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As delegações russas e ucranianas vão se reencontrar, a partir da segunda-feira, na Turquia, para uma nova rodada de negociações presenciais, anunciou, neste domingo, David Arakhamia, um dos negociadores ucranianos.

"Durante as discussões, hoje, em videoconferência, ficou decidido realizar, na Turquia, uma próxima rodada presencial entre os dias 28 e 30 de março", disse o negociador ucraniano em sua página no Facebook.

O negociador-chefe russo, Vladimir Medinsky, citado pelas agências russas, também anunciou uma nova rodada de conversas, porém disse que elas ocorreriam na terça e quarta-feira, sem especificar o lugar.

Uma sessão de negociações russo-ucranianas, de forma presencial, já foi realizada no dia 10 de março na cidade de Antália, na Turquia, entre os Ministros de Relações Exteriores, sem conduzir a avanços concretos.

Desde então, as conversas têm continuado por videoconferência, o que ambas as partes consideram difícil.

"O processo de negociação é muito difícil", disse, na sexta-feira, o Chefe da Diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, negando qualquer "consenso" com Moscou.

Um pouco antes, o presidente turco, Recep Tayip Erdogan, havia assegurado que a Rússia e a Ucrânia estavam de acordo em quatro dos seis pontos da negociação.

"Não há consenso com a Rússia sobre os quatro pontos mencionados pelo Presidente da Turquia", disse Kuleba, mas elogiou os esforços diplomáticos" de Ancara para pôr fim à guerra.

Nesta terça-feira (1º), embaixadores e diplomatas das delegações do Ocidente abandonaram duas reuniões da ONU, na Suíça, enquanto o chanceler russo Sergey Lavrov se pronunciava. O Brasil adotou uma postura neutra e permaneceu na sala.

As mobilizações durante as Conferências de Direitos Humanos, e mais cedo, a do Desarmamento, evidenciaram o isolamento da Rússia e intensificaram as críticas aos "atos de agressão" contra a Ucrânia. 

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Com ocupação de 180 pessoas, a sala de reuniões foi esvaziada por 140 representantes dos países, estimou a delegação alemã.

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O Brasil e países como Venezuela, Iêmen, Argélia, Síria e Tunísia não aderiram ao boicote e acompanharam o discurso de Lavrov.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, já haviam indicado que o país adotaria uma postura neutra e equilibrada em relação ao conflito.  

O chancelar russo classificou os Estados Unidos e seus aliados como 'egoístas' e repudiou as sanções aplicada contra a Rússia. Inclusive, sua participação foi virtual, já que as aeronaves do país estão impedidas de sobrevoar o espaço aéreo da União Europeia.

Nesta quinta-feira (6), os laboratórios Pfizer e BioNTech oficializaram o acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para que sejam fornecidos imunizantes aos atletas e representantes das delegações que participarão da Olimpíada e Paralimpíada Tóquio 2020. A entrega da vacina será no fim deste mês, para que todos os competidores, técnicos e funcionários já estejam vacinados até o início das competições, em julho.

O acordo foi anunciado por meio de um comunicado oficial em que o diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla, afirma que o retorno da competição representa um momento de união e paz, depois de um ano repleto de isolamento e devastação. "Nós estamos orgulhosos em sermos os responsáveis por fornecer as vacinas aos atletas e delegações nacionais olímpicas", escreveu.

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O ex-campeão olímpico alemão de esgrima, Thomas Bach, hoje Presidente do COI, também se pronunciou após o anúncio do acordo. Ele informou que o novo plano de vacinação é um dos meios que farão a Olimpíada ser um evento seguro para todos os participantes. A medida também serve como uma mensagem de solidariedade, de que a vacina é mais do que um cuidado pessoal, é uma forma de bem-estar com as pessoas do convívio de cada um.

De acordo com o site Our World In Data, que coleta dados e pesquisas sobre doenças, mudanças climáticas e problemas que afetam o planeta, o Japão já aplicou a primeira dose em 2,7 milhões de pessoas, o que equivale a 2,2% da população japonesa. Quando se trata de pessoas que já receberam a segunda dose, e estão completamente imunizadas, o número é de 1,1 milhão, o equivalente a 0,8% dos japoneses espalhados pelas 47 províncias do país.

Os festejos da posse de Jair Bolsonaro na Presidência da República contabilizaram o menor número de delegações estrangeiras em cerimônias de primeiro mandato em quase três décadas. Neste ano, 46 delegações estrangeiras vieram à capital federal, segundo informou nesta tarde o Itamaraty. Desses, dez vieram lideradas por seus chefes de Estado ou governo.

Levantamento feito no acervo do Estadão mostra que à posse de Fernando Collor de Mello, em 1990, vieram 72 delegações estrangeiras. O jornal da época mostra que a grande estrela dessa festa foi o mandatário de Cuba, Fidel Castro, que fazia sua primeira visita ao Brasil. Ele chegou atrasado ao último compromisso da agenda do então presidente, José Sarney. De linha favorável aos Estados Unidos, a posse de Collor foi prestigiada pelo então vice-presidente, Dan Quayle.

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Para a posse de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, vieram 120 delegações. Fidel novamente prestigiou a festa, que teve direito a show de Daniela Mercury.

Novidade no cenário internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mereceu o deslocamento de 110 delegações estrangeiras para sua posse. Ele dividiu os holofotes com o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Dessa vez, os Estados Unidos enviaram seu representante comercial, Robert Zoellick, que havia se envolvido em um bate-boca com Lula na campanha eleitoral. O brasileiro ameaçava paralisar as negociações para formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Zoellick afirmou que, fazendo isso, o Brasil poderia fazer comércio com os pinguins da Antártida. Ao que Lula o classificou de "sub do sub".

A posse mais prestigiada em termos de presença estrangeira foi a de Dilma Rousseff, em 2011. O jornal do dia registra a presença de 130 delegações estrangeiras, das quais 32 lideradas por chefes de Estado ou de governo.

As delegações nacionais que participam dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro começaram a desfilar no Maracanã, nesta sexta-feira, pouco antes de 21h00 (horário de Brasília), lideradas pelos porta-bandeiras, um dos momentos mais emblemáticos da cerimônia de abertura.

Depois de um espetáculo que apresentou a história do Brasil ao exaltar a diversidade do país, com projeções no gramado e apresentações musicais que levantaram o público, a primeira delegação a desfilar foi a Grécia, berço do olimpismo.

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Confira as imagens da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

As outras vinham entrando por ordem alfabética, usando trajes tradicionais ou roupas mais convencionais, mas sempre com um largo sorriso no rosto.

Por ser o país organizador, o Brasil entrará por último, liderado pela porta-bandeira Yane Marques, medalhista de bronze do pentatlo moderno nos Jogos de Londres-2012.

Antes, entrará pela primeira vez uma delegação formada por atletas refugiados.

Essa delegação era tão esperada pelo público que aconteceu uma imprevisto curioso: quando os locutores anunciaram os "Atletas Independentes", ouviu-se uma grande ovação no estádio.

Acontece que, na verdade, não eram os refugiados, mas atletas apátridas, que por algum motivo não podem desfilar sobre a bandeira dos seus países.

Depois desse "equívoco", delegações de Espanha, Estados Unidos ou Grã-Bretanha foram bastante aplaudidas, até por terem como porta-bandeiras os astros Rafael Nadal, Michel Phelps e Andy Murray, respectivamente.

A ovação, porém, foi ainda maior com a dois países que começam com a letra "I", Israel e Itália: mais um retrato da diversidade do Brasil, representado no estádio pelas comunidades judaicas e italianas.

O México também teve ótima recepção, mas principalmente de um setor específico do estádio, que deve ter reunido vários torcedores do país que viajaram para acompanhar os jogos.

Toda a cerimônia de abertura foi marcada por mensagens de cunho ambiental, e o desfile das delegações não foi diferente.

Cada atleta recebeu uma semente e um tubete com substrato para semear uma árvore nativa do Brasil, para colocá-lo em torres espalhadas pelo palco.

Se Belize, Gâmbia e Vanuatu não ficassem tão longe do Brasil, poderiam trazer os atletas para os Jogos do Rio juntos no mesmo micro-ônibus que não causariam aperto aos competidores. Juntos, os três países virão para a Olimpíada mais numerosa da história com apenas 11 atletas - um time de futebol - e são exemplos do quanto a festa mundial do esporte pode ser das multidões e também dos quase solitários.

O desfile de abertura, na próxima sexta-feira, vai apresentar o número recorde de 207 delegações. A presença no Rio de 11,4 mil atletas, porém, não deixa clara a forma como essa soma se tornou tão elevada. Quase metade dos países, 101, vai trazer aos Jogos equipes com até dez competidores.

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O mais diminuto é o "Time Tuvalu". O arquipélago da Oceania de 10 mil habitantes será representado no Rio por apenas um atleta. Timuani Etimoni terá a dura tarefa de tentar ser competitivo nos 100 m rasos, prova em que tem como melhor marca na carreira 11s72, índice bem acima do recorde mundial, os 9s58 do jamaicano Usain Bolt, favorito ao ouro.

"Até queríamos ter levado mais atletas, mas não conseguimos vaga nas seletivas de tênis de mesa e levantamento de peso, as nossas apostas", afirmou o secretário-geral do comitê olímpico do país, Tito Isala.

O discurso do espírito olímpico de "o importante é competir" é o que move a vinda de atletas com poucas expectativas de resultados expressivos. Para Ilhas Salomão, o prêmio é ter conseguido garantir a presença de um trio. "Somos um país pequeno e distante do Brasil. Muita gente daqui adora a nação pelo futebol e ir até esse país já vale pelo valor, história e a experiência. Isso é maior do que qualquer preocupação que podemos ter sobre a sede", disse o diretor do comitê olímpico local, Ronald Bei Talasasa.

A delegações com poucos atletas, geralmente vindas de países com pequenas populações, trazem curiosidades, como San Marino. A pequena república de 61 km² encravada no norte da Itália aposta em duas irmãs para subir ao pódio. Os destaques do quinteto de atletas são as atiradoras Arianna e Alessandra Perilli, rivais na prova de fossa olímpica, no tiro ao prato. "Somos só cinco atletas olímpicos em um país de 33 mil habitantes. É muita emoção poder disputar uma Olimpíada com minha irmã, uma grande satisfação. Espero que seja muito proveitoso", disse Alessandra.

Com 206 países membros, o COI é mais numeroso do que a ONU e adota uma política de inclusão para organizar cada Olimpíada. Todos os afiliados têm direito a pelo menos uma vaga masculina e outra feminina na natação e no atletismo. No Rio, a entidade vetou a presença do Kuwait (leia mais abaixo), mas terá duas delegações transnacionais: Atletas Olímpicos Refugiados e Atletas Olímpicos Independentes.

O COI também aposta em um programa de bolsas para auxiliar atletas de países de maior necessidade. No Rio, estão confirmados 839 competidores que recebem assistência financeira, técnica e cobertura de gastos com passagens.

O Brasil levará a segunda maior delegação dos Jogos, 479, atrás apenas dos 561 americanos. Os atletas da casa serão mais numerosos do que as 90 menores delegações somadas. Somente o elenco à disposição do técnico Rogério Micale no futebol masculino iguala a quantidade da soma de competidores dos nove países que terão dois atletas cada. / COLABOROU DEMETRIO VECCHIOLI

A Olimpíada será uma grande oportunidade para alguns clubes brasileiros e universidades que possuem uma boa estrutura de treinamento. As delegações estrangeiras já estão negociando e acertando espaços exclusivos para fazerem suas aclimatações antes dos Jogos do Rio. E muitos clubes já olham para o dinheiro que vai entrar como uma chance para preparar futuros atletas para as edições de 2020 e 2024.

É o caso do Pinheiros, Flamengo, Paineiras, Hebraica, Clube Naval Charitas e Minas Tênis, só para citar alguns. Nenhum deles revela quanto vai receber, pois existe um contrato de confidencialidade entre as partes, mas estima-se que o Comitê Olímpico Chinês pagará cerca de R$ 12,6 milhões para o Pinheiros, enquanto os Estados Unidos gastará R$ 5,4 milhões para ficar com algumas modalidades no Flamengo.

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"A verba será utilizada para garantir o sucesso da operação. Isso inclui as intervenções necessárias em nossas instalações para atendermos as 14 modalidades da delegação chinesa, compra de equipamentos, operação e logística de alimentação, e contratação de pessoal ou serviços especializados das diferentes áreas envolvidas, caso necessário", diz Roberto Cappellano, presidente do Clube Pinheiros.

Cezar Roberto Leão Granieri, presidente do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindi-Clube), explica que os clubes paulistas são os maiores formadores de atletas olímpicos e podem se lucrar com a presença dos estrangeiros em suas sedes. "São diversos os benefícios para essas agremiações, e podem ser mensurados de muitas formas. Em alguns casos, há contrapartidas financeiras, que poderão ser direcionadas para investimentos, como a compra de equipamentos e ampliação da estrutura existente. Outro aspecto importante, que costuma fazer parte dessas parcerias, é a possibilidade de trocar conhecimento, que gera um ganho inestimável no aspecto técnico para nossos atletas, por meio dessa convivência."

No Rio, o Flamengo firmou parceria com o Comitê Olímpico Norte-Americano e está reformando boa parte de sua sede na Gávea para receber atletas de basquete, vôlei, handebol, rúgbi e ginástica artística. Os três ginásios estão passando por obras, e o investimento vem todo dos Estados Unidos. O clube não confirma valores, mas o jornal O Estado de S. Paulo apurou que o investimento norte-americano é de aproximadamente US$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 5,4 milhões). O montante vai para um caixa à parte das demais receitas e é revertido para o projeto olímpico.

"O Flamengo queria modernizar suas instalações, e está aproveitando a Olimpíada para isso", disse o vice-presidente de Esportes Olímpicos do clube, Alexandre Póvoa. "Nós queremos usar o ciclo olímpico para investir fortemente no pós-Olimpíada. Queremos voltar a ser um clube formador para nos tornarmos o maior fornecedor de atletas para o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2020 e 2024."

Além da reforma na estrutura física, a parceria também envolve troca de experiências entre os treinadores americanos e do Flamengo. "Queremos aproveitar o know-how deles", afirmou Póvoa. Quase todo o valor está sendo usado na modernização na sede, mas uma pequena parte será utilizada em ações de marketing. "Eles não queriam apenas um lugar para treinar. Eles queriam aproveitar um pouco da popularidade do Flamengo para se aproximar da torcida brasileira."

Já em Belo Horizonte, o Minas Tênis Clube firmou parceria com a delegação olímpica e paralímpica britânica para utilização de suas sedes antes e durante os Jogos Olímpicos. O clube já recebeu atletas da equipe de canoagem para treinos e aclimatação no Minas Náutico, uma de suas unidades.

PREPARAÇÃO - Para receber atletas de Israel e Japão, o Clube Hebraica, em São Paulo, também já vive um clima de Olimpíada mesmo a alguns meses dos Jogos. Para o gerente-geral de esportes, Carlos Inglez, todos no clube estão felizes por fazer parte deste momento. "Não temos solicitações específicas das delegações. As únicas coisas que estão sendo feitas são a troca das raias da piscina olímpica e a aquisição de alguns novos aparelhos de musculação para nosso Fit-Center", conta.

No Clube Pinheiros, o trabalho para receber atletas chineses de 14 modalidades diferentes será grande. "Uma particularidade é que o nosso salão de festas, tradicional por receber importantes eventos do clube e artistas, será o 'QG' da delegação. Nele, teremos salas de atendimento à imprensa, escritórios, além do espaço para alimentação de toda a delegação. Será no salão, também, que a equipe de badminton fará seus treinos", explica Cappellano.

Ele conta que o ginásio de handebol receberá dezenas de mesas e iluminação especial para a prática do tênis de mesa, esporte no qual os chineses são os melhores do mundo. "Recentemente, representantes do Comitê Chinês visitaram nossas dependências e ficaram bastante impressionados com alguns de nossos espaços, como a piscina olímpica, que já possui padrão internacional, o ginásio de esgrima e o ginásio da ginástica artística."

Uma invasão mexicana. Foi isso que se viu durante a chegada da delegação da Croácia, na noite deste sábado (21), a um hotel em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Cerca de 50 mexicanos estavam esperando o ônibus que trazia a delegação croata e, quando os atletas desceram, muito barulho e alguns xingamentos.

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