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Após uma série de discursos em que o presidente Jair Bolsonaro foi poupado, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin encerrou a convenção nacional do partido atacando o governo e classificando o "bolsonarismo" como uma "mentira", comparando o posicionamento de Bolsonaro ao PT. Ele manifestou solidariedade ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por ter sido criticado pelo presidente da República.

"Esses oportunistas políticos por 30 anos numa deslealdade vêm atacar a vida dos homens públicos jogando a sociedade contra suas instituições. Não temos duas verdades, a extrema direita e a extrema esquerda. Temos duas grandes mentiras, o petismo e o 'bolsonarismo'", discursou o tucano, que entregou a presidência do partido ao ex-deputado Bruno Araújo (PE). "Onde está a agenda de competitividade desse governo? Vamos ter coragem de criticar, pôr o dedo na ferida."

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Após a convenção, em coletiva de imprensa, Alckmin disse que "está faltando governo" no País. Para ele, o governo não tem propostas para criação de empregos e, na reforma tributária, está querendo recriar a CPMF. Também criticou o que apontou como falta de política para combater o tráfico de armas e drogas. "Liberar arma é tudo que nós não precisamos. Vejo uma grande dificuldade na agenda do governo e uma criação de crises, uma agenda radical totalmente ultrapassada em um mundo onde as ideologias estão diminuindo as distâncias."

O ex-governador negou que o PSDB esteja sendo pressionado a dar uma guinada à direita e disse não acreditar que a nova direção do partido se alinhe à pauta de costumes do governo Bolsonaro.

O novo presidente da legenda, Bruno Araújo, e o governador de São Paulo, João Doria, afastaram a tentativa de Alckmin de atacar o governo afirmando que esse não é um posicionamento partidário. "São opiniões próprias do governador que eu respeito, não são as opiniões do PSDB como um todo. Não temos esse alinhamento crítico, temos uma alinhamento de buscar as melhores alternativas para o País no plano econômico e no plano social e foco na aprovação da reforma da Previdência", disse Doria. Já Bruno Araújo declarou que o PSDB vai ter uma "posição contributiva de independência e sempre, quando houver, de discordância, se opondo aos temas do governo."

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez um forte aceno ao PSDB para as eleições presidenciais de 2022. Durante convenção nacional do PSDB, o deputado fluminense afirmou que deseja que as duas siglas estejam "fortes em um projeto único de geração de emprego e renda" daqui a três anos. Após o evento, ele negou que estivesse falando em fusão entre os dois partidos. "Isso envolve diálogo, como a gente vem fazendo, temos muitas convergência". Ele defendeu que PSDB e DEM estejam juntos para primeiro reconstruir o País e depois em um projeto comum com outros partidos para o futuro.

O novo presidente do PSDB, Bruno Araújo, disse que é cedo para falar sobre eleição, mas que a legenda tem identidade com o DEM e que os dois estão sempre em constante diálogo. Ele também incluiu o MDB na possibilidade de uma conversa para a próxima eleição presidencial.

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Previdência

Sobre a reforma da Previdência, Rodrigo Maia disse que ainda não leu o projeto apresentado pelo PL (ex-PR) para a proposta na comissão especial da Câmara, mas disse que a apresentação da emenda é importante para que os parlamentares identifiquem quais são os pontos em comum e os itens que têm divergência.

Em discurso na convenção nacional do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, nacionalizou mais uma vez seu discurso e afirmou que, "antes de amar São Paulo, ama o País". Ao chegar ao evento, que ocorre em Brasília, Doria foi aclamado como presidente. "Tenho confiança no Brasil, amo ser brasileiro. Antes de amar São Paulo, amo o meu País", disse o tucano, ao falar de sua trajetória na política após o trabalho na iniciativa privada.

Emplacando o ex-deputado Bruno Araújo (PE) na presidência nacional do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, chegou à convenção nacional do partido sendo recebido por militantes sob gritos de "presidente", em referência à possibilidade de o tucano ser candidato ao Planalto em 2022. Doria deve conceder uma coletiva de imprensa ao lado de Araújo após a eleição da nova direção do partido.

A chapa do novo comando do PSDB foi definida somente na noite desta quinta-feira, 30. Além do ex-deputado pernambucano na presidência, o partido vai ter o deputado Domingos Sávio (MG) na vice-presidência - havia uma expectativa anterior que a senadora Mara Gabrilli (PSDB) assumisse a vaga. Sávio já presidiu o partido em Minas Gerais e é aliado ao deputado federal Aécio Neves (MG), ex-presidente nacional da sigla e réu no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Doria emplacou um aliado para cuidar das contas financeiras do partido. Cesar Gontijo, que foi secretário-geral do PSDB paulista, vai assumir a tesouraria da Executiva nacional no lugar do ex-deputado Silvio Torres, um dos principais interlocutores do ex-governador Geraldo Alckmin na legenda. O deputado Humberto Pereira (MS) foi escolhido para a secretaria-geral do PSDB, substituindo o ex-deputado Marcus Pestana (MG). Os nomes ainda serão confirmados por meio de votação na convenção.

Em convenção marcada por recados ao Palácio do Planalto, o DEM procurou se apresentar nesta quinta-feira (30) como o partido da moderação na cena política, que defende a agenda econômica, mas não dá um cheque em branco ao governo. Embora ministros da equipe de Jair Bolsonaro estivessem no palco, dirigentes da sigla fizeram questão de delimitar ali as responsabilidades do Planalto e do Congresso.

O único a pregar publicamente a entrada do DEM na base aliada de Bolsonaro foi o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. O apoio formal ao governo, porém, passou longe de qualquer votação, apesar de o DEM ocupar três ministérios (Casa Civil, Saúde e Agricultura) desde janeiro.

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Sob o slogan "O Brasil não pode parar", a convenção que renovou por mais três anos o mandato do prefeito de Salvador, ACM Neto, no comando do DEM, também serviu para defender o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticado nas manifestações pró-governo, há cinco dias.

No auditório Nereu Ramos da Câmara, deputados, senadores e até o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, fizeram uma espécie de desagravo a Maia. Além disso, o DEM pôs em prática a estratégia retórica para se desligar do Centrão, grupo que reúne cerca de 230 dos 513 deputados e tem sido alvo de ataques nas ruas e nas redes sociais. Maia é visto como o principal articulador do Centrão, que abriga partidos como DEM, PP, PR, PRB, MDB e SD.

No dia em que o IBGE anunciou queda de 0,2% no PIB do primeiro trimestre, o presidente da Câmara defendeu a votação de propostas para estimular o crescimento. Por sugestão do deputado, a convenção do DEM aprovou uma moção de apoio à reforma da Previdência.

Logo após Caiado pedir "encarecidamente" que o DEM entrasse na base de sustentação do Planalto, sob o argumento de que "o partido não pode dar uma de Pôncio Pilatos e lavar as mãos", Maia disse que ser ou não ser governo é o que menos importa.

"O mais importante é ser a favor de uma agenda", insistiu ele. "E não é tudo responsabilidade do Parlamento. Vamos separar as responsabilidades. Não podem transferir todas as responsabilidades e todos os males para a Câmara."

ACM Neto seguiu na mesma toada ao afirmar que o DEM não podia "gastar energia" com o debate sobre a adesão ao governo. "Conclamo que não percamos tempo com aquilo que não vai nos levar a nada", resumiu. Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), o DEM tem ajudado mais Bolsonaro do que o próprio PSL, partido do presidente. "Não estou fazendo crítica. É uma constatação", afirmou.

Após tantas estocadas, Caiado admitiu não ter maioria para sua tese. "Fui vencido hoje, mas continuo dizendo que não vai adiantar falar amanhã, se houver algum insucesso, que não estávamos umbilicalmente ligados ao governo", comentou.

'Velha guarda'

Diante de uma plateia formada por deputados, senadores e também pela "velha guarda" do PFL, sigla que deu origem ao DEM, ACM Neto disse não ser possível pensar em retomada do crescimento sem fortalecer as instituições. Com planos de se candidatar ao governo da Bahia, em 2022, ele afirmou, ainda, que os brasileiros não foram às urnas, no ano passado, para defender radicalismos, "nem de direita, nem de esquerda".

Foi, na prática, um recado para Bolsonaro, que, no diagnóstico de partidos do Centrão, estimulou os ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos atos de domingo. Nem mesmo a proposta de pacto entre os Poderes, patrocinada por Bolsonaro, serviu para acalmar os ânimos. Agora, a ideia também é alvo de críticas dentro e fora do Congresso.

"A política existe para evitar a guerra", amenizou ACM Neto. Em mais um movimento para descolar o DEM do Centrão, ele não escondeu o incômodo com a pecha de fisiologismo que marca as ações do grupo. "Nunca admitimos o troca-troca da velha política. O DEM não aceita rótulos e muito menos carimbos", disse.

Bolsonaro

Em discurso inflamado na convenção do DEM, o ministro Onyx Lorenzoni insinuou nesta quinta que o presidente Jair Bolsonaro pode voltar para o partido. Bolsonaro se filiou ao PSL no ano passado para disputar o Palácio do Planalto, mas, em 2005, chegou a integrar as fileiras do PFL, hoje DEM.

"Temos um ex-filiado do PFL, do DEM, que olha para o nosso partido com imenso respeito e com olho de, quem sabe, querer voltar para casa", afirmou Onyx. Em conversas reservadas, Bolsonaro já reclamou mais de uma vez de problemas enfrentados no PSL, que tem uma bancada de novatos no Congresso e muitas vezes atua como oposição ao Planalto. Interlocutores do presidente já disseram que ele avalia a possibilidade de deixar o PSL.

Questionado se havia conversado com Bolsonaro sobre o retorno ao DEM, Onyx abriu um sorriso. "Não. É um sonho meu", respondeu ele. O presidente já trocou várias vezes de partido desde o início de sua carreira política, nos anos 1980.

Em vários momentos, Onyx ficou com a voz embargada ao discorrer sobre a trajetória do DEM e disse que Bolsonaro foi "o escolhido" por Deus para fazer a "transformação" do País e ser o alicerce de uma aliança "liberal-conservadora". "A esperança, na época deles, era vermelha. A nossa é verde-amarela", discursou o ministro.

Alvo de críticas por causa da fragilidade da articulação política do governo, Onyx definiu os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), como "duas bênçãos que Deus trouxe para ajudar o capitão Bolsonaro". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em discurso na convenção nacional do DEM, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, insinuou nesta quinta-feira, 30, que o presidente Jair Bolsonaro pode voltar para o partido. Bolsonaro se filiou ao PSL no ano passado para disputar a eleição ao Palácio do Planalto, mas em 2005 chegou a integrar as fileiras do PFL, hoje DEM.

"Temos um ex-filiado do PFL, do DEM, que olha para o nosso partido com imenso respeito e com olho de, quem sabe, querer voltar para casa", afirmou Onyx. Em conversas reservadas, Bolsonaro já reclamou mais de uma vez dos problemas enfrentados no PSL, que tem uma bancada de novatos no Congresso e muitas vezes atua como oposição ao Palácio do Planalto. Interlocutores do presidente já disseram, em outras ocasiões, que ele avalia a possibilidade de deixar o PSL.

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Questionado se havia conversado com Bolsonaro sobre o retorno ao DEM, Onyx abriu um sorriso. "Não. É um sonho meu", respondeu ele. O presidente já trocou várias vezes de partido, desde o início de sua carreira política, nos anos 80.

Em vários momentos da convenção, que ocorreu em Brasília, Onyx ficou com a voz embargada ao discorrer sobre a trajetória do DEM e disse que Bolsonaro - chamado por ele de "capitão" - foi "o escolhido" por Deus para fazer a "transformação" do País e ser o alicerce de uma aliança "liberal-conservadora".

"A esperança, na época deles, era vermelha. A nossa é apaixonadamente verde-amarela", discursou o ministro, em uma referência aos governos do PT. Alvo de críticas por causa da fragilidade da articulação política do governo com o Congresso, o titular da Casa Civil também definiu os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), como "duas bênção que Deus trouxe para ajudar o capitão Bolsonaro".

Em um discurso exaltado feito durante a convenção nacional do DEM, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira, 29, que o partido foi fundamental para a eleição do presidente Jair Bolsonaro, o que representou a volta da centro-direita ao poder, e chegou a insinuar que Bolsonaro olha "com olho, de quem sabe, voltar para casa".

A referência feita pelo ministro foi ao período em que Bolsonaro foi filiado ao partido quando ele ainda se chamava PFL, em 2005. "Nós vencemos e hoje temos a Presidência. Temos um ex-filiado do PFL, do DEM, e que olha para o nosso partido com imenso respeito e com olho de, quem sabe, querer voltar para casa", disse.

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O ministro afirmou ainda que Bolsonaro representa "o caminho para um País que clama por Justiça, correção e preocupação com as pessoas". "O DEM vai continuar lutando ao lado do presidente para construirmos uma grande nação. (...) Vamos dar sequência a uma aliança liberal conservadora que o velho PFL e nós sempre quisemos", afirmou.

Lorenzoni iniciou seu discurso afirmando que não falaria como ministro, mas como um militante do partido. Ele relembrou a sua trajetória na sigla e disse também que o renascimento da centro-direita no poder era algo que a mídia "achava que não era adequado".

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou, também em discurso na convenção, que a presença de Lorenzoni na chefia da Casa Civil é a "certeza de que o DEM está representado no governo". "Onyx Lorenzoni tem sido o ponto de equilíbrio do governo com o Parlamento", disse. Alcolumbre atribuiu os avanços das propostas do governo no Congresso ao trabalho de articulação do ministro.

O DEM transformou sua convenção estadual realizada nesse domingo, 28, na Assembleia Legislativa de São Paulo, em palanque para anunciar o apoio da sigla à reeleição do prefeito Bruno Covas nas eleições do ano que vem e exaltar o governador João Doria como pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2022.

Ao chegar ao auditório Franco Montoro, Doria foi saudado pelo locutor Jorge Tadeu Mudalen, ex-deputado e ex-presidente do DEM, como "futuro presidente do Brasil" e o vice-governador Rodrigo Garcia, que foi eleito presidente do DEM-SP, como futuro governador.

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"João, você vai chegar lá porque é uma pessoa determinada. Rodrigo você tem uma responsabilidade enorme de suceder o João Doria", disse Mudalen. "Se o bom Deus quiser vamos ter Doria presidente. Estamos firmes como uma rocha com você, Bruno", disse em seu discurso o vereador Milton Leite, presidente do DEM paulistano, diante de uma plateia de cabos eleitorais que lotou o auditório.

Leite também foi eleito secretário geral do DEM paulista. "Vamos apoiar o Bruno Covas. Aqui na capital está definido o jogo", disse Leite antes do evento. Quando questionado sobre sua candidatura à reeleição, o prefeito desconversou e disse que ainda é cedo para tratar do assunto.

O ex-ministro Gilberto Kassab, secretário licenciado da Casa Civil paulista, participou do evento, mas foi embora cinco minutos antes da chegada de Doria e Covas. O senador José Serra, e o presidente da Assembleia, Caue Macris (PSDB) também estiveram na convenção.

"Vamos tentar caminhar juntos para mostrar uma força partidária sob a liderança do João Doria para o futuro", disse Rodrigo Garcia em seu discurso. Reservadamente, tucanos já trabalham com o cenário de Garcia no comando do Palácio dos Bandeirantes e defendem que o PSDB apoie sua reeleição em 2022 quando Doria se licenciar para disputar o Palácio do Planalto.

Fusão

Durante a convenção do DEM o debate sobre a fusão da sigla com o PSDB foi tratado abertamente. "Essa discussão (fusão PSDB/DEM) está na mesa. Vamos avaliar com outros partidos também. A discussão ainda embrionária" , disse Milton Leite ao jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito Bruno Covas, por sua vez, afirmou que o assunto será tratado após a convenção nacional do PSDB, em maio.

"Passada a convenção nacional do PSDB e a provável eleição do Bruno Araújo como presidente do partido, vamos começar a discutir o futuro do partido. Não há nenhum preconceito em relação à fusão. Vamos avaliar qual será o programa do PSDB ou que resultar a fusão com outro partido. Essa discussão vai ser colocada na mesa após a convenção nacional", disse Covas,

Maior liderança tucana hoje, o governador de São Paulo, João Doria, disse que o PSDB encomendou uma pesquisa para avaliar entre outras coisas a possibilidade de uma mudança no nome do partido. Além disso, aliados do governador planejam promover o que chamam de "faxina ética" na agremiação após a convenção nacional da sigla, que está marcada para junho.

Após o fiasco dos tucanos nas eleições de 2018, quando o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin recebeu a pior votação de um candidato presidencial do partido e a bancada da Câmara encolheu pela metade, a atual direção executiva deve ser quase toda substituída por aliados de Doria. O plano de reestruturar a sigla foi antecipado semana passada pela Coluna do Estadão.

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"Nós vamos estudar. Defendo que façamos uma pesquisa a partir de junho. Já está previsto, inclusive. E que esta ampla pesquisa nacional avalie também o próprio nome do PSDB", disse Doria, neste domingo, 14, depois de participar da convenção municipal do PSDB de São Paulo.

"Melhor do que o achismo e o personalismo é a pesquisa, ela representa a convicção daquilo que emana da opinião pública", justificou o governador. A ousadia divide opiniões no partido. "Em relação a nome, não vejo como uma prioridade. O nome não é imutável mas é uma questão acessória", disse o ex-governador Geraldo Alckmin, presidente nacional do PSDB.

Expurgo

Em conversas reservadas o governador tem defendido a tese de que o partido deve adotar uma rigorosa linha ética de corte. Estão na mira o ex-governador do Paraná, Beto Richa, que foi preso em uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) que investiga desvio de recursos que deveriam ser usados na construção de escolas, o ex-governador Eduardo Azeredo, preso por desvio de recursos de estatais mineiras, e o deputado federal Aécio Neves, réu por corrupção no Superior Tribunal Federal (STF).

Outro que deve perder espaço no partido é o ex-governador Alberto Goldman. Desafeto do governador, ele chegou a ser expulso pelo diretório do PSDB paulista, mas o caso não prosperou na direção nacional. Entre quadros antigos do partido o movimento vem sendo tratado como um "expurgo".

"Precisamos saber se ele vai mesmo tomar o partido de assalto, como pretende. Dele não posso esperar nenhum ato decente. Tudo é possível", disse Alberto Goldman. A motivação do pedido de expulsão foi a decisão do ex-governador de apoiar Paulo Skaf (MDB) na eleição pelo governo paulista. Procurado, o governador não quis se manifestar, mas seus aliados falam abertamente sobre o movimento.

"O novo PSDB que nós queremos ajudar a construir, não tem espaço para condenados pela Justiça e, portanto, deverão obrigatoriamente deixar o PSDB", disse a deputada estadual Carla Morando, líder do PSDB na Assembleia Legislativa paulista.

A deputada vai integrar a executiva estadual do PSDB e seu marido, Orlando Morando, prefeito de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, irá para a executiva nacional. O governador Doria escolheu o ex-deputado e ex-ministro da Cidades Bruno Araújo para suceder Alckmin na presidência nacional do partido.

"O PSDB vai trabalhar forte no sentido de atender as demandas que a sociedade impõem aos gestores públicos e filiados, no que tange aos critérios éticos. O partido vai seguir uma nova postura", afirmou o secretário de Desenvolvimento Regional de SP, Marco Vinholi, o escolhido por Doria para presidir o diretório estadual do PSDB paulista a partir de maio.

Pesquisa

Segundo interlocutores do governador, a pesquisa encomendada pelo PSDB vai embasar as expulsões. Ainda não está definido se outros tucanos, como Aloysio Nunes, que é investigado na Lava Jato, também serão enquadrados.

Atual presidente nacional do PSDB, Alckmin disse ao jornal O Estado de S. Paulo em fevereiro que o atual estatuto da legenda está "defasado" e admitiu que o partido nunca teve um código de ética. A ideia, segundo ele, é "fazer uma profunda mudança no estatuto e aprovar o 1.° código de ética do PSDB".

Covas

Aos gritos de "1,2,3 é Covas outra vez" o PSDB de São Paulo fez o primeiro gesto explícito em defesa da reeleição do prefeito Bruno Covas, neste domingo, na convenção que escolheu a nova direção municipal do partido.

O novo presidente é o desconhecido Fernando Alfredo, o Fernandão, chefe de gabinete da subprefeitura de Pinheiros, escolhido pelo próprio prefeito depois de um acordo de cúpula com o governador João Doria, que por sua vez indicou o secretário-geral, Wilson Pedroso, e tesoureiro, João Jorge, secretário municipal da Casa Civil.

"Vocês são militantes hoje e serão para a reeleger Bruno Covas no ano que vem", disse Doria durante o evento. O próprio prefeito foi mais cauteloso e disse que seu foco agora é governar a cidade.

O evento reuniu lideranças como Doria, o ex-governador e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, os senadores Mara Gabrilli e José Serra. No momento em que Doria fala em mudar o nome do partido, a maioria dos oradores foi na direção contrária enaltecendo o legado do partido, principalmente os governos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Enquanto setores do PSDB ligados a Doria pendem para o apoio a pautas conservadoras, Alckmin defendeu que o partido ocupe o espaço no centro, volte-se para a "defesa dos mais fracos e das minorias" e o "compromisso com emprego e renda". Doria negou que a fala de Alckmin fosse mais à "esquerda" do que a dele. "Foi um discurso democrático voltado para as obrigações de quem cumpre mandato ", disse o governador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Maior liderança tucana hoje, o governador de São Paulo, João Doria, disse que o PSDB encomendou uma pesquisa para avaliar entre outras coisas a possibilidade de uma mudança no nome do partido.

"Nós vamos estudar. Defendo que façamos uma pesquisa a partir de junho. Já está previsto, inclusive. E que esta ampla pesquisa nacional avalie também o próprio nome do PSDB", disse Doria, neste domingo, 14, depois de participar da convenção municipal do PSDB de São Paulo.

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"Melhor do que o achismo e o personalismo é a pesquisa, ela representa a convicção daquilo que emana da opinião pública", justificou o governador.

A possibilidade de troca do nome de um dos mais tradicionais partidos políticos do Brasil foi revelada pela Coluna do Estadão. Segundo Doria, a reavaliação dos rumos do PSDB não representa uma guinada à direita abandonando o legado social-democrata tucano, como temem algumas lideranças históricas da legenda.

"O caminho do PSDB deve valorizar a sua história mas entender também a dinâmica de um país que evolui no tempo e no espaço. Hoje o PSDB caminha para ser um partido de centro com respeito à esquerda e à direita com definições claras em suas políticas sociais mas também liberal na política econômica", disse Doria.

A convenção municipal dos tucanos paulistanos elegeu o sociólogo Fernando Alfredo, o Fernandão, chefe de gabinete da subprefeitura de Pinheiros e militante oriundo da base do partido, para presidir o diretório municipal do PSDB.

Aos gritos de "1, 2, 3 é Covas outra vez" o PSDB fez o primeiro gesto explícito em direção à reeleição do prefeito Bruno Covas, que participou da convenção.

A escolha não teve disputa. Ao longo da semana caciques tucanos fecharam um acordo para formação de uma chapa única na qual Covas indicou o presidente e Doria o secretário geral, Wilson Pedroso, além do tesoureiro-geral, o secretário municipal da Casa Civil, João Jorge.

A convenção do PSB estadual como já esperado teve uma forte citação da família Campos/Arraes. No evento, que aconteceu no Clube Internacional do Recife, nesse domingo (5), um vídeo chegou a ser exibido no qual o ex-governador Eduardo Campos fala sobre a “competência” do governador Paulo Câmara (PSB). 

Antes mesmo, por meio de sua página do Facebook, o pessebista chegou a citar uma frase simbólica do ex-governador Miguel Arraes. “Já dizia Doutor Arraes: o possível a gente faz, mas o impossível o povo nos ajuda a fazer”, escreveu Câmara. 

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Paulo Câmara, que chegou a dizer no ato que está preparado para governar Pernambuco por mais quatro anos, ressaltou que o caminho é para frente. “Olhando aqueles que mais precisam. Todos nós sabemos que tem muito o que fazer por Pernambuco, pelo nosso Nordeste e pelo Brasil. Mas nosso trabalho e a determinação sempre buscaram um Pernambuco melhor. Sempre trabalhamos com verdade, lealdade e transparência”, complementou. 

No final do mês passado, o advogado Antônio Campos, irmão de Eduardo, chegou a fazer uma referência ao uso do sobrenome poderoso no estado. Ele disse que o “desgoverno” em referência ao atual governo “insiste em usar nomes que já não representam” porque, segundo Campos, houve uma traição as fieis raízes. O pré-candidato a deputado ainda falou que um verdadeiro Campos e Arraes não peca pela omissão. “

 

 

 

 

O filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos, não poderia deixar de participar da convenção estadual do PSB, que aconteceu nesse domingo (5), no Clube Internacional do Recife. O ex-chefe de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB) é uma figura importante no palanque do socialista, que irá disputar a reeleição em outubro. 

Em seu pronunciamento, João falou sobre a esquerda e sobre o ex-presidente Lula. “Fico feliz de ver que a esquerda brasileira aqui está unida, que o palanque progressista do Brasil está aqui, que nós não vamos admitir nenhum retrocesso no Brasil, que a esquerda que representa o povo vai falar mais alto. Vai falar mais alto em defesa de quem sempre defendeu os brasileiros, o presidente Lula”. 

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Também presente no ato, a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, foi aplaudida e chamada de “guerreira”. Na convenção foi exibido um vídeo de Eduardo no qual ressalta as competências de Paulo Câmara. “Agora é hora da competência da seriedade do ser humano extraordinário que é Paulo Câmara, que vai fazer um belo trabalho por Pernambuco”, diz o ex-governador na gravação. 

 

Por sua vez, no evento, Câmara chegou a dizer que estava preparado para governar Pernambuco por mais quatro anos. "Chego aqui para dizer, com humildade, que quero o apoio de vocês porque a gente vai ganhar as eleições. Até 7 de outubro não tem descanso. Vamos fazer o que Eduardo sempre nos pediu, vamos pegar no serviço”, destacou. 

 

 

Um discurso sucinto marcou a participação do deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) na convenção da Frente Popular de Pernambuco, neste domingo (5), no Recife. Candidato a senador pela chapa, o parlamentar pautou a fala em elogios à postura do governador Paulo Câmara (PSB), que buscará, nas eleições em outubro, a recondução ao comando do Palácio do Campo das Princesas.

Segundo Jarbas, que governou Pernambuco por dois mandatos, Paulo já demonstrou que tem capacidade diante da condução do Estado. “É um privilégio para Pernambuco ter um líder com a capacidade de aglutinar como Paulo Câmara. Ele já demonstrou que tem uma visão ampla não só para o Estado, mas para o Brasil. É isso que Pernambuco precisa e para enfrentar uma crise dessa que atinge o país é preciso competência. Um governador que ande de cabeça erguida”, observou o parlamentar.

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Reforçando os adjetivos direcionados ao governador, Jarbas ainda afirmou que o pessebista era uma pessoa honesta. “Você tem aquilo que talvez seja o mais importante para um político: você é uma pessoa honesta. É por isso que  estamos aqui para unir forças em torno da eleição de Paulo”, argumentou.

Na primeira reunião do palanque oficial da Frente Popular, o candidato ao Senado não pediu votos para ele e nem focou em justificar o fato de estar no mesmo palanque do PT, partido do qual é adversário histórico, como fez o senador Humberto Costa (PT). 

Em convenção nacional, o Partido Pátria Livre (PPL) lançou neste domingo (5) João Goulart Filho como candidato à Presidência da República. Ele é filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, que teve mandato presidencial, de 1961 a 1964, interrompido pela ditadura militar. É a primeira vez que João Goulart Filho concorre ao cargo. 

Compõe a chapa como candidato a vice o professor da Universidade Católica de Brasília, Léo Alves. 

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Segundo Goulart Filho, sua principal proposta é a retomada do nacionalismo e do desenvolvimentismo. “Nós tivemos um processo interrompido em 1964 em que as propostas tanto do trabalhismo como do nacionalismo brasileiro vinham sendo desenvolvidas. Nós estamos resgatando esse processo e temos a obrigação de resgatar a proposta daquele momento”, disse.

Entre as propostas citadas pelo candidato está a redução drástica dos juros da dívida pública para dar condições ao Estado de investir no desenvolvimento social. “Assim, evidentemente, nós vamos ter recursos para saúde pública, educação e segurança que são áreas extremamente sensíveis”. 

Goulart destacou ainda o resgate da soberania, o controle das remessas de lucros das empresas estrangeiras e a revisão do conceito de segurança nacional. “Não podemos mais estar entregando nosso patrimônio, nosso subsolo, nossas faculdades, nossa educação, petróleo e geração elétrica para empresas multinacionais”. 

Ele propõe ainda abrir um diálogo com a sociedade para debater a reforma agrária, urbana, tributária e educacional.

Perfil

João Goulart Filho é poeta, filósofo, escritor e fundador do Instituto João Goulart, dedicado à pesquisa histórica e à reflexão sobre o processo político brasileiro. Foi deputado estadual no Rio Grande do Sul pelo PDT e é autor de Jango e Eu: Memórias de um exílio sem volta, indicado ao Prêmio Jabuti. 

O candidado a vice Léo Alves foi procurador federal e, atualmente, é professor da Universidade Católica de Brasília, professor-visitante de escolas de Governo, escolas de magistratura, de contas e academias de polícia em 21 estados. 

 

A Frente Popular de Pernambuco oficializou, neste domingo (5), a candidatura do governador Paulo Câmara (PSB) a reeleição. Durante uma convenção que acontece no Recife, a coligação que é composta por 12 partidos homologou a chapa majoritária que, além de Paulo, tem a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), como postulante a vice e nas duas vagas para o Senado, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) e o senador Humberto Costa (PT). 

Menor que em 2014, quando tinha 21 legendas na base eleitoral, a Frente este ano é composta por PSB, MDB, PSD, PR, PP, Solidariedade, PCdoB, PPL, PMN, PRP e Patriotas. Além do PT, que retoma a aliança com a legenda pessebista em Pernambuco, parceria rompida desde 2013, quando o então governador Eduardo Campos decidiu disputar à Presidência da República contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2014, Eduardo chegou a participar da corrida nacional, mas morreu após um acidente aéreo no dia 13 de agosto daquele ano.

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Durante o evento, o afilhado político de Eduardo associou sua imagem à do líder pessebista e a do ex-governador Miguel Arraes. Com o discurso de que não cumpriu todas as promessas da campanha anterior por conta da crise econômica e política enfrentada pelo país, ele disse que estava pronto para governar o Estado pelos próximos quatro anos e prometeu mais investimentos.  

"Fizemos um trabalho árduo e duro nos últimos três anos e meio. Na maior crise política e econômica que o país já enfrentou. E ela nos deu maior força para fazer Pernambuco andar para frente", declarou o pessebista.

Lembrando dos que o antecederam, Paulo Câmara foi firme ao salientar que pretende dar seguimentos aos "compromissos" de Arraes, Eduardo e Pelopidas da Silveira com o povo. E apresentou um balanço do que fez durante seu governo.

"Vivemos um presente que nos faz olhar para o futuro. Não podemos falar do futuro sem mostrar o que nós plantamos. É só olhar o que fizemos na educação. O que fizemos na saúde, temos a melhor rede de Upas do Nordeste. E vamos continuar a fazer muito. Uma saúde mais humanizada, mas nunca se fez tanta consulta, tanto exame", disse.

Ao tratar da segurança pública, um dos calos da sua administração, o governador frisou a queda do índice da violência nos últimos meses. "Vamos continuar fazendo segurança, apesar de não termos ajuda do governo federal. Soubemos investir, enfrentar com coragem. Pernambuco está no oitavo mês de redução. Vamos continuar investindo com polícia na rua. Isso vale também para tantas outras áreas", garantiu. 

Para finalizar o discurso direcionado para a militância, ele disse ainda que pedia com humildade o apoio e o voto do povo. "Chego aqui para dizer, com humildade, que quero o apoio de vocês porque a gente vai ganhar as eleições. Até 7 de outubro não tem descanso. Vamos fazer o que Eduardo sempre nos pediu, vamos pegar no serviço", concluiu.

Deputado estadual e candidato à reeleição, Waldemar Borges (PSB) esteve entre os postulantes da chapa proporcional da Frente Popular de Pernambuco que discursou durante a convenção da coligação que acontece neste domingo (5), no Clube Internacional do Recife, na área central da capital pernambucana. Ao assumir o microfone, o pessebista deu tom ao discurso crítico que será direcionado contra a principal chapa adversária do governador Paulo Câmara (PSB), que tem como líder o senador Armando Monteiro (PTB).

Waldemar fez questão de pontuar que os mandatos dos candidatos majoritários da chapa 'Pernambuco Vai Mudar', oficializados em convenção nesse sábado (4), foram conquistados graças ao ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido em 2014. 

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"Aquele palanque deve seu mandato a Eduardo Campos, eram políticos que estavam mortos e conquistaram um lugar graças a Eduardo", alfinetou Waldemar. "Agora eles querem fazer Pernambuco retroceder, mas não vamos permitir", completou. 

 

Fazendo crítica direta a Armando, mas de citar o nome do candidato, o deputado estadual disse que será a disputa do "usineiro que vê a vida da casa grande" contra o governador que conseguiu gerir o Estado e superar a crise. 
A convenção da Frente Popular, que iniciou por volta das 10h, deve seguir até as 17h e a expectativa é que sejam homologadas cerca de 400 candidaturas proporcionais. 

 

Candidato à reeleição, o senador Humberto Costa (PT) justificou neste domingo (5), durante a convenção da Frente Popular de Pernambuco, as razões pela unidade entre PT e PSB no Estado para as eleições deste ano. Ao discursar ao lado do governador Paulo Camara (PSB), que também busca a reeleição, e do seu companheiro de chapa, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), Humberto disse que a reaproximação entre as legendas está focada no bem do Brasil e de Pernambuco. 

"Essa é a terceira vez que participo de uma eleição na chapa da Frente Popular. Em 92 estive disputando uma vaga ao Senado com Arraes, depôs em 2010 ao lado de Eduardo e agora ao seu lado [Paulo Câmara] para que possamos avançar e avançar ainda mais", afirmou Humberto. "Muitos devem se perguntar, o PT estava tão afastado do PSB? Tenho respondido que a principal razão disso é a necessidade de estarmos unidos pelo Brasil e por Pernambuco", completou. 

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Fazendo um balanço da situação do país no governo do presidente Michel Temer (MDB), ele disse que "hoje vivemos a situação de que o povo brasileiro foi iludido dizendo que o impeachment seria a solução, mas o que vemos é o desemprego, avanço da desigualdade e o sofrimento das diversas regiões". 

Humberto, que enfrentou a resistência da militância do PT para firmar a aliança com o PSB, aproveitou o momento para pontuar também que a unidade era "para denunciar ao Brasil a perseguição política contra o maior líder Popular do Brasil que é Luiz Inácio Lula da Silva". Ao dizer isto, os presentes entoaram um coro de "Lula livre" endossado pelos políticos no palanque. 

O senador lembrou ainda o desenvolvimento de Pernambuco na época em que Lula era presidente e o Estado era gerido por Eduardo Campos, falecido em 2014. 
"O período que Pernambuco mais cresceu foi quando o PSB tinha o governo com Eduardo Campos e nós a presidência com Lula. Agora será com você Paulo, que poderia ter feito mais, mas não fez por conta da crise", observou. 

Apesar de até agora estarem em campos opostos, Humberto também amenizou e garantiu que nunca faltou a um "chamado de Paulo por Pernambuco". "Eu, apesar de em Brasília estar na postura de oposição, jamais faltei a um chamado seu. Juntos vamos construir um governo ainda melhor. Pela sua capacidade e competência haveremos de fazer muito mais", cravou. 

Sobre a retirada da candidatura da vereadora Marilia Arraes (PT), Humberto disse que a unidade exigiu gestos do PT e a retirada dela foi "o necessário". Quanto a presença de Jarbas Vasconcelos, crítico ferrenho do PT, o argumento foi o mesmo de unidade em prol de Pernambuco. "Estamos juntos por Pernambuco, Paulo e estaremos juntos pelo Brasil", declarou. 

Por aclamação e sem abstenções, o PSB decidiu neste domingo (5), em convenção nacional, não apoiar formalmente presidenciáveis na disputa eleitoral de outubro ou fazer coligações com outros partidos. A aposta é que, com esse formato, o partido consiga emplacar os dez nomes do PSB que disputam governos estaduais, além dos 11 candidatos ao Senado pela legenda. Com essa decisão, a legenda pretende formar alianças de centro-esquerda com orientação para uma agenda progressista nas disputas regionais.

O partido chegou a analisar a proposta apoiar Ciro Gomes, que teve nome aprovado pelo PDT no primeiro dia de convenções (20 de julho), mas a iniciativa foi derrotada.

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Na prática, haveria um acordo com o PT para apoiar candidatos do PSB em, pelo menos, quatro estados – Pernambuco, Amapá, Amazonas e Paraíba – além da possibilidade de inclusão de Tocantins. Em contrapartida, o PSB daria apoio aos petistas que disputam os governos do Acre, da Bahia, do Ceará e do Rio Grande do Norte. Neste formato, os socialistas teriam liberdade ainda para alianças com outras legendas como o PDT, buscando o fortalecimento da base nos estados.

A legenda chegou a cogitar candidatura própria para Presidência, mas que foi inviabilizada em maio, quando o então nome apoiado pelo PSB - o de Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF - anunciou que não disputaria as eleições.

Disputas internas

Enquanto a votação sobre o apoio ou não a um presidenciável foi tranquila, as discussões sobre as divergências nos estados esquentam o debate. Desde o momento do credenciamento, cartazes, faixas e gritos de protesto e de ordem de diferentes correntes do partido nos estados - como Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde a escolha de candidatos foi marcada por fortes divergências – sinalizavam qual seria a temperatura da convenção. O primeiro recurso a ser votado foi em relação à candidatura de Márcio Lacerda, em Minas Gerais, que, por decisão da presidência do partido acabou sendo anulada.

Coordenador do programa de governo do PT e apontado como um "plano B" do partido para a campanha presidencial, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad disse, durante convenção nacional do PT, neste sábdo, 4, que a eleição ficará polarizada entre PT e PSDB.

Em seu discurso, ele enfatizou que de um lado está o PSDB, que lançou o ex-governador Geraldo Alckmin na disputa, e de outro está no PT, que tem Lula na lideranças das pesquisas, apesar de estar preso e condenado em segunda instância. "Eu não tenho dúvida que o cenário está configurado", disse Haddad, ao falar dos dois partidos.

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Haddad atacou Alckmin afirmando que o PSDB "deu a coluna vertebral e organizou o governo Temer" porque o MDB não teria um projeto para o País. "Se eles querem acabar com o PT, só tem um jeito: se aliar ao nosso projeto de País e acabar com a extrema desigualdade que o nosso povo vive no dia a dia", disse Haddad. O ex-prefeito ressaltou que, enquanto houver desigualdade no País, "vai existir o PT".

Haddad encerrou sua fala dizendo "Lula derrotou todos os golpistas e o PT vai ganhar essas eleições de outubro de 2018."

A convenção nacional da Rede, realizada neste sábado, 4, em Brasília, deu o tom da campanha que Marina Silva levará para as ruas. Ela foi apresentada por seus apoiadores como a candidata "Ficha Limpa" capaz de renovar a política no Brasil.

Durante os discursos, seus correligionários lembraram que ela não é investigada e, por isso, pode combater a corrupção que assola o País. "A militância do PV e da Rede vão com a cabeça erguida para rua, porque aqui não tem ninguém na Lava Jato, não tem nenhum bandido. É um novo País que está emergindo, Brasil de cara limpa, que vê a diversidade", afirmou Pedro Ivo Batista, porta-voz da Rede.

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"Fizeram a Lava Jato, agora vamos pedir à população que faça o Lava Voto", endossou o deputado distrital Chico Leite, candidato da Rede no Distrito Federal ao Senado.

Neste ano, a narrativa da campanha de Marina continua apostando no desgaste da política tradicional, agora mais latente que há quatro anos. O discurso de terceira via é reeditado para uma polarização não mais apenas entre PT e PSDB, mais que também envolve a extrema direita e a extrema esquerda. Esse movimento bipolar é encabeçado por Jair Bolsonaro (PSL) e pelo candidato do PT.

Durante a convenção, militantes da Rede usaram camisetas justamente com os dizeres "esquerda" e "direita" riscados e a frase "para frente" em destaque. Em seu discurso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) seguiu o tom dos demais correligionários e disse que "a corrupção é a pior forma de apropriação das coisas pela elite". "É a terrível herança da casta aristocrática brasileira", disse.

Nas últimas pesquisas de intenção de voto, Marina oscila entre a segunda e a terceira posição, dependendo do cenário avaliado, com ou sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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