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O primeiro-ministro do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniya, anunciou uma reforma em seu gabinete neste domingo (2), com a troca de sete ministros. Segundo Haniya, a reforma foi "um procedimento normal após seis anos de trabalho de alguns ministros para atingir resultados específicos no período".

A mudança foi aprovada numa reunião de integrantes do parlamento palestino, conhecido como Conselho Legislativo Palestino. No entanto, o encontro incluiu apenas integrantes do Hamas, o que ajudou a aprofundar a divisão com o governo palestino da Cisjordânia.

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O Hamas tem controlado a Faixa de Gaza desde que expulsou as forças leais ao presidente Mahmud Abbas em 2007. Repetidas tentativas de reconciliar os dois territórios sob um único governo têm fracassado.

O novo gabinete, assim como o anterior, está formado apenas por integrantes do Hamas. Em maio, o governo do presidente Mahmoud Abbas, na Cisjordânia, também reformou seu gabinete, trazendo sete novos ministros, o que foi fortemente criticado pelo Hamas. Na ocasião, o grupo disse que a reforma provava que Abbas não estava comprometido com a formação de um governo de unidade nacional.

Haniya afirmou que continuava pronto "para tomar as medidas necessárias para formar um governo de coalizão se surgirem condições apropriadas".

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

As forças de segurança de Israel evacuaram centenas de acampamentos judeus ilegais neste domingo (2) em Migron, na Cisjordânia. A saída dos colonos é uma rara vitória dos proprietários de terra palestinos e ativistas israelenses defensores da paz, destaca notícia do jornal "The Wall Street Journal".

Trata-se da maior evacuação desde que Israel se retirou da Faixa de Gaza em 2005. Cerca de 50 famílias foram escoltadas pela polícia ao deixarem suas moradias. Nas paredes das casas, algumas frases acusavam o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de "destruir" Migron.

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A evacuação foi ordenada pelo governo israelense na última semana, após meses de pressão e de descumprimento das datas impostas pela Suprema Corte do país. Contra a operação, houve intenso lobby de líderes dos colonos e aliados do partido Likud, ao qual pertence Netanyahu.

Migron foi o principal dentre dúzias de assentamentos ilegais criados entre os anos 90 e 2000 que tinham o objetivo de expandir a presença de judeus e impedir a formação de um estado palestino. Em 2003, o governo israelense prometeu aos Estados Unidos que removeria alguns dos acampamentos, mas nunca cumpriu.

"Estamos comprometidos com a lei e com o fortalecimento dos acampamentos", disse Netanyahu neste domingo. "Não há contradição entre as duas coisas", completou.

As informações são da Dow Jones.

Autoridades israelenses negaram a entrada de cerca de cem ativistas pró-Palestina, incluindo três americanos, que tentavam atravessar a fronteira da Jordânia para a Cisjordânia. Segundo a organizadora do movimento "Bem vindo à Palestina", a francesa Olivia Zemor, os agentes de Israel não fizeram nenhuma pergunta e, sem explicações, carimbaram "entrada negada" nos passaportes.

Ela contou que o grupo tinha como objetivo entregar uma tonelada de materiais escolares a crianças palestinas nos campos de refugiados de Belém, cidade palestina localizada na parte central da Cisjordânia.

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Israel, que controla a Ponte Allenby, única passagem entre Jordânia e Cisjordânia, já havia bloqueado protestos semelhantes no aeroporto próximo a Tel-Aviv e nos portos da Faixa de Gaza.

Olivia disse que os ativistas querem que Israel dê liberdade de deslocamento para os palestinos e seus visitantes. Outros membros também exigem a retirada do bloqueio israelense em Gaza. Ela afirmou que o grupo, cuja faixa de idade varia entre dez e 80 anos, se comportava de modo pacífico e não estava armado.

Segundo a organizadora, alguns dos manifestantes tentaram atravessar a ponte, mas foram ordenados a voltar para a Jordânia. Ela declarou que os membros do movimento foram escoltados pela polícia antimotim e outros agentes de segurança na direção da capital da Jordânia, Amã. O grupo disse que espera visitar um campo de refugiados palestinos perto de Amã. As informações são da Associated Press.

O presidente de Israel, Shimon Peres, condenou nesta terça-feira ataques desfechados por extremistas judaicos contra palestinos e um jovem árabe-israelense no final de semana passado. Peres disse que está "mortificado" com os ataques "intoleráveis" feitos pelos extremistas. Um bando de adolescentes judeus espancou um adolescente árabe-israelense de 17 anos até a inconsciência em Jerusalém, enquanto em outro incidente desconhecidos jogaram uma bomba incendiária contra um taxi palestino na Cisjordânia.

Um dos adolescentes suspeitos de terem espancado o jovem árabe foi detido e levado ao tribunal, onde na segunda-feira disse que sua vítima "poderia morrer, eu não ligo - ele é um árabe", disse o agressor. O suspeito faz parte de um grupo de sete jovens, todos com idades entre 13 e 19 anos, detidos por atacarem Jamal Julani, de 17 anos. Julani estava em condições críticas quando foi levado a um hospital em Jerusalém. Ele retomou a consciência, mas permanece hospitalizado, disse uma porta-voz do Centro Médico Hadasseh nesta terça-feira.

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O porta-voz da polícia de Israel, Micky Rosenfeld, minimizou o ataque contra Jamal e disse que não foi um ato de extremistas judaicos, mas "apenas de garotos", insuflados por uma moça judia que afirmou ter sido sexualmente assediada por um árabe. O advogado da moça em questão negou isso. Rosenfeld também disse que ninguém foi preso no ataque incendiário contra o taxi palestino, que deixou seis pessoas feridas. Um dos feridos permanece internado em estado grave.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu levar os responsáveis pelo ataque incendiário ao taxi à Justiça. "Nós não toleraremos o racismo e não toleraremos a combinação de racismo e violência", afirmou Netanyahu, O vice-premiê de Israel, Moshe Yalon, descreveu os dois incidentes violentos como "atos terroristas" que "vão contra a ética e os valores judaicos".

*As informações são da Associated Press.

O governo palestino deteve nas últimas semanas cerca de 200 pessoas, inclusive oficiais de segurança, na maior ofensiva contra armas ilegais no território da Cisjordânia em cinco anos, informou um porta-voz nesta segunda-feira.

A operação foi incomum porque teve também como alvo supostos justiceiros ligados ao movimento Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas. Em outras ocasiões, as forças de segurança visavam principalmente simpatizante armados dos grupos rivais Hamas e Jihad Islâmica.

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Dos cerca de 200 detidos desde maio, pouco menos de 100 foram libertados depois de entregarem suas armas. Os demais continuam presos, segundo o porta-voz da polícia palestina, Adnan Damiri. Em torno de 100 armas foram confiscadas, acrescentou ele.

A operação foi motivada por um ataque lançado em maio contra a casa do governador do distrito de Jenin, Kadoura Mousa, que posteriormente morreu de ataque cardíaco. Suspeitos de terem participado do atentado estão entre os detidos, afirmou Damiri. Outros estão sob custódia por acusações que vão de tráfico de armas a extorsão e ataques a oficiais de segurança. As informações são da Associated Press.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, elogiou Mahmud Abbas, seu colega palestino, nesta terça-feira pelo que disse ser uma posição "responsável" nas negociações com Israel, congeladas há quase quatro anos, e afirmou que a Rússia não tem problemas em reconhecer o Estado palestino.

Putin, que está em visita à região, também fez críticas veladas a Israel, dizendo que medidas unilaterais - uma aparente referência à construção de assentamentos judaicos em terras conquistadas após a guerra - não são construtivas.

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A rara viagem de Putin à Cisjordânia ocorre após uma breve visita a Israel, onde as discussões se concentraram na violência na Síria e no programa nuclear iraniano. A Rússia faz parte do Quarteto para o Oriente Médio, composto também pelos Estados Unidos, União Europeia e Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente russo fez as declarações no final da visita, na cidade bíblica de Belém, tendo Abbas a seu lado. Putin inaugurou um centro cultura russo na cidade e visitou uma igreja da Natividade, construída sobre o local onde Jesus Cristo teria nascido.

As negociações sobre os termos para a definição do Estado palestino foram rompidas em 2008. Repetidos esforços para a retomada das conversações fracassaram.

Após a visita, Putin seguiu viajou para a Jordânia para se encontrar com o rei Abdullah II. Autoridades disseram que eles conversaram sobre o derramamento de sangue na Síria, as negociações de paz no Oriente Médio, o programa nuclear iraniano e a ajuda russa para a construção de um reator nuclear, com fins pacíficos, na Jordânia, além da modernização do terminal petrolífero no Golfo de Ácaba.

Durante a reunião, Abdullah pediu uma "solução política para a crise síria que proteja a unidade e a estabilidade do país e encerre a violência e o derramamento de sangue", diz um comunicado do Palácio Real. Ele disse que a solução deve ter "um consenso árabe e internacional". As informações são da Associated Press.

A chefe de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, condenou nesta sexta-feira o novo impulso de Israel na construção de assentamentos de colonos judeus na Cisjordânia, ao pedir ao governo israelense que mostre comprometimento com a paz e reverta a decisão.

"Eu lamento os planos do governo de Israel em construir mais de 800 moradias adicionais", disse Ashton em comunicado. "A construção de assentamentos prejudica os atuais esforços de paz". Nesta semana, o governo de Israel anunciou a construção de centenas de novas moradias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, irritando a liderança palestina.

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As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro de Israel ordenou nesta quarta-feira a construção de mais 300 residências num assentamento na Cisjordânia, medida que tem como objetivo aplacar a raiva dos colonos após o veto parlamentar a uma lei que manteria em pé um assentamento ilegal.

Netanyahu está às voltas com uma crise doméstica sobre o assentamento no posto avançado de Ulpana. A Suprema Corte ordenou que os cinco prédios de apartamentos sejam demolidos até 1º de julho, após determinar que eles foram construídos em terras palestinas privadas.

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O premiê disse que vai respeitar da decisão, mas colonos judeus e seus aliados no governo Netanyahu prometeram resistir à ordem judicial.

A decisão de construir as novas residências foi anunciada pouco depois de o Parlamento ter rejeitado uma tentativa dos radicais de evitar a demolição de Ulpana. A proposta era uma tentativa de manter intactos os prédios, que abrigam 30 famílias, e indenizar os proprietários das terras. Mas, sob pressão de Netanyahu, o Parlamento vetou a medida por 69 votos a 22.

Netanyahu se opôs ao projeto, afirmando que ele seria revogado pela Suprema Corte e geraria duras críticas internacionais.

Para conter a ira dos colonos, Netanyahu apresentou uma outra solução. Em vez de demolir os prédios, ele planeja removê-los para o assentamento de Beit El, que fica nas proximidades, e também prometeu construir mais 300 casas em Beit El.

"Israel é uma democracia que respeita a lei e, como primeiro-ministro, eu sou obrigado a preservar a lei e os assentamentos e eu digo que não há contradição entre os dois", declarou o premiê.

"Esta fórmula fortalece os assentamentos", acrescentou ele. "O tribunal tomou sua decisão e nós a respeitamos. Em paralelo, Beit El será expandido. As 30 famílias ficarão em Beit El e receberão a companhia de mais 300 novas famílias." As informações são da Associated Press.

Centenas de presos palestinos concordaram nesta segunda-feira em acabar com uma semana de greve de fome após conquistarem concessões de Israel para melhoras nas condições de detenção, anunciaram as duas partes. No total, a greve chegou a envolver alguns presos por 77 dias, deixando vários em situação crítica e correndo o risco de morte. O final da greve ocorre na véspera de um dia importante para os palestinos - o 15 de maio, quando eles lembram a expulsão de centenas de milhares de antepassados das terras que hoje são Israel, no chamado naqba - desastre, em árabe.

Entre as demandas que Israel atendeu estão a permissão para os presos receberem a visita de familiares da Faixa de Gaza - proibidas desde 2006 - a autorização para que possam usar telefones celulares para se comunicarem com parentes fora das prisões, e a suspensão da política israelense das "detenções administrativas", que permitem que um suspeito fique detido por meses ou até anos sem julgamento.

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Em troca os detentos palestinos se comprometeram "a suspender totalmente as atividades terroristas em Israel lançadas a partir das cadeias", disse o Shin Bet, polícia interna de Israel. O Shin Bet também afirma que comandantes dos grupos militantes livres se comprometeram a "prevenir atividades terroristas".

Israel informou que 1.600 prisioneiros, ou mais de um terço dos 4.500 palestinos que no momento estão nas prisões israelenses, aderiram à greve de fome. Os palestinos afirmam que o número estava próximo a 2.500. O destino dos prisioneiros é um tema importante na sociedade palestina, onde cada família tem pelo menos uma pessoa que cumpriu sentenças de prisão em Israel.

As informações são da Associated Press.

Reportagens da mídia israelense indicam que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chegou a um acordo com o maior partido da oposição, o Kadima (centro), para um governo de unidade, o que levou à desistência da antecipação das eleições, programadas para 2013, mas que o Partido Likud (direita) do premiê queria antecipar para setembro. Não houve nenhum comentário do governo sobre o acordo anunciado nas primeiras horas da terça-feira (hora local em Israel).

Mais cedo nesta segunda-feira, o governo de Israel propôs que as eleições fossem antecipadas para 4 de setembro. Mas desacordos sobre uma série de questões domésticas, como a isenção dos ultraortodoxos do serviço militar e o destino dos assentamentos clandestinos na Cisjordânia levaram Netanyahu a desistir do projeto.

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As informações são da Associated Press.

As autoridades de Israel disseram que milhares de policiais e soldados fizeram os últimos preparativos para uma série de protestos programados pelos palestinos e árabes israelenses para a sexta-feira, os quais deverão ocorrer em Israel, na Cisjordânia e também nas fronteiras dos países árabes com Israel, como parte do "Dia da Terra", um protesto anual organizado por ativistas palestinos contra a política de terras do governo de Israel. Para os árabes israelenses e palestinos, o Dia da Terra marca uma greve que ocorreu em 30 de março de 1976 contra um projeto do governo de Israel que pretendia desapropriar terras de palestinos. Os árabes fizeram uma greve geral que foi violentamente reprimida, deixando pelo menos seis mortos.

O porta-voz da polícia de Israel, Mike Rosenfeld, disse que a segurança foi reforçada no final da tarde desta quinta-feira, pela hora local. Várias unidades policiais foram enviadas a partes diferentes do país. Os militares de Israel também se disseram prontos para "qualquer eventualidade" e farão "o que for necessário" para proteger as fronteiras.

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As informações são da Associated Press.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), que presta assistência a cerca de 5 milhões de pessoas no Oriente Médio, está pedindo US$ 75 milhões para ajudar a pagar por escolas, clínicas e para fornecer uma pequena renda para auxiliar os mais pobres. A UNRWA atua no Líbano, Síria, Jordânia, Faixa de Gaza e Cisjordânia.

Filippo Grandi, comissário geral da UNRWA, disse nesta sexta-feira que a agência tem no alvo principalmente economias emergentes e poderes políticos em ascensão, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ele espera que esses países dividam os custos de financiamento da UNRWA, atualmente supridos pelos Estados Unidos, Canadá, Arábia Saudita, Japão, Austrália e vários países da Europa Ocidental.

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As informações são da Associated Press.

Um comitê israelense vai aprovar nesta quarta-feira a construção de 500 novas casas no assentamento de Shilo, na Cisjordânia, disse o porta-voz da administração civil, Guy Inbar, à France Presse (AFP). Questionado se mais de 200 residências construídas sem permissão em Shvut Rachel, assentamento próximo ao de Shilo, seriam legalizadas, ele respondeu: "Sim, é verdade. Serão legalizadas por razões humanitárias."

A administração civil é o braço militar que gerencia todas as questões civis, incluindo assuntos de construção e planejamento, nas partes da Cisjordânia sob total controle militar e civil de Israel. Shilo é um assentamento com mais de dois mil residentes que fica a cerca de 30 quilômetros ao sul da cidade de Nablus. E Shvut Rahel é um posto avançado de colonos nas proximidades, lar de 400 pessoas e local que o governo prometeu legalizar.

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Israel considera ilegais os assentamentos de colonos construídos sem aprovação do governo e com frequência envia seguranças para demoli-los, embora nos últimos meses o governo tenha anunciado sua intenção de legalizar vários deles. Mais de 310 mil israelenses vivem em assentamentos na Cisjordânia ocupada e o número cresce constantemente. A comunidade internacional considera ilegais todos os assentamentos nos territórios ocupados por Israel desde a guerra de 1967. As informações são da Dow Jones.

Centenas de representantes de entidades civis e grupos políticos palestinos iniciaram greves de fome em Belém (na Cisjordânia ocupada) e em Gaza, em solidariedade a Khader Adnan Musa, ex-porta-voz do grupo Jihad Islâmica. Adnan, preso pelos militares israelenses em 17 de dezembro, entrou nesta quarta-feira no 60º dia de sua greve de fome.

Em Gaza, os manifestantes ergueram tendas ao lado da sede do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Em Ramallah, cerca de mil manifestantes saíram às ruas exigindo a libertação de Adnan; houve choques com a polícia, que usou gás lacrimogêneo e disparou balas de borracha. Em Hebron, na Cisjordânia, centenas de pessoas participaram de uma manifestação com a presença do ministro palestino para Assuntos de Prisioneiros, Issa Qaraqa. "Khader Adnan tornou-se um símbolo nacional, um símbolo árabe e um símbolo internacional para a defesa da dignidade dos homens livres em todo o mundo", disse Qaraqa.

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Adnan, um padeiro de 34 anos residente em Jenin, foi sentenciado por um tribunal militar de Israel a quatro meses de "prisão administrativa", sem que nenhuma acusação tenha sido feita contra ele. Na última segunda-feira, um tribunal militar israelense rejeitou um apelo por sua libertação apresentado por seu advogado, Jawad Bulus. Nesta quarta-feira, Bulus apresentou um pedido urgente por sua libertação ao Supremo Tribunal israelense.

"Apresentamos o pedido na manhã de hoje e requisitamos uma audiência imediata, por causa da seriedade da condição dele", disse o advogado, que visitou Adnan na terça-feira e relatou as "condições desumanas" de sua detenção. Nesta quarta, Adnan recebeu no hospital Rebecca Ziv, em Safed, a visita de sua esposa, Randa, e suas duas filhas. Segundo a agência palestina de notícias Ma'an, Randa disse que está "muito preocupada" com as chances de sobrevivência de seu marido e que ele "não encerrará sua greve de fome sem que sua causa avance".

Segundo o jornalista Ali Abinimah, da electronicintifada.net, o prisioneiro também foi visitado por seu pai, Jihad Khaled Adnan, que disse que "ele não está fazendo greve de fome por sua própria causa, mas pela liberdade de seu povo, por seus conterrâneos, para que vivam com a cabeça erguida, sem ocupação".

A organização Médicos pelos Direitos Humanos/Israel disse, depois de seus representantes visitarem Adnan, que ele "está em perigo imediato de morte. Um jejum por mais de 70 dias não permite sobrevivência". A greve de fome mais longa de que se tem notícia foi feita pelo ambientalista indiano Swami Nigamanand, em protesto contra a mineração predatória às margens do rio Ganges, por 115 dias, de 19 de fevereiro até sua morte, em 13 de junho do ano passado.

Os médicos divulgaram comunicado dizendo que Adnan está "acorrentado à cama pelas duas pernas e um braço. "Ele sofre com dores estomacais, vômitos, às vezes com sangue, e dores de cabeça". O prisioneiro "está completamente lúcido e ciente de sua condição médica" e perdeu 30 kg de peso.

Os militares israelenses disseram nesta quinta-feira que forças de segurança baniram 12 colonos extremistas judeus da Cisjordânia, por um período entre três e nove meses. Os 12 colonos são suspeitos de violência contra moradores palestinos e soldados israelenses.

Os militares disseram que agem de maneira preventiva, mas admitiram que não possuem informações ou provas para levar os colonos à Justiça. Os extremistas não foram identificados pelos militares. O comunicado do Exército de Israel disse que o banimento foi "uma medida preventiva para remover a ameaça dos ativistas na região".

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Colonos judeus radicais, que se opõem às ações do governo de Israel contra os assentamentos, têm conduzido uma série de ataques contra quartéis dos militares israelenses e também contra mesquitas, cemitérios, fazendas e carros dos palestinos.

As informações são da Associated Press.

Milhares de peregrinos, turistas e cristãos da região se reúnem hoje na cidade bíblica de Belém, na Cisjordânia, para as celebrações no local onde segundo a tradição Jesus nasceu. Os visitantes ficam perto de uma árvore de Natal de 15 metros, na Praça Manger, para tirar fotos e aproveitar o sol.

O principal evento em Belém será a Missa do Galo na Igreja da Natividade, construída sobre o local onde acredita-se que Jesus nasceu.

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O Ministério do Turismo de Israel prevê que 90 mil turistas visitem o local sagrado para o feriado. O prefeito de Belém, Victor Batarseh, disse esperar que as celebrações deste ano tragam os palestinos mais perto de seu sonho de possuir um Estado independente. "Nós estamos celebrando este Natal esperando que no futuro próximo consigamos nosso direito à autodeterminação para estabelecer nosso próprio Estado palestino democrático e secular, na terra palestina. Por isso este Natal é único", afirmou Batarseh à Associated Press.

Belém é hoje cercada por barreiras construídas por Israel, para impedir ataques de militantes. Os palestinos dizem que essas barreiras prejudicam muito sua economia. As informações são da Associated Press.

Colonos israelenses e camponeses palestinos entraram em choque nesta terça-feira e trocaram pedradas, um dia após funcionários da Autoridade Nacional Palestina (ANP) terem dito que os colonos de Israel queimaram dezenas de hectares de terras cultivadas e cortaram centenas de oliveiras, figueiras e amendoeiras.

Os choques ocorreram em um período bem sensível, em que o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, está em Nova York, onde deverá pedir a adesão da ANP à Organização das Nações Unidas (ONU) na sexta-feira. A Cisjordânia, onde vivem os colonos de Israel, é um território palestino ocupado após 1967. Funcionários do governo de Israel temem que o pedido na ONU leve à violência na Cisjordânia.

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Muitos colonos israelenses são radicalmente contrários a um Estado da Palestina e alguns planejam marchas em três locais da Cisjordânia, mais tarde nesta terça-feira.

"Esta é a nossa terra e nenhum Estado palestino será estabelecido aqui", disse o organizador de uma das manifestações, Boaz Haetzni, que vive no assentamento de Kirytat Arba, perto da cidade palestina de Hebron, a maior da Cisjordânia.

As informações são da Associated Press.

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