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A Comissão Mista que analisa a Medida Provisória (MP) 670/2015, que reajusta a tabela do Imposto de Renda, deve votar o parecer do relator da matéria, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), na próxima terça-feira (9). A reunião do colegiado está agendada para às 14h30. Na última reunião não houve quórum para a apreciação do texto. 

Não deve haver mudanças no reajuste da tabela previsto na MP: 6,5% para as duas primeiras faixas de renda, 5,5% para a terceira, 5% para a quarta e 4,5% para a quinta e última. A renda mensal máxima para isenção passa a ser de R$ 1.903,98.

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Segundo o relator, devem ser incluídos na MP pontos em que não houve acordo durante a votação de outros textos. Uma das emendas, de acordo com o relator, foi negociada com a bancada do Nordeste no dia em que foi mantido o veto à Medida Provisória 656/2014. Uma das partes vetadas prorrogava, até 2042, contratos entre geradoras de energia e empresas que são grandes consumidoras. Na última terça-feira (2), Eunício informou que o Planalto estava alterando o texto.

A outra emenda que o senador deve aceitar permite ao governo pagar o Seguro Garantia-Safra. O seguro é voltado para agricultores da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que sofrem perda de safra por motivo de seca ou excesso de chuvas. Segundo o senador, há o dinheiro, mas não foi feito o empenho no ano passado.

"Precisamos autorizar o governo a ter condição legal de pagar o seguro, senão vai ficar o Nordeste inteiro e o Brasil sem o dinheiro para pagar o seguro da safra de 2014", explicou.

*Com informações da Agência Senado.

A comissão mista que analisa a Medida Provisória (MP) 665/2014 reúne-se na quarta-feira (29) para continuar a apreciação e votação do relatório do senador Paulo Rocha (PT-PA), que alterou vários pontos da MP editada pelo governo no fim do ano passado. A última reunião, realizada no dia 22, foi suspensa por falta de quórum.

A MP 665/2014 limita a requisição do seguro-desemprego pela primeira vez pelo trabalhador dispensado sem justa causa. A principal alteração do relator foi a redução dos prazos de carência (período de vínculo formal) que os trabalhadores têm que cumprir para ter acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial.

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A MP estabelece que o trabalhador dispensado sem justa causa só pode requisitar o seguro-desemprego pela primeira vez após 18 meses de trabalho ininterrupto nos 24 meses anteriores à demissão. Rocha reduziu a carência para 12 meses de trabalho (não consecutivos) nos 18 meses anteriores à data da dispensa.

Esse período de carência é o ponto mais criticado pelas centrais sindicais, porque dificulta o acesso de trabalhadores ao benefício, já que quase metade dos empregados com vínculo formal no país é demitida antes de um ano no emprego. A votação enfrenta resistência tanto de oposicionistas como de parlamentares da base governista contrários às mudanças da MP.

Outras alterações

A regra do seguro-desemprego rural foi a última alteração feita na MP. Pela nova regra, o empregado rural desempregado, contratado por safra, poderá receber o benefício de três salários mínimos se tiver trabalhado por, no mínimo, três meses ao longo de 16 meses.

Segundo o relator, a iniciativa sofre resistência das centrais sindicais, defensoras de prazo mínimo de um mês. Caso exista discordância entre parlamentares sobre esse prazo, há a possibilidade de mudar o relatório por meio de destaques.

Atualmente, a lei que regula o seguro-desemprego (Lei 7.998/1990) não diferencia trabalhadores rurais de urbanos e estabelece seis meses de trabalho para o empregado poder solicitar o benefício.

O deputado federal João Fernando Coutinho (PSB) foi escolhido coordenador da bancada pernambucana na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) da Câmara Federal. Estreante na Câmara Federal, o socialista irá coordenar os colegas pernambucanos na mais importante comissão da Casa, depois da Comissão de Constituição e Justiça

O parlamentar, que é um dos 42 titulares da CMO, também é o líder do PSB na comissão. O outro coordenador será o deputado Carlos Eduardo Cadoca (PCdoB). “Agradeço a confiança dos colegas que me deram essa atribuição. Procurarei honrá-la com muito empenho na defesa os interesses do povo pernambucano”, prometeu o deputado.

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CMO – A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização é formada por deputados e senadores e tem como responsabilidade as análises do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA). Além das peças orçamentárias, a CMO também é incumbida de examinar e emitir parecer sobre as contas apresentadas anualmente pela Presidência da República.

O Congresso Nacional irá instalar, nesta terça-feira (10), a Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher. A solenidade será realizada às 15h, no Salão Nobre do Senado, marcando a abertura dos trabalhos.

Também será realizada a eleição dos membros do colegiado. Formada por dez senadores e 27 deputados, a comissão foi proposta pela CPI Mista da Violência contra a Mulher, que investigou até 2012 as agressões diretamente relacionadas ao gênero feminino.

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Entre as atribuições da comissão, estará a de apresentar propostas para a consolidação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. O colegiado também deverá buscar as possíveis falhas nas ações e serviços da seguridade social e na prestação de segurança pública e jurídica às mulheres vítimas de violência, além de apresentar projetos com o objetivo de corrigir essas lacunas.

 

A oposição começou a semana cumprindo o que vinha prometendo, ou seja, obstruir os trabalhos da Comissão Mista de Orçamento (CMO) para impedir a votação do projeto de lei do governo que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em vigor para ampliar o abatimento da meta de superávit primário para este ano. O parecer do projeto nem tinha sido apresentado pelo relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), e a oposição começava sua obstrução.

Inicialmente, a reunião da CMO estava prevista para começar às 14h30, mas, como não houve quórum, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), presidente da comissão, aguardou a chegada de deputados e senadores para conseguir o quórum mínimo. Só às 15h01, Devanir Ribeiro declarou aberta a reunião da CMO. Portanto, 31 minutos após o horário marcado. O Regimento Interno estabelece que, em não havendo quórum no horário marcado, serão aguardados até 30 minutos para então ter início à reunião. Caso nesse período não se atinja o quórum, a reunião é cancelada.

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Como passou um minuto do horário regimental para o início da reunião, parlamentares da oposição começaram os questionamentos com caráter de obstrução e conseguiram que o deputado Devanir Ribeiro encerrasse a reunião. Devanir tentou argumentar afirmando que foi um minuto de distração da parte dele. Os argumentos dele não foram aceitos pela oposição e Ribeiro encerrou os trabalhos e comunicou que convocou nova reunião para as 18h.

Além de questionarem que havia passado um minuto do horário estabelecido pelo Regimento Interno, os parlamentares da oposição também fizeram questões de Ordem em função da mudança do prazo de apresentação de emendas ao projeto. Inicialmente, estava previsto até o dia 24 para a apresentação das emendas, mas esse prazo foi encurtado para o dia 17 sem que fosse feita reunião com os líderes partidários para acertar o novo calendário.

“Estaremos aqui atentos a qualquer outro deslize regimental para defender o interesse do país para não permitir que aprove esse absurdo que é alterar a LDO, faltando apenas alguns dias para acabar o ano, evidenciando a incompetência do governo”, disse o líder da minoria, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), um dos principais parlamentares da oposição que está obstruindo a votação do projeto da LDO.

O PT indicou, nesta quinta-feira (22), os nomes dos deputados que irão integrar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará irregularidades na Petrobras. Outros partidos e bancadas já tinham feito as indicações.

Como titulares foram indicados os deputados Marco Maia (RS) e Sibá Machado (AC), e como suplentes os deputados Afonso Florence (BA) e Iriny Lopes (ES).

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Até o momento, falta os blocos da maioria (PMDB, PP, PSD e PV) e de apoio ao governo (PT, PDT, PCdoB, Psol e PRB) no Senado indicar integrantes para a CPMI. Se esses nomes não foram escolhidos até terça-feira (27), caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fazer essa definição.

A previsão é de que o colegiado seja instalado na próxima semana.

 

Confira os integrantes confirmados:

Deputados titulares

Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Lucio Vieira Lima (PMDB-BA)

Carlos Sampaio (PSDB-SP)

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)

Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG)

Júlio Delgado (PSB-MG)

Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Fernando Francischini (SD-PR)

Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)

Rubens Bueno (PPS-PR)

Enio Bacci (PDT-RS)

Eduardo Sciarra (PSD-PR)

Guilherme Campos (PSD-SP)

Márcio Junqueira (Pros-RR)

Marco Maia (PT-RS)

Sibá Machado (PT-AC)

 

Deputados suplentes

João Magalhães (PMDB-GO)

Sandro Mabel (PMDB-GO)

Izalci (PSDB-DF)

José Otávio Germano (PP-RS)

Aelton Freitas (PR-MG)

Alexandre Roso (PSB-RS)

Onyx Lorenzoni (DEM-RS)

Simplício Araújo (SD-MA)

Antonio Brito (PTB-BA)

Eurico Júnior (PV-RJ)

Marcos Rogério (PDT-RO)

Marcos Montes (PSD-MG)

Moreira Mendes (PSD-RO)

Hugo Leal (Pros-RJ)

Afonso Florence (PT-BA)

Iriny Lopes (PT-ES)

 

Senadores titulares

Alvaro Dias (PSDB-SP)

Mário Couto (PSDB-PA)

Jayme Campos (DEM-MT)

Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP)

Gim (PTB-DF)

Ataídes Oliveira (Pros-TO)

 

Senadores suplentes

Ruben Figueiró (PSDB-MS)

Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

José Agripino (DEM-RN)

Eduardo Amorim (PSC-SE)

Cidinho Santos (PR-MT)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), convocou, para esta quarta-feira (7), uma sessão extraordinária do Congresso Nacional, para definir a abrangência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. A reunião estava inicialmente agendada para o dia 20 de maio. Segundo a Agência Senado, o peemedebista deverá optar por um colegiado misto e vai pedir formalmente aos líderes partidários a indicação dos integrantes da CPMI. Também na sessão, que está agendada para as 20h, Renan vai responder os questionamentos contra a instalação da CPI, feitos durante a última reunião do Congresso.

Após a convocação, Calheiros cancelou a reunião já agendada para a tarde desta terça (6) com os líderes dos partidos. Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), a reunião foi cancelada porque Renan optou por criar a CPMI. O petista, no entanto, disse que essa era uma interpretação pessoal e que a palavra final será dada pelo presidente do Congresso.

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“O certo é que sendo uma CPI do Senado ou uma CPMI, nós vamos participar de qualquer maneira. Estranhamos porque a oposição, que queria uma coisa, agora não quer mais. Eles não estão indicando os nomes para a CPI (no Senado)”, sugeriu o petista.

 

 

O relatório da medida provisória 595/2012, mais conhecida como a MP dos Portos, poderá ser votado nesta quarta-feira (17) na comissão mista que analisa o texto. O relator, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), deverá apresentar o parecer, para em seguida ser feita a votação entre os parlamentares.

O texto estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário, centralizando a gestão na Secretaria Especial de Portos (SEP), retirando a autonomia dos governos estaduais. A matéria é um dos pontos de tensão entre a gestão de Dilma Rousseff e o Governo de Pernambuco. Enquanto o governo federal diz que a medida permitirá mais competitividade ao segmento, Eduardo Campos acredita que a medida provisória poderá atrasar e prejudicar o planejamento regionalizado que hoje é feito pelos estados.

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O impasse seria motivo de uma suposta operação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no Porto de Suape. O jornal O Estado de S.Paulo afirmou que os sindicatos dos portuários estariam sendo monitorados, mas o governo federal negou. Nesta quarta, o ministro-chefe da GSI, José Elito Siqueira deverá dar esclarecimentos na Câmara sobre o assunto.

A comissão mista que estuda a regulamentação de dispositivos da Constituição tem até o fim deste mês para apresentar sugestões que normatizem os novos direitos dos empregados domésticos. Pontos como banco de horas e a prioridade na oferta de vagas em creches para os filhos de domésticas serão discutidos entre a comissão durante reunião marcada para o dia 23 de abril.

“No Dia do Trabalho, temos que dar uma sinalização para a sociedade de que a questão será regulamentada e de que forma será regulamentada”, acrescentou o relator da comissão, o senador Romero Jucá (PMDB-RR). “Queremos rapidez para votar uma matéria que traga tranquilidade.”

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A emenda estende aos domésticos os mesmos direitos dos outros trabalhadores, como carga de trabalho de 44 horas semanais; o pagamento de hora extra; o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e multa de 40% para demissão sem justa causa. Vários dos direitos, no entanto, ainda precisam ser regulamentados para entrar em vigor. Além desses pontos, a comissão deverá discutir ainda como serão calculadas as horas extras e adicionais noturnos, a viagem do empregado no fim de semana e horário de almoço.

*Com informações da Câmara de Notícias

Após a audiência com a ministra do Planejamento, Gleisi Hoffmann e a Comissão Mista do Congresso, nesta terça-feira (26) em Brasília, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), contou estar confiante com as mudanças na Medida Provisória (MP) dos Portos. O socialista fez a declaração nesta quarta-feira (27) durante a entrega de 70 novas viaturas para atender ao programa Patrulha nos Bairros da Secretaria de Defesa Social.

O chefe do executivo defendeu a ideia de fazer o diálogo político e o que não for consenso entre os parlamentares deve passar pelo voto. "Existem 600 emendas apresentadas, muitas delas vão ao encontro do que a gente entende que seja justo, mas já houve um avanço na conversa com os trabalhadores", comentou.

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Eduardo Campos contou que os deputados e senadores devem entrar em entendimento no sentido de fazer relatório consensual e abrir a possibilidade de mudança. “Acredito que o Congresso vai fazer um relatório contemplando nossas preocupações”, defendeu.

Na audiência desta terça-feira, o governador contou ser contrário as mudanças da legislação porque tiraria do estado a autonomia para licitar novos terminais portuários.  Já a ministra  reforçou que não aceitaria a retirada do Porto de Suape do alcance da MP.

Ao comentar a entrevista do ex-presidente Lula (PT) de que uma possível candidatura do socialista e de Marina Silva (Rede Sustentável) a presidência em 2014, seria boa para democracia, Eduardo reforçou que a amizade entre ambos não seria afetada por qualquer circunstância política.

Já disse a vocês que nenhuma circunstância política haveria de afetar minha relação pessoal, de respeito e admiração ao brasileiro ao presidente que votei, que servi como ministro e como líder político. Lula sabe distinguir o processo político e relações pessoais”, ressaltou.

O relator do comitê de receitas da Comissão Mista de Orçamento, deputado Claudio Puty (PT-PA), aposta no crescimento econômico e no aumento da massa salarial para acrescentar R$ 23,85 bilhões brutos na previsão de receitas, dentro da proposta de Orçamento da União para 2013.

"A principal consequência do aumento da massa salarial é o comportamento das receitas administradas pela Previdência, pelo INSS", afirmou Puty. Ele considerou, no parecer, que haverá um aumento líquido de R$ 2,69 bilhões na arrecadação do INSS. Puty manteve no parecer entregue nesta quinta-feira na comissão os indicadores econômicos previstos na proposta encaminhada pelo Executivo ao Congresso. "Nós mantivemos a estimativa de crescimento de 4,5% para 2013", disse. Em 2012, o relator considera a previsão de crescimento de 2%, como vem relatando o governo.

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Na proposta de Orçamento da União encaminhada pelo governo, a estimativa de receita para 2013 era de R$ 1,23 trilhão. Puty afirmou que, historicamente, o governo faz uma previsão conservadora das receitas. Da mesma forma, o Congresso altera essa previsão. O relator afirmou que a reestimativa apresentada em seu parecer foi discutida com representantes do Ministério do Planejamento e do Tesouro Nacional. "Há um grau de concordância razoável com o Executivo", disse Puty, sobre o seu parecer.

Grande parte dessa reestimativa de receitas deverá ser destinada para cobrir as despesas previstas pelos parlamentares em emendas feitas ao Orçamento, que o governo não considera na proposta original encaminhada ao Legislativo. Essa destinação, no entanto, caberá ao relator geral do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR). "Há sempre a possibilidade disso (recursos irem para emendas parlamentares). Parte deverá ser para emendas e parte para a Lei Kandir. Eu diria que 90% estão associados a esses recursos", disse Puty. Ele afirmou ainda que há demandas dos ruralistas para crédito agrícola e pressão dos ministérios para os seus programas.

O presidente da Comissão de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou que o relatório de receitas deverá ser votado na próxima semana. Na terça-feira, a comissão fará uma audiência pública com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. A aprovação do relatório de receitas abre os demais prazos de votação na comissão mista. O projeto de Orçamento da União para 2013 deverá ser votado até 22 de dezembro, último dia dos trabalhos legislativos do ano.

 

O relator do Comitê de Receitas da Lei Orçamentária para 2013, na Comissão Mista de Orçamento, deputado Claudio Puty (PT-PA), apresentou nesta quinta-feira (25) o relatório, aumentando em R$ 23,85 bilhões as receitas brutas previstas para o próximo ano. Retirando desse total o acréscimo de R$ 1,85 bilhão para as transferências aos Estados e Municípios, as receitas líquidas previstas no orçamento de 2013 terão um acréscimo de R$ 22 bilhões.

De acordo com o relator, desse total de receita bruta, R$ 13,44 bilhões referem-se às receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal; R$ 2,68 bilhões do INSS; R$ 3,30 bilhões de acréscimo na receita de concessões; R$ 2,33 bilhões de aumento da receita de dividendos e R$ 2,10 bilhões provenientes de aumento da Receita com compensações financeiras de recursos minerais.

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Além disso, afirmou o relator, foram feitas revisões de receitas não administradas de três rubricas. A previsão de concessões foi aumentada em R$ 3,3 bilhões, sendo que desse total, R$ 2 bilhões de bônus de assinatura de contrato para exploração e produção de petróleo e gás; R$ 900 milhões de ingressos por conta da concessão de terminais aeroportuários no Galeão (RJ) e Viracopos (SP) e R$ 369 milhões por conta da transferência de 2012 para 2013 de parte do pagamento pela construção da banda 4G de telefonia móvel.

No caso das receitas de royalties e compensação financeira, o acréscimo estimado de R$ 2,1 bilhões é proveniente de pagamentos atrasados de compensações acumuladas com concessionárias de exploração de recursos minerais. No item de receitas não administradas o relator considerou um aumento de R$ 2,33 bilhões de dividendos e participações, relativo aos valores crescentes, dados a cada ano, refletindo a tendência de maiores lucros das empresas públicas e outras nas quais a União tem a maioria do capital social com direito a voto.

Brasília - A reunião da comissão mista que analisa a Medida Provisória 571/12, que altera o novo Código Florestal (Lei 12.651/12), realizada nesta terça-feira (26), aponta para um consenso entre governo, Câmara e Senado para aprovar o texto, apesar de haver questões específicas com divergências de opiniões entre os parlamentares.

Presentes nas reuniões, os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, defenderam os vetos da presidente Dilma Rousseff que, segundo eles, não desrespeitou o trabalho dos parlamentares, que aprovaram o novo código.

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Segundo Izabella Teixeira, para proteger o meio ambiente e promover a produtividade sustentável foi necessário responsabilizar pequenos e grandes produtores rurais. “A MP não anistia quem cometeu crime, traz todos para dentro da lei, leva ao incremento da produtividade agrícola. Não se planta sem meio ambiente, e o meio ambiente incrementa a produtividade das propriedades”, defendeu ela. Já o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) discorda. “O Estado deveria fazer um fundo e cobrar de toda a sociedade e não responsabilizar o produtor rural. As megaempresas do Brasil não pagam nada, só o produtor rural”, criticou. O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) reforça o grupo que acredita que a MP criminaliza o agricultor. “O foco do código é o agricultor porque a floresta está na área rural. Não sabemos qual vai ser o impacto dessa lei, mas é assim que se faz lei no Brasil”, criticou.

Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, a MP traz segurança jurídica ao produtor, o que não havia no texto aprovado no Congresso. “A legislação não era boa para a agricultura. Com a Medida Provisória, a lei passou a ser melhor para a agricultura, para o pequeno produtor. Tenho a convicção de que avançamos”.

Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, o novo texto permitiu a continuidade de atividades em Áreas de Proteção Permanente (APPs), com garantias de recomposição ambiental, beneficiando os pequenos produtores. “Quando se estabelece diferenças na recomposição de APPs para o proprietário com fazendas de diferentes tamanhos, está se acolhendo um olhar especial para pequenos e médios produtores. Eles terão exigências menores, mas terão que recompor alguma coisa. Estamos convictos de que essas regras não inviabilizam a agricultura, a pecuária, os proprietários rurais. Elas permitirão a produção de alimentos pela agricultura brasileira, inclusive com excedentes para exportação”, defendeu, salientando que a nova lei vai permitir a recuperação de cerca de 25 a 30 milhões de hectares de cobertura vegetal.

Discussão

Ao todo, os parlamentares apresentaram 696 emendas ao Código Florestal. O deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que relatou o novo código na Câmara, ressaltou a necessidade de a União criar apenas normas gerais em relação ao assunto, e os estados e municípios, regras específicas. Já o deputado Afonso Florence (PT-BA) defendeu a elaboração de regras nacionais. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) acredita que a MP precisa apenas de ajustes, que devem ser discutidos e negociados. Um ponto específico que ela pretende negociar é o estabelecimento de faixas de 15 metros para a recomposição da mata ciliar (vegetação ribeirinha) em médias e grandes propriedades, nos rios com até 10 metros de largura. “Os 15 metros para a média e a grande propriedade já haviam sido votados pela Câmara e pelo Senado. Grande parte dos rios do Brasil tem até 10 metros”, disse.

A MP prevê faixas de 5 a 100 metros, conforme o tamanho do rio e da propriedade. Na avaliação do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), tanto nas nascentes de pequenos, médios e grandes produtores a recuperação deve chegar a 30 metros. “A nascente é o começo de tudo. Não tem sentido algum a recuperação ser diferenciada para a pequena, média ou grande propriedade. É a nascente que vai garantir os pequenos e grandes rios”.

Relatório

O relator na comissão mista, senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), espera apresentar o parecer no dia 4 de julho. Segundo ele, o relatório reunirá as diferentes posições para ser aprovado rapidamente pelos Plenários da Câmara e do Senado. “Espero produzir um relatório que sirva a essa grande convergência”. A expectativa do presidente da comissão mista, deputado Bohn Gass (PT-RS), é de que o relatório seja votado já no dia 10 de julho, antes do recesso parlamentar. “Precisamos construir o entendimento. Se isto não for feito, a matéria vai ser vetada de novo e voltar para cá”, destacou.

A MP foi publicada em maio, para cobrir lacunas deixadas por vetos da presidente Dilma Rousseff no novo Código Florestal. Ao todo são 32 alterações, das quais 14 se referem a partes resgatadas do texto aprovado pelo Senado e que depois foram modificados pelos deputados.

*Com informações das agências Senado, Câmara e Brasil.

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