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Quando José Avilez começou a trabalhar com videogames na Venezuela, não imaginava que isso mudaria sua vida. Com a ampliação do uso de criptomoedas para driblar a crise econômica, o negócio ganhou outro patamar e lhe possibilitou comprar uma casa e um carro. "Eu sustento o meu lar agora. Mantenho financeiramente meus pais, irmãos e uma tia", diz.

Assim como Avilez, outras milhões de pessoas usam as criptomoedas em diferentes países da América Latina, um mercado em expansão diante da falta de políticas monetárias próprias, da alta inflação, da desvalorização das moedas locais e da alta taxa de informalidade, além da facilidade de acesso: em 2019, 68% dos latino-americanos tinham acesso à internet, segundo o Banco Mundial, enquanto apenas 18% tinham algum cartão de crédito, por exemplo.

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"Acessar o mercado de criptomoedas e fazer transações é significativamente mais fácil do que o mercado tradicional. Se você tem internet e celular, você já tem acesso ao mercado. Em El Salvador, já tem mais gente com acesso ao app de criptomoedas do governo do que com contas bancárias", afirma o diretor de expansão da Crypto.com para o Brasil, Guilherme Sacamone.

Moeda Oficial

Sem política monetária própria e dependente do dólar, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou o bitcoin como moeda oficial, em setembro, apesar da advertência do FMI dos riscos envolvidos. "O que chama a atenção no caso é que o presidente fez um discurso de mudar paradigmas e digitalização da economia e quer ocupar o espaço de operador da criptomoeda sem pedir registro de recurso. Bukele distribuiu US$ 30 em criptomoeda por cidadão, para encorajar o uso do sistema", disse o professor de geoeconomia internacional da ESPM-SP Leonardo Trevisan.

Recentemente, o presidente salvadorenho anunciou a compra de 100 bitcoins, com os quais teria gastado cerca de US$ 5 milhões. Bukele anunciou ainda a construção da primeira cidade bitcoin do mundo, em Conchagua, utilizando a energia geotérmica de vulcões. Mas, mesmo assim, El Salvador ainda não passa a Venezuela, terceiro país do mundo com maior incidência de criptomoedas, atrás apenas de Ucrânia e Rússia.

"Nós, venezuelanos, começamos a usar as criptomoedas entre 2015 e 2016, quando a crise começou a piorar. A necessidade nos obrigou a procurar métodos alternativos para enviar e receber dinheiro dentro e fora do país. O bitcoin foi o grande salvador dos venezuelanos", conta Avilez.

Movimentação

Em 2020, os países latino-americanos enviaram US$ 25 bilhões em criptomoedas e receberam US$24 bilhões, o que representa 9% de todas as criptomoedas do mundo. A Venezuela representa US$ 3 bilhões desse valor.

O país, com inflação projetada de 1.600%, segundo a Ecoanalítica, já cortou 14 zeros de sua moeda, o bolívar, desde 2008. Apenas em 2021, o governo anunciou o corte de seis zeros. Com isso, o dinheiro perdeu valor e o venezuelano comum precisa recorrer ao dólar ou às criptomoedas.

"Com as criptomoedas, o governo não consegue imprimir quanto de dinheiro quiser e isso dribla a inflação. A emissão de criptomoedas não está sob a jurisdição de nenhuma instituição e isso faz com que ela seja um pouco mais confiável, porque o que define é a tecnologia, que não permite que interesses particulares definam a emissão. Isso se mostra mais confiável para as pessoas", afirma Sacamone.

E foi justamente isso que tirou Avilez da pobreza nos últimos anos. O jovem de 35 anos é mais conhecido como Etinen, nome que usa para as transações que faz com o videogame Tibia. "Basicamente, nossa economia tem base em criptomoedas. Eu uso para vender os jogos e para proteger minhas finanças, afinal temos a maior inflação do mundo e o valor do câmbio bolívar-dólar é muito volátil", conta.

Com o que recebe vendendo o Tibia, Avilez consegue comprar comida, pagar contas e até comprar eletrodomésticos. "Já comprei comida em um mercado de Caracas que se chama Excélsior Gama, aceitaram meus USDT. Também comprei comida pelo delivery e até bilhetes aéreos". Uma assinatura mensal do Tibia vale 11 USDT.

Na Colômbia, o governo revogou qualquer limite em criptomoedas com registro e o uso de criptomoedas chegou aos caixas eletrônicos. O país tem a maior rede de caixas eletrônicos de criptomoedas - atualmente são 60 Coin ATM Radar, que permitem a troca direta de uma moeda, seja física ou de uma conta bancária, e qualquer criptomoeda.

"É preciso fazer um alerta. O país não tem uma economia que justifique a movimentação de tanta criptomoeda e isso acende um alerta na DEA", explica Trevisan. Segundo a agência antidrogas dos EUA, "a criptomoeda favorece a lavagem de recursos ilícitos em razão do anonimato e da velocidade das transações".

Fator importante para levar as classes mais simples da Colômbia a adotarem a criptomoeda em atividades cotidianas está a alta informalidade. Em 2020, ao menos 32,1% da população estava em trabalhos informais. Além disso, é preciso considerar que no país vive a maior comunidade de venezuelanos que fugiram da crise.

"Uma das vantagens da criptomoeda são as baixas taxas bancárias. A informalidade do trabalho na América Latina é muito alta e boa parte das pessoas depende dos recursos do imigrante. As classes D e E, por exemplo, precisam da criptomoeda para fazer a transferência de renda", afirma Trevisan.

Os imigrantes latinos que continuam vivendo nos EUA ou em países da Europa, por exemplo, ou mesmo em outros países latino-americanos, mandaram mais dinheiro a seus parentes durante a pandemia de covid-19 e tentam escapar das altas taxas dos bancos. "A transação em criptomoeda é como um Pix, é um movimento livre", disse Trevisan.

Remessas

Em junho de 2020, a República Dominicana recebeu 26% a mais de remessas do que no mesmo período de 2019. Em El Salvador, o aumento foi de 10%. De acordo com o Banco Mundial, em toda a América Latina, a receita das remessas representa quase 2% do PIB total da região.

Estima-se que existam 6 milhões de refugiados e migrantes venezuelanos em todo o mundo. Destes, 5 milhões estão na América Latina e no Caribe, principalmente em Colômbia, Brasil, Argentina, Equador, Peru e Chile. Avilez lembra que, apesar do grande êxodo de venezuelanos, muitos não têm condições de deixar o país e as remessas são a única forma de renda.

"Com a crise, muitos foram embora e começou a ocorrer aqui o que não era comum, as remessas. E, para os venezuelanos de fora conseguirem mandar dinheiro para cá, usavam cambistas informais. Agora, esses cambistas recebem em moedas locais (dos outros países), compram criptomoedas e as enviam para cá", afirmou.

Atualmente, o bitcoin é a criptomoeda mais popular na América Latina. O México foi pioneiro na regulamentação do uso e nas operações de casas de câmbio digital, com sua Lei Fintech, de 2018. Já Equador e Bolívia baniram, em 2014, a circulação de criptomoedas em seus territórios.

No Brasil, o uso das criptomoedas está mais voltado para investimentos e ampliação de capital. "Percebemos diferentes modos de uso das criptomoedas em diferentes países, de acordo com cada necessidade. O Brasil é o primeiro país que a gente precisa estar presente em razão do tamanho do mercado, mas o volume ainda é concentrado em grandes transações, ou seja, em investidores que entendem do assunto", disse Sacamone. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Jonathan de Oliveira, disse, nesta quarta-feira (27) em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, que o total de declarantes de criptoativos –  as chamadas moedas virtuais – cresceu mais de seis vezes entre dezembro de 2019 e abril deste ano, passando de 94 mil para 617 mil pessoas físicas.

Nas declarações de Imposto de Renda deste ano, até setembro, foram listadas movimentações de R$ 127 bilhões. Segundo o subsecretário, estão sujeitas ao repasse mensal de informações transações a partir de R$ 30 mil.

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Oliveira disse ainda que a Receita foi pioneira no mundo ao exigir a declaração mensal em agosto de 2019. E colocou neste ano um campo específico sobre criptoativos na ficha de bens da Declaração de Imposto de Renda, quando 445 mil pessoas físicas e cerca de 6 mil empresas informaram transações com moedas virtuais.

Pirâmides financeiras

Para o procurador-chefe da Comissão de Valores Mobiliários, Celso Serra Filho, é preciso regular o mercado de criptoativos para evitar crimes como os de pirâmide financeira. Ele sugeriu uma atualização da lei que trata deste crime, que é de 1951 (Lei 1.521/51) e que pune os criminosos com penas de no máximo dois anos.

“É uma pena extremamente singela para a gravidade que esse crime pode atingir hoje em dia, inclusive com a possibilidade de utilização da internet e das redes sociais, que é o que se verifica atualmente”, lamentou.

Rastreamento de operações

Aline Cuzzuol, da Divisão de Repressão aos Crimes Financeiros da Polícia Federal, disse que, por não ser regulado, o mercado de criptoativos torna-se mais propício à prática de crimes como a lavagem de dinheiro.

“Essas operações não são submetidas a controle, não são registradas, não são rastreáveis. São de rápida e imediata realização. E possuem alcance global, transfronteiriço”, explicou. Segundo Aline, entre 2020 e 2021, as investigações sobre operações com criptoativos cresceram mais de 300%.

Alguns advogados presentes na audiência, porém, afirmaram que é possível, sim, rastrear as operações com criptomoedas e alertaram que criar punições não previne os delitos. O diretor da Associação Brasileira de Criptomoedas, Rodrigo Monteiro, afirmou que os membros seguem um código de autorregulação, mas se manifestou favoravelmente a uma supervisão pelo Banco Central.

Ele explicou que a maior parte dos problemas com criptomoedas ocorrem com empresas sediadas em outros países e que estão fora do alcance da Receita Federal, por exemplo.

Já Jeferson Brandão, cliente da G.A.S Consultoria, criticou a ação da Polícia Federal que prendeu o dono da empresa, Gladison dos Santos, que prometia bons lucros com investimentos em Bitcoin. Ele é suspeito de formação de pirâmide financeira.

Brandão disse que não foi lesado pela empresa e que está sem receber seus recursos há dois meses por causa da investigação.

O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), disse que convidou representantes do Ministério Público e da G.A.S para falarem na audiência, mas não recebeu respostas.

Regulamentação em análise na Câmara

O deputado é autor do Projeto de Lei 2303/15, que regulamenta o uso de moedas virtuais no Brasil. “A principal vantagem é a segurança jurídica, principalmente para os pequenos investidores. Além disso, o reconhecimento por parte dos órgãos oficiais da existência desses criptoativos, tanto no mundo jurídico como também no que tange à economia e ao ato de transacionar essas moedas", explicou Ribeiro.

Segundo o parlamentar, é importante o investidor ter informações corretas e seguras "para não ser enganado por parte de agentes que queiram se aproveitar da falta de legislação e informação para cometer crimes”.

O PL 2303/15 foi aprovado, com alterações, na comissão especial no mês passado. Aureo Ribeiro adiantou que vai pedir regime de urgência para votar o projeto no Plenário.

*Da Agência Câmara de Notícias

A Câmara Criminal do Ministério Público Federal (MPF), órgão superior vinculado à Procuradoria-Geral da República, autorizou a venda imediata das criptomoedas apreendidas na Operação Kryptos, deflagrada no dia 25 de agosto. O valor total está avaliado em cerca de R$ 150 milhões e deve ser depositado em uma conta judicial.

A investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPF no Rio de Janeiro, em conjunto com a Polícia Federal e a Receita Federal, aponta que a empresa GAS Consultoria e Tecnologia, que tem sede em Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense, operava um sistema de pirâmides financeiras, ou Ponzi, envolvendo moedas digitais.

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Segundo o MPF, a empresa prometia um retorno mensal de 10% sobre o valor investido em criptomoedas, mas não tinha registro nos órgãos regulatórios para fazer as transações. Os criptoativos apreendidos foram transferidos para uma conta aberta pelo MPF numa corretora brasileira de bitcoins e criptomoedas, para impedir que continuassem a ser movimentadas à distância pela organização criminosa.

A situação é nova e a Câmara de Coordenação e Revisão da área criminal do MPF também foi consultada. A decisão, unânime, seguiu o voto do coordenador da Câmara Criminal, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos. O colegiado acolheu a proposta do Gaeco e aprovou a liquidação imediata dos criptoativos apreendidos.

A Câmara Criminal também decidiu criar um grupo de trabalho para fazer manuais de atuação que auxiliem os procuradores em casos envolvendo moedas digitais, com roteiros de boas práticas de investigação. O objetivo é aprofundar o debate sobre criptoativos no órgão e estabelecer diretrizes de atuação para os membros do MPF.

Policiais federais cumprem nesta quinta-feira (9) dois mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão contra acusados de praticar fraudes por meio de operações com criptomoedas, no Rio de Janeiro. Esta é a segunda fase da Operação Kryptus, que conta com o apoio da Receita Federal e que investiga a prática ilegal de pirâmide financeira.

Segundo a Receita Federal, a empresa localizada na Região dos Lagos fluminense atua como se fosse um fundo de investimento, em que o investidor adquire uma quantia determinada de cotas e recebe rendimentos fixos.

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Como em um mercado volátil como o das criptomoedas (que incluem os bitcoins), não é sustentável prometer uma rentabilidade fixa aos investidores, a empresa recorreria a uma pirâmide financeira.

A pirâmide é um esquema ilegal em que o lucro é gerado pelo aporte de novos clientes e não pela natureza lucrativa das operações. E, para evitar o colapso do sistema, é preciso continuar expandindo a rede de clientes.

O esquema gera enriquecimento dos mentores da pirâmide que, segundo a Receita, não declaram seus lucros ao fisco.

Policiais federais cumprem nesta quarta-feira (25) dois mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão contra suspeitos de fraudes bilionários com criptomoedas. Segundo investigações da operação Kryptos, uma empresa sediada na Região dos Lagos fluminense operava um esquema de Ponzi (pirâmide financeira).

O esquema era baseado na oferta pública de contrato de investimento, sem prévio registro nos órgãos regulatórios. Segundo a Polícia Federal (PF), a empresa especulava no mercado de criptomoedas, com uma previsão insustentável de retorno financeiro sobre o valor investido.

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Nos últimos seis anos, a movimentação financeira dessas empresas chegou a cifras bilionárias.

Os mandados, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, estão sendo cumpridos em São Paulo, no Rio de Janeiro, Ceará e Distrito Federal. A investigação contou com apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal.

A direção do Paris Saint-Germain anunciou nesta quinta-feira que usou um tipo de criptomoeda para bancar parte das "luvas" pagas a Lionel Messi em sua transferência do Barcelona para o clube francês. O PSG não revelou qual o valor do pagamento ao craque argentino em moeda virtual.

De acordo com o clube, "Messi recebeu um grande número de '$PSG Fan Tokens'". Este tipo de criptomoeda foi criado rede de blockchain Chiliz $CHZ e traz, aos detentores deste ativo financeiro digital, vantagens ligados ao clube, que pretende dar aos torcedores a oportunidade de enviar mensagens a serem apresentadas nas paredes do vestiário do time, por exemplo. Também poderão receber vídeos exclusivos dos jogadores.

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"Essa iniciativa coloca um pouco mais o PSG como uma das marcas esportivas mais inovadoras e vanguardistas", disse o clube, ao anunciar o pagamento incomum no mundo do futebol. Para o PSG, este formato aproxima o clube dos torcedores mais jovens. "Criamos um vínculo imediato entre o jogador e milhões de fãs ao redor do mundo."

Ainda segundo o PSG, as notícias sobre a chegada de Messi ao clube movimentou nos últimos dias cerca de US$ 1,2 bilhão (equivalente a R$ 6,24 bilhões) em Fan Tokens do PSG. Para entrar neste mercado, o time de Paris fez uma parceria, ainda em 2018, com a empresa Socios.com, tornand-se o primeiro clube a tomar esta iniciativa.

"Abraçar totalmente o Socios.com e o $PSG Fan Tokens provou ser um grande sucesso para o clube. Conseguimos envolver um novo público global, criando um fluxo de receita digital significativo", diz Marc Armstrong, diretor de parcerias do clube. "O PSG está colhendo os frutos de sua abordagem ousada e acredito que isso poderá ser o início de uma nova tendência, já que Fan Tokens e Socios.com desempenham um papel cada vez mais proeminente no esporte no mais alto nível", afirma Alexandre Dreyfus, CEO da Chiliz e da Socios.com.

Hackers roubaram mais de US$ 600 milhões em criptomoedas em um ataque cibernético contra a plataforma Poly Network, um protocolo descentralizado de finanças (DeFI, na sigla em inglês) que permite que clientes transfiram tokens entre diferentes blockchains. Segundo a empresa, o golpe representou o maior roubo desse tipo da história.

Em comunicado endereçado aos criminosos, a companhia pediu que os ativos sejam devolvidos e alertou que as autoridades em qualquer país vão considerar o furto um "grande crime econômico". "O dinheiro que você roubou pertence a dezenas de milhares de membros da comunidade cripto", destacou.

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O blockchain é uma rede descentraliza em que as transações com criptomoedas são registradas.

O serviço oferecido pela Poly Network é promover uma comunicação entre essas diferentes plataformas.

O fundo Softbank fechou acordo para investir US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão) na plataforma de criptomoedas brasileira Mercado Bitcoin. Este é o maior aporte do fundo no setor na América Latina, segundo nota. Com o investimento, o grupo 2TM, holding que controla o Mercado Bitcoin, passa a ser avaliado em US$ 2,1 bilhões - tornando-se o oitavo unicórnio mais valioso da América Latina.

O Mercado Bitcoin vai utilizar esses recursos para alcançar cerca de 700 funcionários até o fim de 2021. Outra meta é acelerar o crescimento de empresas do grupo, como a carteira digital Meubank e a Bitrust - ambas em fase de aprovação pelo Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários (CVM), respectivamente.

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Dos 2,8 milhões de clientes que possui atualmente, 700 mil chegaram entre janeiro e maio deste ano. Durante o mesmo período, a plataforma alcançou R$ 25 bilhões em volume transacionado, mais do que todo o valor registrado nos sete primeiros anos do negócio.

Em alta

Com o novo aporte na dona do Mercado Bitcoin, a XP Investimentos atualizou o preço-alvo para a G2D Investments de R$ 7 para R$ 9 por ação. A G2D, veículo de investimento controlado pela GP Investments e focado em empresas de inovação, possui cerca de 3,5% do capital social do negociadora de criptoativos.

"Acreditamos que a empresa deve negociar com zero de deságio em relação ao NAV, devido ao alto potencial de crescimento da carteira", apontam os analistas da XP para justificar o aumento do preço-alvo.

No centro da discussão sobre a regulamentação do Bitcoin (BTC) estão El Salvador e a China. De um lado, o país da América Central foi o primeiro a adotar oficialmente a criptomoeda. Do outro, os asiáticos, que suspenderam a mineração e bloquearam as exchanges que operam no país. Entre os pontos de divergência, a falta de rastreabilidade e questões de sustentabilidade são discutidos e travam a ampliação das transações.

As criptomoedas são obtidas através do processo de mineração que, através das 'fazendas' de computadores, consome quantidades enormes de energia elétrica para que as máquinas realizem cálculos complexos. O estudo Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index aponta que a rede do BTC consome cerca de 121,36 terawatt-hora (TWh) ao ano, ou seja, gasta mais do que países inteiros como Argentina, Noruega e Paquistão.

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As fontes de energia mais utilizadas, como as atividades das hidrelétricas, usinas nucleares e termoelétricas, não são renováveis e ainda prejudicam o Meio Ambiente. Por isso, o CEO da Tesla e um dos homens mais ricos do mundo, o bilionário Elon Musk, recuou sobre a compra dos seus veículos com bitcoin.

Longe das taxas tributárias do Estado

As principais fazendas de mineração ficam na China, que tem o carvão como principal matriz energética. Nesta semana, o país interrompeu a mineração do BTC em Xinjiang e bloqueou a movimentação nas exchanges. Embora a motivação indique um reforço a proteção do Meio Ambiente, a verdadeira justificativa pode ser a falta de controle para cobrança de impostos das criptomoedas.

Especialista em contabilidade financeira Alexandro Werner em entrevista ao LeiaJá. Foto: Júlio Gomes/Leiajá Imagens

"O dinheiro está circulando lá [na exchange] e ainda não voltou para sua conta. Enquanto ele não voltar, o Governo não consegue ter rastreabilidade. Se você tem ganho financeiro, ele não vai ter recolhimento de nada", explica o especialista em contabilidade financeira Alexandro Werner.

O ataque de hackers as exchanges são inevitáveis, mas a tecnologia para evitar furos na criptografia é constantemente atualizada. Desse modo, investidores garantem que não temem as investidas contra seus investimentos guardados nas 'carteiras digitais'.

"As negativas desses países muitas vezes são por uma reserva de mercado e a insegurança ‘de onde está o dinheiro e com quem?', porque as transações entre moedas ainda não têm lastro", aponta Werner.

Sistema seguro

O fato é que o mercado de criptomoedas movimenta trilhões de dólares e já se consolidou com mais de 5.605 opções de ativos. Ele é mantido pelo sistema blockchain, que confere segurança aos usuários e permite rastrear tanto o envio, quanto o recebimento, de informações através de "pedaços de código" gerados online.

O processo pode ser descrito como uma cadeira de blocos no qual cada um contém uma hash - função matemática que pega uma mensagem ou arquivo e gera um código com letras e números que representa os dados enviados. Ele garante que as informações desse bloco não sejam violadas. Cada bloco tem uma hash que se conecta a anterior e cria uma conexão entre quem vende e quem compra.

Nesta quinta-feira (6), será realizado o debate virtual gratuito "A regulação das criptomoedas: Discussão sobre o Projeto de Lei n° 4.207/2019”, organizado pela Associação dos Advogados de São Paulo (AASP). As inscrições podem ser feitas diretamente no site da AASP, até o dia do evento.

O webinar contará com a participação dos expositores Victor Teixeira Nepomuceno, Camila Villard Duran, Tiago Severo, Reinaldo Rabelo e Paula Lima Oliveira. Eles debaterão o PL e suas aplicações futuras.

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O projeto propõe normas acerca da emissão de moedas digitais, além de estabelecer condições e deveres para entidades ou empresas que trabalham diretamente com ativos virtuais. Ele também atribui à Receita Federal, ao Banco Central do Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras competências para fiscalizar e regulamentar transações financeiras ilícitas, no combate aos crimes no Sistema Financeiro, inclusive os esquemas de pirâmide.

A proposta legislativa também elabora o Cadastro Nacional de Pessoas Expostas Politicamente (CNPEP), buscando dar suporte às instituições financeiras para elaborar e praticar políticas de análise de risco de crédito e prevenção à lavagem de dinheiro. 

O PayPal passa a aceitar a partir desta terça-feira (30) pagamentos com criptomoedas em compras efetuadas nos Estados Unidos, informou a empresa. Batizado de "Checkout with Cypto", o recurso permitirá transações com bitcoins, litecoins, ethereums ou bitcoin cashes - algumas das principais criptomoedas do mercado - sem a cobrança de taxas adicionais.

"À medida que o uso de pagamentos e moedas digitais se acelera, a introdução do Checkout with Crypto é a continuidade de nosso trabalho de impulsionar a adoção de criptomoedas, enquanto oferecemos aos clientes do PayPal escolha e flexibilidade nas formas de pagamento", diz o CEO do PayPal, Dan Schulman, em nota. "Permitir que as criptomoedas façam compras em empresas ao redor do mundo é o próximo capítulo para impulsionar a onipresença e a aceitação em massa das moedas digitais", acrescenta.

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A plataforma explica que todas as transações em criptomoedas serão liquidadas em dólares, de acordo com uma tabela de conversões do PayPal.

A conta do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, no Twitter foi invadida - informou a rede social nesta quinta-feira (3), acrescentando que "investiga ativamente" o caso.

Pelo relato do chefe do governo, vários tuítes foram enviados pedindo doações de caridade em criptomoedas. As mensagens depois foram apagadas.

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"Estamos cientes desses eventos e tomamos medidas para garantir a segurança da conta hackeada. Estamos investigando ativamente esses eventos", afirmou um porta-voz do Twitter. A rede social disse não ter conhecimento de que outras contas tenham sido invadidas.

Em julho passado, as contas do Twitter de dezenas de personalidades, como Bill Gates, Elon Musk e Barack Obama, foram alvo de uma grande invasão, por meio da qual tuítes falsos foram enviados de 45 contas de personalidades e empresas.

Nas mensagens, os usuários da Internet foram convidados a doar US$ 1.000 em bitcoins para ganhar o dobro desse valor de volta.

Ainda assim, o Twitter afirmou não ter encontrado qualquer relação entre o ocorrido na conta de Modi e a pirataria múltipla em meados de julho passado.

A casa de câmbio de criptomoedas Poloniex atualizou mais uma vez os seus Termos de Uso, trazendo novas incertezas sobre o seu futuro no mercado. Desta vez, ela decidiu incluir novas nacionalidades à sua lista de restrições territoriais. Chineses, paquistaneses e vietnamitas não poderão mais se registrar no sistema para negociar moedas digitais, e aqueles já registrados terão suas contas desativadas em breve.

E a corretora não parou por aí. Ela também informou aos seus usuários que não serão permitidas transações com residentes de Cuba, Irã, Coreia do Norte, Sudão, Síria, ou outro país que venha a sofrer embargo dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia futuramente. Membros dos países citados também não poderão negociar na casa de câmbio.

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Poloniex fortalece listagem de moedas digitais

Mesmo enfrentando uma crise de credibilidade, ainda há investidores interessados em saber como usar a Poloniex. Esta atua da mesma forma que uma casa de câmbio comum, só que com criptomoedas. Você se cadastra, transfere o montante que deseja investir, e começa a negociar comprando e vendendo moedas digitais.  

Essa corretora permite a negociação de mais de 100 moedas digitais atualmente, e continuar a adicionar novas opções à sua listagem. Decentraland (MANA) e Bancor (BNT) foram integradas recentemente, por exemplo. E a Poloniex já está oferecendo a USDC, versão digital do dólar americano que tem despertado interesse por sua estabilidade frente à usual volatilidade do setor.

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Medidas buscam atender regulamentações

Fundada em 2014 nos Estados Unidos, a Poloniex chegou de forma turbulenta, enfrentando dois ataques cibernéticos que trouxeram perdas para a empresa. Nos anos seguintes, a casa de câmbio enfrentou novos crimes digitais e mudanças de legislação que levaram a diversos contratempos e ajustes.

Fonte da imagem: Pixabay

Ainda que algumas das novidades anunciadas visem atender a regulamentações legais, elas somam à constante dúvida sobre a qualidade dos serviços prestados pela Poloniex. Muitos clientes têm reclamado da suspensão ou encerramento arbitrários de suas contas nos últimos meses, por exemplo. E esta situação parece não ter data para acabar diante dos novos Termos de Uso da empresa, (disponível em inglês aqui).

No documento, a Polionex também deixa claro que poderá suspender ou encerrar contas existentes, agrupá-las (caso você tenha mais de uma), bem como encerrar as suas atividades ou alterar o funcionamento das mesmas. Tudo isso sem a necessidade de aviso prévio ou de compensação legal.

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Empresa já foi líder do setor

Este é outro passo para trás dessa corretora, hoje na 63ª posição após ter passado um bom tempo figurando entre as líderes do setor. E isso acontece meses após a aquisição da Poloniex pela Circle Internet, companhia que tem a gigante Goldman Sachs entre seus investidores. A transação no valor de US$400 milhões agitou o mercado e provocou uma alta de 10,22% no valor do bitcoin, criando uma expectativa de dias melhores para a corretora.

Fonte da imagem: Pixabay

A empresa também já havia se tornado impopular após fazer mudanças parecidas no ano passado. Na ocasião, os estados norte-americanos New Hampshire e Washington foram acrescentados à sua lista de restrições, a qual já contava com Nova Iorque. A empresa também informou no mesmo período que não se considera obrigada a honrar compromissos envolvendo mudanças estruturais no projeto de moedas digitais causadas pela bifurcação (geração de novas criptomoedas) das mesmas.

O bitcoin apagou 25% de seu valor em cerca de 24 horas, à medida que uma onda de vendas atingiu o mercado de criptomoedas antes do feriado de Natal.

Recentemente, o bitcoin operava em torno de US$ 12.500, segundo a CoinDesk. A moeda virtual, que é notoriamente volátil, começou o mês de dezembro valendo cerca de US$ 10.000 e chegou a se aproximar de US$ 20.000 na última semana, mas tem mostrado tendência de desvalorização desde então.

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Em relação a seu pico mais recente, o bitcoin perdeu em torno de US$ 121 bilhões em valor de mercado em menos de uma semana, o equivalente a mais que o dobro da capitalização de mercado da fabricante americana de veículos elétricos Tesla, por exemplo.

Outras moedas alternativas ao bitcoin também sofreram com o movimento de liquidação. Entre 31 moedas digitais com valor de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão, 29 tiveram perdas recentes, de acordo com o provedor de dados CoinMarketCap.

A ether, segunda maior moeda virtual em valor de mercado, despencou 26% nas últimas 24 horas. Já a chamada litecoin sofreu um tombo de 32%. Fonte: Dow Jones Newswires.

A empresa portuguesa Lamassu trará o primeiro caixa eletrônico de bitcoin da América do Sul para a Campus Party Brasil 2014, evento que acontece de 27 de janeiro a 2 de fevereiro, em São Paulo. Além da Campus, a máquina poderá chegar a centros comerciais importantes da cidade de São Paulo. O caixa chega ao Brasil por meio da Mercado Bitcoin, uma startup que media transações entre vendedores e compradores das criptomoedas. 

Como funcionará o equipamento?

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Funcionará por meio da venda das cédulas em real para a compra de bitcoins, o contrário não será possível. Para utulizar é bem simples, basta o clinete expor um código em formato de QR Code para a leitura do endereço da carteira de bitcois e em seguida inserir as notas de real. O QR Code mostrará o endereço para o qual a transferência deverá ser feita, ele poderá estar impresso em papel ou apenas na tela de celular. 

“Durante o desenvolvimento da máquina tivemos contato com os sócios da empresa para que fosse possível ser traduzida para o português e funcionasse com o real”, disse o presidente da Mercado Bitcoin, Rodrigo Batista. Segundo ele qualquer pessoa poderá utilizar a máquina. Quem experimentar a transferência da criptomoeda por meio da máquina pagará o último preço de negócio do Mercado Bitcoin, somado à uma comissão de 2,5% do valor, explica o executivo no site Mercado Bitcoin.

 

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