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Os 65 anos vividos por Raquel Dalzy foram em Vila Esperança, localizada na Zona Norte do Recife. Da casa onde morava com o marido e uma neta, só restam as lembranças e resquícios de demolição. A mesa que sempre esteve presente nos encontros da família, agora, está coberta por um lençol e ocupa um pequeno espaço no terraço da casa alugada de forma emergencial no mesmo local por R$ 700.

Ela e a família precisaram desapropriar a antiga residência. “Todos os dias, tinham oficiais de Justiça na porta da minha casa. Sempre tinha gente lembrando que a gente tinha que sair. Fiquei mal, tive ansiedade. Não conseguia escutar uma sirene de polícia, porque me dava logo dor de barriga”, relembra. [FOTOS] O sonho do imóvel próprio com piscina foi desfeito. “Foram anos para deixar a casa do jeito que a gente queria, mas só precisou de dias para ser destruído”, disse ao LeiaJá.

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Agora, a moradora mais antiga de Vila Esperança assiste a sua história sendo atravessada pelo avanço da Ponte Monteiro-Iputinga. Dona Raquel, como é conhecida na localidade, é uma das moradoras que tem o título de posse, mas isso não a isentou da saída da moradia. A atual residência é menor e alugada em caráter temporário, pois, Dona Raquel aguarda desde setembro a indenização, que será destinada a um novo imóvel.

Para a reportagem, ela desabafa que o valor indenizatório ofertado pela Prefeitura do Recife, através da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), é menor do que a antiga moradia valia. “A minha casa foi avaliada em R$ 800 mil, mas só vão me pagar R$ 340 mil. Onde é que eu vou encontrar algo parecido ao que eu tinha com esse valor?”

Dona Raquel em um dos cômodos da casa desocupada. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

As lembranças da casa própria com piscina estão na parede do imóvel alugado. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Givanilda Lopes, de 56 anos, ou Gil, como é conhecida em Vila Esperança, ainda permanece na casa que mora há mais de três décadas, mas com incerteza de até quando permanecerá no local com dois filhos, sendo um pessoa com deficiência, e um sobrinho. “São cinco moradias no mesmo terreno da família. O que eu recebi foi um valor muito baixo, que vai ser dividido com o restante dos familiares. Eu tô (sic) sofrendo para comprar uma moradia, porque eu só encontro lixo (...) Essa questão de Vila mexeu com todo mundo. Eu tô (sic) a base de remédio”, conta à reportagem. Gil relata que todos os dias, havia oficiais de Justiça “na porta de casa”.

“Um chegou [oficial de Justiça] a pedir para a gente sair, esperar o pagamento da indenização fora. Como eu ia (sic) sair, se não tenho onde morar? não tenho renda, não posso morar com o meu filho em qualquer lugar, em qualquer condição. Eu tô na rua, porque não tenho onde morar. Mas, eu vou morrer lutando pela minha casa”, diz enquanto chora.

Gil mostra a documentação referente à negociação com a Prefeitura do Recife/URB. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Em Vila Esperança não há vestígios de Natal ou de festa de Ano Novo. À medida que as casas são demolidas, a ponte avança e tapumes metálicos formam um grande cercado. “A sensação é de prisão. Eu sei que a nossa situação não vai mudar, a gente vai ter que sair. Mas, tudo que a gente está falando serve para outras pessoas que podem passar pela mesma coisa. Já chorei muito, agora, só quero que isso tudo acabe”, desabafa Dona Raquel.

Tapumes metálicos formam uma grande cerca na localidade. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Casa demolida em Vila Esperança. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJá

Na Zona Sul do Recife, na Comunidade do Bode, no Pina, Claudia Souza ainda processa o fato de não ter sido contemplada com um apartamento no Conjunto Encanta Moça, que foi entregue na última semana após uma espera de 10 anos. A atual residência de Claudia é um primeiro andar, com dois quartos, sala com dois ambientes e uma varanda, onde se tem uma vista de parte da comunidade em que ela vive desde criança. “Por mim, eu não queria sair. Olha, a minha casa, o tamanho dela. A vista privilegiada”, enfatiza.

A saída de Claudia e família não tem uma data definida, mas está prevista para 2024. Ano em que iniciará uma nova etapa do projeto de urbanização das margens do bairro do Pina. A iniciativa, de acordo com a Prefeitura do Recife, inclui a realocação dos moradores de palafitas para conjuntos habitacionais, criação de Unidades de Beneficiamento de Pescados (UBPs), um Mercado do Peixe, pista de cooper, praça, ciclovia, parque infantil, áreas para piquenique, academia, quiosques e Via Parque.

Sem uma moradia no habitacional e sem o título de posse, restou a Claudia, que depende da atividade marisqueira, o auxílio moradia, que segundo ela, é no valor de R$ 300. “O mínimo de preço que a gente vai encontrar uma casa por aqui vai ser R$ 600, R$ 700. Sair do meu território, onde eu nasci e fui criada, não é uma opção. Eu vivo de catar sururu, marisco…se eu sair daqui, como vou sobreviver?” A Comunidade do Bode é uma das primeiras comunidades pesqueiras do Brasil. Para ela, 2024 já vai iniciar com buscas de uma nova residência que caiba no orçamento da família. “Desde que começou essa história, eu não consigo dormir direito, nem me alimentar bem. São dias e noites só chorando. O Natal, eu passei chorando porque não aguento mais pensar onde eu vou viver, onde vou morar”.

Claudia Souza na sala de casa. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJá

Assim como Claudia Souza, Amanda Maria da Silva, de 27 anos, também não foi contemplada com um apartamento no habitacional Encanta Moça. Ao LeiaJá, ela, que é mãe de quatro filhos, conta que por problemas na documentação não pôde ter acesso à nova moradia. Com a informação que receberá uma indenização, mas sem data e valor definidos, Amanda deixará de ter residência própria para custear um aluguel. “É difícil. Você sair do que é seu para pagar aluguel. Mas, enquanto eles não chegarem aqui, eu vou ficar na [minha] casa”. 

Amanda, de 27 anos, mora com os quatro filhos e aguarda idenização. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJá

Edilene Simão, que também compartilha da mesma angústida de Claudia e Amanda, ressalta à reportagem que, assim como Vila Esperança, a localidade onde mora também é uma Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) do Recife. A lei consolidada há quase 30 anos protege os local por reconhecê-lo como um território popular, com incentivo de promoção de regularização fundiária das moradias. 

"A notícia do projeto de requilificação chegou para mim da pior maneira possível", lembra Edilene. "Veio uma equipe com asistente social, geógrafo, bióloga, que disse que a saída dos moradores era por conta do rio e minha mãe tinha acabado de operar os olhos, somos vizinhas. Ela chorou tanto, que teve um derrame no olho e a cirurgia precisou ser remarcada. Aqui, são três casas: uma da minha irmão, outra da minha mãe e a minha. Tenho duas filhas, a vida toda da minha mãe foi aqui, a minha também. A gente se sente humilhado, perdido, porque, em um primeiro momento, é bem desesperador". 

Edilene, que é advogada tenta buscar meios para manter o imóvel, não apenas a dela, mas de outros moradores da área. "Eu comecei a provocar o Ministério Púbico e Defensoria Pública". Ao LeiaJá, ela salienta que nunca congitou sair do Pina. "Era algo que nunca pensei, de jeito nenhum. Quando eu trouxe esse assunto para uma das minhas filhas, ela entrou em desespero porque os vínculos dela estão aqui, a história dela está aqui. Ela mora aqui há 11 anos e a história dela está toda aqui". À reportagem, Edilene conta que a casa da mãe possui três quartos e questiona onde é que elas irão encotrar algo semelhante com uma faixa razoável de preço."Para a gente foi uma violência muita grande. A proposta que eles fizeram [prefeitura] foi a pior possível". 

Pouco mais de três semanas depois de as eleições parlamentares não terem alcançado uma maioria, a nova legislatura na Espanha começa na quinta-feira (17) em meio à incerteza e ao risco de novas eleições dentro de alguns meses.

Os 350 deputados eleitos em 23 de julho se reunirão em Madri para dar início à nova sessão parlamentar, enquanto o líder da independência catalã, Carles Puigdemont, estará em Bruxelas, onde vive exilado desde 2017 após a tentativa fracassada de secessão da Catalunha (nordeste da Espanha).

Puigdemont, que fugiu da Espanha há quase seis anos para escapar da prisão e ainda tem um mandado de prisão pendente, tem em suas mãos o destino do atual primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, e por consequência o da Espanha.

Na quinta-feira, os deputados renovarão a direção do Congresso dos Deputados (a presidência da Câmara, assim como os oito membros da Mesa, órgão dirigente do Congresso).

A votação é considerada um prelúdio da eleição para designar o próximo presidente de Governo, prevista para o início de setembro. Portanto, a atitude dos sete deputados do partido de Puigdemont será fundamental.

Essa situação deriva dos resultados das eleições parlamentares de 23 de julho, que representaram uma vitória do direitista Partido Popular, hoje o primeiro partido do país com 137 deputados. No entanto, passou muito longe do que as pesquisas previam e não alcançou a maioria absoluta de cadeiras (176) necessárias para que seu líder, Alberto Núñez Feijóo, tomasse posse como chefe do Governo.

- 171 deputados -

Nem mesmo a decisão do partido de extrema direita Vox de ceder os votos de seus 33 deputados sem exigir que entrasse no governo seria suficiente para Feijóo, que, com o apoio do deputado de um pequeno partido regional, conta apenas com 171 votos.

Sánchez, com 121 deputados e os 31 do Sumar, seu parceiro na esquerda radical, deve contar com o apoio de vários partidos regionais, incluindo três formações separatistas bascas e catalãs, o que também lhe permitiria chegar aos 171 deputados.

Os dois partidos, que reivindicam a presidência da Assembleia, disputam o apoio da única deputada de um pequeno partido regional das Canárias.

Para a eleição de quinta-feira para a presidência do Congresso, e posteriormente para o cargo de presidente do Governo, é necessária uma maioria absoluta no primeiro turno, ou maioria simples no segundo.

Mas a matemática é clara: os sete deputados do partido separatista catalão liderado por Puigdemont, Junts per Catalunya (JxCat), são os que decidirão o vencedor.

Não há como este partido, que defende um nacionalismo intransigente e preconiza o confronto com o Estado espanhol, apoiar o PP. Mas os socialistas esperam que eventualmente concorde, ainda que a contragosto, em ajudar a manter o governo de esquerda no poder, que retomou o diálogo com o governo regional catalão.

No entanto, a neutralidade dos deputados do JxCat, ou seja, sua abstenção, não é suficiente para os socialistas: eles precisam de seus votos favoráveis.

- "Paciência" -

"Há negociações constantes que devem ser discretas", disse a ministra da Economia, Nadia Calviño, em rede nacional na segunda-feira, referindo-se à eleição da mesa da assembleia.

A eleição dos órgãos dirigentes do Congresso dos Deputados será um "primeiro passo para que Pedro Sánchez seja reeleito como presidente de Governo o mais rápido possível", acrescentou.

Mas os separatistas catalães fazem duas exigências: uma anistia para todos os processados após a fracassada tentativa de secessão em 2017 e, acima de tudo, um referendo de autodeterminação.

"Não temos interesse algum em negociar a posse de um presidente espanhol, estamos interessados em negociar a resolução do conflito que a Espanha mantém com a Catalunha", declarou recentemente a presidente de Junts per Catalunya, Laura Borràs.

Na segunda-feira, Puigdemont quebrou o silêncio que mantinha desde as eleições, com uma mensagem na rede social X (antes chamada Twitter) em forma de alerta: "Com a aproximação de dias decisivos, como este próximo dia 17 [de agosto], o nervosismo cresce e o leilão sobe", afirmou, pedindo "paciência" e "perseverança" aos seus fiéis.

Um mês após fortes chuvas e deslizamentos deixarem 65 pessoas mortas e uma desaparecida no litoral Norte do estado de São Paulo, as famílias atingidas enfrentam o luto pela perda de seus entes queridos e a incerteza sobre o futuro. Aproximadamente mil pessoas que tiveram suas casas destruídas, ou tornadas inabitáveis pelo mar de lama, vivem hoje temporariamente em pousadas e hotéis conveniados ao governo do estado. O convênio, de 30 dias, termina nas próximas semanas. 

Muita gente preferiu ir para casa de parentes ou se estabelecer em quartos emprestados, e não sabe até quando terá um teto. “Eu estou de favor em um quarto em Juquehy, em tempo de enlouquecer, de sair sem destino, sabe? Estou abalado, não sei qual o destino da minha vida. Não sei o que vai acontecer. Assim, é muita incerteza, só promessa”, conta Edvaldo Guilherme Santos Neto, de 39 anos, que teve que abandonar a casa em que morava em São Sebastião, na Vila Sahy, o bairro mais atingido pela catástrofe.

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Entre a noite de 18 de fevereiro e a manhã seguinte, dia 19, choveu na região mais de 600 milímetros. O acumulado, segundo o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), foi o maior já registrado no país. O grande volume de água devastou parte das cidades da região, causou mortes, deslizamentos de encostas, alagamentos, destruiu casas e estradas.

Guilherme, sua esposa e filho, estão abrigados hoje em uma pousada no bairro de Juquehy, em São Sebastião, em um quarto emprestado, pelo período de um mês, por uma amiga. A casa dele, na Vila Sahy, resistiu aos deslizamentos, mas está interditada pelas autoridades. Na casa vizinha, todos morreram, com exceção de um familiar, salvo pelos próprios moradores.

A casa de Guilherme recebeu da Defesa Civil o selo de risco laranja – usado quando a moradia não poderá voltar a ser habitada até uma avaliação das autoridades. O adesivo amarelo é utilizado para construções em situação de monitoramento, e o vermelho, para casas condenadas, que deverão ser destruídas.

“Eu não tenho psicológico para voltar para minha casa, mesmo se eles liberarem. E a Defesa Civil não dá um prazo de quando vai ser liberada. Fiz um empréstimo no Itaú e já sujei meu nome. Não sei o que fazer. Estou endividado pela minha casa, onde eu não posso morar. Não recebi nenhum amparo, nenhuma garantia de que eu vou receber algum valor desse imóvel, se ele não for liberado.”

Ele afirma que, após a tragédia, fez cadastro tanto na Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade. “Fizemos uns dez cadastros que eu nem sei para que que é. Eu sei que cadastro foi o que eu mais fiz e, até hoje, ninguém nunca me ligou nem para perguntar se eu preciso de um acompanhamento psicológico. Até agora estamos sobrevivendo da doação de cestas básicas.”

Guilherme diz que ele e a esposa tinham deixado os empregos pouco antes do desastre, para tentar iniciar um negócio próprio de comércio pela internet. As mercadorias compradas por eles ficaram dentro da casa e foram perdidas. Ele conta que nunca recebeu nenhum tipo de aviso das autoridades de que sua casa estava em área de risco. Além das casas que foram destruídas pelos deslizamentos, a Defesa Civil condenou outras 230 moradias no município, que serão derrubadas nos próximos dias. 

“Se hoje está essa situação em São Sebastião é porque, infelizmente, o poder público não fez um programa de habitação para o município. Isso quem paga é a gente. Eu moro na Vila Sahy há 25 anos e a prefeitura nunca fez um programa de drenagem das encostas, nunca fez um programa de habitação, nunca chegou na minha porta e falou assim: aqui é área de risco.”

Após enfrentarem a lama dos deslizamentos para tentar salvar os vizinhos, a esposa de Guilherme começou a sentir sintomas de leptospirose: diarreia e dores nas articulações. Ela procurou um serviço médico e recebeu o diagnóstico de virose.

“Minha esposa ainda está com diarreia, o corpo doendo, porque ela teve contato com a água contaminada. A gente tirou lama, tirou corpo dos escombros e da lama”.

A prefeitura de São Sebastião afirma que não existe surto da doença na cidade. A administração municipal reconhece, no entanto, que houve um “aumento de notificações de casos da doença” após as fortes chuvas. “Em fevereiro, foram notificados 19 casos e, em março, 17 casos, que aguardam resultado. Até o momento, não há casos confirmados de leptospirose.”

A Secretaria de Saúde do município disse que chegou a registrar um aumento de aproximadamente 30% nos atendimentos a pacientes com gastroenterite - uma irritação no sistema digestivo que causa, entre outros sintomas, diarreia - nas unidades de saúde do município, principalmente na Costa Sul. 

“No entanto, essa tendência não se consolidou. É comum nesta época do ano, devido ao clima quente, que as pessoas apresentem alguns problemas intestinais. O recente aumento de casos levantou um alerta no município, especialmente após as últimas chuvas.” 

A prefeitura orienta que, caso a pessoa apresente algum sintoma, deve procurar a unidade de saúde mais próxima, inclusive os hospitais de Clínicas da Costa Sul, localizado em Boiçucanga, e a unidade da região central.

Parcerias

A administração municipal informou que fez parcerias com o governo federal e estadual, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e do programa Minha Casa, Minha Vida para a construção de mais de 900 imóveis, entre casas e apartamentos, que serão destinados às famílias que perderam suas casas. A Defesa Civil, diferentemente da prefeitura, diz que serão construídas 518 unidades habitacionais. 

Três terrenos já estão em fase de terraplenagem, nos bairros da Topolândia e Vila Sahy. Segundo a gestão estadual, as primeiras unidades habitacionais deverão ficar prontas em até 150 dias. Até lá, segundo a Defesa Civil, as pessoas que estão hoje abrigadas em cerca de 20 hotéis e pousadas serão instaladas temporariamente em vilas de passagem, unidades habitacionais de madeira, que estão sendo construídas em São Sebastião. As pessoas também serão alocadas temporariamente em unidades habitacionais já prontas na cidade vizinha de Bertioga (SP).

A prefeitura orientou que as famílias que estão enfrentando dificuldades procurem o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo. 

 

O Parlamento italiano inicia, nesta segunda-feira (24), a primeira rodada de votações para eleger um novo presidente da República, uma eleição marcada pela incerteza e pela expectativa, na qual o atual primeiro-ministro Mario Draghi é um dos favoritos.

Mais de mil "grandes eleitores" (321 senadores, 629 deputados e 58 representantes de 20 regiões) deverão eleger o novo presidente, cujo mandato dura sete anos.

A cédula branca dominará nos primeiros dias, segundo todos os observadores, já que os líderes dos partidos não chegaram a um acordo sobre o sucessor de Sergio Mattarella, cujo mandato de sete anos acaba em 3 de fevereiro.

O Partido Democrático (PD), os antissistema do Movimento Cinco Estrelas (M5S) e a esquerda do Livres e Iguais (LeU) se aliaram para propor uma personalidade de consenso, que seja votada também pela coalizão de direita, mas seu nome ainda não foi anunciado.

As funções do presidente são essencialmente honorárias na Itália, onde rege o sistema parlamentar, portanto para o cargo costuma-se escolher uma personalidade renomada, com capacidades notáveis de mediação e que esteja acima dos partidos.

Nas três primeiras rodadas de votação é necessária uma maioria de dois terços, mas a partir da quarta rodada de votações é suficiente uma maioria simples.

A votação ocorre mediante voto secreto e não há dúvidas que vai durar vários dias.

No passado, não faltaram surpresas, tanto que as eleições para presidente na Itália costumam ser comparadas aos conclaves para a eleição do papa.

Devido às medidas sanitárias pela covid, cada rodada vai durar apenas um dia e aqueles que se infectarem com o vírus poderão contar com uma mesa de votação externa especial, no estacionamento do Parlamento.

Segundo o canal de televisão La7, entre 12 a 15 parlamentares testaram positivo.

A incerteza segue reinando após a retirada da candidatura no sábado do ex-primeiro-ministro e magnata das comunicações Silvio Berlusconi, de 85 anos, que lançou uma campanha original seduzindo por telefone os parlamentares indecisos com piadas e promessas.

Il Cavaliere está hospitalizado para fazer exames "de rotina", por isso desapareceu de fato da cena política, mas anunciou que se opõe ao atual primeiro-ministro Mario Draghi ser eleito presidente.

Draghi, de 74 anos, é o principal candidato, mas sua eleição abriria uma fase de instabilidade política.

Eixo crucial da ampla coalizão que vai da direita à esquerda, o que lhe garantiu obter fundos colossais da União Europeia, o economista deu ao país um prestígio internacional que acreditava-se estar perdido.

Mas sua eleição deixaria o posto de primeiro-ministro vago, portanto muitos preferem que permaneça no cargo até as eleições legislativas de 2023, já que temem eleições antecipadas.

O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 14,5 pontos na passagem de agosto para setembro, para 145,8 pontos, divulgou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi o quinto mês seguido de queda do indicador após uma alta de 95,4 pontos no bimestre março-abril, auge da pandemia da Covid-19. Apesar da melhora no mês, o indicador ainda está 9 pontos acima do nível máximo anterior a pandemia, alcançado em setembro de 2015.

"Depois de uma preocupante desaceleração em agosto, a queda do IIE-Br voltou a acelerar em setembro. O resultado reflete a constatação pelos agentes de um retorno sólido das atividades econômicas e a continuidade do movimento de relaxamento de medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19", afirma em nota Anna Carolina Gouveia, economista da FGV/Ibre.

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A economista classifica o resultado de "ainda incômodo" e lembra que ele ocorre sob influência da crise de saúde e seu impacto sobre a economia, com destaque para a piora da situação fiscal do País.

A FGV destaca que devido às incertezas em torno da continuidade de recuperação após a retirada dos auxílios e da velocidade de recuperação do setor de Serviços, grande demandante de mão de obra na economia, a dispersão das previsões dos especialistas continua extremamente elevada.

Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam na mesma direção em setembro. O componente de Expectativas recuou 12,6 pontos, para 190 pontos, uma contribuição negativa de 2,7 pontos. É a primeira vez que o indicador fica abaixo dos 200 pontos desde o início da pandemia. Já o componente de Mídia recuou 13,5 pontos, para 130 pontos, contribuindo negativamente em 11,8 pontos para a queda do indicador geral no mês.

Segundo a FGV, os indicadores setoriais vêm sinalizando que a retomada da economia está acontecendo em etapas, o que ajudou a acentuar a queda de dois dígitos entre julho e setembro do componente de Expectativas.

Embora não tenha sido oficialmente suspenso, o serviço de hotelaria é um dos que mais sofre para atravessar a pandemia e já acumula prejuízos significativos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Pernambuco demitiu cerca de 18 mil funcionários do setor, composto por 1.050 empreendimentos.

Com 30% da rede em funcionamento, o presidente da ABIH em Pernambuco, Eduardo Cavalcanti, calcula que a média de ocupação no estado esteja entre 5% e 8%. Ele alerta para o futuro da rede e estima que 15% das unidades que interromperam as atividades não terão pernas para retomar o serviço. "Não adianta abrir sem hóspedes", acrescentou.

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A ABIH recomenda que apenas 50% dos leitos sejam ocupados, mas a cota máxima atingida na capital pernambucana é de 15%, conquistada por parcerias feitas por dois hotéis da Zona Sul. O Jangadeiro e o Park Hotel mantiveram-se acima dos demais por conta de uma ação para receber profissionais da saúde. Outra hospedaria que focou em um ramo específico foi o Mar Hotel, que possui contrato com uma companhia aérea para receber profissionais da aviação, explica.

Futuro do Sheraton

O anúncio do fim das atividades do Sheraton Hotel, na Reserva do Paiva, deixou uma incógnita sobre o futuro do edifício. Embora sugira que os quartos devessem ser reformados e negociados como flats, Cavalcanti lamenta a dificuldade do empreendimento para atrair investidores no atual contexto. "Eu acho que nesse momento ninguém vai querer iniciar. Porque o gestor sabe que vai fazer um investimento agora para fazer um mercado em seis meses. Se ele retomar agora, vai sofrer esse início no momento de uma crise", avalia.

Três pilares para a volta dos hóspedes

Para Cavalcanti, três fatores são fundamentais para a guinada da rede em Pernambuco. Além da liberação total das praias para turistas, ele destaca a importância do retorno dos eventos no Centro de Convenções, "que mantém a hotelaria do Recife com os eventos durante a semana".

Sem dúvidas, a principal ação para o retorno dos hospedes é a promoção da segurança sanitária, com higienização adequada das instalações, maçanetas e corrimãos. "É um custo novo que a hotelaria passou a ter. Isso é, fazer uma higienização de UTI para que o hospede se sinta seguro”, pontuou ao comparar com a habitual limpeza domiciliar feita antes da pandemia.

A expectativa é que em julho seja liberado mais 10% da capacidade no setor e aos poucos haja uma crescente na procura por reservas. "Ninguém tem noção de como vai ser a retomada, a sensação que nós estamos é que o pessoal tá louco para viajar e sair de casa”, conclui o presidente.

A poucos dias das eleições presidenciais na Polônia, a princípio programadas para domingo, mas ainda incertas, aumenta a pressão por um adiamento, devido à pandemia de coronavírus.

O governo conservador e nacionalista do partido Direito e Justiça (PiS) pretende obter na quinta-feira a autorização do Parlamento para uma votação por correio. Como alguns parlamentares do próprio PiS, atentos à opinião pública, são contrários à medida, o resultado da votação é considerado incerto.

Apenas 25% dos eleitores desejam a manutenção do pleito em 10 de maio, de acordo com uma pesquisa de opinião recente. Para os analistas, a votação por correio não seria livre, justa, legal, nem isenta de riscos para a saúde pública.

Pesquisas recentes apontam que o presidente Andrzej Duda, do PiS, poderia vencer no primeiro turno com mais de 50% dos votos, o que levaria a oposição a acusar o partido governante de colocar a saúde dos eleitores em risco para assegurar a vitória de seu candidato.

Alguns críticos apontam que votar por correio envolve um risco de contaminação, já que as cédulas devem ser transportadas, preenchidas e contadas manualmente.

Os poloneses estão confinados desde o fim de março, mas podem sair de casa para trabalhar, ou fazer compras. O país registra 14.000 casos de COVID-19, com quase 700 mortos, de uma população de 38 milhões de habitantes.

As restrições às atividades foram levemente flexibilizadas esta semana, com a reabertura de estabelecimentos comerciais e hotéis. Já as escolas permanecem fechadas, e o uso de máscaras é obrigatório.

Organizações internacionais que supervisionam os direitos humanos e as eleições destacaram que introduzir mudanças no código eleitoral pouco antes da votação seria inconstitucional.

Até a influente Igreja Católica, próxima ao PiS, pediu aos partidos políticos que "busquem soluções que não provoquem dúvidas legais, ou suspeitas de violação da ordem constitucional".

Analistas acreditam que, se o PiS for derrotado no Parlamento na quinta-feira, sua maioria, relativamente pequena mas sólida até o momento, pode sofrer um colapso.

E, mesmo em caso de vitória, "seria um milagre" organizar a votação por correio no domingo, destacou o presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Sylwester Marciniak.

"É impossível, por razões de organização, entregar cédulas a todos os eleitores", disse. Para a cientista política Anna Materska-Sosnowska, da Universidade de Varsóvia, o PiS, muito pressionado, pode "recuar e buscar uma data posterior".

Sem propor formalmente, o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki citou a possibilidade de adiamento para 17 ou 23 de maio. O PiS chegou a defender a ideia de uma reforma constitucional para ampliar o mandato de Duda por dois anos, mas não contava com a maioria qualificada necessária.

Morawiecki rejeitou os pedidos da oposição para introduzir um estado de emergência que adiaria as eleições presidenciais, automaticamente, até o fim da medida.

<p>Nesta sexta-feira (29), o cientista político Adriano Oliveira fala no podcast sobre a nova condenação do ex-presidente Lula. Ele afirma que por conta da lei da ficha limpa, a possibilidade de Lula ser candidato é muito remota. O analista comenta também que em razão da decisão do STF sobre a prisão em segunda instância, Lula não deverá voltar para a cadeia, a menos que sejam esgotadas todas as instâncias.</p><p>Outro ponto importante analisado é o pedido que a defesa do ex-presidente Lula fez de suspenção do ex-juiz e atual ministro Sergio Moro. Os advogados de Lula alegam que os diálogos vazados pelo Intercept Brasil provam que Moro manteve diálogo com o ministério público, o que segundo a lei é proibido.&nbsp;</p><p>O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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Há mais de duas décadas, o público recifense tem uma tradição na época da Páscoa: assistir ao espetáculo A Paixão de Cristo do Recife, uma das histórias mais conhecidas do ocidente. A montagem da capital pernambucana foi idealizada e realizada, durante os últimos 22 anos, pelo ator e diretor José Pimentel. Porém, o falecimento do artista em agosto de  2018, pode levar o espetáculo a um lugar nunca antes imaginado.

Meses após a morte  de Pimentel, uma disputa judicial em torno do espetáculo ao qual dedicou parte de sua trajetória artística, se instaurou. A filha do diretor, Lílian Pimentel, e membros da Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), com quem o diretor dividia a produção da peça, passaram a divergir quanto a sua encenação.

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A família de José Pimentel não aceita a realização do novo espetáculo pela Apacepe, e pediu na Justiça que a produtora se abstenha de utilizar a imagem, o nome e a obra do falecido diretor, tendo alcançado ganho de causa.

Agora, a apresentação do espetáculo está diante de um impasse. Segundo a assessoria da família Pimentel, A Paixão de Cristo do Recife será realizada, entre os dias 18 e 21 de abril, no Marco Zero do Recife, com apoio da Prefeitura, tendo Emerson Moura, ator escolhido por José Pimentel, no papel de Cristo, como feito em 2018, última edição dirigida pelo idealizador do espetáculo.

Por sua vez, a assessoria da Apacepe garante a apresentação da peça  Paixão de Cristo do Recife - Jesus, a luz do mundo, de 19 a 21 de abril, também no Marco Zero e com apoio da Prefeitura do Recife e Governo do Estado. Neste espetáculo, Jesus será interpretado pelo ator Bruno Garcia; com figurinos, cenários e produção toda renovada.

Sobre apoio

Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife negou a utilização do Marco Zero no período citado por ambas as produtoras. Através de nota oficial, o órgão também não confirmou qualquer tipo de apoio a nenhuma das produções. O Governo do Estado, igualmente procurado, não respondeu até o fechamento dessa reportagem. Confira a nota da PCR na íntegra.

A Prefeitura do Recife informa que não há autorização emitida, até o presente momento, para a realização de qualquer evento no Marco Zero durante a Semana Santa. Desde 2013, a gestão adotou critérios e trâmites rigorosos para espetáculos e programações que se candidatem a ocupar Marco Zero, um dos principais e mais usados equipamentos de lazer da cidade, priorizando o usufruto da população.

 

O museu Paço do Frevo, equipamento cultural voltado ao mais pernambucano dos ritmos, localizado no Bairro do Recife, pode fechar suas portas, sem data de retorno, nesta quarta (14). A notícia percorreu as redes sociais e pegou de surpresa os recifenses.

De acordo com a assessoria do Paço, o contrato de gestão administrativa do equipamento, que era do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) desde 2013 se encerrou nesta terça (13). Sendo assim, a partir de então, o museu fica sem qualquer empresa responsável por sua administração, uma vez que a Prefeitura do Recife (PCR) não realizou até agora processo licitatório para contratação de outra gestora.

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Nas redes sociais, o público repercutiu o possível fechamento do museu. Na página oficial da Câmara Municipal do Recife no Facebook, uma postagem também confirmou o encerramento do contrato do IDG e mencionou o "futuro incerto" do equipamento cultural. A Prefeitura do Recife foi procurada pelo LeiaJá para esclarecimentos a respeito do destino do Paço, porém, não houve resposta até o fechamento desta matéria.

 

O Governo de Pernambuco e a Prefeitura do Recife (PCR) têm pouco mais de 10 dias para dar o veredito final sobre a realização da 6ª Campus Party Recife, informou o presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, em entrevista exclusiva ao LeiaJá nesta quarta-feira (19).

A organização da feira tecnológica e de empreendedorismo diz que a edição pernambucana está ameaçada por falta de verba pública e espera não ter que dar uma triste notícia para mais de 20 mil campuseiros em breve. Caso a resposta seja positiva, o evento será realizado novamente em formato reduzido, a chamada Campus Party Weekend.

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Farruggia, que esteve em reuniões com o prefeito de Olinda, Professor Lupércio (SD), diz que, apesar da pressão dos campuseiros e da tradição que a feira já representa em Pernambuco, nenhuma decisão concreta foi tomada pelo poder público. Ele, no entanto, diz que está positivo sobre o assunto.

"Conversamos sobre as vantagens de conservar o evento na agenda e também sobre as desvantagens de perder a feira. Seria um pecado que o estado saísse deste circuito. O prefeito se comprometeu a conversar com o governador sobre o assunto para unir forças", informou.

A gestão municipal do Recife, por outro lado, se comprometeu com a organização da Campus Party a procurar patrocinadores privados. "As conversas foram positivas, senti que eles realmente querem realizar o evento, mas a situação econômica da cidade é complicada, e no momento eles têm outras prioridades. A decisão final será tomada no dia 2 de maio", disse Farruggia.

Mesmo com tantas incertezas, os campuseiros não se deixam abater. Uma comissão de 15 participantes do evento foi formada para acompanhar os diálogos entre a organização e o governo. "Nos reunimos e protocolamos ofícios pedindo a realização do evento, mas não obtivemos nenhuma resposta", disse a advogada Fernanda Barbosa, integrante do grupo.

Enquanto a indecisão deixa muitos campuseiros recifenses preocupados, Salvador comemora a realização da sua primeira Campus Party. A capital baiana recebe a feira tecnológica entre os dias 9 a 13 de agosto. Com a iniciativa, a cidade entra para o círculo internacional do evento, nascido na Espanha e que acontece em países como Singapura, Índia, Itália, Inglaterra, EUA, México e Argentina.

O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Pernambuco (SECTI) e aguarda resposta.

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Falta de quórum. Ou seja, dificuldade de reunir a base aliada. Esse é o motivo da suspensão da reunião que definiria os rumos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), no último dia 5 de outubro. A incerteza na continuidade do programa é uma preocupação para estudantes, que já com os contratos vigentes não conseguem a renovação, além de coordenadores de instituições de ensino superior, que ficam na inércia de garantir o ensino mesmo sem o recurso necessário para a manutenção das aulas.

A ausência de pessoas que possam se sensibilizar com a situação crítica da educação do País, em especial com o programa, desestabiliza a confiança dos alunos. Uma estudante de jornalismo que preferiu não se identificar, de 21 anos, se preocupa com a forma tomada pelo governo para resolver a situação do programa. “Acho um absurdo cortar investimentos na educação quando se tem outras alternativas pra bancar a dívida pública. Taxar grandes fortunas é uma delas”, aponta a graduanda.

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A aluna cursa o terceiro período da graduação em jornalismo e teme perder a oportunidade de continuar no ensino superior ou até mesmo que a taxa coberta pelo financiamento, referente a uma mensalidade de mais de R$ 600, seja cobrada a ela. “Tenho medo de que me cobrem a mensalidade, pois meu curso é muito caro”, conta.

Aguardar. É esse o pedido que o Sistema informatizado do Fies (SisFies) faz à também estudante de jornalismo Thaisa Jatobá, bem como aos outros alunos que precisam renovar o financiamento. Thaisa sente medo de ser cobrada pelas mensalidades, que passam dos R$ 1 mil, e também de perder o benefício. Ela ainda reclama da dificuldade de acompanhar a situação dos aditamentos – como são chamadas as renovações semestrais do Fies. “Não temos nenhuma informação nem no site nem pelo telefone”, acusa a graduanda. 

A página do Fies emite um alerta aos estudantes que desejam realizar o aditamento. “O aditamento de renovação semestral está em processo de solicitação pela CPSA [Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento] da instituição de ensino. O prazo para validação do aditamento de renovação e solicitação de transferência, suspensão, dilatação e encerramento pelo estudante será divulgado oportunamente.” 

Já o SisFies, sistema responsável por executar as partes de solicitação, aditamento, dilatação e encerramento do financiamento, “veta” a entrada dos estudantes que já possuem o benefício. Após o preenchimento de dados para acesso à conta, o aluno recebe a seguinte mensagem: “Acesso permitido somente para estudantes que estejam pré-selecionados em processo seletivo e que não contrataram o financiamento.”

Além de preocupar os estudantes, o incerteza dos repasses financeiros do Fies afeta as instituições de ensino. O presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Janguiê Diniz, afirma que o Fundo é uma ferramenta aliada à educação, visto que a as instituições públicas não têm capacidade para comportar mais alunos. “A educação pública não tem capacidade para comportar o número de estudantes que ingressam no ensino superior anualmente - isso fica bem claro quando comparamos os dados da educação e vemos que o ensino superior particular responde por mais de 80% do setor”, aponta Diniz.

Além disso, Janguiê Diniz ressalta a mudança benéfica que o programa trouxe à educação superior brasileira. “Grande parte da população brasileira não tem condições financeiras de pagar as mensalidades das IES particulares e recorre ao financiamento. Sem o Fies, será quase impossível o Brasil atingir as metas impostas para a educação superior até 2024”, completa o presidente da ABMES.

Para o presidente do Sindicato das Faculdades Privadas de Pernambuco, Jânyo Diniz, os atrasos do Fies também trazem incertezas para as instituições de ensino. "O Sindicato vê com preocupação esses atrasos. Isso começa a afetar significativamente as instituições de ensino. Algumas estão passando dificuldades para honrar seus compromissos", diz Jânyo Diniz.

Instituições sofrem com as dúvidas

A Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, uma das gigantes da educação superior no Brasil, é uma das instituições afetadas pela incerteza e atraso nas verbas do programa. Segundo nota divulgada à imprensa, há promessas vindas do ministro da Educação, Mendonça Filho, que as verbas e o lançamento de novas vagas do Fies já estavam programadas para o dia seguinte à aprovação do projeto de lei que libera o crédito suplementar para o programa pelo Congresso Nacional. “Esperamos que, desta vez, deputados federais e senadores se deem conta da gravidade da situação e de suas consequências, colocando a preocupação com o futuro do Brasil e de seu povo acima de qualquer outra questão”, aponta o comunicado, em nome da reitora da PUC, Anna Maria Marques Cintra.

Ao Portal LeiaJá, no último dia 27 de setembro, a PUC afirmou que poderia deixar o programa, que já entra em seu quarto mês de atraso. A instituição afirmou que cancelaria o financiamento caso não recebesse o repasse das verbas até o final de 2017. “A falta desses repasses traz consequências danosas para os alunos e demais setores do ensino superior do País. A formação dos nossos futuros profissionais depende agora da atuação responsável de cada parlamentar com a continuidade do desenvolvimento da educação universitária do Brasil", constava na nota publicada pela PUC.

No interior pernambucano o dilema é o mesmo. De acordo com a Presidente da Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento do Fies da Faculdade de Integração do Sertão, em Serra Talha, Milena Marta, o Fundo atualmente beneficia 396 estudantes na unidade, sendo 285 veteranos e 111 novatos. “Precisamos esperar a posição do governo para traçarmos novas oportunidades. Vamos adequando o Fies a cada nova mudança vinda do governo. Adotamos o programa no segundo semestre de 2014, porque traz um novo perfil para a faculdade. O aluno que trabalha e não possui condições suficientes para bancar os estudos é beneficiado”, complementa Milena. 

MEC promete

O Ministério da Educação (MEC) promete que os estudantes continuarão a contar com o Fies. De acordo com divulgação do ministro da pasta, Mendonça Filho, no último dia 6 de outubro, todos os contratos serão aditados. “Vamos honrar retroativamente todos os contratos e as renovações”, afirmou o parlamentar, não explicando como seriam realizados, de fato, os pagamentos. “Encontramos o orçamento do Ministério sem a dotação financeira suficiente para novos contratos e para a renovação dos antigos, que já estavam em vigência”, completou o parlamentar, de acordo com site do MEC.

Dívida

O Governo Federal deve R$ 700 milhões ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal, referentes a taxas do Fies. Por conta da falta do quite da dívida, o MEC não tem como repassar o valor às instituições privadas de ensino superior. Os repasses referentes ao financiamento somam cerca de R$ 5 bilhões.

Na avaliação de Lia Valls Pereira, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FG), ainda é difícil saber qual pode ser o impacto na economia brasileira com saída do Reino Unido da União Europeia. Por ora, o principal risco é que ocorra um aumento de incerteza no comércio mundial, adiando uma possível recuperação da economia global e afetando o Brasil. A seguir os trechos da entrevista concedida ao Estado.

Qual pode ser o impacto do resultado do plebiscito sobre a economia do Brasil?

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A questão principal é saber como vai ser a negociação da saída do Reino Unido. O Brasil não tem uma grande corrente de comércio com a Inglaterra, ou seja, não é muito por aí que o País será afetado.

O Brasil pode ser afetado de forma indireta?

Se a saída do Reino Unido afetar muitos mercados, isso pode levar a um ambiente de grande incerteza no mundo, o que prejudica mais ainda a recuperação do comércio mundial - e haveria um efeito sobre o comércio brasileiro e de outros países.

E a negociação envolvendo o Mercosul e a União Europeia?

Esse é o segundo ponto de incerteza, se as negociações do Mercosul com a União Europeia continuam com ou sem Reino Unido. Estamos no meio da negociação. Esse seria um ponto a observar. Em termos de médio e longo prazo, essa decisão também alimenta um pouco a dificuldade de fazer processo de integração. Acho que o Reino Unido vai procurar fazer essa saída da forma mais tranquila, porque não interessa em nada que ele seja prejudicado com isso.

É muito cedo para dizer que essa decisão pode trazer qualquer impacto para as negociações do Mercosul com a União Europeia?

Tudo depende de como eles resolverem. A União Europeia não negocia só com o Mercosul. Como eu disse, o Reino Unido não é o mercado principal nessa história. Então, é só saber se isso afeta o andamento das negociações. Agora, a saída do Reino Unido traz mais uma questão para o mundo. Foi um resultado muito polarizado. E tudo agora parece ser sempre polarizado. Em momentos de crise, se acirra muito essa questão nacionalista. Estamos assistindo um pouco a isso.

A realização da 5ª edição da Campus Party Recife parece estar mesmo descartada. Nesta terça-feira (12), o criador da Campus Party, o espanhol Paco Ragageles, se pronunciou mais uma vez sobre o evento. Em sua conta no Twitter, Ragageles disse que seria impossível realizar a feira tecnológica no Recife em 2016, mas que havia chances do encontro ocorrer no próximo ano. “Teremos novas conversas com o governo e o estado para tentar viabilizar”, afirmou.

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Mais uma vez, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (Sectec) garantiu que o martelo ainda não foi batido. Conforme a assessoria da pasta, uma nova reunião deve ocorrer, no máximo, até o início da próxima semana.  No encontro, programado para acontecer na capital pernambucana, o Governo do Estado vai apresentar o valor que poderá investir. Mas ao que parece, nem mesmo o incentivo de R$ 400 mil por meio de emenda parlamentar de autoria do deputado Edilson Silva (PSOL) será suficiente.

Em 2015, o evento chegou a sua 4ª edição com recorde de público e foco em empreendedorismo, característica enraizada no campuseiro pernambucano. A feira tecnológica contou com mais de 250 atividades e 224 palestrantes, que foram responsáveis pelas mais de 300 horas de conteúdo.

A abertura de novos financiamentos para cursos do ensino superior pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) dependerá da disponibilidade orçamentária. “Estamos esperando a definição do Orçamento para ver como fica o segundo semestre”, disse o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro.

O Fies registrou 252.442 novos financiamentos neste semestre, que movimentarão R$ 2,5 bilhões. “Nós estamos na expectativa da definição do Orçamento e não posso afirmar, neste momento, se [haverá] e qual será o montante de recursos para uma segunda edição neste ano”, disse o ministro.

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Os cortes no Orçamento de 2015 serão definidos pela presidenta Dilma Rousseff, que avaliará as prioridades de cada ministério para decidir os recursos contingenciados em cada área. Além de assinar os novos contratos, o MEC comprometeu-se a renovar os contratos vigentes, que somam 1,9 milhão. Para isso, serão necessários pelo menos R$ 15 bilhões este ano

Em relação aos critérios de classificação usados nesta edição, o ministro disse que isso está sendo avaliado, mas que deverão ser mantidos. Os candidatos tiveram que alcançar pelo menos 450 pontos na média das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e tirar nota superior a 0 na redação. Além disso, os cursos mais bem avaliados pelo MEC ganharam a condição de prioritários.

"Nós vamos estudar, porque a mudança de critérios para esta edição trouxe vantagens. O número de cursos de mais alta qualidade, os cursos de nota 5, passou de 8% para 20% do total. Temos cerca de 50 mil financiados pelo Fies que estão em cursos muito bons, nota 5. Pelo critério anterior teríamos apenas 20 mil", explicou o ministro.

Em 2016, ele garante que haverá abertura para novos financiamentos, mas ainda não há previsão de recursos. O Fies oferece cobertura da mensalidade de cursos em instituições privadas de ensino superior a juros de 3,4% ao ano. O estudante começa a quitar o financiamento 18 meses após a conclusão do curso. O programa acumula 1,9 milhão de contratos e abrange mais de 1,6 mil instituições. 

Os preços do ouro subiram nesta segunda-feira (20) depois de duas sessões consecutivas de quedas. Traders disseram que a demanda por ouro cresceu com a incerteza sobre a perspectiva da economia global. Segundo eles, o volume de negócios com ouro na China cresceu e há um aumento da demanda física na Índia, por causa do festival hindu Diwali. O recuo do dólar diante do euro contribuiu para a alta dos preços do ouro.

"Embora o sentimento em relação ao ouro tenha deteriorado, por causa da pouca pressão inflacionária, as quedas dos mercados de ações e os riscos geopolíticos atuais levaram a uma demanda maior por ouro como hedge diante das incertezas, disseram os analistas da Sharps Pixley. Para George Gero, da RBC Capital Markets Global Futures, "até termos mais estabilidade, haverá uma falta de confiança na recuperação da economia".

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Na Comex, divisão de metais da Nymex (New York Mercantile Exchange), os contratos do ouro para dezembro fecharam a US$ 1.244,70 por onça-troy, em alta de US$ 5,70 (0,46%). Fonte: Dow Jones Newswires.

As instituições responsáveis pela operação do sistema de BRT na Região Metropolitana do Recife não entram em consenso. Após a Mobibrasil, empresa responsável pelos novos veículos do Corredor Leste-Oeste, afirmar que o início dos testes com passageiros havia sido adiado para o dia 1° de junho (previsão inicial era 17 de maio), o Grande Recife Consórcio de Transportes negou a informação. 

O Consórcio respondeu que a data de 17 de maio está mantida normalmente como início dos testes com usuários nos veículos Via Livre. Segundo o Grande Recife, 1° de junho será a data de início das operações das linhas alimentadoras do segundo lote da licitação do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR), vencida pela Mobibrasil. 

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Questionado sobre se existem obras atrasadas nas estações, o Grande Recife não respondeu. Sobre falhas estruturais apontadas pelos motoristas, como a falta de barras de aço (tubos-guia) para orientar o alinhamento dos veículos, também não houve posicionamento da empresa de transporte público. 

Contradição – Nesta quinta-feira (8), após receber o posicionamento do Grande Recife quanto ao adiamento do início dos testes, a equipe do Portal LeiaJá entrou novamente em contato com a representante do planejamento da Mobibrasil, Nadja Uchôa, reafirmou. 

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A poucos dias de completar três anos que a cidade de Palmares, na Zona da Mata Sul do Estado, foi devastada com uma das piores enchentes que a cidade sofreu, alguns moradores vivem na incerteza em relação às suas casas, que estão, boa parte, abandonadas. Em uma das ruas mais antigas da cidade, a Ismael Gouveia, no Centro, faixas de protesto estão expostas desde a promessa que a área seria desapropriada com o intuito de prevenir novos danos.  

No dia da primeira cheia, em maio de 2010, a aposentada Dona Cilene Lourdes Barbosa de Almeida, de 70 anos, foi para a casa da filha, onde ficou protegida da enchente. Na casa dela entraram três metros de água. A aposentada não tem medo de viver no local, tanto que alugou uma casa do lado da sua para morar, já que a sua está fechada desde então. “Faltava só R$ 11mil para eu liquidar minha casa que é financiada pela Caixa Econômica. A Caixa diz que só conserta quando o governo resolver se tira ou não tira”, lamentou a mulher que vive na incerteza da desapropriação da sua casa. De acordo com a Casa Militar, os casos de resistência estão sendo avaliados pelo Ministério Público.

Na mesma rua reside Maria José do Rêgo Brandão, 61, moradora da Rua Ismael Gouveia há 40 anos. Ela afirma que o governo não deu alternativa aos moradores, a não ser a troca das casas onde muitos moram há décadas, por outras construídas a cerca de 8 km do centro da cidade. A moradora se mostra indignada com falta de posicionamento do Governo do Estado.

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Os novos bairros projetados, Quilombo I e II, ficam localizados às margens da BR 101. As casas fazem parte da Operação Reconstrução que pretende distribuir cerca de 16 mil unidades habitacionais, das quais 2.610 são em Palmares. No entanto, até o momento apenas 570 foram entregues à população, as outras 2.040 devem ser entregues até o fim deste ano, segundo a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab).

As moradias são construídas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, e doadas aos beneficiários sem qualquer custo. As casas têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço externa, divididos em 37 m² e atendem às famílias atingidas pelas cheias de 2010 em 24 municípios do Agreste e da Zona da Mata Sul de Pernambuco. 

O impasse é que algumas famílias são grandes demais para uma casa pequena e com pouco cômodos, como é de Dona Alice Maria dos Santos, de 77 anos, que mora na residência com outras seis pessoas. “A minha casa tinha três quartos, duas salas, cozinha, terraço. Era boa. Agora têm que se acostumar. Se der com o tempo a gente vai ajeitando”, relatou.

O morador do novo bairro, Amaro Israel da Silva, 52, diz que precisou reformar a casa que ganhou para morar com a família composta por sete pessoas, embora alterações na estrutura do imóvel não sejam permitidas pela Caixa Econômica Federal. “É melhor do que perder de tudo. Lá não pode construir mais, a gente tinha que pegar ou ia ficar na rua”, relatou.

Algumas dificuldades de infraestrutura são enfrentadas pelos moradores da nova região, entre elas falta de água, quem vem sendo fornecida através de carro-pipa; energia, que não existe em todos os postes da área; transporte público deficiente, apenas a cada duas horas; além da carência por escola e posto de saúde. De acordo com a assessoria de imprensa da cidade, já existe um projeto de um posto de saúde no Quilombo II, assim como uma escola que está quase pronta.  

A Cehab afirma que as casas estão sendo entregues de forma gradativa e a infraestrutura estará completa quando todas as residências forem distribuídas. As primeiras foram doadas às famílias que ficaram alojadas em abrigos públicos ou que tiveram as casas totalmente destruídas. A seleção foi feita pela Casa Militar. 

Prevenção - Através da assessoria, a Casa Militar de Pernambuco disse que realiza todos os anos o Curso Operacional de Proteção e Defesa Civil que integra ações para prevenção ao período de chuvas. Ainda segundo o órgão, desde as enchentes ocorridas em 2010 até o ano passado, mais de 800 agentes de Defesa Civil de diversos municípios pernambucanos foram capacitados.

Este ano foram treinados mais de 118 agentes oriundos de 44 municípios. Nas aulas práticas, o repasse de informação alcançou, ainda, 836 estudantes de escolas públicas que participaram da ação “Defesa Civil na Escola” e mais 550 pessoas que participaram dos exercícios simulados de prevenção de desastres.



Área de Lazer - O alargamento do leito do Rio Una atingirá as cidades de Barreiros (6 Km), Água Preta (4,5 Km) e Palmares (5 Km). Em Palmares, já existe um projeto de urbanização pronto, orçado em R$ 2.194.392,14. A nova orla terá calçadão, arborização e bancos de concreto para o lazer dos moradores.

O projeto prioriza a preservação ambiental e a qualidade de vida da população que será presenteada com um novo espaço de lazer. A orla terá uma ciclovia, áreas de jardim e bancos de concreto. Haverá faixas de pedestre distribuídas ao longo da orla e vagas especiais no estacionamento.

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