Tópicos | Copa do Mundo Rússia 2018

O técnico da França, Didier Deschamps, afirmou nesta segunda-feira que a semifinal da Copa do Mundo nesta terça contra a Bélgica, às 15 horas (de Brasília), em São Petersburgo, vai trazer uma estranha sensação para um antigo companheiro. Atual auxiliar técnico dos belgas, o ex-atacante francês Thierry Henry vai enfrentar o país pela primeira vez e, em especial, antigos companheiros de seleção.

Deschamps relembrou em entrevista coletiva da convivência com o Henry nos tempos de jogador. Juntos, foram campeões da Copa de 1998 e da Eurocopa de 2000, além de atuarem por um curto período na Juventus, da Itália. O treinador francês disse que, para o antigo colega, a semifinal vai proporcionar um desafio complicado, o de se ver como rival do próprio país onde nasceu.

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"No futebol é comum situações em que você troca de clube e enfrenta antigos companheiros. Mas no caso dele é diferente. Agora vai enfrentar a sua nação. Mas ele soube que quando foi trabalhar na Bélgica que isso um dia poderia acontecer", afirmou Deschamps. Henry é auxiliar da seleção belga desde 2016, quando o treinador espanhol Roberto Martínez assumiu o comando.

O ex-atacante disputou quatro Copas pela França e participou dos dois melhores resultados do país em mundial: o título em 1998 e o vice, em 2006. Henry é o maior artilheiro da história da seleção e o segundo jogador que mais vestiu a camisa francesa, atrás somente de Lilian Thuram. O histórico pela equipe fez Deschamps ressaltar a admiração que tem pelo antigo colega e agora adversário.

"Estou muito feliz por ele. Fomos companheiros na seleção. Ele era jovem e eu já estava no fim da carreira. Thierry fez grandes coisas pelo futebol, admiro o trabalho dele, mas ele está em uma situação muito difícil. Não é comum ter de enfrentar o próprio país, ainda mais em um jogo tão importante como este", afirmou Deschamps, que foi o capitão da seleção francesa campeã do mundo em 1998. Henry ainda chegou a jogar pela França com o goleiro e capitão Hugo Lloris. Ambos disputaram a Copa de 2010 pelo país.

Mesmo a um dia de enfrentar a França pela semifinal da Copa do Mundo, em São Petersburgo, a Bélgica ainda vive o êxtase da vitória sobre o Brasil. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o técnico da equipe, Roberto Martínez, voltou a comentar a classificação obtida na última sexta-feira, em Kazan, ao dedicar o resultado ao seu antecessor, Marc Wilmots, e falar que o placar foi uma vingança.

O ex-treinador da Bélgica estava em campo no confronto anterior com o Brasil, válido pelas oitavas de final da Copa de 2002. O então atacante Wilmots chegou a marcar de cabeça e abrir o placar naquela partida, mas o lance acabou anulado de forma equivocada pelo árbitro por falta no zagueiro Roque Junior. Depois disso, no segundo tempo, a seleção brasileira marcou duas vezes e venceu.

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O atual treinador da equipe, o espanhol Martínez, disse que o resultado positivo sobre o Brasil foi uma forma de amenizar a frustração do seu antecessor pela partida de 2002. "Sempre que assumo uma equipe, tento aproveitar o que o treinador fez de positivo. Wilmots fez um gol contra o Brasil que foi mal anulado em uma Copa do Mundo. Então, acho que nossa vitória foi uma vingança para ele", comentou.

Martínez está há dois anos no comando da Bélgica e destacou na entrevista a possibilidade de fazer história. A equipe jamais chegou a uma final de Copa do Mundo e, com a campanha na Rússia, igualou o melhor resultado da seleção, o quarto lugar obtido em 1986, no México. A única final de grande torneio disputada pelo país foi a Eurocopa de 1980, na Itália, quando perdeu por 2 a 1 para a Alemanha.

O treinador tem uma dúvida para escalar o time. O zagueiro Meunier está suspenso por ter recebido o segundo cartão amarelo e deve fazer a Bélgica mudar de esquema. Em vez do 3-4-3, como usado contra o Brasil, pode ser a vez de retornar a formação com quatro defensores. "Em alguns jogos você precisa de um quarteto nessa última linha. Nosso grupo tem a incrível capacidade de mudar o jeito de jogar e uma inteligência para se adaptar", comentou.

A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) anunciou nesta segunda-feira o nome de Luis Enrique como novo técnico da seleção nacional. O ex-treinador do Barcelona, de 48 anos, chega para a vaga que havia sido ocupada emergencialmente por Fernando Hierro na Copa do Mundo.

"A decisão foi unânime. Eu gosto muito do compromisso dele. Ele deixou passar oportunidades econômicas melhores para treinar a seleção", revelou o presidente da RFEF, Luis Rubiales. "Este treinador cumpre todos os parâmetros e os critérios adotados pela direção esportiva."

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Luis Enrique é a aposta da RFEF para acabar com o princípio de crise instaurado na seleção às vésperas da Copa. A dois dias da estreia da Espanha, o técnico Julen Lopetegui foi demitido pela entidade por ter fechado com o Real Madrid, para onde iria após a disputa do Mundial. O diretor esportivo Hierro, então, assumiu o comando para o torneio.

A campanha da Espanha na Rússia, porém, ficou bem abaixo do esperado. Em quatro partidas, venceu apenas uma vez e empatou as outras três, incluindo diante da Rússia, nas oitavas, quando foi eliminada nos pênaltis. A RFEF, então, definiu que Hierro não seguiria como técnico e lhe ofereceu novamente o cargo de diretor esportivo, que foi recusado por ele.

Horas antes do anúncio de Luis Enrique, a entidade já havia determinado o substituto de Hierro no cargo diretivo: o ex-goleiro José Francisco Molina. E após uma breve reunião, da qual o novo dirigente participou, o nome do novo treinador também foi definido.

Como treinador, Luis Enrique trabalhou na Roma, no Celta de Vigo e no Barcelona, tanto no time B quanto no principal. No comando do clube catalão, faturou nove títulos em três anos: uma Liga dos Campeões, um Mundial de Clubes, uma Supercopa da Europa, dois Campeonatos Espanhóis, três Copa do Rei e uma Supercopa Espanhola.

Luis Enrique também possui história na seleção espanhola, como jogador. Ele vestiu as cores da seleção por quase dez anos e participou de três Copas do Mundo: 1994, 1998 e 2002. Também integrou a equipe que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona. No total, representou o país em 62 oportunidades e marcou 12 gols.

A chegada de parte da Seleção Brasileira no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (8), frustrou a pequena torcida que esperava desde a madrugada com muita ansiedade os sete jogadores e a equipe técnica que desembarcaram na cidade. Separados em dois grupos, uma parte foi recebida com festa pela torcida, e outra, que optou pelo portão principal, teve a recepção principalmente de quem também chegava à cidade ou esperava no desembarque do aeroporto.

O primeiro a sair pela porta principal foi Gabriel Jesus, que não falou com a imprensa, assim como Geromel e Taison. Apenas o volante Casemiro deu uma pequena entrevista e fez balanço positivo da Copa. "Aconteceram muitas coisas boas, não é o fim de uma era. A comissão seguirá fazendo um grande trabalho. Todos perdem e ganham juntos", afirmou.

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O avião vindo da Rússia, com escala em Madri, chegou por volta das 5h30 no Rio. Sem informação de onde seria o desembarque, imprensa e torcedores iam de uma ponta a outra do aeroporto para tentar encontrar os jogadores.

A chegada de Tite foi muito comemorada, mas o técnico tentou escapar da imprensa. Em rápida declaração, disse que só queria retribuir o carinho da torcida. "Quero agradecer de coração, muito obrigado", disse aos cerca de 20 torcedores que desde às 5h circulavam pelo aeroporto à procura da comitiva.

Julia Lopes, 13 anos, moradora da Penha, zona norte do Rio, estava com a amiga Luana, da mesma idade, e a mãe dela, Renata. Júlia queria ver o Neymar, o único dos jogadores previstos para desembarcar no Rio e que não foi visto por ninguém. Luana, maquiada com as cores do Brasil, não poupava elogios à equipe eliminada nas quartas de final pela Bélgica. "Eles deram tudo deles, a gente só tem muito amor e carinho para dar para eles. Sou muita fã do Neymar", disse a estudante da oitava série.

A mãe, Renata, 41, assistente administrativa, disse apoiar a seleção mas reclamou da desorganização na chegada. "Não somos marginais, só queremos recebê-los", comentou sobre a confusão do desembarque.

Crianças de até 4 anos fizeram questão de vir com os pais receber os jogadores, como o caso de David Santana, que saiu da Lapa, bairro central do Rio, às 4h30 com os dois filhos, Bernardo, de 4, e Pedro, de 10 anos, para ver a chegada da seleção. "Eu ia vir na vitória, então vim na derrota, para lembrar a eles que eles têm apoio", disse Santana.

Após 20 anos, a seleção da Croácia voltará a disputar uma semifinal de Copa do Mundo. O time de Modric e Rakitic voltou a sofrer neste sábado, mas eliminou a anfitriã Rússia nos pênaltis por 4 a 3, após empate por 2 a 2 na prorrogação e 1 a 1 no tempo normal, na despedida da cidade de Sochi do Mundial. O brasileiro Mario Fernandes oscilou de herói a vilão da Rússia, com um gol decisivo no tempo extra, mas uma penalidade perdida no fim.

Em um confronto marcado pelo equilíbrio do início aos pênaltis, Brozovic, Modric, Vida e Rakitic converteram as cobranças - Kovacic foi o único a desperdiçar pelos croatas. Do lado da Rússia, Dzagoev, Ignashevich e Kuzyaev balançaram as redes, enquanto Smolov e Mario Fernandes perderam suas cobranças. O brasileiro mandou para fora.

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A seleção croata não chegava tão longe em uma Copa desde 1998, quando foi a terceira colocada, com direito a ter o artilheiro daquela competição, o atacante Davor Suker - ele é o atual presidente da Federação Croata de Futebol.

Os gols deste sábado, em tempo normal, saíram somente no primeiro tempo. Cheryshev chegou ao seu quarto gol na Copa ao colocar os anfitriões em vantagem, aos 30. Mas, oito minutos depois, Kramaric empatou. Depois disso, o jogo se arrastou entre muita cautela e investidas pontuais em ambos os ataques, tanto no segundo tempo quanto no início da prorrogação.

Até que, antes do intervalo, um lance de bola fez a Croácia virar o placar. Vida escorou de cabeça, após cobrança de escanteio na área, e quase se tornou o herói da Croácia na partida. Só não o foi porque a Rússia empatou no segundo tempo da prorrogação, com gol de cabeça de Mario Fernandes. Na quarta prorrogação desta Copa, foi a primeira vez que houve gol no tempo extra.

O novo empate forçou a disputas de pênaltis, como acontecera com as duas seleções nas oitavas de final. E a Croácia venceu esta disputa pela segunda vez consecutiva nesta Copa.

Assim, na semifinal, eles terão como dificuldade extra o desgaste físico. Afinal, a equipe virá de duas prorrogações seguidas, somando 240 minutos em campo, fora as duas penalidades, contra a Dinamarca e contra a Rússia.

A boa notícia para a Croácia é que não terá nenhum jogador suspenso. Apesar de entrar em campo neste sábado com oito pendurados, nenhum deles levou o segundo cartão amarelo na competição.

A seleção croata vai enfrentar a Inglaterra na semifinal, marcada para o dia 11, próxima quarta-feira, às 15 horas (horário de Brasília), no Luzhniki Stadium, em Moscou. A outra semifinal terá França e Bélgica no dia 10, em São Petersburgo.

O JOGO - No embalo do triunfo sobre a Espanha, a seleção russa apostou neste sábado na mesma disciplina tática do jogo passado. A diferença foi na posição mais avançada da marcação, à espera do contra-ataque. Do outro lado, a Croácia pouco mudou em relação ao último jogo. E sofria com a postura tática dos anfitriões.

Tanto que Modric e Rakitic, dois dos melhores meio-campistas do mundo, não conseguiam armar o setor. Como consequência, a equipe croata tinha dificuldade na saída de bola. Com frequência, recorria ao chutão para frente, direto da zaga.

Os primeiros 15 minutos de jogo foram intensos. A Rússia tenta impor pressão a todo custo, enquanto a Croácia se segurava na defesa, intimidada. Cheryshev, um dos artilheiros desta Copa, começou entre os titulares, mostrando a disposição do técnico Stanislav Cherchesov em fazer a diferença logo no início.

Em meio à pressão um tanto inócua da Rússia, a Croácia chegou com perigo por duas vezes, com Rakitic, aos 16, em cobrança de falta, e com Perisic, aos 28, de cabeça. Os croatas tentavam se encontrar em campo quando a Rússia abriu o placar, aos 30. Cheryshev fez bela tabela na intermediária e, de canhota, acertou lindo chute de fora da área. Subasic só viu a bola entrar no ângulo, sem reação. Foi o quarto gol do atacante na competição.

A festa nas arquibancadas durou apenas oito minutos. Foi o tempo que a Croácia precisou para encontrar uma brecha na fechada defesa russa pela esquerda. Perisic acionou, pela direita, Mandzukic, que cruzou na cabeça de Kramaric, para as redes.

O primeiro tempo acabou com ritmo morno e muita cautela dos dois lados, o que não mudou no começo da etapa final. A Croácia passou a tomar maior iniciativa ao 10. E, quatro minutos depois, Perisic desperdiçou chance incrível. Ele acertou o pé da trave e viu a bola passar quase sobre a linha antes de se afastar do gol.

A Rússia respondeu aos 26 com um cruzamento preciso de Mário Fernandes e cabeçada de Erokhin, sem qualquer marcação, na área. A bola passou rente ao travessão.

A partir dos 30 minutos, o jogo ganhou em movimento, com investidas ofensivas para os dois lados. Mas faltava qualidade aos dois ataques. E a prorrogação se tornou inevitável.

Quando a bola voltou a rolar, parecia mais um tempo extra de poucas chances e excesso de cuidado, como vem acontecendo nesta Copa. Mas, desta vez, a bola balançou na prorrogação. A Croácia anotou o gol da virada aos 10 minutos do primeiro tempo. Após cobrança de escanteio, Vida escorou de cabeça e mandou para as redes.

Mas a Rússia não se abateu com o gol e partiu para o ataque. A pressão aumentou na etapa final do tempo extra. E, também de bola parada, os anfitriões empataram novamente o placar. Foi aos 9, quando Dzagoev cobrou falta na área e Mario Fernandes cabeceou para as redes, decretando a disputa dos pênaltis.

O lateral brasileiro, contudo, teve também seu momento de vilão logo em seguida. Nas cobranças, ele desperdiçou a terceira penalidade da Rússia, o que foi decisivo para o triunfo da Croácia.

Apesar da queda, foi a melhor campanha da Rússia desde o fim da União Soviética. A seleção russa, desde a Copa de 1994, não passava da fase de grupos.

 

FICHA TÉCNICA:

RÚSSIA 2 (3) x (4) 2 CROÁCIA

RÚSSIA - Igor Akinfeev; Mario Fernandes, Ilya Kutepov, Sergey Ignashevich e Fedor Kudryashov; Roman Zobnin e Daler Kuzyaev; Aleksandr Samedov (Erokhin), Aleksandr Golovin (Dzagoev) e Denis Cheryshev (Smolov); Artem Dzyuba (Gazinskiy). Técnico: Stanislav Cherchesov.

CROÁCIA - Danijel Subasic; Sime Vrsaljko (Corluka), Dejan Lovren, Domagoj Vida e Ivan Strinic (Pivaric); Ivan Rakitic, Andrej Kramaric (Kovacic), Ante Rebic, Luka Modric e Ivan Perisic (Brozovic); Mario Mandzukic. Técnico: Zlatko Dalic.

GOLS - Cheryshev, aos 30, e Kramaric, aos 38 minutos do primeiro tempo. Vida, aos 10 minutos do primeiro tempo da prorrogação. Mario Fernandes, aos 9 minutos do segundo tempo da prorrogação.

CARTÕES AMARELOS - Lovren, Strinic, Vida, Pivaric, Gazinskiy.

ÁRBITRO - Sandro Meira Ricci (Fifa/Brasil).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 44.287 pagantes.

LOCAL - Fisht Stadium, em Sochi (Rússia).

Abatido, o técnico Tite pediu paciência e discernimento para avaliar a eliminação da seleção brasileira nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, concretizada nesta sexta-feira com a derrota por 2 a 1 para a Bélgica, em Kazan. O treinador pediu para que a queda no torneio não seja colocada como responsabilidade individual de alguns atletas, em especial do volante Fernandinho, autor de um gol contra na partida.

Fernandinho, após a partida, recebeu muitas críticas de torcedores em redes sociais. O volante ganhou a vaga de titular porque Casemiro levou o segundo cartão amarelo contra o México, pelas oitavas de final, e teve de cumprir suspensão. "O Fernandinho joga muito e exerce essa mesma função no Manchester City, que é um grande clube. Tivemos dois terços do jogo na nossa mão, com equilíbrio emocional e posse de bola para jogar com 2 a 0 atrás. Antes de tomar o gol já tinha tido duas chances reais", comentou Tite.

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O treinador ressaltou o alto nível técnico da partida, porém criticou a arbitragem em apenas um lance - uma disputa de bola no segundo tempo do zagueiro Kompany com o atacante Gabriel Jesus. "Não quero falar de arbitragem, vai soar como choro. Só queria ver o VAR (árbitro de vídeo, na sigla em inglês) no lance do Gabriel. Só isso", comentou. Para Tite, pela atuação em campo, o melhor jogador deveria ter sido o goleiro belga Courtois.

Tite levou para a entrevista coletiva dois auxiliares, Cléber Xavier e Sylvinho, mais o gerente de futebol, Edu Gaspar. Os companheiros do técnico pouco falaram, no entanto. O treinador se recusou a responder sobre o futuro por entender que após uma derrota o momento não era o apropriado. O contrato dele termina nesta Copa do Mundo. A tendência, porém, é para existir a renovação do vínculo.

A primeira derrota em jogos oficiais desde a chegada no cargo, há dois anos, fez Tite ressaltar que fez um bom trabalho com a seleção. Ele também garantiu ter aprovado o desempenho em Kazan. "Passei para a minha comissão técnica o orgulho que senti de todos. Talvez tenha faltado competência em algum momento. Mas dedicação plena, não. Mas em todos os momentos buscamos soluções. Tenho orgulho do trabalho, mas um sentimento pela derrota", comentou.

Com um futebol veloz, envolvente e sem sofrer em quase nenhuma parte do jogo, a França venceu o Uruguai por 2 a 0, nesta sexta-feira, em Nijni Novgorod, e está na semifinal da Copa do Mundo da Rússia. Com calma, o time do técnico Didier Deschamps colocou a bola no chão, se aproveitou da ausência do atacante Edinson Cavani no rival e mereceu estar entre os quatro melhores times do mundo.

Com o triunfo, a seleção francesa avançou para enfrentar o vencedor da partida entre Brasil e Bélgica, que será disputada também nesta sexta-feira, a partir das 15 horas (de Brasília), em Kazan. Caso os brasileiros triunfem, reencontrarão um rival que eliminou a seleção nacional nos Mundiais de 1986 e 2006, em ambas ocasiões nas quartas de final, e também derrotou o Brasil na decisão de 1998. Quarenta anos antes desta final traumática, a seleção brasileira goleou os franceses por 5 a 2 na Copa de 1958.

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A partida entre a França e a seleção ganhadora da partida entre brasileiros e belgas será realizada na próxima terça-feira, às 15 horas (de Brasília), em São Petersburgo.

O jogo desta sexta-feira em Nijni Novgorod até que começou equilibrado. Nos primeiros dez minutos, o Uruguai pressionou bem a França, que mostrava alguma dificuldade para manter a posse de bola. A equipe do técnico Óscar Tabárez tentava agredir o adversário, porém, sem muita eficácia - Cavani fazia muita falta ao time, apesar de seu substituto, Stuani, se desdobrar para ajudar Suárez no ataque e ainda voltar para recompor o sistema defensivo do time.

Após essa primeira parte do jogo, já com a maioria da torcida uruguaia quieta, o time francês começou a impor o seu ritmo na partida e criou a primeira boa chance de gol aos 14 minutos. Em uma bola rebatida dentro da área, Giroud ajeitou de cabeça para Mbappé, que estava sozinho, dentro da pequena área, mas cabeceou por cima do gol, fraquinho.

A partir desse lance, a qualidade do jogo caiu. A França tentava avançar com a velocidade de Griezmann e Mbappé, mas o Uruguai bloqueava com eficiência e a bola não chegava redonda para os articuladores do time francês.

Depois de muito tempo sem nenhum dos dois times ter criado nenhuma chance de gol, e após dois cartões amarelos, um para cada time, por faltas mais duras, a França abriu o placar em uma jogada que é uma das principais armas do Uruguai - o cruzamento na área.

Após falta boba de Bentancour, Griezmann levantou com perfeição na área. Aos 39 minutos, o zagueiro Varane "passou por cima" de Stuani, atacou a bola com precisão, cabeceando no canto direito de Muslera, sem chances de defesa para o goleiro da seleção uruguaia, e para festa da pequena, mas barulhenta torcida da França em Nijni.

O Uruguai poderia ter empatado a partida no lance seguinte, em jogada parecida. Após falta de Kanté em cima de Cáceres, a bola foi levantada na área e o próprio Cáceres desviou para o gol, para excelente defesa de Lloris. No rebote, o zagueiro Diego Godín, sozinho dentro da pequena área, chutou por cima do gol.

A segunda etapa começou com a seleção da França mais em cima, arriscando cruzamentos mais fechados para dentro da área, mas o goleiro Muslera saía bem do gol e afastava o perigo. Depois de duas chegadas com mais perigo de sua seleção, mas sem tanta efetividade, o técnico Óscar Tabárez fez duas alterações de uma vez só aos 13 minutos e mandou a campo Cristian 'Cebolla' Rodriguez e Maximiliano Gomez.

Só que o Uruguai não teve nem tempo de saber se as alterações do 'Maestro' Tabárez dariam certo. Aos 15, Griezmann encontrou espaço na intermediária e arriscou para o gol. O chute foi forte, mas foi no meio, na mão de Muslera. O goleiro do Uruguai tentou espalmar, mas a bola subiu e caiu dentro da meta uruguaia: uma grande falha.

O segundo gol francês acabou com o ânimo dos uruguaios presentes no estádio de Nijni Novgorod e o time francês, com muita calma, apenas rodou a bola, sem pressa, sem cair em provocações. Mbappé e Cristian 'Cebolla' Rodriguez se desentenderam e levaram um cartão amarelo cada um perto dos 20 da segunda etapa.

Sem forças para buscar qualquer reação, os uruguaios apenas assistiram à festa francesa em Nijni. Nas arquibancadas, a torcida uruguaia cantava mesmo com a derrota e os franceses celebravam a classificação com muita descrição. A equipe, que foi campeã do mundo em 1998 e que não chegava às semifinais desde 2006, está firme na luta pelo seu segundo título.

FICHA TÉCNICA:

URUGUAI 0 X 2 FRANÇA

URUGUAI - Muslera; Cáceres, Giménez, Godín e Laxalt; Nahitan Nández (Urretaviscaya), Torreira, Bentancur (Cristian Rodriguez) e Vecino; Luis Suárez e Stuani (Gomez). Técnico: Óscar Tabárez.

FRANÇA - Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Lucas Hernández; Kanté, Pogba, Tolisso (Nzonzi), Griezmann (Fekir) e Mbappé (Dembele); Olivier Giroud. Técnico: Didier Deschamps.

GOLS - Varane, aos 40 minutos do primeiro tempo; Griezmann, aos 15 do segundo.

ÁRBITRO: Nestor Pitana (ARG).

CARTÕES: Lucas Hernández, Bentancour, Cristian Rodriguez e Mbappé.

PÚBLICO: 43.319 torcedores.

LOCAL: Nijni Novgorod Stadium, em Nijni Novgorod (RUS).

O técnico Tite confirmou nesta quinta-feira (5)  o retorno do lateral-esquerdo Marcelo à formação titular da Seleção Brasileira para a partida com a Bélgica, nesta sexta-feira, em Kazan, pelas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. Recuperado de um espasmo na coluna, o jogador do Real Madrid reassume a posição, que foi ocupada por Filipe Luís contra o México e em grande parte da partida com a Sérvia.

Marcelo sentiu o problema no começo da partida com a Sérvia, não enfrentou o México e agora, contra a Bélgica, será titular novamente. "Conversei com o Marcelo e o Filipe Luís. Marcelo saiu por um problema clínico, não voltou por um problema físico no segundo jogo. Filipe Luís jogou muito nos dois jogos, competem bem os dois. E por critério, volta o Marcelo. No lugar do Casemiro, joga o Fernandinho", afirmou Tite, ao citar a outra alteração.

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Suspenso pelo segundo cartão amarelo, o volante Casemiro dará lugar a Fernandinho. A formação foi escolhida nos treinos dos últimos dias, em Sochi, cidade de onde o Brasil se despediu na manhã desta quinta-feira após mais de 20 dias de preparação. A partir de agora, a delegação será itinerante nesta Copa, ao se deslocar para as cidades dos próximos jogos, caso confirme as classificações.

O treinador brasileiro explicou que pela qualidade da seleção belga, a partida em Kazan será de alto nível técnico. "O poder criativo da Bélgica é muito forte, com qualidade. Será um grande jogo, duas equipes que primam por um futebol bonito, cada uma com suas características. A Bélgica tem valores individuais, um grande técnico", afirmou Tite sobre o adversário, que teve a melhor campanha da primeira fase da Copa.

O último treino da seleção antes da partida não será no local do jogo. Em acordo com a Fifa para preservar o gramado da arena, a equipe vai realizar uma atividade no estádio do Rubin Kazan, a cerca de 5 km de distância. A Bélgica também adotou o mesmo procedimento e encerrou a preparação com uma atividade no centro de treinamento onde se prepara, nos arredores de Moscou.

Tite afirmou que nesta parte final da Copa do Mundo o maior desafio não é tanto a preparação técnica, mas sim a parte psicológica. "A virtude de uma grande equipe é ser mentalmente forte e ter equilíbrio. Se me perguntarem qual é o maior desafio de um Mundial, direi que a capacidade mental. As pressões são impressionantes, extraordinárias e proliferam para a sua família", comentou.

A formação da seleção brasileira para o jogo terá: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Fernandinho, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus.

O rodízio de capitães implementado por Tite desde o início da sua passagem pela seleção brasileira, no início do segundo semestre de 2016, está bem mais restrito na Copa do Mundo. Nesta quinta-feira (5), véspera do duelo com a Bélgica pelas quartas de final, a CBF comunicou que o treinador voltou a escolher o zagueiro Miranda para utilizar a braçadeira, agora no confronto marcado para a Arena Kazan.

Miranda já havia sido capitão do Brasil na Rússia, no triunfo por 2 a 0 sobre a Sérvia, pela rodada final do Grupo E, e agora vai realizar a função pela segunda vez na competição. Essa repetição também se deu com Thiago Silva, o seu companheiro na zaga da seleção, que utilizou a braçadeira nos duelos com a Costa Rica, pela primeira fase, e o México, pelas oitavas de final, ambos vencidos por 2 a 0.

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Antes do início da Copa do Mundo, Tite havia avisado que manteria o rodízio de capitães durante o torneio, mas indicou que seria mais restritivo na distribuição da faixa, a entregando para os principais jogadores do elenco. E é exatamente isso o que ele vem fazendo, tanto que o outro jogador a utilizá-la foi o lateral-esquerdo Marcelo, no jogo de estreia da seleção, o empate por 1 a 1 com a Suíça.

Com a decisão de entregar a faixa de capitão para Miranda, Tite fez o zagueiro ultrapassar o lateral-direito Daniel Alves, que não pôde participar da Copa do Mundo por estar lesionado, como jogador que mais iniciou partidas sob o seu comando na seleção com a braçadeira - foram cinco oportunidades.

Além dos jogos da Copa contra Sérvia e agora Bélgica, Miranda também exerceu a função em três partidas. Isso aconteceu na estreia do treinador, a vitória por 3 a 0 sobre o Equador, e na goleada por 4 a 1 sobre o Uruguai, ambas fora de casa e em compromissos válidos pelas Eliminatórias Sul-Americanas. O outro jogo foi o ultimo teste do Brasil antes do torneio na Rússia, o triunfo por 3 a 0 sobre a Áustria em Viena.

Ainda nesta quinta-feira, ao lado de Tite, Miranda concederá entrevista coletiva na Arena Kazan, local do confronto com a Bélgica, que determinará um dos semifinalistas da Copa. Em medida de preservação do gramado, o treino da véspera do duelo vai ser realizado no Estádio Central de Kazan.

Um dos destaques da Seleção Brasileira na vitória sobre o México, o meia Willian espera um jogo muito difícil diante da Bélgica, mas não mais do que aqueles que o Brasil enfrentou até agora na Copa do Mundo da Rússia. O jogador do Chelsea reconhece que os belgas têm atletas muito habilidosos no setor ofensivo, como o meia Hazard, seu companheiro de clube, mas destaca que todos os adversários são complicados em um Mundial. Para ele, que vê a seleção em crescimento no Mundial, o mais importante é o Brasil conseguir impor sua ideia de jogo na partida desta sexta-feira, às 15 horas (de Brasília), em Kazan, pelas quartas de final da competição.

Nesta quarta-feira, logo após o último treino da seleção em Sochi, Willian fez uma avaliação dos jogos da seleção até aqui e afirmou que o Brasil está num momento de crescimento. "Sem dúvida a seleção teve uma evolução muito grande desde o primeiro jogo, quando teve a questão do nervosismo de uma estreia. Viemos crescendo e hoje estamos muito bem, no mesmo nível das Eliminatórias. Esperamos levar isso (para o jogo) contra a Bélgica, com concentração, sem tomar gols, como aconteceu até agora", disse.

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O jogador do Chelsea elogiou o adversário desta sexta. "São vários jogadores que jogam na Premier League (Campeonato Inglês), alguns comigo no Chelsea. São grandes jogadores, com muita qualidade, e o Hazard é o principal deles. Courtois é um baita goleiro. Difícil achar um ponto fraco, é um goleiro muito alto, que sai bem. Vamos procurar a melhor maneira para atacar a Bélgica", pontuou o jogador.

Sobre Hazard, Willian foi mais longe. Ele o chamou de "um dos melhores jogadores do mundo" e enalteceu o relacionamento que tem com o colega no clube. "É a primeira vez em cinco anos de Chelsea que vou jogar contra ele. É um cara que, além de baita jogador, é muito humilde. Gosto muito dele, de ter um relacionamento com ele no clube, mas é o momento de cada um defender o seu lado, e espero levar a melhor", comentou.

Sobre a partida válida pelas quartas de final, Willian considera que o Brasil terá pela frente uma seleção tão difícil como as quatro enfrentadas até aqui. "A gente já teve vários testes, vários jogos difíceis. Copa do Mundo não tem jogo fácil, todo adversário é complicado, difícil de jogar. Vai ser um jogo importante, difícil, mas, independentemente do adversário, temos que manter nossa ideia de jogo, marcar forte, buscar espaços. Isso que vamos fazer contra a Bélgica", afirmou o meia.

As lesões não parecem mais ser um problema para Tite antes do duelo com a Bélgica, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Nesta terça-feira (3), no dia seguinte ao triunfo por 2 a 0 sobre o México, em Samara, a Seleção Brasileira retomou a sua rotina de atividades em Sochi com a presença do meia-atacante Douglas Costa, recuperado de contusão, assim como do lateral-esquerdo Marcelo.

Douglas Costa sofreu lesão na coxa direita nos minutos finais da vitória por 2 a 0 sobre a Costa Rica, em 22 de junho, e vinha desfalcando a seleção brasileira desde então. Nesta terça-feira, porém, ele participou sem qualquer restrição da atividade dos reservas de Tite, ficando à disposição do treinador para o duelo de sexta-feira com a Bélgica, às 15 horas (de Brasília), em Kazan, pelas quartas de final da Copa do Mundo.

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A presença de Douglas Costa significa que Tite não deverá ter qualquer desfalque por lesão para o seu próximo duelo na Rússia, situação bem diferente da enfrentada em compromissos recentes, pois, além do jogador da Juventus, o treinador já não pôde contar em outros momentos com o lateral-direito Danilo e o meio-campista Fred.

O treino da seleção nesta terça-feira em Sochi teve em campo apenas a presença dos reservas, além do goleiro Alisson. Os titulares no triunfo sobre o México ficaram na academia, onde realizaram somente trabalhos regenerativos. Para os suplentes, o treinamento também acabou sendo bem leve e em sua maior parte concentrado em cruzamentos e finalizações.

A atividade da seleção também contou com a presença do lateral-esquerdo Marcelo, que foi poupado por Tite do confronto com o México por causa das dores na região lombar que o tiraram do confronto com a seleção da Sérvia logo em seus minutos iniciais, sendo substituído por Filipe Luís nos dois últimos jogos do Brasil. Mas a tendência é a de que ele retorne ao time contra a Bélgica.

Até por ser uma atividade no dia seguinte a um triunfo, o trabalho desta terça da seleção contou com a presença de diversos familiares dos jogadores, que confraternizaram com eles dentro de campo, ao final da atividade.

A seleção volta a treinar em Sochi às 11 horas (de Brasília) desta quarta-feira, na sua última atividade na cidade, o seu "quartel-general" durante a Copa. No dia seguinte, o time nacional segue para Kazan, onde treinará para o confronto de sexta-feira com a Bélgica. O único desfalque será o volante Casemiro, suspenso, sendo que a sua vaga deverá ser ocupada por Fernandinho.

A Suécia derrotou a Suíça por 1 a 0 nesta terça-feira, em São Petersburgo, e garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, feito que a seleção nórdica não alcançava desde o Mundial de 1994, quando terminou em terceiro lugar.

Como era de se esperar, as seleções fizeram um jogo truncado, de muita marcação e pouca habilidade. Faltava um Neymar, um Cristiano Ronaldo, um Messi para quebrar aquelas linhas de marcação quase intransponíveis. Coube então ao camisa 10 sueco, Forsberg fazer as vezes de craque.

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Em uma jogada individual, ele avançou e bateu para o gol sem muita precisão. A bola tocou no zagueiro Akanji e balançou as redes para festa dos torcedores suecos que deixaram as arquibancadas do estádio muito mais amarela do que vermelha.

A Suécia agora enfrentará no sábado, às 11h (de Brasília), em Samara, o vencedor do duelo entre Colômbia e Inglaterra, que jogam ainda nesta terça-feira, às 15h, em Moscou. A Suíça deixa o Mundial depois de complicar a vida da seleção brasileira na primeira fase - o duelo, recheado de polêmica, terminou empatado em 1 a 1

Os suecos seguem vivos e como grandes surpresas. Surpresa, por sinal, que vem desde as Eliminatórias Europeias, quando deixaram a Holanda pelo caminho na fase de grupos e eliminaram a Itália na repescagem. Seu melhor resultado em Mundiais até hoje foi em 1958, quando em casa perderam na decisão por 5 a 2 para o Brasil de Pelé e Garrincha.

O JOGO - As seleções fizeram um jogo com poucas chances de gol. A Suécia encontrava dificuldade para sair jogando. A Suíça apertava a marcação em seu campo de ataque e ficava mais com a posse de bola. No entanto, buscava o gol com bolas alçada na área, sem ter ninguém para cabecear.

O centroavante sueco Berg foi quem mais teve chances de abrir o marcador na etapa inicial. Mas demonstrou parecer mais um zagueiro dando o primeiro combate no time adversário do que propriamente o camisa 9 responsável por mandar a bola para a rede.

Foram três oportunidades do grandalhão. Na primeira, ele recebeu livre e mandou na arquibancada. Na segunda, chutou em cima do zagueiro. Na outra, enfim, deu um tapa cruzado e obrigou o suíço Sommer fazer a única defesa do primeiro tempo.

Nos minutos finais da etapa inicial, as equipes afrouxaram um pouco a marcação e a partida esquentou. Os suíços, com 63% de posse de bola, perderam a melhor oportunidade com Dzemaili. Ele tabelou com Zuber, invadiu a área e bateu por cima.

As equipes voltaram mais dispostas a abrir o marcador no segundo tempo. O jogo ficou mais corrido. A Suécia assustou primeiro em boa arrancada de seu camisa 10, Forsberg. Ele tocou para Taivonen, que mandou por cima. A Suíça respondeu pressionando, conseguiu três escanteios na sequência, mas ninguém empurrou para o gol.

Aos poucos, no entanto, as seleções acertaram sua marcação e a partida voltou ao seu ritmo inicial. Coube então ao único jogador de mais habilidade da Suécia quebrar o padrão. Aos 20 minutos ele recebeu na intermediária levou para a meia-lua e bateu sem muita força. A bola desviou no zagueiro Akanji e enganou o goleiro Sommer: 1 a 0.

A Suíça precisou abandonar seu estilo cauteloso e foi com tudo para cima dos suecos. Passou a fazer um bombardeio de bolas cruzadas para a área. Em uma delas, Embolo mandou de cabeça e Forsberg salvou na linha do gol.

A Suécia se fechava atrás e comemorava cada bola que saía pela linha de fundo de seu campo de defesa como se fosse gol. Nos acréscimos, o goleiro sueco ainda fez grande defesa para garantir o resultado. Após cruzamento de Rodríguez pela esquerda, Seferovic deu um leve toque de cabeça e parou nas mãos de Olsen.

No último lance do jogo, a Suécia pegou a zaga suíça completamente desguarnecida. Olsson recebeu na frente, esperou ser tocado por Lang, que foi expulso. O árbitro, inicialmente, marcou pênalti. No entanto, depois reviu o lance no vídeo e marcou falta fora da área. Toivonen bateu, Sommer fez a defesa e o árbitro encerrou a partida.

FICHA TÉCNICA:

SUÉCIA 1 X 0 SUÍÇA

SUÉCIA - Olsen; Lustig (Krafth), Lindelöf, Granqvist e Augustinsson; Svensson, Ekdal, Claesson e Forsberg (Olsson); Berg (Thelin) e Toivonen. Técnico: Janne Andersson.

SUÍÇA - Sommer; Lang, Djourou, Akanji e Rodríguez; Behrami, Shaka, Shaqiri, Dzemaili (Seferovic), Zuber (Embolo) e Drmic. Técnico: Vladimir Petkovic.

GOLS - Forsberg, aos 20 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Damir Skomina (Eslovênia).

CARTÕES AMARELOS - Lustig (Suécia); Behrami e Xhaka (Suíça).

CARTÃO VERMELHO - Lang (Suíça)

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena São Petersburgo, em São PetersburgoF

Após ser escolhido o melhor jogador da vitória por 2 a 0 sobre o México, o atacante Neymar, da seleção brasileira, criticou os ataques recebidos nos últimos dias pelo seu comportamento em campo durante a Copa do Mundo da Rússia. Em entrevista coletiva em Samara, o jogador do Paris Saint-Germain afirmou que os comentários negativos a seu respeito têm como objetivo enfraquecer suas atuações.

Nesta Copa o atacante tem sido vaiado pelas torcidas adversárias e recebido críticas de rivais por ser considerado um jogador que simula faltas demais. "É mais para tentar minar do que outra coisa. Eu não ligo muito para crítica, até mesmo para elogio. Isso pode influenciar de algum jeito a cabeça do atleta. Nos últimos dois jogos não falei com a imprensa, não queria nada. Muita gente se altera. Só quero jogar futebol. Vim aqui para ganhar", afirmou.

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A classificação do Brasil para as quartas de final teve como uma das reações as críticas pesadas do técnico do México, Juan Carlos Osorio, sobre a arbitragem. Na opinião dele, o italiano Gianluca Rocchi deu faltas inexistentes e permitiu uma "palhaçada" no segundo tempo ao parar a partida durante quatro minutos após uma disputa de bola seguida de pisão de Layún em Neymar.

O atacante foi questionado sobre as declarações de Osorio, mas o técnico Tite, sentado ao lado dele na entrevista, não deixou o jogador responder e se antecipou para comentar. "Técnico fala com técnico, atleta fala com atleta, direção com direção", afirmou.

Neymar explicou que a atuação com gol e assistência contra o México mostra o quanto está recuperado da fratura no pé direito sofrida em março. "Espero que possa melhorar cada vez mais. Sabia que ia precisar de ritmo para voltar ao normal. Já me sinto melhor, não só individualmente. Estou feliz pelo coletivo, estou melhorando cada vez mais", comentou.

O camisa 10 do Brasil elogiou o goleiro mexicano Guillermo Ochoa. Depois de na última Copa o adversário ter se saído melhor e segurado o empate sem gols, Neymar comemorou ter superado finalmente o antigo algoz. "Ele é um grande goleiro, todo mundo sabe da qualidade que o Ochoa tem. Parabenizo pela grande partida, mas eu não desisto nunca. Sou brasileiro. Foi um gol de vontade, percepção, de estar ligado na partida", afirmou.

A Croácia teve neste domingo sua pior atuação na Copa do Mundo, viu Modric perder a chance de garantir a classificação às quartas de final já na prorrogação e Schmeichel emergir como possível herói em Nijni Novgorod. Mas quando tudo parecia favorecer a Dinamarca, coube ao goleiro Subasic, que falhara no primeiro minuto de jogo no gol do adversário, selar a classificação croata com a vitória por 3 a 2 nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação.

Foi um dos jogos de pior nível técnico da Copa, que teve suas ações resumidas nos primeiros três minutos da partida e nos últimos quatro da prorrogação. A Dinamarca abriu o placar logo no início, mas viu a Croácia igualar momentos depois em um lance de muita sorte. O confronto, então, se desenrolou por mais de 100 minutos quase sem emoção, até que Modric parou em Schmeichel em cobrança de pênalti já no fim do tempo extra.

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Na disputa de pênaltis, Subasic cresceu para pegar as cobranças de Eriksen e Schöne, mas Schmeichel também estava disposto a escrever seu nome na história e defendeu as tentativas de Badelj e Pivaric. Na última cobrança dinamarquesa, Nicolai Jorgensen parou novamente em Subasic. Coube, então, a Rakitic garantir a classificação.

Com isso, a Croácia seguiu viva no objetivo de ao menos igualar a geração de 1998, que surpreendeu o mundo ao terminar na terceira colocação da Copa da França. Para isso, porém, terá que passar pela embalada dona da casa, a Rússia, que eliminou a Espanha também nos pênaltis neste domingo. O duelo acontecerá sábado que vem, em Sochi.

Se o jogo foi morno, o início foi dos mais eletrizantes. Antes mesmo que as equipes pudessem se estabelecer em campo, a Dinamarca saiu na frente. Com um minuto, Delaney ficou com a bola após cobrança de lateral direta para a área. O volante tentou ajeitar, mas foi Mathias Jorgensen quem bateu cruzado, sem muita força, e contou com ajuda de Subasic.

Com a mesma velocidade, a Croácia chegou ao empate, e em novo lance fortuito. Aos três minutos, Rebic fez boa jogada pela direita e tocou para Vrsaljko, que chegou cruzando. Dalsgaard afastou, mas a bola acertou o rosto de Knudsen e sobrou para Mandzukic empatar.

Talvez assustados com o início movimentadíssimo, os dois times diminuíram o ritmo e o jogo caiu de produção. A Croácia até mantinha a posse de bola, bem à sua característica, mas não conseguia agredir. Fruto de uma boa marcação da Dinamarca, que era até mais perigosa quando avançava.

Ao contrário de Modric, Eriksen encontrava certo espaço para criar. Aos 26, deu passe preciso para Braithwhite, que finalizou abafado por Subasic. Pouco depois, recebeu na grande área e, mesmo com pouco espaço, tentou por cobertura, parando no travessão. A resposta croata veio em tentativas de Perisic, que não acertou em cheio a bola, e Rakitic, que parou em boa defesa de Schmeichel.

Sem ser incomodada, a Dinamarca voltou para o segundo tempo disposta a ser um pouco mais ofensiva, foi gostando do jogo e passou a dominar a partida. Se pouco assustava, era dona da posse de bola e impedia qualquer ação mais eficaz da Croácia. Aos 26, quase voltou à frente quando Poulsen ganhou no corpo de Strinic e cruzou para Jorgensen, que dominou e bateu em cima de Subasic.

Dominado, o técnico Zlatko Dalic colocou Kovacic na vaga de Brozovic, e a Croácia melhorou. Modric e Rebic tentaram de fora da área, mas sem grande perigo. Aos 40, Rebic fez grande jogada pela direita e deixou Knudsen no chão, mas Rakitic não conseguiu finalizar na entrada da área. Nos acréscimos, o meia do Barcelona também arriscou de longe, com perigo.

Ninguém evitou, porém, a prorrogação. E mesmo com 30 minutos a mais de jogo, as duas equipes seguirem jogando no mesmo cenário. Os dinamarqueses insistiam em se fechar e explorar as jogadas de bola parada, principalmente os laterais, enquanto a Croácia tentava ficar com a posse, mas sem criatividade.

No primeiro tempo, Schöne tentou de fora da área pela Dinamarca e Kramaric respondeu pela Croácia. Mas bastou um cochilo dinamarquês na marcação de Modric para o meia do Real Madrid encontrar enfiada perfeita para Rebic, que driblou Schmeichel antes de ser calçado no carrinho por Mathias Jorgensen. Pênalti que o próprio Modric cobrou no canto esquerdo. O goleiro dinamarquês caiu e agarrou a bola para levar a decisão para a cobrança de penalidades. Aí, falou mais alto a estrela de Subasic, para delírio croata.

 

FICHA TÉCNICA:

CROÁCIA 1 (3) X (2) 1 DINAMARCA

CROÁCIA - Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic (Pivaric); Brozovic (Kovacic), Rakitic, Rebic, Modric e Perisic (Kramaric); Mandzukic (Badelj). Técnico: Zlatko Dalic.

DINAMARCA - Schmeichel; Dalsgaard, Kjaer, Mathias Jorgensen e Knudsen; Christensen (Schöne), Delaney (Krohn-Dehli) e Eriksen; (Sisto) Braithwaite, Cornelius (Nicolai Jorgensen) e Poulsen. Técnico: Age Hareide.

GOLS - Jorgensen, a um, e Mandzukic, aos três minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Néstor Pitana (Fifa/Argentina).

CARTÃO AMARELO - Mathias Jorgensen (Dinamarca).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Nijni Novgorod Stadium, em Nijni Novgorod (Rússia).

Tite confirmou neste domingo (1°) que Filipe Luís será o titular da lateral esquerda da seleção brasileira no duelo com o México, nesta segunda-feira (2), às 11 horas (de Brasília), em Samara, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. O técnico optou por deixar Marcelo fora da equipe, pois ele ainda se recupera de dores na região lombar e pouco treinou nos últimos dias, o que provocou dúvidas sobre se ele teria as melhores condições físicas para suportar um confronto sob intenso calor.

Marcelo foi substituído do duelo com a Sérvia, na quarta-feira, logo nos minutos iniciais por causa de dores na região lombar. O lateral retomou a rotina de treinamentos no sábado, antevéspera do confronto com o México, o que levou Tite e seus auxiliares a serem cautelosos, o deixando como opção no banco de reservas contra o México, ainda mais que o confronto poderá ser decidido apenas na prorrogação.

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"O técnico não pode colocar um jogador em uma situação dessas para enfrentamento. Ele veio para campo, quer participar, isso mostra sua responsabilidade, seu comprometimento com a equipe. É uma das lideranças. Eu disse isso a ele, porém o técnico não pode, em cima de 45 ou 60 minutos, colocá-lo em um jogo dessa característica. Não pagamos preço de saúde", disse o comandante, em entrevista coletiva.

Como esperado, Tite também confirmou que Fagner continuará sendo escalado na lateral direita, mesmo que Danilo esteja recuperado de uma lesão na região do quadril direito. Assim, o Brasil vai entrar em campo com a seguinte formação: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho, Willian, Gabriel Jesus e Neymar.

Na avaliação de Tite, Fagner está pronto para exibir uma grande atuação diante do México, mesmo tendo que encarar o desafio de marcar o meia-atacante Hirving Lozano, autor do gol do triunfo por 1 a 0 sobre a Alemanha, na rodada inicial da fase de grupos da Copa do Mundo.

"Nós procuramos ter uma equipe equilibrada, com criação e infiltração dos dois lados e coordenação de movimentos defensivos. O Fagner tem esse enfrentamento, é uma das características que ele tem. O um contra um de velocidade dele é de qualidade", elogiou o treinador, em entrevista coletiva.

Tite também revelou ter conversado com Danilo sobre a sua decisão. O jogador do Manchester City foi titular nos amistosos de preparação para a Copa e no confronto de estreia na Rússia, diante da Suíça, mas perdeu sua vaga após sofrer lesão na véspera do confronto com a Costa Rica e agora segue no banco por causa das boas atuações de Fagner.

"Falei ao Danilo antes do treino de hoje (domingo) sobre o critério. Ele vinha jogando bem, ficou dois jogos fora, o Fagner entrou muito bem e permanece. Permanece pelo desempenho nos dois jogos, de alto nível em dois jogos decisivos", acrescentou Tite.

E assim como Tite, o preparador físico Fábio Mahseredjian indicou preocupação com o calor que os jogadores de Brasil e México vão encarar no duelo de segunda em Samara. "A desidratação virá, não tem como evitar. Existem estratégias de pré-hidratação. Quando o atleta se desidrata, a queda de performance é proporcional", comentou.

Fagner e Filipe Luís deverão ser os titulares das laterais da seleção brasileira no duelo desta segunda-feira (2) com o México, na Arena Samara, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Foi o que indicou o técnico ao escalar formações que contavam com os dois jogadores nos 15 minutos em que a atividade no local do confronto foi liberada à imprensa.

As dúvidas envolvendo as laterais são as principais do Brasil antes do seu primeiro mata-mata na Rússia. Na direita, Danilo foi titular na estreia da seleção na Copa, diante da Suíça, mas depois sofreu lesão na região do quadril direito e ficou de fora dos confrontos com Costa Rica e Sérvia, sendo substituído por Fagner, que teve bom desempenho e é o favorito a encarar o México. Já Marcelo é titular absoluto na esquerda, mas foi substituído nos minutos iniciais do confronto com os sérvios por causa de um espasmo nas costas, tendo sua vaga ocupada por Filipe Luís.

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Na atividade em campo reduzido na Arena Samara, Tite dividiu o elenco em duas formações. Uma delas, com coletes, contava com os titulares do setor esquerdo e os reservas do direito, com: Danilo, Pedro Geromel, Miranda e Filipe Luís; Fernandinho; Fred, Philippe Coutinho, Taison e Neymar; Gabriel Jesus. A outra escalação seguia a lógica contrária, contando com os titulares do lado direito. Eram eles: Fagner, Thiago Silva, Marquinhos e Marcelo; Casemiro; Paulinho, Renato Augusto e Willian; Roberto Firmino.

A atividade na Arena Samara também foi um teste para Marcelo, um dos primeiros jogadores a entrar em campo para o aquecimento. Ele participou do treinamento deste sábado, completamente fechado à imprensa, em Sochi, e agora voltou a trabalhar ao lado dos seus companheiros, acelerando a recuperação do problema na região lombar.

Assim, o Brasil deve entrar em campo com a seguinte escalação contra o México: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís; Casemiro, Paulinho, Philippe Coutinho, Willian e Neymar; Gabriel Jesus.

O trabalho deste domingo não contou com a presença do meia-atacante Douglas Costa, em fase final de recuperação de lesão na coxa direita, sofrida nos últimos minutos do confronto com a Costa Rica. O jogador da Juventus até viajou para Samara, mas ainda não possui condições de entrar em campo.

A expectativa, agora, é para que o técnico Tite confirme na sua entrevista coletiva na Arena Samara a escalação do Brasil, que poderia contar com Fagner e Filipe Luís nas laterais para o duelo com o México, marcado para as 11 horas (de Brasília) de segunda-feira em Samara.

O lateral-esquerdo Marcelo treinou normalmente neste sábado, em Sochi, mas ainda não tem escalação garantida na seleção brasileira para o jogo com o México na próxima segunda-feira, às 11 horas (de Brasília), em Samara, pelas oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia. Foi sua primeira atividade com bola depois do espasmo na coluna sofrido durante a partida contra a Sérvia. A comissão técnica está otimista em relação ao aproveitamento do jogador, mas o médico Rodrigo Lasmar prefere ser cauteloso.

"O Marcelo fez o primeiro trabalho físico, se sentiu bem, mas é importante aguardar um pouco mais, as próximas 24 horas", disse Lasmar, neste sábado. "No novo treino (neste domingo), temos condições de ver a resposta que ele vai apresentar, mas seguimos otimistas no seu aproveitamento para o jogo", reforçou o médico da seleção.

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Tite, porém, continua preparando Filipe Luis para iniciar a partida. Ele está treinando entre os titulares. A avaliação da comissão técnica é a de que o lateral saiu-se muito bem no jogo com os sérvios e não será problema nenhum escalá-lo.

O lateral-direito Danilo treina normalmente desde sexta-feira, recuperado da lesão no quadril sofrida ao treinar na véspera do jogo com a Costa Rica, pela segunda rodada da fase de grupos do Mundial. "Ele já tem condições de jogo, treinou normalmente e está à disposição do Tite", disse Lasmar.

No entanto, tanto nos treinos como na avaliação de seu desempenho, o treinador tem demonstrado disposição de manter Fagner como titular.

Douglas Costa, por sua vez, continua vetado. "Ele iniciou um trabalho de transição no campo, trabalho físico, não terá condição para este jogo, mas segue em boa evolução", afirmou o médico da seleção. O atacante, que se recupera de contratura na coxa direita, viajou com a delegação para Samara.

Na dependência da recuperação do titular da lateral esquerda, Tite vai escalar contra o México a seguinte formação: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo (Filipe Luis); Casemiro; Paulinho, Willian, Philippe Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus.

A Copa do Mundo acabou neste sábado para a Argentina, Messi e o pobre futebol apresentado pela equipe. A vontade foi pouco para superar a técnica e a juventude de França logo no primeiro jogo das oitavas de final do torneio. Em Kazan, na Rússia, os europeus ganharam por 4 a 3 ao mostraram que a juventude e bom futebol coletivo valem mais do que mística, garra e a dependência de um camisa 10.

Messi na Argentina é com um oásis no deserto. Posicionado como atacante centralizado, pouco participou do jogo. A quarta Copa da carreira do camisa 10 é a que acaba mais cedo e poucos dias depois do aniversário de 31 anos do ganhador de cinco prêmios de melhor jogador do mundo. O destino dele com a camisa da seleção é incerto, ainda mais depois de um Mundial em que a seleção argentina viveu mais de tradição e menos de futebol.

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A sofrida classificação para as oitavas de final da Copa havia transformado o ânimo da Argentina. A angústia pela possível eliminação precoce deu lugar ao sentimento de que só se tinha a ganhar a partir de agora na Copa. Qualquer resultado seria lucro. A situação fez a cidade de Kazan ficar tomada de azul e branco, principalmente no largo calçadão principal e no centro histórico.

Logo o estádio acabou dominado também. Parecia Buenos Aires. A cantoria da torcida abafou os acordes da Marselhesa e o jogo logo mostrou as diferenças de propostas. A Argentina iria na empolgação do público, nos gritos e na velha cartilha de ganhar tempo a cada bola parada e lateral. A França apostava na capacidade individual dos jogadores e no talento do jovem elenco.

A paixão dos argentinos e o equilíbrio por vezes demasiado dos franceses em não jogar com intensidade fez a partida ser uma das melhores da Copa. O time de Messi vai embora nas oitavas sem poder reclamar. Jogou mal, teve formações confusas e foi para o primeiro mata-mata confiante de que ganharia somente pela garra.

O futebol venceu em Kazan. A França mais técnica e por vezes acomodada a ponto de permitir a virada, deixou o recado de que tem condição de ganhar a Copa. A equipe pode ser adversária do Brasil em uma eventual semifinal.

O começo da partida mostrou uma França veloz e decidida. Logo no começo teve cobrança de falta no travessão e show de Mbappé. Veloz, o atacante de 19 anos pegou a bola do campo de defesa e só conseguiu ser detido dentro da área, com pênalti. Griezmann converteu aos 13 minutos. Parecia ser o jogo para a França finalmente se firmar no Mundial após más atuações na fase de grupos.

A Argentina ficou desnorteada. Mbappé corria em direção ao gol e só era parado com falta, enquanto Messi não aparecia. O camisa 10 foi posicionado com falso centroavante na vaga de Higuaín, mas acabou marcado demais. A França parecia ter o comando, porém pecou por não ter apetite para ampliar. Como diz a expressão francesa, pareceu blasé e acomodada.

A multidão argentina estava mais quieta quando Di María deu o primeiro chute a gol do time. Era 41 minutos do primeiro tempo quando a comodidade francesa foi encerrada pela bola certeira no ângulo para empatar. A França assumiu o risco de esperar o contra-ataque. Pagou como conta o empate.

Quando se enfrenta a Argentina, há sempre o "risco Messi". O camisa 10 pode estar quieto, mal em campo e acertar mesmo quando erra. Foi o caso da virada. Ele chutou a gol e a bola bateu no meio do caminho em Mercado para tirar o goleiro Lloris da jogada, aos 2 minutos do segundo tempo.

A França precisava, então, ser mais "Argentina" e ter vontade. Só a técnica não bastava, era preciso correr e forçar o jogo veloz, com havia feito no primeiro tempo. O time europeu avançou e com toques rápidos marcou três gols em dez minutos: Pavard acertou o ângulo aos 12 minutos para depois Mbappé fazer aos 18 e aos 22.

O placar de 4 a 2 era o recado claro de que a França era superior. Teve chances ainda de fazer o quinto. A equipe mostrou o quanto pode ser perigosa se mantiver a intensidade e o empenho demonstrados no segundo tempo. A Argentina, no entanto, não saiu de campo derrotada. A torcida continuou a cantar no fim, em reconhecimento do quanto o esforçado e limitado time correu. Ainda sobrou um gol de Agüero nos acréscimos antes de o "adiós" da Argentina ser sacramentado.

FICHA TÉCNICA

FRANÇA 4 x 3 ARGENTINA

FRANÇA - Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Hernandez; Kante, Pogba e Matuidi (Tolisso); Griezmann (Fekir), Mbappé (Thauvin) e Giroud. Técnico: Didier Deschamps.

ARGENTINA - Armani; Mercado, Otamendi, Rojo (Fazio) e Tagliafico; Mascherano, Banega e Pérez (Agüero); Pavón (Meza), Di María e Messi. Técnico: Jorge Sampaoli.

GOLS - Griezmann, aos 13, e Di María, aos 41 minutos do primeiro tempo; Mercado, aos 2, Pavard, aos 12, Mbappé, aos 18 e aos 22, e Agüero, aos 48 minutos do segundo tempo

CARTÕES AMARELOS - Rojo, Tagliafico, Mascherano, Banega, Matuidi, Pavard, Otamendi e Giroud.

ÁRBITRO - Alireza Faghani (Fifa/Irã).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 42.873 pagantes.

LOCAL - Arena Kazan, em Kazan (Rússia).

A Fifa informou em entrevista coletiva nesta sexta-feira que realizou 2,7 mil testes de doping na Copa do Mundo de 2018 e nenhum caso positivo foi detectado. "Todos os atletas foram testados pelo menos uma vez", disse Colin Smith, diretor de Competições da entidade máxima do futebol.

"Em cada partida, pelo menos quatro jogadores são testados e as amostras são enviadas para uma laboratório em Lausanne", explicou. "Não tivemos nenhum caso positivo", insistiu.

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Alexey Sorokin, CEO da Copa, também fez questão de destacar que sua seleção russa tem sido alvo de testes. "Nossos jogadores foram repetidamente testados. E os resultados são claros", disse. Para ele, a classificação da seleção para as oitavas de final não é uma surpresa. "Eles se prepararam por meses", justificou.

Apesar das declarações, paira a desconfiança sobre o desempenho dos russos, apontados como surpreendentemente velozes. Na semana passada, um jornal inglês revelou que a Fifa sabia e abafou casos de doping na elite do futebol russo. As revelações foram publicadas pelo jornal britânico "The Mail on Sunday", com base em investigações realizadas pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

De acordo com a reportagem, o ministério dos Esportes da Rússia encobriu um teste positivo de um dos jogadores inicialmente convocados para a seleção que disputa a Copa do Mundo, Ruslan Kambolov.

No total, 155 casos de doping no futebol russo teriam sido revelados. Desses, 34 casos foram investigados e teriam chegado até a Fifa. A entidade insiste que, por mais de um ano, avaliou essas informações. Mas não abriu qualquer tipo de processo. Um mês antes da Copa, a entidade ainda declarou que considerava que as informações que dispunha eram "insuficientes" para concluir se houve ou não um doping no futebol russo.

Ruslan Kambolov, em 2015, foi selecionado para passar por exames antidoping, enquanto jogava pelo Rubin Kazan. Seu teste deu positivo, levando o ministério dos Esportes a procurar o chefe dos laboratórios, Grigory Rodchenkov, para pedir orientação. Rodchenkov foi quem denunciou o esquema de doping russo nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014, e que levou o esporte olímpico russo a ser parcialmente banido dos Jogos do Rio-2016.

Um dia depois da revelação do doping, um agente do ministério dos Esportes foi flagrado indicando que o teste estava "salvo", numa referência sobre a necessidade de encobrir o resultado.

O passo seguinte, seis dias depois, foi o envolvimento do FSB - o serviço de inteligência da Rússia - para trocar a amostra de urina do jogador. Naquele momento, a Rússia mantinha um estoque de dez mil amostras de urinas "limpas", que poderiam ser trocadas por amostras de urina de atletas dopados.

Os dados estão nas agendas de Rodchenkov, apontando para o envolvimento do espião Evgeny Blokhin, o mesmo que também operou nos laboratórios de Sochi. A Fifa rejeitou a acusação e disse que fez todas as investigações possíveis sobre os envolvidos na Copa do Mundo.

Depois de duas boas atuações, a seleção do Japão decepcionou e foi superada pela já eliminada Polônia por 1 a 0 nesta quinta-feira, em Volgogrado, pela rodada final do Grupo H da primeira fase da Copa do Mundo da Rússia. Os japoneses, porém, estão nas oitavas de final do Mundial graças à Colômbia, que venceu o Senegal pelo mesmo placar, em Samara, e ao critério disciplinar que serviu para definir a sua classificação.

A seleção asiática terminou a primeira fase com os mesmos quatro pontos de Senegal e o mesmo saldo de gols, mas avançou em segundo da chave por ter dois cartões amarelos a menos que a equipe africana. Os colombianos passaram ao mata-mata como líderes do grupo, com seis pontos.

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Nas oitavas de final, o Japão enfrentará o primeiro colocado do Grupo G, que será Bélgica ou Inglaterra - os dois se enfrentam ainda nesta quinta no fechamento da primeira fase do Mundial. Este duelo que valerá uma vaga nas quartas será na próxima segunda-feira, às 15 horas (de Brasília), em Rostov.

Depois de duas derrotas que culminaram com a eliminação precoce do torneio, a Polônia evitou o vexame de ir para a casa com três resultados negativos na primeira fase, o que nunca aconteceu em sua história nas Copas. Craque da equipe, o atacante Lewandowski mais uma vez não balançou as redes e se despede do Mundial sem gols. Bednarek fez o gol da única vitória polonesa na Rússia.

O JOGO - Com a possibilidade de atuar pelo empate para se classificar, o técnico japonês Akira Nishino se deu ao luxo de preservar alguns jogadores importantes, como Hasebe, Kagawa, Inui e Osako. Mudou consideravelmente o setor ofensivo e viu o time ter uma atuação ruim na primeira etapa.

Talvez pelo desentrosamento das peças ofensivas, o time asiático criou pouco em comparação com os dois jogos anteriores e não levou muito perigo ao gol polonês. A Polônia, sem estar sob pressão por já estar eliminada, teve a melhor chance de descer aos vestiários em vantagem no cabeceio de Grosicki, que exigiu do goleiro Kawashima uma das defesas mais bonitas desta Copa.

Kawashima foi buscar a bola antes de ela ultrapassar a linha. Os poloneses reclamaram alegando que a bola havia entrado, mas o a tecnologia do chip mostrou que o goleiro impediu que ela ultrapassasse toda a linha.

Na etapa final, a Polônia seguiu melhor. Bem postados defensivamente, os poloneses foram letais em busca de uma despedida positiva da Rússia. Aos 14 minutos, Kurzawa cobrou falta na área e Bednarek completou de primeira para abrir o placar e pressionar o rival, que, naquele momento, ficava sem a vaga nas oitavas de final, já que Colômbia e Senegal empatavam sem gols.

Nishino mandou a campo Hasebe, Inui e Osako, mas as entradas dos jogadores não surtiu o efeito desejado. A seleção asiática até pressionou, mas em nada lembrou o time dos dois primeiros jogos e foi incapaz de conseguir o empate. Pelo contrário, ficou mais perto de levar o segundo gol, que poderia ter vindo em finalização de Lewandowski. O astro do Bayern de Munique perdeu chance incrível, sozinho dentro da área.

A seleção japonesa não fez sua parte em campo, mas, mesmo assim, garantiu sua classificação às oitavas de final graças à Colômbia e ao critério disciplinar que o deixou na frente de Senegal. Essa é, por sinal, a terceira vez na história que o Japão avança para esta fase do Mundial - as outras foram nas Copas de 2002 e 2010.

FICHA TÉCNICA

JAPÃO 0 x 1 POLÔNIA

JAPÃO - Kawashima; Sakai, Yoshida, Makino e Nagatomo; Yamaguchi, Shibasaki, Sakai, Okazaki (Osako) e Usami (Inui); Muto (Hasebe). Técnico: Akira Nishino.

POLÔNIA - Fabianski; Bereszynski, Glik e Bednarek; Kurzawa (Peszko), Krychowiak, Goralski e Jedrzejczyk; Zielinski (Teodorczyk), Grosicki e Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka.

GOL - Bednarek, aos 14 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Janny Sikazwe (Fifa/Zâmbia).

CARTÃO AMARELO - Makino (Japão).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena Volgogrado, em Volgogrado (Rússia).

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