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Um palestino foi morto após esfaquear um soldado de Israel em Hebron, na Cisjordânia. Segundo autoridades israelenses, o rapaz de 23 anos atacou a cabeça de um dos soldados, que ficou levemente ferido, e depois tentou esfaquear outro militar quando as forças israelenses atiraram nele.

Em Hebron, ponto constante de violência na Cisjordânia, centenas de judeus ultranacionalistas vivem em assentamentos entre milhares de palestinos.

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Segundo a polícia, o incidente ocorreu em um local próximo a uma região de confronto entre manifestantes palestinos e o exército de Israel. A área é sagrada tanto para o judeus quanto para o muçulmanos. Os judeus dão o nome de Túmulo dos Patriarcas ao local, onde, de acordo com a Bíblia, Abraão, Isaac e Jacó foram enterrados junto com três de suas esposas. Os muçulmanos também reverenciam o lugar, chamado por eles de Mesquita de Abraão.

A atual onda de violência começou em setembro em Jerusalém por causa de tensões a respeito da Cidade Velha de Jerusalém, um local sagrado, que rapidamente se espalhou por Israel, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Já são onze israelenses mortos por ataques de palestinos, enquanto 57 palestinos morreram em conflitos (sendo 37 agressores e o restante vítimas do confronto com o exército israelense).

Israel afirma que o surto de violência é culpa de incitações de autoridades palestinas. Porém, os palestinos dizem que os confrontos são resultado de quase 50 anos de ocupação israelense. Fonte: Associated Press.

O Exército israelense retirou dezenas de judeus que entraram em confronto com palestinos após entrarem ilegalmente em um santuário na Cisjordânia. O local foi recentemente incendiado por palestinos.

Os militares disseram que cerca de 30 judeus entraram no complexo da tumba do patriarca José em Nablus, um local reverenciado pelos judeus como o túmulo da figura bíblica de José. A área está sob controle palestino completo, mas a oração judaica é permitida quando coordenada com as autoridades.

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O Exército disse que a visita de domingo não estava prevista e os adoradores não tinham licença. Quando eles chegaram, foram confrontados por palestinos e um choque violento começou. Em consulta com as forças de segurança palestinas, os militares retiraram os adoradores. Um deles estava levemente ferido e cinco foram levados para interrogatório policial.

Na sexta-feira, agressores palestinos incendiaram o complexo, marcando o primeiro ataque a um local religioso na região. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou o ataque e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que extremistas estavam tentando transformar o atual conflito em algo religioso.

O incidente deste domingo ocorre mais um dia sangrento, no qual agressores palestinos realizaram cinco ataques com facas contra israelenses em Jerusalém e na Cisjordânia. A onda de violência dura mais de um mês e ainda não mostrou sinais de melhora.

No mês passado, oito israelenses foram mortos em ataques palestinos, a maioria deles a facadas. Nesse intervalo, 40 palestinos foram mortos por fogo israelense, incluindo 19 rotulados por Israel como agressores e os outros em confrontos com tropas israelenses.

Os ataques geraram uma sensação de pânico em toda a Israel e elevaram temores de que a região está à beira de uma nova rodada de violência pesada. Israel tomou medidas sem precedentes em resposta aos ataques. O governo local deslocou soldados para cidades israelenses e ergueu barreiras de concreto em alguns bairros árabes de Jerusalém Oriental, de onde veio a maioria dos agressores. Os cidadãos comuns também têm carregado cada vez mais em armas para se proteger.

A onda de violência irrompeu um mês atrás durante o Ano Novo judaico, alimentada por rumores de que Israel estava conspirando para assumir um dos locais mais sagrados de Jerusalém. O local no topo de uma colina é reverenciado pelos judeus como Monte do Templo e abriga a Mesquita de Al-Aqsa, terceiro santuário mais sagrado do Islã e um símbolo nacional para os palestinos.

Israel negou veementemente as acusações e alegou que não tem planos para mudar o status quo no local, onde os judeus estão autorizados a visitar, mas não rezar. O governo local acusa os palestinos de incitarem à violência através das falsas alegações. Os palestinos dizem que a violência é o resultado de quase 50 anos de ocupação israelense, mais de duas décadas de esforços de paz fracassados e uma falta de esperança de ganhar a independência em breve.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que seu governo planeja ofensivas contra as finanças do grupo Movimento Islâmico em Israel, que ele acusa de ser o chefe incitador da violência recente.

Netanyahu disse que o governo tem operado em todas as frentes para deter a onda de ataques e agora vai começar a lidar com a sua fonte, ao se concentrar sobre medidas contra o movimento islâmico e "particularmente as suas fontes de financiamento".

"Israel não é o problema no Templo do Monte, Israel é a solução", disse o dirigente no início de sua reunião semanal de gabinete. "Nós vamos proteger o status quo e somos os únicos que estão fazendo isso e nós vamos continuar a fazê-lo de forma responsável e com seriedade". Fonte: Associated Press.

A palestina de 18 anos de idade Hadeel al-Hashlamon, baleada por tropas israelenses na cidade de Hebron, na Cisjordânia, morreu nesta terça-feira (22), de acordo com seu pai, Salah al-Hashlamon.

As autoridades israelenses admitiram ter disparado contra a jovem, alegando que Hadeel havia tentado esfaquear um soldado em um posto de controle. Ela foi levada para um hospital israelense em estado crítico e morreu em decorrência do ferimento, segundo Salah. O soldado não foi ferido.

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O episódio aconteceu em meio ao aumento das tensões durante grandes feriados judeus e muçulmanos. Um homem foi encontrado morto nesta terça-feira em um vilarejo nas proximidades de Hebron, após ser atingido por uma bomba que estava manuseando, de acordo com militares. Os palestinos afirmam que as causas por trás da morte não são claras.

A tensão se concentra na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. O local é conhecido por judeus como Monte do Templo, e como O Nobre Santuário, por muçulmanos. Na semana passada, palestinos se entrincheiraram no templo e entraram em confronto com a polícia, atirando pedras e fogos de artifício. O confronto pode continuar por dias. Fonte: Dow Jones Newswires.

Palestinos e forças israelenses se enfrentaram neste sábado (1º) em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, após a morte de dois jovens palestinos nos incidentes posteriores ao falecimento de um bebê, queimado vivo por extremistas judeus. Na manhã de hoje, o exército decretou como zona militar a localidade de Kusra, norte da Cisjordânia, abalada por violentos confrontos entre palestinos e colonos judeus.

Em Jerusalém Oriental, dois policiais e 10 palestinos ficaram feridos nos incidentes registrados neste sábado. A morte do bebê, na madrugada de sexta-feira, no ataque de extremistas judeus contra a casa da família Dawabchen, ao norte da Cisjordânia, provocou uma onda de manifestações reprimidas pelas forças israelenses.

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O pequeno Ali, de 18 meses, morreu queimado, e seus pais e o irmão de quatro anos lutam pela vida, depois que homens encapuzados lançaram bombas incendiárias dentro da casa da família. O pai, Saad Dawabcheh, tem queimaduras de terceiro grau em 90% do corpo e se encontra em "estado crítico", informou o hospital de Beer-Sheva, sul de Israel. A esposa e o outro filho se encontram em "estado muito grave e suas vidas correm perigo", segundo o hospital Tel Hashomer de Tel Aviv.

- 'Terroristas judeus' -

O ataque, cometido por "terroristas judeus", segundo a expressão com um rigor pouco frequente por parte do governo de Israel, é o mais recente de uma longa série de represálias executadas pela extrema-direita israelense e os colonos. Depois de cada medida considerada um agravo pela ultradireita israelense, os militantes se vingam dos palestinos, dos árabes-israelenses, os locais de culto cristãos e muçulmanos, e inclusive do exército israelense.

Na quarta-feira, Israel destruiu duas casas em construção na colônia de Bet El, perto de Ramallah, e anunciou que construiria "imediatamente" 300 mais. Dois dias depois, a casa da família Dawabcheh foi atacada.

Os criminosos pintaram no muro da casa uma estrela de David e as palavras "vingança" e "o preço a pagar", lemas utilizados com frequência pelos extremistas judeus. Muitos ataques do tipo ficaram impunes, razão pela qual continuam acontecendo, argumentam, de maneira unânime, ativistas dos direitos humanos, palestinos e a comunidade internacional.

Mas na sexta-feira, diante da comoção provocada pelas imagens do pequeno corpo envolvido em uma bandeira palestina, os dirigentes israelenses, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu à frente, denunciaram um "ato de terrorismo". Netanyahu e o presidente Reuven Rivlin visitaram, em um ato excepcional, Riham e Ahmed Dawabcheh, mãe e irmão do bebê morto.

O presidente israelense ligou para o presidente palestino Mahmud Abbas para garantir que a justiça será feita. "Duvido que Israel faça uma verdadeira justiça", respondeu, cético, Abbas, antes de acrescentar que vai incluir o novo "crime de guerra" de Israel no dossiê que pretende entregar ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

- Consternação em Israel -

Na sexta-feira, dia tradicional de mobilização, as manifestações se transformaram em cortejos fúnebres em homenagem ao bebê, que virou para os palestinos um novo símbolo da violência dos colonos, responsáveis, segundo a Autoridade Palestina, por 11.000 ataques nos últimos 10 anos. As manifestações terminaram em confrontos com as forças israelenses.

Um adolescente palestino ferido por um tiro do exército no campo de refugiados de Jalazun, perto de Ramallah, faleceu durante a madrugada. Outro palestino foi morto em Gaza por militares israelenses, sob a alegação de que se aproximou demais do muro que separa Israel do território palestino. Durante a noite de sexta-feira e a manhã deste sábado foram registrados novos confrontos em Jerusalém Oriental e em uma localidade do norte da Cisjordânia.

O ato de violência da extrema-direita que deixou os israelenses particularmente consternados aconteceu um dia depois de um judeu ultraortodoxo ter esfaqueado seis pessoas no desfile do Orgulho Gay em Jerusalém, repetindo uma agressão de 2005 que o levou a passar 10 anos na prisão. Um protesto contra a extrema-direita foi convocado para este sábado em Tel Aviv.

O presidente palestino Mahmoud Abbas tornou ilegal o maior sindicato de trabalhadores da Cisjordânia e prendeu dois de seus oficiais superiores. O anúncio foi feito pelo escritório de Abbas após uma série de greves do sindicato que exigiam mais benefícios. Abbas declarou que as paralisações eram ilegais e "prejudicavam o interesse público".

Moayad Amer, um funcionário do sindicato de 40.000 membros, afirmou neste domingo que os funcionários estavam tentando que seus líderes fossem liberados. "É o nosso direito ter um sindicato", declarou.

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As prisões foram vistas como sinal de uma crescente intolerância a dissentes por parte de Abbas. O analista Jihad Harb disse que Abbas está governando "de forma autocrática" desde que perdeu o controle da Faixa de Gaza para o grupo militante rival Hamas em 2007. Fonte: Associated Press.

O líder palestino, Mahmoud Abbas Abbas, afirmou nesta terça-feira que vai submeter uma resolução ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentando um cronograma de três anos para que as forças israelenses deixem a Cisjordânia.

"Essa semana eu vou propor à ONU um novo cronograma para negociações de paz. O ponto central é concordar com um mapa para delimitar as fronteiras de cada país", afirmou Abbas.

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A resolução será entregue imediatamente após Abbas discursar na Assembleia Geral da ONU. O líder palestino vai se reunir com o secretário de estado americano, John Kerry, nesta terça-feira (23), e está pouco otimistas de que a resolução seja aprovada em uma votação no Conselho de Segurança. É quase certo que os EUA vão vetar tal medida, uma vez que a única resolução no conflito palestino-israelense foi feita em negociações diretas entre os dois lados.

Na segunda-feira, Abas afirmou que uma rejeição da ONU o levaria a procurar outras instituições internacionais, incluindo a Corte Penal Internacional, abrindo a porta para acusações de crimes de guerra contra Israel por suas ações militares em Gaza e pela construção de assentamentos judeus na Cisjordânia.

Os EUA têm encorajado Abbas a não procurar o Conselho de Segurança, mas não ofereceram uma alternativa, de acordo com autoridades palestinas que falaram em condição de anonimato. Abbas vai aproveitar as reuniões na Assembleia Geral da ONU para buscar apoio internacional a seu plano.

O primeiro ministro palestino, Rami Hamdalla, pediu nesta terça-feira US$ 3,8 bilhões em ajuda urgente para reconstruir a Faixa de Gaza após o recente conflito na região. Ele informou que a Arábia Saudita se comprometeu a doar US$ 500 milhões e outras nações sinalizaram que participariam da iniciativa. Fonte: Associated Press.

A gruta da Natividade de Belém, na Cisjordânia, foi levemente danificada por um incêndio acidental ocorrido nesta terça-feira, indicou o governador da cidade.

Uma lâmpada a óleo provocou um incêndio por volta da 01h30 GMT (22h30 de Brasília) que queimou as cortinas nas paredes da gruta, o local onde, segundo a tradição cristã, Jesus nasceu, indicou Abdel Fatah Hamayel.

O incidente ocorreu poucas horas após o retorno do Papa a Roma depois de sua viagem à Terra Santa. Durante sua visita de três dias, Francisco rezou na gruta, um dos locais santos do cristianismo.

"O acidente ocorreu porque uma lâmpada a óleo caiu. O incêndio se extinguiu sozinho", explicou o governador.

Pouco antes de o Papa deixar Jerusalém foi declarado um incêndio de origem criminosa em uma das principais igrejas católicas de Jerusalém, no Monte Sião, que ainda está sendo investigado.

Israel anunciou nesta sexta-feira o projeto para a construção de novas 1.400 residências em assentamentos judaicos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios que os palestinos querem para seu futuro Estado. Embora o anúncio não seja uma surpresa, ele deve irritar os palestinos e prejudicar aos esforços de paz liderados pelos Estados Unidos, retomados em julho pelo secretário de Estado norte-americano John Kerry.

O Ministério da Habitação de Israel disse que 800 novas moradias serão construídas na Cisjordânia e 600 em Jerusalém Oriental. A anúncio era esperado, principalmente depois de Israel libertar, no final de dezembro, 26 prisioneiros palestinos que cumpriam longas penas. A ação é parte de um acordo fechado entre Israel e os palestinos quando as negociações foram retomadas.

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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já fez anúncios desse tipo anteriormente para conter as críticas sobre a libertação de prisioneiros palestinos, muitos dos quais condenados pelo assassinato de civis e soldados israelenses.

As novas construções devem ser erguidas em Ramat Shlomo, um enclave em Jerusalém Oriental, e em vários assentamentos na Cisjordânia.

Desde que as negociações de paz foram retomadas, Israel divulgou projetos para a construção de 5.500 novas moradias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, disse Yariv Oppenheimer, do grupo contrário aos assentamentos Peace Now. Isso é um aumento significativo, comparado à média anual de 2 mil a 3 mil nos anos anteriores.

"O novo plano de construção em assentamentos é uma mensagem de Netanyahu para Kerry não voltar à região para levar adiante seus esforços para as negociações de paz entre Israel e palestinos", afirmou Saeb Erekat, que há anos atua como negociador palestino nas conversações com o govenro israelense.

"Cada vez que Kerry intensifica seus esforços, voltando à região (para mais conversações), Netanyahu intensifica seus esforços para destruir o processo de paz. Netanyahu está determinado a destruir a solução de dois Estados. É hora de responsabilizarmos Israel por seus crimes", afirmou. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O governo de Israel está levando adiante os planos para a construção de 272 novas unidades habitacionais em duas isoladas colônias judaicas na Cisjordânia ocupada, em terras reivindicadas pelos palestinos para o estabelecimento de um futuro Estado independente.

O passo final do processo de aprovação coincide com o encerramento de uma nova viagem do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ao Oriente Médio como parte dos esforços em busca de um acordo de paz entre israelenses e palestinos.

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De acordo com o grupo Paz Agora, contrário aos assentamentos, autoridades israelenses publicaram ontem no diário oficial os planos de construção nas colônias judaicas de Ofra e Karnei Shomron. As obras podem começar dentro de alguns dias.

O major israelense Guy Inbar confirmou a publicação do plano de obras. Segundo ele, o plano foi aprovado em outubro pelo governo.

Kerry deixou a região hoje. A expectativa é de que ele regresse ao Oriente Médio na próxima semana e apresente uma proposta com as bases de um eventual acordo. Fonte: Associated Press.

O governo de Israel abriu licitação para a construção de 20 mil habitações para colonos judeus na Cisjordânia ocupada, denunciou nesta terça-feira a organização não-governamental (ONG) Peace Now. Yariv Oppenheimer, diretor da ONG israelense contrária aos assentamentos, fez a afirmação em entrevista à rádio pública do país.

Trata-se da maior licitação de habitações em assentamentos judaicos desde a retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos.

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O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alegou se opor à construção de 1.200 casas na região em litígio conhecida como E1, nas proximidades de Jerusalém.

Segundo Oppenheimer, o fato do governo levar adiante o processo de licitação para as 18.800 unidades remanescentes demonstra um compromisso com projetos mais amplos de colonização dos territórios ocupados reivindicados pelos palestinos para o estabelecimento de um futuro Estado. Segundo estimativa do jornal israelense Haaretz, essas unidades custarão US$ 13 milhões.

"A destinação desses recursos públicos sugere que o governo é sério quanto à expansão de assentamentos e apenas finge negociar enquanto prossegue na construção de novas unidades para colonos", acusou o diretor da Peace Now.

Para ele, isso também mostra que Netanyahu não acredita em uma solução pacífica bilateral entre Palestina e Israel.

A denúncia vem à tona depois de negociadores palestinos terem afirmado que o fracasso na busca por um acordo de paz com Israel seria melhor do que um pacto que permita ao país continuar a construção de assentamentos nos territórios ocupados.

"Acreditamos que seja melhor sair sem nenhum acordo do que com um acordo ruim", afirmou o negociador Mohammed Shtayyeh na segunda-feira. Ele acusa Israel de ter entrado nas negociações apenas para aliviar a pressão internacional, enquanto o país continua a construção de assentamentos nos territórios conquistados durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Autoridades israelenses alegaram que o anúncio da construção das moradias de colonos estaria de acordo com entendimentos tácitos entre os dois lados, em função da libertação de 52 prisioneiros palestinos.

Os palestinos negam que exista tal acordo, assim como o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em sua última visita à região, na semana passada. Fonte: Associated Press.

O ministro da Habitação israelense, Uri Ariel, afirmou nesta quinta-feira (24) que quer duplicar o número de casas para os colonos no centro da cidade palestina de Hebron, na Cisjordânia. Ariel, membro do partido nacionalista Lar Judaico, se declarou favorável ao lançamento de um "programa concreto para construir 100 casas em Hebron".

"Há terrenos e estamos preparando o projeto. Esperamos começar a construir no próximo ano", acrescentou Ariel, cujas declarações foram divulgadas pela rádio militar.

Cerca de 190.000 palestinos vivem em Hebron, a principal cidade da Cisjordânia, em um clima de tensão permanente com os quase 700 colonos judeus instalados em um enclave no coração da cidade sob a proteção de milhares de soldados israelenses. Esta colônia conta com 80 casas.

Ariel fez estas declarações depois de um encontro em Roma entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o secretário americano de Estado, John Kerry, que falaram, entre outras coisas, das negociações entre israelenses e palestinos.

Soldados israelenses mataram, nesta quinta-feira (17), um palestino que tentou invadir uma base militar na Cisjordânia, informaram fontes da segurança palestina e uma porta-voz do Exército hebreu. Segundo a porta-voz militar, o palestino morreu quando tentava entrar em uma base usando um trator.

Fontes palestinas disseram que Yunes Ahmed Radaida, de 30 anos, morreu em um hospital israelense em decorrência dos ferimentos sofridos. O incidente ocorreu na base militar no bairro de Al Ram, a sudoeste de Ramallah, próxima à barreira de segurança que separa Jerusalém Oriental da Cisjordânia, informou o Exército, acrescentando que os soldados abriram fogo quando o palestino já estava dentro da base.

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"Por volta das 19H00, um terrorista ao volante de um trator invadiu a base e tentou atropelar um soldado. No interior da base, o trator danificou vários veículos militares", segundo o comunicado. "Os soldados avaliaram rapidamente a gravidade da situação e agiram com rapidez para deter o terrorista...".

Segundo fontes palestinas, Yunes Ahmed Radaida era irmão de Merii Radaida, morto por soldados israelenses em março de 2009 na cidade de Jerusalém quando atacava com uma escavadeira um ônibus e um carro da polícia.

Moradores do povoado cisjordaniano de Jaloud acusam colonos judeus mascarados de terem invadido uma escola, destruído carros e ateado fogo em oliveiras durante um ataque que obrigou os professores a se trancarem com os alunos nas salas de aula.

Fawzi Ali, que leciona na escola atacada, disse que os colonos chegaram atirando pedras na manhã desta quarta-feira. O ataque levou os professores a se trancarem com os alunos nas salas enquanto as portas eram apedrejadas.

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Depois, segundo o relato de Ali, os colonos quebraram parabrisas de carros estacionados na escola e atearam fogo em oliveiras ali plantadas.

Colonos radicais estabeleceram um assentamento avançado nas proximidades de Jaloud e já houve incidentes na região no passado recente. O exército de Israel informou que está investigando a denúncia. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o congelamento dos projetos de construção de novas colônias judaicas na Cisjordânia para facilitar os esforços dos Estados Unidos para reativar as negociações de paz com os palestinos, informou a rádio militar israelense.

Netanyahu anunciou a decisão há alguns dias ao ministro da Habitação, Uri Ariel, membro do Lar Judeu, partido ultranacionalista religioso favorável à colonização.

Ariel não confirmou nem desmentiu a informação, assim como o gabinete do primeiro-ministro.

"Não tenho a intenção de revelar o conteúdo de minhas conversas com o primeiro-ministro", afirmou o ministro da Habitação.

Mas ele não descartou a possibilidade de seu partido votar contra o projeto de orçamento, que será apresentado na próxima semana, caso os projetos sejam congelados.

Uma deputada do Lar Judeu, Ayalet Shaked, disse que o ministério preparou milhares de autorizações de assentamentos na área de Judeia e Samaria, na Cisjordânia.

"Mas para que as autorizações virem construções é indispensável a assinatura do primeiro-ministro, e por razões não explicadas ainda não assinou", disse a deputada.

Segundo a rádio, a decisão de Netanyahu contradiz a promessa feita antes das eleições de janeiro de autorizar a construção de centenas de novas casas nas colônias israelenses.

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Em visita ao território palestino, durante esta semana, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu a criação de um território da Palestina e disse que o país está fortemente comprometido com este propósito.

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Obama ainda condenou a construção de colônias israelenses no território palestino. A reportagem da AFP traz mais informações sobre as negociações entre Israel e Palestina.

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Os palestinos que moram em Belém já se preparam para uma possível visita de Jorge Mario Bergoglio ao local de nascimento de Jesus. "Felicitamos nossos irmão da Igreja Católica por ocasião desse evento tão grandioso, esperamos o dia em que Sua Santidade irá visitar a Igreja da Natividade", afirmou o clérigo Theodosius Atallah Hanna.

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Outros religiosos da Cisjordânia também estão esperançosos de que a nova administração da Igreja Católica renove a luta pelo estatuto palestino em Jerusalém. Segundo o Conselheiro do Patriarca Latino de Jerusalém, Peter Madros, a esperança é de que Francisco continue o trabalho de São Francisco de Assis e os franciscanos, no que compete ao apoio dado aos locais sagrados, ao povo de Deus e à justiça.

O governo de Israel autorizou a construção de 90 casas na colônia judia de Beit El, no território palestino de Ramallah, na Cisjordânia, num movimento que deve aumentar a tensão na região antes da visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A visita será a primeira de Obama ao país e deve ocorrer no fim de março.

O integrante da ONG Peace Now Hagit Ofran disse que o plano está em fase final de aprovação e que a construção das casas poderia começar em alguns dias. No domingo, o Ministério da Defesa confirmou ter autorizado o planejamento da construção de 346 novas casas em duas outras colônias na Cisjordânia.

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As informações são da Associated Press.

Um diplomata europeu disse que a Alemanha e três outros países, Grã-Bretanha, França e Portugal - o chamado E4 - estão preparando um comunicado no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que condenará o plano de Israel de expandir os assentamentos de colonos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, territórios da Palestina. O diplomata disse que os detalhes do comunicado estão em finalização e nele os quatro países europeus afirmarão em termos fortes que a expansão dos assentamentos ameaça a possibilidade de uma solução baseada em dois Estados entre Israel e a Palestina.

As informações são da Associated Press.

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A agência oficial de notícias da Autoridade Nacional Palestina (ANP), a Wafa, informou na noite desta segunda-feira que o presidente palestino Mahmoud Abbas pedirá o status de Estado não membro observador na Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 29 deste mês. Se concedido, o status poderá dar maior peso às reivindicações da ANP por um Estado palestino em Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza.

Os palestinos esperam também usar o possível novo status para aderir a corpos jurídicos da ONU, como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Corte Internacional de Justiça (CIJ). Israel e os Estados Unidos são contra a adesão palestina, ao dizerem que a ANP precisa negociar a independência palestina e não tomar medidas unilaterais. No domingo, o presidente dos EUA, Barack Obama, telefonou para Abbas e tentou convencê-lo a não fazer o pedido de adesão.

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As informações são da Associated Press.

Palestinos na Cisjordânia votaram nas eleições municipais, neste sábado (20), o primeiro pleito em seis anos e que agravou a disputa entre os dois principais partidos políticos locais. Os resultados devem ser anunciados neste domingo.

A estimativa é de que 10% dos eleitores tenham votado nas primeiras três horas. A modesta participação reflete, em parte, anos de desilusão tanto com o Fatah, o partido do presidente Mahmoud Abbas, quanto com o Hamas, dos militantes islâmicos da Faixa de Gaza, que bloquearam os locais de votação e boicotaram o pleito.

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Os dois partidos não conseguiram se reconciliar depois de uma divisão de cinco anos.

O Hamas e outros palestinos dizem que as eleições na Cisjordânia são capazes de aprofundar as divisões e fazer com que a Autoridade Palestina faça eleições parlamentares em separado.

A autoridade palestina, com apoio dos EUA e dominada pelo Fatah, elogiou o pleito como um estímulo para a democracia na Palestina. Se o número de eleitores, de fato, ficar baixo poderia ser constrangedor para o Fatah.

A última vez que os palestinos tiveram eleições foi para voto parlamentar em 2006. As eleições para presidente e para municípios foram feitas em 2005. Os mandatos de todos os políticos expiraram há anos.

A eleição está sendo ofuscada, em parte, pela crise crônica orçamentária da Autoridade Palestina.

Diversos observadores nesta eleição, apesar das condições não ideais, argumentam que o fato de os palestinos conseguirem ter uma eleição depois de anos de paralisia é significativo. As informações são da Dow Jones.

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