Tópicos | Cisjordânia

O presidente Jair Bolsonaro comentou, pelo Twitter, o conflito entre israelenses e palestinos. Aliado do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, Bolsonaro afirmou que "é absolutamente injustificável o lançamento indiscriminado de foguetes contra o território israelense".

Segundo o presidente, "a ofensiva provocada por militantes que controlam a Faixa de Gaza e a reação israelense já deixaram mortos e feridos de ambos os lados". "Expresso minhas condolências às famílias das vítimas e conclamo pelo fim imediato de todos os ataques contra Israel, manifestando meu apoio aos esforços em andamento para reduzir a tensão em Gaza", disse.

##RECOMENDA##

No início de março, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, fez parte de uma comitiva até Israel, para conhecer um "spray" para tratamento contra a covid-19, quando os israelenses estavam empenhados em vacinar ao máximo a sua população.

Uma nova rodada de bombardeios aumentou o número de mortos no confronto entre israelenses e palestinos. Nesta quarta-feira, 12, autoridades de saúde palestinas confirmaram que 65 pessoas morreram em decorrência dos bombardeios de Israel ao território de maioria árabe, enquanto 7 morreram após o lançamento de foguetes por grupos militantes palestinos contra alvos israelenses.

Confrontos em Jerusalém, protestos na Cisjordânia ocupada e foguetes da Faixa de Gaza: a tensão aumenta entre os palestinos e as forças israelenses neste sábado (24), após os distúrbios mais graves em anos na Cidade Santa.

Os confrontos eclodiram na sexta-feira (23) à noite nos arredores da Cidade Velha de Jerusalém, um dia após uma noite de manifestações cruzadas envolvendo um grupo de judeus de extrema direita gritando "Morte aos árabes", palestinos e a polícia, resultando em mais de 120 feridos.

A polícia e jovens palestinos brincaram de gato e rato perto do Portão de Damasco, depois que as orações de sexta-feira reuniram dezenas de milhares de fiéis na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islã, em pleno mês de jejum do Ramadã.

Jovens palestinos jogaram garrafas de água e pedras na polícia, que usou bombas de efeito moral na tentativa de dispersar a multidão, e também realizou algumas prisões, incluindo uma violenta, observou um jornalista da AFP no local.

Outros incidentes ocorreram em vários bairros palestinos em Jerusalém Oriental.

- Represálias em Gaza -

Centenas de palestinos se reuniram na noite de sexta-feira no posto de passagem de Qalandiya, que conecta Israel e Cisjordânia, onde vários objetos foram incendiados.

Palestinos atiraram pedras e coquetéis molotov na Tumba de Raquel, um local sagrado judeu em Belém, na Cisjordânia ocupada, informou a polícia, enquanto um protesto também ocorreu em Ramallah, a sede da Autoridade Palestina.

Mais tarde, na mesma noite, 36 foguetes foram lançados da Faixa de Gaza, um enclave palestino geograficamente separado da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém, na direção de Israel, de acordo com as Forças Armadas israelenses. Seis foguetes foram interceptados pelo escudo de mísseis Iron Dome e outros caíram em terrenos baldios.

Em retaliação, tanques, caças e helicópteros militares visaram, de acordo com o exército, posições do Hamas - movimento islâmico armado que controla a Faixa de Gaza desde 2007.

Após os confrontos de quinta-feira perto da Cidade Velha, os mais violentos dos últimos anos na Cidade Santa, o braço armado do Hamas expressou seu apoio aos palestinos em Jerusalém Oriental, avisando Israel: "A faísca que vocês acendem hoje será o estopim da explosão do inimigo".

E o presidente palestino, Mahmoud Abbas, denunciou o "incitamento ao ódio" de grupos israelenses de extrema direita e instou a comunidade internacional a "proteger" os palestinos em Jerusalém Oriental.

Os confrontos nos últimos dias em Jerusalém começaram depois que a polícia impediu a população de se sentar nos degraus ao redor do Portão de Damasco, um lugar onde os palestinos normalmente se reúnem à noite durante o Ramadã.

- "Evitar nova escalada" -

E quando os judeus de extrema direita planejaram uma manifestação perto deste acesso à Cidade Velha, muitos palestinos viram isso como uma provocação e uma tentativa de assumir o controle deste local simbólico.

O enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, pediu neste sábado que "todas as partes exerçam o máximo de contenção e evitem nova escalada".

"Os atos de provocação em Jerusalém devem parar. O lançamento indiscriminado de foguetes em áreas povoadas viola a lei internacional e deve cessar imediatamente", disse ele em um comunicado.

A Jordânia, país vizinho que administra os locais sagrados muçulmanos na Cidade Velha, condenou no sábado os "ataques racistas" de Israel contra os palestinos em Jerusalém Oriental.

O ministro das Relações Exteriores, Ayman Safadi, pediu "uma ação internacional para protegê-los", alertando Israel que Jerusalém era "uma linha vermelha".

A Autoridade Palestina, presidida por Mahmoud Abbas, vai retomar a coordenação de segurança com Israel, suspensa desde maio, informou um ministro nesta terça-feira (17).

“Em virtude dos contatos internacionais de Mahmoud Abbas (...) e considerando os compromissos escritos e orais dos israelenses, vamos retomar as relações onde estavam em 19 de maio de 2020”, dia em que anunciou a suspensão desses acordos, declarou o ministro palestino de Assuntos Civis, Hussein al-Sheikh.

Mahmoud Abbas justificou o fim da coordenação de segurança em maio para protestar contra o projeto israelense atualmente suspenso para anexar áreas da Cisjordânia, um território palestino ocupado pelo exército israelense desde 1976.

Abbas disse então que seu governo não se sentia mais obrigado por "todos os seus acordos e ententes com os governos dos Estados Unidos e de Israel, e todas as suas obrigações com base nessas ententes e nesses acordos, incluindo aqueles relativos à segurança".

Essa decisão teve um impacto importante sobre a organização de transferência de pacientes palestinos para hospitais israelenses.

Ao interromper sua coordenação com Israel, a Autoridade Palestina também parou de receber transferências de taxas, especialmente alfandegárias, cobradas por Israel em nome desta instituição.

Privada de sua renda, a Autoridade Palestina teve que cortar o salário de seus servidores públicos, e em um período em que a economia palestina está muito paralisada devido à pandemia de covid-19.

Al-Sheikh não especificou se a retomada das relações com Israel ao ponto em que estavam antes de 19 de maio também significaria o retorno das transferências de taxas à Autoridade Palestina.

O anúncio chega às vésperas da chegada a Israel do chefe da diplomacia norte-americana Mike Pompeo. Os palestinos comemoraram a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Um soldado israelense morreu nesta terça-feira (12), após ser atingido por uma pedra lançada por um palestino na Cisjordânia ocupada, na véspera da visita a Jerusalém do secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

O sargento Amit Ben Ygal, de 21 anos, morreu "nesta manhã em uma operação perto do povoado de Yabad, a oeste de Jenin", no norte da Cisjordânia, informou o Exército israelense em comunicado.

##RECOMENDA##

O Exército israelense realizou uma série de prisões na área e, quando se retirava, "uma grande pedra foi jogada da periferia da cidade em direção aos militares e atingiu a cabeça do sargento", declarou o porta-voz do Exército, Jonathan Conricus.

Trata-se do primeiro soldado israelense morto em missão até agora este ano, acrescentou o porta-voz. O soldado "estava usando seu capacete", disse ele.

Segundo uma fonte da segurança palestina, a entrada das forças israelenses no povoado nas primeiras horas da manhã causou confrontos com a população local.

Após a morte do soldado, as forças israelenses patrulhavam o setor para "prender os responsáveis" pelo ataque.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enviou suas condolências à família de Amit Ben Ygal, que "morreu nas mãos de depravados" e prometeu que o Exército prenderia o culpado.

A morte do soldado acontece às vésperas de uma visita a Israel na quarta-feira (13) do chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo. Ele se reunirá com Netanyahu e com o ex-chefe do Exército Beny Gantz antes da posse, na quinta-feira (14), do novo governo de união formado por ambos.

Pompeo disse que suas conversas em Jerusalém incluirão os planos de Netanyahu de anexar grande parte da Cisjordânia ocupada, apesar das advertências dos palestinos de que essa iniciativa aniquilará as perspectivas de uma paz duradoura.

Em janeiro deste ano, o presidente americano, Donald Trump, revelou um plano para o Oriente Médio, no qual deu sinal verde para a anexação por Israel de áreas em torno dos assentamentos judaicos em terras palestinas, o que a comunidade internacional considera ilegal.

Em troca, os palestinos teriam o direito a um Estado independente, mas desmilitarizado, bem como a possibilidade de receber grandes investimentos.

Netanyahu elogiou o plano como uma oportunidade histórica.

Em um acordo de coalizão com Gantz, o novo governo pode decidir avançar com a anexação a partir de julho, mas deve consultar os Estados Unidos, que não fizeram objeções.

O novo governo israelense que assume nesta quinta-feira terá Netanyahu como líder por 18 meses, antes de entregar o poder a Gantz pelo mesmo período.

As forças israelenses enviaram reforços, nesta sexta-feira (7), por ocasião da oração muçulmana semanal em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, mas não conseguiram evitar novos confrontos durante uma manifestação palestina contra o plano americano para resolver o conflito.

Um grupo de cerca de 100 palestinos se manifestou perto do muro que separa o vilarejo de Bilin, na Cisjordânia ocupada, do assentamento de Modiin Illit, ao norte de Ramallah.

Manifestantes queimaram pneus e jogaram pedras e coquetéis molotov contra os soldados israelenses, que responderam com gás lacrimogêneo, constatou um fotógrafo da AFP.

A oração semanal de cerca de 25.000 fiéis muçulmanos na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental - a parte palestina da cidade ocupada desde 1967 por Israel, que a anexou - foi, no entanto, realizada sem incidentes, disse o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.

Uma presença policial reforçada será mantida em Jerusalém, informou Rosenfeld.

O Exército anunciou, por sua vez, o envio de tropas adicionais à Cisjordânia.

Na quinta-feira, um ataque com carro em Jerusalém feriu dez soldados israelenses e confrontos na Cisjordânia e Jerusalém deixaram três mortos, incluindo dois palestinos.

O suspeito do atropelamento, preso na quinta-feira, ainda está interrogado, disse Micky Rosenfeld.

A violência ocorre mais de uma semana depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou em Washington seu plano de solução do conflito entre israelenses e palestinos, rejeitado pelos palestinos.

O projeto americano concede inúmeras concessões ao Estado hebraico. Entre elas, prevê fazer de Jerusalém a capital do Estado de Israel, a anexação dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, particularmente no Vale do Jordão, e a criação de um Estado palestino desmilitarizado no que resta da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Foi rejeitado pelo presidente palestino, Mahmud Abbas, que pediu aos palestinos que se manifestassem contra o projeto.

No último sábado (1º), Abbas anunciou a ruptura de "todas as suas relações", incluindo na área de segurança, com Israel e com os Estados Unidos, durante uma reunião extraordinária da Liga Árabe no Cairo para analisar o plano de Trump.

"Informamos que não existirá nenhum tipo de relação com vocês (os israelenses) nem com os Estados Unidos, nem sequer em termos de segurança, à luz do plano americano que viola os acordos de Oslo", assinados com Israel em 1993, disse o presidente da Autoridade Palestina no Cairo.

Abbas "tem uma responsabilidade" na violência, disse Jared Kushner, genro de Donald Trump e arquiteto do plano americano, na quinta-feira (6).

"Kushner permitiu a Israel ir mais longe com a anexação/colonização", respondeu o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, no Twitter.

"Ele culpa o presidente Abbas porque, para pessoas como ele, nossa mera existência/nossos direitos (...) são o problema", acrescentou.

O corpo de um soldado israelense com múltiplos sinais de esfaqueamento foi encontrado nesta quinta-feira nas proximidades de um assentamento de Israel na Cisjordânia, informou o exército.

"Nas primeiras horas da manhã foi encontrado o corpo de um soldado com marcas de facadas perto de uma comunidade (judaica) ao norte de Hebron", afirma um comunicado militar.

O corpo foi encontrado na área de Gush Etzion, entre as cidades de Belém e Hebron. O exército de Israel indicou que soldados, policiais e membros do Shin Bet – o serviço de informação interna - estavam inspecionando a área.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu atribuiu a morte a um "maldito terrorista" em um comunicado.

O soldado tinha 28 anos e estudava em uma yeshivá, um centro de ensino dedicado à Torá, como parte de um programa que combina estudos religiosos e serviço militar.

"Ele foi a Jerusalém durante a tarde para comprar um presente para seus professores", afirmou o diretor da escola, o rabino Schlomo Wilk.

"Trinta minutos antes de ser assassinado estava em contato conosco, quando estava em um ônibus a caminho da yeshivá", completou.

"Mas a 100 metros do ponto de ônibus, antes de entrar na comunidade, foi assassinado", disse.

Um israelense foi morto e outros dois ficaram feridos, neste domingo (17), em um ataque com faca e arma de fogo aparentemente cometido por um palestino na Cisjordânia ocupada, informaram o Exército e o serviço de emergência israelenses.

"Um israelense foi morto por um terrorista que parece ser um palestino", disse o porta-voz do Exército, o coronel Jonathan Conricus, sobre o ataque que aconteceu perto do entroncamento da colônia de Ariel, ao sudeste de Nablus.

O atacante apunhalou um soldado perto do cruzamento de Ariel e pegou sua arma, antes de disparar contra três veículos, informou o porta-voz. "O terceiro veículo parou e o terrorista o pegou" para ir ao cruzamento vizinho de Gitai Avishar, onde abriu fogo e feriu outro soldado, acrescentou.

Ele então continuou dirigindo para o vilarejo palestino de Bruqin. "Uma caçada está em andamento", disse o porta-voz.

O serviço de emergência afirmou que socorreu dois israelenses de 46 anos e 20 anos que haviam sido gravemente feridos por tiros. O porta-voz do Exército não forneceu detalhes sobre a identidade do israelense morto.

As forças israelenses mataram, nesta segunda-feira (4), dois palestinos depois que seu veículo atingiu um grupo de soldados israelenses na Cisjordânia ocupada, ferindo um soldado e um policial, informaram o Exército e a Polícia israelenses.

Segundo o Exército, as forças de segurança abriram fogo contra três "agressores" palestinos, dois dos quais foram "neutralizados e o terceiro ligeiramente ferido".

O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld confirmou que dois palestinos foram mortos.

"Os agressores atropelaram um grupo de soldados que havia parado em uma estrada na saída do vilarejo" de Kafr Nama, ao noroeste de Ramallah, informou o Exército em um comunicado.

"Um oficial do Exército foi gravemente ferido e um guarda de fronteira sofreu ferimentos leves", acrescentou o comunicado, indicando que "os primeiros elementos da investigação apontam que se tratou de um ataque terrorista".

Segundo Rosenfeld, o policial ferido já deixou o hospital.

O Ministério palestino da Saúde identificou os dois palestinos mortos como Amir Mahmud Darraj e Yusef Anqwawi, ambos com 20 anos de idade.

O prefeito de Kafr Nama declarou que o incidente ocorreu quando os soldados deixavam o vilarejo depois de uma operação para prender um jovem palestino.

O Exército israelense informou que prendeu 11 membros ativos do movimento islâmico Hamas neste setor de Ramallah durante a noite.

Os dois palestinos mortos são considerados suspeitos de lançar artefatos explosivos mais cedo na noite de domingo, segundo o Exército israelense. Esses dispositivos foram encontrados no veículo utilizado para atropelar o grupo de agentes israelenses.

Em um comunicado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que deu instruções para acelerar o processo de demolição das casas dos dois palestinos mortos.

Israel destrói regularmente as casas de cidadãos palestinos responsáveis por ataques contra as forças israelenses. O governo israelense defende o efeito dissuasivo dessas operações de demolição para aqueles que pretendem realizar ataques.

Enquanto isso, os críticos dessa prática apontam para ela como uma das causas da indignação coletiva que afeta um número crescente de famílias obrigadas a viver nas ruas.

A Cisjordânia, um território ocupado há mais de 50 anos por Israel, foi, como o próprio território israelense, palco, a partir de outubro de 2015 e durante meses, de uma onda de ataques anti-israelenses.

Os ataques costumam ser praticados por palestinos sozinhos e armados com facas, mas também, em alguns casos, utilizando carros e, em menor escala, armas de fogo. A violência diminuiu significativamente, mas permanece esporádica.

O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, prometeu neste sábado implementar uma decisão judicial e dissolver o parlamento controlado pelo partido rival, o Hamas, o que provocou reações do grupo de ativistas islâmicos.

O anúncio de Abbas é o mais recente episódio na série de conflitos entre seu partido Fatah e o Hamas, que começou em 2007, quando o Hamas derrotou suas forças e assumiu o comando de Gaza, mantendo seu governo limitado a partes da Cisjordânia ocupadas por Israel.

##RECOMENDA##

Desde então, o Conselho Legislativo Palestino (CLP), onde o Hamas detém a maioria após uma vitória esmagadora em 2006 contra a Fatah, foi desativado em boa parte. Assim, a atuação da legislatura permaneceria simbólica, mantendo a divisão política entre Gaza e a Cisjordânia. "Recorremos ao Tribunal Constitucional, que decidiu dissolver o CLP e convocar eleições parlamentares em seis meses, e nós temos que executar essa decisão imediatamente ", disse Abbas em uma reunião da Organização de Libertação da Palestina em Ramallah.

Ele acusou o Hamas de bloquear os esforços egípcios para restaurar a unidade palestina, uma acusação que o Hamas nega veementemente. Abbas diz que a dissolução do parlamento visa pressionar o Hamas a aceitar propostas de reconciliação nacional.

O Egito negociou inúmeros acordos para acabar com a cisão palestina, mas nenhum foi totalmente implementado, com o Hamas e a Fatah trocando acusações sobre a responsabilidade do fracasso.

Em Gaza, legisladores do Hamas se reúnem no CLP, mas a maioria dos membros independentes e outros blocos parlamentares como o Fatah e a Frente Popular de Libertação da Palestina boicotam as sessões para protestar contra a desunião. As leis emitidas pelos legisladores do Hamas estão limitadas a Gaza.

Yehiha Moussa, parlamentar do Hamas, alertou que o fim do PLC "destrói o sistema político e abre as portas para o caos na arena palestina". O Hamas provavelmente ignorará a ordem judicial, insistindo que o CLP expira automaticamente somente após novas eleições gerais. Fonte: Associated Press.

O ministro israelense da Defesa, Avigdor Lieberman, anunciou nesta sexta-feira (27) a construção de 400 casas na colônia da Cisjordânia ocupada, onde um israelense morreu na véspera nas mãos de um agressor palestino.

"A melhor resposta ao terrorismo é o reforço dos assentamentos", disse Lieberman no Twitter, ao anunciar a construção de 400 casas na colônia de Adam, perto de Ramallah, no norte da Cisjordânia.

Na quinta-feira à noite, um palestino de 17 anos se infiltrou nessa colônia e atacou um grupo de israelenses com uma faca. Um deles, Yotam Ovadia, de 31 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu à noite, enquanto outros dois israelenses ficaram feridos.

Um dos três israelenses atacados atirou contra o palestino Mohamed Dar Yusef, que morreu.

Nesta sexta pela manhã, explodiram confrontos entre palestinos e forças israelenses no povoado de Kobar, ao oeste de Ramallah, local de origem do agressor palestino.

Nos controles estabelecidos pelo exército israelense na entrada e na saída desta localidade, cerca de 150 palestinos lançaram pedras, artefatos incendiários e pneus em chamas contra os soldados israelenses, que responderam com meios de dispersão, indicaram os militares em um comunicado.

Segundo a agência palestina Wafa, três palestinos foram detidos nesses confrontos.

O movimento palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, considerou o ataque de quinta-feira como "uma operação valente em reação aos crimes diários praticados pela ocupação israelense".

O último ataque palestino a facadas em uma colônia na Cisjordânia aconteceu em abril, quando um palestino tentou matar um israelense em um posto de combustível perto da colônia de Maale Adumim, no leste de Jerusalém. O agressor morreu após ser atingido por tiros.

- Tensão em Gaza e reabertura da Esplanada das Mesquitas -

Além disso, nesta sexta-feira, dois palestinos foram mortos na Faixa de Gaza em confrontos com soldados israelenses.

Uma das vítimas é um adolescente de 14 anos, que foi atingido por um tiro. O outro falecido era um homem de 43 anos, que foi morto com um tiro na cabeça, de acordo com o ministério da Saúde de Gaza.

Na semana passada, o Hamas anunciou um cessar-fogo após uma escalada de violência que matou quatro palestinos e um soldado israelense - o primeiro soldado israelense morto na área desde a guerra de Gaza em 2014.

Desde o anúncio do cessar-fogo, a região experimentou certa calmaria com, em particular, uma diminuição no número de pipas ou balões incendiários lançados em direção ao sul de Israel.

Pelo menos 156 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza desde o início das manifestações em 30 de março contra o bloqueio israelense que vem acontecendo há mais de 10 anos e para exigir o direito de retorno dos palestinos que fugiram ou foram expulsos de suas casas e terras na criação de Israel em 1948.

Em Jerusalém, o acesso à Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha, foi fechado nesta sexta-feira por várias horas após os confrontos entre fiéis palestinos e as forças de ordem após a oração tradicional semanal.

Segundo a polícia israelense, os confrontos começaram quando "arruaceiros começaram a lançar fogos de artifício contra a polícia". O local foi então evacuado e as forças de segurança realizaram detenções.

Dezenas de jogadoras de futebol acompanham os comandos do treinador: a cena, que, em muitos lugares, pode parecer banal, começa a ser cada vez mais visível na Cisjordânia, apesar do repúdio de algumas pessoas.

Os mais conservadores não veem o futebol feminino com bons olhos, mas a categoria não parou de crescer desde a criação do primeiro time, em 2009.

##RECOMENDA##

Agora, existem seis times de jogadores de futebol feminino ao ar livre e uma dúzia para locais fechados. No total, são aproximadamente 400 atletas com mais de 14 anos e licença para atuar.

Também surgiram times juvenis. Um deles, fundado recentemente, treina no espaço esportivo do povoado de Deir Jarir, ao norte da Cisjordânia ocupada.

As limitações são evidentes. As quarenta jogadoras entre 10 e 14 anos contam com apenas seis bolas e um chão duro para treinar. O espaço não é adaptado para o esporte e elas precisam pedir emprestado os uniformes do time masculino.

Mas apesar das dificuldades, as adolescentes se sentem orgulhosas do que fazem: praticam estratégias, dribles e jogadas de cabeça.

No meio do grupo, uma jovem mulher de 32 anos vestida com hiyab (véu islâmico) comanda o treinamento. Rajaa Hamdan sonhava em ser jogadora de futebol quando era jovem, mas o conservadorismo da sociedade palestina a impediu.

"As circunstâncias não me permitiram praticar futebol quando era mais jovem, mas a ideia não saiu da minha cabeça", explicou. "Por isso me perguntei por que meu povoado não poderia ter um time de meninas se tinha um de meninos", questionou.

Foi então que decidiu fazer uma convocação pelo Facebook. Quando viu que 30 jovens manifestaram rapidamente o interesse, se surpreendeu.

"Tinha medo que tivesse problemas com as pessoas do povoado, mas até agora não aconteceu nada sério", respirou aliviada. Há seis anos, o habitantes de Deir Jarir tinham recusado a criação de um time de futebol feminino.

- "Não é fácil" -

Salma Fares, de 12 anos, interrompe o treinamento por alguns instantes para expressar o quanto está feliz por poder estar no time. "Estou muito feliz por poder jogar futebol com outras meninas. Estou no meu direito", falou à AFP

"Me sinto muito contente por poder ajudar as meninas", destacou a treinadora Rajaa Hamdan.

Apesar do entusiasmo que rodeia seu projeto, Rajaa diz ser consciente de que é provável que as meninas tenham que abandonar o esporte quando forem mais velhas, por conta do entorno conservador em que estão imersas.

"Em nossa cultura e segundo nossas tradições, quando as meninas crescem elas precisam colocar o hiyab ou se casar. Mas vão abandonar o futebol", explico.

Presidente do clube para ambos sexos, Youssef Moussa observa o treinamento.

"Quando apareceu a ideia de formar um time, enfrentamos temores porque não é fácil existir jovens jogando em um povoado conservador. Mas até agora não tivemos problemas", insistiu.

Amal Alaa, adolescente de 13 anos, é cheia de energia e uma das jogadoras mais entusiasmadas.

"Eu amo futebol. Quando vi que iam formar um time, pedi permissão para meus pais para formar parte", afirmou. Sua maior ambição até agora já foi definida: "ser a capitã".

Dois palestinos morreram neste sábado em confrontos com as forças de ordem israelenses na Cisjordânia ocupada, indicou o Ministério da Saúde palestino.

Um jovem de 17 anos gravemente ferido de bala em El Azariyé, a leste de Jerusalém, morreu em consequência dos ferimentos.

##RECOMENDA##

Não muito distante, em Abu Dis, outro palestino de 18 anos morreu ao explodir um coquetel molotov que queria lançar contra as forças israelenses.

Estas mortes acontecem um dia após os confrontos mortais provocados pelas novas medidas de segurança israelenses na entrada da Esplanada das Mesquitas.

Três palestinos morreram na sexta-feira em confrontos com as forças de segurança em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia ocupada e três israelenses foram esfaqueados por um palestino em casa em uma colônia perto de Ramallah.

Os palestinos denunciam há uma semana a instalação de detectores de metal nos acessos à Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar santo do Islã e situada em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade anexada por Israel.

Israel tomou novas medidas após um ataque mortal contra policiais israelenses em 14 de julho perto dessa área sensível da Cidade Velha.

O gabinete de segurança do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou, nesta quinta-feira, a construção do primeiro novo assentamento do país na Cisjordânia em duas décadas.

A votação foi unânime a favor da construção do novo assentamento, que será localizado na área de Shiloh, próximo à cidade palestina de Ramallah, na Cisjordânia. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

As forças israelenses começaram a esvaziar nove casas na região da Cisjordânia nesta terça-feira, na sequência de uma decisão da Suprema Corte de que tais casas foram construídas em terras privadas governadas pela Palestina.

Dezenas de colonos e apoiadores protestaram nos telhados quando militares e as forças policiais entregavam as ordens de retirada aos líderes dos colonos, pedindo lhes para que cooperassem de forma pacífica e evitassem o confronto.

##RECOMENDA##

Um dos residentes desafiadoramente rasgou a ordem, enquanto outros, principalmente jovens, foram levados por soldados. Nenhum grande conflito foi relatado.

No início deste mês, as forças israelenses arrancaram Amona, um posto avançado nas proximidades da Cisjordânia, seguindo uma ordem judicial. As forças removeram centenas de moradores e seus apoiadores em violentos confrontos.

O posto de Amona foi o maior de cerca de 100 postos avançados não autorizados que foram erguidos na Cisjordânia. Ele foi palco de violentos confrontos entre colonos e forças de segurança durante a demolição parcial em 2006.

Os palestinos querem a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e o leste de Jerusalém - territórios que Israel capturou na guerra de 1967 no Oriente Médio - para seu futuro Estado. Retirou suas tropas e colonos israelenses da Faixa de Gaza em 2005, e o território posteriormente foi invadido pelo grupo militante Hamas. Fonte: Associated Press

O primeiro-ministro de Israel criticou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusando-o de uma ação "vergonhosa" na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os assentamentos na Cisjordânia, e disse que está ansioso para trabalhar com seu "amigo", o presidente eleito Donald Trump.

Benjamin Netanyahu disse neste sábado que Israel rejeita a resolução "delirante" da ONU que exige o fim dos assentamentos israelenses. A decisão passou depois que os EUA, o aliado mais próximo de Israel, se abstiveram de votar.

##RECOMENDA##

A abstenção representa uma ruptura na postura histórica dos Estados Unidos. Apesar de se opor aos assentamentos, o país tem tradicionalmente usado seu poder de veto como um membro permanente do Conselho de Segurança para bloquear tais resoluções.

"A administração Obama conduziu uma vergonhosa emboscada anti-Israel na ONU", disse Netanyahu. Ele afirmou que teve conversas com líderes norte-americanos que prometeram agir para reverter a resolução. Fonte: Associated Press

Em um gesto histórico, os Estados Unidos se abstiveram de votar uma resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre os assentamentos israelenses na Cisjordânia e não usaram seu poder de veto para evitar uma condenação de Israel.

Com a abstenção norte-americana, o Conselho aprovou a resolução que condena Israel por suas colônias por 14 votos a favor. As informações são da Agência Ansa.

##RECOMENDA##

"As colônias não têm validade legal", diz o documento, que exige que Israel pare com os assentamentos. A posição adotada pela representação diplomática de Washington no Conselho de Segurança foi solicitada pelo presidente Barack Obama, que deixará o cargo em 20 de janeiro para que o recém-eleito mandatário, o republicano Donald Trump, assuma a Casa Branca.

O governo israelense tinha pedido ajuda a Trump para que os EUA usassem seu poder de veto para barrar a aprovação da resolução.

De acordo com fontes locais, caso concretizada, seria uma interferência sem precedentes da parte de um presidente eleito. A resolução foi apresentada pela Malásia, Nova Zelândia, Senegal e Venezuela, com o apoio do Egito.

A embaixadora norte-americana na ONU, Samantha Power, disse ontem (23) que os EUA não podem apoiar a construção das colônias israelenses uma vez que defende e a solução de "dois Estados" entre Israel e Palestina.

A diplomata citou os ex-presidente Ronald Reagan em seu discurso e lembrou que, há anos, Washington pede que as construções sejam interrompidas. A política norte-americana sofre um forte lobby de empresários e da comunidade de judeus no país. Por isso, costumava defender os interesses de Israel em negociações internacionais, atuando como um escudo contra condenações.

Trump, desde que eleito, em novembro, vem indicando que daria apoio extra aos interesses de Israel e chegou até a nomear um embaixador para Jerusalém, e não para Tel Aviv, como costumeiramente ocorre. A abstenção no voto já começou a repercutir entre o Partido Republicano.

O líder dos republicanos na Câmara dos Deputados, Paul Ryan, chamou a decisão de "vergonhosa". Cerca de 500 mil judeus vivem em 140 colônias construídas por Israel desde 1967. Os palestinos consideram os assentamentos um dos principais obstáculos para um acordo de paz, além de serem considerados ilegais pela lei internacional, apesar de Israel contestar.                             

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, doou US$ 10 mil para um assentamento judaico na Cisjordânia em 2003. De acordo com uma declaração de impostos, a Fundação Donald J. Trump fez a doação para um grupo americano sem fins lucrativos que levanta capital para o seminário do assentamento de Beit El, uma organização de notícias afiliada do movimento dos colonos.

O escolhido de Trump para embaixador de Israel, o advogado David Friedman, é o presidente do grupo. O fundador de Beit El, Yaakov Katz, revelou a doação de Trump para uma rádio israelense, neste domingo.

##RECOMENDA##

Os EUA consideram os assentamentos na Cisjordânia como obstáculos para a paz. Os palestinos reivindicam o território, que foi capturado por Israel em 1967. Mas um assessor de Trump diz que o republicano não vê os assentamentos como um impedimento para a paz. Fonte: Associated Press.

Uma onda excepcional de incêndios em Israel provocou danos significativos e se espalhou, neste sábado (26), para colônias da Cisjordânia ocupada - informou a Polícia, acrescentando que uma delas teve de ser temporariamente evacuada.

Uma parte do território israelense sofre há cinco dias com dezenas de incêndios florestais, avivados por ventos fortes e por uma extrema seca.

Cerca de mil habitantes da colônia de Halamish, perto de Ramallah, tiveram de deixar suas casas, disse um porta-voz policial, acrescentando que as chamas destruíram, ou causaram danos, a 45 casas do assentamento.

Também foram declarados incêndios perto das colônias de Dolev, Alfei Menaché e Karnei Shomron, situadas na Cisjordânia, nas não houve evacuações.

Ao todo, 21 aviões israelenses e estrangeiros (turcos, gregos, croatas, russos, franceses, canadenses, espanhóis e azerbaijanos) continuavam neste sábado lançando toneladas de água sobre diferentes áreas - sobretudo, em Nataf, uma aldeia próxima a Jerusalém.

A Polícia anunciou a detenção de 14 pessoas suspeitas de terem provocado os incêndios. Suas identidades não foram reveladas.

As autoridades israelenses suspeitam de que uma parte dos incêndios seja de origem criminosa e possa estar relacionada com o conflito entre palestinos e israelenses.

Os palestinos deram sua ajuda, enviando 41 bombeiros e oito caminhões para combater as chamas, especialmente em Haifa, onde milhares de pessoas foram evacuadas na última quinta (24) para fugir da cortina de fogo de vários metros.

Em um telefonema, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu ao presidente palestino, Mahmud Abbas pela ajuda, informou o gabinete do líder israelense em um comunicado.

Neste sábado, o incêndio parecia sob controle nesta cidade, informou a prefeitura, mas cerca de 200 famílias estão desabrigadas.

Ainda não se sabe o alcance dos danos em nível humano, material e ambiental.

Um oficial israelense ficou levemente ferido em um ataque com faca na Cisjordânia na manhã deste domingo (18) e seu agressor foi ferido a tiros pelos militares presentes, informou o Exército. "Um terrorista realizou um ataque com faca em Efrat e feriu um oficial", tuitou o exército, que não deu detalhes sobre o criminoso, que foi hospitalizado.

O hospital Hadassah de Jerusalém, onde está o militar, informou que apresenta um ferimento na axila. Este foi o quinto ataque de civis contra forças de segurança israelenses desde sexta-feira depois de três semanas sem incidentes.

Desde outubro morreram 227 palestinos, 34 israelenses, dois americanos, um jordaniano, um eritreu e um sudanês nesta nova espiral de violência em Israel e territórios ocupados, segundo uma contagem efetuada pela AFP.

O Exército israelense indica que a maioria dos palestinos mortos haviam realizado ataques com arma de fogo, facas ou veículos. Israel ocupa a Cisjordânia desde a invasão de 1967 durante a Guerra dos Seis Dias.

As forças de segurança palestinas afirmaram que prenderam dois radicais islâmicos suspeitos de colocar fogo em uma árvore de Natal no norte da Cisjordânia.

Uma autoridade informou nesta sexta-feira que os suspeitos colocaram fogo na árvore na quarta-feira em Zababdeh, um vilarejo de maioria cristã cerca de Jenin. O policial falou em condição de anonimato porque não estava autorizado a falar com repórteres.

##RECOMENDA##

Ele afirmou que ambos os suspeitos estão sob investigação por possível ligação com grupos extremistas islâmicos. A autoridade também divulgou que as forças de segurança palestinas prenderam na quarta-feira cerca de uma dezena de suspeitos de radicalismo islâmico em Belém.

Os cristãos compõem cerca de 2% da população da Cisjordânia. Fonte: Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando