Tópicos | Cultura africana

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou à Secretaria de Educação de Palmares e à Gerência Regional de Educação (GRE) Mata Sul que o currículo das escolas públicas e privadas do município seja aprimorado em 2020. O objetivo é garantir o cumprimento da legislação que determina o ensino de cultura afro-brasileira, africana e indígena. 

De acordo com o 3º Promotor de Justiça Cível de Palmares, João Paulo Pedrosa Barbosa, a Secretaria de Educação do município deveria reconhecer que o tema é importante e ter informado o MPPE sobre ações realizadas em escolas municipais. No entanto, nenhuma orientação sobre as ações desempenhadas junto às demais escolas de modo padronizado foi apresentada ao órgão.

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O Ministério Público recomendou que o município modifique seu plano de ação para o ano letivo de 2020 no sentido de incluir livros de referência para adequar o ensino às exigências legais para inclusão da temática histórica e cultural afrobrasileira e indígena. A recomendação também orienta a prefeitura a estimular a capacitação continuada de professores das escolas de Palmares, preparando-os para trabalhar os conteúdos ligados à cultura africana, indígena e afro-brasileira em todo o currículo escolar. 

A Secretaria de Educação tem um prazo de 30 dias para comunicar as mudanças realizadas para cumprir as recomendações à Promotoria de Justiça de Palmares. Tanto a GRE Mata Sul quanto o município devem ainda enviar relatórios anuais, sempre 30 dias antes do início de cada ano letivo, informando sobre o programa de capacitação continuada dos professores dos sistemas municipal e estadual de ensino. 

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O Museu Regional de Olinda recebe, até o dia 14 de setembro, a exposição Sawabona Art, da artista plástica Danielly Bertoldo. A mostra terá parte da renda obtida com a venda dos itens revertida para a ONG Aliança das Mães e Famílias Raras (AMAR).

Segundo a artista, a marca nasceu a partir da confecção de turbantes que ela fazia para a filha, e isso se transformou, posteriormente, em um trabalho conceitual que traz destaque para as minorias sociais.

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Sawabona é um cumprimento que significa “eu respeito você, eu valorizo você e você é importante para mim”. Não se sabe se essa é uma história real ou fictícia, mas há relatos que afirmam que a saudação era utilizada por povos da África do Sul, onde eles acreditavam que os seres humanos nascem e morrem bons, sempre desejando segurança, amor, paz e felicidade.

De acordo com Pollyana Dias, fundadora e presidente da AMAR, ações como esta são essenciais para a manutenção da ONG, que trabalha apenas com profissionais voluntários. A entidade sem fins lucrativos oferece atendimentos de fisioterapia, fonoaudiologia, psicoterapia, acupuntura e coach para portadores de doenças raras em Pernambuco e familiares. A ONG também recebe doações de alimentos não perecíveis, materiais de higiene e cestas básicas, entre outros itens que são repassados às famílias.

Serviço

Exposição Sawabona Art

Até 14 de setembro

Terça à sexta-feira | 9h

Sábados e domingos | 14h

Museu Regional de Olinda (Rua do Amparo, 128 - Amparo, Olinda)

 Acontece nesta terça-feira (23), às 19h, no Pátio de São Pedro, área central do Recife, a 6º edição da ‘Terça Negra’. O evento, que reúne história, cultura e resistência, contará com a participação especial do Mestre Zeca do Rolete, um dos maiores mestres do coco de roda pernambucano.

Nesta edição, o evento homenageia o Orixá Ogum. A programação conta com a apresentação dos Pregadores do Rap, Maracatu Ogum Onilê, banda Vôte o que é isso e se encerra com Zeca do Rolete.

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A ‘Terça Negra’ acontece uma vez por mês e é uma iniciativa do Movimento Negro Unificado, com apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, da Fundação de Cultura Cidade do Recife e do Núcleo da Cultura Afro-brasileira. O evento é gratuito e aberto ao público.

Serviço

Terça Negra em homenagem a Ogum

23 de abril | 19h

Pátio de São Pedro (Bairro de Santo Antônio, Recife)

 Entrada franca

 Está marcada para acontecer no dia 25 de janeiro, a 1° edição do Baile dos Orixás, prévia carnavalesca que pretende celebrar a cultura e fortalece as religiosidades africanas. A festa será a partir das 20h, no Arena Show, em Olinda, na Região Metropolitana do recife (RMR). De acordo com a programação, a festa reunirá vários ritmos oriundos da cultura africana.

Entre as atrações confirmadas estão a Orquestra Popular do Recife (Maestro Ademir Araújo), Afoxé Omó Inã, Afoxé Yamim Balé Gilê, Maracatu Estrela Brilhante do Recife, Bateria Pérola do Samba, além dos cantores representantes do carnaval pernambucano como André Rio, Nena Queiroga, Ed Carlos, e Michelle Melo.

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Parte da renda arrecada será revertida para o Núcleo de Assistência à Criança com Câncer. Os ingressos podem ser adquiridos na loja Odoya.

Serviço

1º Baile dos Orixás

25 de janeiro | 20h

Arena Show |Av. Beberibe, 3390, Porto da Madeira

Ingressos: 1º lote R$ 20 (até 10 de janeiro) | 2º lote R$ 30 (à venda na Loja Odoya- Av Beberibe, 1753 A , Agua Fria)

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  O Museu do Homem do Nordeste (Muhne) promove na próxima terça-feira (18), uma exposição especial de natal, que contará com presépio africano e apresentação cultural. A mostra ainda traz uma Nossa Senhora africana, confeccionada com cabelo em dreadlock.

Outros personagens irão representar nacionalidades de todo o mundo e diversas religiões, desde alemães luteranos, ingleses anglicanos a árabes muçulmanos.

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“Para o nosso Museu, muito mais importante do que as diferenças, importam as semelhanças entre as pessoas. Cor, religião, etnia, nada disso tem, de fato importância. São diferenças muito superficiais. O Museu do Homem do Nordeste tem a convicção de que os seres humanos são essencialmente iguais”, explicou a antropóloga Ciema Mello, responsável pela programação de museologia do Muhne.

Serviço

Exposição natalina do Muhne

18 de dezembro|16h 

Museu do Homem do Nordeste (Av. Dezessete de Agosto, 2187 - Casa Forte)

Entrada gratuita

*Com informações da assessoria

 

Para celebrar a Consciência Negra, a Prefeitura do Recife oferece passeios especiais que vão homenagear as histórias e curiosidades da cultura africana, essencial para a construção da identidade do povo brasileiro. Os participantes que optarem pelo passeio de ônibus vão conhecer ainda mais o valor histórico da cultura africana e seu grande valor como símbolo de resistência.

O tour vai passar por alguns pontos centrais da cidade, como Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do Recife, Monumento do Maracatu e de Zumbi dos Palmares, Pátio do Terço, Pátio de São Pedro, Praça da República, Jardim do Baobá, dentre outros. Já o circuito a pé será voltado para exaltação de importantes nomes da música, poesia e de lutas em favor da cultura afro no Recife. Entre os nomes estão Chico Science e Zumbi dos Palmares. Ambos são referências da cultura popular africana.

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Quem optar por um passeio de bicicleta, tem a opção de fazer o roteiro pelo Centro da Cidade. Com saída da Praça do Arsenal, às 9h, o roteiro segue até o famoso Baobá da Praça da República, passando pela Rua da Moeda, local de ensaios de maracatus e grupos de samba e onde está localizada a emblemática estátua de Chico Science.

Os passeios são gratuitos e contam com a ajuda de guias de turismo no auxilio aos participantes. É necessário faze a inscrição nesta até esta sexta (18), à partir das 9h, no site www.olharecife.com.br. Os inscritos deverão levar um quilo de alimento não perecível para ser doado a instituições de caridade.

Programação

Olha! Recife de Ônibus (manhã)

Tema: Circuito Afro

Quando: Sábado (19), às 9h

Saída: Praça do Arsenal – Posto de Informações Turísticas

Olha! Recife de Ônibus (tarde)

Tema: Folhas e Solos Sagrados

Quando: Sábado (19), às 13h

Saída: Praça da República (em frente ao Palácio do Campo das Princesas)

Olha! Recife a Pé

Tema: Recife Afro: Poesias, Lutas e Canções

Quando: Domingo (20), às 9h

Saída: Praça do Arsenal – Posto de Informações Turísticas

Olha! Recife Pedalando

Tema: Rainhas, Santos e Maracatus

Quando: Domingo (20), às 9h

Saída: Praça do Arsenal – Posto de Informações Turísticas

Os livros “Síntese da coleção História Geral da África” e “História e cultura africana e afro-brasileira na educação infanti” foram lançados nesta sexta-feira (21), pelo Ministério da Educação (MEC). Fruto de uma parceria da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC com a Unesco no Brasil, a iniciativa pretende fortalecer a inclusão de conteúdos sobre a história da cultura afro brasileira e africana na educação básica dos sistemas de ensino.

De início, serão distribuídas 86 mil obras para escolas da rede pública, na intenção que esse material sirva para a atuação dos professores em sala de aula. De acordo com o MEC, a ideia é ampliar a oferta de livros para o ensino fundamental.

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No Centro Quilombola de Alternância Ana Moreira (Ceqfaam), o projeto Coisa de Preto leva a linguagem, dança, culinária e religiosidade africana para a sala de aula. O colégio funciona há quatro anos na comunidade quilombola Santo Antônio dos Pretos, na área rural de Codó, no interior do Maranhão, a 300 quilômetros de São Luís. Coisa de Preto é o primeiro projeto desenvolvido voltado para a cultura afro-brasileira. Embora não tenha sido criado com esse propósito, o projeto marca os dez anos da Lei 10.639/03 que torna obrigatório no currículo escolar o ensino da história e cultura africana.

“Vamos aproveitar o mês da consciência negra [novembro] para fortalecer e valorizar a cultura afro. Serão várias apresentações que vão envolver as cidades e as comunidades próximas”, disse o idealizador do projeto o professor Solon da Nóbrega.

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“As nossas raízes foram se perdendo”, declarou Francisco Carlos da Silva, uma das lideranças da comunidade quilombola Centro do Expedito. “A Lei 10.639 diz que se deve trabalhar dentro das disciplinas a questão da importância e valorização da história da África. Mas, infelizmente, isso não acontece. Se você pesquisar as comunidades quilombolas, não só em Codó, mas no Brasil, é uma raridade ver o jovem quilombola envolvido na questão cultural, na questão da sua identidade”, declarou.

No Ceqfaam, o projeto deve continuar sendo desenvolvido nos próximos anos. “Os alunos que não moram em uma área quilombola não levam muito a sério isso. Mas nós, que moramos, levamos. Para mim é importante, e eu sei que vai ajudar no meu desenvolvimento tanto como pessoa como na comunidade”, disse a estudante do 3º ano do ensino médio, Francisca Aldaísa da Silva.

No fim do ano, Aldaísa conclui a formação básica e tem um plano: estudar para ser aprovada em uma faculdade, e cursar pedagogia. “Quero ser professora e ensinar na comunidade. Eu vejo que a comunidade precisa de professores para ensinar os próprios alunos”. Silva concorda com Aldaísa. Segundo ele, a falta de formação e o preconceito, tanto de professores que vêm de fora, como dos próprios moradores, principalmente religiosos, fazem com que a Lei 10.639 não seja cumprida. As religiões cristãs têm ganhado espaço nas comunidades quilombolas, fazendo com que religiões como a umbanda tenham menos adeptos.

De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), Macaé Maria Evaristo dos Santos, a formação de professores é preocupação do MEC, “Estamos falando de comunidades quilombolas, que têm uma história diferenciada, que têm aspectos culturais próprios e que devem ter essa história, memória e tradições orais garantidas no currículo dessas escolas”, ressaltou.

Maria Evaristo disse que a pasta tem feito investimentos específicos para a formação de professores de comunidades quilombolas e que, além disso, está implementando em 43 universidades o curso de licenciatura para educação no campo. Foi feito um edital em 2012 e foi autorizada pelo Ministério do Planejamento a contratação de professores. Ainda não há data definida para que os cursos comecem a funcionar. “Vamos construir uma rede potente no Brasil que vão produzir, além da formação de professores, novas pesquisas, novos olhares sobre a questão. Durante muito tempo essas pessoas [do campo] não foram pensadas na perspectiva do direito”, destacou.

Sobre o cumprimento da Lei 10.639/03, a secretária do MEC declarou que ainda é preciso avançar muito na produção de conteúdos, não só para a formação de professores, mas para que poder desenvolvê-los em sala de aula. Apesar disso, ela avaliou que houve avanços. “A lei trouxe uma mudança de paradigmas, se antes havia uma negação do racismo em sala de aula, hoje temos uma demanda por formação em história e cultura africana e afro-brasileira e educação para as relações étnico-raciais”, concluiu.

A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau promove, na próxima segunda-feira (13), às 14h, palestra para debater a influência da cultura africana em diversas partes do mundo e seu contexto histórico. Os interessados em participar ainda podem se inscrever através do e-mail adriana.ruspoli@sereducacional.com. O evento aberto ao público será gratuito, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível ou água mineral.

Para explanar o assunto, a UNINASSAU convidou o senador norte-americano Vincent Fort, que representa as partes das cidades de Atlanta e East Point e foi o autor da primeira lei de crimes de ódio, em 2001. A legislação foi concebida para prever sanções mais rígidas para aqueles que, intencionalmente, cometam crimes contra outros motivados por preconceito com raça, religião, etnia, deficiência ou orientação sexual. A palestra confere certificado.

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O debate ocorrerá no auditório Capiba da instituição, que fica no bairro das Graças, no Recife. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (81) 3413-4611 ou 2121-5906.

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