Tópicos | Copa do Mundo Rússia 2018

A seleção peruana não disputava uma Copa do Mundo há 36 anos. A expectativa de seus torcedores era grande, tanto é que a ampla maioria do estádio cantava em espanhol em apoio ao time sul-americano. Mas em campo a Dinamarca aproveitou um contra-ataque e venceu a partida por 1 a 0 neste sábado na Arena Mordovia, em Saransk, pela primeira rodada do Grupo C da Copa do Mundo.

O resultado levou a seleção dinamarquesa aos três pontos, empatada com a França, que mais cedo venceu a Austrália por 2 a 1. Na próxima rodada, quinta-feira, o Peru enfrentará a França em Ecaterimburgo, às 12h (de Brasília). A Dinamarca jogará contra a Austrália, às 9h, em Samara.

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Os peruanos foram mais agressivos por quase toda a partida. Mas na única vez que o meia dinamarquês Eriksen, destaque do Tottenham, recebeu com liberdade, foi fatal. No segundo tempo, ele deu assistência para Poulsen marcar o gol do jogo.

O técnico Ricardo Gareca optou por começar com Guerrero no banco de reservas. O atacante do Flamengo está no Mundial graças a um efeito suspensivo que conseguiu na Justiça Comum da Suíça - ele foi condenado por doping na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) a 14 meses de suspensão.

No duelo deste sábado, ele entrou aos 15 minutos do segundo tempo, logo após a Dinamarca ter aberto o marcador. E fez uma boa partida. Criou ao menos duas oportunidades e por pouco não fez um golaço de calcanhar.

Quem não foi bem na seleção peruana foi o meio-campista Cueva, do São Paulo. Ele isolou uma cobrança de pênalti ainda no primeiro tempo (assinalado somente após consulta do VAR) e na etapa final desperdiçou oportunidade pouco antes de os dinamarqueses marcarem.

DUELO DE INVICTOS - As duas seleções vinham de uma invencibilidade de 15 jogos. A última derrota da seleção peruana foi para o Brasil em novembro de 2016, quando foi superada em 2 a 0 pelas Eliminatórias. Os dinamarqueses ainda não haviam sofrido gols em 2018.

A seleção peruana começou pressionando. Com o apoio de seus torcedores que tomaram conta do estádio, o time sul-americano foi para cima e Carrillo criou a primeira boa chance ao invadir a área pelo lado direito e bater cruzado para defesa de Schmeichel. Os torcedores cantavam, a equipe marcava a saída de bola dinamarquesa e Farfán bateu na rede pelo lado de fora em outra oportunidade.

O volante dinamarquês Kvist levou uma pancada na costela e precisou deixar o campo de maca. Schöne entrou em seu lugar em um momento que os dinamarqueses já conseguiam equilibrar o jogo. E foi de Schöne a primeira boa chance ao aproveitar a sobra de um chute na barreira e bater para defesa de Gallese.

No último minuto do primeiro tempo, Cueva foi derrubado na área. O árbitro de Gâmbia, Bakary Gassama, mandou o jogo seguir. Os jogadores peruanos protestaram, o estádio passou a vaiar. O juiz então paralisou a partida, correu até a tela de televisão na beira do gramado e, após consultar a equipe de arbitragem de vídeo, deu a penalidade. O próprio Cueva foi para a cobrança e isolou por cima da meta.

O segundo tempo começou equilibrado com as duas equipes buscando o ataque. O Peru teve grande oportunidade com Cueva, que cortou o zagueiro e tocou em vez de chutar. No contra-ataque, Eriksen avançou com liberdade e deixou Poulsen na cara do gol. Ele só teve o trabalho de tirar o goleiro para abrir o marcador.

Gareca então finalmente colocou Guerrero em campo. Em sua primeira participação, cabeceou para defesa de Schmeichel. Na sequência Farfán tirou tinta da trave em um cabeceio. Pouco depois, Guerrero mandou de calcanhar com muito perigo.

A seleção peruana ia com tudo para cima dos dinamarqueses, que tentavam liquidar a partida no contra-ataque. Eriksen recebeu de frente para Gallese, mas não teve espaço para chutar. Nos minutos finais, os peruanos foram todos ao ataque, mas o gol estava difícil de sair. No último lance, Advincula demorou para mandar a cobrança de lateral para a área e o árbitro encerrou o jogo.

FICHA TÉCNICA:

PERU 0 X 1 DINAMARCA

PERU - Gallese; Advincula, Rodríguez, Ramos e Trauco; Tapia (Pedro Aquino), Yotun, Carrillo, Cueva e Flores (Guerrero); Farfán (Ruidíaz). Técnico: Ricardo Gareca.

DINAMARCA - Schmeichel; Dalsgaard, Kjaer, Christensen (M. Jorgensen) e Stryger; Kvist (Schone), Eriksen e Delaney; Poulsen, Jorgensen e Sisto (Braithwaite). Técnico: Arge Hareide

GOLS - Poulsen, aos 13 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Bakary Gassama (GAM)

CARTÕES AMARELOS - Tapia (Peru) e Delaney (Dinamarca)

PÚBLICO - Não divulgado.

LOCAL - Arena Mordovia, em Saransk.

O técnico da seleção brasileira, Tite, afirmou neste sábado (16) que está tranquilo e confiante para a estreia da equipe na Copa do Mundo da Rússia, neste domingo, às 15 horas (de Brasília), contra a Suíça, na cidade de Rostov. Na entrevista coletiva, realizada após o última atividade de preparação para o duelo, o treinador brasileiro garantiu que o time não vai decepcionar a torcida no primeiro jogo e conseguirá demonstrar um futebol do mesmo nível mostrado nas partidas anteriores.

"O trabalho realizado até agora nos dá expectativa, mas também uma paz de que fizemos uma preparação muito forte, uma construção forte, com convicção de que amanhã (domingo) teremos dificuldade, mas um desempenho parecido ao que tivemos nas Eliminatórias e amistosos", afirmou o comandante, que em 21 jogos no cargo só perdeu uma vez, em um amistoso para a Argentina, realizado na Austrália, em junho do ano passado.

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Tite explicou não sentir nervosismo por confiar no trabalho realizado desde junho de 2016, quando assumiu o posto do demitido Dunga. Até a hora do jogo, o treinador garante que não terá problemas com o sono e planeja ficar mais quieto e pensativo. "Fico no meu canto, procuro refletir situações importantes, exemplos dentro da competição, preparar palestra. Quero ficar focado no que é importante concentrar minhas energias", comentou.

A equipe vai a campo na estreia com os mesmos titulares do amistoso do último domingo, contra a Áustria, batida por 3 a 0 em Viena. A formação terá: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus. O time também treinou nos últimos dias em Sochi, local onde a seleção faz a preparação durante a Copa do Mundo da Rússia.

O treinador brasileiro também comentou sobre Neymar. Três meses depois de passar por cirurgia no pé direito, o atacante do Paris Saint-Germain está de volta à equipe, mas, segundo Tite, ainda abaixo do ideal. "Ele não está 100% ainda. Os índices de sprint em velocidade máxima dele é impressionante. Mas não está em sua plenitude ainda. Já está em um processo bem evoluído do que imaginávamos e suficientemente bom para fazer um grande jogo", comentou.

O primeiro resultado mais surpreendente da Copa do Mundo da Rússia ocorreu no jogo da Argentina. A bicampeã do mundo, liderada por Lionel Messi, não conseguiu superar a estreante Islândia e apenas empatou por 1 a 1 no Spartak Stadium, em Moscou. Sob o olhar de Diego Maradona, que estava nas tribunas, Messi perdeu um pênalti, que foi defendido pelo goleiro Halldorsson, o nome do jogo.

No final da partida, os jogadores da Islândia comemoraram o feito histórico e foram saudar a pequena torcida no estádio do Spartak com o canto tradicional, que virou mania durante a Eurocopa de 2016. Messi saiu cabisbaixo. Nas arquibancadas, os argentinos colocavam as mãos na cabeça, incrédulos com o resultado histórico. A Islândia parou a Argentina.

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O desenho tático definido antes de a partida começar - a Islândia fechada esperando os contra-ataques enquanto a Argentina martelava em busca do gol - foi amplamente confirmado. Mas os argentinos não imaginaram que fossem sofrer tão cedo. Foram duas grandes chances em seguida dos islandeses: a melhor delas com o Bjarnason, que finalizou mal, frente a frente com Caballero. Silêncio no estádio, que era dominado pelos argentinos.

A Argentina teve muitas dificuldades para criar. Di María, que deveria ser ajudante de Messi, teve atuação apagada. Assim coube ao astro carimbar todas as jogadas. Bem marcado, nem sempre conseguiu fazer o time andar. Tímidos e mais preocupados em atuar defensivamente, os laterais ficam devendo uma opção de ataque pelos lados do campo.

Até as duas chances seguidas do rival, os argentinos só haviam tido uma boa chance com uma falta cobrada por Lionel Messi. A bola passou rasteira, raspando a trave. Muito pouco para uma equipe que se apresentaria para mostrar que é uma potência futebolística, como afirmou o técnico Jorge Sampaoli na entrevista coletiva na véspera da partida. Os problemas argentinos eram recorrentes: lentidão na troca de passes, o que facilita a marcação adversária, e a notória dependência do camisa 10. A fragilidade da defesa já se tornou uma característica marcante nos últimos anos.

A Islândia reeditava as grandes atuações da Eurocopa quando chegou às quartas de final. Não é mais uma surpresa. Bem organizada, eficiente na troca de passes e veloz nos contra-ataques, o time europeu equilibrou o jogo. Nem se importou em abrir mão da posse de bola: deu 70 passes contra 330 da Argentina. O time sul-americano teve 74% de posse, mas foi pouco efetivo.

Aos 18 minutos, a Argentina conseguiu respirar no jogo com uma jogada individual de Kun Agüero. Ele dominou um chute torto de Marcos Rojo, virou e fez o primeiro gol argentino na Copa. O atacante do Manchester City encerrou um jejum de oito jogos em Copas do Mundo.

Aos 22, gol da Islândia. Os argentinos não tiveram tempo de aproveitar a vantagem. Após cruzamento rasteiro, Caballero espalmou e Finnbogason aproveitou. Foi o primeiro gol da Islândia na história das Copas.

Messi saiu cabisbaixo no final do primeiro tempo. O camisa 10 reclamou com razão de um erro cometido pelo árbitro polonês Szymon Marciniak. Após cruzamento de Tagliafico a bola desviou na mão do zagueiro. No início do segundo tempo, o árbitro errou a mesma marcação, agora do lado contrário, a favor da Islândia.

Com a troca de Biglia por Banega, o técnico Jorge Sampaoli mostra que quer ganhar o jogo. Ele terá mais criatividade e movimentação. Biglia é só marcador. A torcida empurra a Argentina. Parece que o jogo estava sendo realizado em Buenos Aires.

Perto dos 20 minutos, a Argentina sofrendo atrás do segundo gol, mas preocupada com o contra-ataque, Messi foi esperança e frustração para os argentinos. Ele deu passe perfeito para Meza, que sofreu pênalti. Na cobrança, Messi desperdiçou o chute salvador. O goleiro Halldorson fez a grande defesa de sua vida e garantiu o empate. Em sua primeira partida na Copa, a Islândia fez história ao segurar o gigante argentino.

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA 1 x 1 ISLÂNDIA

ARGENTINA - Caballero; Salvio, Otamendi, Marcos Rojo e Tagliafico; Mascherano, Biglia (Banega), Meza (Higuaín), Messi e Di María (Pavon); Sergio Aguero. Técnico: Jorge Sampaoli.

ISLÂNDIA - Halldorsson; Magnusson, Sigurdsson, Arnason e Saevarsson; Bjarnason, Gunnarsson (Skúlason), Sigurdsson, Gudmundsson (Gislason) e Hallfredsson; Finnbogason (Sigurdarson). Técnico: Heimir Hallgrimsson.

GOLS - Agüero, aos 18 minutos do primeiro tempo; Finnbogason, aos 22 do segundo.

ÁRBITRO - Szymon Marciniak (POL).

CARTÕES AMARELOS - Não houve.

PÚBLICO - 44.190 espectadores.

RENDA - Não disponível.

LOCAL - Spartak Stadium, em Moscou (RUS).

Apontado como um dos principais jogos da fase de grupos da Copa do Mundo, o clássico ibérico entre Portugal e Espanha, nesta sexta-feira, no estádio Fisht, em Sochi, foi, de longe, a melhor partida entre as quatro disputadas até aqui na Copa do Mundo da Rússia. Com grande atuação de Cristiano Ronaldo, que marcou três gols, e com Diego Costa decisivo, a partida válida pelo Grupo B terminou com um empate por 3 a 3.

O show do craque português foi um presente merecido para os quase 44 mil torcedores que pagaram para ver a partida. O tão esperado clima de Copa do Mundo, praticamente ausente das ruas de Sochi, foi fartamente encontrado nas arquibancadas do estádio. Mais retraído, o torcedor russo viu uma festa colorida com cânticos, gritos efusivos e apupos por parte de espanhóis e portugueses. O estádio pulsou. Em dois momentos, teve até a tradicional "ola".

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O ambiente de jogo pode ser percebido antes mesmo do apito inicial. Quando o locutor oficial da partida anunciou as escalações, houve um misto de vaias e aplausos a Sergio Ramos e muita deferência a Iniesta. Um único jogador foi ovacionado: Cristiano Ronaldo. Eleito o melhor do mundo pela quinta vez na última temporada, ele era desde sempre a grande atração da partida. Logo provou que todos tinham razão em querer vê-lo em ação.

O craque do Real Madrid foi o grande responsável por guiar os atuais campeões europeus diante da temida Espanha. Fez isso com pedaladas curtas e eficientes - como a que originaria o pênalti que sofreu, logo aos 4 minutos -, passes precisos e lançamentos quase perfeitos. Era praticamente o único capaz de fazer o torcedor russo levantar na arquibancada quando dava as suas arrancadas. E o maior artilheiro da história da seleção portuguesa não decepcionou nesse quesito, marcando três vezes - na segunda delas, contou com ajuda providencial do goleiro De Gea, que falhou em chute aparentemente fácil.

O problema é que Cristiano Ronaldo também é o único jogador fora de série em uma seleção com, no máximo, bons jogadores. E a Espanha, a despeito de todo o turbilhão que enfrentou nos bastidores nos últimos dias com a demissão de Julen Lopetegui do comando técnico, é um time mais coeso e qualificado.

Os campeões do mundo de 2010 dominaram a maior parte da partida. O "veterano" Iniesta demonstrou que segue jogando o fino da bola, David Silva levou medo à frente da área portuguesa e o novato Isco mostrou que, se lhe derem espaço, ele encontra o caminho do gol - um chute que sacudiu a baliza no primeiro tempo foi a melhor demonstração disso.

Na "Fúria", porém, ninguém exigiu mais da defesa de Portugal do que o brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa. Se fracassou na Copa do Mundo de 2014, quando passou em branco, desta vez ele não decepcionou. Ainda no primeiro tempo, ganhou de Pepe pelo alto, tirou três zagueiros para dançar em frente à área e marcou o seu primeiro gol em Mundiais. No segundo, concluiu para a rede de dentro da pequena área para empatar a partida.

Nacho, em um lindo chute de fora da área aos 12 minutos, colocou os espanhóis pela primeira vez na frente no placar. Mas a campeã mundial de 2010 não esperava que Cristiano Ronaldo aparecesse novamente. Quase no final, aos 42, o atacante português sofreu falta de Piqué na entrada da área, pelo lado direito, e se preparou muito para a cobrança. Com precisão, mandou a bola pelo lado de fora da barreira - Busquets quase a alcançou de cabeça - e a viu entrar no ângulo esquerdo alto de De Gea, que nem foi para a defesa e só ficou olhando.

Ao final da partida, jogadores espanhóis e portugueses se abraçaram dentro de campo. Nas arquibancadas, houve muitos aplausos e festa dos dois lados. O grande duelo e a bonita festa deixaram claro que a Copa do Mundo, finalmente, começou.

FICHA TÉCNICA

PORTUGAL 3 x 3 ESPANHA

PORTUGAL - Rui Patrício; Cédric Soares, Pepe, José Fonte e Raphael Guerreiro; William Carvalho, João Moutinho, Bruno Fernandes (João Mario) e Bernardo Silva (Ricardo Quaresma); Gonçalo Guedes (André Silva) e Cristiano Ronaldo. Técnico: Fernando Santos.

ESPANHA - De Gea; Nacho, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Koke, David Silva (Lucas Vázquez), Iniesta (Thiago Alcântara) e Isco; Diego Costa (Iago Aspas). Técnico: Fernando Hierro.

GOLS - Cristiano Ronaldo, aos 4 (pênalti) e aos 43, e Diego Costa, aos 24 minutos do primeiro tempo; Diego Costa, aos 9, Nacho, aos 12, e Cristiano Ronaldo, aos 42 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Bruno Fernandes (Portugal); Busquets (Espanha).

ÁRBITRO - Gianluca Rocchi (Fifa/Itália).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 43.866 pagantes.

LOCAL - Estádio Fisht, em Sochi (Rússia).

Num processo que envolveu até chefes de estado, a Fifa definiu a América do Norte como sede da Copa do Mundo de 2026. Esta é a primeira vez que o evento será disputado em um continente, e não apenas num país. O Mundial ainda volta para o mercado norte-americano, mais de três décadas depois da primeira Copa, em 1994.

A América do Norte ficou com 134 votos, contra apenas 65 para o Marrocos. Assim, será também a primeira vez que um Mundial será disputado em três países ao mesmo tempo. Antes, o evento só havia sido dividido em dois países, no Japão e na Coreia do Sul, em 2002, quando o Brasil faturou o pentacampeonato.

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A votação ocorreu nesta manhã desta quarta-feira, em Moscou, durante o Congresso Anual da Fifa. Os norte-americanos usaram uma cartada que agradou a muitos na Fifa: a promessa de uma receita recorde de US$ 15 bilhões (cerca de R$ 55 bilhões), quase três vezes o que se obteve no Brasil em 2014.

A votação ainda cumpriu um plano do presidente da Fifa, Gianni Infantino, que precisava levar o Mundial para os EUA, país que o apoiou para assumir o comando da entidade em 2016. Numa tacada só, ele retribuiu sua eleição, compensou os americanos pela derrota na disputa pela Copa de 2022 e ainda criou um compromisso do governo dos EUA de não atacar sua entidade.

Pelos planos da América do Norte, um total de 17 cidades se candidataram para receber os jogos, sendo que 80% da Copa ocorrerá nos EUA, enquanto México e Canadá ficarão cada um deles com 10% das partidas. A Copa deverá ser a primeira com 48 seleções, o que exigirá 80 partidas, dezenas de campos de treinamento e uma infraestrutura perfeita. Na avaliação técnica da Fifa, a candidatura norte-americana era bem superior à marroquina.

Depois da polêmica e suspeita de compra de votos para a Copa de 2022, a Fifa reformou seu processo de eleição. Até agora, quem votava eram apenas os 24 membros do Comitê Executivo da entidade - o órgão caiu em descrédito e foi substituído pelo Conselho da Fifa. Desta vez, as 209 federações votaram e o resultado foi publicado.

Marrocos, em sua última apresentação diante dos eleitores, tentou insistir no aspecto emocional, alertando que a decisão não pode ser apenas financeira. Um dos ministros marroquinos também acompanhou a delegação, dando garantias financeiras. Mas ele também apontou que as armas estão proibidas no país, num ataque aos americanos. Outra arma usada: a acusação diante dos eleitores de que um garoto americano não saberia quem seria Maradona.

Já nos bastidores, os marroquinos também tentaram insistir no fato de que a candidatura unida não seria tão unida, diante da tensão hoje existente entre o presidente americano, Donald Trump, e seus vizinhos.

Como resposta, a candidatura americana usou um jogador canadense, que chegou como refugiado, para romper com a imagem de racismo ou xenofobia do governo de Trump. As referências aos imigrantes, união e solidariedade se repetiam. Brianna Pinto, jogadora americana, fez referência à sua boa relação com atletas iranianas. Mas não convenceu.

Os americanos também insistiram que, pela infraestrutura que o continente dispõe, a Copa poderia ocorrer lá a qualquer momento. "Já está tudo pronto. Não precisamos construir nada", apontou um vídeo da candidatura. Além disso, a receita da Copa no Marrocos seria menos da metade daquela que os americanos garantiriam.

TRUMP - A realidade é que a última noite foi permeada por barganhas e tensão. Na véspera do voto, Holanda e Luxemburgo mudaram de lado e anunciaram seu apoio ao marroquinos. Nos bastidores, o ex-presidente da Uefa, Michel Platini, estava na campanha. O governo da França, depois de receber promessas de que ganharia contratos em obras no Marrocos para os novos estádios, passou a ser o principal cabo eleitoral.

Mas as capitais e governos também entraram na disputa. Os cartolas americanos solicitaram que Donald Trump usasse o encontro histórico com a Coreia do Norte para pedir apoio do país asiático à sua candidatura.

Horas antes da votação, o presidente Vladimir Putin informou ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, de que apoiaria os americanos, levando consigo seus aliados.

Trump também acionou o Conselho Nacional de Segurança para fazer pressão entre os aliados, enquanto seu genro, Jared Kushner, convenceu os sauditas a não apoiar o país muçulmano e se aliar aos americanos. Funcionou.

Na Rússia para comandar a Espanha na Copa do Mundo, Julen Lopetegui foi anunciado oficialmente nesta terça-feira como novo técnico do Real Madrid. O treinador assinou contrato para dirigir o clube por três temporadas e assumirá o lugar de Zinedine Zidane, que pediu demissão de cargo de forma surpreendente, no final do mês passado, dias depois de conquistar um histórico tricampeonato europeu como comandante merengue.

Ao assumir o Real, Lopetegui também traçará uma inesperada mudança de rota em sua carreira, pois no mês passado havia acertado a renovação do seu contrato com a seleção espanhola até 2020, quando ocorrerá a próxima edição da Eurocopa.

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Por meio de breve comunicado oficial em seu site, o Real Madrid apenas informou que o técnico fechou acordo por três temporadas e se apresentará ao clube depois da participação da Espanha no Mundial, cuja final está marcada para acontecer no dia 15 de julho. O clube não divulgou nenhum detalhe financeiro do contrato.

A renovação do compromisso com Lopetegui havia sido anunciada pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) em 22 de maio, um dia depois de o comandante confirmar a lista de 23 jogadores convocados para defender a seleção do país no Mundial.

Ele assumiu o comando da equipe nacional após a eliminação do país nas oitavas de final da Eurocopa de 2016, sofrida diante da Itália, e chegou ao cargo com a experiência de quem faturou títulos europeus com as seleções espanholas de base no início desta década. E o treinador de 51 anos levou a Espanha ao Mundial de 2018 com uma campanha invicta nas Eliminatórias Europeias e manteve este sucesso após o qualificatório.

Lopetegui já atuou como goleiro da equipe de base do Real Madrid, que ele defendeu apenas uma vez como profissional em uma partida, após ter sido contratado pelo clube em 1985. Ele também esteve à frente do time B do Real na temporada 2008/2009.

Agora ciente de que perderá o seu treinador após o Mundial, a Espanha vai abrir a sua campanha na Copa na próxima sexta-feira, contra Portugal, em Sochi, em jogo válido pelo Grupo B, no qual ainda terá pela frente Marrocos e Irã.

O meia Fred foi a baixa da seleção brasileira nesta terça-feira, no primeiro treino realizado pela equipe em Sochi, na Rússia, cidade escolhida pela CBF para ser o local de preparação para a Copa do Mundo. O jogador recém-contratado pelo Manchester United, da Inglaterra, se recupera de um problema no tornozelo direito. Ele permaneceu em tratamento no hotel e não pôde se juntar aos demais companheiros.

A lesão sofrida na semana passada, ainda em Londres, preocupa a comissão técnica. Fred sentiu o problema depois de uma dividida com Casemiro em um dos treinos no CT do Tottenham. Desde então, o meia ficou afastado dos trabalhos e perdeu inclusive o amistoso do último domingo contra a Áustria, em Viena. A presença dele para a estreia da equipe na Copa, no domingo, contra a Suíça, ainda é incerta.

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Fred chegou a atuar por alguns minutos no amistoso do Brasil com a Croácia, em Liverpool, antes de virar baixa pelo problema de lesão. A comissão técnica não tem uma previsão de quando o jogador estará liberado para voltar a treinar, mas o departamento médico tem trabalhado de forma intensiva para conseguir recuperá-lo a tempo da primeira partida da equipe na Copa do Mundo.

A preparação da seleção para a Copa tem sido marcada por problemas com lesões. O lateral Fagner, o meia Renato Augusto e o atacante Douglas Costa foram outros jogadores a terem passado por alguma atenção especial dos médicos durante o período de treinos, iniciado em 21 de maio. Esses nomes, no entanto, estão recuperados e já trabalharam normalmente com o grupo na atividade desta terça, em Sochi.

O Brasil ficará na cidade litorânea até sexta-feira. Ao fim do dia, a equipe embarcará em voo fretado de cerca de uma hora de duração para Rostov, onde faz a estreia no domingo na Copa contra a Suíça. Na cidade, a equipe vai realizar apenas o treino de véspera, no estádio onde a partida será disputada.

O primeiro treino da seleção brasileira em Sochi, na fase final de preparação para a Copa do Mundo da Rússia, não exigiu esforço dos titulares de Tite. Nesta terça-feira (12), no Estádio Slava Metreveli, os jogadores que começaram jogando o amistoso contra a Áustria no último domingo (10) em Viena participaram apenas de um leve trabalho físico, frustrando os torcedores presentes ao trabalho aberto ao público.

Dos 23 jogadores convocados por Tite, apenas Fred não foi a campo, pois ainda está em recuperação de lesão. Mas praticamente foi como se os principais jogadores nem tivessem treinado, pois apenas se aqueceram e realizaram um trabalho físico nesta terça em Sochi. Assim, o primeiro trabalho deles em solo russo, de fato, ficou para a quarta-feira.

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Já os reservas de Tite tiveram que se esforçar um pouco mais. Enquanto o treinador mais observava a atividade, os seus auxiliares comandaram um trabalho de ataque contra defesa e que também envolveu os três goleiros à disposição do técnico, incluindo o titular Alisson. O preparador físico Fábio Mahseredjian, por sua vez, conversava constantemente com o meia Renato Augusto, que perdeu diversos treinos da seleção na preparação para a Copa por causa de uma inflamação no joelho.

Além disso, a atividade foi acompanhada por Coronel Nunes, presidente em exercício da CBF, e Rogério Caboclo, presidente eleito. Dos bancos de reservas do Estádio Slava Metreveli, eles observaram os jogadores darem "ovadas" no lateral-direito Fagner, que completou 29 anos na última segunda-feira, e no meia Philippe Coutinho, que fez 26 nesta terça.

O treino desta terça-feira foi aberto ao público em virtude de uma exigência da Fifa, que exige a realização de um trabalho desse tipo durante a fase preparatória para a Copa do Mundo, sendo que o dia é feriado no país - Dia da Rússia. A equipe dirigida por Tite voltará a trabalhar na quarta, em mais uma etapa da preparação para a estreia na Copa, domingo, diante da Suíça, em Rostov-on-don.

A Costa Rica visitou a Bélgica para um amistoso nesta segunda-feira, em Bruxelas, e se deu mal. Adversária do Brasil na primeira fase da Copa do Mundo, a seleção centro-americana foi goleada por 4 a 1, de virada, no fechamento da preparação para o torneio na Rússia. Lukaku marcou dois gols, deu uma assistência e foi o destaque do confronto.

Agora, as duas seleções só voltam a campo na Copa do Mundo. Vinda de seis derrotas nas últimas oito partidas, a Costa Rica estreia diante da Sérvia no domingo, em Samara. No Grupo E, ainda vai encarar o Brasil e a Suíça.

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Já a Bélgica vive fase bem superior e não perde há 19 partidas, desde 2016. Na Copa, encara o Panamá na estreia, segunda-feira que vem, em Sochi. No Grupo G, vai ter pela frente ainda a Tunísia e a Inglaterra.

Mas quem largou na frente nesta segunda foi a Costa Rica. Aos 23 minutos de partida, Bryan Ruiz aproveitou bola mal afastada pela defesa belga e emendou de primeira, marcando belo gol. Aos 31 minutos, Hazard bateu cruzado do bico da área, Mertens apareceu sozinho e deixou tudo igual.

O empate inflamou a seleção belga, que não demoraria para virar. Aos 41 minutos, Mertens avançou pela direita e cruzou para Lukaku, que concluiu para a rede, selando o placar do primeiro tempo.

Mas logo na volta do intervalo, a Bélgica garantiu o triunfo. Aos cinco minutos, após rápida troca de passes pela direita, De Bruyne encontrou Chadli, que cruzou na cabeça de Lukaku para ampliar.

O resultado foi definido aos 18. Hazard arrancou pelo meio, colocou entre as pernas de um marcador, cortou outro e tocou para Lukaku, que passou no meio para Batshuayi fazer praticamente sem goleiro. Irmão de Eden Hazard, Thorgan ainda teve a chance de marcar o quinto, mas acertou o travessão aos 33.

Apesar de se definir como "muito feliz e orgulhoso" com a atuação da seleção brasileira na vitória sobre a Áustria por 3 a 0, neste domingo, o técnico Tie insistiu em não confirmar se a equipe que estreia na Copa do Mundo, dia 17, em Rostov On Don, contra a Suíça, será a que teve uma atuação convincente em Viena. "Eu respondo na quinta ou sexta-feira o time da Copa. Agora eu estou na adrenalina e não tenho como praxe adiantar o time."

Ele disse que a equipe ainda não está pronta e que o desafio é constante. A cada vitória e a cada boa atuação, cresce a expectativa sobre o rendimento do time. "Nós nos desafiamos para ser sempre melhores e isso faz elevar o nível da equipe, individual e coletivo."

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No entanto, o treinador será até incoerente se não colocar em campo contra os suíços o time do último amistoso antes da Copa. Isso porque a equipe funcionou como ele desejava. O quarteto formado por Willian, Philippe Coutinho, Neymar e Gabriel Jesus jogou muito bem, como de resto todo o time, e Tite reconheceu esse bom desempenho.

Ele destacou a intensidade da equipe, que tem como vantagem adicional desgastar o adversário. Foi o que se viu contra a Áustria e o que o treinador espera que aconteça durante a Copa. "O adversário vai cansar diante da mobilidade que essa equipe tem, 60% dos gols dessa equipe saem no segundo tempo. É um time muito móvel e tem de saber tirar proveito disso", afirmou Tite.

Outro fator que leva a crer que Tite não vai mexer na escalação que considera ideal é que ele voltou a dizer que não pretende mexer radicalmente na equipe em função da maneira de jogar dos adversário. Tem alternativas, como escalar um meio de campo mais marcador contra rivais que tenham mais força, mas sem alterar o espírito da equipe, que é ofensivo.

"Vamos começar a pensar agora na Suíça", disse o treinador, que na realidade estuda pormenorizadamente o rival da estreia desde o dia do sorteio dos grupos, em dezembro do ano passado. "Temos uma forma de jogar. Não mudamos nosso jeito de jogar se enfrentarmos a Alemanha. Tentamos repetir o padrão", disse, confiante de que tem um time capaz de se livrar de situações difíceis. "Quando tiver pressão, o jogador vai encontrar soluções."

O treinador considerou que a maneira como a equipe se comportou emocionalmente diante da Áustria, que por várias vezes apelou para jogadas ríspidas, até mesmo violentas - o alvo principal foi Neymar -, foi uma prova do amadurecimento da seleção. Ele destacou que os jogadores não perderam o equilíbrio.

"A concentração competitiva desses atletas é elogiável. Eles se concentraram em jogar. Essa equipe está amadurecendo. Teve um bom desempenho em um jogo de contato", disse o treinador brasileiro.

Ao falar novamente do jeito desafiador que propõe para os jogadores, ele aproveitou para justificar a intensidade dos treinamentos que levou à contusão do volante Fred, atingido por Casemiro em um treino. "A forma como trabalhamos por vezes provoca muito contato. Talvez se tivesse treinos mais leves o Fred não teria machucado, assim como o Renato (Augusto). Mas esse é o preço da excelência."

A seleção brasileira está pronta para o desafio de tentar o hexacampeonato mundial na Copa da Rússia. Mostrou isso neste domingo, ao vencer com facilidade a Áustria por 3 a 0 em amistoso no estádio Ernst Happel, em Viena. Diante de um adversário que tentou se fechar, propôs marcação forte, e às vezes até apelou para jogadas ríspidas desnecessárias, se impôs com facilidade e construiu a vitória sem problemas.

Após a partida em Viena, a delegação passa no hotel em que está concentrada na capital austríaca para jantar e logo depois embarca para Sochi, onde tem previsão de chegada na madrugada desta segunda-feira (noite de domingo ainda no Brasil). No próximo domingo, dia 17, estreia na Copa enfrentando a Suíça, em Rostov On Don.

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Neymar fez grande partida neste domingo, nos 83 minutos em que ficou em campo. Driblou, arrancou, chutou a gol, marcou um golaço, sofreu sete faltas, se irritou... Atuou normalmente, sem parecer que ainda está retornando de uma inatividade de pouco mais de três meses.

Ao contrário do que aconteceu no amistoso com a Croácia, em que o time foi mal no primeiro tempo e não conseguiu sair da forte marcação, contra a Áustria o Brasil se impôs. Com velocidade, movimentação e deslocamentos constantes na frente, e marcação alta, foi senhor absoluto das ações e poderia ter obtido até uma vantagem maior.

O JOGO - A seleção brasileira fez um bom primeiro tempo. Encontrou a Áustria marcando com linha de cinco jogadores, que a comissão técnica já previa, e às vezes a segunda linha, com quatro jogadores, ficava bem próxima da primeira. Isso reduzia os espaços e poderia embolar o jogo brasileiro. Mas, com movimentação e velocidade, o time por várias vezes conseguiu iludir o bloqueio defensivo dos austríacos.

Neymar fez excelente primeiro tempo. Procurou a bola, tentou e conseguiu algumas arrancadas, propôs tabelas. Foi marcado com bastante dureza e recebeu várias faltas (seis no total), uma ou outra até com força desproporcional para um amistoso às vésperas da Copa. E era vaiado pela torcida cada vez de ia ao chão. Acabou se irritando, reclamou com o juiz húngaro Victor Kassai e também com alguns adversários, ao fim do primeiro tempo.

Mas o craque do time mostrou desenvoltura que nem parecia que está apenas na sua segunda partida depois longo período de inatividade. Foi um dos pontos altos do time, ao lado de Coutinho, Marcelo, Casemiro e Gabriel Jesus.

Na etapa, o Brasil só tomou sustos quando bobeou e permitiu aos austríacos ameaçarem Alisson. Não que os europeus não tentassem atacar em algumas ocasiões, mas a marcação alta do Brasil levou vantagem na maioria das vezes.

Aos 7 minutos, Casemiro quase fez seu primeiro gol com uma chute de fora da área que passou perto do gol de Lindner. Aos 17, Neymar tentou de fora da área, mas pegou fraco na bola e o goleiro defendeu facilmente.

Então, a defesa brasileira teve alguns minutos de pouca inspiração. Perdeu bolas bobas, errou posicionamento e a Suíça chegou três vezes. Em uma delas, aos 21, Lainer tocou para Arnautovic, que chutou acossado e a bola foi por cima do gol de Alisson.

Mas o Brasil logo retomaria o controle das ações. Aos 24, Coutinho, em mais um chute da entrada da área, obrigou Lindner a praticar grande defesa, colocando a bola para escanteio.

Aos 33, Thiago Silva quase marcou de cabeça após um escanteio. Paulinho teve chance a seguir e, aos 35, não teve jeito. Após cobrança de escanteio, Marcelo pegou o rebote, a bola bateu em um zagueiro e sobrou na esquerda da Gabriel Jesus dominar, invadir e, diante do goleiro, tocar com categoria, tirando a bola de Lindner. Foi o 10º gol de Gabriel Jesus em 17 jogos com a camisa da seleção. O domínio do Brasil se transformava justamente em vantagem do placar.

Na etapa final, o técnico austríaco colocou seu time mais à frente, adiantou a marcação e com isso o jogo ficou o Brasil teve um pouco mais de dificuldade nos primeiros minutos. E a Áustria continuou batendo, o que levou os brasileiros a se revoltarem. Houve até uma discussão, com vários jogadores indo para cima de Schopf após falta em Coutinho. Menos mal que logo depois o austríaco foi substituído, mesmo porque havia o risco de ser expulso.

Tite, então, começou a fazer novas experiências, colocando Fernandinho no lugar de Casemiro. Também colocou Marquinhos em campo, tirando Thiago Silva - contra a Croácia sacou Miranda.

O Brasil voltava a ter um controle mais visível da partida, quando apareceu de novo o talento de Neymar. Ele marcou o segundo golaço nesta sua volta, ao receber na área, dar um drible desconcertante que deixou Dragovic caído e mandar para as redes com um toque sutil, aos 17 minutos.

Até teve austríaco que tentou vaiar Neymar, após ele marcar seu 55º gol com a camisa da seleção - está a um gol de Romário, de acordo com a CBF. Mas a maior parte do estádio optou por outra alternativa: aplaudir.

Depois disso foi só festa. Paulinho ainda teve uma grande chance antes de Philippe Coutinho fazer o terceiro, numa penetração pela esquerda, aos 23 minutos.

A seleção ainda poderia ter ampliado, chegou duas vezes tocando passes à frente do goleiro austríaco, mandou bola na trave. Quando a Áustria criou alguma coisa, Alisson saiu-se bem.

E Neymar, após jogar 83 minutos e dar um abraço em Tite depois de ser substituído Douglas Costa, mostrou que está pronto para liderar o Brasil em campo na luta pelo hexa. A Áustria, que havia superado a Alemanha em amistoso na semana passada, vinha de sete vitórias seguidas e estava invicta há oito partidas.

FICHA TÉCNICA

ÁUSTRIA 0 X 3 BRASIL

ÁUSTRIA - Lindner; Dragovic, Prodl, Hinteregger; Lainer, Baumgartlinger, Grillitsch (Zulj) e Alaba; Schopf (Hierlander), Schlager (Burgstaller) e Arnautovic. Técnico: Franco Foda.

BRASIL - Alisson; Danilo, Thiago Silva (Marquinhos), Miranda e Marcelo (Filipe Luis); Casemiro (Fernandinho); Paulinho, Philippe Coutinho (Taison), Willian e Neymar (Douglas Costa); Gabriel Jesus (Firmino). Técnico: Tite.

GOLS - Gabriel Jesus, aos 35 minutos do primeiro tempo; Neymar, aos 17, e Philippe Coutinho, aos 23 do segundo.

ÁRBITRO - Viktor Kasai (HUN).

CARTÕES AMARELOS - Schopf e Prodl.

PÚBLICO - 48.500 pessoas.

RENDA - não disponível.

LOCAL - Estádio Ernst Happel, em Viena (AUT).

O técnico Tite confirmou neste sábado a seleção brasileira que faz no domingo contra a Áustria o último amistoso antes da Copa do Mundo, com a volta de Neymar e as presenças de Willian, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus, mas não quis confirmar se a formação com a presença destes jogadores será a do time da estreia no Mundial, dia 17, contra a Suíça, em Rostov, na Rússia. O treinador tem essa equipe como ideal no momento, mas não quer baixar o nível de competitividade entre os atletas.

"O time de amanhã está confirmado. Só entra o Neymar no lugar do Fernandinho em relação ao último jogo. Não sei falar hoje se esse será o time da estreia da Copa. A performance vai ditando isso", disse o treinador em entrevista coletiva após o treinamento no estádio Ernst Happel, em Viena.

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Fred, ainda sob os efeitos da pancada no tornozelo direito que levou na quinta-feira, não joga. Renato Augusto pode ficar no banco e até entrar no segundo tempo.

Tite admitiu que a proximidade da Copa o deixa ansioso. Por isso, diz estar preferindo viver um dia de cada vez. "Tento fazer meu melhor a cada dia, se não a coisa fica muito pesada."

Ele disse que as mudanças emocionais ocorridas desde que estreou na seleção o obrigam a estar constantemente motivando os jogadores. "'É um alto desafio. Quando consigo como técnico passar a importância de performance, de competição forte e leal, como nos treinamentos... Só assim se prepara para um jogo, por isso fecho os treinos às vezes. Não consigo falar para competir agora, para baixar o ritmo depois. É natural. Os atletas compram a ideia da performance, do desempenho, de competir."

Essa filosofia vale para todo mundo, até mesmo para a estrela da companhia, Neymar, de quem Tite exigiu ritmo forte nos treinos, apesar dos cuidados pelo fato de ele estar voltando de lesão. "Não tirem o pé, não deixem de competir. É o que eu falo para eles. A melhor maneira de retomar o ritmo é treinar forte. Isso acelerou o Neymar, o Renato", afirmou o treinador, revelando também que Neymar "seguramente" não vai participar de todo o jogo com a Áustria.

Tite não escondeu que, apesar de se propor a viver um dia por vez, não deixa de sonhar com a Copa do Mundo. "Estou feliz por fazer aquilo que gosto e onde todo profissional poderia estar", reconheceu.

Apesar de não ter experiência em Copa do Mundo, o treinador recorre à vivência no Mundial de Clubes ganho com o Corinthians em 2012 para ajudar a dar confiança ao grupo. Fez isso ao longo destes quase dois anos de trabalho.

"Importantes mudanças aconteceram, principalmente na confiança. Eu tive uma experiência de Mundial e os alertei sobre o desafio. O Casemiro falou para mim, vocês foram para o Mundial, como foi a preparação para o enfrentamento. Ai lembrei: perdemos para o São Paulo por 3 a 1 no Brasileirão antes da nossa (Corinthians) estreia no Mundial. A confiança foi lá embaixo. Para recuperar a confiança foi difícil", recordou. Por isso, afirma Tite, ele fala tanto em desafio, para que os jogadores estejam preparados para superar todo e qualquer obstáculo.

O zagueiro Miranda vai ser o capitão da seleção brasileira no amistoso deste domingo, contra a Áustria, em Viena. Será a terceira vez que o jogador da Inter de Milão vestirá a braçadeira sob o comando do técnico Tite, que adotou o rodízio do posto. Durante a Copa do Mundo, o jogador também deverá exercer a função em pelo menos uma partida.

Miranda já foi capitão em jogos das Eliminatórias contra Equador (na estreia de Tite, em 2016) e Uruguai. Ele é o segundo jogador a vestir mais vezes a braçadeira. Só fica atrás de Daniel Alves, que não estará na Copa por causa da lesão no joelho que o obrigou a passar por cirurgia, e tem quatro partidas como capitão de Tite. Já foram 16 capitães diferentes em 20 ocasiões.

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A seleção fez na tarde deste sábado o último treinamento para o jogo com os austríacos, no estádio Ernst Happel, sem a presença de Fred. O volante ainda sente dores no tornozelo direito, atingido por Casemiro no treino da quinta-feira no CT do Tottenham, em Londres, manca um pouco e ficou no hotel fazendo tratamento.

Os médicos da seleção brasileira iriam avaliar ainda neste sábado a necessidade de submeter o jogador a um exame de imagem para ter uma noção mais exata da gravidade da contusão. No entanto, as informações são de que o quadro evoluiu satisfatoriamente. Ele não atuará contra os austríacos.

Em compensação, Renato Augusto tem treinado normalmente e mostra excelente evolução, após as dores no joelho esquerdo provocadas por inflamação. Douglas Costa também não sente mais os reflexos da contusão na coxa esquerda e, assim como o ex-meia do Corinthians, tem boas chances de ser aproveitado durante o jogo deste sábado.

A seleção vai enfrentar a Áustria com Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Paulinho, Willian, Philippe Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus. A partida terá início às 11 horas (de Brasília).

A seleção alemã levou um susto, mas venceu seu último amistoso antes da Copa do Mundo da Rússia. Atual campeã do torneio, a equipe recebeu a Arábia Saudita nesta sexta-feira, em Leverkusen, e venceu por 2 a 1, com gols de Timo Werner e Omar Hawsawi, contra. Al Jassim descontou e os visitantes tiveram grande chance nos acréscimos, mas desperdiçaram.

O resultado encerrou um jejum que incomodava a Alemanha às vésperas da Copa do Mundo. Afinal, o país já acumulava cinco partidas consecutivas sem vencer. Após o triunfo contra o Azerbaijão, ainda pelas Eliminatórias Europeias, em outubro do ano passado, foram três empates (contra Inglaterra, França e Espanha) e duas derrotas (para Brasil e Áustria).

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Até para acabar com esta sequência, a Alemanha se lançou ao ataque nos primeiros minutos desta sexta-feira e não demorou para abrir o placar. Logo aos sete, Kimmich deu lançamento do meio de campo, Marco Reus apareceu sozinho na área e só ajeitou para Timo Werner finalizar para a rede.

Aos 36, Müller aproveitou sobra e encheu o pé, mas Werner atuou de zagueiro e bloqueou. A sobra ficou com Reus, que cruzou para Khedira finalizar. O goleiro espalmou e a bola ainda tocou na trave. A resposta árabe foi imediata e Al Muwallad quase empatou no minuto seguinte.

Mas a Alemanha era amplamente superior e chegaria ao segundo gol ainda no primeiro tempo. Aos 42, Werner recebeu na área pela esquerda e cruzou. Müller tentou a finalização de letra, mas foi Hawsawi que tocou para a rede.

No segundo tempo, os alemães tiraram o pé e diminuíram o ritmo, mas seguiram criando as principais oportunidades. Apareceu, então, a estrela do goleiro Al Maiouf. Ele fez grandes defesas em duas finalizações de Müller e uma de Gündogan. Depois, ainda impediu que Draxler marcasse o terceiro.

Nos minutos finais, a Arábia foi para cima e conseguiu cavar um pênalti com Al Jassim, após jogada com Khedira. Aos 38, Al Sahlawi bateu, Ter Stegen defendeu, mas justamente Al Jassim apareceu no rebote para finalizar para a rede. Nos acréscimos, os visitantes ainda tiveram chance clara para empatar, mas Al Jassim, de frente para Ter Stegen, preferiu tocar para Al Sahlawi, que não conseguiu a finalização.

Os alemães agora se preparam para a estreia na Copa do Mundo, diante do México, dia 17, em Moscou. As seleções estão no Grupo F, ao lado de Coreia do Sul e Suécia. Já a Arábia integra a chave A, ao lado de Uruguai, Egito e Rússia, contra quem abre o Mundial na quinta que vem, também em Moscou.

O meio-campista Fred não participou do último treino da seleção brasileira no CT do Tottenham, nas cercanias de Londres, na manhã desta sexta-feira. A delegação embarca no final da tarde para Viena, local do amistoso com a Áustria, no próximo domingo. A CBF se limitou a informar que o jogador recém-contratado pelo Manchester United prosseguiu o trabalho de fisioterapia. Não deu detalhes sobre a contusão no tornozelo direito. Há um clima de preocupação.

Fred se machucou no treino da tarde de quinta-feira, ao ser atingido por Casemiro em uma disputa de bola. O volante titular da seleção brasileira foi forte na bola, apesar de ser um treinamento. Mas é isso que Tite pede aos jogadores: que levem a sério toda e qualquer atividade, sem medo do que possa acontecer.

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Ao receber a pancada, o volante, mesmo mancando bastante, ainda tentou prosseguir no treinamento. "Não sei a intensidade da dor, mas não vamos perder a concentração, continuem", gritou Tite. Mas após alguns minutos, sem suportar, Fred deu-se por vencido e caiu no gramado. Atendido pelos médicos, imediatamente iniciou o trabalho com gelo, ainda no banco de reservas.

Na quinta-feira, o médico-chefe da seleção brasileira, Rodrigo Lasmar, foi bastante precavido ao falar sobre Fred. "É precoce fazer qualquer diagnóstico antes das primeiras 24 horas", disse em entrevista coletiva. Afirmou também que somente nesta sexta-feira seria possível avaliar o quadro. No entanto, até o momento, não houve informação mais detalhada sobre o tratamento e se há algum risco de o jogador não disputar a Copa do Mundo.

Uma possibilidade levantada por Lasmar era Fred ser submetido a um exame de ressonância magnética. Mas por causa da viagem, talvez isso ocorra em Viena, se houver necessidade.

Vale ressaltar que no processo de condução da recuperação de Renato Augusto, apesar do comportamento precavido, as informações foram um pouco mais completas.

Neymar será titular da seleção brasileira no amistoso de domingo contra a Áustria. A definição ocorreu no treino realizado nesta quinta-feira no CT do Tottenham, em Londres, na Inglaterra. O camisa 10 entrará na vaga de Fernandinho.

Será a única alteração em relação ao time que venceu a Croácia por 2 a 0 em Liverpool, no último amistoso. A tendência é que essa também seja a equipe que o técnico Tite escalará na estreia da Copa do Mundo, dia 17, contra a Suíça.

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O centroavante Gabriel Jesus foi mantido no ataque, com Firmino no banco. Willian e Philippe Coutinho também seguem entre os titulares. Com isso, Tite volta a apostar na formação mais ofensiva e que deu bons resultados quando foi utilizada.

A escalação da seleção brasileira para o amistoso terá Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho, Willian, Philippe Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus. O amistoso acontecerá em Viena, às 11h (de Brasília).

A seleção brasileira está no Grupo E da Copa do Mundo. Depois de enfrentar a Suíça na estreia na cidade de Rostov, a equipe de Tite jogará contra a Costa Rica dia 22, em São Petersburgo, e fechará a participação na primeira fase dia 27, contra a Sérvia, em Moscou.

A uma semana da abertura da Copa do Mundo da Rússia, a seleção brasileira segue na segunda colocação do ranking da Fifa, atualizado nesta quinta-feira (7). Atual campeã mundial, a Alemanha sustenta a ponta numa lista com duas mudanças no Top 10: Polônia e Espanha trocaram posições.

Em razão dos amistosos recentes, tanto o Brasil quanto a Alemanha aumentaram suas pontuações no ranking. Mais bem-sucedido nestas partidas - os alemães foram derrotados pela Áustria -, o time comandado pelo técnico Tite reduziu a desvantagem de 160 para 127 pontos. Mas segue na vice-liderança, como aconteceu nas últimas atualizações.

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A Bélgica continua no terceiro posto, seguido por Portugal, Argentina e Suíça, uma das adversárias do Brasil no Grupo E da Copa. A França manteve o sétimo lugar. E a Polônia é a nova oitava colocada, desbancada a Espanha para o 10º posto. O Chile segue em nono.

Na sequência, Inglaterra e Uruguai ganharam posições na lista. Os ingleses subiram um posto, dividindo o 12º lugar com a Dinamarca. E os uruguaios conquistaram três colocações, figurando agora em 14º.

Ainda dentro do Top 20, três seleções que não vão para a Copa ganharam boas colocações. A Holanda subiu duas posições, para 17º. O País de Gales vem logo atrás, após conquistar três lugares. E a Itália galgou um degrau, em 19º. A Croácia fecha a lista das 20 melhores do mundo, ao cair duas posições.

Costa Rica e Sérvia, outras duas seleções rivais do Brasil na fase de grupos do Mundial, também subira no ranking. O primeiro conquistou duas colocações e agora é o 23º. E os sérvios subiram um lugar, para 34º.

Time anfitrião da Copa, a Rússia perdeu quatro posições na lista e agora é apenas o 70º do mundo. O maior destaque da atualização do ranking, nesta quarta, foi o Azerbaijão, que conquistou 21 colocações, subindo para 105º.

A lista desta quarta foi a última divulgada antes da Copa do Mundo. A próxima atualização, a ser feita somente ao fim do Mundial da Rússia, deve trazer maiores mudanças, principalmente nas primeiras posições.

 

Confira a lista das 20 primeiras colocadas do ranking da Fifa:

1º - Alemanha, 1.558 pontos

2º - Brasil, 1.431

3º - Bélgica, 1.298

4º - Portugal, 1.274

5º - Argentina, 1.241

6º - Suíça, 1.199

7º - França, 1.198

8º - Polônia, 1.183

9º - Chile, 1.135

10º - Espanha, 1.126

11º - Peru, 1.125

12º - Dinamarca, 1.051

12º - Inglaterra, 1.051

14º - Uruguai, 1.018

15º - México, 989

16º - Colômbia, 986

17º - Holanda, 981

18º - País de Gales, 953

19º - Itália, 951

20º - Croácia, 945

O atacante Roberto Firmino chamou de "idiota" uma declaração recente do zagueiro Sergio Ramos, ainda como reflexo da decisão da Liga dos Campeões, no último dia 26 de maio, entre Real Madrid e Liverpool. Na ocasião, o jogador do Real Madrid tirou de campo o atacante Salah, que teve uma lesão que poderia até ter lhe impedido de defender o Egito na Copa do Mundo. Agora com a seleção brasileira, o brasileiro criticou o defensor espanhol, que fez pouco caso da chiadeira ao negar que agiu com intenção de lesionar o artilheiro adversário.

"Só falta agora o Firmino ficar gripado com o meu suor", disse Sergio Ramos na última terça-feira. Nesta quarta, Firmino respondeu: "Prefiro não comentar. Acho que ele está com a razão por ter sido campeão. Apenas achei um pouco idiota da parte dele", disse o atacante em entrevista coletiva no CT do Tottenham.

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Na final da Liga dos Campeões, o Real levou a melhor ao vencer o Liverpool por 3 a 1, em Kiev, na Ucrânia. Firmino, porém, garante já ter superado o revés. "Na minha cabeça não martela mais. É passado. No dia fiquei muito chateado, não foi o que queríamos, mas bola para frente. Temos mais uma oportunidade pela frente", afirmou.

Na última terça-feira, Sergio Ramos utilizou da ironia ao falar pela primeira vez sobre os lances polêmicos em que se envolveu na decisão da Liga dos Campeões. O defensor tentou justificar que não teve a intenção de machucar Salah. Na jogada, os dois se enroscaram e o jogador egípcio levou a pior na queda. Ele deixou o gramado chorando com uma lesão no ombro esquerdo.

"Não queria falar sobre isso porque no final ganhou uma grande magnitude. Mas olhando de perto para o lance, ele agarra meu braço primeiro e eu caio para o outro lado. Ele machuca o outro braço, mas as pessoas dizem que foi um movimento de judô", explicou o espanhol, que também foi acusado de dar uma cotovelada intencionalmente no goleiro Loris Karius.

O choque aconteceu quando a partida estava empatada em 0 a 0. Na segunda-feira, o Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, onde o goleiro passou por exames após a decisão, confirmou que o jogador teve uma concussão.

Ramos, desta vez, ironizou: "Então o goleiro diz que ficou atrapalhado depois da colisão comigo? Daqui a pouco o Firmino vai dizer que ficou resfriado porque uma gota de suor minha caiu sobre ele".

Os protestos foram muitos, surtiram efeito e, nesta terça-feira, a Argentina anunciou o cancelamento do amistoso marcado para sábado diante de Israel, em Jerusalém. A partida vinha sendo alvo de críticas e ataques por causa do conflito político entre israelenses e palestinos.

O amistoso vinha causando polêmica desde seu anúncio, mas os protestos ganharam força nos últimos dias. Nesta terça, cerca de 15 palestinos apareceram no treino da seleção argentina, em Barcelona, vestindo camisas da seleção sul-americana manchadas de vermelho para simbolizar o sangue derramado pelos israelenses no conflito.

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A atitude gerou impacto no elenco da seleção e os jogadores inclusive teriam manifestado o desejo de não disputar o amistoso. Horas depois, a Associação do Futebol Argentino (AFA) decidiu pelo cancelamento. "No fim, pudemos fazer o correto. Em primeiro lugar, está a saúde e o senso comum. Acreditamos que o melhor era não ir", declarou o atacante Higuaín em entrevista à ESPN argentina.

O protesto desta terça foi a última de uma série de manifestações realizadas pelos palestinos. A Liga Árabe chegou a divulgar um comunicado na última semana que dizia que Israel utiliza o futebol como fim político. Já a Associação de Futebol Palestina informou que faria campanha para impedir que a Argentina recebesse a Copa do Mundo de 2030 se o amistoso fosse realizado.

"Esta partida é como se nós celebrássemos o aniversário da ocupação das Malvinas. Isto seria uma aberração, uma falta de respeito e uma agressão ao sentimento do povo argentino", comparou o embaixador palestino na Argentina, Husni Abdel Wahed, lembrando do conflito entre argentinos e ingleses pelas Ilhas Malvinas.

No ano passado, o presidente Donald Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel. Há alguns meses, o mandatário norte-americano também informou que transferirá a embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém.

Desde 1947, a parte leste de Jerusalém é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como território árabe. Apenas Israel e os Estados Unidos divergem dessa demarcação. Além disso, os palestinos reclamam que o estádio onde será disputado o amistoso é de um dos clubes mais racistas do país. O Beitar Jerusalém não aceita jogadores árabes.

De qualquer forma, a tendência é que a Argentina agora busque um novo adversário para encerrar sua preparação para a Copa do Mundo da Rússia. A seleção nacional está no Grupo D da competição, ao lado de Croácia, Nigéria e Islândia, adversária da estreia, dia 16 de junho, em Moscou.

O lateral-direito Daniel Alves passou nesta terça-feira por cirurgia no joelho direito na tentativa de corrigir o problema que o tirou da Copa do Mundo. O jogador de 35 anos foi operado no centro de ortopedia Pitié Salpetriere, em Paris.

Momentos depois do procedimento, Daniel Alves utilizou as redes sociais para informar que correu tudo bem e postou uma foto brincando com os efeitos da anestesia. Na imagem, Daniel Alves aparece com a toca médica enterrada na cabeça, cobrindo seus olhos.

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"Faz algumas horas acabei de iniciar o meu processo de recuperação e, graças a Deus, tudo correu bem. Como podem apreciar na foto a anestesia não fez efeito colaterais no Good Crazy e tudo continua igual. Nos vemos pronto, mais rápido, mais forte e mais Good Crazy", escreveu.

O Paris Saint-Germain publicou uma nota em seu site confirmando a cirurgia e não deu detalhes sobre o prazo de recuperação. O clube informou apenas que houve a demora na realização da cirurgia aconteceu por conta de "uma técnica cirúrgica que deve minimizar seu tempo de inatividade".

No anúncio do corte, o médico da seleção brasileira, Rodrigo Lasmar, informou que o prazo para recuperação seria de seis meses. Daniel Alves, de 35 anos, sofreu um descolamento dos ligamentos do joelho direito.

A contusão aconteceu no dia 8 de maio, no segundo tempo da decisão da Copa da França, contra o Les Herbiers, no último jogo do Paris Saint-Germain na temporada. As primeiras informações do clube parisiense foram que a lesão não preocupava e que ele se recuperaria a tempo da Copa. No entanto, após a realização de novos exames, com a presença de Lasmar em Paris, constatou-se que seria necessária a intervenção cirúrgica.

Para a vaga de Daniel Alves, Tite convocou Fagner, do Corinthians. Com isso, Danilo, do Manchester City, ganhou a posição de titular. O Brasil ainda tem um amistoso antes do Mundial. No próximo domingo, enfrentará a Áustria, em Viena.

A estreia na Copa do Mundo está marcada para o dia 17, diante da Suíça, na cidade de Rostov. A equipe de Tite está no Grupo E, que conta ainda com Sérvia e Costa Rica.

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