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Os desembargadores da 7ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) mantiveram sentença que determinou a internação compulsória de dependente químico, bem como o custeio do seu tratamento pelo Distrito Federal, uma vez que a família da vítima não dispõe de recursos financeiros para arcar com o pagamento de instituição para este fim.

A ação foi movida pelo pai do paciente que afirma que o filho, de 30 anos, é usuário de drogas há 15 anos. Argumenta que o elevado nível de dependência e a baixa crítica sobre o próprio adoecimento o impedem de compreender a necessidade de aderir ao tratamento adequado, por isso a indicação da internação involuntária. O genitor destaca, ainda, que o procedimento é necessário, pois já foram esgotados todos os recursos extra-hospitalares e, nas atuais circunstâncias, o filho apresenta risco à própria saúde.

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Ao analisar o caso, o desembargador relator observou que se encontra comprovada a necessidade da internação do  usuário em clínica para tratamento de dependentes químicos e psíquicos, e a obrigação constitucional do Distrito Federal em atender tal necessidade.

“Ao dispor sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, a Lei 10.216/2011 preleciona que ‘a internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos’ ”, explicou o magistrado. “Na hipótese, o relatório médico [juntado ao processo] atesta que o réu é usuário de crack, já ficou internado em comunidade terapêutica para tratamento e dependência química, demonstrando, entretanto, pouca adesão aos tratamentos propostos; [...] Por tais motivos foi recomendado pelo médico assistente a internação involuntária”, determinou o relator.

Um casal de dependentes químicos com suspeita de contaminação pela Covid-19 fugiu de hospital em Maceió, Alagoas, na segunda-feira (27). Os dois vivem em situação de rua e estavam em crise de abstinência.

 Os pacientes foram internados no Hospital Escola Hélvio Auto (Heha) com suspeita do novo coronavírus nos dias 21 e 24 de abril. Eles teriam fugido alegando que iriam tomar banho de sol.

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 O serviço social do hospital acionou a Secretaria de Assistência Social de Maceió, mas os pacientes não foram localizados até o momento.

 Por nota, o hospital destacou que as internações não são compulsórias. "O HEHA esclarece ainda que não pode exercer o poder de polícia, uma vez que as internações não são compulsórias por lei, estando o paciente constitucionalmente autônomo de suas vontades", diz a nota.

Três criminosos tentaram resgatar um delegado de Polícia Civil do Amazonas de uma clínica para dependentes químicos na Zona Rural de Igarassu, Região Metropolitana do Recife (RMR), nesta quinta-feira (3). O plano foi frustrado por uma equipe do 17º Batalhão da Polícia Militar (BPM).

Os homens que invadiram a clínica estavam armados. Eles levaram os celulares de pessoas presentes no local e, de acordo com a PM, forjaram a feitura do refém, que era o policial civil que pretendiam resgatar.

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O proprietário da clínica acionou a polícia, que deu início a uma perseguição. Na altura da Ilha de Itamaracá, quando os criminosos foram trocar de carro, acabaram presos.

O grupo foi levado para a Delegacia de Igarassu. Lá, foi descoberto o plano de resgate, que estaria sendo financiado por um empresário, amigo do delegado. 

Pesquisa inédita feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que o tratamento de dependentes químicos é, na maioria das vezes, financiado pelos familiares. O trabalho entrevistou 3.153 famílias de todo o País que tinham entre os integrantes pacientes em tratamento. Desse grupo, 54% pagavam do próprio bolso a internação dos pacientes.

O trabalho revelou ainda que o impacto da terapia afetou de forma drástica ou fortemente quase metade dos entrevistados (45% deles). "Com o estudo, quisemos dar voz a essas famílias, que também sofrem com essa doença crônica, mas estão esquecidas, sobretudo pelos serviços públicos", afirmou o coordenador do trabalho, o psiquiatra da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas Ronaldo Laranjeira.

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Atualmente, 28 milhões de pessoas vivem no Brasil com um dependente químico. "É um problema muito próximo de todos nós. Mas, ao mesmo tempo, poucos dão a importância devida", completa. O fato de a maior parte das famílias arcar com o pagamento é uma prova do abandono, avalia Laranjeira. "A informação é deficiente, os serviços, escassos", observou. A lacuna, completa, está estampada na pesquisa. Dos familiares entrevistados, 50% não sabem o que são os Centros de Atendimento Psicossocial de Álcool e Drogas (Caps), unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento de dependentes químicos. Dos que conhecem, 46% nunca haviam procurado um Caps.

"Os relatos impressionam: às vezes, familiares recorrem aos serviços, dizendo que o dependente está em casa descontrolado, ameaçando todos. A resposta que ouvem é que não há nada a ser feito, enquanto o usuário não comparecer, por conta própria, ao serviço de atendimento", relata o coordenador do trabalho. Laranjeira avalia que o mínimo que poderia ser feito é um serviço de aconselhamento para familiares, mesmo que por telefone. "Atualmente, o serviço limita-se a dar endereços sobre postos de atendimento. Isso não resolve", assegura.

A tensão reflete-se na qualidade de vida dos familiares. De acordo com a pesquisa, esse grupo tem um risco maior para desenvolver doenças. "Eles apresentam, significativamente, mais sintomas físicos e psicológicos que a média da população", afirma.

Dos entrevistados, 58% disseram que as questões enfrentadas com familiares dependentes de drogas afetaram o trabalho ou estudos. Dos entrevistados, 47% relataram ainda que a vida social havia sido prejudicada por causa das dificuldades enfrentadas com o familiar viciado em drogas. A maioria (80%) dos entrevistados era do sexo feminino. A maior parte dos consultados (45%) eram mães dos dependentes. "Geralmente, são elas as grandes envolvidas. Elas que ficam à frente no tratamento", disse.

A atriz Vera Fischer foi internada em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, situada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na última terça-feira (26). O estado da atriz, que foi conduzida por sua filha, Rafaela Fischer, ainda não foi divulgado.

Essa é a terceira passagem de Vera por clínicas de reabilitação desde os anos 1990. Na primeira experiência, em 1995, acabou sendo levada à internação em uma clínica psiquiátrica. Já na segunda, em 1997, além de ter passado cerca de oito semanas no espaço, Vera perdeu a guarda do seu filho Gabriel, fruto da relação com Felipe Camargo, que já enfrentou problemas pelo uso de cocaína.

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Há quatro anos, a atriz publicou a autobiografia "Vera - A Pequena Moisi", em que também toca nos seus problemas com as drogas. “Esta é a parte mais difícil: admitir que está doente, que tem um problema. Não adianta alguém impor ou obrigar a nos tratarmos. A gente tem que ter essa atitude. Não cheguei a pedir para me afastar de um trabalho, mas deu muito trabalho me recuperar”, afirmou a atriz em entrevista ao jornal carioca Extra, em 2008.

No momento, o público pode conferir a atriz na reprise da novela O Clone, exibida no Vale a pena ver de novo pela Rede Globo.

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