Tópicos | Copa do Mundo Rússia 2018

O atacante Wayne Rooney publicou uma foto em suas redes sociais nesta quinta-feira que pode indicar a saída dele do Everton, da Inglaterra. Na publicação no Twitter, legendada com imagens da bandeira dos Estados Unidos e de um avião, o jogador inglês aparece em um voo, o que pode significar a transferência dele para um clube da Major League Soccer, a principal liga de futebol norte-americana.

Especulações na Inglaterra indicam que Rooney está em negociação para jogar no DC United, sediado na cidade de Washington, capital dos EUA. Uma transferência, porém, dependeria do aval do Everton, clube que revelou Rooney e tem mais um ano de contrato com o atacante de 32 anos.

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Nascido e criado em Liverpool, Rooney voltou ao Everton há um ano, após 13 temporadas disputadas pelo Manchester United, no qual se tornou o maior artilheiro da história do clube, com 253 gols em 559 partidas. Já pela Inglaterra, o atacante marcou 53 vezes em 119 jogos, números que garantem a ele a liderança no ranking de goleadores da seleção.

Apesar das marcas expressivas alcançadas em sua carreira, Rooney apresentou declínio em sua produtividade nos últimos anos. Ele foi liberado pelo Manchester United para retornar ao Everton, há 12 meses, e não é convocado para representar a seleção inglesa desde 2016. Na última temporada, foram 11 gols em 40 partidas, das quais foi titular em 36 delas e substituído 24 vezes.

O dia seguinte ao triunfo da seleção brasileira por 2 a 0 sobre a Sérvia, resultado que classificou a equipe às oitavas de final da Copa do Mundo em primeiro lugar no Grupo E, é de folga para os jogadores. Após chegar a Sochi no final da madrugada desta quinta-feira (no horário local), o grupo dirigido por Tite terá o dia livre, para descanso, sem treinos.

A programação inicial divulgada pela assessoria de imprensa da seleção até previa a realização de uma atividade às 18 horas locais (12h em Brasília), mas depois a comissão técnica decidiu mudar a rotina e dar uma folga aos jogadores logo após o almoço. Assim, a quinta-feira é o primeiro dia completo em que o Brasil tem sem treinos durante a disputa da Copa do Mundo.

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A rotina de atividades da seleção em Sochi será retomada na sexta, com a realização do primeiro treino na preparação para o confronto de segunda-feira com o México, em Samara, pelas oitavas de final da Copa. A equipe também trabalhará em seu "quartel-general" no sábado, antes de seguir viagem para o seu próximo compromisso na Rússia.

Embora o dia seja de folga na seleção, a equipe tem dúvidas e preocupações, especialmente envolvendo o seu departamento médico, pois três jogadores estão lesionados: o lateral-direito Danilo, o meia-atacante Douglas Costa e o lateral-esquerdo Marcelo.

Danilo sofreu lesão na região do quadril direito na véspera do triunfo por 2 a 0 sobre a Costa Rica em São Petersburgo, acelerou o seu processo de recuperação nos últimos dias e vive a expectativa de ser liberado para voltar a treinar com os companheiros em breve e até mesmo reforçar o Brasil contra o México.

A situação de Douglas Costa é a mais grave. O meia-atacante sofreu lesão na região posterior da coxa direita nos minutos finais do confronto com a Costa Rica e faz tratamento com os fisioterapeutas da CBF, sem uma previsão sobre quando poderá voltar a defender a seleção.

Já Marcelo atuou por menos de dez minutos contra a Sérvia por causa de uma contratura na região lombar. O lateral se manifestou em seu perfil no Instagram sobre o problema, apontando ser leve. Porém, sua presença no confronto com o México é uma incógnita. "Graças a Deus não foi nada grave. Em pouco tempo estarei de volta. Muito feliz com a vitória", escreveu o lateral, que foi substituído por Filipe Luís durante o duelo em Moscou.

Com um futebol ofensivo e não limitada apenas aos contra-ataques e ao jogo aéreo, a Suécia arriscou e foi premiada. Venceu o México bem, por 3 a 0, nesta quarta-feira, em Ecaterimburgo, e se classificou às oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia. Apesar do revés, os mexicanos também vão ao mata-mata.

Com a derrota por 2 a 0 da Alemanha para a Coreia do Sul, que eliminou os atuais campeões mundiais em outro duelo desta quarta, os suecos avançaram como líderes do Grupo F com os mesmo seis pontos do México e ficaram na frente na tabela por terem saldo de gols superior. Agora, a equipe nórdica aguarda a definição do segundo colocado do Grupo E, o do Brasil, para saber quem enfrenta na próxima fase. O confronto será na próxima terça-feira, às 11 horas (de Brasília), em São Petersburgo.

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Apesar da dura derrota nesta terça, o México também foi às oitavas por causa do revés histórico sofrido pela Alemanha. Passar pela fase de grupos novamente não costuma ser um problema à seleção mexicana. A grande questão é o que vem depois. Nos últimos seis Mundiais, os mexicanos não conseguiram avançar nas oitavas de final. A última vez que a seleção da América do Norte se classificou para as quartas foi na Copa de 1986, disputada em casa. Na ocasião, caiu para a Alemanha.

Na Rússia, a seleção comandada por Juan Carlos Osorio e do atacante Chicharito tentará quebrar esse tabu e a sina de que "o México joga como nunca e perde como sempre", contra o primeiro colocado da chave do Brasil, que pode ser a seleção brasileira, a Suíça ou ate mesmo a Sérvia. O confronto será na segunda-feira, às 11 horas (de Brasília), em Samara.

Jogando um futebol de alto nível, a Suécia deixou o pragmatismo de lado para atacar e conseguir o triunfo com méritos. Passou em branco no primeiro tempo, mas balançou as redes três vezes na etapa final. Augustinsson abriu o placar aos cinco minutos, Granqvist ampliou de pênalti aos 16 e o mexicano Álvarez, em um lance bizarro, marcou contra para selar a vitória sueca.

O JOGO - O nervosismo atrapalhou claramente o México no começo da partida. Diante de um adversário com estilo de jogo pragmático, os mexicanos não conseguiram ficar com a bola no campo ofensivo e sofreram com as bolas longas e o jogo aéreo sueco.

Só nos primeiros 15 minutos, a equipe nórdica chegou ao gol adversário três vezes. Dois destes lances foram fruto de bolas paradas e tiveram a participação de Forsberg e Berg. O goleiro Ochoa defendeu a falta de Forsberg e viu Berg errar a puxeta na sequência.

Aos poucos, a seleção mexicana retomou o equilíbrio e passou a jogar melhor. Vela, Lozano e Chicharito entraram no jogo. Especialmente Vela, que quase abriu o placar em dois bonitos chutes de fora da área. Os suecos, porém, deixaram o pragmatismo de lado, seguiram com força ofensiva e terminaram a etapa inicial se lamentando com as várias oportunidades perdidas. Berg perdeu duas no final dos primeiros 45 minutos. Parou em Ochoa em cabeceio no alto e acertou a rede pelo lado de fora em chute cruzado.

A retribuição pela forma ofensiva, leve e arriscada como jogou, contrariando o seu estilo normalmente pragmático, veio para a Suécia na etapa final. Depois de trama pela direita, a bola chegou na área para Augustinsson, que encheu o pé e colocou os nórdicos em vantagem aos seis minutos.

O gol permitiu que os suecos se fechassem na retaguarda e pudessem sair no contra-ataque. E foi a partir de um contragolpe bem armado que a equipe europeia chegou ao segundo gol. Lançado em velocidade, Berg invadiu a área e foi derrubado por Moreno. O juiz não precisou do árbitro de vídeo para assinalar a penalidade, que foi bem cobrada por Granqvist aos 16 minutos.

A desorganização e o desespero mexicano foram bem aproveitados pelos suecos, que fecharam a vitória com mais um gol, marcado bizarramente contra por Álvarez. Aos 28 minutos, Thelin desviou cobrança de lateral para a área, Álvarez tentou fazer o corte na pequena área mas a bola bateu no seu braço e acabou entrando no canto direito de Ochoa para a festa sueca em Ecaterimburgo.

Os mexicanos, mesmo abatidos pela derrota, contaram com a ajuda da Coreia do Sul, que venceu os alemães, e também comemoraram, mesmo que discretamente. O sentimento, na verdade, foi mais de alívio do que de alegria.

FICHA TÉCNICA:

MÉXICO 0 X 3 SUÉCIA

MÉXICO - Ochoa; Álvarez, Salcedo, Moreno, e Gallardo (Fabián); Herrera, Guardado (Corona) e Layún (Peralta), Vela e Lozano; "Chicharito" Hernández. Técnico: Juan Carlos Osorio.

SUÉCIA - Olsen; Lustig, Lindelöf, Granqvist e Augustinsson; Larsson (Svensson), Ekdal (Hiljemark), Claesson e Forsberg; Berg (Thelin) e Toivonen. Técnico: Janne Andersson.

GOLS - Augustinsson, aos cinco, Granqvist (pênalti), aos 16, e Álvarez (contra), aos 28 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Nestor Pitana (Fifa/Argentina).

CARTÕES AMARELOS - Gallardo, Moreno e Layún (México); Larsson e Lustig (Suécia).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena Ecaterimburgo, em Ecaterimburgo (Rússia).

Eliminado antecipadamente da Copa do Mundo por ter perdido para Dinamarca e França nas rodadas iniciais do Grupo C, o Peru teve a despedida considerada perfeita pelos mais de 20 mil torcedores que viajaram até a Rússia para acompanhar a sua seleção. Com gols de Carrillo e do ídolo Guerrero, derrotou a Austrália por 2 a 0, pela rodada final da chave, em Sochi, nesta terça-feira.

Sem disputar a Copa do Mundo desde 1982, o Peru atraiu uma multidão de seguidores para a Rússia, sendo que a maioria nunca havia visto a equipe disputando a competição, o que tornou a mera participação um motivo de orgulho, ampliado com o triunfo sobre os australianos, resultado que levou a seleção sul-americana a ficar na terceira posição no Grupo C, com três pontos, atrás das classificadas França e Dinamarca.

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Ídolo máximo da sua torcida, Guerrero foi o grande personagem desse triunfo para celebração. Após vencer parcialmente uma batalha judicial para participar da Copa depois de testar positivo em exame antidoping na reta final das Eliminatórias, ele liderou a primeira vitória peruana em Mundiais desde 1978 ao dar uma assistência e marcar o segundo gol em uma atuação precisa do Peru, que aproveitou as chances que teve para definir o jogo.

A Austrália, que chegou a Sochi com chances de classificação às oitavas de final pela primeira vez desde 2006, ficou na última posição no Grupo C, com apenas um ponto. E essa situação foi provocada pelo rendimento fraco do seu setor ofensivo, que marcou gols apenas de pênalti na Rússia - foram dois - e nesta terça-feira foi pouco produtivo, além de desperdiçar algumas oportunidades de gol, mesmo tendo permanecido por maior tempo com a posse de bola e no setor ofensivo.

O JOGO - Mesmo com todo o apoio da sua torcida, o Peru entrou em campo acuado pela Austrália, que precisava da vitória para almejar a classificação à segunda fase da Copa e tratou de manter a posse de bola no campo de ataque e de tentar ignorar os cânticos dos rivais. Só que não adiantou, pois os peruanos foram letais na primeira chegada efetiva ao ataque. Guerrero recebeu longo lançamento, dominou com estilo e acionou Carrillo no lado direito da grande área. Ele bateu de primeira e colocou a sua equipe em vantagem ao marcar um belo gol aos 18 minutos.

Foi, aliás, com Guerrero que o Peru voltou a ameaçar a Austrália, aos 24, em cabeceio após cobrança de falta. Mas o gol só intensificou o cenário visto com o placar em 0 a 0, de mais ações dos australianos no campo de ataque. Mas lhes faltava qualidade, vista apenas em jogadas com a participação de Rogic, como aos 26 minutos, quando driblou três marcadores e parou na defesa de Gallese. E também aos 32, em lance iniciado por ele e que só não terminou em gol de Leckie por causa do corte da defesa peruana.

Após os sustos, o Peru começou mais ligado o segundo tempo e tratou de definir a sua vitória logo aos quatro minutos, em jogada que envolveu jogadores de clubes brasileiros. No lance, Cueva tabelou com Trauco, cortou para o meio e tentou acionar Guerrero. Ele girou e bateu, com a bola desviando em Milligan e entrando na meta de Ryan.

Em desvantagem, restou aos australianos lutar. E com as suas armas mais conhecidas: o veterano Cahill, que entrou em campo pela primeira vez na sua quarta Copa do Mundo, e em jogadas aéreas. Jedinak e Behich tiveram boas oportunidades após cobranças de escanteio, mas não aproveitaram.

A entrada de Arzani também aumentou o volume ofensivo australiano, com o atacante ameaçando duas vezes a meta de Gallese. Mas foi muito pouco para conter a apoteose da torcida peruana, que celebrou, orgulhosa, a participação de sua equipe na Copa e a vitória sobre os australianos.

FICHA TÉCNICA:

AUSTRÁLIA 0 x 2 PERU

AUSTRÁLIA - Ryan; Risdon, Sainsbury, Milligan e Behich; Jedinak, Mooy, Lecke, Rogic (Irvine) e Kruse (Arzani); Juric (Cahill). Técnico: Bert van Marwjik.

PERU - Gallese; Advincula, Ramos, Santamaria e Trauco; Tapia (Hurtado), Yotun (Aquino), Carrillo (Cartagena), Cueva e Flores; Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca.

GOLS - Carrilo, aos 18 minutos do primeiro tempo; Guerrero, aos cinco minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Sergei Karasev (Fifa/Rússia).

CARTÕES AMARELOS - Jedinak, Arzani, Rogic e Milligan (Austrália); Yotun e Hurtado (Peru).

PÚBLICO - 44.073 espectadores.

LOCAL - Fisht Stadium, em Sochi (Rússia).

O pior jogo até aqui da Copa do Mundo de 2018 foi disputado nesta terça-feira, no estádio Luzhniki, em Moscou. Desinteressadas, as seleções de Dinamarca e França fizeram um duelo feio, de trocas de bola sem objetividade e cujo empate por 0 a 0 (o primeiro deste Mundial), além de frustrar os mais de 78 mil torcedores que foram à partida, serviu para confirmar a classificação dos dinamarqueses às oitavas de final.

As duas seleções (principalmente a França, já que a seleção é considerada um dos melhores elencos da Copa e antes do início do Mundial era apontada com uma das grandes favoritas) perderam a chance de embalar para a segunda fase, de mostrar um futebol vistoso ao seu torcedor Mas, mesmo quem perdesse a partida sairia de campo classificado já que, no outro jogo da chave, o Peru venceu a Austrália por 2 a 0.

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A seleção da França entrou em campo desfalcada de alguns dos seus principais jogadores, entre eles o goleiro Hugo Lloris, os zagueiros Samuel Umtiti e Benjamin Pavard, os meias Paul Pogba e Blaise Matuidi e ainda o atacante Kylian Mbappé. Pogba e Matuidi estavam pendurados com um cartão amarelo e o treinador Didier Deschamps resolveu deixá-los na reserva, de olho na partida das oitavas de final do Mundial da Rússia. Os outros foram poupados para recuperar as condições físicas ideais.

Em campo, o que se viu foi um primeiro tempo arrastado, sem quase nenhuma chance de gol para Dinamarca ou para a França, mas de muita festa para a torcida, que se empolgou logo no começo na hora da ola - havia muitos brasileiros no estádio, já que a seleção joga nesta quarta-feira em Moscou, contra a Sérvia, no estádio do Spartak. O primeiro lance mais agudo surgiu aos 14 minutos, quando Giroud finalizou para defesa segura de Schmeichel.

Perto dos 30 da primeira etapa, a França tinha cerca de 65% de posse de bola, contra apenas 35% da Dinamarca, que, recuada, parecia estar muito satisfeita com o empate sem gols. Aos 33, foi a vez de Dembélé tentar chegar ao gol. Ele recebeu passe da meia direita, deu um drible em Delaney e chutou firme, mas a bola passou ao lado da trave direita do goleiro dinamarquês.

Quem apareceu no fim da primeira etapa foi o trio de arbitragem brasileiro que comandava a partida - Sandro Meira Ricci e os auxiliares Emerson de Carvalho e Marcelo Van Gasse irritaram os torcedores. Primeiro, aos 43, Lemar lançou Griezmann, em impedimento, na área. Antes de Van Gasse assinalar a marcação, o atacante girou e chutou por cima e só aí o bandeirinha assinalou a irregularidade.

Depois, aos 47, Griezmann partiu em velocidade em contra-ataque e sofreu falta dura de Mathias Jorgensen, que levou cartão amarelo. A falta poderia levar perigo ao gol dinamarquês. Poderia, porque Sandro Meira Ricci apitou o final do primeiro tempo e levou uma gigantesca vaia no estádio Luzhniki.

Com a vitória parcial da seleção do Peru sobre a Austrália, nem mesmo uma derrota eliminaria a Dinamarca. Isso parece ter feito a seleção se soltar um pouco mais. Sem se descuidar da marcação forte, os dinamarqueses subiram mais ao ataque no começo da segunda etapa e criaram boas chances.

A primeira surgiu aos 9, quando Eriksen arriscou cobrança de falta de longe. O chute foi forte, mas no meio do gol. O goleiro Mandanda bateu roupa e quase o atacante Cornelius chegou para abrir o placar para a seleção da Escandinávia.

A troca de passes sem o menor objetivo da seleção francesa começou a irritar a torcida russa, que optou por automaticamente a apoiar a Dinamarca, que criou mais uma boa oportunidade, quando Larsen ajeitou para Eriksen, que chutou torto, à direita do goleiro francês.

Sem nenhuma objetividade, a França continuava sem a menor inspiração e dependia de jogadas individuais para assustar o goleiro Schmeichel. Uma delas apareceu aos 25 minutos, quando Nabil Fekir, que havia acabado de entrar, carregou do meio-campo e na entrada da área arriscou de esquerda - a bola passou raspando a trave direita.

O jogo estava bem fraco e, para tentar alguma coisa que desse a vitória ao time, o técnico Didier Deschamps mandou a campo Kylian Mbappé. A entrada de um dos astros do Paris Saint-Germain até rendeu alguns aplausos, mas as vaias para o jogo que se arrastava eram maiores.

A última chance da partida, e talvez a maior do jogo, surgiu aos 37 minutos, quando Fekir recebeu de Mbappé e bateu forte, para a primeira, única e última grande defesa de Schmeichel na partida. Fim de jogo e muitas vaias para Dinamarca e França.

Com o avanço às oitavas de final como líder do Grupo C, com sete pontos, a França abrirá a próxima fase do Mundial em jogo marcado para começar às 11 horas (de Brasília) de sábado, em Kazan, onde terá pela frente o segundo colocado do Grupo D, que será definido ainda nesta terça-feira com os confrontos Islândia x Croácia e Nigéria x Argentina, às 15h. Já os dinamarqueses, que fecharam a primeira fase com cinco pontos, terão pela frente os líderes desta chave, no domingo, às 15h, em Nijni Novgorod.

FICHA TÉCNICA:

DINAMARCA 0 X 0 INGLATERRA

DINAMARCA - Schmeichel; Daalsgard, Kjaer, Christensen e Stryger Larsen; Delaney (Lerager), Mathias Jorgensen e Eriksen; Sisto (Fischer), Braithwaite e Cornelius (Dolberg). Técnico:

FRANÇA - Mandanda; Sidibé, Varane, Kimpempe e Lucas Hernandez (Mendy); Kanté, Nzonzi, Lemar, Dembélé (Mbappe) e Griezmann (Fekir); Giroud. Técnico: Didier Deschamps.

ÁRBITRO - Sandro Meira Ricci (Brasil)

CARTÃO AMARELO - Mathias Jorgensen (Dinamarca).

PÚBLICO - 78.011 torcedores.

LOCAL - Estádio Luzhniki, em Moscou (RUS).

O técnico Tite, da seleção brasileira, afirmou nesta terça-feira, em Moscou, que não vai promover mudanças na equipe titular para o jogo desta quarta, contra a Sérvia, às 15 horas (de Brasília), pela Copa do Mundo da Rússia. A escalação será a mesma do último jogo, a vitória por 2 a 0 sobre a Costa Rica, apesar de nos últimos dias o treinador ter ensaiado nos trabalhos em Sochi possíveis mudanças.

"A equipe será a mesma que iniciou", disse Tite em entrevista coletiva no Spartak Stadium, local da partida decisiva contra a Sérvia. O Brasil garante vaga nas oitavas de final em caso de empate. Porém, para ser primeiro colocado do Grupo E, será preciso ganhar a partida por um placar superior à possível vitória da Suíça contra a Costa Rica, equipes que se enfrentam no mesmo horário.

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O treinador brasileiro também defendeu a emoção exibida pelos seus jogadores. O atacante Neymar chorou em campo ao fim da vitória sobre a Costa Rica e nos últimos dias a comissão técnica demonstrou preocupação com o nervosismo da equipe. "Nós, brasileiros, não podemos perder a nossa essência e achar que o momento de emoção, que eu já tive também, possa ser sinônimo de desequilíbrio", explicou.

Tite usou como exemplo a situação vivida na estreia no cargo, em agosto de 2016, contra o Equador, pelas Eliminatórias da Copa. O técnico contou ter chorado três vezes, a última delas ao telefonar para a mulher e comemorar a vitória por 3 a 0. "Eu chorei porque é a nossa característica emocional. Chorei de prazer, de orgulho, que no momento de tanta pressão conseguimos fazer um grande jogo. Eu entendo que razão e emoção precisam estar juntas de formas equilibrada e ajustada", afirmou.

O técnico da seleção manifestou preocupação com a elevada estatura do time sérvio. A possível formação titular tem média de altura de 1,88m, dez centímetros acima da média da formação brasileira. Tite disse que orientou os jogadores de evitar faltas que possam render cruzamentos perigosos, mas alertou que, se a altura traz vantagens, pode por outro lado ser desvantajosa.

"Na vida é assim: em algo você ganha, na outra parte você perde. Eles têm altura, mas levam desvantagem em algo. Em cima disso vamos trabalhar para esse jogo", comentou Tite, sem dar pistas de como pretende explorar as possíveis fraquezas do adversário desta quarta-feira.

Caso o comandante confirme, de fato, a formação titular do último jogo, o Brasil vai a campo para o jogo desta quarta-feira com: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus.

Com um gol no último lance do jogo, a Arábia Saudita derrotou o Egito por 2 a 1, de virada, nesta segunda-feira, em Volgogrado, na Rússia, e voltou a vencer uma partida de Copa do Mundo após 24 anos. O último triunfo havia sido conquistado no Mundial dos Estados Unidos, em 1994.

O gol da virada que encerrou o longo jejum saudita foi marcado pelo atacante Al-Dawsari, aos 48 minutos da etapa final, e acabou sendo um prêmio para a seleção árabe, que não se entregou após sair atrás no placar. O outro gol saiu dos pés de Al-Faraj, em cobrança de pênalti. A penalidade foi revisada pelo árbitro de vídeo e confirmada pelo juiz, que não quis voltar atrás na decisão mesmo sem mostrar convicção.

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O Egito foi melhor no primeiro tempo e deu indícios de que conquistaria sua primeira vitória na história das Copas. Ledo engano. Salah fez um belo gol de cobertura no início da primeira etapa, mas não foi capaz de evitar o revés. Ao menos, o atacante do Liverpool entrou para a história da sua seleção ao passar a ser, ao lado de Abdulrahman Fawzi, o maior artilheiro egípcio em Copas, com dois gols. Fawzi marcou duas vezes na Copa de 1938, a primeira participação egípcia na competição.

Irritado com o uso indevido de sua imagem e também pela presença de celebridades e empresários na concentração da seleção, Salah, de acordo com a emissora CNN, ameaçou não entrar em campo. A Federação Egípcia de Futebol chegou até a divulgar no Twitter uma escalação sem o nome do craque, mas apagou a publicação em seguida.

Mesmo com derrota da sua seleção, a partida foi especial para o goleiro El Hadary, que, aos 45 anos e 161 dias, ultrapassou o ex-goleiro colombiano Faryd Mondragón - este tinha 43 anos quando quebrou o recorde - para se tornar o jogador mais velho a atuar em uma partida de Copa do Mundo.

Justamente pelo fato de já ter decretada a eliminação, o técnico Héctor Cúper decidiu escalar El Hadary nesta segunda, até como uma forma de homenageá-lo. O treinador argentino não se arrependeu de sacar o titular El Shemany, já que o veterano arqueiro não fez apenas figuração em campo. Ele foi o grande nome do Egito ao pegar um pênalti no final do primeiro tempo e fazer outras boas defesas na etapa final.

O JOGO - Sem nada a perder, os dois times jogaram sem tanta preocupação na marcação e em busca de gols para se despedir do torneio com um triunfo. O Egito foi visivelmente superior no primeiro tempo. Teve quatro oportunidades claras de marcar e chegou ao seu gol com Salah. O astro recebeu lançamento de Abdalla e tocou bonito, por cobertura, para abrir o placar aos 21 minutos.

Os gols perdidos - um, inclusive, de Salah, que deu cavadinha para fora na frente do goleiro - fizeram falta aos egípcios, que foram castigados no final da primeira etapa. Aos 38, o juiz deu pênalti após a bola bater no braço de Fathi dentro da área. O jogador mais velho da história das Copas mostrou que não estava em campo apenas pelo recorde e defendeu a cobrança de Al-Muwallad.

Aos 46, o árbitro viu um empurrão de Ali Gabr em Al-Dawsari e marcou novo pênalti a favor dos sauditas. Depois de muita conversa e consultar o árbitro de vídeo, o juiz colombiano Wilmar Roldan confirmou a penalidade muito duvidosa - o atacante parece se jogar no lance. Desta vez, Al-Faraj bateu com precisão e El Hadary nada pôde fazer para evitar o empate.

Na etapa final, a partida seguiu aberta e com várias oportunidades para as duas equipes. Quando a falta de qualidade nas finalizações dos dois times e as boas intervenções do goleiro El Hadary pelo Egito pareciam que dariam o tom, a equipe do Oriente Médio não desistiu e foi premiada com um gol no último lance da partida.

Ateef recebeu passe de Al-Burayk dentro da área, e a bola sobrou para Al-Dawsari, que chutou cruzado e de primeira para virar o jogo e dar a vitórias aos sauditas. O árbitro encerrou a partida logo após o gol e os jogadores da Arábia se jogaram no chão, emocionados pela vitória.

FICHA TÉCNICA:

ARÁBIA SAUDITA 2 x 1 EGITO

ARÁBIA SAUDITA - Al-Mosailem; Al-Burayk, Osama Howsawi, Motaz Hawsawi, Al-Shahrani; Ateef, Al-Faraj, Al-Mogahwi, e Bahebri (Asiri); Al-Dawsari e Al-Muwallad. Técnico: Juan Antonio Pizzi.

EGITO - El Hadary; Fathi, Ali Gabr, Hegazy e Abdel-Shafy; Tarek Hamed, Elneny e Abdalla (Warda); Trezeguet (Kahraba), Salah e Mohsen (Sobhi). Técnico: Hector Cúper.

GOLS - Salah, aos 22, e Al-Faraj (pênalti), aos 50 minutos do primeiro tempo. Al-Dawsari, aos 48 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (Fifa/Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Ali Gabr e Fathi (Egito).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena Volgogrado, em Volgogrado (Rússia).

O Uruguai passou sem dificuldades pela anfitriã Rússia, calou o estádio em Samara e garantiu a classificação como líder do Grupo A nesta segunda-feira. Com gols de Suárez e Cavani, a seleção sul-americana guardou para o fechamento da primeira fase sua melhor atuação na Copa do Mundo até o momento, fez 3 a 0 e mostrou que pode incomodar os principais candidatos ao título.

Com o resultado, o Uruguai chegou a nove pontos, mantendo os 100% de aproveitamento, e agora espera o segundo colocado do Grupo B para conhecer seu adversário. Já os russos, que precisavam apenas de um empate para confirmar a ponta, pararam nos seis pontos e vão encarar o primeiro lugar da outra chave, que tem Espanha, Portugal e Irã na disputa por duas vagas.

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O Uruguai havia batido Egito e Arábia Saudita - ambos por 1 a 0 -, mas ainda não tinha convencido na Copa do Mundo. Por isso, o técnico Óscar Tabárez decidiu mexer na equipe. Foram quatro mudanças, sendo apenas uma por necessidade: a entrada do zagueiro Coates na vaga de Giménez, lesionado.

Sem convencer, Varela deixou a equipe para a entrada do meia Laxalt, improvisado na lateral esquerda. Cristian Rodríguez e Carlos Sánchez saíram para as entradas de Nández e Torreira. As mudanças deram certo. O meio de campo uruguaio jogou mais solto e Laxalt se destacou pela esquerda, sem comprometer na defesa e apoiando com qualidade. Foi ele quem finalizou o lance do segundo gol, dado como contra após desvio em Cheryshev, e cavou a expulsão de Smolnikov ainda no primeiro tempo.

Já os russos decepcionaram. Depois de surpreenderem contra árabes e egípcios, voltaram a apresentar o futebol dos últimos meses e pouco incomodaram. Até tentaram sufocar com uma postura ofensiva nos primeiros minutos, mas não finalizaram. Rapidamente, foram dominados pela maior qualidade e a disposição tática dos uruguaios.

O primeiro gol do time sul-americano não tardou a sair. Aos nove minutos, Suárez aproveitou erro da defesa russa, arrancou pela esquerda e tentou o toque para Cavani. Errou, mas Bentancur ficou com a sobra e sofreu falta na meia-lua. O próprio Suárez encheu o pé no canto do goleiro, rasteiro, para abrir o placar.

A Rússia imediatamente respondeu e viu Cheryshev perder boa chance aos 11, parando em Muslera. Mas em um lance de sorte, o Uruguai chegou ao segundo gol e praticamente definiu o jogo. Aos 22, Dzyuba afastou escanteio batido da direita, Laxalt ficou com a sobra e arriscou. A bola desviou no artilheiro russo Cheryshev e matou Akinfeev.

O segundo gol deu ao Uruguai o cenário perfeito para atuar ao seu estilo, fechado na defesa e explorando os contra-ataques. O terceiro quase saiu desta forma, aos 27, quando Suárez recebeu sozinho na área e parou no goleiro. Pouco depois, o que já estava ruim pra os russos ficou ainda pior. Smolnikov fez falta dura em Laxalt, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.

O Uruguai voltou ainda mais fechado para o segundo tempo, enquanto a Rússia foi para cima. Cherchesov ignorou as dores musculares relatadas por Mário Fernandes e a chance de perder Smolov por suspensão, já que o meia estava pendurado, e lançou os dois a campo. Os russos cresceram de produção, rondaram a área, mas não conseguiram assustar.

Os uruguaios levavam o duelo em ritmo lento, administrando a vantagem e sem arriscar. Quando falharam, os russos não aproveitaram. Aos 28, Muslera errou na saída de bola e entregou no pé de Kuziaev, que tocou para Dzyuba. O atacante ainda cortou a marcação e ficou de frente para o gol, mas isolou.

Não era mesmo o dia dos russos, que ainda viram o adversário dar trabalho para Akinfeev nos últimos minutos. Cristian Rodríguez entrou bem na partida e quase marcou aos 43, parando em defesa do goleiro. Na cobrança de escanteio, Akinfeev fez nova ótima intervenção em tentativa de Godín, mas a sobra ficou com Cavani, que desencantou e selou o resultado.

 

FICHA TÉCNICA:

URUGUAI 3 X 0 RÚSSIA

URUGUAI - Muslera; Cáceres, Coates, Godín e Laxalt; Vecino, Bentancur (Bentancur), Torreira e Nández (Cristian Rodríguez); Luis Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

RÚSSIA - Akinfeev; Smolnikov, Kutepov, Ignashevich e Kudriashov; Zobnin, Gazinskii (Kuzyaev), Samedov, Miranchuk (Smolov) e Cheryshev (Mário Fernandes); Dzyuba. Técnico: Stanislav Cherchesov.

GOLS - Luis Suárez, aos nove, e Cheryshev (contra), aos 22 minutos do primeiro tempo. Cavani, aos 44 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Malang Diedhiou (Fifa/Senegal).

CARTÕES AMARELOS - Bentancur (Uruguai); Gazinskii (Rússia).

CARTÃO VERMELHO - Smolnikov (Rússia)

PÚBLICO - 41.970 torcedores.

LOCAL - Arena Samara, em Samara (Rússia).

A Copa do Mundo mostrou uma lição neste sábado: é melhor não duvidar da Alemanha. Em crise, com um jogador a menos e perto de ser eliminada do torneio, a atual campeã mundial conseguiu buscar um resultado heroico para se reerguer e se manter viva na disputa. Toni Kroos, nos acréscimos, garantiu os 2 a 1 sobre a Suécia, no Fisht Stadium, em Sochi, e a reação do time que havia perdido na estreia por 1 a 0 para o México.

A determinação da Alemanha foi fundamental para evitar o vexame de cair na primeira fase pela primeira vez em 80 anos. A Suécia começou melhor e abriu o placar, porém pela tamanha fixação em defender sem ter opções de contra-ataque, acabou punida no final. Toni Kroos, que havia falhado no gol sueco, colocou a bola no ângulo para garantir a virada e a sobrevivência. Na última rodada, os alemães enfrentam a Coreia do Sul, enquanto que os suecos encontram os mexicanos. Todos ainda têm chances de classificação.

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A vitória do México mais cedo sobre a Coreia do Sul obrigava a Alemanha a vencer para não chegar à ultima rodada na dependência de outro resultado. Uma pressão traduzida em ataques e velocidade no começo da partida. Apenas nos 10 primeiros minutos, foram três chegadas à pequena área da Suécia, uma blitze que parecia fadada a resultar em gol a qualquer instante.

A resistência sueca foi grande neste início, incentivada principalmente pela animada e musical torcida de amarelo em Sochi. Se chutes para lateral e desarmes já causavam alvoroço, quando Berg saiu livre na cara de Neuer e perdeu chance, o público escandinavo delirou. O lance foi uma espécie de divisor de águas no jogo. Os jogadores grandalhões, de pouca técnica e então presos ao rígido 4-4-2, começaram a se soltar.

Confiante e acostumada a derrotar favoritos, como fez nas Eliminatórias diante de Holanda e Itália, a Suécia começou a avançar e trocar passes. Aos 31 minutos, o gol saiu em uma bonita jogada. O regular Toni Kroos, cérebro da Alemanha, errou o passe, os suecos tabelaram e o atacante Toivonen, de 1,92 metro, teve a sensibilidade de tocar por cobertura para enganar o goleiro Neuer.

A desvantagem deixou a Alemanha instável. Apesar de quase chegar ao empate, a equipe viu a Suécia melhorar em campo e ter duas chances para ampliar. O intervalo veio em boa hora para o técnico Joachim Löw tentar salvar o time. Foi a oportunidade para conversar, colocar mais um atacante (Mario Gomez) e recomeçar a pressão. Dessa vez deu certo. Logo aos três minutos, Marco Reus finalizou de joelho para empatar.

O jogo continuou tenso para a Alemanha. A Suécia demonstrou resistência e paciência extremas para aguentar o sufoco, não se desorganizar e esperar o momento certo para contragolpear. Os 10 jogadores de linha recuaram totalmente. Os tetracampeões mundiais tinham uma grande posse de bola no campo de ataque e rondavam a área a todo momento com grande dificuldade para entrar.

Quando conseguiam, a finalização saía torta. O drama alemão aumentou aos 36 minutos da etapa final. Boateng levou o segundo cartão amarelo e forçou a equipe a ficar com um a menos. Logo no lance seguinte, a Suécia quase vez. Os atuais campeões do mundo, em desespero, não recolocaram um defensor e gastaram a última substituição com mexida no setor ofensivo. A ousadia levou Mario Gomez a quase fazer um gol de cabeça. O sueco Olsen salvou.

Os acréscimos foram eletrizantes. O alemão Brandt acertou um chute na trave e, na resposta, a Suécia quase fez. O último lance seria uma falta para a Alemanha no canto esquerdo, próxima à área. Marco Reus ajeitou e Toni Kroos, com maestria, colocou uma bola com curva no ângulo esquerdo alto do goleiro para reacender a esperança de um time que por pouco viu a sua chama apagar.

FICHA TÉCNICA

ALEMANHA 2 x 1 SUÉCIA

ALEMANHA - Neuer; Kimmich, Boateng, Rudiger e Hector (Brandt); Rudy (Gundogan), Kroos e Draxler (Mario Gomez); Thomas Müller, Reus e Timo Werner. Técnico: Joachim Löw.

SUÉCIA - Olsen; Lustig, Lindelof, Granqvist e Augustinsson; Ekdal, Larsson, Claesson (Durmaz) e Forsberg; Toivonen (Guidetti) e Berg (Thelin). Técnico: Janne Andersson.

GOLS - Toivonen, aos 32 minutos do primeiro tempo; Reus, aos 3, e Kroos, aos 50 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Ekdal e Larsson (Suécia).

CARTÃO VERMELHO - Boateng (Alemanha).

ÁRBITRO - Szymon Marciniak (Fifa/Polônia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 44.287 pagantes.

LOCAL - Fisht Stadium, em Sochi (Rússia).

O México está com um pé nas oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia. Neste sábado, os mexicanos mostraram novamente um bom futebol e venceram a Coreia do Sul por 2 a 1, na Arena Rostov, em duelo da segunda rodada do Grupo F. O resultado obtido em Rostov pressiona a Alemanha, que precisa derrotar a Suécia, ainda neste sábado, em Sochi, para aumentar as suas chances de classificação à próxima fase.

Líder da chave com seis pontos, o México também deixou os sul-coreanos mais próximos da eliminação com esta vitória, que contou com gritos de olé das arquibancadas. Assim, os mexicanos estão muito perto de se garantirem na próxima fase com antecedência. Basta que os suecos vençam ou empatem na partida contra a Alemanha, marcada para começar às 15h (de Brasília), para que o time do técnico Juan Carlos Osorio avance ao mata-mata.

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O empate com os suecos não é capaz de eliminar os alemães nesta segunda rodada, mas um triunfo sueco tira os atuais campeões mundiais do torneio ainda na primeira fase.

O segundo triunfo do México neste Mundial foi construído com um gol em cada tempo. O primeiro marcado em cobrança de pênalti - sem ser necessário a ajuda do árbitro de vídeo, o VAR - convertida por Vela. O segundo gol, o mais bonito do jogo, saiu dos pés de Javier "Chicharito" Hernández, que deixou o zagueiro no chão antes de balançar as redes. Maior artilheiro da história do México, Chicharito chegou à marca de 50 gols pela seleção de seu país.

Na Coreia do Sul, o grande destaque de sua seleção, Son, que atua pelo Tottenham, da Inglaterra, batalhou, tentou de tudo e foi premiado já nos acréscimos da partida com um golaço de fora da área. Son praticamente jogou sozinho pelos sul-coreanos.

O JOGO - Nos primeiros minutos de jogo, o México, como se esperava, comandou a posse de bola, que chegou a mais de 70% em dado momento, mas os sul-coreanos, aproveitando os espaços nos flancos do campo para atacar, foram mais perigosos.

Son, o principal jogador da equipe asiática e astro do Tottenham na Inglaterra, perdeu três chances em uma, mas foi bloqueado em duas oportunidades e chutou para fora na sequência. Em outra chegada coreana ao ataque, Ki Sung-Yueng cabeceou firme para a boa defesa de Ochoa.

A necessidade da vitória para se manter viva no torneio e a fragilidade, especialmente defensiva, custou caro à seleção asiática, que foi castigada por um erro de Jang Hyun-Soo. O zagueiro deu um carrinho para tentar cortar cruzamento de Guardado dentro da área, mas ergueu demais o braço e cometeu o pênalti. Vela cobrou com precisão e deixou o México em vantagem aos 25 minutos da primeira etapa.

O gol fez bem aos mexicanos, que tiveram consistência na defesa para segurar as poucas investidas do adversário e ainda chegaram perto de ampliar em chutes de Layún e Lozano, em jogadas criadas pelo lado esquerdo, setor que se tornou o mapa da mina da retaguarda sul-coreana muito e foi bem explorado pelo México.

A segunda etapa foi mais tranquila para o México, que atormentou os asiáticos com Layún, Lozano e Chicharito. A seleção latina continuou a explorar os espaços do lado direito da zaga coreana e chegou perto de ampliar em chute de Lozano que passou por cima do gol.

O segundo gol que deu tranquilidade aos mexicanos no jogo veio com Chicharito. O maior artilheiro da história da seleção nacional chegou à marca de 50 gols em grande estilo. Aos 20 minutos, ele foi lançado na esquerda por Lozano, deixou o zagueiro no chão e tocou no canto para ampliar o marcador.

No final da partida ainda deu tempo de Son, principal nome da Coreia, receber um alento por lutar durante todo o jogo em busca de melhor sorte à sua seleção. Já nos acréscimos, aos 47, ele ajeitou para o pé esquerdo e acertou chute de rara felicidade perto do ângulo direito de Ochoa para marcar o único gol dos sul-coreanos na partida. O gol saiu tarde demais e não impediu a vitória dos mexicanos, que agora se veem muito próximos das oitavas de final.

FICHA TÉCNICA:

COREIA DO SUL 1 X 2 MÉXICO

COREIA DO SUL - Jo Hyeon-Woo; Lee Yong, Jang Hyun-Soo, Kim Yiung-Gwon e Kim Min-Woo (Hong Chul); Ju Se-Jong (Lee Seung-Woo), Ki Sung-Yueng, Moon Seon-Min (Jung Woo-Young) e Lee Jae-Sung; Hwang Hee-Chan e Son Heung-Min. Técnico: Shin Tae-Yong.

MÉXICO - Ochoa; Álvarez, Salcedo, Moreno e Gallardo; Herrera, Guardado (Rafa Márquez) e Layún; Vela (Giovanni dos Santos), Lozano (Jesús Corona) e Javier "Chicharito" Hernández. Técnico: Juan Carlos Osorio.

GOLS - Vela (pênalti), aos 25 minutos do primeiro tempo; Javier "Chicharito" Hernández, aos 20, e Son Heung-Min, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Kim Yiung-Gwon, Lee Yong, Jung Woo-Young e Lee Seung-Woo (Coreia do Sul).

ÁRBITRO - Milorad Mazic (Fifa/Sérvia).

PÚBLICO - Não divulgado.

LOCAL - Rostov Arena, em Rostov (Rússia).

A seleção brasileira sofreu nova baixa para o seu próximo compromisso na Copa do Mundo. Neste sábado, o médico Rodrigo Lasmar explicou que o meia-atacante Douglas Costa vai desfalcar a equipe no duelo da próxima quarta-feira com a Sérvia, em Moscou, pela última rodada do Grupo E da Copa do Mundo. O jogador da Juventus sofreu lesão na região posterior da coxa direita nos minutos finais do confronto com a Costa Rica, na sexta-feira, e vai desfalcar o time, assim como o lateral-direito Danilo.

Lasmar explicou que Douglas Costa não viajará a Moscou, ficando em Sochi, onde realizará trabalhos de recuperação com um dos fisioterapeutas do departamento médico da seleção brasileira. É uma situação semelhante a de Danilo, que sofreu lesão muscular na região do quadril direito na véspera do jogo com a Costa Rica, em atividade realizada na Arena Zenit, e também não viajará para o compromisso contra a Sérvia - a sua vaga foi ocupada por Fagner na sexta-feira, situação que se repetirá na quarta.

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"O Douglas foi diagnosticado com uma pequena lesão muscular. Assim sendo, não viajará conosco, ficará em Sochi, onde temos uma estrutura adequada para ele se recuperar o quanto antes, com um fisioterapeuta aqui. Ele vai continuar o processo de recuperação, juntamente com o Danilo, que não viaja e também faz trabalho de fisioterapia. Estamos otimistas com a participação deles na competição, dependendo claro do nosso desempenho na Copa. Não estamos poupando esforços para que eles ainda possam nos ajudar nessa trajetória", disse Lasmar.

De acordo com o médico da seleção brasileira, não está descartado o aproveitamento de Danilo e Douglas Costa na sequência da Copa do Mundo, desde que a equipe nacional consiga ir avançando de fase. Lasmar também explicou considerar o problema do meia-atacante mais grave, mas evitou realizar previsão sobre o período que ambos precisarão ficar sem atuar, não apontando nem o grau das lesões. "O caso que mais preocupa é o do Douglas Costa, mas o do Danilo não é muito diferente. Só que é um músculo secundário, então existe expectativa um pouco melhor com relação a ele", afirmou Lasmar.

Douglas Costa se apresentou a Tite no início da preparação do Brasil para a Copa do Mundo com uma lesão na coxa esquerda, sofrida no último compromisso da Juventus no Campeonato Italiano. E agora teve um problema na outra perna, em mais uma contusão que atrapalha a sua sequência com a camisa da seleção. O médico evitou apontar que o jogador da Juventus é mais propenso a se lesionar, avaliando que os seus problemas são "fatalidades".

"O que posso falar é que a lesão nessa coxa, nesse local, é inédita. Não se trata de uma lesão que vinha acontecendo. Anteriormente, ele teve na coxa esquerda, na posterior, agora na direita. No passado, teve lesões nos adutores. Não existe uma recorrência da mesma lesão. É um atleta que tem uma explosão muito grande, não se dosa durante os jogos e treinos, vai além de seu limite. Isso pode ser um fator a se considerar. Pela própria característica do jogador, isso é uma fatalidade", afirmou.

Além disso, Lasmar explicou que Douglas Costa se lesionou quando o placar ainda estava em 0 a 0, mas acabou permanecendo em campo, dando, inclusive, o passe para Neymar marcar o segundo gol do triunfo brasileiro por 2 a 0 sobre a Costa Rica.

"O Douglas se queixou dessa dor aproximadamente aos 39 minutos do segundo tempo. Logo em seguida, saiu o gol. Ele continuou em campo, não nos relatou nada na hora, mas posteriormente relatou que administrou um pouco (a situação). Ele conseguia correr, mas com velocidade menor. Vimos os lances algumas vezes. Nitidamente, ele coloca a mão na região da coxa algumas vezes", afirmou.

Romelu Lukaku provou neste sábado que é um dos candidatos a conquistar a artilharia da Copa do Mundo da Rússia. Com classe, precisão e presença de área, marcou dois gols ainda no primeiro tempo e ajudou a Bélgica a vencer a Tunísia por 5 a 2, no estádio do Spartak, em Moscou, pela segunda rodada do Grupo G do Mundial.

Além dele, o meia Eden Hazard também fez excelente partida e marcou outros dois gols da equipe, que no fim ainda balançou as redes com Batshuayi. Com o resultado, os belgas chegaram a seis pontos e praticamente carimbaram a passagem para as oitavas de final. Já os tunisianos dependem de uma improvável combinação de resultados para alcançar a segunda fase da competição.

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O jogo começou em ritmo acelerado e, logo aos quatro minutos, o meia Hazard, outro craque do time, entrou na área pelo lado direito e só foi parado com uma falta grotesca de Syam Ben Youssef. Aos seis, ele mesmo bateu e abriu o placar, para a festa da torcida da Bélgica.

A Tunísia, ao menos, mostrava coragem de atacar. O problema é que as jogadas ofensivas eram construídas mais na base da valentia e da coragem do que no pensamento e na habilidade. Com isso, espaços foram se abrindo em meio à linha defensiva do time. Aos 15, Mertens roubou a bola no meio do campo e tocou para Lukaku que, em velocidade, bateu no canto esquerdo, sem chance para o goleiro Ben Mustapha.

A coragem tunisiana foi recompensada dois minutos depois. Aos 17, o capitão Khazri levantou falta dentro da área pelo lado esquerdo, Bronn subiu mais que a zaga e testou firme no canto esquerdo da meta, sem chances para Courtois.

A partir daí, a partida ficou mais pegada, com maior marcação. Até o final da primeira etapa, a Bélgica tocou melhor a bola e até chegou com algum perigo à meta da seleção africana. O time ainda perdeu dois jogadores lesionados, mas mesmo assim parecia ter corrigido os erros de marcação. Parecia. Aos 47, Maaloul saiu jogando errado do campo de defesa e entregou a bola de presente para Mounier, que tabelou com De Bruyne e recebeu na entrada da área. Depois, viu Lukaku passar por trás dos zagueiros e tocou na medida para o artilheiro, que na saída do goleiro apenas tocou por cima, sutilmente. Um belo gol.

O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro, com a Bélgica se impondo na base da qualidade de seus jogadores. E não demorou muito para ampliar o placar. Aos seis minutos, De Bruyne deu uma aula de lançamento - colocou a bola por cima da zaga, no chamado "ponto futuro". Hazard apareceu por trás da zaga, cortou o goleiro e só empurrou para o fundo do gol.

Depois disso, o técnico da Bélgica, o espanhol Roberto Martinez deu um descanso para as suas estrelas e Lukaku e Hazard deixaram o jogo para a entrada de Fellaini e Batshuayi, mas o panorama não mudou. Os belgas continuavam envolvendo as duas linhas de marcação da Tunísia e quase chegaram ao quinto gol aos 33, quando Carrasco acertou belo chute de fora da área, o goleiro Ben Moustapha espalmou nos pés de Batshuayi, que, de dentro da pequena área, bateu no travessão.

Batshuayi teve outra grande chance de gol aos 35, quando Kevin De Bruyne fez ótima jogada pela esquerda e tocou para o atacante chutar forte, para excelente defesa do goleiro.

No fim, o jogo permanecia no mesmo cenário, mas de tanto insistir, Batshuayi fez o dele. Tielemans partiu pela direita do ataque e levantou na medida para o atacante chegar escorando, mais uma vez por trás da zaga, e mais uma vez sem chances para o goleiro.

Só que ainda tinha mais. Nos acréscimos foi a vez da Tunísia ir para cima e o time conseguiu descontar. Naguez partiu pela direita e cruzou para Khazri tocar de mansinho no canto direito do goleiro Cortuois.

Bom para a Bélgica, que com um saldo de seis gols positivos após duas rodadas, só não jogará por um empate na última partida para terminar a primeira fase na liderança do Grupo G se a Inglaterra vencer o Panamá neste domingo por no mínimo cinco gols de diferença.

FICHA TÉCNICA

BÉLGICA 5 X 2 TUNÍSIA

BÉLGICA - Courtois; Alderweireld; Boyata e Vertonghen; Meunier, De Bruyne, Witsel, Carrasco, Mertens (Tielemans) e Hazard (Batshuayi); Lukaku (Fellaini) . Técnico: Roberto Martinez.

TUNÍSIA - Ben Mustapha; Meriah, Syam Ben Youssef (Ben Alouane), Bronn (Naguez) e Maaloul; Skhiri, Sassi (Sliti) e Khaoui; Badri, Fakhreddine Ben Youssef e Khazri. Técnico: Nabil Maaloul.

GOLS - Hazard (pênalti), aos 6, Lukaku, aos 15 e aos 44, e Broon, aos 17 minutos do primeiro tempo; Hazard, aos 6, Batshuayi, aos 44, e Khazri, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO - Sassi (Tunísia).

ÁRBITRO - Jair Marrufo (Fifa/Estados Unidos).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Spartak Stadium, em Moscou (Rússia).R

O técnico Tite reconhece que a partida da seleção brasileira contra a Costa Rica, nesta sexta-feira na Arena Zenit, em São Petersburgo, é decisiva para o futuro na Copa do Mundo. Mas garante que, passada a ansiedade da estreia, a equipe vai saber se impor em campo.

"O jogo tem caráter decisivo em função do empate no primeiro jogo e temos consciência disso", admitiu o treinador, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira antes do último treinamento visando o confronto.

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Ele decidiu manter o time que iniciou o duelo contra a Suíça, mesmo admitindo que alguns jogadores não renderam o que era esperado e que a Copa, por ser um torneio rápido, exige respostas também imediatas para fazer os acertos necessários a uma equipe. "Na seleção tem uma pressão maior, porém, antes da pressão, existe coerência, confiança, discernimento e análise", defendeu.

Para Tite, sempre que a seleção entra em campo a cobrança é a mesma: o time tem de jogar bem e vencer. A partida contra os costarriquenhos não será diferente, e ele entende que a vitória virá até com relativa tranquilidade se as oportunidades de gol forem mais bem aproveitadas, algo que não ocorreu contra a Suíça.

O treinador também se definiu como "contente" com o apoio recebido da torcida em São Petersburgo. Na chegada da delegação, na noite de quarta-feira, cerca de quatro centenas de brasileiros foram à porta do hotel incentivar os jogadores e "lançaram" de forma oficial uma nova música de apoio, que fala dos cinco títulos conquistados e diz acreditar no hexa em sua letra.

"O carinho do torcedor emociona, é algo muito forte e a gente fica contente", agradeceu Tite. "Paralelamente a isso, porém, tem de manter o nível de concentração alto", advertiu.

A seleção do Marrocos tentou de tudo nesta quarta-feira em Moscou. No jogo contra Portugal, o time correu demais, perdeu pelo menos cinco excelentes oportunidades de fazer o gol e saiu de campo aplaudido de pé pela torcida marroquina, que compareceu em peso ao estádio Luzhniki. O problema é que, do outro lado, a equipe portuguesa conta com Cristiano Ronaldo. Preciso, o atacante demorou apenas quatro minutos para marcar o seu quarto gol na Copa (o quarto de sua seleção) e encaminhar a classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia.

Logo no começo da partida, Marrocos tentou partir para o ataque, mas a resposta portuguesa foi rápida. Aos quatro minutos, Bernardo Silva recebeu de Gonçalo Guedes pela direita, pedalou e cruzou. A bola desviou na defesa e saiu pela linha de fundo.

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Aos cinco minutos, no segundo escanteio seguido para Portugal, Cristiano Ronaldo abriu o placar. A bola foi bem batida por João Montinho e o astro se deslocou em velocidade e atacou a bola com ferocidade. A cabeçada foi tão forte que a bola estufou a rede marroquina. Foi o quarto gol dele no Mundial da Rússia.

Com o gol, Cristiano Ronaldo alcançou mais um recorde na carreira. Ele marcou o seu 89.º gol pela seleção portuguesa e superou a marca do lendário atacante húngaro Ferenc Puskas, que fez 88 gols pelas seleções da Hungria e da Espanha nos anos 1950 e 1960.

Três minutos depois, o craque quase marcou o segundo. Raphael Guerreiro conduziu a bola ao ataque e rolou para Cristiano Ronaldo, dentro da área. Ele dominou e, mesmo bem marcado, conseguiu chutar de perna direita. A bola passou raspando a trave direita do gol marroquino.

Mas a seleção de Marrocos não desistiu do ataque. Aos nove minutos, Ziyech bateu bem escanteio na segunda trave e o zagueiro Benatia, um dos destaques da Juventus de Turim, subiu alto e cabeceou para baixo, para boa defesa de Rui Patrício.

Depois disso, o jogo ficou pegado, cheio de faltas e as chances de gol desapareceram por um bom tempo. Portugal voltou a chegar com perigo aos 39, quando Gonçalo Guedes recebeu ótimo passe por cima da zaga de Cristiano Ronaldo. Ele entrou na área e chutou forte de pé esquerdo para boa defesa do goleiro marroquino El Kajoui.

Nos descontos da primeira etapa, aos 47, foi a vez de Marrocos assustar. Ziech bateu falta da linha de fundo pelao direita, Belhanda raspou a cabeça na bola e por pouco Benatia não conseguiu mandar para o gol e empatar a partida.

Com o gol marcado no primeiro tempo, Cristiano Ronaldo ainda atingiu outra marca importante - ele se tornou o quarto jogador nas últimas cinco Copas do Mundo a marcar, na mesma edição, pelo menos um gol de perna direita, um de perna esquerda e um de cabeça, isso em apenas dois jogos. Os outros foram James Rodríguez, da Colômbia, em 2014; Wesley Sneijder, da Holanda, em 2010; e Miroslav Klose, da Alemanha, em 2006.

A seleção de Marrocos voltou melhor no segundo tempo. Aos nove minutos, Belhanda recebeu bom passe de Amrabat, ajeitou o corpo e finalizou para boa defesa do goleiro português. Aos 11, de novo Rui Patrício apareceu para salvar Portugal. Ziyech levantou falta na área, Belhanda subiu livre e cabeceou no canto direito. O goleiro, que joga no Sporting, de Lisboa, se esticou todo e conseguiu espalmar.

Depois, Portugal se fechou ainda mais. O técnico Fernando Santos não conseguiu fazer seu time sair da defesa e acabou sendo pressionado por Marrocos até o final da partida. Ao menos, com as entradas de Bruno Fernandes e Gelson Martins, ele diminuiu os espaços e marcou melhor a bola parada marroquina.

Do lado de Marrocos, o time tentou de tudo, foi muito melhor nos 90 minutos, mas cometeu erros justo na hora da finalização. O time ainda teve duas excelentes chances para empatar a partida nos acréscimos. Primeiro, aos 45, Ziyach entrou na área pelo lado direito do ataque, passou por dois marcadores e bateu forte. A bola desviou na zaga portuguesa e saiu para escanteio. Depois, aos 47, Benatia pegou rebote na área e de frente para o gol finalizou por cima do gol de Rui Patrício.

A terceira e última rodada do Grupo B será disputada na segunda-feira, dia 25, quando Portugal jogará contra o Irã e Marrocos vai encarar a Espanha. As duas partidas começam às 15h (horário de Brasília).

FICHA TÉCNICA

PORTUGAL 1 X 0 MARROCOS

PORTUGAL - Rui Patrício; Cedric, Pepe, Jose Fonte e Raphael Guerreiro; William, João Moutinho (Adrien Silva), João Mário (Bruno Fernandes) e Bernardo Dias (Gelson Martins); Gonçalo Guedes e Cristiano Ronaldo. Técnico: Fernando Santos.

MARROCOS - Monir El Kajoui; Nabil Dirar, Mehdi Benatia, Manuel da Costa e Achraf Hakimi; Mbark Boussoufa, Karim El Ahmadi (Fayçal Fajr ), Hakim Ziyach, Younes Belhanda (Mehdi Carcela) e Noureddine Amrabat; Khalid Boutaib (Ayoub El Kaabi). Técnico: Herve Renard.

GOL - Cristiano Ronaldo, aos 4 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Mark Geiger (EUA).

CARTÕES AMARELOS - Mehdi Benatia e Adrian Silva.

PÚBLICO - 78.011 torcedores.

LOCAL - Estádio Luzhniki, em Moscou (RUS).

O atacante Neymar deixou o treinamento da seleção brasileira nesta terça-feira, em Sochi, logo no seu aquecimento. Após ficar de fora da atividade da segunda, o jogador do Paris Saint-Germain abandonou o treino depois de alguns minutos, aparentando incômodo e frustração por causa de dores no seu tornozelo direito. Ele já havia sido poupado do treinamento anterior, mas a CBF assegura que ele participará da atividade de quarta, que será toda fechada à imprensa.

Nesta terça-feira, Neymar parecia tranquilo antes do treino, acenando aos torcedores na sua chegada ao local do trabalho, realizado na estrutura do estádio Slava Metreveli, e também contando com um novo visual - um corte de cabelo curto. Mas as suas reações durante os 20 minutos abertos à imprensa levantaram preocupações sobre a sua condição física, algo que ocorre desde que ele operou o pé direito.

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Após um aquecimento ao lado dos demais jogadores convocados por Tite para a Copa, Neymar passou a participar de uma roda de bobinho com um grupo reduzido de companheiros. Ele parecia sentir incômodo na região do pé praticamente a cada toque na bola, quase sempre pisando o solo na sequência. E, depois de um desses momentos, abandonou o trabalho, chutando forte a bola, claramente aparentando frustração.

Ao sair do treino mancando, Neymar estava acompanhado de Bruno Mazziotti, fisioterapeuta da seleção brasileira. Posteriormente, a assessoria de imprensa da CBF assegurou que o problema do atacante são dores no tornozelo direito, provocadas por pancadas recebidas no jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo, o que o fez, inclusive, perder o treino de segunda-feira.

Neymar passou por cirurgia no quinto metatarso do pé direito no dia 3 de março, em Belo Horizonte, após se lesionar quando estava em ação pelo PSG. O atacante retornou aos gramados nos amistosos preparatórios da seleção para a Copa do Mundo, no início de junho, e atuou pela primeira vez por 90 minutos na estreia do Brasil na competição, no último domingo, no empate por 1 a 1 com a Suíça, em Rostov.

Naquela oportunidade, sofreu dez faltas e mancou em alguns momentos, ainda que não tenha recebido atendimento médico dentro de campo e nem sido substituído. E esse problema o afastou do primeiro treinamento da equipe após esse compromisso e seria a razão da saída da atividade desta terça, de acordo com a CBF.

Na última segunda-feira, Neymar foi um dos três jogadores poupados do treinamento da seleção em Sochi - os outros foram o zagueiro Thiago Silva e o volante Paulinho -, mas a CBF assegurou que a situação deles não preocupava para o duelo com a Costa Rica, sexta-feira, em São Petersburgo, pela segunda rodada do Grupo E da Copa do Mundo. E todos eles, inclusive, foram a campo, deixando, ao menos inicialmente, a seleção completa para essa atividade.

Mais uma vez, o trabalho contou com a presença de diversos familiares de jogadores da seleção, como os filhos e esposa do zagueiro Thiago Silva. Mas as atenções acabaram mesmo se voltando para Neymar com as dores no seu tornozelo direito, ainda que a CBF assegure a sua participação no treinamento de quarta-feira e também no confronto com a Costa Rica.

Com um a menos por praticamente toda a partida, a Colômbia não teve forças para aguentar a pressão e perdeu por 2 a 1 para a seleção japonesa nesta terça-feira, na Arena Mordovia, em Saransk, pela primeira rodada do Grupo H.

A derrota do time sul-americano começou a ser desenhada logo aos 2 minutos e 54 segundos de partida, quando o volante Carlos Sánchez colocou a mão na bola dentro da área e foi expulso. Foi o primeiro cartão vermelho na Copa da Rússia e a segunda expulsão mais rápida na história dos Mundiais. Só ficou atrás do uruguaio José Alberto Batista, expulso com 54 segundos de jogo, em 1986.

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O Japão abriu o placar em pênalti convertido por Kagawa. A Colômbia, na correria, reagiu e igualou o marcador com Quinteros. O meia cobrou falta à la Ronaldinho Gaúcho, por baixo da barreira e enganou o goleiro Kawashima, que defendeu atrás da linha do gol e, inutilmente, bem na Copa da tecnologia, tentou alegar que a bola não havia entrado.

No segundo tempo, a seleção japonesa teve calma oriental para chegar à vitória. Colocou a bola no chão e não deixou os colombianos jogarem. Até que Osako, de cabeça, deu números finais ao jogo. A Colômbia colocou então James Rodríguez em campo. O jogador do Bayern de Munique começou na reserva por desgaste muscular. Mas nem ele, nem Falcao Garcia, que estreou em Copas do Mundo, nada puderam fazer com a desvantagem numérica.

A seleção colombiana volta a campo no próximo domingo, às 15h (de Brasília) para enfrentar a Polônia em Kazan. O Japão, no mesmo dia, às 12h, jogará contra Senegal em Ecaterimburgo.

O JOGO - A bola nem bem tinha começado a rolar e a zaga colombiana vacilou. Osako saiu livre e chutou em cima de Ospina. Na sobra, Inui bateu e Carlos Sánchez tocou com o braço dentro da área. O árbitro marcou pênalti e ainda expulsou o volante colombiano. Kagawa cobrou com tranquilidade e abriu o placar.

A partir daí o jogo ficou aberto. A Colômbia, na base da correria, partiu para cima do Japão, que passou a explorar os contra-ataques. Em um deles, Inui chutou com perigo e a bola tirou tinta da trave do goleiro Ospina.

Com mais receio de levar o segundo do que de fazer o primeiro, o técnico colombiano José Pékerman tirou o meia Cuadrado para a entrada do volante Barrios. Mas logo após a mudança, o time colombiano chegou ao gol. Aos 39, Quintero cobrou falta da entrada da área e fez.

O goleiro japonês Kawashima defendeu a bola dentro do gol e tentou alegar que não havia ultrapassado a linha. Não precisava nem do chip na bola para ver que o goleiro estava errado. Mas mesmo assim, a Fifa confirmou o gol no telão do estádio.

No segundo tempo, o Japão passou a cadenciar o jogo. Tocava a bola de um lado para o outro com calma à procura de um espaço para finalizar. A estratégia funcionou e a seleção colombiana não conseguia chegar ao ataque adversário.

Pékerman, então, decidiu mandar a campo James Rodríguez no lugar de Quinteros. Mas não adiantou muito. O Japão mandava na partida, o goleiro Ospina surgia como um dos grandes nomes até Colômbia até que veio o segundo gol do time oriental. Aos 27, após cobrança de escanteio, Osako subiu de cabeça e desviou para as redes.

A Colômbia foi para o tudo ou nada. James Rodríguez teve boa chance ao receber dentro da área, mas foi travado na hora do chute. O time sul-americano, no entanto, tinha dificuldade para tomar a bola dos japoneses. E quando ia ao ataque também demonstrava nervosismo para chegar ao gol. No fim, o Japão manteve a calma e garantiu a vitória na estreia.

FICHA TÉCNICA:

COLÔMBIA 1 X 2 JAPÃO

COLÔMBIA - Ospina; Arias, Murillo, Davinson Sánchez e Mojica; Carlos Sánchez, Lerma, Izquierdo (Bacca), Quintero (James Rodríguez) e Juan Cuadrado (Barrios); Falcao Garcia. Técnico: Jose Pékerman.

JAPÃO - Kawashima; H. Sakai, Yoshida, Shoji e Nagatomo; Hasebe, Shibasaki, Inui, Kagawa (Honda) e Haraguchi; Osako. Técnico: Akira Nishino.

GOL - Kagawa, aos cinco, e Quintero, aos 39 minutos do primeiro tempo; Osako, aos 27 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Damir Skomina (Eslovênia)

CARTÕES AMARELOS - Barrios e James Rodríguez(Colômbia).

CARTÃO VERMELHO - Carlos Sánchez (Colômbia).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena Mordovia, Saransk.

A Inglaterra precisou suar muito, mas arrancou uma importante vitória na estreia da Copa do Mundo, nesta segunda-feira, graças à estrela de Harry Kane. O artilheiro do Tottenham brilhou para marcar os dois gols do triunfo por 2 a 1 sobre a Tunísia, sendo o segundo já nos acréscimos da etapa final, e fez a festa da fanática torcida em Volgogrado.

Foi um jogo que mostrou o melhor e o pior desta renovada seleção inglesa. A equipe teve um início avassalador, desperdiçou chance atrás de chance e marcou logo aos 10 minutos, com Kane. Depois, um apagão, que culminou no gol de pênalti de Sassi e em um segundo tempo que se arrastava monótono. Isso até os 46 minutos, quando Kane voltou a aparecer para garantir a vitória suada.

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Se o desempenho não foi dos mais animadores, os três pontos são importantíssimos para uma seleção que tenta apagar a má impressão de Copas recentes, principalmente a de 2014, quando a Inglaterra caiu ainda na primeira fase. Agora, uma vitória diante do Panamá, domingo, em Nijni Novgorod, pode garantir a classificação às oitavas.

Já a Tunísia pode se orgulhar de ter feito o primeiro gol africano do Mundial da Rússia e de segurar o adversário durante boa parte do confronto, mas certamente se lamentará pelo gol sofrido no fim. No sábado, precisa de uma vitória sobre a favorita Bélgica, em Moscou, para manter a possibilidade de avançar neste Grupo G.

Se o resultado foi suado, o início de jogo nesta segunda deu a impressão de que seria um passeio da Inglaterra, que criou três chances seguidas com menos de cinco minutos. Sterling perdeu sem goleiro de forma incrível, e Hassen fez grandes defesas nas finalizações de Lingard e Harry Kane.

Aos 10, o goleiro voltou a aparecer ao espalmar cabeçada firme de Stones, após escanteio da esquerda, mas a sobra caiu nos pés de Kane, que completou para o gol vazio. Para piorar, Hassen ainda se contundiu no lance e precisou deixar o gramado, chorando muito.

O cenário era dos piores para a Tunísia, mas diante de um surpreendente recuo inglês, o time africano cresceu e passou a incomodar, principalmente nas costas de Ashley Young, um pouco perdido atuando vezes como lateral, vezes como ala. Por ali, Skhiri tentou o cruzamento, Walker acertou o braço em Fakhreddine Ben Youssef e o árbitro marcou pênalti. Sassi bateu no canto direito de Pickford e deixou tudo igual.

O gol voltou a acordar a Inglaterra, que pressionou e seguiu desperdiçando chances. Aos 38, Dele Alli aproveitou escanteio pela esquerda, recolocou para a área e viu Stones perder sozinho. Lingard, aos 42, repetiu o zagueiro e acertou a defesa tunisiana ao ficar sozinho na marca do pênalti. E no minuto seguinte, o meia ainda bateu na trave, após lindo lançamento de Trippier.

Para o segundo tempo, os ingleses apostaram na marcação por pressão, incomodaram a saída de bola adversária, mas viram as chances ficarem escassas. Os tunisianos, por sua vez, deixavam o jogo se arrastar e não escondiam a satisfação com a igualdade.

O domínio territorial não era suficiente, e Southgate decidiu mudar. Colocou o jovem Rashford na vaga de Sterling e passou a insistir ainda mais nos cruzamentos e lançamentos para a área. Fechada, a Tunísia afastava o perigo a cada tentativa inglesa, sem maiores dificuldades.

Mas foi na base da insistência, e pelo alto, que a Inglaterra chegou à vitória chorada, aos 46 minutos. Após escanteio da direita, Maguire desviou de cabeça e Harry Kane, na pequena área, finalizou para a rede, sem chances para o goleiro.

 

FICHA TÉCNICA:

TUNÍSIA 1 X 2 INGLATERRA

TUNÍSIA - Hassen (Ben Mustapha); Meriah, Syam Ben Youssef, Bronn e Maaloul; Sassi, Skhiri e Badri; Fakhreddine Ben Youssef, Khazri (Saber Khalifa) e Sliti (Ben Amor). Técnico: Nabil Maalouol.

INGLATERRA - Pickford; Walker, Stones e Maguire; Trippier, Henderson, Lingard (Dier), Dele Alli (Loftus-Sheek) e Ashley Young; Sterling (Rashford) e Harry Kane. Técnico: Gareth Southgate.

GOLS - Harry Kane, aos 10, e Sassi, aos 32 minutos do primeiro tempo. Harry Kane, aos 46 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (Fifa/Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Walker (Inglaterra).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Arena Volgogrado, em Volgogrado (Rússia).

Pela primeira vez nesta Copa do Mundo, uma seleção apontada como franca favorita para uma partida não decepcionou. Contando com boa atuação de Eden Hazard e com o oportunismo de Lukaku, a Bélgica bateu o Panamá por 3 a 0 em Sochi, em partida válida pelo Grupo G. O jogo marcou a estreia panamenha em Mundiais e, até por isso, foi uma grande festa.

Na véspera da partida, o técnico espanhol Roberto Martínez, que comanda o time belga, havia dito que o Panamá tinha "uma das histórias mais bonitas desta Copa", lembrando a classificação ao Mundial e o orgulho do feito para o país. E o que se viu no Fisht Stadium nesta segunda-feira corroborou com o discurso.

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A seleção panamenha carece de técnica e tem um grupo de jogadores comuns, mas em campo todos eles substituíram isso por muita entrega. O time chegou a atrasar em alguns segundos o protocolo inicial da partida porque decidiu fazer uma rodinha dentro de campo para desejar sorte uns aos outros. O apelo do árbitro para que se alinhassem para a partida mal foi ouvido.

Se deixou a desejar em qualidade no gramado, fora dele o Panamá foi o grande vitorioso. Seus torcedores estavam em maior número nas arquibancadas e fizeram um espetáculo digno das melhores Copas do Mundo. Começou no momento da execução do hino, cantado a plenos pulmões. Depois, os panamenhos vibravam quando sua seleção tinha um escanteio a favor ou mesmo quando os zagueiros Escobar e Román Torres rifavam a bola ao ataque de qualquer maneira. E quando Blas Perez ou Rodriguez conseguiam colocar a bola no chão e buscar um contragolpe, era puro êxtase nas arquibancadas.

Do outro lado, a Bélgica era dona do jogo propriamente dito. A despeito do primeiro tempo difícil, demonstrou ser uma equipe muito bem treinada, com boas opções ofensivas e jogadores perigosos a partir do meio de campo. O placar final de 3 a 0, nesse sentido, foi mais do que justo.

O capitão Eden Hazard foi o grande articulador do time, mas as jogadas de ataque não passavam apenas pelos seus pés. Mertens, na direita, e Carrasco, pela esquerda, se revezavam nos avanços até a linha de fundo e tentativas de arremate. Pelo miolo da área, Lukaku estava preso entre os defensores, mas era sempre uma opção, principalmente pelo alto.

Nesse ritmo, era uma questão de tempo para os belgas construírem a vitória. Se faltou capacidade para o time furar o bloqueio panamenho na primeira etapa, na segunda o time soube aproveitar seu qualificado toque de bola e o cansaço do adversário. Para facilitar ainda mais, um golaço de Mertens logo aos 2 minutos jogou por terra toda a estratégia defensiva do Panamá. Lukaku, aos 24 e aos 30, fechou o placar.

Após a boa estreia desta segunda-feira, a Bélgica voltará a atuar no próximo sábado, quando enfrenta a Tunísia, às 9 horas (de Brasília), em Moscou. No domingo, no mesmo horário, o Panamá terá pela frente a Inglaterra, em Nijni Novgorod.

FICHA TÉCNICA

BÉLGICA 3 X 0 PANAMÁ

BÉLGICA - Courtois; Alderweild, Boyata e Vertonghen; Witsel (Chadli), De Bruyne, Carrasco (Dembele) e Meunier; Eden Hazard, Mertens (Thorgan Hazard) e Lukaku. Técnico: Roberto Martínez.

PANAMÁ - Penedo; Murillo, Roman Torres, Escobar e Davis; Gomez, Cooper, Godoy, José Luis Rodriguez (Diaz) e Barcenas (Gabriel Torres); Blas Perez (Tejada). Técnico: Hernán Gomez.

GOLS - Mertens, aos 2, e Lukaku, aos 24 e aos 30 do segundo tempo.

ÁRBITRO - Janny Sikazwe (ZAM).

CARTÕES AMARELOS - Meunier, Vertonghen e De Bruyne (Bélgica); Davis, Barcenas, Cooper, Murillo e Godoy (Panamá).

PÚBLICO - 43.257 torcedores.

LOCAL - Fisht Stadium, em Sochi.

A CBF confirmou nesta segunda-feira que enviará nas próximas horas um documento formal à Fifa em que reclama da arbitragem do mexicano Cesar Ramos na estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia, o empate por 1 a 1 com a Suíça, no último domingo, em Rostov. A revolta envolve a não marcação de falta do meio-campista Zuber no zagueiro Miranda no lance do gol da equipe adversária.

Na carta, que será enviada à Comissão de Arbitragem da Fifa, a CBF vai declarar que considera estranho que Ramos não tenha nem solicitado a utilização do árbitro de vídeo no lance. Para a entidade, o protocolo para o uso do VAR não foi cumprido pelo juiz, seus assistentes e pelos árbitros de vídeo, sendo que o recurso já foi utilizado em diversas oportunidades no começo desta edição da Copa do Mundo.

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Os brasileiros também reclamaram de um pênalti em Gabriel Jesus, que teria sido puxado por um zagueiro dentro da área, no segundo tempo. Mas o próprio técnico Tite entendeu ser sido este um lance interpretativo, assim como outros membros da sua comissão e até mesmo companheiros do atacante do Manchester City, que assegura ter sido derrubado no lance, quando o placar estava empatado por 1 a 1.

Para os membros da CBF e da seleção, se os lances eram duvidosos, deveria ter ocorrido a consulta ao VAR, mesmo que o árbitro optasse por não marcar a falta em Miranda, principal alvo da reclamação da entidade, assim como o pênalti em Gabriel Jesus. Além disso, há dúvidas sobre como e se Ramos recebeu informações de que as duas jogadas reclamadas pela equipe nacional foram legais.

A reclamação formal da CBF a ser enviada à Fifa foi confirmada após uma série de decisões envolvendo membros da comissão técnica de Tite e da diretoria da confederação. A decisão, inclusive, vai em direção um pouco diferente da adotada pelo treinador na entrevista coletiva após o duelo com a Suíça no último domingo. O comandante reclamou do trabalho do árbitro mexicano, mas também declarou que a discussão não deveria ser expandida, até para não ser vista como uma tentativa de minimizar o resultado abaixo do esperado na estreia brasileira na Copa do Mundo.

Mais cedo, a Fifa avaliou como boa a atuação de Ramos, o que teria irritado ainda mais a cúpula da CBF. Essa defesa do trabalho do árbitro mexicano, inclusive, teria pesado na decisão da confederação de enviar o documento reclamando do trabalho do árbitro.

Com um gol de pênalti assinalado pelo VAR, a Suécia venceu a Coreia do Sul por 1 a 0 nesta segunda-feira, em Nijni Novgorod, pelo Grupo F da Copa do Mundo. A seleção europeia foi melhor na partida, criou as principais chances de gol e precisou sofrer duas penalidades claras para uma ser assinalada pelo árbitro de vídeo. O juiz de campo, Joel Aguilar, havia ignorado as duas infrações.

O capitão sueco Granqvist bateu e garantiu os três pontos. Vale lembrar que os classificados dessa chave enfrentarão quem avançar do grupo do Brasil. No outro duelo, o México venceu a Alemanha por 1 a 0 no domingo. A Suécia agora volta a campo no próximo sábado, às 15h (de Brasília) quando enfrentará os alemães, em Sochi. A Coreia do Sul, no mesmo dia, às 12h, encara o México.

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O duelo desta segunda-feira começou, na verdade, há algumas semanas. As seleções travaram uma verdadeira guerra nos bastidores. A delegação sueca chegou a enviar um espião para os treinos secretos dos sul-coreanos. Mas o agente europeu, que alugou uma casa próxima ao centro de treinamento, foi descoberto.

Do outro lado, o técnico Shin Tae-yong revelou que trocou constantemente os números da camisa de seus jogadores no período de treinos e amistosos para confundir os analistas suecos. E justificou: "Sei que para os europeus é difícil distinguir os asiáticos, por isso que não revelamos os números."

Com a bola rolando, a Suécia foi melhor. No primeiro tempo, Berg criou as principais chances de gol. A camisa 9, no entanto, demonstrou falta de categoria no momento das finalizações. Na primeira, ele recebeu livre quase na pequena área, tinha o gol escancarado, mas chutou em cima do goleiro Hyun-Woo.

Na segunda, após bate-rebate na área, ele foi travado na hora do chute por Kim Young-Gwon. Na terceira, Berg fez o mais difícil que foi matar no peito um lançamento que ia para linha de fundo. Colocou a bola no chão, mas na saída do goleiro tentou bater com a parte externa do pé e a bola foi em direção da lateral.

Os suecos ainda reclamaram de um pênalti não assinalado pelo árbitro na etapa inicial. Toivonen invadiu a área pela direita e levou uma tesoura de Ki Sung-Yueng. A Coreia do Sul jogou recuada e a única alternativa para buscar o gol era a velocidade do bom atacante Son Heung-min, do Tottenham. O jogador, no entanto, conseguiu dar apenas uma arrancada pela ponta direita, mas ninguém apareceu na área.

Os coreanos foram assustar mesmo somente no segundo tempo, quando Koo aproveitou cruzamento, subiu livre e cabeceou com perigo. A bola tocou a rede pelo lado de fora. Os suecos responderam também na bola aérea e Toivonen testou firme para defesa de Hyun-woo.

Os europeus continuavam melhor em campo e quase foram prejudicados mais uma vez pela arbitragem que não viu um pênalti escandaloso. Kim Min-Woo deu um carrinho na perna de Claesson dentro da área. O jogo seguiu, mas foi parado segundos depois para análise do árbitro de vídeo, que enfim assinalou a penalidade. O capitão Granqvist cobrou com tranquilidade no canto esquerdo do goleiro, que caiu para o outro lado.

A Coreia do Sul demonstrou ser uma equipe frágil no ataque. Tirando Son, a equipe não conseguia esboçar reação. A única oportunidade de empate veio no último minuto em um cabeceio de Hwang Hee-chan, que, livre, mandou para fora.

FICHA TÉCNICA:

SUÉCIA 1 X 0 COREIA DO SUL

SUÉCIA - Olsen; Augustinsson, Granqvist, Jansson e Lustig; Larsson (Svensson), Ekdal (Hiljemark), Claesson e Forsberg; Berg e Toivonen (Thelin). Técnico: Anderson Janne.

COREIA DO SUL - Cho Hyun-woo; Lee Yong, Jang Hyung-soo, Kim Young-gwon e Park Joo-ho (Kim Min-woo); Ki Sung-yueng, Lee Jae-Sung, Koo Ja-cheol (Lee Seung-Woo); Hwang Hee-chan, Son Heung-min e Kim Shin-wook. Técnico: Shin Tae-Young.

GOL - Granqvist, aos 19 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Joel Aguilar (El Salvador).

CARTÕES AMARELOS - Shin-Wook e Hwang (Coreia do Sul) e Claesson (Suécia)

PÚBLICO - 42.300 torcedores.

LOCAL - Nijni Novgorod Stadium, em Nijni Novgorod (RUS).

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