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Em uma comunidade na rede social russa "Vkontakte", membros dos grupos de esquerda russos do Partido Comunista da Federação Russa (PCRF) e do Komsomol Leninista da Federação Russa defendem que "a invasão militar agressiva e catastrófica da Ucrânia seja interrompida".

A carta é assinada por 12 deputados do Partido Comunista: 3 deles são congressistas na Duma, a Câmara baixa do Parlamento russo, e outros são integrantes do legislativo em outras esferas da política local. Além dos comunistas, quatro grupos de diferentes regiões russas do Komsomol Leninista da Federação Russa também subscrevem o documento.

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Nas últimas eleições para a Duma, em setembro de 2021, o PCRF conquistou 57 assentos no Parlamento (18,9%). A Duma é composta por um total de 450 membros, dos quais 326 (49,8%) são da coligação Rússia Unida, alinhada ao presidente Vladimir Putin.

De acordo com o comunicado, o conflito na Ucrânia "traz apenas destruição, desastres econômicos e morte para os povos da Rússia, Ucrânia e as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk", semeando "discórdia e ódio mútuo entre os trabalhadores da Rússia e da Ucrânia".

"Somos contra o fascismo tanto na Ucrânia quanto na Rússia. E, portanto, não acreditamos na retórica de que o regime anticomunista e antidemocrático raivoso de [Vladimir] Putin pode libertar o povo da Ucrânia das gangues nazistas. Em vez disso, ele estará pronto para substituir os fascistas 'estrangeiros' pelos 'seus próprios'. Defendendo o direito legítimo dos povos à autodeterminação (incluindo o povo de Donbass), estamos convencidos de que a verdadeira autodeterminação não pode ser alcançada através de uma guerra imperialista", afirma o comunicado.

A nota ainda faz um apelo ao Comitê Central do Partido Comunista da Federação Russa para que se oponha à guerra, que estaria "levando a classe trabalhadora de ambos os países ao abismo" e "exija que o processo de solução pacífica seja iniciado imediatamente".

Em 15 de fevereiro, a Duma votou a favor de um projeto de resolução sobre o reconhecimento das autodenominadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia. 351 deputados apoiaram a resolução, 16 pessoas se opuseram e uma se absteve.

Na noite de 24 de fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin anunciou o início de uma "operação militar especial" para "desnazificar e desmilitarizar" a Ucrânia.

Alvo de críticas por ter votado à favor do reconhecimento de Donetsk e Lugansk, o deputado da Duma, Mikhail Matveev, que assinou a carta contra o conflito ucraniano, declarou que seu voto pelo reconhecimento foi "pela paz, para que a Rússia se torne um escudo, para que Donbass não seja bombardeado, e não para Kiev ser bombardeada".

Posição semelhante foi compartilhada pelo deputado do Partido Comunista Vyacheslav Markhaev, que expressou seu compromisso em reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk, afirmando que a população das repúblicas precisava ser protegida "do extermínio completo". Ao mesmo tempo, Markhaev declarou que "sob os auspícios de reconhecer as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, ocultamos planos para desencadear uma guerra em grande escala com nosso vizinho mais próximo".

O Partido Comunista na Rússia é a segunda maior coligação russa, atrás do Rússia Unida, do presidente Vladimir Putin. No entanto, seu lugar enquanto oposição é bastante controverso. O partido já foi acusado de manter uma linha de contato direta com a administração presidencial, acatando a pressões do Kremlin para não promover manifestações em regiões do país e não oferecer resistência a projetos do Rússia Unida no Parlamento.

Por outro lado, as últimas eleições parlamentares do país assinalaram uma possibilidade de renovação da esquerda russa com a aparição de novos quadros, críticos ao governo, assumindo compromissos com pautas como direitos humanos, liberdade democrática, igualdade social e meio ambiente.

Por Serguei Monin, para o Brasil de Fato

De passagem pelo Piauí, nesta quarta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que pretende “acabar com o cocô do Brasil”. Depois de aconselhar os brasileiros a fazerem cocô em dias alternados para beneficiar o meio ambiente, desta vez Bolsonaro usou a expressão para se referir aos “corruptos e comunistas”.

“Vamos acabar com o cocô do Brasil. O cocô é essa raça de corruptos e comunistas. Vamos varrer essa turma vermelha do Brasil”, disparou o presidente, que foi ovacionado por seus simpatizantes. 

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“Já que na Venezuela está bom, vou mandar essa cambada para lá. Quem quiser um pouco mais para o norte, vai até Cuba", emendou Jair Bolsonaro que chegou ao Piauí acompanhado da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). 

No Estado, ele visitou a cidade de Parnaíba, onde também fez um sobrevoo o Perímetro Irrigado dos Tabuleiros Litorâneos do Piauí e participou de uma cerimônia relativa ao projeto de irrigação.

Um recente tuíte, publicado na madrugada desta quarta-feira (6) pelo presidente Jair Bolsonaro, afirma que instituições de ensino aplicam doutrinação ideológica em seus estudantes. A publicação mostra duas pessoas, durante formatura de graduação no curso de direto, segurando um cartaz com os dizeres "Fascistas, racistas, machistas e homofóbicos não passarão". Em seguida, elas dançam uma música chamada "Ele não".

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Reprodução/Twitter @jairbolsonaro

O vídeo é complementado por uma entrevista do filósofo Olavo de Carvalho, citando o método de revolução socialista realizada pelo Partido Comunista Italiano, por meio de Antonio Gramsci. Na publicação, Bolsonaro alega: "A doutrinação ideológica nas instituições de ensino forma militantes políticos e não cidadãos com bom senso e preparados para o mercado de trabalho. É preciso quebrar essa espinha para o futuro saudável do Brasil."

Nos comentários da postagem, houve tanto quem se posicionou a favor do posicionamento do presidente, quanto quem esteve contra sua colocação. "Não sabia que tratar pessoas feito gente e sem preconceito era doutrinação ideológica.", publicou um internauta. "Lutar contra o racismo, fascismo, etcismos é só a máscara bonita pra socialismo", retrucou outro.

O Partido Comunista Brasileiro (PCdoB) iniciará nesta quinta-feira (14), em São Paulo, o 13º Congresso Nacional da legenda.  O evento reunirá militantes da sigla, diversas autoridades políticas como senadores, deputados e o ex-presidente Lula (PT) e a atual líder da nação Dilma Rousseff (PT).

Com o tema principal ‘Avançar nas Mudanças’, é previsto a presença de 1.500 militantes, entre lideranças, parlamentares e convidados. Já os petistas participarão do ato político do Congresso nesta sexta-feira (15), às 19h30, além de delegações estrangeiras de mais de 30 países e 50 partidos de todo o mundo e ainda, lideranças do movimento social, senadores e deputados do PCdoB.

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O evento contará com apresentação das atuações do PT como aliado ao governo federal, através de um balanço das ações exibida pelo presidente do PCdoB, Renato Rabelo. O líder da sigla Também apresentará e examinará dois projetos de resolução que foram aprovados pelo Comitê Central e divulgará oficialmente que a presidência do partido passará para a deputada estadual, Luciana Santos (PCdoB), a partir de 2015.

Contando com a participação dos filiados do partido, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, destacou a importância de todos os comunistas na construção de um novo espaço com o intuito de refletir o compromisso da legenda com o avanço do Brasil. Confira o vídeo com Rabelo abaixo:

Único dos partidos mais à esquerda a ser manter fiel ao PT desde a primeira eleição presidencial democrática, em 1989, o PC do B reclama do tratamento que tem recebido do parceiro de mais de duas décadas.

O partido está inseguro em relação ao comportamento do PT na próxima eleição, pois o governo federal dá sinais dúbios sobre as alianças em alguns Estados.

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No Maranhão, o comunista Flávio Dino tem possibilidades concretas de se eleger governador se tiver o apoio do PT contra o clã Sarney.

No Acre, a deputada Perpétua Almeida, a mais votada nas duas últimas eleições, não conseguirá, de novo, apoio dos petistas para disputar uma cadeira ao Senado.

Cansei

No Rio de Janeiro, cansado de esperar por um aceno do PT, os comunistas decidiram lançar a deputada Jandira Feghali ao governo. PT e PMDB também vão se enfrentar nas urnas fluminenses.

Em São Paulo o partido lançaria o ministro Aldo Rebelo (Esporte) a governador, contra o tucano Geraldo Alckmin, o petista Alexandre Padilha (ainda ministro da Saúde) e o peemedebista Paulo Skaf, entre outros. Mas a presidente Dilma Rousseff pediu a Rebelo que fique no ministério para tocar o Esporte na Copa do Mundo e a candidatura durou só cinco dias. Se Dilma se reeleger, Rebelo deverá ser mantido pelo menos até a Olimpíada de 2016.

Apesar das queixas, o PC do B apoiará a reeleição da presidente Dilma Rousseff, por não enxergar no horizonte nada melhor. O partido realizará o seu 13.º Congresso Nacional nos dias 14, 15 e 16 do mês que vem. É certo que vai ratificar o apoio à chapa a ser comandada por Dilma, que já programou aparecer por lá, assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De todos os partidos que têm acompanhado o PT, o PC do B é de longe o mais fiel. Junto com o PSB apoiou a candidatura de Lula em 1989, assim como em 1994 e 1998, todas derrotadas, e as vitórias de 2002 e 2006, além da eleição de Dilma em 2010. O PSB saiu da chapa em 2002, quando lançou o candidato Anthony Garotinho, e em 2006. Em 2010 voltou a compor com o PT. Agora, rompeu definitivamente e deverá lançar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato à Presidência da República.

Mágoas

O descontentamento do PC do B em relação ao PT começou com a formação do governo de Dilma, em 2011. O partido, que tinha o Ministério do Esporte, algumas secretarias do Ministério da Cultura, a Embracine e a direção da Agência Nacional do Petróleo (ANP), perdeu cargos. Ficou com só com o Esporte e a Embratur.

Na eleição municipal do ano passado os problemas continuaram. Os petistas se recusaram a apoiar a candidatura da deputada Manuela D’Ávila à Prefeitura de Porto Alegre.

Desde então, os comunistas se referem aos problemas que têm com o PT como de "relacionamento hegemônico".

Caso Maranhão

Para a eleição do ano que vem o PC do B exige que o PT apoie a candidatura de Flávio Dino ao governo do Maranhão. Acontece, porém, que os petistas teriam de romper a aliança que mantêm com a família Sarney no Estado.

Há cerca de uma semana houve um ensaio nesse sentido. O assunto foi debatido nos bastidores do Palácio do Planalto e aliados da presidente confirmaram que o PT apoiaria o PC do B contra a oligarquia Sarney.

O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), que em 2002 foi um dos primeiros a aderir à candidatura de Lula, mesmo sem autorização do PMDB, reagiu. O Palácio do Planalto foi obrigado, então, a divulgar nota para desmentir o apoio a Dino, e o presidente do PT, Rui Falcão, declarou que nenhuma decisão havia sido tomada. O PC do B continua esperando pela ajuda.

Mesmo insatisfeito, os números mostram que o PC do B cresceu ao se aliar ao PT. Em 2001, o PC do B tinha 33.948 militantes filiados; em 2005, 69.638; e em 2009, data da última contagem e do último congresso, 102.332. Em 1999 elegeu sete deputados federais; em 2003, na primeira eleição de Lula, 12, aumentando para 13 na reeleição e para 15 na eleição de Dilma. Em 2006 o partido elegeu seu primeiro senador: Inácio Arruda (CE). Em 2010, a segunda: Vanessa Grazziotin (AM).

Com 91 anos - foi fundado em 1922, passou por um processo de racha com a ala de Luiz Carlos Prestes e tem a idade contestada pelo PPS, sucedâneo do PCB -, o PC do B carrega uma história marcada por tragédias, clandestinidade, mortes e massacres. É, hoje, uma das legendas que exercem maior atração na juventude. O partido comanda a União Nacional dos Estudantes (UNE) e mantém células que atuam principalmente entre os operários. Mais aberto hoje, aceita em suas fileiras o filiado e o militante. Este tem menos deveres do que aqueles.

O PC do B tem sede própria, um prédio de oito andares no centro de São Paulo. O imóvel custou R$ 3,3 milhões. Foi comprado, segundo o partido, com verba do Fundo Partidário e com a contribuição de militantes. Em 2012 o PC do B recebeu R$ 8,2 milhões do fundo. Neste ano, até junho, tinha recebido cerca de R$ 4,1 milhões, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). (João Domingos)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

- O Partido Comunista do Chile anunciou nesta segunda-feira seu apoio à candidatura de Michelle Bachelet nas eleições presidenciais de novembro no país.

O apoio foi divulgado pelo líder comunista Guillermo Teillier depois de uma reunião com Bachelet, favorita para retornar ao Palácio de La Moneda.

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Em troca do apoio dos comunistas, a centro-esquerda de Bachelet permitirá que a líder estudantil Camila Vallejo concorra ao Congresso com seu respaldo.

O Partido Comunista conta com o apoio de aproximadamente 5% do eleitorado chileno, o que pode ser fundamental em um eventual segundo turno.

Bachelet vinha pleiteando o apoio dos comunistas em vista dos crescentes protestos pela melhor distribuição da riqueza do cobre entre os chilenos e pela educação gratuita no país. As informações são da Associated Press.

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