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O cotidiano da comunidade do Bode, na Zona Sul do Recife, foi retratado no projeto fotográfico de Thays Medusa. Neste sábado (25), a partir das 18h, Thays mostrará no Museu da Abolição, no bairro da Madalena, o resultado da exposição Eles Têm Medo de Nós. Em celebração ao mês da Consciência Negra, o trabalho da fotógrafa traz pessoas negras e periféricas como protagonistas. A entrada é gratuita.

"Através das minhas fotos quero colocar no centro as mulheres negras, seus filhos, jovens e crianças. Também ressaltar que dentro da comunidade existem várias potências, seja ela profissional, artística ou cultural. Esse projeto vem pra mostrar que é possível, que existe uma energia de transformação que pulsa dentro das favelas", declarou Thays Medusa.

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A pedreira Edna, que teve sua família representada no projeto, afirmou: "É um trabalho que fica invisível aos olhos da sociedade e tem que mostrar para todo mundo que somos capazes de fazer tudo o que a gente quiser".

Os personagens destacados na mostra irão conferir na abertura o resultado dos registros. "A parte mais importante para mim é ocupar um espaço público como o Museu da Abolição com a arte de pessoas pretas de favela para outras pessoas pretas de favela", pontuou Thays. A exposição fica em cartaz até o dia 25 de janeiro de 2024.

Com curadoria de Shell Osmo, além da mediação de Rebecca França, a exposição Eles Têm Medo de Nós será embalada pelo DJ Deliira. No dia da mostra, também haverá uma roda de diálogo na Livroteca Brincante do Pina, em que as pessoas participarão de uma atividade com artistas periféricos da moda com Yuriel Santos, da música com a poeta e rapper Adelaide Santos e com a cineasta favelada Yane Mendes.

Já o outro momento será a exibição de um documentário que acompanha toda a realização do projeto. Um material audiovisual inédito que tem exibição prevista para janeiro de 2024, sendo na comunidade do Bode e no Museu da Abolição.

Moradores de comunidades do bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, ao lado de coletivos sociais, realizaram um protesto com queima de pneus e interditaram todas as faixas da Avenida Herculano Bandeira, por volta das 8h desta quarta-feira (9). O grupo defende o retorno e revitalização do Centro Social Urbano (CSU) do Pina, desativado há aproximadamente 15 anos. Com uma forte presença de comunidades em necessidade, como a do Bode, o Pina não dispõe, atualmente, de um aparelho do estado que tenha como intuito a integração social dessa população. 

Para monitorar a situação, a Polícia Militar foi acionada. A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) também enviou agentes ao local, que precisou de desvio do tráfego através da Via Mangue. Às 9h, a via foi liberada.

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No último dia 30 de janeiro, o antigo prédio do CSU Pina, atualmente propriedade privada, foi ocupado pela população local, sob suporte do Coletivo Pão e Tinta e do Coletivo Cabras, ambos formados por moradores da comunidade do Bode. Os ocupantes vêm trabalhando na revitalização do espaço, que estava sem manutenção e tinha boa parte de sua estrutura deteriorada, além da presença de muito lixo. 

Desde então, foram promovidas pela ocupação diversas oficinas de incentivo à cultura e ao lazer, que são duas das principais demandas dos moradores da região. A ocupação funciona na Rua Barreiros, 100, no Pina, e está aceitando doações. Confira imagens do momento da ocupação: 

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O artista visual Shell Osmo acusa a Polícia Civil de agressão após ele filmar uma abordagem truculenta na última segunda-feira (12) na comunidade do Bode, localizada no Pina, Zona Sul do Recife. Segundo o artista, um policial invadiu a casa dos seus pais, o agrediu e exigiu que os vídeos fossem apagados.

"Foi na hora do almoço. Eu ouvi uma zoada na rua. Saí da casa dos meus pais e fiquei observando. Era uma abordagem super truculenta de dois policiais”, conta o artista. Ele diz que dois suspeitos, após serem agredidos, estavam sendo colocados dentro de um carro não caracterizado.

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Osmo começou a filmar a ação e um policial se aproximou. O vídeo é cortado no momento em que agente teria tentado abruptamente puxar o celular.

“Eu corro para a minha casa e ele vai atrás, arromba a porta de alumínio com a arma em punho. Meus pais, que são idosos, viram tudo. Meu pai levou um tapa na mão. Eu levei muito murro nas costas na frente do meu filho de cinco anos”, afirma. Osmo também acredita ter levado uma coronhada quando estava de costas. Segundo ele, as agressões cessaram após a companheira dizer ao policial que os vídeos, que estavam na lixeira do aparelho, haviam sido apagados.

“Eles fizeram várias ameaças. Eu realmente estou com muito medo. Tem viaturas parando aqui na frente do beco, sem policial descer”, conta Osmo. A família decidiu não ficar em casa na terça-feira por temer represálias. Segundo o artista, os dois suspeitos detidos assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados. 

A advogada e produtora cultural Jéssica Jansen acompanha o caso. Ela ressalta que não há ilegalidade em filmar a abordagem policial. “A gente sabe que filmar a abordagem policial, se o trabalho estiver sendo feito dentro da regularidade, protege os dois lados envolvidos”, diz. “O policial adentrou o espaço familiar. Não havia flagrante que justificasse essa invasão”, acrescenta.

"É importante ressaltar que esse tipo de situação é bastante comum aqui no Bode. Essa não é a primeira vez, não é um caso isolado, a gente teme por nossa segurança", lamenta a advogada. A Polícia Civil foi procurada, mas não se pronunciou sobre o caso.

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O vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL), denunciou abusos cometidos por policiais militares contra uma associação localizada na comunidade do Bode, na Zona Sul da capital pernambucana. Ao discursar na Câmara, nessa segunda-feira (2), Ivan disse que no dia 22 de novembro um grupo de cinco policiais do 19º Batalhão entraram na Associação Cultural, Artística e Ambiental do Pina (ACAAP) durante uma atividade com crianças e submeteram os membros da entidade a uma revista vexatória.

Segundo um relato da ACAAP lido por Ivan Moraes no plenário, os policiais interromperam a atividade que estava sendo desenvolvida e levaram os quatro membros da associação para os fundos do imóvel onde funciona a Livroteca Brincante do Pina, submetendo-os a ameaças, maus tratos e agressões.

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Um dos membros do grupo armado, que estava encapuzado, chegou a tomar o aparelho celular da coordenadora da entidade para tentar apagar registros da ação. Segundo a nota da ACAAP, durante a operação não foram encontrados indícios de atos ilícitos.

“É importante que todos os vereadores e vereadoras desta Casa entendam o que está acontecendo. São pelo menos cinco ou seis de nós que andam pela comunidade do Bode e que conhecem a Livroteca, o trabalho sério que é feito naquela instituição”, disse Ivan Moraes. “Não é possível que policiais se achem no direito de, sem mandado, sem ordem, sem suspeita, interromper uma atividade com crianças de cinco a dez anos para fazer o que fizeram”, acrescentou.

O parlamentar repercutiu ainda um incidente ocorrido em Paraisópolis, em São Paulo (SP), na madrugada do domingo (1º), quando uma ação policial em um baile funk provocou uma confusão que deixou nove pessoas mortas e 12 feridas. “Lembro também o acontecido neste fim de semana da cidade de São Paulo, em que foram pisoteadas nove pessoas depois de uma ação abusiva da polícia daquele Estado. Isso nunca acontece em festa de gente branca, em organização de bairro nobre. Isso é uma prova cabal do racismo institucional que existe no Brasil”, argumentou Ivan.

*Da Câmara do Recife

No primeiro dia de fiscalização da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) em bares e restaurantes do bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, na terça-feira (5), foram identificadas ligações clandestinas em dois estabelecimentos de classe média. As irregularidades foram identificadas nos restaurantes Caldinho do Nenén e Barraco Gastrobar.  

Segundo a Compesa, o furto estava prejudicando o abastecimento de água dos moradores de comunidades pobres como Beira-Rio e do Bode. A companhia levantou ainda que os estabelecimentos estavam em pleno funcionamento mas constavam no sistema como clientes com água cortada. Como os dois estabelecimentos estavam cortados, as multas serão aplicadas com base na tarifa de agosto.

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Estava prevista para esta quarta-feira (6) a ouvida dos proprietários dos restaurantes na delegacia. O caso está sendo acompanhado pela delegada Beatriz Leite, que só falará sobre o assunto durante coletiva de imprensa na próxima segunda-feira (11).

Energia elétrica

Em agosto deste ano, o proprietário do restaurante Caldinho do Nenén foi preso em flagrante por furto qualificado de energia elétrica após a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) fazer uma denúncia.

O Instituto de Criminalística (IC) identificou um sofisticado dispositivo dentro do medidor de energia. Não era a primeira vez que o estabelecimento apresentava fraude no consumo de energia. 

Moradores da Comunidade do Bode, bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, realizaram um protesto na noite desta segunda-feira (19). Esse é o segundo ato em menos de uma semana da comunidade após a Polícia Militar (PM) matar dois moradores do local.

Aos gritos de “justiça”, os manifestantes atearam fogo em pneus na Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, causando grande congestionamento. A última manifestação havia sido no sábado (17) na mesma avenida.

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Na quinta-feira (15), o estudante Esdras Henrique morreu com um tiro na cabeça pela equipe da Radiopatrulha da Polícia Militar. No último sábado (17), uma segunda pessoa morreu, primo da primeira, também por policiais militares, segundo testemunhas.

Em ambas as situações, a Polícia Militar tem respondido que foi recebida com vários disparos de arma de fogo.  Sobre a morte de Esdras, a nota da PM fala que houve uma “injusta agressão” por parte de pessoas da comunidade. Já os moradores do Bode dizem que a polícia já chegou atirando e que não houve troca de tiros.

Segundo a polícia, a ação era para prender suspeitos de assassinar o sargento Ricardo Sales dos Santos, baleado na quarta-feira (14) durante operação contra o tráfico em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). A comunidade da Zona Sul do Recife teme que as incursões da polícia estejam sendo uma represália.

“Muito triste vê o filho sendo tratado como bandido. Queremos justiça. Já demos queixa na polícia e vamos entrar com uma ação judicial”, disse o pai de Esdras, Alexandre Jorge. Os bombeiros foram acionados para o local do protesto por volta das 18h. Segundo os manifestantes, por volta das 19h15, o ato já estava se encerrando.

Segue na UTI pediátrica do Hospital do Restauração (HR), a garota de três anos que foi esfaqueada pela vizinha, na sexta-feira (10). O quadro de Maria Eduarda Alexandrino é considerável estável, já que ela está consciente e respira sem ajuda de aparelhos. A criança foi esfaqueada na região do abdômen e precisou passar por uma cirurgia de urgência.

A tentativa de homicídio aconteceu na comunidade do Bode, bairro do Pina. Vizinha da criança, Ana Paula dos Santos confessou o crime e foi levada à Colônia Penal Feminina do Recife. Na noite desta sexta, ela prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), junto a familiares da criança. Segundo uma das irmãs da agressora, Ana Cláudia Muniz, a mulher já havia tentado matar os dois filhos e dois sobrinhos, no ano passado. 

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Pelos ataques de fúria e aspectos de distúrbios, ela teria sido levada ao Hospital da Tamarineira (Ulysses Pernambucano), em 2013, mas não foi atestado nenhuma doença mental, segundo os familiares. “O problema dela é a droga e a bebida. Quando fica em abstinência, acontece essas coisas”, explicou a irmã Ana Cláudia.

Para a Polícia, Ana Paula confirmou ser usuária de drogas e disse sempre ouvir vozes. Tia da criança, Natallia Virgínia não esperava que algo do tipo pudesse acontecer. “Ana sempre brincou muito com as crianças da gente, com a própria Maria Eduardo, e isso pegou todos nós de surpresa”. 

Uma menina de três anos foi esfaqueada no abdômen pela vizinha, de 30 anos, na tarde desta sexta-feira (10), na comunidade do Bode, bairro do Pina. Encaminhada ao Hospital da Restauração (HR), Maria Eduarda Alexandrino passou por um procedimento cirúrgico e o quadro é estável. Segundo o HR, a criança está na UTI pediátrica da instituição, consciente e respirando normalmente. 

O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A acusada, Ana Paula dos Santos, vizinha da criança, não tem ficha precedente, porém parentes afirmaram não ser a primeira tentativa de homicídio empreendida pela mulher. “Ela já tentou colocar fogo na casa, matar os dois filhos e também dois sobrinhos. Chegamos a interná-la no Hospital da Tamarineira, mas o psiquiatra disse que ela não é louca”, informou a irmã mais velha da agressora, Ana Cláudia Muniz.

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De acordo com a irmã, Ana Paula confessou ter esfaqueado a criança, mas não revelou o motivo. Familiares disseram que a acusada é usuária de drogas, alcoólatra e mora sozinha. Após o crime desta sexta (10), Ana Paula reuniu uma muda de roupas e saiu correndo de casa, segundo testemunhas, local para onde ela chamou a criança e a esfaqueou. Com auxílio das testemunhas, a Polícia encontrou a acusada no bairro de Rio Doce, na casa de um suposto namorado. 

Segundo o delegado responsável pelo caso, Ian Campos, a Polícia estava ouvindo o depoimento de uma tia da criança e também escutaria dois policiais que prenderam Ana Paula, além da própria acusada. “Até agora ela só disse que escuta vozes e usa drogas. Após ouvir todas as pessoas, ela vai ser encaminhada à Colônia Penal Feminina do Recife”, explicou o delegado. 

Para outra tia da menina, Natallia Virgína, também presente à DHPP, a agressão pegou todos de surpresa. “Ela sempre brincava com todas as crianças, com Eduarda também, e nunca esperávamos que ela pudesse fazer isso. Graças a Deus minha sobrinha está bem”, contou Natallia.  

Nesse sábado (12), o Projeto Resgatando Cidadania vai realizar uma ação na comunidade do Bode, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife.

Na ocasião, os moradores da comunidade poderão tirar carteira de identidade, carteira  de trabalho, certidão de nascimento, fotos 3X4, e também vão participar de uma palestra sobre prevenção de acidentes e primeiros socorros.

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Amanda Cristina, de 24 anos, foi presa nesta quinta-feira (16), por tráfico de drogas, na comunidade do Bode, no bairro do Pina, Zona Norte de Recife.

De acordo com os agentes policiais, a infratora estava com 744 pedras de crack, 395 papelotes de maconha, 123 "big big" de maconha prontas para serem vendidas, além de 312 gramas de maconha prensada, uma balança de precisão e materiais para embalagem de drogas, como sacos plásticos, fitas isolantes e grampeador.

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A mulher prestou depoimento na Delegacia de Boa Viagem e em seguida foi encaminhada a Colônia Penal Feminina, situada na Iputinga, Zona Oeste do Recife.

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