

Na França, novas restrições em todo o território entraram em vigor neste sábado, para tentar conter uma explosão de casos que está levando os hospitais da capital à beira do colapso.

E na vizinha Alemanha, onde o governo teve que voltar atrás em severas restrições para o fim de semana da Páscoa, a chanceler Angela Merkel pediu à população que limite suas reuniões o máximo possível.

A líder pediu "uma celebração da Páscoa tranquila, em círculos pequenos, com contatos reduzidos".

- 25 milhões de casos -

Do outro lado do Atlântico, a América Latina sofre duramente com a pandemia, ultrapassando, na sexta-feira, os 25 milhões de casos e contabilizando mais de 788.000 mortes por covid-19, de acordo com uma contagem da AFP com base em dados oficiais.

No Chile, que já vacinou 24% de sua população com duas doses e progride mais rápido que qualquer outro país na região, os piores números de infecções desde o início da pandemia foram registrados nos últimos dias.

Neste contexto, as autoridades anunciaram o fechamento das fronteiras a partir de segunda-feira e por todo o mês de abril. No total, o país ultrapassou um milhão de infecções e 23.000 mortes.

Na Argentina, o presidente Alberto Fernández anunciou na sexta-feira que testou positivo para a covid-19 em um teste de antígenos, mais de um mês após receber a segunda dose da vacina.

O presidente, de 62 anos, esclareceu que está "fisicamente bem" e que aguarda o resultado de um teste de PCR para confirmar que está com a doença.

A Argentina, com 44 milhões de habitantes, enfrenta uma segunda onda de coronavírus com uma escalada sustentada de infecções, totalizando mais de 2,3 milhões de casos e 56.023 mortes.

Em muitos países da região há casos da variante brasileira do coronavírus, a chamada P1, que se acredita ser mais contagiosa.

O Brasil, segundo país do mundo com mais mortes pelo vírus (321.000), viveu o pior mês da pandemia em março com mais de 66.000 óbitos.

Entre os estados que aplicam medidas sanitárias, o Rio de Janeiro anunciou na sexta-feira uma prorrogação parcial das restrições, inicialmente previstas para durar até domingo.

No mundo, o coronavírus matou mais de 2,8 milhões de pessoas e infectou mais de 130 milhões.

- "Não baixar a guarda" -

Na sexta, a notícia positiva veio dos Estados Unidos, onde mais de 100 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina anticovid, segundo dados da autoridade sanitária.

Apesar desse número encorajador, o presidente Joe Biden voltou a pediu "para não baixar a guarda" diante da pandemia.

Em outros países, as campanhas de vacinação não avançam como deveriam.

Na Europa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que apenas 10% da população recebeu uma dose e 4% ambas, longe de seus objetivos.

Na União Europeia, existem quatro injeções anticovid licenciadas: Pfizer/BioNTech, Moderna, Johnson & Johnson e AstraZeneca. Esta última, desenvolvida pelo laboratório anglo-sueco e pela Universidade de Oxford, está no centro de uma polêmica sobre possíveis coágulos sanguíneos detectados em pessoas imunizadas com o fármaco.

Apesar de o regulador europeu garantir que é "segura e eficaz", vários países, como Noruega e Dinamarca, optaram por suspender temporariamente o seu uso. Outros, como a Alemanha, Holanda e França, impuseram limites de idade à sua aplicação.

No Reino Unido, onde mais de 18 milhões de doses deste imunizante já foram administradas, sete pessoas que a receberam morreram em decorrência de coágulos sanguíneos, de um total de 30 casos identificados até agora, informou neste sábado o regulador britânico de medicamentos.

Pela segunda vez, o feriado de Páscoa ocorrerá em meio à pandemia do novo coronavírus. Mas, agora, com o Brasil batendo recordes sucessivos de números de casos e mortes em razão da Covid-19, as mudanças serão bastante relevantes nas cerimônias tradicionais.

Na maior parte das localidades, eventos com potencial de provocar aglomerações estão proibidos, numa medida contra a circulação do novo coronavírus, diante de um cenário com esgotamento da estrutura de atendimento do sistema de saúde e filas de espera para leitos de unidades de terapia intensiva.  

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Pela segunda vez em 276 anos, por exemplo, foi cancelada a Procissão do Fogaréu, na cidade de Goiás, que costuma reunir milhares de pessoas durante a Páscoa. Na celebração, dezenas de farricocos – soldados romanos encapuzados – percorrem as ruas do centro histórico carregando tochas e participando de encenações. No lugar, a prefeitura fará uma transmissão com gravações de ritos anteriores.

Outra tradição bicentenária, os tapetes devocionais de Ouro Preto serão feitos neste ano apenas por pequenos grupos de fiéis locais. Não será permitida a participação de outras pessoas na confecção das centenas de metros de tapetes de flores, serragem e pó de café, atividade que costumava reunir milhares de moradores e turistas. As missas também serão sem público, transmitidas pela internet.

Paixão de Cristo

As mais típicas encenações da Paixão de Cristo também foram submetidas a restrições pelo país.

Em São Paulo, a celebração de Santana do Parnaíba, a 40 quilômetros (40) da capital, foi cancelada. Antes da pandemia, o município abrigava a encenação da peça “Drama da Paixão”, que recebia a presença de milhares de fiéis. Igrejas, templos e outras sedes de congregações religiosas podem ficar abertas, mas apenas para manifestações individuais de fé.

Em Pernambuco, outro espetáculo cancelado pelo segundo ano consecutivo foi o de Nova Jerusalém, que encena a Paixão de Cristo no que é conhecido como o maior teatro a céu aberto do mundo, com 100 mil m2, no município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano.

O espetáculo ocorria há mais de 50 anos, e nesse tempo, já foi visto por mais de 4 milhões espectadores, segundo os organizadores. Em 2019, quando ocorreu a última encenação, a média de público foi de 6 mil pessoas diárias ao longo de oito dias de temporada.

Outra cerimônia com histórico de grande mobilização religiosa cancelada foi a encenação da Via Sacra do Morro da Capelinha, em Planaltina, no Distrito Federal, a 40 km de Brasília. O evento também realizava uma dramatização da morte e da ressurreição de Cristo. Em 2019, no último ano em que o evento foi realizado, ele reuniu 15 mil fiéis que subiram o íngreme morro.

Norte a Sul

Em cidades de forte mobilização católica, como Belém, procissões que costumam reunir milhares de devotos, como a do Senhor Morto, não devem ocorrer. Na capital do Pará, missas mais tradicionais, como o Sermão das Sete Palavras, serão celebradas sem público.

Já em Gramado, no Rio Grande do Sul, toda a extensa programação anual de Páscoa foi transferida para a internet, com a transmissão de peças infantis e recitais. Polo nacional de produção de chocolates, antes da pandemia a cidade da Serra Gaúcha recebia grande quantidade de turistas nesta época do ano. Mesmo com restrições, a prefeitura manteve a tradicional decoração iluminada da cidade, com coelhos, ovos e chocolates.

CNBB

Neste ano, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) produziu um documento de orientações às paróquias do país sobre o feriado no contexto de pandemia. O documento sugere evitar procissões. Já o Domingo de Ramos teve de ser celebrado dentro das igrejas, respeitando as orientações sanitárias de distanciamento e higiene, sem distribuição de ramos.

A Missa do Crisma teve (ou terá) de ser celebrada com uma representação de pastores, ministros e fiéis. A confederação acrescentou como orientação uma oração pelos que padecem com a pandemia da Covid-19.

Em função do Novo Plano de Convivência com a Pandemia da Covid-19 estabelecido pelo Governo do Estado de Pernambuco, a Arquidiocese de Olinda e Recife divulgou orientações sobre as celebrações litúrgicas no estado entre os dias 1º e 25 de abril. O período engloba a Semana Santa, que será celebrada sem a realização de procissões e com transmissões de missas através da internet. 

O conjunto de orientações, elaboradas pelo Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, em conjunto com o Conselho Episcopal, define o funcionamento de templos católicos em função dos protocolos de segurança adotados pelo Estado. Sendo assim, a partir do dia 1º de abril, as celebrações eucarísticas só poderão ser realizadas das 5h às 20h, durante os dias da semana; e das 5h às 17h, nos finais de semana. As igrejas só poderão receber o equivalente a 30% de sua capacidade, desde que não seja ultrapassado o número de 100 fiéis. 

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Já os rituais da Semana Santa seguirão as Orientações Litúrgicas elaboradas pela Comissão Arquidiocesana Pastoral para a Liturgia, a partir dos Decretos da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, e das Orientações e Sugestões da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB. 

De acordo com as normas estabelecidas, não serão realizados o rito do Lava-pés nem a trasladação do Santíssimo Sacramento. Já a Missa dos Santos Óleos será na Quinta-feira Santa, às 9h, na Sé de Olinda, reservada a uma representação do clero (os membros do Conselho Presbiteral) e à equipe de celebração e à Pascom. Os demais membros do clero deverão acompanhar a transmissão da Missa pela Rádio Olinda e pelas mídias sociais.

A Celebração da Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira santa, não deverá ultrapassar às 20h e a Vigília Pascal, será celebrada, com a participação da equipe de liturgia e da Pascom, sem a presença dos fiéis, e transmitida pelas mídias sociais. A Celebração da Sexta-Feira Santa, por ser feriado, deverá terminar às 17h e as celebrações do Domingo da Ressurreição, com a presença dos fiéis, não deverão ultrapassar o horário das 17h.  As vias sacras públicas e outras procissões não serão realizadas. 


 

O planeta se prepara, nesta quinta-feira (31), para deixar para trás o ano de 2020, marcado pela pandemia do coronavírus e que forçará bilhões de pessoas a celebrarem a passagem para o Ano Novo em suas casas.

As novas ondas da pandemia obrigam uma maioria a acompanhar os festejos do sofá de casa, após meses de restrições pela covid-19, que deixou cerca de 1,8 milhão de mortos em todo mundo.

De Sydney a Roma, as pessoas assistirão a fogos de artifício e shows pela televisão, ou pela tela do computador - desde que as festividades não tenham sido canceladas.

O pequeno arquipélago de Kiribati e as ilhas Samoa no Pacífico foram, às 10h GMT (7h em Brasília), os primeiros a chegarem a 2021, enquanto as ilhas desabitadas de Howland e Baker terão de esperar mais 26 horas.

A Nova Zelândia, país aplaudido por sua gestão da pandemia, deu as boas-vindas ao novo ano uma hora depois, com grandes multidões reunidas em Auckland para ver um show de fogos de artifício.

Embora continue isolado pelo fechamento das fronteiras, a Nova Zelândia pôde celebrar a chegada de 2021 com relativa normalidade - restam apenas algumas restrições. Há meses, o país não registra qualquer caso de transmissão local.

Em Sydney, a maior cidade da Austrália, os famosos fogos de artifício do Ano Novo iluminaram o porto, com uma exibição deslumbrante às 13h GMT (10h em Brasília). Foram poucos espectadores.

Os planos para permitir a presença de multidões foram descartados depois do surgimento de um recente surto de contágio, no norte da cidade, que soma em torno de 150 casos. Nesse contexto, as viagens de e para Sydney foram restringidas.

Em Tóquio, que entrou em 2021 às 15h GMT (12h em Brasília), os moradores enfrentam a perspectiva de um novo estado de emergência. O país registrou um recorde diário de 1.300 novas infecções por coronavírus.

- Reuniões proibidas -

Na Europa, a Itália, onde fotos de funerárias improvisadas e cuidadores exaustos alertaram o restante do planeta sobre a gravidade da crise, está sujeita a um confinamento de sua população até 7 de janeiro e a um toque de recolher a partir das 22h.

Os romanos vão assistir, da sala de casa, às festas no Circus Maximus, o estádio mais antigo da cidade. No programa, estão previstas duas horas de shows e a iluminação dos lugares mais emblemáticos da cidade.

Do Brasil à Letônia, passando pela França, serão destacados policiais e soldados - em alguns casos - para garantir o cumprimento do toque de recolher e a proibição de reuniões.

Em Londres, cidade gravemente afetada pela pandemia, a cantora norte-americana Patti Smith, de 74 anos, fará um show ao vivo, em homenagem aos cuidadores do NHS, o sistema público de saúde do Reino Unido, que morreram de covid-19. Será transmitido ao vivo na tela de Piccadilly Circus e transmitido pelo YouTube.

A chanceler alemã, Angela Merkel, aproveitou sua mensagem de Ano Novo para lembrar que essa crise "histórica" do coronavírus continuará até 2021, mesmo que a vacina tenha trazido "esperança".

"A esperança está lá, na vacina que a engenhosidade humana conseguiu criar em apenas um ano", disse o presidente francês Emmanuel Macron em seu último discurso em 2020.

O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu em seu discurso de fim de ano que uma segunda onda do coronavírus está sacudindo a Rússia.

“Infelizmente, ainda não paramos a epidemia. O combate à epidemia não para por um minuto”, afirmou.

- Reuniões sociais -

Em Dubai, milhares de pessoas assistiram à queima de fogos de artifício e show de iluminação a laser na Burj Khalifa, a torre mais alta do mundo - apesar dos novos casos. Todas as pessoas eram obrigadas a usar máscara, ou se registrar com um código QR.

Em Beirute, capital do Líbano, uma cidade que ainda se recupera da explosão mortal e devastadora de 4 de agosto passado no porto, as autoridades também flexibilizaram as medidas. O toque de recolher agora é a partir das 3 da manhã. Bares, restaurantes e boates reabriram, e grandes festas de fim de ano foram organizadas.

Às margens do Baikal, na Sibéria, onde as temperaturas caem até -35ºC, um grupo de russos emerge revigorado depois do tradicional mergulho no gelo, na véspera do Ano Novo.

No mundo todo, porém, teme-se um amanhã difícil.

No Brasil, segundo país mais afetado do mundo, os médicos também temem uma nova onda. Vídeos de pessoas sem máscara circulam nas redes sociais, e as emissoras de televisão veiculam imagens de policiais fechando bares cheios de clientes.

As redes sociais estão repletas de fotos e vídeos de clubes e restaurantes lotados de pessoas sem máscaras, o que está levando as autoridades locais a considerarem um novo confinamento após as festas.

"O pico da pandemia foi entre maio e julho, que foi quando não havia muito movimento e nos cuidamos mais. Agora há muitos casos, e as pessoas estão agindo como se não houvesse uma pandemia", disse Luiz Gustavo de Almeida, microbiologista da Universidade de São Paulo (USP).

Faltando um mês para o Natal, os governos dos países europeus já preparam as suas medidas para combater a propagação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) com o objetivo de permitir que as celebrações aconteçam de forma mais segura.

A França, que já ultrapassou a marca de dois milhões de casos de Covid-19 desde o início da emergência, poderá reabrir algumas lojas consideradas não essenciais a partir do dia 1º de dezembro, segundo indicações do primeiro-ministro do país, Jean Castex.

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Além disso, o governo francês cogita reabrir as estações de esqui durante o período. No entanto, as autoridades locais ainda estão consultado as principais organizações do setor para oficializar a medida.

Mesmo que os hospitais franceses estejam quase no limite, as autoridades de saúde disseram que a quantidade de novas infecções no país caíram 40% na última semana, bem como o número de internações (13%).

Na Alemanha, o ministro da Saúde, Jens Spahn, já confirmou que não aprova as celebrações de festas de Natal em dezembro. A quantidade de novos casos do coronavírus Sars-CoV-2 e a taxa de internações não param de crescer em solo alemão.

Entre os dias 23 de dezembro e 1º de janeiro, que englobarão as celebrações do Natal e do Réveillon, a Alemanha deverá permitir reuniões envolvendo até 10 pessoas de duas famílias diferentes. No entanto, o governo recomendará que os indivíduos se isolem voluntariamente por alguns dias.

As igrejas alemãs também deverão ter permissão para organizar cerimônias, mas com a presença de um número restrito de pessoas.

A Alemanha deverá extender o atual lockdown por mais três semanas em uma tentativa de desacelerar a propagação do vírus, mirando tornar mais seguro as celebrações natalinas da população.

No Reino Unido, a quarentena deverá ser flexibilizada para o Natal, com a permissão para a reabertura de lojas não essenciais, restaurantes e pubs. No entanto, os locais poderão ficar abertos somente até às 22 horas.

Apesar de flexibilizar as regras anti-Covid, os ministros britânicos destacaram que "não vai ser um Natal completamente normal".

Na Espanha, o governo da capital Madri pretende testar toda a população antes do Natal, através dos exames rápidos para a Covid-19. Já na Catalunha, bares e restaurantes vão reabrir suas portas entre os dias 21 de dezembro e 3 de janeiro.

Em outras nações, a Polônia reabrirá na próxima semana os centros comercias. No entanto, o primeiro-ministro do país, Mateusz Morawiecki, pediu "disciplina" para a população.

A Finlândia, por sua vez, seguiu o sentido inverso dos outros países do continente. Apesar de ser uma das nações que menos restrições implementou para combater o vírus, o governo local aplicará novas regras a partir do dia 30 de novembro. 

Da Ansa

As festas juninas são, junto ao período carnavalesco, as comemorações mais queridas dos nordestinos, que passam o ano esperando pelo momento de preparar a decoração, vestimenta, os alimentos, bebidas, músicas, brincadeiras e fogueiras. A origem da celebração que homenageia Santo Antônio, São João e São Pedro, no entanto, é desconhecida por muitas pessoas que vivenciam as festas. 

A professora de história Cristiane Pantoja explicou que as festividades de São João, Santo Antônio e São Pedro datam do século XV e têm nas manifestações culturais de música e dança não apenas homenagens, mas também agradecimentos aos santos. 

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“A própria quadrilha é uma manifestação de dança, mas antes de tudo,  agradecimento aos santos. Como fator de nossa cultura, a miscigenação também aparece nos elementos juninos. Indígenas e africanos dão sua contribuição na alimentação, na arte e na música”, contou a professora.

Severino Vicente da Silva, professor do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), conta que a tradição se iniciou na Europa, quando o cristianismo começou a dominar os povos francos e germânicos, tidos como “bárbaros”, e tentar apagar suas crenças implantando o catolicismo no lugar. 

“Eles tinham seus deuses e era uma noite longa, fria a de 23 para 24 de junho, e era uma noite sagrada. Eles iam para as florestas, lá pelo o século V e lá eles acendiam grandes fogueiras em homenagem para ao seu deus da fertilidade, Deus Chifrudo. No lugar da festa do Deus Chifrudo, dia 24 de junho, dia do solstício, se imaginou uma festa ligada ao primo de Jesus, no dia do nascimento de São João”, explicou Severino.

O historiador Paulo Henrique Carneiro destacou o fato de que as celebrações dos povos pagãos na Europa também tinha o objetivo de espantar maus espíritos que pudessem atrapalhar suas colheitas, e que não era incomum a Igreja Católica incorporar costumes de outros povos a seus calendários. 

“Assim como a festa junina foi introduzida ao calendário festivo católico, outras festividades também foram introduzidas às celebrações cristãs. Essa era uma prática muito comum da Igreja Católica, realizada como uma forma de tentar facilitar a conversão de povos pagãos ao catolicismo”, disse ele.  

O professor da UFPE também contou que, ao colonizar o Brasil, foi na região do nordeste que os portugueses devotos dos santos juninos se instalaram a princípio, fato que explica a força da tradição na região. Além disso, segundo Severino, houve também uma mistura de tradições europeias e indígenas que deram às festividades o formato que conhecemos hoje.  

“O pessoal que veio da europa para o Brasil começou a fazer fogueiras nos engenhos e coincidiu com a tradição dos índios, que é a questão do milho, que tem a colheita em junho. O Nordeste é Brasil pra valer desde 1530. São Paulo é Brasil desde 1600 e alguma coisa. O Rio Grande do Sul é Brasil em 1700 e alguma coisa. O que eu quero dizer com isso? As mais profundas raízes da formação do Brasil estão aqui no Nordeste. Os alemães, poloneses, italianos, quando chegam aqui no Século XIX não têm essas tradições”, explicou o professor.

Apesar da força que as festas juninas têm no nordeste, há celebrações em outras regiões, que resguardam algumas diferenças em relação às festas nordestinas. Segundo o historiador Paulo Henrique Carneiro, um dos pontos em que há diferenças é na gastronomia. 

“A forma que nós nordestinos usamos raízes como batata, macaxeira e inhame, o milho cozido ou assado na fogueira, ou a diferença que a gente dá para os nomes das comidas. Por exemplo, a canjica aqui no nordeste é conhecida como curau no sudeste, ou a canjica do sudeste é o munguzá do nordeste”, contou ele.  

Mesmo dentro do nordeste, é possível perceber que as festas juninas têm mais força em cidades do interior que em regiões litorâneas onde em geral se encontram as capitais dos estados. Para a professora Cristiane Pantoja, o ritmo mais lento com que ocorrem mudanças nas cidades interioranas pode ser uma das razões para esse fenômeno. 

“Um dos entendimentos é saber que no interior as manifestações são menos afetadas pelas mudanças. Claro que acontecem e se renovam, mas com menor rapidez ou intensidade. Temos os povoados sendo criados a partir das Capitanias Hereditárias que são faixas litorâneas até o interior, mas quando falamos em maior ou menor intensidade de mudanças tradicionais, a tendência é modificar com menor rapidez e intensidade”, disse a professora. 

O professor Severino segue uma linha de raciocínio semelhante ao apontar o caráter rural das festas juninas nos períodos colonial, imperial e no começo da República, indicando também o fato de que as celebrações precisaram, com o tempo, se adaptar à urbanização do país. “Nas capitais você fica caricaturando o rural, era uma festa rural de um Brasil rural que agora urbanizou-se. O Brasil moderno que você conhece começa a nascer no século XX”.

Sobre a música, que é uma marca fortíssima do São João, especialmente com ritmos como o forró, o baião e o xote, Severino aponta as décadas de 1940 e 1950, a era do rádio, como o momento em que esses ritmos passam a ter fama e reconhecimento através da carreira de Luiz Gonzaga, que começou no Rio de Janeiro. 

“Vamo pegar o Baião. Luiz Gonzaga foi para o Rio de Janeiro, começa a tocar lá se torna um sanfoneiro famoso, mas quando começou ele tocava as músicas de lá, até que um dia alguém perguntou porque ele não tocava coisas de sua terra. Quando Luiz começou a tocar o que aprendeu com o pai foi modificando e adaptando o Sertão ao Rio de Janeiro e quando os nordestinos escutaram, se lembraram da sua terra”, disse ele. 

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Pela primeira vez em ao menos um século, as celebrações do Corpus Christi, uma das principais do calendário religioso católico, serão feitas nesta quinta-feira, 11, sem a tradicional procissão sobre os tapetes coloridos nas ruas.

Devido à pandemia, as celebrações serão virtuais ou com pouco público, cercada de cuidados para evitar o novo coronavírus.

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A celebração acontece em todo o mundo católico no único dia em que o Santíssimo Sacramento - o corpo de Cristo presente na hóstia consagrada, segundo a crença católica - é levado em procissão pelas ruas.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da comissão pastoral para a liturgia, expediu orientação às dioceses de todo o país para o acolhimento das orientações das autoridades sanitárias de cada região na celebração da data.

Em dioceses em que a presença restrita de público nas igrejas foi autorizada, a CNBB recomendou cuidado especial para evitar a presença de pessoas de risco em celebrações comunitárias.

"Ornamente a frente de sua casa (porta, varanda, janela, etc...) com flores, velas e algum símbolo eucarístico. Em vez de procissões, talvez algum grupo pequeno acompanhe o sacerdote que leva o Santíssimo Sacramento pelas ruas e espaços públicos."

A comissão pastoral recomendou ainda que os grupos de risco devem ficar em casa e que sejam adotadas outras iniciativas, como a arrecadação de alimentos para pessoas que precisam de atenção. "Cada paróquia e comunidade católica, que crê em Jesus Cristo e na Santa Eucaristia, encontrará o modo de celebrar e de fazer aparecer publicamente o significado bonito desta manifestação de fé. Não será o novo coronavírus que nos impedirá de proclamar que Ele está no meio de nós", disse.

Sem fiéis e tapetes

O Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo, vai celebrar o Corpus Christi sem a presença de fiéis. É a primeira vez que isso acontece em mais de 100 anos. Após a missa que será celebrada às 9 horas pelo bispo D. Orlando Brandes, haverá uma procissão eucarística na área externa da Basílica, fechada ao público.

Apenas os celebrantes participam dos atos, mas haverá transmissão por internet e TV. As celebrações presenciais estão suspensas desde março devido à pandemia. No Corpus Christi do ano passado, o santuário recebeu cerca de 50 mil pessoas.

A celebração também levou 50 mil pessoas, em 2019, ao centro histórico de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo. Nesse caso, os turistas foram atraídos pela beleza dos tapetes coloridos que todo ano recobrem 850 metros das ruas centrais. A cidade é conhecida nacionalmente por essa tradição, que chegaria aos 52 anos, mas foi suspensa devido ao coronavírus.

O bispo D. Vicente Costa celebrará missa às 15 horas, na igreja matriz de Santa Ana, construída em 1882. Em seguida, da torre da igreja, o bispo fará a exposição do Santíssimo abençoando a cidade.

Senhas

Em outros Estados, também houve mudanças. Em Brasília, a tradicional celebração solene seguida de procissão na Esplanada dos Ministérios foi suspensa. As missas serão celebradas com público restrito, das 10h30 às 18h30, pelo bispo D. José Aparecido, administrador da arquidiocese, na catedral de Brasília. A reserva de senhas foi feita através do site oficial.

A arquidiocese de Florianópolis autorizou as paróquias a realizarem celebrações de modo presencial, mas determinou que sejam atendidas as normas das autoridades sanitárias. Um decreto do governo liberou as missas presenciais com público reduzido. Não haverá procissões externas, mas será feita coleta de alimentos.

Em Salvador, a celebração será conduzida pelo arcebispo e primaz do Brasil, D. Sergio da Rocha, às 10 horas na Catedral Basílica, com um número reduzido de fiéis. Conforme a arquidiocese, em atenção aos decretos estadual e municipal, somente 40 pessoas poderão participar - as senhas já foram distribuídas. Após a missa, o cardeal irá até a porta da catedral para abençoar a capital baiana.

A celebração em Belém começa às 7 da manhã, na catedral metropolitana, com um público reduzido, que precisou disputar senhas para o ingresso no templo. No final da missa, o arcebispo D. Alberto Taveira Corrêa irá até à frente da catedral para abençoar a capital paraense. Em Curitiba, além da missa celebrada pelo arcebispo D. José Peruzzo, com transmissão pelas redes sociais, haverá bênção com o Santíssimo em hospitais da cidade.

Em paróquias do Mato Grosso, carros levando andores com o Santíssimo irão percorrer as ruas, abençoando a população. A arquidiocese de Cuiabá pediu aos fiéis que acompanhem a missa em casa, colocando um vaso com flores, um crucifixo, uma imagem de Nossa Senhora e uma vela acesa no ambiente. Também recomendou que a frente das casas seja enfeitada com flores. As paróquias devem recolher alimentos para os pobres.

Em Ouro Preto, no circuito histórico mineiro, a celebração com ruas e casas enfeitadas, atrai anualmente milhares de turistas. Este ano, haverá missas festivas e procissões internas na Basílica do Pilar e nas paróquias de Cristo Rei e de Nossa Senhora da Conceição. O padre Marcelo Santiago, da paróquia do Pilar, convidou a população a acompanhar as celebrações em suas casas. Durante o feriado e até domingo, a prefeitura instalará barreiras sanitárias nos acessos ao centro histórico.

Nas paróquias de Goiânia, as celebrações do Corpus Christi foram transferidas para domingo, 14, seguindo as recomendações do decreto governamental com medidas de prevenção à pandemia. Já nas paróquias do interior, a celebração pode acontecer nesta quinta, 11, ou no domingo, a critério dos padres, mas sem procissões ou aglomeração.

Eucaristia

Corpus Christi é uma expressão em latim que significa Corpo de Cristo. A celebração foi instituída em 1264 pelo papa Urbano IV e simboliza um dos princípios mais importantes do catolicismo - o sacramento da eucaristia, em que a hóstia consagrada, com a presença do corpo e sangue de Cristo, é dada em comunhão aos fiéis.

No Brasil e em Portugal, a tradição popular consagrou o hábito de forrar as ruas com tapetes de materiais como pétalas de flores, borra de café, serragem e outros materiais, desenhando símbolos cristãos e figuras bíblicas, para a passagem da procissão.

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Com o avanço do novo coronavírus e a renovação de mais 15 dias da quarentena, as celebrações da Semana Santa nas igrejas serão diferentes. Líderes religiosos mudaram as programações para evitar aglomerações e a movimentação de pessoas nas ruas, igrejas e templos.

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Para a igreja católica, a celebração começa no Domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa. A festa comemora a entrada de Jesus em Jerusalém. Este ano não houve a Procissão de Ramos, como de costume.

Segundo o padre e coordenador arquidiocesano da Pascom Belém, Nilton Cezar, foi pedido para que os fiéis colocassem um ramo na porta ou no portão de suas casas. Um carro da Paróquia Cristo Peregrino, da qual o padre faz parte, realizou uma bênção das casas dos devotos. 

“Frente a esta pandemia do coronavírus, na qual devemos ficar em quarentena, a igreja orienta para que todos assumam essa consciência e postura de ficar em casa. Todas as celebrações têm sido transmitidas nesses dias para que os fiéis que se encontram em casa tenham a oportunidade de participar das santas missas”, informou o padre Nilton. Segundo ele, transmissões mais criativas possibilitam a participação dos fiés dentro de suas próprias casas.

De acordo com o padre Nilton, as recomendações do arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira, são para que, nesta quinta-feira, os católicos coloquem uma vasilha e jarra com água na porta, janela ou em um lugar de destaque na frente da casa para que as pessoas entendam isso como uma disposição para o serviço e também para a celebração da comunhão. “A celebração não contará com o ato do lava-pés, exatamente por causa desta situação do coronavírus e pela ausência do povo na celebração. Na sexta-feira não contará com o beijo na cruz, embora tenhamos pessoas que fazem parte deste rito celebrativo, a equipe de liturgia”, explicou.

“Na sexta-feira existe um sinal recomendado pela igreja de colocarmos no portão ou na porta uma cruz, sinal da nossa pertença à igreja de Cristo e da nossa comunhão com a arquidiocese. No sábado, convidamos à celebração do Sábado Santo, a acender uma vela na hora da celebração da vigília com uma bíblia. Você coloca uma bíblia e a vela do lado e acende com um gesto de participação dessa celebração e renovação do batismo. No domingo, o nosso gesto é de colocarmos uma toalha branca no portão ou na porta simbolizando a ressurreição do Senhor”, explicou o padre.

A igreja evangélica não é diferente. Os líderes farão seus cultos on-line. A pastora da igreja evangélica Labaredas de Fogo, Ray Tavares, disse que os cultos da igreja já têm transmissão on-line desde o decreto do governo e que durante a Semana Santa vão continuar.

 “Como não estamos podendo fazer os cultos presenciais, nós vamos fazer os cultos on-line. Vamos fazer a Sexta-feira Santa ao pé da cruz normalmente como fazemos na igreja, montar a cruz e o manto. Vamos fazer uma manhã ao pé da cruz só que on-line, todo mundo nas suas casas. Domingo vamos fazer o culto da ressureição de Cristo que fazemos todos os domingos da ressureição, todos de branco. O culto da manhã será às 9 horas e à noite, às 18 horas. No decorrer da Semana Santa vai ser como estamos fazendo, dias de terça-feira, quarta e quinta-feiras, às 19 horas”, explicou a pastora.

De acordo com os líderes religiosos da igreja católica e da igreja evangélica, assim como em estabelecimentos e outra profissões, a igreja tem passado por momentos difíceis financeiramente, pois sem as suas celebrações religiosas não há arrecadação de ofertas e dízimos e a igreja sobrevive disso para poder honrar com os seus compromissos.

“A ausência do seu povo, que não pode participar dos eventos paroquias, não pode participar das nossas santas missas, e também a dimensão administrativa, financeira, que tem prejudicado bastante, por conta de muitas pessoas também não estarem recebendo, têm dificuldtado. Mas a igreja tem se reinventado nessa questão e disponibilizado vários cartões dinâmicos do dízimo para facilitar a vida dos seus paroquianos, assim também aumentando a equipe para ir de em casa em casa receber o dízimo, o que tem ajudado com os compromissos de honrar com os funcionários, pagar as contas, as despesas da paróquia e assim por diante”, explicou o padre Nilton.

“Perda da receita para manter as suas despesas mensais, isso é fato. Não é diferente como em qualquer um outro estabelecimento, porque a igreja se mantém dos dízimos e das ofertas. Quando você não tem culto, automaticamente você não tem arrecadação. Muita gente não sabe e não trabalha com transferência, não tem contas bancárias, então isso tem gerado um prejuízo, também essa questão da unidade, de estar se encontrando, conversando, aconselhando um ao outro. A gente trabalha muito com o aconselhamento pastoral e nós estamos impossibilitados de estar fazendo isso presencialmente. Estamos fazendo muito por telefone, mas não é a mesma coisa, então isso é um prejuízo porque essas pessoas estão se sentindo sem essa cobertura espiritual”, comentou a pastora Ray sobre as dificuldades.

 

 

 

 

O Irã vetou as celebrações do Valentine's Day, que ocorre nesta sexta-feira (14) em vários países e é considerado o Dia dos Namorados. De acordo com a agência de notícias iraniana Isna, autoridades locais proibiram que lojas comercializassem artigos de referência ao Valentine's Day, correndo o risco de serem punidas de um a seis meses com o fechamento do estabelecimento comercial. 

A fiscalização ocorre, principalmente, na cidade sagrada de Qom. A orientação vale, inclusive, para restaurantes e cafeterias, que estão impedidos de acenderem velas ou colocarem balões nos salões.

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O governo e os clérigos iranianos consideram a data uma "invasão cultural" do Ocidente, a qual colocaria em risco a identidade islâmica-iraniana.  Apesar das restrições, as celebrações para o Valentine's Day têm crescido no Irã nos últimos anos, com jovens trocando presentes em forma de coração, pelúcias e chocolates.

Da Ansa

O papa Francisco completa nesta terça-feira (17) 83 anos de vida e, como de costume, preferiu evitar celebrações. Desde que iniciou seu pontificado, em 2013, Jorge Bergoglio só fez festa em seu primeiro ano no comando da Igreja, quando teve uma refeição com um grupo de moradores de rua.

"A incessante atividade pastoral de Sua Santidade continua a convidar os povos e as nações a superar as divisões, a preservar a paz, a se empenhar pelo diálogo e a tutelar o planeta, gerindo sabiamente seus recursos", diz uma mensagem assinada pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella.

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Já a prefeita de Roma, Virginia Raggi, usou o Twitter para felicitar Francisco. "Feliz aniversário, papa Francisco. Desejos de Roma e seus cidadãos. Suas palavras são um guia para tornar nossa cidade cada vez mais acolhedora e atenta aos últimos", escreveu.

O dia também marca a estreia na Itália do documentário "O nosso Papa", que narra a trajetória de Jorge Bergoglio desde sua infância.

Da Ansa

Com um calendário distinto do mundo ocidental, a China inicia nesta sexta-feira (1º) as celebrações de início do ano novo chinês que leva em consideração as fases da lua e a posição do sol. O ano começa na noite da lua nova mais próxima do dia em que o sol passa pelo 15º dia grau de Aquário. Em 2019, o ano novo chinês tem início no dia 5 de fevereiro. 

Na China, o ano é relacionado aos 12 animais que, segundo a lenda, teriam atendido ao chamado de Buda para uma reunião e, em agradecimento, foram transformados em signos. Este ano é do porco. Também compõem a lista rato, búfalo, cobra, cavalo, carneiro, macaco, galo, dragão, tigre, touro e cachorro.

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O ano novo chinês é a festa mais aguardada no país e dura cerca de duas semanas. Há rituais, festas e muita comemoração. Na véspera, os chineses limpam e arrumam a casa, cortam o cabelo, fecham as contas, presenteiam os deuses que protegem a casa, preparam as roupas, organizam a empresa e o comércio.

A cor vermelha predomina, pois simboliza a transformação e o movimento e a vida. O amarelo, roxo e o dourado também, pois, segundo as tradições, atraem a riqueza e a prosperidade. Por tradição, os chineses escrevem, neste período, os desejos com tinta preta em tiras de papel vermelho e penduram na porta de entrada.

No final da tarde de hoje o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, oferece uma recepção em Brasília para alguns convidados em celebração ao ano novo chinês.

No total, 292 pessoas foram detidas em várias cidades da França por incidentes durante as comemorações da vitória da seleção dos Bleus na Copa do Mundo de futebol - informou o Ministério do Interior nesta segunda-feira (16).

Além disso, 45 policiais e gendarmes ficaram levemente feridos.

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Em Paris, foram detidas 102 pessoas, das quais 90 ficaram sob custódia para serem interrogadas, indicaram autoridades parisienses.

"Levando-se em conta a multidão presente e apesar dos incidentes inaceitáveis, trata-se de um balanço moderado", declarou o responsável pela Polícia de Paris, Michel Delpuech, em entrevista coletiva.

Em Paris, Lyon (centro) e Marselha (sul), a Polícia interveio para reprimir pequenos grupos de indivíduos que atacavam lojas, ou lançavam pedras contra veículos policiais.

Os incidentes na avenida Champs-Elysées duraram cerca de 20 minutos e se concentraram em uma galeria comercial.

Na cidade de Lyon, a Polícia informou 30 detenções, das quais 18 ficaram em prisão preventiva por "roubo" de uma loja de roupa.

Os festejos pelos 90 anos da rainha Elizabeth II continuam no Reino Unido e, neste domingo (15), a celebração no castelo de Windsor foi dedicada a uma das paixões da soberana: os cavalos. O espetáculo incluiu 900 cavalos e 1.500 participantes e marca o início de três dias de festas nesse castelo.

O aniversário da rainha foi comemorado com honras militares em 21 de abril e, seguindo a tradição, os festejos se estendem por mais dois meses para aproveitar a mudança de estação e temperaturas mais amenas. Seu filho, o príncipe Charles, escreveu uma mensagem para celebrar o amor de sua mãe pelos cavalos.

"Estou tão feliz que tenhamos conseguido reunir centenas de membros das Forças Armadas do Reino Unido, da Commonwealth e de outros territórios amigos de ultramar para celebrar esse aniversário tão especial", escreveu o príncipe.

A rainha e seu marido, o príncipe Philip de Edimburgo, chegaram à arena de carruagem, de onde caminharam para o palco que preside a cerimônia. Estavam acompanhados de outros membros da família Real, como o príncipe Harry e seu irmão, príncipe William, ao lado da mulher, Kate.

A festa teve apresentação do cantor Gary Barlow, da extinta banda Take That, da australiana Kylie Minogue e do artista James Blunt. Em seguida, veio um número de Shirley Bassey, que entoou a canção-tema do filme de James Bond "007 - Os diamantes são eternos". Finalmente, os presentes cantaram "parabéns" e o hino nacional "God Save the Queen".

Milhares de soldados da Coreia do Norte e civis se reuniram em praças e em locais fechados em Pyongyang para uma maciça celebração orquestrada pelo Estado para comemorar o quarto teste nuclear do país.

Pessoas foram vistas dançando nas ruas nesta sexta-feira (8), dois dias depois da Coreia do Norte ter anunciado que realizou com sucesso o teste de sua primeira bomba de hidrogênio. A mídia estatal da Coreia do Norte disse que as celebrações foram assistidos por altos membros da liderança do país, incluindo o primeiro-ministro, Pak Pong Ju.

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A maior multidão, estimada pela mídia estatal em 100 mil, se reuniu em uma praça em homenagem ao falecido Kim Il Sung, fundador amado da nação e avô do atual líder Kim Jong Un. Na praça, os soldados estavam sob uma faixa que dizia: "Nós celebramos apaixonadamente o histórico caso nacional do primeiro teste de uma bomba de hidrogênio que foi concluído com sucesso".

Não estava claro se Kim, cujo aniversário acredita-se ser nesta sexta-feira, assistiu as celebrações. Fonte: Associated Press.

Além de enaltecer a recordação de familiares e amigos falecidos, muitos visitantes durante este Dia de Finados demonstraram que a fé e o respeito por figuras ilustres fazem parte do luto coletivo. Nesta segunda-feira (2), das milhares de pessoas que visitaram o cemitério de Santo Amaro, muitas reservaram um tempo para visitar o famoso túmulo da Menina Sem Nome. 

Em 1970, o corpo da criança foi encontrado na praia do Pina, no Recife, com uma corda no pescoço e as mãos amarradas. O mistério cercou o caso e nunca se soube, ao certo, o motivo da morte. Suspeitou-se de violência sexual, até mesmo afogamento. Os exames periciais excluíram ambas as hipóteses.

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Desde a notoriedade do caso, uma aura de santidade envolveu a criança; segundo devotos, graças são alcançadas a quem deposita oferendas e tem fé na menina enterrada em Santo Amaro. É o caso de Japiaci Maciel de Oliveira. Há algum tempo, ele visitava todo ano o jazigo da menina-santa. Levava uma boneca. Em agosto deste ano, sofreu um grave acidente de moto com o filho. Saíram ilesos. 

“Pedi a Deus e à Menina Sem Nome e ela me disse que, se eu tivesse fé e trouxesse bonecas para ela, eu e meu filho seríamos abençoados. É um milagre eu estar aqui, andando. Chego a me arrepiar ao dizer isso”, disse Japiaci ao apontar para o braço. Como em todos os anos, inúmeros fiéis levavam doces, objetos infantis e flores como forma simbólica de agradecer à pequena. 

Túmulo de Eduardo Campos também é prestigiado

Outro local em evidência nesta segunda-feira (2) foi o jazigo da família Arraes, onde está sepultado o ex-governador Eduardo Campos, morto há mais de um ano em acidente aéreo. Bandeiras de Pernambuco e do Brasil identificavam um dos túmulos mais visitados durante o feriado. 

Admiradores do político depositaram velas e também prestaram homenagem ao ex-candidato à presidência do Brasil. “A gente está carente de políticos honestos. Foi uma perda muito brusca que até hoje não houve esclarecimento. Sou do Rio Grande do Norte, mas moro no Recife e aprendi a gostar tanto do avô (Miguel Arraes) como de Eduardo”, disse Maria de Antônia Oliveira. Como ela, inúmeros frequentadores passaram alguns minutos em frente ao jazigo e exaltaram a imagem do ex-governador.

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Lembrar de quem já partiu e agradecer por quem ainda permanece. Diante das diferentes crenças e incertezas em relação à morte, milhares de pessoas ainda mantêm a tradição milenar de cultuar os mortos. Nesta segunda-feira (2), Dia de Finados, os cemitérios públicos da Região Metropolitana do Recife receberam diversas celebrações ao longo do dia.

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No cemitério de Santo Amaro, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, conduziu uma missa aos fieis, por volta das 10h30. Muitos acompanharam a fala do presbítero, que exaltou a importância de saber lidar com a ausência dos entes queridos. Senhoras, crianças e jovens levavam nas mãos velas, terços, flores e objetos que, de alguma forma, confortavam a perda. 

Com menos visitantes, mas mesmo assim bem movimentado, o cemitério Parque das Flores, na Zona Oeste do Recife, funcionou normalmente, com vários funerais realizados na data especial. Há 35 anos frequentadora do túmulo do pai no local, Amara Francisca Cavalcanti rezava ao lado do jazigo, sentada num banco de madeira. Ao conversar brevemente com a reportagem, criticou a falta de organização do local.

“Aqui agora está essa imundície. Era uma paz, tudo organizado, agora ninguém cuida direito. Isso é bem triste, venho aqui todo ano e a cada dia está pior. Daqui a dois meses, se você vier aqui, vai ver o mato crescido, sem cuidado”, afirmou Amara. De fato, lápides quebradas eram facilmente visíveis por quem passasse brevemente pelo Parque das Flores.

Para o professor Daniel Cândido, o sentimento de nostalgia também prevalece. Foi em um Dia de Finados que, há alguns anos, ele perdeu um familiar em acidente. Desde então, resguarda-se em prece e reflexões no dia 2 de novembro. Lamenta que a tradição esteja “se perdendo”. “Infelizmente, hoje em dia as religiões e a mídia têm mudado essa tradição. Há uns 10, 15 anos, isso aqui era lotado dia de hoje. Agora está assim”, critica.  

Veja um pouco mais da movimentação no vídeo abaixo:

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O rei Ricardo III da Inglaterra, monarca do século XV, cujos restos mortais foram encontrados debaixo de um estacionamento em 2012, receberá, enfim, um enterro digno de um membro da realeza na quinta-feira na Catedral de Leicester.

A cerimônia, que será transmitida pela televisão, será o ponto culminante de cinco dias de celebrações iniciadas neste domingo.

Seu caixão foi exposto na Universidade de Leicester (centro da Inglaterra) neste domingo pouco antes das 11h00 GMT (8h00 no horário de Brasília). Membros da universidade e alguns de seus descendentes depositam cada um rosas brancas sobre o caixão.

O último rei da dinastia Plantagenet seguiu em seu caixão de chumbo para o lugar onde foi disputada a batalha de Bosworth, onde encontrou a morte. O último rei medieval da Inglaterra será sepultado na quinta-feira, na presença de membros da família real e dos mais importantes clérigos do país.

A morte, aos 32 anos, de Ricardo III, monarca entre 1483 e 1485, pôs fim à Guerra das duas Rosas, entre a casa de York e os Plantagenet. Embora seu corpo nunca tenha sido encontrado, segundo alguns escritos, ele repousava em uma capela franciscana, destruída no século XVI.

Após a sua morte, a coroa passou para Henrique VII e os reis da dinastia Tudor que, com ajuda de Shakespeare e de outros dramaturgos, descreveram Ricardo III como um vilão brutal e corcunda, que não se detinha diante de nada, chegando a assassinar dois jovens sobrinhos para assegurar o trono.

A Alta Corte de Londres decidiu, em maio, que o rei tinha de ser enterrado na catedral de Leicester, descartando assim o apelo de seus descendentes, que pretendiam enterrá-lo em York.

A extraordinária epopéia de como seu esqueleto foi encontrado em um estacionamento cerca de 530 anos após sua morte, em 1485, rodou o mundo.

"É incrível tê-lo encontrado intacto", afirma Mathew Morris, que liderou as escavações, explicando que uma obra da era vitoriana havia passado a centímetros do crânio de Ricardo III.

Coincidência ou um sinal? O "esqueleto nº 1", como foi batizado num primeiro momento, foi encontrado sob a vaga do estacionamento marcado com a letra "R" de "reservado".

Última batalha antes de sepultamento

Antes mesmo dos testes de DNA, a probabilidade do esqueleto em questão ser de Ricardo III era muito forte: a datação por carbono 14 mostraram que o homem tinha morrido entre 1455 e 1540, enquanto que a coluna vertebral curvada e as oito lesões na cabeça eram coerentes com a história deste rei, que sofria de escoliose grave e que morreu no campo de batalha.

O "esqueleto nº1" foi finalmente identificado oficialmente por meio de testes de DNA realizados em Michael Ibsen e Wendy Duldig, ambos descendentes da irmã mais velha de Ricardo III, Ana de York.

Mas estes testes também trouxeram à tona evidências de uma "falsa paternidade", o que levanta dúvidas sobre as alegações reais de gerações de monarcas britânicos.

Durante as análises, os pesquisadores não encontraram combinações na linhagem masculina da família, descendente de João de Gaunt, irmão do bisavô de Ricardo III.

Isto significa que, em algum ponto, deve ter havido uma criança, cujo pai presumido, segundo a genealogia oficial, não era o pai verdadeiro.

De todas as formas, Ricardo III precisou travar uma última batalha antes de poder descansar em paz, a escolha do local para o sepultamento. Por fim, a justiça decidiu a favor dos arqueólogos, escolhendo Leicester à custa de York.

Embora católico, o rei medieval será enterrado de acordo com o rito anglicano. Contudo, rituais católicos acontecerão ao longo da semana, incluindo uma missa de requiem na segunda-feira, conduzida pelo cardeal Vincent Nichols, o mais alto prelado católico da Inglaterra.

Quinta-feira, o enterro será celebrado na presença do chefe da Igreja Anglicana, o arcebispo de Canterbury Justin Welby, e da condessa de Wessex, Sophie, nora de Elizabeth II, e do príncipe Ricardo, Duque de Gloucester, patrono da associação Ricardo III e descendente do rei.

O túmulo será aberto ao público no sábado.

O Dia de Nossa Senhora do Carmo, Padroeira da cidade do Recife, é celebrado nesta quarta-feira (16) com missas e procissão. A programação começou às 5h e segue até às 16h30, com a tradicional procissão com a imagem da santa pelas ruas da capital pernambucana. 

Durante todo o dia, as celebrações serão realizadas de hora em hora na parte interna da basílica dedicada à santa, e no claustro do Convento Carmelita, no bairro de Santo Antônio. Às 15h30, dom Fernando Saburido preside a missa campal.

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Em seguida, os fiéis participam da tradicional procissão conduzindo a imagem da santa. O cortejo sairá do Pátio do Carmo e seguirá pela Avenida Martins de Barros, Praça da República, Rua do Sol, Avenida Guararapes e Avenida Dantas Barreto. O cantor Novinho da Paraíba encerrará os festejos com um show cultural.

As celebrações encerraram as festividades no Recife, que começaram no último dia 6 de junho, e abrem o período de homenagens à santa em Olinda. A festa começa às 19h30 com uma missa presidida pelo prior do Convento de Santo Antônio do Carmo de Olinda, frei Luís Nunes. 

Entre os dias 17 e 19 haverá missas ao meio-dia e às 19h30. No domingo (20), a programação começa às 10h com a recitação do Ofício de Nossa Senhora; em seguida haverá a imposição do escapulário.

Com informações da assessoria

O período da Semana Santa teve início no último domingo (13), com a Solenidade de Ramos. Mas nesta quinta-feira (17) a data será intensificada com as celebrações das missas dos Santos Óleos e Lava Pés.

A primeira festividade reúne, tradicionalmente, todo o clero da arquidiocese de Olinda e Recife, na Igreja Catedral. A partir das 9h, dom Fernando Saburido abençoa os óleos feitos de oliveira, que serão utilizados durante todo o ano, além da renovação dos votos sacerdotais.

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Na parte da tarde, os fiéis participam da Missa da Ceia do Senhor – Lava Pés. A cerimônia recorda o último momento de Jesus com os discípulos antes de ser preso. A Missa será presidida, na Igreja da Catedral, pelo monsenhor José Albérico de Almeida.

Neste ano, Saburido conduzirá a celebração na Capela São Francisco de Assis (Rua Córrego João Francisco, 283 – Bomba do Hemetério – Recife). A missa será às 17h. Logo após, padres atenderão os fiéis em confissão até às 22h.

Confira a programação completa das celebrações:

Quinta-feira (17)

9h - Missa dos Santos Óleos

17h - Missa da Ceia do Senhor com Lava Pés

Sexta-feira (18)

15h - Liturgia da Paixão e procissão do Senhor Morto

Sábado (19)

20h - Vigília Pascal

Domingo (20)

 

9h – Missa da Ressurreição 9h

O Papa Bento XVI presidirá todos os ritos da Semana Santa, entre eles a tradicional Via Crucis, no Coliseu de Roma, celebrada na Sexta-Feira Santa, indicou o Vaticano.

As celebrações religiosas terão início em 2 de fevereiro, com uma missa na basílica de São Pedro por ocasião do dia da Paixão de Cristo.

O Papa convocou para 11 de fevereiro um consistório para anunciar as últimas canonizações.

Na igreja romana de Santa Sabina, no bairro Aventino, o Papa irá comandar a liturgia da Quarta-Feira de Cinzas ,no dia 13 de fevereiro, que marca o início da Quaresma católica, 40 dias antes da Semana Santa e da Páscoa.

Bento XVI, que fará 86 anos em 16 de abril, irá liderar em 24 de março no Vaticano a procissão do Domingo de Ramos.

Em 29 de março, Sexta-Feira Santa, participará no Coliseu da Via Crusis, cujas meditações lidas em cada uma das 14 estações serão escritas por dois jovens libaneses, um gesto para chamar a atenção para a grave situação enfrentada por católicos no Oriente Médio.

Após a Vigília de sábado, em 31 de março, presidirá a missa do domingo de Páscoa e dará a bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo).

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