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Os 65 anos vividos por Raquel Dalzy foram em Vila Esperança, localizada na Zona Norte do Recife. Da casa onde morava com o marido e uma neta, só restam as lembranças e resquícios de demolição. A mesa que sempre esteve presente nos encontros da família, agora, está coberta por um lençol e ocupa um pequeno espaço no terraço da casa alugada de forma emergencial no mesmo local por R$ 700.

Ela e a família precisaram desapropriar a antiga residência. “Todos os dias, tinham oficiais de Justiça na porta da minha casa. Sempre tinha gente lembrando que a gente tinha que sair. Fiquei mal, tive ansiedade. Não conseguia escutar uma sirene de polícia, porque me dava logo dor de barriga”, relembra. [FOTOS] O sonho do imóvel próprio com piscina foi desfeito. “Foram anos para deixar a casa do jeito que a gente queria, mas só precisou de dias para ser destruído”, disse ao LeiaJá.

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Agora, a moradora mais antiga de Vila Esperança assiste a sua história sendo atravessada pelo avanço da Ponte Monteiro-Iputinga. Dona Raquel, como é conhecida na localidade, é uma das moradoras que tem o título de posse, mas isso não a isentou da saída da moradia. A atual residência é menor e alugada em caráter temporário, pois, Dona Raquel aguarda desde setembro a indenização, que será destinada a um novo imóvel.

Para a reportagem, ela desabafa que o valor indenizatório ofertado pela Prefeitura do Recife, através da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), é menor do que a antiga moradia valia. “A minha casa foi avaliada em R$ 800 mil, mas só vão me pagar R$ 340 mil. Onde é que eu vou encontrar algo parecido ao que eu tinha com esse valor?”

Dona Raquel em um dos cômodos da casa desocupada. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

As lembranças da casa própria com piscina estão na parede do imóvel alugado. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Givanilda Lopes, de 56 anos, ou Gil, como é conhecida em Vila Esperança, ainda permanece na casa que mora há mais de três décadas, mas com incerteza de até quando permanecerá no local com dois filhos, sendo um pessoa com deficiência, e um sobrinho. “São cinco moradias no mesmo terreno da família. O que eu recebi foi um valor muito baixo, que vai ser dividido com o restante dos familiares. Eu tô (sic) sofrendo para comprar uma moradia, porque eu só encontro lixo (...) Essa questão de Vila mexeu com todo mundo. Eu tô (sic) a base de remédio”, conta à reportagem. Gil relata que todos os dias, havia oficiais de Justiça “na porta de casa”.

“Um chegou [oficial de Justiça] a pedir para a gente sair, esperar o pagamento da indenização fora. Como eu ia (sic) sair, se não tenho onde morar? não tenho renda, não posso morar com o meu filho em qualquer lugar, em qualquer condição. Eu tô na rua, porque não tenho onde morar. Mas, eu vou morrer lutando pela minha casa”, diz enquanto chora.

Gil mostra a documentação referente à negociação com a Prefeitura do Recife/URB. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Em Vila Esperança não há vestígios de Natal ou de festa de Ano Novo. À medida que as casas são demolidas, a ponte avança e tapumes metálicos formam um grande cercado. “A sensação é de prisão. Eu sei que a nossa situação não vai mudar, a gente vai ter que sair. Mas, tudo que a gente está falando serve para outras pessoas que podem passar pela mesma coisa. Já chorei muito, agora, só quero que isso tudo acabe”, desabafa Dona Raquel.

Tapumes metálicos formam uma grande cerca na localidade. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Casa demolida em Vila Esperança. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJá

Na Zona Sul do Recife, na Comunidade do Bode, no Pina, Claudia Souza ainda processa o fato de não ter sido contemplada com um apartamento no Conjunto Encanta Moça, que foi entregue na última semana após uma espera de 10 anos. A atual residência de Claudia é um primeiro andar, com dois quartos, sala com dois ambientes e uma varanda, onde se tem uma vista de parte da comunidade em que ela vive desde criança. “Por mim, eu não queria sair. Olha, a minha casa, o tamanho dela. A vista privilegiada”, enfatiza.

A saída de Claudia e família não tem uma data definida, mas está prevista para 2024. Ano em que iniciará uma nova etapa do projeto de urbanização das margens do bairro do Pina. A iniciativa, de acordo com a Prefeitura do Recife, inclui a realocação dos moradores de palafitas para conjuntos habitacionais, criação de Unidades de Beneficiamento de Pescados (UBPs), um Mercado do Peixe, pista de cooper, praça, ciclovia, parque infantil, áreas para piquenique, academia, quiosques e Via Parque.

Sem uma moradia no habitacional e sem o título de posse, restou a Claudia, que depende da atividade marisqueira, o auxílio moradia, que segundo ela, é no valor de R$ 300. “O mínimo de preço que a gente vai encontrar uma casa por aqui vai ser R$ 600, R$ 700. Sair do meu território, onde eu nasci e fui criada, não é uma opção. Eu vivo de catar sururu, marisco…se eu sair daqui, como vou sobreviver?” A Comunidade do Bode é uma das primeiras comunidades pesqueiras do Brasil. Para ela, 2024 já vai iniciar com buscas de uma nova residência que caiba no orçamento da família. “Desde que começou essa história, eu não consigo dormir direito, nem me alimentar bem. São dias e noites só chorando. O Natal, eu passei chorando porque não aguento mais pensar onde eu vou viver, onde vou morar”.

Claudia Souza na sala de casa. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJá

Assim como Claudia Souza, Amanda Maria da Silva, de 27 anos, também não foi contemplada com um apartamento no habitacional Encanta Moça. Ao LeiaJá, ela, que é mãe de quatro filhos, conta que por problemas na documentação não pôde ter acesso à nova moradia. Com a informação que receberá uma indenização, mas sem data e valor definidos, Amanda deixará de ter residência própria para custear um aluguel. “É difícil. Você sair do que é seu para pagar aluguel. Mas, enquanto eles não chegarem aqui, eu vou ficar na [minha] casa”. 

Amanda, de 27 anos, mora com os quatro filhos e aguarda idenização. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJá

Edilene Simão, que também compartilha da mesma angústida de Claudia e Amanda, ressalta à reportagem que, assim como Vila Esperança, a localidade onde mora também é uma Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) do Recife. A lei consolidada há quase 30 anos protege os local por reconhecê-lo como um território popular, com incentivo de promoção de regularização fundiária das moradias. 

"A notícia do projeto de requilificação chegou para mim da pior maneira possível", lembra Edilene. "Veio uma equipe com asistente social, geógrafo, bióloga, que disse que a saída dos moradores era por conta do rio e minha mãe tinha acabado de operar os olhos, somos vizinhas. Ela chorou tanto, que teve um derrame no olho e a cirurgia precisou ser remarcada. Aqui, são três casas: uma da minha irmão, outra da minha mãe e a minha. Tenho duas filhas, a vida toda da minha mãe foi aqui, a minha também. A gente se sente humilhado, perdido, porque, em um primeiro momento, é bem desesperador". 

Edilene, que é advogada tenta buscar meios para manter o imóvel, não apenas a dela, mas de outros moradores da área. "Eu comecei a provocar o Ministério Púbico e Defensoria Pública". Ao LeiaJá, ela salienta que nunca congitou sair do Pina. "Era algo que nunca pensei, de jeito nenhum. Quando eu trouxe esse assunto para uma das minhas filhas, ela entrou em desespero porque os vínculos dela estão aqui, a história dela está aqui. Ela mora aqui há 11 anos e a história dela está toda aqui". À reportagem, Edilene conta que a casa da mãe possui três quartos e questiona onde é que elas irão encotrar algo semelhante com uma faixa razoável de preço."Para a gente foi uma violência muita grande. A proposta que eles fizeram [prefeitura] foi a pior possível". 

Com atuação territorial na Comunidade do Bode, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, a Coletiva Cabras, formada integralmente por mulheres, nasceu durante o período mais grave da pandemia de Covid-19, em agosto de 2020. As ações emergenciais durante a crise sanitária foram direcionadas, principalmente, às jovens e mulheres (cis e trans) da localidade, que uma das primeiras comunidades pesquieras do Brasil, e abarcaram distribuição de kits da primeira infância (com itens para bebês), sopa, cestas básicas, promoção de mutirão de vacina e oficinas. Sem remuneração ou financiamento, as 10 integrantes do grupo iniciaram em 2021, ainda em meio ao cenário pandêmico, um projeto de letramento porta a porta para mulheres, mães solos e periféricas.

A iniciativa conta apenas com uma professora, que também coordena o letramento, Yana Texeira. As aulas são realizadas sempre aos sábados a cada 15 dias, com duração entre 40/50 minutos. De acordo com Paula Menezes, Diretora Executiva e Cofundadora da Coletiva Cabras, a ação contabiliza cerca de 12 alunas, que recebem material de estudo em uma bolsa confeccionada por uma estudantes do projeto e, quando possível, cestas básicas. “A gente começou com a distribuição das cestas como forma de incentivo. Nem sempre a gente consegue, porque demanda investimento. Mas, mesmo assim, elas continuam a querer as aulas”, frisa a cofundadora da coletiva. O processo de letramento vai muito além do aspecto conteudista e oferece as jovens e mulheres da comunidade o acesso às informações e Educação política.

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Letramento porta a porta realizado pela Coletiva Cabras na Comunidade do Bode. Foto: Thalita Fernanda/Coletiva Cabras

 

A professora e coordenadora da iniciativa, Yana Texeira (ao centro) etrega kits com materias escolares. As bolsas são produzidas por uma aluno do projeto. Foto: Thalita Fernanda/Coletiva Cabras

Uma dessas estudantes do projeto é Cláudia Souza, mulher trans, moradora do Bode e, após ser assistida pela Coletiva e participar de um curso de liderança compartilhada, passou a ocupar o cargo de coordenadora no grupo. Ao LeiaJá, Cláudia, que estudou até a 4ª série do ensino fundamental 1, conta que as ações e conversas foram importantes para retornar à sala de aula. “Estudei até a quarta série porque tive que trabalhar, né? (sic) Eu acho ótimo ser na casa da gente, porque dá para fazer as coisas, organizar melhor o dia. Eu não posso estudar em outro canto no momento”, disse. À reportagem, ela afirma que tem planos para dar continuidade aos estudos, à noite, em uma instituição de ensino.

Paula Menezes (camisa roxa), Thalita Fernanda (ao centro) e Ana Karla (camisa preta) fazem parte da Coletiva Cabras. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Cláudia Souza é aluno do letramento e uma das coordenadoras da Coletiva Cabras. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Mãe de quatro filhos e prestes a ser avó pela segunda vez, Mirella Santana também é uma das participantes da iniciativa educacional. Ocupando desde cedo uma posição de cuidado, como a maioria das mulheres, assim como Cláudia, Mirella estudou até a 4ª série. Ao LeiaJá, ela ressalta que a flexibilidade do letramento porta a porta permitiu a retomada dos estudos. Segundo Paula Menezes, para que Cláudia, Mirella e outras mulheres da Comunidade do Bode frequentem uma escola, em uma turma da Educação de Jovens e Adultos (EJA), é necessário deslocamento para outros bairros, o que implica em gastos com transporte público e uma logística com os filhos. “A única escola que tinha EJA está fechada”, comenta Paula.

Conheça mais sobre a Coletiva Cabras e o projeto de letramento porta a porta:

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A pré-candidata a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), visitou, neste sábado (23), a comunidade do Bode, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife. Após a passagem pelo local, Raquel disse que é preciso romper ciclos da pobreza no Estado.

“Não podemos admitir que em pleno século XXI vejamos realidades que repetem ciclos de pobreza. Não podemos normalizar essa situação. É preciso fazer que histórias como as que vi aqui sejam páginas viradas na história de Pernambuco” afirmou.

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“Aqui eu venho mais para ouvir do que para falar. É inadmissível que a gente tenha tanta miséria no Recife. Esse é o Pernambuco real, não o da propaganda do PSB. Precisamos de políticas sociais voltadas para as pessoas", emendou a postulante.

Segundo Raquel, um levantamento divulgado pelo Boletim Desigualdade das Metrópoles aponta que a renda média da população que vive no Grande Recife é a terceira pior entre as metrópoles brasileiras. “A pesquisa escancara o que vemos nas ruas das nossas cidades, a fragilidade das políticas públicas estaduais, tanto na geração de oportunidades pela via da economia quanto da rede de proteção social”, frisou a presidente do PSDB Pernambuco.

A deputada estadual Priscila Krause e o vereador Alcides Cardoso também acompanharam a agenda no Recife. Além deles, participaram da agenda também o prefeito de Caruaru Rodrigo Pinheiro e o ex-deputado Eduíno Brito.

 

Na madrugada desta sexta-feira (23), uma gestante teve o filho dentro de uma viatura da Polícia Militar. Ela foi socorrida pelos policiais na comunidade do Bode, no bairro Pina, Zona Sul do Recife, e deu à luz ao pequeno Walace já na porta da maternidade.

Durante rondas de rotina na região, os policiais foram chamados por populares para socorrer uma gestante que havia entrado em trabalho de parto. Ela foi acomodada na viatura e levada às pressas para a maternidade Bandeira Filho, em Afogados, na Zona Oeste da capital.

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Antes mesmo de dar entrada na unidade, o bebê nasceu. A viatura havia acabado de chegar, mas a mãe acabou tendo a criança no banco de trás do veículo, já na porta da maternidade. Ela e o pequeno Walace foram atendidos pelas enfermeiras, que concluíram o parto.

Quando ganha as ruas das comunidades do bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, a bicicleta da rádio A Voz da Lama espalha um só ritmo: o bregafunk. A bike faz parte do Núcleo de Comunicação Caranguejos Pensantes, da Livroteca do Pina, e a cada pedalada, leva informação e diversão aos moradores. Em tempos de pandemia, o tema da rádio de andada não poderia ser outro que não o coronavírus. Sendo assim, os jovens do projeto criaram o Passinho da Prevenção, que nesta terça (25) lança seu clipe oficial com o objetivo de levar essa mensagem ainda mais longe. 

A música é uma parceria de voluntários, crianças e adolescentes envolvidos com o projeto. Bruno Medeiros é um desses voluntários que abraçou a ideia e ajudou a fazer esse passinho acontecer. Segundo ele, o objetivo era “botar na cabeça das crianças e dos jovens as idéias de prevenção contra o vírus” e assim conscientizar a comunidade sobre a  gravidade da situação e a importância de se cuidar. Mas, tudo no seu próprio ritmo, “com o palavreado da galera”, como ele bem coloca. 

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Bruno Medeiros é um dos voluntários da Livroteca do Pina. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

Para compor o bregafunk, o escolhido foi Capa GTC, o Epitácio, também voluntário da Livroteca. Ligado à música há muito tempo, ele aceitou o “desafio” e pensou, primeiramente, em fazer um funk - sua especialidade -, mas percebeu que o caminho para a composição poderia ser outro. “Eu vi que essa letra dava pra botar numa música de passinho. A galera gostou, os meninos aprenderam em dois dias e no quinto dia, a gente já tava gravando a música”. Para assinar o beat foi chamado DC Seven7, da Ratueira Rec e a mixagem é de Rodrigo Araújo. 

Na hora de gravar, os escolhidos para botar voz no Passinho da Prevenção foram os MCs Boby e Alê do Pina. Os jovens que já percorrem um caminho na música há dois anos, são alunos das oficinas do projeto social. Eles toparam a missão sem pestanejar e além de terem se divertido muito na gravação do bregafunk, acabaram tendo outros ganhos. “Ajudou a gente a conhecer muitas coisas novas também”, contou Boby. 

MC Boby, Capa GTC e MC Alê do Pina, intérpretes e o compositor do Passinho da Prevenção. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

Agora, o grupo lança o clipe da música, todo gravado em diferentes cenários da própria comunidade. O vídeo estará disponível no canal da Livroteca do Pina, no Youtube, com o objetivo de enviar esse recado para muitos outros lugares..“A expectativa é chegar ao maior número de ouvintes possível, tanto pela mensagem do passinho quanto pela representatividade e protagonismo dos jovens daqui da comunidade. É dar uma fortalecida na arte, mostrar pra eles que a arte é uma via, um projeto de vida. É sobre isso também”, diz Bruno. 

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#CoronaNasPeriferias

A Livroteca do Pina é um projeto de incentivo à leitura, integração artística, cultura e ambiental que atende à comunidade do Bode, no bairro do Pina, desde 1995. Com a chegada da pandemia do coronavírus, os voluntários do projeto redobraram a atenção com os moradores  e desenvolveram a campanha #CoronaNasPeriferias. Com a ajuda de doações, o projeto tem arrecadado alimentos e kits de limpeza e higiene que são repassados para a comunidade.

Além disso, também estão sendo desenvolvidas ações como os vales que funcionam como moeda de compra de alimentos para que tanto os pescadores da região possam continuar trabalhando, como os moradores possam continuar comprando. O objetivo é minimizar os impactos negativos causados pelo coronavírus que acabou agravando várias necessidades já existentes no lugar. 

Para frear os impactos decorrentes da pandemia na comunidade do Bode, localizada no Pina, Zona Sul do Recife, uma iniciativa popular uniu-se aos comerciantes em defesa da economia local e mantive o tradicional mercado de sururu ativo. Para garantir alimento aos moradores, e clientes aos pescadores e comerciantes em geral, a Livroteca Brincante do Pina distribuiu um vale gratuito.  

Por meio de arrecadação online e editais, a Livroteca Brincante do Pina angariou recursos e comprou mercadorias de produtores locais, sejam costureiras, pescadores ou feirantes. Com o produto pago, os voluntários repassaram o poder de compra aos moradores por meio de vales, de R$ 20 para alimentos e R$ 50 para gás, o que estimulou o comércio da região. “As famílias tinham seu alimento e retiravam com o próprio produtor. Todo mundo saiu ganhando”, pontua o voluntário Bruno Medeiros.

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“A gente foi vendo também que esse sistema do vale era muito mais organizado pra gente e bom para o produtor, que tinha parte da produção comprada e era um dinheiro que ficava com ele”, complementou o voluntário, que estima que mais de 100 famílias sobrevivem da pesca de marisco e sururu no Pina.

Para proteger a tradição dos pescadores, a iniciativa adquiriu os moluscos por um preço acima do mercado. Mesmo com o preço do quilo de sururu em torno de R$ 13, a Livroteca Brincante preferiu pagar R$ 15 para tranquilizar os profissionais.

Preocupados com a saúde dos moradores, os voluntários iniciaram a campanha emergencial popular no início da pandemia e distribuíram 600 cestas básicas, além de mais de 1000 kits de limpeza. Uma bicicleta de som também percorre a comunidade emitindo informações sobre como se prevenir da Covid-19. 

A Livroteca Brincante pretende entregar mais vales nas próximas semanas e usa as redes sociais como contato para arrecadar alimentos não perecíveis, materiais de higiene pessoal e limpeza, e equipamentos de proteção individual. Aos que pretendem apoiar o projeto com dinheiro, a organização disponibiliza doações através do site www.livrotecabrincantedopina.siteo.one e da conta:

José Ricardo Gomes Ferraz

CPF.: 763.608.814-20

Caixa Economica Federal

Agência: 2193

Conta POUPANÇA: 9339-2

Operação: 013

Após ver viralizar um vídeo expondo a falta de cuidados com os riscos de contaminação da Covid-19, a Vigilância Sanitária do Recife (Visa) visitou e notificou o restaurante Entre Amigos, em Boa Viagem. Os responsáveis pelo estabelecimento foram alertados pelo poder público a respeito da organização na entrega dos pedidos e cuidados para evitar a proliferação do novo coronavírus.

Os estabelecimentos devem seguir as regras sanitárias já existentes, desde antes da pandemia, para evitar a ocorrência de doenças transmitidas através de alimentos ou outras infecções, por exemplo. Uma das principais orientações diz respeito à temperatura dos alimentos e à forma correta de acondicionamento dos mesmos, para protegê-los de poeira, saliva e insetos, por exemplo.

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Segundo a Visa, os comerciantes devem utilizar roupas limpas, de preferência de cor clara, e de que prendam o cabelo com touca, lenço ou boné. Os comerciantes precisam ter atenção também aos molhos, que devem ser oferecidos obrigatoriamente em sachês.

Caso não siga as orientações, os restaurantes ficam sujeitos a responder a um processo administrativo sanitário, que pode resultar em multas que variam de R$ 40 a R$ 400 mil, apreensão/inutilização de produtos, interdição do estabelecimento, entre outros.

A população também pode solicitar uma inspeção pelo telefone 3355-1878, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e sábados e domingos, das 8h às 15h.

Nota de esclarecimento

Na terça-feira (12), o restaurante usou as redes sociais para divulgar uma nota de esclarecimento sobre o ocorrido. De acordo com a publicação, "Diante do cenário atípico da pandemia do novo coronavírus, que provoca uma série de adaptações e situações inusitadas no cotidiano das pessoas e das empresas, o Grupo Entre Amigos, assim como diversas outras empresas, enfrentou problemas excepcionais no último domingo, os quais foram gerados por dois motivos: falhas tecnológicas nos aplicativos de delivery na Internet e demanda extraordinária de pedidos simultâneos, muito superior à média histórica do Dia das Mães em anos anteriores".

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O restaurante também lamentou o ocorrido e se colocou à disposição para conversar com os clientes que, de alguma forma, se sentiram lesados com o ocorrido. Confira o texto na íntegra.

"Em 25 anos de atuação, o Grupo Entre Amigos construiu sua história baseada no relacionamento com o cliente, na qualidade de sua gastronomia e na excelência do atendimento.

Por isso, diante dos transtornos pontuais ocorridos nesse Dia das Mães, data especial e da maior importância para todas as famílias, o Grupo Entre Amigos quer se desculpar com seu público e, ao mesmo tempo, prestar um esclarecimento sobre o ocorrido.

Diante do cenário atípico da pandemia do novo coronavírus, que provoca uma série de adaptações e situações inusitadas no cotidiano das pessoas e das empresas, o Grupo Entre Amigos, assim como diversas outras empresas, enfrentou problemas excepcionais no último domingo, os quais foram gerados por dois motivos: falhas tecnológicas nos aplicativos de delivery na Internet e demanda extraordinária de pedidos simultâneos, muito superior à média histórica do Dia das Mães em anos anteriores.

Tais fatos resultaram em atrasos expressivos tanto no delivery quanto nos pedidos a serem retirados nos restaurantes (“Take Away”). Todos os pedidos entregues estavam armazenados em embalagens hermeticamente lacradas, de acordo com os mais rigorosos padrões vigentes.

Mais uma vez, o Grupo Entre Amigos lamenta imensamente os transtornos causados aos clientes, reforçando os pedidos de sinceras desculpas e se coloca à disposição para conversar com cada um deles, que de alguma forma se sentiram lesados para tratar com cada um deles e chegando, juntos, a uma solução para cada caso".

Mesmo diante da restrição à aglomeração de pessoas nos estabelecimentos devido à pandemia de Covid-19, um vídeo que circula na internet mostra o risco que as pessoas que solicitam comida pelo delivery continuam correndo. O flagra da desorganização foi filmado no restaurante Entre Amigos Bode, de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

No vídeo é possível ver todos os pedidos em duas grandes mesas, onde várias pessoas aglomeradas procuram entre as sacolas o seu produto. Nenhuma separação, nenhum cuidado para que todas as pessoas alí não saiam pegando em todas as sacolas, o que aumenta as chances de contaminação.

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O LeiaJá tentou, por diversos meios, entrar em contato com o restaurante, mas sem sucesso. Um funcionário chegou a atender uma ligação, mas desligou logo que ouviu que se tratava de uma reportagem sobre o vídeo viral.

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O LeiaJá também contactou a vigilância sanitária do Recife, que informou ter visitado e notificado o restaurante. Segundo o órgão, os responsáveis pelo estabelecimento foram alertados a respeito da organização na entrega dos pedidos e cuidados para evitar a proliferação do novo coronavírus

Nesta segunda-feira (11), Pernambuco decretou a quarentena nos municípios do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata. Entre as medidas anunciadas, o aumento das restrições de circulação de pessoas e o reforço na fiscalização em estabelecimentos comerciais.

Nota de esclarecimento

Na terça-feira (12), o restaurante usou as redes sociais para divulgar uma nota de esclarecimento sobre o ocorrido. De acordo com a publicação, "Diante do cenário atípico da pandemia do novo coronavírus, que provoca uma série de adaptações e situações inusitadas no cotidiano das pessoas e das empresas, o Grupo Entre Amigos, assim como diversas outras empresas, enfrentou problemas excepcionais no último domingo, os quais foram gerados por dois motivos: falhas tecnológicas nos aplicativos de delivery na Internet e demanda extraordinária de pedidos simultâneos, muito superior à média histórica do Dia das Mães em anos anteriores".

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O restaurante também lamentou o ocorrido e se colocou à disposição para conversar com os clientes que, de alguma forma, se sentiram lesados com o ocorrido. Confira o texto na íntegra.

"Em 25 anos de atuação, o Grupo Entre Amigos construiu sua história baseada no relacionamento com o cliente, na qualidade de sua gastronomia e na excelência do atendimento.

Por isso, diante dos transtornos pontuais ocorridos nesse Dia das Mães, data especial e da maior importância para todas as famílias, o Grupo Entre Amigos quer se desculpar com seu público e, ao mesmo tempo, prestar um esclarecimento sobre o ocorrido.

Diante do cenário atípico da pandemia do novo coronavírus, que provoca uma série de adaptações e situações inusitadas no cotidiano das pessoas e das empresas, o Grupo Entre Amigos, assim como diversas outras empresas, enfrentou problemas excepcionais no último domingo, os quais foram gerados por dois motivos: falhas tecnológicas nos aplicativos de delivery na Internet e demanda extraordinária de pedidos simultâneos, muito superior à média histórica do Dia das Mães em anos anteriores.

Tais fatos resultaram em atrasos expressivos tanto no delivery quanto nos pedidos a serem retirados nos restaurantes (“Take Away”). Todos os pedidos entregues estavam armazenados em embalagens hermeticamente lacradas, de acordo com os mais rigorosos padrões vigentes.

Mais uma vez, o Grupo Entre Amigos lamenta imensamente os transtornos causados aos clientes, reforçando os pedidos de sinceras desculpas e se coloca à disposição para conversar com cada um deles, que de alguma forma se sentiram lesados para tratar com cada um deles e chegando, juntos, a uma solução para cada caso".

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--> Minha comida pode chegar contaminada? Reduza os riscos

A Secretaria de Saúde de Olinda, por meio da Vigilância Sanitária, integrou a operação de desativação de um abatedouro irregular de bode, localizado no bairro de Jardim Brasil II. Dois bodes de médio porte foram recolhidos na ação. A carne abatida de quatro animais foi pesada e encaminhada para o devido descarte. Dois proprietários foram presos pela Polícia Militar e autuados por crimes contra a economia e a saúde pública.

"O consumo de carne de animais abatidos sem higiene e os devidos procedimentos de segurança representa sérios riscos para a população", alerta a secretaria. O órgão reforça que a ingestão deste tipo de carne clandestina pode acarretar problemas de saúde, além de incrementar um mercado ilegal.

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 Na hora da compra, incluindo feiras livres, a orientação é de que o consumidor deve sempre avaliar o local onde o alimento está exposto e, caso seja necessário, pode até solicitar no balcão a nota fiscal de aquisição da carne - documento que demonstra que ela veio de um frigorífico regulamentado.

A ameaça de contaminação vai desde o processo de abate, passando pelo transporte, o armazenamento e o preparo deste alimento até chegar à mesa do consumidor. É o que explica a diretora da Vigilância em Saúde de Olinda, Aline Leite. “O nosso trabalho tem o foco na inspeção da qualidade da carne, aparência, condições de acomodação, prazo de validade, entre outros pontos.

As equipes inspecionam também supermercados e açougues, orientando os proprietários sobre o cumprimento do que é previsto em lei”, ressalta. Segundo ela, os estabelecimentos precisam de licença da Adagro, órgão agropecuário responsável nestes casos.

Se observado irregularidades semelhantes, a população de Olinda pode denunciar por meio do telefone 3431.3053, não sendo necessária a identificação. A carne imprópria para o consumo não recebe o selo de inspeção e, apesar de muitas vezes ser comercializada com valores mais atrativos, sinaliza um perigo que pode levar até a morte.

“Estas peças trazem centenas de microrganismos, podendo acarretar verminoses, infecções intestinais, falhas no sistema reprodutor e também tuberculoses severas”, pontua o inspetor sanitário da Prefeitura de Olinda, Eduardo Melo.

Os enfeites postos anunciam que o período natalino chegou e como um bom protetor da tradições, Fábio sempre opta pelo vermelho. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

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Cuidadosamente, os bonecos encontrados nas ruas são realocados em cima de um móvel coberto por pedaços de grama sintética. Com algumas referências bíblicas, um presépio diferente, mas igualmente acolhedor começa a ganhar vida. Nas paredes da casa, laços vermelhos, espumas reutilizadas de travesseiros e colchões velhos, tecidos e plásticos coloridos são ornamentados de modo que toda as paredes fiquem enfeitadas, em diferentes ângulos. Pelo menos uma vez por ano, a casa onde vive Fábio Bento, conhecido pelos amigos como Magão, 36, muda completamente de aparência.

Os enfeites postos anunciam que o período natalino chegou e como um bom protetor da tradições, Fábio sempre opta pelos detalhes no tom do vermelho mais vivo que encontrar pelas ruas. Todo o material da ornamentação para o Natal é reciclável e muitos deles são doados por amigos, que conhecem a relação do Magão com o fim do ano e a felicidade por ter um teto para morar, pelo menos por enquanto. Fábio vive há pouco mais de dois anos na ocupação Sítio dos Pescadores, localizada na comunidade do Bode, na Zona Sul do Recife.

Junto a ele, um total de 35 famílias também habitam o local. São casas feitas com madeira, muitas improvisadas de um só vão, já outras construídas com alvenaria são mais arriscadas. Isso porque o terreno no qual a ocupação se encontra pertence ao município do Recife e já possui um projeto para ser implementada uma escola pública no local.

A ocupação teve início no dia 16 de março de 2016 e Magão logo ganhou uma moradia. Atualmente, ele, que nunca trabalhou formalmente com carteira assinada por falta de oportunidades, se considera um profissional “faz tudo”. Garante que sabe fazer uma boa faxina, é auxiliar de cabeleireiro e realiza outros bicos. Ele nasceu e foi criado nas palafitas do Pina, bairro da Zona Sul do Recife, mas em 2016 passou por um dos momentos mais desesperadores de sua vida.

Apaixonado pelas cores do Natal desde criança, o cabeleireiro sempre sonhou em fazer como nos filmes de Hollywood. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Ele morava com um tio e uma sobrinha deficiente em uma casa simples, mas que representava muito. Após uns aos, a garota foi morar em um abrigo e o tio piorou na dependência do álcool. “Um dia ele jogou um góia do cigarro no chão, nem percebeu. Deu um vacilo grande”, relembra entristecido Magão. Em pouco tempo, tudo já tinha virado cinzas. “Teu barraco está pegando fogo, tesá pegando fogo”, as pessoas gritavam. Magão conta que perdeu tudo, desde os documentos até as memórias físicas do local.

Meses depois conseguiu ajuda através do Programa Atitude, de Atenção Integral aos Usuários de Drogas e seus Familiares, voltado para o atendimento a usuários de drogas e redução de danos. “Consegui temporariamente um local para morar e comer, não tinha nada, nem roupa”, conta.

Ao entrar na comunidade do Sítio dos Pescadores, a primeira casa a ser avistada é a de Magão. Ela já chama atenção pelos enfeites em alusão ao Natal no muro de entrada. Ele conta que o espírito natalino não pode se abater pelos percalços que enfrenta no medo de perder o seu lar, porque a data representa um momento importante.

Apaixonado pelas cores do Natal desde criança, o cabeleireiro sempre sonhou em fazer como nos filmes de Hollywood. “Queria aquele presépio belíssimo todo iluminado de encher os olhos de todos, o Natal é isso, felicidade, alegria, amor e muita luz”, diz. Mas, o que faz a data se tornar ainda mais saudosa é que o dia 24 também representa a data em que perdeu a mãe, há 16 anos. “Ela partiu exatamente na véspera de Natal e para eu não ficar triste lembrando disso, tento colorir a minha vida do jeito que posso, mesmo sem luxo”, complementa.

Ele conta que o espírito natalino não pode se abater pelos percalços que enfrenta no medo de perder o seu lar. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

O local que Fábio vive é pequeno e composto em sala e quarto em um só vão. Vaidoso, ele deixa a cama cheia de jóias e bijuterias que ganhou de um amigo. Na sala, a árvore de Natal feita com materiais reciclados chama atenção de quem entra na casa dele, que não possui fogão e nem geladeira. “Eu como na casa dos amigos, compro coisas prontas, não caberia aqui e também não tenho condições de comprar um”, afirma. Para concluir a ornamentação do Natal, ele destaca que está faltando um dos principais objetos: o pisca pisca. “Só queria mais isso, vamos vê se eu vou conseguir. Já pedi a algumas pessoas e todo mundo só faz prometer, vai passar o Natal e não coloco a luz”, menciona dando algumas gargalhadas esperançosas de quem vai ganhar.

Na tradição ocidental, o papai noel é um dos personagens mais importantes nessa época do ano. É o velhinho que faz a alegria das crianças ao levar os presentes na véspera de Natal. Magão já não mais crê nessa tradição natalina, mas apesar das dificuldades, ainda acredita na Justiça e no direito de ter uma propriedade para viver sua vida como presente de Natal. “Luto por moradia desde que me entendo por gente. Sempre com aquele medo de que tanto faz a gente está conversando aqui e de uma hora para outra, ser colocado para fora a força da casa e não saber para onde ir”, lamenta. Ele mora com um sobrinho de 18 anos e possui a tutela do garoto. “A maioria da minha família já faleceu, eu tenho três sobrinhos que me restaram para aproveitar o resto da vida”.

Ansioso para a chegada do dia 24, ele já fez sua programação, que pode ser alterada dependendo se surgir um convite melhor. Durante o dia, já foi chamado para fazer vários cabelos na comunidade. “As pessoas gostam do meu trabalho aqui, sou bom no que faço”, diz. Mas, ele já adianta que quando der a sua hora, vai meter o pé no mundo para aproveitar a melhor época do ano e pedir por mais paz no mundo, principalmente. “A noite vou me encontrar com os meus amigos aqui pela região mesmo, talvez fazer amigo secreto, confraternizar, comer um churrasco”.

Em 2018, o déficit habitacional em Pernambuco é de 285 mil unidades, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Outro problema é o número alto de pessoas que vivem em moradias inadequadas e sem saneamento básico. Dados do  Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) revelam que quase metade da população pernambucana é refém dessa falta de infraestrutura.

Sem muita renda, com pouca perspectiva de melhoria no futuro e com a incerteza de ter uma moradia digna e própria um dia, Magão ainda resiste e bate o pé ao falar que toda a comunidade deveria enfeitar sua casa. Mas, no Sítio dos Pescadores, são poucos que, por diversos motivos, procuram se apegar aos enfeites.

Um dos poucos que decidiu ornamentar a casa, o zelador Jobson explica que se as outras pessoas também tivessem mais condições financeiras, enfeitariam bem melhor e comprariam árvores de Natal. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

O zelador Jobson Carlos, 26, mora a poucos metros de Magão e com um dinheiro extra que recebeu, conseguiu comprar um pisca-pisca para colocar no muro de entrada da sua casa. Ele conta que cresceu morando com o pai e a mãe, mas assim que saiu de casa foi residir na ocupação do Sítio dos Pescadores. “O sonho de ter uma casa vai aumentando, todo mundo quer ter seu espaço e encontrei o meu há dois anos”, detalha Jobson sobre como foi morar na comunidade.

Um dos poucos que decidiu ornamentar a casa, ele explica que se as outras pessoas também tivessem mais condições financeiras, enfeitariam bem melhor e comprariam árvores de Natal. Mas, a situação de incerteza, o desemprego, a falta de oportunidades e a não perspectiva de melhorias afastam cada vez mais seus vizinhos desse apego à ornamentação natalina. “Desde pequeno eu acho bonito colocar luzes, celebrar essa data tão importante, queria fazer isso um dia também e mesmo que seja uma ocupação, temos que viver, somos gente”, conta Jobson que descreve como será sua festa natalina. “Minha família vai vir para o meu terreno, vamos ouvir música, conversar e comer um churrasquinho”, expõe.

Ana Karla, 23, a coordenadora da ocupação do Sítio dos Pescadores e integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), relata que os problemas na ocupação são muitos, falta energia elétrica, água encanada, saneamento básico, assim como em outras ocupações. “Mas a gente tem dado um jeito em todas as questões porque temos que passar por isso, a ocupação hoje só existe porque há déficit habitacional em toda a cidade e isso nos leva a ocupar esses terrenos abandonados”, explica.

Karla é a coordenadora da ocupação do Sítio dos Pescadores e integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Ela aponta que desde o começo, a ameaça de sair do local é constante e que o terreno deverá ser uma escola, de fato. “Mas como a gente participa das reuniões e negociações, combinamos que só sairíamos com duas condições, a primeira é que a verba para o colégio seja entregue para que a obra comece, e a outra é que eles precisam nos realocar para outra moradia”, destaca Karla. Para ela, eles estão ocupando um espaço e propondo um uso social de um local abandonado. “Quando a gente chegou aqui só tinha lixo, entulho e mato”, relembra.

A ocupação se encontra em uma área Zona Especial de Interesse Social (Zeis) e deveria servir a políticas públicas de moradia e regularização fundiária. É o que pensam os moradores. Para Karla, o medo de dormir e não saber se irá acordar sendo despejada é a pior angústia que poderia sentir. “Outras ocupações, mesmo com negociações, já foram destruídas, e por isso, temos esse receio de perder tudo que estamos construindo”, lamenta.

À noite, ao passar pelo local, as luzes coloridas chamam atenção dos pedestres e motoristas. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Na Zona Oeste do Recife, no bairro da Iputinga, um morador, que preferiu não se identificar para a reportagem, também decidiu gastar um dinheiro a mais e enfeitar a sua casa para esperar a chegada do Natal. Ele vive na 'Ocupação Vitória para Cristo', que fica localizada na Avenida Maurício de Nassau. À noite, ao passar pelo local, as luzes coloridas chamam atenção dos pedestres e motoristas. Na escuridão, o brilho dos piscas se destacam e dão uma nova vida ao local.

“Eu sempre gostei muito do Natal, é o nascimento de Jesus Cristo, podemos até ter falhas, mas ele está presente em nossas vidas. Morei em muitos cantos em toda minha vida e sempre achei bonita esses enfeites, pelo pouco que eu tenho, gosto de ter organização. As pessoas passam, olham e admiram pela beleza de tudo que eu faço. Gosto mesmo é de enfeitar tudo”, celebra o morador.

Ele se mudou para a ocupação há três anos, mas a tradição é longa e o acompanha por todas as casas que já morou. Assim como em outras ocupações, Marcos*, nome fictício, vive a realidade das incertezas. “Aqui na favela moram umas trinta famílias, eu acho. A gente não sabe de quem é esse terreno, dizem que é da Marinha, outros dizem que é do Estado. Era para ser um teatro e tem até a estrutura das arquibancadas montada”, conta. Com o abandono da obra, as famílias avistaram no terreno um local para habitar.

Há cerca de seis anos, algumas pessoas começaram a construir suas casas se aproveitando da estrutura de concreto que já estava por lá. “A gente mora aqui, mas sempre com aquele medo acontecer alguma coisa ruim. Estamos aqui porque precisamos e sem dúvida se tivesse um lugar melhor, eu sairia na hora. Não consigo ajeitar minha casa, enfeitar mais, fazer tudo que gosto porque tenho medo de gastar meu trocado e chegar alguém aqui para derrubar tudo, é difícil”, narra.

Neste Natal, Marcos não quer pedir muito. Ele afirma que já tem o principal que é saúde para trabalhar com reciclagem pelas ruas, mas possuir uma casa sua seria o melhor presente que poderia ter. “Pelo menos quatro paredes e o resto eu organizaria. Queria algo meu porque eu poderia cuidar e construir. Imagina eu morar numa casa e colocar uma árvore de natal daquelas de cinco metros, seria um sonho, mas por enquanto tô acordado e atento”, pontua o morador, que espera ter um Natal tranquilo ao lado da família na ocupação.

A Polícia Militar (PM) prendeu quatro homens na tarde desta quarta-feira (7) no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. Entre os presos estão dois irmãos gêmeos acusados de mais de dez homicídios nas comunidades de Brasília Teimosa e Bode.

No vídeo exclusivo abaixo, é possível observar o momento em que os policiais retiram os suspeitos de um carro. Segundo a PM, o carro era clonado e os suspeitos ainda estavam com uma arma.

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Pessoas próximas ao local da prisão ouviram sons de tiros. Não há informações sobre feridos. Os suspeitos estão sendo levados para a Central de Plantões da Capital, na Zona Norte do Recife.

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A 11ª edição da tradicional Noite do Dendê, festa que celebra a cultura negra realizada pela Nação do Maracatu Porto Rico, na comunidade do Bode, Zona Sul do Recife, foi marcada pela interrupção da Polícia Militar e do Choque, no último dia 29 de setembro. O encerramento da festa repercutiu fortemente nas redes sociais e as instituições responsáveis pela intervenção foram acusadas de racismo institucional, além de abuso de poder.

No próximo sábado (13), uma nova Noite do Dendê será realizada no mesmo local, na tentativa de cumprir a programação deste ano e, também, provar seu caráter de resistência. Nas redes sociais, o convite para o evento explica sua motivação: “Este ano, nossa festa terá edição especial. É dendê na veia, é resistência, é tambor na rua”.

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Chacon Viana, mestre da Nação Porto Rico e coordenador da festa, falou sobre as providências tomadas após a intervenção policial no dia 29 de setembro: “foi conversado com o secretário da Casa Civil, o secretário da Secretaria de Defesa Social; a sociedade civil deu entrada no Ministério Público; levei as provas, gravei dois cds de provas e mandei. A inteligência da Casa Civil está tomando as devidas providências. Segundo informações que chegaram, o capitão (que comandou a operação) já vai ser afastado”. O nome do capitão não foi revelado.

O mestre ainda garantiu a realização da edição especial da festa, respaldado pela Prefeitura do Recife (que apoia o evento oferecendo estrutura física para sua realização), e pelo Governo do Estado. Segundo ele,  estes órgãos também estão tomando medidas para apurar o acontecido: “a Prefeitura junto com o Governo do Estado e a Casa Civil mandou uma nota dizendo que a festa era regular e não clandestina e irregular como foi dito várias vezes e que vão se tomar as devidas providências”.

Dendê especial

No próximo sábado (13), a edição especial da Noite do Dendê contará com a mesma organização programada anteriormente. Com exceção de alguns grupos de fora do estado - que não poderão estar presente novamente para a nova data do evento -, as nações de maracatu de baque virado convidadas sairão em cortejo, às 18h, da igreja do Pina em direção à sede do maracatu Porto Rico. Em seguida, se apresentam as atrações de palco, entre elas, a anfitriã, Nação Porto Rico, o Maracatu Várzea do Capibaribe, a Nação do Maracatu Estrela Brilhante do Recife, o Maracatu Baque Mulher e o Coco da Resistência, entre outros.

Serviço

Noite do dendê Especial

Sábado (13) | 18h

Rua Eurico Vitrúvio, 483 - Pina

Gratuito

Quando chega o mês de setembro, os moradores da comunidade do Bode, no Pina (Zona Sul do Recife), se preparam para a tradicional Noite do Dendê, promovida pela Nação do Maracatu Porto Rico, sediado no local. Realizado há 11 anos, o evento cresceu, em dias e número de atividades e atrações, e reúne, hoje, além dos locais, pessoas vindas de todo o Recife, e de outros estados brasileiros, apaixonados pela cultura afro.

Porém, no último sábado (29), quem estava na 11ª edição festa foi surpreendido pela chegada de nove viaturas da Polícia Militar e um ônibus do Choque ordenando o encerramento do evento. O fato repercutiu durante todo o fim de semana, nas redes sociais, e foi chamado de racismo institucional pelo público.

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O Mestre Chacon Viana, presidente da Nação Porto Rico e coordenador da Noite do Dendê - realizada com o apoio da Prefeitura do Recife, falou com exclusividade ao LeiaJá sobre o incidente. Ele contou que a Polícia Militar chegou ao local por volta das 21h, alegando que a organização do evento não havia enviado um ofício para a PM solicitando segurança para a festa e, por este motivo, seria necessário encerrá-la naquele momento.

"Eu faço esse evento há 10 anos, esta é a décima primeira edição, e nunca precisei mandar ofício, mandar nada para a Polícia pedindo segurança. Até porque, no momento que eu for fazer uma festa na minha comunidade e precisar pedir segurança, eu vou deixar de fazer. A festa é deles, é o 14° salário deles. É um trabalho social que envolve toda a comunidade, a gente jamais precisou pedir segurança", disse o mestre.

Chacon afirmou ter ficado surpreso com a maneira que foi abordado: "Eles já chegaram lá com a base formada, dizendo que eu não mandei o ofício e eles iam acabar a festa. Se às 23h eu não tivesse acabado com a festa, eles iam me prender". Imediatamente, o mestre tentou acionar conhecidos, inclusive o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, na tentativa de reverter a situação.

Faltando alguns minutos para o horário limite dado pelos policiais, o efetivo aumentou consideravelmente: "Umas 15 para as 23h, eles estavam lá com nove veículos, dentro do espaço, fortemente armados, mandando desligar o som. Polícia fortemente armada assusta todo mundo. Como ficamos na negociação esperando algum retorno do governador que estava em Arcoverde, algumas pessoas ligando pro comandante do 19° BPM pra ver se poderíamos continuar ou não, como demorou mais ou menos uma meia hora, eles chamaram o Choque", relembra.

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A situação teve bastante repercussão nas redes sociais. Rapidamente, fotos e vídeos da atuação policial começaram a ser compartilhados juntamente com relatos de pessoas que testemunharam o ocorrido. "A Noite do Dendê do Maracatu Porto Rico foi invadida e interrompida esta noite pelo racismo institucional"; "Nem podemos expressar nossa cultura, hoje tenho só tristeza em minha alma"; "O estado é insensível, insensato e injusto"; diziam algumas postagens.

Uma testemunha, que pediu para ter sua identidade preservada, relatou a esta reportagem ter presenciado a agressão de um oficial. "Um policial do Choque deu uma 'cacetada' no meu amigo. Eles empurraram a filha dele com o escudo, aí ele empurrou de volta, nisso, ele (o policial) já deu uma cacetada. Eles já chegaram para abafar mesmo. Eu nunca tinha presenciado repressão dessa forma", disse.

O Mestre Chacon confirma a violência: "Eu não cheguei a ver, mas a sogra do rapaz veio falar comigo. Ela disse que uma das porradas pegou em uma criança de seis meses e chegou a cortá-la. Eu não vi, mas aconteceu, sim, a criança foi machucada no rosto". Ele lamentou a proprção que a situação tomou: "A nossa festa nunca teve violência, a única violência que teve na nossa festa foi agora. E justamento pelo Governo do Estado".  

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Nesta edição, a Noite do Dendê promoveu exames de mamografia, rodas de diálogos e atividades formativas na área de produção cultural para a comunidade. Agora, o mestre tem se reunido com apoiadores do maracatu e representantes do Governo para saber qual será o desdobramento do incidente.

Ele ainda não sabe informar se haverá um novo momento para retomar as apresentações interrompidas no último sábado (29): "Eu preciso resolver essa situação e estar assegurado, preciso saber com quem estou lidando. Não se trata de um ‘casinho’, se trata de um batalhão da polícia e esses caras são covardes. Eu preciso estar seguro porque não se trata só de mim, se trata da minha família, e eu não confio nesse povo. Preciso entender onde foi que eu errei porque até agora eu não sei". 

Resposta da PM

Procurada pelo LeiaJá, a Polícia Militar afirmou ter agido no sentido de cumprir "sua missão" de exigir a autorização para a realização da Festa do Dendê, "como o faz para todos os eventos com grande aglomeração de pessoas". A nota enviada pela assessoria de imprensa do órgão também ressaltou que a atuação da PM "não teve qualquer conotação de racismo". No entanto, não houve resposta quanto ao questionamento sobre a necessidade da presença do Choque na ocorrência nem sobre quem havia comandado a operação.

Confira a nota na íntegra:

A Polícia Militar esclarece que, na noite de ontem (29 de setembro), cumpriu a sua missão de exigir, como o faz para todos os eventos com grande aglomeração de pessoas, a autorização para a realização da Festa do Dendê, em Brasília Teimosa. A concessão, fornecida pela Prefeitura e Vigilância Sanitária, é obrigatória para os organizadores e produtores culturais, para o devido planejamento operacional de segurança, trânsito, saúde, garantia do ir e vir e a proteção da população como um todo.

Mesmo sem a autorização para a realização do evento, oficiais da PM conversaram com a organização e foi acordado o encerramento para as 23h. O evento transcorreu normalmente e foi finalizado de forma pacífica, sem nenhuma intercorrência ou tumulto. A volta para casa foi garantida de forma tranquila.

Por fim, é fundamental ressaltar que a atuação da PM não teve qualquer conotação de racismo. Ao contrário, a PMPE não apenas é uma instituição plural composta por servidores de todas raças, etnias e credos, como também combate e desenvolve uma série de ações permanentes de enfrentamento ao racismo, interna e externamente. Nesse sentido, a Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos da PMPE conta com um Grupo de Trabalho contra o Racismo e promove palestras, conscientizações, mobilizações e amplo diálogo com a sociedade organizada que defende e trabalha pela igualdade racial.

 

 

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Moradores da Comunidade do Bode, bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, realizaram um protesto na noite desta segunda-feira (19). Esse é o segundo ato em menos de uma semana da comunidade após a Polícia Militar (PM) matar dois moradores do local.

Aos gritos de “justiça”, os manifestantes atearam fogo em pneus na Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, causando grande congestionamento. A última manifestação havia sido no sábado (17) na mesma avenida.

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Na quinta-feira (15), o estudante Esdras Henrique morreu com um tiro na cabeça pela equipe da Radiopatrulha da Polícia Militar. No último sábado (17), uma segunda pessoa morreu, primo da primeira, também por policiais militares, segundo testemunhas.

Em ambas as situações, a Polícia Militar tem respondido que foi recebida com vários disparos de arma de fogo.  Sobre a morte de Esdras, a nota da PM fala que houve uma “injusta agressão” por parte de pessoas da comunidade. Já os moradores do Bode dizem que a polícia já chegou atirando e que não houve troca de tiros.

Segundo a polícia, a ação era para prender suspeitos de assassinar o sargento Ricardo Sales dos Santos, baleado na quarta-feira (14) durante operação contra o tráfico em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). A comunidade da Zona Sul do Recife teme que as incursões da polícia estejam sendo uma represália.

“Muito triste vê o filho sendo tratado como bandido. Queremos justiça. Já demos queixa na polícia e vamos entrar com uma ação judicial”, disse o pai de Esdras, Alexandre Jorge. Os bombeiros foram acionados para o local do protesto por volta das 18h. Segundo os manifestantes, por volta das 19h15, o ato já estava se encerrando.

O restaurante Bode do Nô, localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, irá realizar o primeiro 'Festival do Bôde'. Com diferentes receitas e opções, o evento será nesta quarta-feira (15), a partir das 19h. O valor do festival é individual, será R$ 49, e as reservas de mesas já estão disponíveis. 

Resgatando os preparos da carne com o sabor regional, e as lembranças do interior, esta edição trará um buffet com diferentes versões de receitas. Dentre as opções que compõem o cardápio, Bode Guisado, Chã de Bode, Bode na Nata, Pernil de Bode, Pernil de Bode ao forno, Costela de Bode. Também terá a Buchada de Bode, Bode ao molho de coco, Escondidinho de Bode, Arrumadinho de Bode, Bode ao molho Madeira, Paletão de Bode, Linguiça de Bode, Linguiça apimentada de Bode e Carne de Sol de Bode.

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Para as opções de petiscos, Coxinha de Bode, espetinho de Bode ao molho barbecue com goiabada, Pastel de Bode. Os clientes podem pedir também os acompanhamentos como Pirão de Bode, Macaxeira frita e cozida, salada, farofa, vinagrete, cuscuz, Batata Doce, Purê de Jerimum, Fava e Pão de Macaxeira.

Serviço

Festival de Bode no Bode do Nô

Unidade de Boa Viagem  

Doutor João Guilherme Pontes, Sobrinho, 245, Boa Viagem,

15 de fevereiro | 18h às 22h

R$ 49

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Goat Simulator, o jogo que dá ao jogador a possibilidade de viver como um bode, ganhará uma nova atualização trazendo mecânicas multiplayer. O modo é batizado de MMO (Multiplayer Massivo Online), gênero que inclui clássicos como World of Warcraft e Ragnarok, indicando que será possível jogar com várias pessoas ao mesmo tempo.

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A Coffee Stain Studios, desenvolvedores do projeto, tem lançado atualizações constantes para adicionar conteúdo novo, mas este é o mais drástico até agora. Os vídeos lançados para o Goat MMO Simulator mostram áreas medievais, similares a Skyrim e Oblivion, com novas opções de combate e customização de personagem, ou seja, quem queria ver um bode vestido com terno e cartola ficará muito satisfeito.Também é possível ver um T-Rex, comprovando que a atualização manterá o clima engraçado e nada realista do jogo original.

A atualização MMO de Goat Simulator será grautita, e tem lançado marcado para 20 de novembro no PC.

A 14ª edição da tradicional Festa do Bode Rei em Cabaceiras, no Cariri Paraibano, começa nesta fim de semana. O evento é considerado um dos mais importantes do País para a cadeia produtiva da caprinovinocultura e um dos maiores expoentes do desenvolvimento sustentável através da interiorização do turismo.

A festa que era sempre realizada no primeiro final de semana de junho, coincidentemente com a abertura do São João de Campina Grande, teve este ano novas datas: será nos dias 08, 09 e 10 de junho.

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A cidade já está toda ornamentada para receber os milhares de turistas que vem visitar a Festa do Bode Rei. Segundo informações do Departamento de Turismo as pousadas já estão lotadas.

Programação

08/06/12 – SEXTA-FEIRA

Parque do Bode
6h – 1ª Ordenha do Concurso de Cabra Leiteira Municipal 9h – Abertura da Expofeira de Caprinos e Ovinos (Evento Permanente) 16h – Concurso e Coroação do Bode Rei 17h – Desfile da Comitiva Real/Ruas da cidade 18h – 2ª Ordenha do Concurso Cabra Leiteira Municipal 19h- Inauguração da duplicação da ponte de acesso à cidade 20h- Arraial Popular Coroné Grilo – Forró da Elite – Gente Boa de Monteiro

Praça do Bode
10h – Abertura da Expofeira de Artesanato e Exposição “Bode Rei”- Arraial Popular 11h – Abertura do Espaço da Gastronomia Bodística (Evento Permanente) 12h – Apresentação da Quadrilha Arrocha Guri de Cabaceiras 12h30min – Encenação do Bumba meu Bode de Cabaceiras 13h às 19h – Arrasta-pé com bandas e trios de forró 19h – Concurso da Garota Bode Rei 20h – Apresentação de Quadrilha da Melhor Idade – Cabaceiras A partir das 21h – Arrasta-pé com bandas e trios de forró

09/06/12 – SÁBADO

Eventos Permanentes
9h às 17h – Expofeira de Caprinos e Ovinos e Expofeira de Artesanato (Eventos Permanentes)

Parque do Bode
6h – Última Ordenha do Concurso de Cabra Leiteira Municipal 15h – Fórmula Bode Mirim 16h – Fórmula Bode Adulta 16:30h –Premiação do Concurso Cabra Leiteira Municipal 17h – Desfile da Comitiva Real: Bode Rei e a Cabra Rainha pelas ruas da cidade

Arraial Popular
10h – Apresentação da Quadrilha Xote Cariri de Poço de Pedras 11h – Entrega das Comendas Bode Rei 12h – Apresentação da Companhia de Dança de Barra de São Miguel 12h30min às 18h – Arrasta-pé com bandas e trios de forró 18h – Chegada da Cavalgada Manoel Amaro e Apresentação da Ave Maria Sertaneja 18h 30min – Show de Violeiros 19h30min às 22h – Arrasta-pé com bandas e trios de forró

Bode Rei Hall
23h – shows com as bandas:

SHYLTON & FORRÓ SAFADO FORRÓ COLLO DE MENINA FORRÓ MULHER CHORONA FORRÓ DA ELITE BIRITEIROS DO FORRÓ
10/06/12 – DOMINGO

Eventos Permanentes
9h às 17h – Expofeira de Caprinos e Ovinos e Expofeira de Artesanato Parque do Bode 9h30min – Gincana do Bode 12h – Concurso da Melhor Buchada 14h 30min – Quadrangular de Futbode 15h – Pega Bode 17h – Desfile da Comitiva Real/Ruas da cidade 17:30h – Enceramento da Expofeira de Animais

Arraial Popular
10h – Apresentação do Grupo de Dança Os Cariris de Parari 11h às 18h – Forrozão Chapeú de Palha – J. Gomes 19h – Arrastão do Bode Rei com Jairo Madruga

Não durou muito tempo o sonho do Araripina de contar com Carlinhos Bala para o Campeonato Pernambucano. A diretoria do Bode do Araripe não chegou a um acordo com o atacante e desistiu da contratação do jogador, que já vestiu a camisa dos três grandes da capital, Santa Cruz, Náutico e Sport. 

De acordo com a diretoria do Araripina, além da parte financeira (Bala ganha um salário muito acima do orçamento do clube), existiam pessoas importantes ligadas ao clube que não queriam a contratação do atacante. Vale a pena lembrar que o Araripina já tem no elenco o meia Rosembrick, que não tem se dado bem nos últimos clubes que passou. No Salgueiro, ano passado, jogou poucas partidas pela Série B e acabou deixando o clube.
O Araripina estreia no Campeonato Pernambucano contra o Sport, domingo, no estádio Chapadão do Araripe.  

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