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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira, 20, que o país continuará a guerra até o fim, que considera que ocorra quando o Hamas seja eliminado, classificando este cenário como uma vitória.

Em pronunciamento, o dirigente disse: "quem pensa que vamos parar não está ligado à realidade. Não deixaremos de lutar até atingir todos os objetivos que estabelecemos: a eliminação do Hamas, a libertação dos nossos reféns e a remoção da ameaça de Gaza".

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Netanyahu afirmou ainda: "estamos atacando o Hamas com fogo. Em todos os lugares, inclusive hoje. Também atacamos seus assistentes de perto e de longe. Todos os terroristas do Hamas, do primeiro ao último, são mortais. Eles têm apenas duas opções: render-se ou morrer".

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, resistiu, neste sábado, ao crescente apelo internacional por um cessar-fogo e afirmou que a batalha para derrotar o grupo extremista palestino do Hamas na Faixa de Gaza continuará com "força total".

Um cessar-fogo só seria possível se todos os 239 reféns detidos por militantes em Gaza fossem libertados, disse Netanyahu, em discurso televisionado.

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O líder israelense também insistiu que depois da guerra, que entra agora na sua sexta semana, Gaza será desmilitarizada e Israel manterá o controle da segurança no local. Questionado sobre o que queria dizer com controle de segurança, Netanyahu disse que as forças israelenses devem ser capazes de entrar livremente em Gaza para caçar militantes.

Ele também rejeitou a ideia de que a Autoridade Palestina, que atualmente administra áreas autônomas na Cisjordânia, possa em algum momento controlar Gaza. Ambas as posições vão contra os cenários pós-guerra sugeridos pelo aliado mais próximo de Israel, os Estados Unidos.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os EUA se opõem à reocupação israelense de Gaza e prevê um governo palestino unificado em Gaza e na Cisjordânia em algum momento como um passo em direção à criação de um Estado palestino.

Por enquanto, Netanyahu afirma: "a guerra contra (o Hamas) está avançando com força total e tem um objetivo: vencer. Não há alternativa à vitória."

A pressão sobre Israel cresceu após médicos desesperados do maior hospital de Gaza terem dito que o último gerador ficou sem combustível, causando a morte de um bebê prematuro, de outra criança em uma incubadora e de outros quatro pacientes. Milhares de feridos de guerra, equipes médicas e civis deslocados foram apanhados nos combates.

Netanyahu disse que a responsabilidade por qualquer dano aos civis é do Hamas, que negou estar impedindo a fuga das pessoas na Cidade de Gaza.

O porta-voz do braço militar do Hamas afirmou que os militantes estavam emboscando as tropas israelenses e prometeu que Israel enfrentará uma longa batalha. O porta-voz das Brigadas Qassam, que atende por Abu Obaida, reconheceu em áudio transmitido pela Al-Jazeera que a luta é desproporcional "mas está aterrorizando a força mais forte da região".

Os militares de Israel alegaram que os soldados encontraram centenas de combatentes do Hamas em instalações subterrâneas, escolas, mesquitas e clínicas durante os combates. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira (7) que, no momento, não haverá cessar-fogo na guerra contra o Hamas, já que isso, no entender dele, seria se render ao rival. "Não acredito que haverá um cessar-fogo generalizado", afirmou. De acordo com ele, uma condição para que tal medida ocorra é que os reféns que o grupo mantém sejam liberados. A declaração foi dada em entrevista à ABC News.

Netanyahu também disse acreditar que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade geral pela segurança da Faixa de Gaza. O líder justificou que a medida se deve a "porque vimos o que acontece quando não a temos. Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é a erupção do terror do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar".

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Sobre as responsabilidades de seu governo nos ataques terroristas de 7 de outubro, Netanyahu afirmou que "a primeira tarefa do governo é proteger o povo e, claramente, não cumprimos isso. Tivemos um grande, grande revés". Questionado se acredita que deveria assumir alguma responsabilidade, o primeiro-ministro respondeu: "claro, isso não é uma questão. Será resolvido depois da guerra. Acho que haverá tempo para alocar isso".

O primeiro-ministro de Israel resistiu à pressão dos EUA para interromper os ataques ao Hamas depois que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu mais ações para proteger os civis em Gaza.

"Israel recusa um cessar-fogo temporário que não inclua a libertação dos nossos reféns", disse Benjamin Netanyahu aos jornalistas depois de se encontrar com Blinken na sexta-feira. "Israel não permite a entrada de combustível na Faixa de Gaza e se opõe à transferência de dinheiro para a Faixa".

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Os EUA estão intensificando a pressão sobre Israel, dizendo que tem um imperativo moral de interromper os combates enquanto a ajuda humanitária - e particularmente combustível - é entregue a Gaza, dizem autoridades americanas. França, Espanha e outros países europeus emitiram apelos semelhantes.

Apenas uma pequena quantidade de comida, água e medicamentos foi autorizada a entrar em Gaza. Israel bloqueou o fornecimento de combustível necessário para a eletricidade, dizendo que o Hamas acumula combustível para fins militares.

A recusa de Israel a uma pausa humanitária proposta tem sido uma fonte de discórdia entre Washington e o governo israelense. Algumas autoridades dos EUA acreditam que eventualmente haverá um avanço, mas disseram que o tempo é crucial.

"Uma série de questões legítimas foram levantadas nas nossas discussões de hoje, incluindo como utilizar qualquer período de pausa para maximizar o fluxo de assistência humanitária, como ligar uma pausa à libertação de reféns, como garantir que o Hamas não utilize estes pausas ou arranjos em seu próprio benefício", disse Blinken a repórteres em Tel Aviv.

Chegar a um acordo dentro do establishment político israelense para permitir um cessar-fogo de curto prazo, no entanto, não será fácil, disse Samuel Ramani, analista político do Royal United Services Institute, um think tank com sede no Reino Unido.

"Os governos ocidentais precisam estar conscientes de que podem pressionar bastante Netanyahu, mas que ele enfrenta oposição interna a uma pausa humanitária", disse ele. Fonte: Dow Jones

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (19) que a guerra contra o grupo terrorista Hamas será longa. "Esta é a guerra moderna contra os bárbaros, os piores do planeta. Será uma guerra longa", apontou Netanyahu, durante pronunciamento ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, que está em Israel.

Sunak reiterou apoio do Reino Unido a Israel em meio ao conflito com o grupo terrorista Hamas. "Quero que vocês saibam que o Reino Unido e eu estamos com vocês", disse ao desembarcar em Tel Aviv. O premiê também se encontrou com o presidente de Israel, Isaac Herzog. O líder britânico deve visitar outros países da região.

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O primeiro-ministro do Reino Unido ressaltou que Israel tem o direito de se defender de acordo com o direito internacional, além de reforçar a sua segurança. "Sei que vocês estão tomando precauções para evitar ferir civis, em contraste direto com os terroristas do Hamas, que procuram colocar os civis em perigo", completou o premiê britânico. Sunak também afirmou que os palestinos são vítimas do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

Antes de partir para a sua viagem, Sunak prometeu que o Reino Unido examinaria de forma independente a explosão no Hospital al-Ahli, em Gaza. "Qualquer perda de vidas inocentes é uma tragédia terrível. (…) Não devemos fazer julgamentos precipitados antes de termos todos os fatos sobre esta terrível situação", disse ele antes da visita.

Chanceler britânico viaja pelo Oriente Médio

O chanceler britânico, James Cleverly, está numa viagem de três dias pelo Oriente Médio, onde deverá realizar reuniões com líderes de toda a região para discutir a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, segundo informou o seu gabinete em um comunicado.

Cleverly, que visitou Israel na semana passada, tem um encontro marcado com autoridades governamentais no Egito, na Turquia e no Catar "para ajudar a evitar que o conflito se espalhe pela região e para buscar uma resolução pacífica", segundo o comunicado do chanceler. Ele disse que não era do interesse de ninguém que outros países entrassem na guerra.

"Estou me reunindo com homólogos de Estados influentes na região para pressionar pela calma e estabilidade, facilitar o acesso humanitário a Gaza e trabalhar em conjunto para garantir a libertação de reféns", disse Cleverly, que iniciou a sua viagem na quarta-feira (18).

Ajuda humanitária

Em pronunciamento na segunda-feira, 16, Sunak afirmou que o governo do Reino Unido aumentou em um terço a ajuda humanitária do país aos palestinos, com o fornecimento de 10 milhões de libras adicionais (61,2 milhões de reais).

"Devemos apoiar o povo palestino, já que também é vítima do grupo terrorista Hamas", declarou o líder do governo conservador perante o Parlamento.

Sunak também informou um novo número de pelo menos seis britânicos mortos e dez desaparecidos nos ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro. (Com agências internacionais).

A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) concedeu o título de cidadão honorário rondoniense ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, "pelos relevantes serviços prestados" ao Brasil, "que se estendem ao Estado". O líder israelense, de 73 anos, nunca esteve lá.

O autor da proposta, Delegado Lucas (PP) afirmou, ao elaborar o projeto, que a liderança "inspiradora" de Netanyahu alcança o Estado de Rondônia e aguarda "ansiosamente" a visita do premiê a Rondônia.

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O deputado estadual também disse que Netanyahu é "amigo da comunidade evangélica brasileira" como um dos argumentos para conceder o título honorífico. A proposição foi publicada no Diário Oficial eletrônico da Assembleia nesta segunda-feira, 16.

Netanyahu lidera Israel em um dos momentos mais difíceis da política nacional, ao lidar com ataques terroristas do Hamas iniciados no último dia 7. São milhares de mortes nos territórios palestino e israelense, no conflito mais sangrento desde a fundação do Estado de Israel.

No domingo, 15, Netanyahu prometeu "desmantelar" o Hamas, que ele descreveu como "monstros sanguinários" na primeira reunião do gabinete do novo governo de emergência nacional de Israel, em Tel Aviv.

Tradicionalmente, a Assembleia de Rondônia realiza sessão honorária para conceder honraria. Não há previsão, até o momento, de que o israelense poderá visitar o Estado para receber o título.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse em pronunciamento transmitido pela televisão local que a ofensiva na Faixa de Gaza "é apenas o começo". A declaração aconteceu no anoitecer desta sexta-feira, 13.

Pouco antes da meia noite de ontem, 12, no horário local, Israel deu ordem para todos os palestinos vivendo na porção norte se retirassem da região e fossem para sul do território para "preservar vidas civis", sugerindo uma provável invasão da região. Ao menos 1,1 milhão de pessoas moram na área indicada.

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No anoitecer desta sexta, enquanto o exército se prepara para uma esperada invasão terrestre da Faixa de Gaza, Netanyahu fez a ameaça de destruir o grupo Hamas.

Israel tem atacado Gaza com ataques aéreos desde que terroristas do Hamas realizaram um ataque sem precedentes no sábado passado, matando mais de 1.300 pessoas. "Este é apenas o começo", disse Netanyahu. "Vamos sair desta guerra mais fortes do que nunca."

"Destruiremos o Hamas", acrescentou, dizendo que Israel tem amplo apoio internacional para a operação.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, prometeu "esmagar e destruir" o Hamas em um inflamado discurso televisionado na noite da quarta-feira (11), o primeiro desde a formação de um governo de unidade com o político da oposição Benny Gantz no início do dia.

"Todo membro do Hamas é um homem morto", acrescentou o primeiro-ministro.

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Mais tarde, em seu discurso, Netanyahu adotou um tom otimista, elogiando a unidade do povo israelense e citando o "apoio internacional sem precedentes", particularmente seu contato contínuo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

"O Hamas é o Estado Islâmico e vamos esmagá-los e destruí-los, assim como o mundo destruiu o EI", declarou Netanyahu em seu primeiro discurso ao lado dos membros do gabinete de guerra formado nesta quarta-feira com membros da oposição.

"Vimos (...) mulheres jovens que foram estupradas e massacradas, combatentes decapitados", alegou Netanyahu, sem fornecer provas.

Após uma reunião com o ex-ministro da Defesa centrista Benny Gantz, Netanyahu anunciou em um comunicado a formação de um "governo de emergência" e um "gabinete de guerra" até o final do conflito.

O anúncio ocorre cinco dias após o ataque terrorista lançado contra Israel pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza, governada desde 2007 pelo movimento terrorista palestino.

O ataque por terra, mar e ar deixou mais de 1.200 mortos do lado israelense, incluindo 169 soldados, segundo o exército, além de centenas de civis massacrados pelos terroristas em cooperativas agrícolas e em um festival musical.

Israel respondeu bombardeando a Faixa de Gaza, mas também mobilizou 300 mil reservistas e colocou dezenas de milhares de soldados ao redor do enclave e na fronteira norte com o Líbano, onde nesta quarta-feira houve novamente troca de tiros com o movimento pró-iraniano Hezbollah, aliado do Hamas.

Em Gaza, pelo menos 1.200 pessoas morreram e 5.600 ficaram feridas nos bombardeios israelenses até o momento, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.

A ONU revelou que 338.934 pessoas foram deslocadas na Faixa de Gaza em meio aos bombardeios israelenses.Dezenas de pessoas também estão desaparecidas ou mantidas como reféns pelo Hamas.

O grupo terrorista afirmou em comunicado ter libertado "uma mulher israelense e seus dois filhos" e divulgou em sua rede de televisão Al Aqsa imagens de uma mulher de camisa azul com dois filhos e três homens armados se afastando de uma área com arame farpado.

No entanto, a televisão pública israelense afirmou que as imagens mostravam pessoas que "nunca haviam sido levadas para Gaza".

A imprensa local informou que se tratava de Avital Aladjem, do kibutz Holit, que havia sido levada à força no sábado por homens do Hamas junto com os dois filhos de um vizinho até a zona de fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza após o ataque de sábado.

Gabinete de Guerra

Qualquer membro do Hamas será um "homem morto", enfatizou Netanyahu, cujo governo de coalizão, o mais à direita da história de Israel, controla 64 dos 120 assentos do Parlamento. Com a inclusão do Partido de Unidade Nacional de Gantz, chegará a 76 assentos.

O principal líder da oposição, Yair Lapid, não faz parte da aliança, embora o comunicado tenha especificado que ele tem um lugar "reservado" no gabinete de guerra.

Israel bombardeia a Faixa de Gaza desde sábado e mantém o cerco à região, cortando o fornecimento de água, eletricidade e comida. Mais de 2,3 milhões de palestinos vivem em condições precárias neste território de 360 km².

De acordo com o Exército israelense, vários objetivos do movimento islamista foram atingidos nos bombardeios.

O Hamas, por outro lado, afirmou que os ataques atingiram casas, fábricas, mesquitas e lojas.

"Estamos presos, não sabemos para onde ir e não podemos ficar porque nosso chão está coberto de vidros quebrados e estilhaços", disse à AFP Mohammed Mazen, um morador de Gaza de 38 anos, pai de três filhos.

Do lado de Gaza, os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe condenaram o cerco israelense e pediram o envio "imediato" de ajuda para os habitantes.

Pelo lado dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que conversou com Netanyahu e o instou a seguir as "regras da guerra" em sua resposta ao Hamas.

No entanto, a ministra da Inteligência israelense, Gila Gamliel, declarou em entrevista à AFP que o governo estava determinado a "erradicar" o Hamas, para que "ninguém no mundo sequer pense em usar o que aconteceu [em Israel] como um modelo" para planejar futuros ataques.

O grupo terrorista Hamas ameaçou executar os reféns caso os bombardeios a Gaza continuem sem aviso prévio.

Entre os capturados, estão jovens sequestrados durante um festival musical no sábado de manhã, onde cerca de 250 pessoas foram massacradas, segundo uma ONG israelense.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, está negociando com o Hamas a libertação dos reféns, informou uma fonte oficial turca à AFP.

Os braços armados do Hamas e a Jihad Islâmica afirmaram nesta quarta-feira que lançaram ataques com foguetes contra o sul e o centro de Israel.

Onze trabalhadores da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) morreram desde sábado na Faixa de Gaza, informou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU.

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho indicaram, por sua vez, que cinco de seus membros morreram nos últimos cinco dias, tanto em Israel quanto no enclave palestino.

Israel anunciou na terça-feira que recuperou o controle de sua fronteira com a Faixa de Gaza, após dias de combates com os islamitas. Cerca de 1.500 cadáveres de combatentes do Hamas foram encontrados na região, disse.

Temores de escalada regional

O ataque terrorista do Hamas gerou múltiplas condenações internacionais e a preocupação de que uma escalada possa se estender pela região.

Ao menos quatro palestinos morreram, também na quarta-feira, quando um grupo de colonos israelenses atacou uma cidade no sul de Nablus, na Cisjordânia ocupada, informou o Ministério da Saúde palestino.

O exército matou, ainda, dois outros palestinos, elevando para 29 o número de palestinos mortos na Cisjordânia ocupada desde a ofensiva lançada pelo Hamas.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, anunciou, na quarta, que um segundo porta-aviões estará disponível para apoiar Israel em caso de necessidade.

O presidente russo, Vladimir Putin, instou a abertura de negociações entre Israel e os palestinos, e alertou contra uma "propagação" do conflito.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste sábado, 15, que se sente "muito bem", após ter sido levado às pressas ao hospital por desidratação, de acordo com médicos. A equipe médica, no entanto, decidiu mantê-lo em observação, por isso, a reunião semanal de gabinete foi adiada e remarcada para segunda-feira, 17, informou a assessoria de Netanyahu.

A assessoria do primeiro-ministro disse que ele foi hospitalizado após sentir uma tontura leve. Após uma série de testes, a avaliação inicial foi de que o líder israelense estava desidratado. Ele teria passado o dia anterior sob o sol no Mar da Galileia, no norte de Israel. O país passa por uma onda de calor no verão do Hemisfério Norte, com temperaturas na casa dos 30ºC.

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Em vídeo, Netanyahu aparece sorrindo e diz que se expôs ao sol sem usar chapéu e sem beber água. "Graças a Deus, me sinto muito bem", declarou, agradecendo à equipe médica do Hospital Sheba de Israel e o público pelas mensagens de apoio. Em outubro do ano passado, o primeiro-ministro também foi hospitalizado após se sentir mal durante as orações do Yom Kippur, um dia em que judeus devotos jejuam.

O líder da oposição israelense, Yair Lapid, emitiu uma declaração desejando "uma recuperação completa e boa saúde" ao primeiro-ministro. "Melhore logo", disse Lapid no Twitter.

Netanyahu é o líder que há mais tempo ocupa o cargo em Israel. Ele exerceu vários mandatos ao longo de 15 anos no cargo. Seu governo de extrema-direita atual, composto por partidos religiosos e ultranacionalistas, assumiu o cargo em dezembro passado. Com informações da Associated Press.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, demitiu o ministro do Interior, Arieh Deri, neste domingo (22), depois que a Suprema Corte invalidou sua recente nomeação esta semana.

"Sentindo-muito e com grande pesar (...) que me vejo obrigado a tirar você de sua posição como ministro no governo", disse Netanyahu a Deri, que foi ministro do Interior e da Saúde e, no ano passo, condenado por sonegação de impostos.

A decisão da Suprema Corte "ignora a vontade do povo", acrescentou Netanyahu, durante uma reunião de gabinete, conforme comunicado divulgado.

O primeiro-ministro, que voltou ao poder em dezembro passado, afirmou que buscará uma maneira legal para que Deri "possa contribuir para o serviço do Estado de Israel".

Na última quarta-feira (18), por dez votos contra um, o Supremo invalidou a nomeação de Deri, líder do partido judeu ultraortodoxo Shas, a segunda maior sigla da coalizão de direita e extrema direita agora à frente do governo de Israel.

A decisão foi considerada uma "injustiça" pelos líderes dos partidos da coalizão.

No ano passado, Deri admitiu ser culpado de fraude fiscal e foi multado em 180.000 shekels, o equivalente a cerca de US$ 50.000.

- "Lei Deri" -

No final de dezembro, às pressas, os deputados israelenses votaram uma lei, apelidada de "Lei Deri" pela imprensa, que autoriza uma pessoa considerada culpada de um crime, mas não condenada à prisão em regime fechado, a ocupar uma pasta ministerial.

O objetivo era permitir que Deri ocupasse o cargo que havia reivindicado para integrar a coalizão de governo de Netanyahu, formada em dezembro.

Deri disse, no ano passado, que estava se aposentando da política após sua condenação, mas acabou sendo reeleito como deputado nas eleições legislativas de 1º de novembro e nomeado ministro por Netanyahu.

A Suprema Corte reagiu, já que seu afastamento da política havia sido a condição estabelecida pela Justiça para evitar a prisão. Segundo os juízes da corte, sua nomeação representou "uma grave contradição com os princípios fundamentais do Estado de Direito".

O novo ministro israelense da Justiça, Yariv Levin, anunciou este mês uma polêmica reforma do sistema judiciário, que inclui uma cláusula de "derrogatória", segundo a qual o Parlamento pode anular uma decisão da Suprema Corte.

A reforma deve ser submetida ao Parlamento em data a ser definida e tem como objetivo aumentar o poder dos deputados.

No sábado (21), dezenas de milhares de israelenses foram às ruas de Tel Aviv protestar contra os planos do governo.

Arieh Deri, de 63 anos, foi eleito deputado pela primeira vez em 1992, pelo Partido Shas, e foi ministro em vários governos. No ano 2000, já havia sido condenado a três anos de prisão por corrupção. Foi solto, após cumprir dois terços da pena.

O ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se aproxima nesta quinta-feira (3) do objetivo de conquistar a maioria para governar com seus aliados religiosos e de extrema-direita, apesar do julgamento por suspeitas de corrupção que pesa contra ele.

Depois das eleições legislativas de terça-feira, a imprensa israelense atribui ao partido de Netanyahu, o Likud, e seus aliados ultraortodoxos e da lista de extrema-direita Sionismo Religioso um total de 62 cadeiras, uma a mais que o exigido para ter maioria no Parlamento de 120 representantes.

A Comissão Eleitoral começou a divulgar a conta-gotas os primeiros resultados que confirmam a tendência, mas sem uma sentença definitiva.

Nesta quinta-feira, com 93,3% dos votos apurados, o "bloco de direita" de Netanyahu tinha 65 parlamentares, com 32 cadeiras para o Likud, 19 para os partidos ortodoxos e um recorde de 14 representantes da extrema-direita, o que segundo analistas pode resultar no governo mais à direita da história de Israel.

O atual primeiro-ministro Yair Lapid, líder do partido centrista Yesh Atid, poderia contar com 24 parlamentares e a formação aliada de centro-direita liderada por Benny Gantz conseguiria 12 cadeiras, além de nove eleitos por outros dois partidos e 10 para as formações árabes.

De acordo com o sistema proporcional em Israel, os partidos precisam obter o mínimo de 3,25% dos votos para entrar no Parlamento com pelo menos quatro deputados.

Dois pequenos partidos contrários a Netanyahu, a formação de esquerda Meretz e o partido árabe Balad teriam 3,15% e 2,97% dos votos, respectivamente, o que deixa seu destino nas mãos dos últimos votos que devem ser apurados, geralmente os dos militares e dos funcionários do sistema de saúde.

Um indício da situação complicada do atual primeiro-ministro é fato de Lapid ter cancelado sua participação na Conferência da ONU sobre o Clima COP27, que começa no domingo no Egito.

- Negociações -

Lapid conseguiu estabelecer no ano passado uma coalizão diversa para afastar Netanyahu, o primeiro-ministro que passou mais anos à frente do governo do país (1996-1999 e 2009-2021).

Netanyahu se aferrou à vida política e não se afastou da liderança do partido, como esperavam os críticos. Ele teve um papel crucial de líder da oposição, com o objetivo de retornar ao poder e possibilidade de apresentar ao Parlamento a proposta para aprovar uma imunidade e anular o processo por corrupção previsto para ser retomado na segunda-feira.

Após a divulgação dos resultados definitivos, o presidente de Israel, Isaac Herzog, que tem um papel principalmente simbólico, deve solicitar ao líder político que tem mais possibilidades para formar um governo.

Então começa um período de 42 dias para a formação de um governo.

Mas, de acordo com a imprensa israelense, o grupo de Netanyahu não esperou o pedido formal e o ex-premiê designou Yariv Levin, um de seus principais aliados, para iniciar as negociações que prometem ser complexas, especialmente com o partido Sionismo Religioso.

O líder desta formação, Bezalel Smotrich, já afirmou que deseja os ministérios da Defesa e da Segurança Pública, duas pastas cruciais do governo no momento em que a violência entre israelenses e palestinos registra o pior momento em sete anos.

Nesta quinta-feira, três policiais foram feridos em um ataque na Cidade Antiga de Jerusalém, anunciou a polícia, que também informou que o agressor foi morto a tiros.

As nomeações para os postos chaves podem ser "embaraçosas no cenário internacional", disse o analista palestino Khaldoun Barghouti.

O Departamento de Estado americano afirmou que não pretende "especular" sobre um governo, mas destacou que espera que "todas as autoridades israelenses continuem compartilhando os valores de uma sociedade aberta, democrática e tolerante com respeito à sociedade civil, em particular aos grupos minoritários".

Benjamin Netanyahu retornará ou o primeiro-ministro centrista Yair Lapid conservará o poder? Os israelenses comparecem às urnas nesta terça-feira (1°) para as quintas eleições legislativas em menos de quatro anos, cujo resultado mantém o país em suspense.

Os locais de votação abriram às 7h (2h de Brasília) e o pleito segue até 22h (17h de Brasília). Logo depois serão divulgadas as pesquisas de boca de urna, pouco antes dos primeiros resultados oficiais, que podem deixar o país na expectativa até quinta-feira, quando está previsto o fim da apuração de uma eleição muito acirrada.

Embora os 6,8 milhões de eleitores registrados tenham a possibilidade de votar em quase 40 listas, a disputa acontece basicamente entre dois grupos: o favorável ao retorno do ex-primeiro-ministro conservador Netanyahu, julgado por corrupção, ou o que defende a permanência no poder da coalizão heteróclita liderada pelo centrista Lapid.

Netanyahu, 73 anos, o chefe de Governo mais longevo da história do Estado de Israel, tenta reunir uma maioria de 61 deputados entre as 120 cadeiras do Parlamento com seus aliados ultraortodoxos e da extrema-direita, que pode virar a terceira força partidária do país.

"É um dever e uma grande honra poder votar. Espero que terminemos este dia com um grande sorriso", declarou Netanyahu depois de votar em Jerusalém.

Lapid, de 58 anos e primeiro-ministro desde julho, deseja convencer os eleitores a manter o rumo dos últimos meses com sua coalizão formada por partidos de esquerda, centro, direita e árabes.

"Votem hoje pelo futuro de nossos filhos, pelo futuro de nosso país. Votem bem", declarou Lapid ao votar em Tel Aviv.

A "coalizão da mudança" forjada por Lapid e Naftali Bennett retirou Netanyahu do poder em junho de 2021, mas um ano depois perdeu a maioria no Parlamento com a saída de deputados de direita, o que provocou a convocação de eleições antecipadas, as quintas desde 2019.

As pesquisas atribuem ao "bloco de direita" de Netanyahu 60 cadeiras, uma a menos que a maioria, contra 56 para Lapid e seus aliados.

- Barreira de 3,25% -

A campanha começou de maneira lenta, mas ganhou força nos últimos dias com os partidos trabalhando para convencer os indecisos e mobilizar suas bases, especialmente nas localidades árabes.

Em 2020, os partidos árabes israelenses conquistaram um recorde de 15 cadeiras com uma campanha dinâmica, com apenas uma lista. Mas desta vez estão na disputa com três candidaturas separadas: Raam (islamita moderado), Hadash (laico) e Balad (nacionalista).

No sistema proporcional israelense, uma lista deve obter 3,25% dos votos para entrar no Parlamento, com o mínimo de quatro deputados. Caso não alcance a cláusula de barreira, o partido fica sem representantes na Knesset.

A divisão dos partidos árabes provoca o risco de que não alcancem o resultado mínimo, o que favoreceria a vitória de Netanyahu e seus aliados.

"Sem a nossa presença, a direita formará um governo majoritário. Para impedi-los, precisamos de vocês. Seu voto pode fazer a diferença", disse Ahmed Tibi, um dos líderes da lista árabe Hadash-Taal, no domingo.

As eleições acontecem em um momento de tensão na Cisjordânia ocupada, com dois atentados executados por palestinos nos últimos dias, incluindo um que matou um civil israelense no sábado em Hebron (sul), uma cidade que é foco de crise com colonos israelenses.

Após uma série de atentados contra Israel nos últimos meses, o exército efetuou mais de 2.000 operações na Cisjordânia, um território palestino ocupado desde 1967.

As operações, concentradas em particular em Jenin e Nablus (norte), muitas vezes provocam confrontos e deixaram mais de 120 mortos do lado palestino, o maior número de vítimas em sete anos.

"Sabemos que estas eleições não designarão um companheiro para paz e, apesar disso, afirmamos à comunidade internacional que deve exigir ao próximo primeiro-ministro israelense que se comprometa a acabar com a ocupação e o conflito", declarou na segunda-feira o primeiro-ministro palestino, Mohamed Shtayyeh.

Nesta terça-feira, o exército israelense fechou os pontos de acesso à Cisjordânia e à Faixa de Gaza, exceto para os casos de emergência humanitária.

O ex-primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu está negociando um acordo judicial para escapar da prisão e encerrar seu julgamento por corrupção. De acordo com um porta-voz do Ministério da Justiça de Israel e duas fontes envolvidas nas conversas, os termos judiciais poderão ser anunciados antes do fim do mês.

A barganha inclui a admissão de culpa, em alguns casos, em troca de uma redução da gravidade das acusações, o que significaria uma provável sentença de serviços comunitários.

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Netanyahu é acusado de fraude, quebra de confiança e suborno em três casos diferentes. Ele nega todas as acusações. O que estaria emperrando o acordo é a inclusão de uma acusação de "torpeza moral", que sob a lei israelense impediria o ex-primeiro-ministro de ocupar um cargo político por sete anos.

Um eventual acordo pouparia Netanyahu de um longo e embaraçoso julgamento que concentraria a atenção do país e poderia manchar seu legado. Um porta-voz de Netanyahu se recusou a comentar.

Incluir a acusação de "torpeza moral" contrariaria a promessa de Netanyahu de retornar ao governo depois que seu mandato de 12 anos terminou no ano passado diante de uma coalizão de partidos díspares que têm pouco mais em comum do que sua oposição ao ex-primeiro-ministro.

Mas Netanyahu, que conseguiu resistir a várias tentativas de removê-lo do poder, poderá retornar quando o veto expirar. Ele teria quase 80 anos. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Ossie saiu para passear com seu cachorro e, também, para testemunhar um momento importante da história. Em uma rua de Tel Aviv, ela se uniu a uma multidão de israelenses para acompanhar a aprovação de um governo de oposição a Benjamin Betanyahu.

Os olhos da israelense não desgrudaram de um monitor de televisão em um bar, até que o presidente do Parlamento anunciou o resultado da votação: 60 votos a favor, 59 contrários.

"Quase não consigo falar, um sonho que vira realidade", afirmou Ossie. "Espero que dure ao menos um ano".

Ao superar a votação na Knesset (Assembleia) israelense, a complexa coalizão de governo liderada pelo direitista Naftali Bennet acabou com os 12 anos de Netanyahu no poder.

Na Praça Rabin de Tel Aviv, onde manifestantes organizavam protestos há mais de um ano para pedir a saída de Netanyahu, a música tocou no volume máximo.

No mesmo local em que um extremista judeu assassinou o ex-primeiro-ministro trabalhista Yitzhak Rabin em 1995, uma máquina lança espuma na direção da multidão, que festeja sob um mar de bandeiras de Israel.

"Bibi, vai para casa", grita um homem no palco.

Na liberal Tel Aviv, o fim da era Netanyahu é considerado um momento histórico, afirma Chen Nevo, que trabalha no setor de marketing.

"Estou um pouco emocionada, porque esperamos por este momento por muito tempo", comenta a mulher de 49 anos, que levou os filhos pequenos para a praça.

O novo primeiro-ministro é uma figura de destaque da extrema-direita, um nacionalista religioso, cujos seguidores incluem os controversos colonos.

Apesar de considerar o governo "estranho", Nevo afirma que confia na coalizão.

"Não sei se o governo vai durar, mas é uma mudança, e precisávamos de uma mudança", disse ela, ao som, ao fundo, de uma versão em hebraico de "Imagine", de John Lennon.

Rubi Sofer, de 48 anos, também levou a família para a celebração.

Ele, a esposa e as duas filhas usavam camisas com as quatro letras que simbolizam o movimento de protesto contra Netanyahu e que virou algo constante na vida política israelense a cada sábado do último ano, com o lema "Saia".

"Nós não gostamos de Bibi de jeito nenhum", comenta Sofer, que afirma ter participado dos protestos a cada fim de semana nos últimos dez meses.

Embora reconheça que Bennett não é o substituto de seus sonhos, este trabalhador da construção civil afirma que "para ganhar uma luta, às vezes você perde pequenas batalhas".

"A sociedade israelense precisa de uma cura" conclui.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu calma em Jerusalém neste sábado (24), após os confrontos mais graves em anos entre judeus de extrema direita, palestinos e forças de segurança, e pediu que o país se prepare "para todos os cenários" possíveis em Gaza.

O dia de sábado correu tranquilo após os tumultos da noite de sexta-feira marcados por confrontos na Cidade Santa, manifestações na Cisjordânia ocupada e foguetes disparados da Faixa de Gaza, aos quais Israel retaliou.

Para evitar novos distúrbios em Jerusalém Oriental, um setor palestino ocupado e anexado por Israel, centenas de agentes foram posicionados ao redor da Cidade Velha no início da noite, de acordo com a polícia.

"Acima de tudo, queremos manter a lei e a ordem pública. Agora, exigimos que a lei seja respeitada e peço a todas as partes que se acalmem", declarou Netanyahu em um comunicado, após uma reunião de emergência com autoridades de segurança israelense.

"Queremos manter a liberdade de culto como todos os anos para todos os habitantes e todos os turistas de Jerusalém", disse o primeiro-ministro em referência à oração na Esplanada das Mesquitas, o lugar sagrado do Islã, em pleno mês do Ramadã.

Os confrontos começaram na sexta-feira à noite nas proximidades da Cidade Velha de Jerusalém, um dia após uma noite de incidentes entre judeus de extrema direita, que protestaram gritando "Morte aos árabes", palestinos e forças de segurança. O saldo: mais de 120 feridos.

A polícia e os jovens palestinos entraram em confronto após a última oração na sexta-feira, que reuniu dezenas de milhares de fiéis na Esplanada das Mesquitas. Os agentes de segurança realizaram várias prisões.

Outros incidentes ocorreram em diferentes bairros palestinos de Jerusalém Oriental, na passagem de fronteira de Qalandiya, que liga Israel à Cisjordânia, e em Belém, na Cisjordânia ocupada.

- "Todos os cenários " -

Mais tarde naquela noite, pelo menos 36 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza - um enclave palestino geograficamente separado da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém - em direção a Israel, de acordo com os militares israelenses. O escudo antimísseis que protege a nação israelense interceptou seis projéteis, enquanto outros caíram em terrenos baldios.

Em retaliação, tanques, caças e helicópteros israelenses atacaram, segundo o exército, posições do Hamas, o movimento islâmico armado que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que nos últimos anos aceitou uma trégua após três guerras contra Israel (2008, 2012 e 2014).

"Na Faixa de Gaza, dei a ordem para a preparação para todos os cenários", afirmou Netanyahu neste sábado.

O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, também declarou que o exército "estava preparado para uma eventual escalada". "Se a calma não for mantida no sul, Gaza será duramente atingida e os responsáveis serão os líderes do Hamas", alertou em um comunicado.

Confrontado com a tensão crescente com o enclave palestino, o chefe do Estado-Maior israelense, Aviv Kochavi, decidiu adiar uma visita aos Estados Unidos que já estava planejada.

Após os confrontos de quinta-feira, os mais violentos dos últimos anos na Cidade Santa, o braço militar do Hamas deu seu apoio aos palestinos em Jerusalém Oriental, alertando Israel: “A centelha que você acender hoje será o estopim para a próxima explosão diante do inimigo".

Os confrontos nos últimos dias em Jerusalém começaram depois que a polícia impediu que a população se sentasse nos degraus ao redor do Portão de Damasco, onde os palestinos costumam se reunir durante o período do Ramadã.

- "Linha Vermelha" -

E como os judeus de extrema direita planejaram se manifestar perto deste grande portão que leva à Cidade Velha, muitos palestinos viram isso como uma provocação e uma tentativa de assumir o controle deste lugar simbólico.

O enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, pediu neste sábado "que todas as partes exerçam o máximo de contenção e evitem uma nova escalada".

"Os atos provocativos em Jerusalém devem parar. O lançamento indiscriminado de foguetes em áreas povoadas viola a lei internacional e deve parar imediatamente", continuou em um comunicado.

Os Estados Unidos disseram estar "profundamente preocupados". E a Jordânia, que administra os lugares sagrados muçulmanos na Cidade Velha, condenou os "ataques racistas" israelenses neste sábado e advertiu que Jerusalém era "uma linha vermelha".

O Irã, inimigo de Israel, condenou "as agressões do regime sionista e dos colonos".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, viajará na quinta-feira (11) aos Emirados Árabes Unidos em sua primeira visita oficial a este Estado que recentemente normalizou suas relações com Israel, informou a imprensa israelense nesta quarta-feira.

Quando falta dez dias para eleições legislativas cruciais para sua sobrevivência política, Netanyahu planeja se reunir com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, o xeique Mohamed bin Zayed Al-Nahyan, informou a imprensa israelense, citando fontes do governo não identificadas.

Consultado pela AFP, o escritório do primeiro-ministro não confirmou nem desmentiu as informações. "Não vamos fazer comentários", disse um alto funcionário do gabinete de Netanyahu.

O primeiro-ministro israelense adiou sua visita aos Emirados e a Bahrein no início de fevereiro devido às restrições de viagem pela pandemia de coronavírus.

Esses dois Estados árabes assinaram em setembro acordos para normalizar suas relações com Israel.

Esses acordos, os primeiros deste tipo entre os países do Golfo e Israel, foram classificados como "traição" pelos palestinos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado que a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de declarar-se competente sobre a situação dos Territórios Palestinos ocupados era "pura e simplesmente antissemitismo".

O tribunal decidiu na sexta-feira que tem jurisdição sobre a situação dos Territórios Palestinos ocupados, o que abre o caminho para que a Procuradoria do TPI inicie uma investigação por crimes de guerra.

"Quando o TPI investiga Israel por falsos crimes de guerra isto é pura e simplesmente antissemitismo", afirmou Netanyahu em um comunicado.

Fatou Bensouda, a procuradora do tribunal, criado em 2002 para julgar os piores crimes cometidos no mundo, havia solicitado ao TPI que decidisse sobre o ponto e assumisse uma investigação preliminar de cinco anos após a guerra de 2014 na Faixa de Gaza.

O TPI "supõe que quando Israel, um Estado democrático, se defende contra terroristas que assassinam nossas crianças e lançam foguetes contra nossas cidades, estamos cometendo um crime de guerra", disse Netanyahu, em referência ao conflito de 2014, durante o qual milhares de projéteis foram disparados de Gaza contra Israel.

Esta guerra deixou 2.251 mortos do lado palestino, em sua maioria civis, e 74 do lado israelense, essencialmente soldados.

"O TPI se recusa a investigar ditaduras brutais, como Irã ou Síria, que cometem atrocidades horríveis diariamente", criticou o primeiro-ministro israelense.

Netanyahu chamou na sexta-feira o TPI de "tribunal político".

Apesar do processo por corrupção, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mostrava vantagens nesta segunda-feira (2) à noite frente ao rival Benny Gantz na terceira eleição legislativa em menos de um ano em Israel, que pretende terminar a maior crise política da história do país.

Segundo as pesquisas de boca de urna divulgadas após o fechamento dos colégios eleitorais davam ao Likud, o partido de Netanyahu, 36 das 37 cadeiras das 120 do Parlamento, enquanto a formação Kahol Lavan (Azul Branco, centro) de Benny Gantz teria conseguido entre 32 a 36 cadeiras.

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"Trata-se de uma grande vitória para Israel", tuitou o primeiro-ministro, que também expressou o seu agradecimento aos eleitores, após a divulgação das primeiras estimativas.

Com os seus aliados da direita e dos partidos ultraortodoxos, Netanyahu poderia conseguir 60 lugares no Parlamento.

O medo do novo coronavírus não parece ter afetado a participação eleitoral, segundo as primeiras informações da Comissão eleitoral, que registrou uma taxa de participação de 65,6% até às 15h (no horário de Brasília).

Com a votação, buscava-se o fim da crise política mais importante do Estado hebreu após as votações de abril e setembro de 2019, em que o Likud, de Netanyahu, e o Azul Branco, de Gantz, ficaram muito igualados.

Desde as últimas eleições o país registrou uma mudança importante: a acusação contra Netanyahu (70 anos), que se tornou em novembro o primeiro chefe de Governo na história de Israel a ser indiciado, concretamente por corrupção, fraude e abuso de confiança.

As acusações contra Netanyahu, que joga seu futuro a apenas duas semanas do início do julgamento, em 17 de março, não provocaram uma perda de apoio ao Likud, segundo as pesquisas.

- Voto árabe -

De acordo com as pesquisas mais recentes, nem o Likud nem o "Azul Branco" conquistarão mais de 30 cadeiras das 120 no Parlamento, o que significa que os resultados dos partidos aliados serão cruciais. A grande incógnita continua sendo o índice de participação.

Netanyahu tem o apoio dos partidos judaicos ultraortodoxos Shas, que capta boa parte dos votos sefardis (judeus orientais), Judaísmo Unido da Torá, dirigido principalmente aos ortodoxos ashkenazis (do leste da Europa) e da lista Yamina (direita radical), do atual ministro da Defesa Naftali Bennett.

O "Azul Branco" tem o apoio dos partidos de esquerda que se uniram em apenas uma lista e poderia, talvez, receber o respaldo pontual da "Lista Unida" dos partidos árabes israelenses, que surpreenderam em setembro com o terceiro lugar, com 13 lugares, uma façanha eleitoral que pretendem superar agora.

"Dessa vez esperamos conseguir 16 (lugares)", disse Ayman Odeh, à frente da Lista Unida. Na segunda à noite, o partido parecia ter conseguido 14 ou 15 lugares.

A "Lista Unida" tenta colher os frutos da frustração entre a minoria árabe israelense (20% da população) com o plano apresentado pelos Estados Unidos para solucionar o conflito israelense-palestino, um projeto aplaudido por Israel e rejeitado pelos palestinos.

Neste contexto, o partido Israel Beitenu, que não simpatiza com nenhum dos grandes blocos, pode ser o fiel da balança. Seu líder Avigdor Lieberman é um nacionalista laico hostil aos partidos árabes e judeus ortodoxos.

O plano do presidente Donald Trump prevê a conversão de Jerusalém na capital "indivisível" de Israel e a transferência do controle de uma dezena de vilarejos e localidades árabes israelenses a um futuro Estado palestino.

- Ganhou a conexão -

Os palestinos, por sua vez, lamentaram os resultados mostrados pelas pesquisas, que dariam vitória aos partidários da "anexação", segundo Saeb Erakat, secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

"A colonização, a anexação e o Apartheid ganharam", ressaltou em comunicado.

Netanyahu centrou a campanha no plano de Trump, prometendo a rápida anexação do vale do Jordão e de colônias israelenses na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel em 1967, como contempla o projeto americano.

Gantz, que também apoio o projeto americano, baseou a campanha nos problemas judiciais do primeiro-ministro, que já governou o país durante 14 anos, os 10 últimos sem interrupção.

"Não merecemos outra campanha suja e deplorável como a que termina hoje e não merecemos esta instabilidade sem fim. Merecemos um governo a serviço da população", declarou o presidente israelense, Reuven Rivlin.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, foi formalmente indiciado nessa terça-feira (29) em três casos de corrupção, horas depois de retirar seu pedido de imunidade parlamentar contra as acusações. O procurador-geral, Avichai Mandelblit, já havia denunciado o premiê, mas não poderia formalizar o processo enquanto a imunidade de Netanyahu não fosse julgada.

Entre os três escândalos, o mais grave é o "Caso 4000", no qual Netanyahu é acusado de garantir favores à principal empresa de telecomunicações do país, a Bezeq Telecom Israel, em troca de uma cobertura positiva sobre ele e sua mulher, Sara, em um site de notícias controlado pelo ex-presidente da empresa.

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Em outro escândalo, conhecido como "Caso 1000", Netanyahu e sua mulher são acusados de receber presentes de Arnon Milchan, um produtor de Hollywood e cidadão israelense, além do bilionário australiano James Packer. Os presentes incluíam garrafas de champanhe e charutos.

O último processo é o "Caso 2000", no qual o premiê teria negociado um acordo com o jornal mais vendido de Israel, o Yedioth Ahronoth, para receber cobertura positiva em troca de uma nova lei que impediria o crescimento de um outro jornal, o Israel Hayom.

Netanyahu pode pegar até 10 anos de cadeia, se condenado por suborno, e até 3 anos por fraude e violação de confiança. O premiê nega ter feito algo errado, alegando ser vítima de uma caça às bruxas com motivações políticas da imprensa e da esquerda para derrubá-lo.

Ontem, Netanyahu retirou o pedido de imunidade por meio de um comunicado enviado de Washington, onde ele estava para a apresentação do plano de paz dos EUA para o Oriente Médio. "Informei o presidente do Parlamento que retiro meu pedido de imunidade. Mais tarde, desmentirei as acusações ridículas formuladas contra mim", disse. "Mas, no momento, não deixarei que meus adversários usem isso para prejudicar o processo histórico que lidero."

Premiê há mais tempo no cargo em Israel, Netanyahu afirmou que o debate sobre sua imunidade no Parlamento tem sido um "circo". Os procedimentos legais agora seguem para o tribunal, embora o cronograma do julgamento ainda seja incerto, podendo levar meses ou anos.

Por isso, nas eleições, Netanyahu aposta não apenas o cargo, mas sua liberdade. A lei israelense determina que um ministro indiciado deve renunciar, mas isso não se aplica ao primeiro-ministro. "Ele sabia que a imunidade não seria concedida. Então, quis se poupar de uma humilhação" disse Amir Fuchs, pesquisador do Instituto de Democracia de Israel. "Ele quer que as pessoas falem sobre o que está acontecendo nos EUA."

Segundo Fuchs, a vitória na eleição de março permite que o premiê refaça seu pedido de imunidade. O principal adversário de Netanyahu, o general Benny Gantz, líder do partido Azul e Branco, usou os problemas legais de Netanyahu em sua campanha. "Os cidadãos de Israel têm uma escolha clara: um primeiro-ministro que trabalhe para eles ou um primeiro-ministro ocupado com si mesmo", escreveu Gantz ontem no Twitter. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O partido trabalhista israelense Gesher e o partido de esquerda Meretz anunciaram, nesta segunda-feira (13), uma aliança para as eleições parlamentares de 2 de março, com o objetivo de derrotar o premier conservador Benjamin Netanyahu.

Em um comunicado, os líderes do Gesher, Amir Peretz, e do Meretz, Nitsan Horowitz, informaram que vão apresentar uma lista conjunta chamada "EMET" ("Verdade") nas próximas eleições.

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"Peretz e Horowitz querem transmitir uma mensagem de união e de esperança de mudança política que será o coração social e a direção política do futuro governo, após o fim da era Netanyahu", acrescenta o comunicado.

Esta é a terceira vez em um ano que o país terá eleições legislativas. Desta vez, estão sendo convocadas após o fracasso de Netanyahu e de seu rival de centro Benny Gantz de formarem uma coalizão, após as eleições de setembro.

A oposição de esquerda busca se unir para evitar que o partido da situação, o Likud, no poder desde 2009 e envolvido em três casos de corrupção, ganhe as eleições em março.

Com seis e cinco cadeiras na disputa de setembro, respectivamente, Gesher e Meretz querem formar uma lista comum para assegurar que ambos superem o limite mínimo de votos (3,25% do total nas urnas), exigido pelo sistema de representação proporcional israelense para se ingressar no Parlamento.

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