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O advogado paraense Coaracy Nunes Filho, que presidiu a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) por três décadas, entre 1988 e 2017, morreu aos 82 anos nesta quinta-feira. Ele deixa a mulher, Maria da Glória Nunes, e duas filhas. Coaracy, que sofria de diabetes, hidrocefalia e demência senil, também tinha a covid-19. Ele estava entubado desde o dia 25 de abril, em um hospital da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Em sua direção na CBDA, os esportes aquáticos do Brasil subiram 10 vezes no pódio olímpico com um de ouro, três pratas e seis de bronzes, com destaque para Gustavo Borges, Fernando Scherer, Cesar Cielo, Thiago Pereira e Poliana Okimoto.

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Em outubro do ano passado, o Tribunal Regional Federal de São Paulo (TRF-SP) condenou o ex-presidente da CBDA a 11 anos e oito meses de reclusão e a três anos de detenção por desvios de recursos públicos na entidade. Mas Coaracy Nunes respondia em liberdade a um recurso da condenação em primeira instância de um dos processos aos quais responde.

Ele foi condenado por formar uma organização criminosa para fraudar licitações e desviar recursos públicos destinados à contratação de empresas de turismo. O caso fez parte da Operação Águas Claras, que desde 2015 apurava irregularidades na confederação. Além das investigações em curso no MPF, já tramitam na Justiça Federal uma ação penal e duas ações de improbidade administrativa contra Coaracy Nunes e outros três ex-dirigentes da CBDA.

Em nota oficial, a CBDA lamentou a morte do ex-dirigente e ressaltou o papel dele no comando da entidade. "Coaracy Nunes Filho foi eleito presidente da CBDA em 1988 e reeleito sucessivamente até 2013. Além de mandatário na Confederação, Coaracy foi presidente da Consanat e da Uana. Ele também fez parte do Bureau da Federação Internacional de Natação", disse o texto. "A CBDA lamenta o falecimento de Coaracy Nunes Filho e se solidariza aos familiares e amigos do ex-presidente".

O Tribunal Regional Federal de São Paulo condenou o ex-presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, a 11 anos e oito meses de reclusão e a três anos de detenção por desvios de recursos públicos na entidade. Ele foi condenado ainda ao pagamento de 487 dias-multa. A decisão é em primeira instância e cabe recurso.

Ricardo de Moura, ex-supervisor técnico da CBDA, e Sérgio Alvarenga, ex-diretor financeiro, também foram condenados. O primeiro recebeu pena de dois anos e seis meses de detenção e nove anos de reclusão, além de 214 dias-multa. O segundo foi condenado a dois anos e um mês de detenção e sete anos e seis meses de reclusão, e 176 dias-multa.

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Eles foram condenados por formar uma organização criminosa para fraudar licitações e desviar recursos públicos destinados à contratação de empresas de turismo. O caso faz parte da Operação Águas Claras, que desde 2015 apura irregularidades na confederação. Além das investigações em curso no Ministério Público Federal, já tramitam na Justiça Federal uma ação penal e duas ações de improbidade administrativa contra os ex-dirigentes.

Os crimes denunciados agora, cometidos entre 2012 e 2014, envolveram o favorecimento indevido da agência Roxy de Turismo Ltda. e o superfaturamento de passagens, hospedagens e traslados durante torneios e treinamentos dentro e fora do país, visando inclusive a preparação para a Olimpíada de 2016.

Coaracy foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Águas Claras em 2017, mas ficou atrás das grades por pouco menos de três meses. Ele deixou a prisão depois de conseguir habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Menos de três meses depois de prisão preventiva, Coaracy Nunes e outros três ex-dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) tiveram habeas corpus concedido na manhã desta terça-feira e serão liberados do cárcere no Rio de Janeiro até quarta-feira.

"O habeas corpus foi concedido e agora temos o trâmite formal do cancelamento da ordem de prisão. Pode acontecer hoje ou, no mais tardar, amanhã [quarta]", confirmou o advogado Marcelo Franklin.

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Em abril, a Polícia Federal deflagrou a operação Águas Claras, que investiga esquema de desvios de recursos públicos repassados à CBDA, e expediu quatro mandados de prisão preventiva. Além do ex-presidente Coaracy, foram denunciados Sérgio Alvarenga (diretor financeiro), Ricardo de Moura (superintendente da CBDA) e Ricardo Cabral (diretor de polo aquático).

Franklin explica que a concessão do habeas corpus significa, na prática, a revogação da prisão. O processo, no entanto, continua. "O habeas corpus foi concedido por verificar que a prisão foi equivocada. Eles não vão utilizar tornozeleira eletrônica, nada disso", explicou o advogado.

As investigações apuram o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBDA pelo Ministério do Esporte. Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte. Segundo o inquérito policial, os recursos eram mal geridos ou desviados para uso pessoal.

Os acusados poderão responder pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude a Lei de Licitações, sendo que a PF também confirmou que foram cumpridos um total de 16 mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo. Todas as medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

O trabalho é fruto de parceria entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com a participação da Controladoria-Geral da União, e iniciou-se após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro.

Após confirmar que realizou nesta quinta-feira a prisão preventiva de três pessoas e cumpriu dois mandados de condução coercitiva de outras duas como fruto da investigação de um esquema de desvio de recursos públicos repassados à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), a Polícia Federal confirmou que entre as fraudes descobertas dentro da entidade estão licitações para aquisição de equipamentos de natação no valor de R$ 1,5 milhão, pagos com recursos de um convênio com o Ministério do Esporte.

A operação Águas Claras, nome dado pela PF para a mesma, também resultou na detenção do presidente da CBDA, Coaracy Nunes, um dos três presos até agora. Foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva, mas uma destas pessoas, Ricardo de Moura, superintendente da CBDA e braço-direito de Coaracy, está foragido. Ele deverá se apresentar nesta tarde à PF.

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Já no que diz respeito à gestão errada do dinheiro administrado pela CBDA estão, por exemplo, o calote à seleção brasileira masculina de polo aquático, que em 2015 não recebeu a premiação de US$ 50 mil pelo terceiro lugar conquistado na Liga Mundial de Belgrano, na Itália.

Entre as acusações contra a CBDA ainda incluiu a responsabilidade da entidade pela ausência da seleção brasileira masculina júnior no Mundial do Casaquistão, no ano passado, sob o argumento de falta de recursos. O convênio com o Ministério do Esporte, no entanto, incluía essa competição.

Todos os detidos nesta quinta-feira integravam a cúpula da CBDA. Além de Coaracy Nunes, foram presos também o diretor financeiro da entidade, Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, e o coordenador de polo aquático, Ricardo Cabral.

As investigações apuram o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBDA pelo Ministério do Esporte. Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte. Segundo o inquérito policial, os recursos eram mal geridos ou desviados para uso pessoal.

Os acusados poderão responder pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude a Lei de Licitações, sendo que a PF também confirmou nesta quinta que foram cumpridos um total de 16 mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo. Todas as medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

O trabalho é fruto de parceria entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com a participação da Controladoria-Geral da União, e iniciou-se após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro.

Poucas horas depois de anunciar que cinco pessoas foram presas e outras quatro conduzidas coercitivamente para prestar depoimento em suas unidades em São Paulo na operação Águas Claras, que apura um esquema de desvio de recursos públicos repassados à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), a Polícia Federal fez uma correção nesta quinta-feira (6) ao informar, por meio de um novo comunicado, que na realidade foram três o número de detidos até esta manhã após os seus agentes saírem para cumprir quatro mandados de prisão preventiva. A PF ainda esclareceu que executou dois mandados de condução coercitiva.

Entre os presos nesta quinta-feira está o presidente da CBDA, Coaracy Nunes, sendo que o novo informe distribuído pela Superintendência Regional da PF em São Paulo ainda confirmou que foram cumpridos um total de 16 mandados de busca e apreensão no Rio e na capital, assim como uma das quatro pessoas com mandado de prisão preventiva contra ela se encontra foragida. O novo comunicado também não traz os nomes dos detidos, embora já se saiba que um deles é Coaracy Nunes.

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Todas as medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo. O trabalho é fruto de parceria entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com a participação da Controladoria-Geral da União, e iniciou-se após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro.

As investigações apuram o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBDA. Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, sem a devida aplicação - conforme previsto em lei e nos contratos assinados. Segundo o inquérito policial, ao invés dos valores recebidos serem aplicados corretamente (em incentivos aos esportes aquáticos e na viabilização de práticas esportivas aquáticas), os recursos eram mal geridos ou desviados para proveito pessoal dos investigados.

Apesar de se tratar de entidade privada, uma confederação desportiva recebe recursos públicos federais por meio de convênios com o Ministério do Esporte, de recursos provenientes da Lei de Incentivo ao Esporte, da Lei Agnelo Piva. No caso da CBDA, também recebe patrocínio dos Correios - que também é uma empresa pública. Assim, a entidade está submetida à Lei de Licitações e seus agentes são considerados funcionários públicos para efeitos penais, conforme o Código Penal (artigo 327).

Os investigados responderão, de acordo com suas participações, pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude a Lei de Licitações, sem prejuízo de outros crimes eventualmente apurados no decorrer da instrução criminal.

A reportagem do Estado entrou em contato com a assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos e o advogado Marcelo Franklin, que defende a entidade, mas não obteve resposta.

O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, reconduzido ao cargo depois de ser afastado pela Justiça de São Paulo, foi multado em R$ 20 mil pelo Tribunal de Contas de União (TCU) por irregularidades na utilização dos recursos obtidos por meio da Lei Agnelo-Piva. O acórdão foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.

Entre diversas irregularidades encontradas no relatório, que teve como relator o ministro Vital do Rêgo, a que causou a multa a Coaracy diz respeito às "deficiências na realização das pesquisas de preços efetuadas pela empresa Agência Roxy de Turismo". No entender do ministro, a CBDA não estabeleceu parâmetros para a cotação de preços para hospedagem em hotéis do Rio.

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"De forma semelhante, a empresa pesquisou preços para contratação de seguros de viagem junto a três empresas cujas cotações de preços de duas delas não detalhavam as condições oferecidas para que se pudesse avaliar se de fato a empresa contratada ofereceria o mesmo produto das demais pelo menor preço. A mesma prática foi identificada nas cotações de serviços de transporte", escreve Rêgo em seu relatório.

De acordo com o acórdão, funcionários da CBDA informaram que não há verificação das cotações e preços apresentados pela Roxy, que venceu 37 de 42 licitações realizadas pela CBDA entre 1.º de janeiro de 2013 e a data de fiscalização, entre setembro e outubro de 2015.

Rêgo lembra que "O fiscal (do contrato) indicado pelo presidente (Coaracy) é o mesmo funcionário que, ao ser entrevistado durante a auditoria, afirmou que não realizava qualquer conferência nas pesquisas de preço realizadas pela citada agência de turismo".

Essas irregularidades foram encontradas em uma "amostra pontual", de apenas quatro contratos. Além de Coaracy, também foi multado Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, diretor financeiro da CBDA. "As irregularidades aqui levantadas direcionam a necessidade de a CBDA rever seus controles internos e de adotar medidas para coibir a reincidência dessas ações", finaliza Rêgo em seu voto.

O Ministério Público Federal ajuizou uma ação contra o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, e o diretor financeiro da entidade, Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, por atos de improbidade administrativa. Além disso, os coordenadores técnicos de natação, Ricardo de Moura, e de polo aquático, Ricardo Gomes Cabral, responderão ao processo.

Cinco empresas e seus sócios também são réus. O MPF pediu à Justiça Federal o afastamento dos integrantes da CBDA - o presidente está à frente da entidade desde 1988 - durante a tramitação do processo. A ação ainda solicita o bloqueio imediato de bens dos envolvidos em valores que chegam a R$ 4,53 milhões.

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O presidente da CBDA é investigado por participação em fraudes de licitações para a aquisição de materiais esportivos para a preparação dos atletas de maratonas aquáticas, nado sincronizado e polo aquático para a Olimpíada do Rio. Segundo a Operação Águas Claras, do total de R$ 1,56 milhão, 79% foram pagos a uma empresa de fachada, a Natação Comércio de Artigos Esportivos. O repasse da verba foi feito por um convênio firmado com o Ministério dos Esportes, em 2014.

A sede da empresa está registrada em um endereço onde funciona um pet shop, no Alto da Lapa, zona oeste de São Paulo. O imóvel pertence a Haller Ramos de Freitas Junior, que já foi sócio da firma "fantasma". As investigações apontam Haller como o responsável pela empresa, embora hoje ela esteja oficialmente sob administração de José Nilton Cabral da Rocha.

As outras quatro empresas que faziam parte das licitações foram desclassificadas com a alegação de que as companhias tinham sócios em comum ou com laços de parentesco. Uma microempresa leva o nome de Haller, a Competitor Comércio de Produtos para Piscinas Esportivas tem a mulher de Haller, Mônica Ramos de Freitas, como sócia. Sérgio Alexandre Weyand é o responsável pela Fiore Esportes - Comércio, e seu cunhado, André Perego Fiore, é o administrador da Polisport Indústria e Comércio.

Das cinco empresas participantes, três - Haller, Competitor e Natação - foram apontadas como vencedoras. Desclassificadas, os itens atribuídos às concorrentes Haller e a Competitor foram repassados à Natação. Os valores das propostas não foram divulgados pela CBDA, que também não informou se uma nova cotação foi realizada antes da decisão final.

Além da fraude na licitação, a investigação aponta irregularidades na execução do contrato de compra e venda com a empresa Natação. Segundo os peritos, houve superfaturamento de 13% do valor dos materiais em relação ao preço de referência. A CBDA pagou R$ 1,26 milhão para a Natação. Não há comprovação de que a confederação tenha recebido os produtos.

O presidente Coaracy Nunes e o diretor financeiro da CBDA são apontados como coordenadores das fraudes, que tiveram participação dos coordenadores técnicos de natação, Ricardo de Moura, e de polo aquático, Ricardo Gomes Cabral. Keila Delfini da Silva, sócia de Mônica Ramos de Freitas na Competitor, completa a lista de réus.

O governador do Rio, Sergio Cabral, usou sua conta oficial no Twitter na tarde deste sábado para rebater críticas do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, e reabrir o debate sobre a reforma do Parque Aquático Julio Delamare e as responsabilidades da concessionária que administra o Complexo do Maracanã.

Na sexta-feira, um blog do jornal Lance! publicou declarações de Coaracy em que o dirigente da CBDA diz estar muito decepcionado com Cabral, "que prometeu que reformaria todo o parque aquático e não cumpriu". "Nem atende aos meus telefonemas. Antes, falava a hora que queria", reclamou Coaracy.

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Nas declarações reproduzidas pelo blog, o presidente da CBDA afirma ter ouvido de João Borba, presidente do Consórcio Maracanã, que só erguerá o centro de saltos (ornamentais) se o governo mandar. "O combinado, quando decidiram manter o parque aquático e não mais demoli-lo, era recuperá-lo por completo. Negociei sem intermediários com a fabricante a compra de um placar que serviria para as cinco modalidades aquáticas. Consegui um desconto de R$ 50 mil e o placar passou a custar R$ 452 mil. Mas na hora de concretizar a compra, o governador desistiu", teria dito Coaracy.

Sérgio Cabral se sentiu incomodado com as críticas e foi ao Twitter rebatê-las. "Lamento a postura do presidente da CBDA, Coaracy Nunes. (Ele) me solicitou, junto com outros dirigentes, que não se demolisse o (Parque Aquático) Julio Delamare. Atendi o pleito apesar de discordar, pois no contrato com a concessionária estava prevista a construção de centro aquático contemporâneo e de acordo com todas as exigências olímpicas", escreveu o governador.

Ele continuou: "Tivemos que comunicar à concessionária a decisão e esperar soluções que mantivessem o contrato com as garantias de investimentos estabelecidos. Expliquei ao Coaracy várias vezes que o placar somente poderia ser adquirido pela concessionária depois de todas as dúvidas esclarecidas. O aditivo foi assinado recentemente e já solicitamos a compra do placar", postou Cabral.

Na segunda-feira passada, o governo do Estado do Rio e o Consórcio Maracanã assinaram o primeiro aditivo ao contrato de concessão do estádio. Pelo novo acordo, foram suspensas as demolições do Estádio de Atletismo Célio de Barros, do Parque Aquático Júlio Delamare e do prédio do Museu do Índio, que estavam previstas originalmente e que foram motivo de diversos protestos no ano passado.

Pelo novo acordo, a concessionária fica obrigada a reformar o Célio de Barros e o Júlio Delamare em vez de realizar a demolição de ambos. Na reforma do parque aquático, inclusive, o aditivo do contrato determina que a concessionária deixe o equipamento apto a se tornar sede das competições de polo aquático nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, atendendo às especificações técnicas do Comitê Organizador da Olimpíada.

A nova rota de colisão, porém, é com relação ao centro de saltos (ornamentais), que foi destruído e não foi reposto. Assim, a seleção brasileira da modalidade não tem onde treinar, uma vez que ela precisa de uma estrutura em ginásio para treinar saltos em piscina de espuma.

"Em relação ao centro de saltos: não será construído antes da Olimpíada a pedido do Comitê Organizador Rio/2016. Ele foi demolido porque comprometia o fluxo de pessoas ao Maracanã na Copa das Confederações. Isso também ocorreria, caso permanecesse, na Copa do Mundo e na Olimpíada", justifica Cabral.

Nem mesmo a felicidade após a conquista do índíce técnico para disputar o Mundial, em Barcelona, fez com que a nadadora pernambucana Joanna Maranhão esquecesse de lutar contra a gestão da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Logo após garantir vaga nos 400m medley, na competição que será realizada na Espanha, em agosto, a atleta utilizou o seu facebook para disparar duras críticas aos dirigentes do órgão máximo da natação brasileira. Confira o texto na íntegra. 

"Apesar de o momento ser de felicidade e euforia em saber que dez anos após meu primeiro mundial (2003, em Barcelona), estarei lá novamente entre as melhores do mundo, não posso deixar de dizer que é possível ser atleta de alto rendimento no Brasil sem se vender, se curvar diante de absurdos, pensar somente em si e fazer propaganda enganosa de uma confederação que não ajuda o esporte a crescer como um todo. Quase parei de nadar no ano passado, QUASE. Mais uma vez com apoio dos “anjos” na terra que tenho ao meu lado, tentei mais uma vez. Não irei me calar, não irei fingir que tendo estrutura ideal, não quero dinheiro só pra mim, que uma natação mais justa, uma natação que cresce junta, portanto, MUDA CBDA", escreveu Joanna.

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A relação entre a nadadora e a CBDA nunca foi de paz. Mesmo após conquistas e participações em olimpíadas, Joanna nunca escondeu sua insatisfação com o modo que órgão é gerido pelo seu presidente, Coaracy Nunes. 

 

O presidente Coaracy Nunes Filho foi reeleito na manhã deste sábado para seguir à frente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). O dirigente, eleito para seu 7º mandato no comando da entidade, garantiu que não será mais candidato ao fim do novo período na presidência da confederação.

"Estes próximos quatro anos são os meus últimos e começo a me despedir", afirmou o dirigente que comanda a entidade responsável pela natação, maratonas aquáticas, polo aquático, nado sincronizado e saltos ornamentais desde 1988. "Agradeço a confiança de todos os presidentes. Vou fazer tudo para auxiliar os estados a desenvolverem ainda mais".

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Pelo novo mandato, Coaracy só vai se despedir da CBDA somente no início de 2017, totalizando 29 anos à frente da entidade. "A verdade é que já quis sair antes, mas gostaria de realizar o sonho de estar na CBDA quando os Jogos Olímpicos de 2016 acontecerem. É um sonho realizado com trabalho de muitos anos e do qual fiz parte", disse.

Coaracy, no entanto, já começou a falar em tom de despedida. "Foi incrível ser presidente da CBDA e agradeço do fundo do coração a cada um que ajudou neste caminho. As dificuldades, as divergências, as lutas, tudo enfim contribuiu para a maturidade da entidade, para o avanço. Vamos em frente".

O dirigente foi eleito para o 7º mandato por aclamação em votação que contou com presidentes das federações filiadas à CBDA. Junto com ele, o vice-presidente Luiz Soares foi mantido no cargo.

A eleição foi realizada durante a Assembleia de 2013, no qual Coaracy prestou contas sobre as atividades do ano passado e aprovou o calendário da atual temporada das cinco modalidades.

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