Tópicos | Dinamarca

O Departamento de Estado dos Estados Unidos pediu nesta segunda-feira (22) a seus cidadãos que não viajem para a Alemanha nem a Dinamarca devido ao aumento de infecções por coronavírus na Europa.

O governo americano emitiu um alerta de viagens de nível 4, o mais alto, e nela desaconselha a viagem aos dois países europeus devido a "um nível muito alto de covid".

Também advertiu os eventuais viajantes que "existem restrições que afetam a entrada de cidadãos americanos à Dinamarca".

A volta da Europa ao epicentro da pandemia foi atribuída a uma lenta aceitação da vacina em alguns países, à variante delta, altamente contagiosa, e ao clima mais frio, que faz com que as pessoas voltem a permanecer em ambientes fechados.

Na Alemanha, país mais populoso da UE, apenas 68% da população está totalmente imunizada. O país instou todos os adultos vacinados a receberem uma dose de reforço para combater a diminuição da eficácia da vacina após seis meses.

"Provavelmente no fim deste inverno (no hemisfério norte), como às vezes se diz clinicamente, quase todos na Alemanha estarão vacinados, curados ou mortos", disse o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, ao pedir que mais cidadãos se vacinem.

A chanceler em fim de mandato, Angela Merkel, alertou que as restrições atuais para conter a covid-19 na Alemanha, incluindo a proibição a que os não vacinados entrem em certos espaços públicos, "não são suficientes".

Com os leitos nas unidades de terapia intensiva enchendo rapidamente, as autoridades das regiões mais afetadas da Alemanha ordenaram novos fechamentos, inclusive nos tradicionais mercados natalinos.

Além do anfitrião Catar e da Alemanha, que confirmou a classificação na segunda-feira (11), a Dinamarca também está garantida na Copa do Mundo de 2022. A vaga foi carimbada nesta terça (12) com uma vitória por 1 a 0 sobre a Áustria, no Parken Stadium, em Copenhague, na disputa da oitava rodada do Grupo F das Eliminatórias Europeias.

Um gol solitário de Maehle garantiu aos dinamarqueses a oitava vitória em oito jogos de uma campanha irretocável na etapa classificatória do Mundial. Com isso, chegaram aos 24 pontos, isolados na liderança, sem chance alguma de serem ultrapassados pela segunda colocada Escócia, com 17, nas duas rodadas restantes. A briga pela vice-liderança, que garante vaga na repescagem, ainda está aberta, pois Israel venceu a Moldávia e chegou aos 13 pontos.

##RECOMENDA##

Outra seleção que pode se juntar em breve aos classificados para a Copa de 2022 é Portugal, que contou com uma autuação inspirada de Cristiano Ronaldo para golear Luxemburgo por 5 a 0, no estádio Algarve. O craque do Manchester United marcou três gols para ajudar a construir o placar elástico.

Foi ele quem inaugurou o marcador aos sete minutos e também quem ampliou, aos 12. Bruno Fernandes fez o terceiro aos 17 e João Palhinha marcou o quarto, já no segundo tempo, aos 23, antes de Cristiano Ronaldo fechar o resultado, com um gol de cabeça, aos 41.

Com a vitória, Portugal chegou aos 16 pontos no Grupo A, ainda na vice-liderança atrás da Sérvia, com 17 após vencer o Azerbaijão por 3 a 1. Na próxima rodada, a penúltima da chave, os portugueses jogam contra a Irlanda e o sérvios folgam. Já na rodada final, Portugal e Sérvia se encontram, portanto o time de Cristiano Ronaldo só depende das próprias forças para garantir a vaga.

Outra chave que está com uma briga acirrada pela classificação é o Grupo I, no qual a líder Inglaterra empatou por 1 a 1 com a Hungria, no estádio de Wembley, em Londres. O resultado levou os ingleses ao 20.º ponto somado, mas a Polônia venceu a Albânia por 1 a 0 e conseguiu se aproximar, agora na vice-liderança com 17.

A vitória polonesa, aliás, foi marcada por um episódio de confusão. A partida chegou a ser interrompida porque os jogadores poloneses optaram por deixar o gramados no momento em que a torcida albanesa começou a atirar objetos em direção ao campo. No mesmo grupo, Andorra venceu San Marino por 3 a 0, em duelo entre dois times sem chances de classificação.

Já no Grupo D, um dos mais equilibrados, a Ucrânia empatou por 1 a 1 com a Bósnia-Herzegovina e se manteve em segundo lugar, com nove pontos, mas viu a Finlândia ganhar por 2 a 0 do Casaquistão, chegando à terceira colocação com oito. Os bósnios, com sete, também seguem com chances matemáticas. A França, líder do grupo com 12 pontos, não jogou na rodada, mas, pelos resultados, sabe que precisa apenas de uma vitória sobre os casaques, em novembro, para ir à Copa.

Pelo Grupo C, a Suíça goleou a Lituânia por 4 a 0 e chegou aos 14 pontos, mesma pontuação da líder Itália, que está na frente por vantagem no saldo de gols. Enquanto isso, a Bulgária venceu a Irlanda do Norte por 2 a 1, na mesma chave.

No Grupo B, a Suécia venceu a Grécia por 2 a 0 e assumiu a liderança, com 15 pontos, em ultrapassagem que jogou a Espanha para o segundo lugar, com 13. Os espanhóis folgaram na rodada, que teve também uma vitória por 2 a 1 da Geórgia sobre Kosovo.

Nas ruas não há vestígios de máscaras ou passes sanitários, os escritórios voltaram a funcionar e os shows reúnem dezenas de milhares de espectadores. A Dinamarca se despede nesta sexta-feira (10) das restrições anticovid e retorna serenamente à vida de antes.

Nesta velha-nova vida é possível organizar eventos para 50.000 pessoas, sem a necessidade de apresentação certificado de vacinação ou teste negativo de covid, algo bastante inusitado na Europa, com inúmeras restrições ainda em vigor.

"Estamos definitivamente na vanguarda, porque não temos mais restrições", comentou à AFP Ulrik Ørum-Petersen, promotor do show Live Nation, que acontecerá no sábado (11).

No dia 4 de setembro, sua empresa já havia organizado um festival apropriadamente denominado "retorno à vida", que reuniu 15.000 pessoas em Copenhague.

"Estar no meio disso, cantar como antes, quase me fez esquecer a covid-19 e tudo o que vivi nos últimos meses", disse na ocasião Emilie Bendix, uma jovem de 26 anos que compareceu ao show.

Graças às altas taxas de vacinação, 73% entre seus 5,8 milhões de habitantes, a Dinamarca suspendeu quase completamente desde 1º de setembro a exigência do passe anticovid estabelecido em março.

Nesta sexta-feira, também será retirada sua obrigatoriedade nas boates, único setor em que ainda vigorava.

"Nosso objetivo é a liberdade de circulação (...), o que vai acontecer é que o vírus também vai circular e encontrar quem não está vacinado", alertou a epidemiologista Lone Simonsen.

- Confiança na estratégia -

Mas a Dinamarca pode contar com a confiança estabelecida no país entre as autoridades sanitárias e a população, recentemente destacada pela direção europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Como muitos países, a Dinamarca, durante a pandemia, implantou medidas de saúde pública ou sociais para reduzir a transmissão", disse Catherine Smallwood, encarregada das situações de emergência da OMS na Europa.

"Mas, ao mesmo tempo, teve amplo apoio de indivíduos e comunidades que aceitaram os conselhos do governo", destacou.

Agora, com cerca de 500 casos por dia e uma taxa de reprodução do vírus de 0,7, as autoridades dinamarquesas consideram a epidemia sob controle.

O ministro da Saúde, Magnus Heunicke, garantiu no final de agosto que o governo "não hesitará em agir rapidamente se a pandemia voltar a ameaçar as funções essenciais da sociedade".

Nesse ínterim, as autoridades devem monitorar de perto o número de hospitalizações e sequenciar cuidadosamente as amostras de vírus para monitorar sua evolução.

Além disso, desde quinta-feira, oferecem aos grupos mais vulneráveis uma terceira dose da vacina.

Para Christian Nedergaard, dono de um restaurante na capital, o retorno à vida normal não esconde que "a situação continua complexa".

"A memória do coronavírus vai desaparecer muito rapidamente em algumas mentes, mas vai permanecer em outras. Para a restauração, é claro que esse período mudou as regras, o setor terá que refletir para ser mais resiliente", disse.

Embora a vida na Dinamarca volte ao normal, para entrar neste país escandinavo ainda será obrigatório apresentar passaporte de saúde ou teste negativo.

Graças uma considerável cobertura de vacinação, as restrições contra a Covid-19 ainda em vigor na Dinamarca serão suspensas a partir de setembro, já que a doença não é mais considerada "ameaçadora para a sociedade" - anunciou o Ministério da Saúde nesta sexta-feira (27).

"A epidemia está sob controle. Temos taxas recordes de vacinação. Por isso, em 10 de setembro, poderemos abandonar as regras especiais que tivemos de introduzir na luta contra a Covid-19", disse o ministro da Saúde, Magnus Heunicke, citado em um comunicado à imprensa.

"A epidemia não acabou", frisou, garantindo que o governo "não hesitará em agir com rapidez, se a pandemia voltar a ameaçar as funções essenciais da sociedade".

Em março de 2020, a Dinamarca foi um dos primeiros países a adotar um regime de semiconfinamento, com o fechamento de escolas e negócios não essenciais.

Depois de uma primeira flexibilização das medidas algumas semanas depois, voltou a endurecê-las a partir de agosto de 2020, retomando o semiconfinamento no Natal.

Desde então, o país foi-se reabrindo de forma gradual, com a adoção, em abril deste ano, do "passaporte coronavírus". Agora, seu uso é limitado.

Em 14 de agosto, foi suspensa a obrigatoriedade do uso da máscara nos transportes públicos, único local onde ainda era exigida.

No dia 10 de setembro, também vai desaparecer a obrigatoriedade de apresentar o "passe sanitário" nas boates, que reabrem em 1º de setembro, e nos grandes eventos. Já estava previsto que o "passe coronavírus" não será mais necessário para o ingresso em restaurantes, academias e salões de beleza a partir de 1º de setembro.

Mais de 70% da população deste país escandinavo de 5,8 milhões de habitantes está totalmente vacinada.

O gol da vitória da seleção inglesa contra a Dinamarca, na última quarta-feira (7), custou caro para a produtora de conteúdo digital Nina Farooqi. Ela mentiu para os chefes e disse que estava doente para acompanhar a semifinal da Eurocopa no estádio de Wembley, em Londres. Contudo, foi flagrada por emissoras de TV celebrando o desempate na prorrogação e acabou demitida.

Na manhã seguinte após a funcionária aparecer vibrando nas transmissões da partida, o chefe ligou para Nina e comunicou o desligamento. Era por volta de 6h e ela já estava na estação de metrô a caminho do serviço.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

"É uma mistura de emoções: chegamos à final, ainda estou tão eufórica, mas perdi o meu emprego. Minha amiga ganhou os ingressos no trabalho e sabia que eu faria qualquer coisa para ir ao jogo. Não havia como recusar", tentou se explicar em entrevista ao Telegraph.

Ainda que ponha na balança, para ela, a oportunidade de fato era única. Por isso, afirma que mentiria de novo para ver de perto da vitória da Inglaterra que credenciou a equipe a sua primeira final de Euro.

"Eu me arrependo um pouco, ninguém quer ser demitido, mas eu também teria odiado o arrependimento de ficar fora (do jogo). Eu faria tudo de novo", ressalta.

O diretor da Composite Prime e ex-chefe de Nina, Charles Taylor, contou ao The Sun que “ela mentiu. Violou as regras do contrato. Não tivemos escolha".

A Inglaterra vai disputar pela primeira vez a final da Eurocopa, domingo, diante da Itália. Nesta quarta-feira, a seleção inglesa, diante de 64.950 espectadores, em Wembley, derrotou a Dinamarca, na prorrogação, por 1 a 0, após empate no tempo normal, por 1 a 1. O English Team vai tentar ser campeão pela primeira vez desde o título da Copa do Mundo de 1966.

Como se esperava, a Inglaterra iniciou a partida no ataque. Com Kane fora da área, os anfitriões armaram suas jogadas pela direita, cujo objetivo era servir o rápido Sterling, que entrava em diagonal pela esquerda. Aos cinco minutos, o atacante do Manchester City chegou atrasado.

##RECOMENDA##

Aos 12, a Dinamarca errou na tentativa de contra-atacar e propiciou boa oportunidade para Sterling, que parou na defesa de Schmeichel. Mas o domínio inglês durou pouco.

Com uma defesa bem postada, uma saída rápida em contra-ataque e uma marcação não tão forte no campo do rival, a Dinamarca foi se impondo no jogo e passou a ser mais perigosa, graças à inteligência de Damsgaard, que, aos 24 minutos, por pouco não surpreendeu Pickford.

Mas aos 30 não teve jeito. Damsgaard bateu forte a falta e Pickford demorou para ir na bola: 1 a 0, Dinamarca, que, com o placar favorável, se fechou atrás, mas não conseguiu segurar a vantagem por muito tempo. Sempre pela direita, os ingleses pressionaram até que Saka cruzou da direita e Kjaer fez contra. No minuto anterior, Schmeichel havia impedido gol de Sterling, em jogada semelhante.

O segundo tempo teve a Inglaterra com a iniciativa, enquanto os contra-ataques ficaram para a Dinamarca. Mas as oportunidades surgiram dos dois lados. Aos nove minutos, Maguire cabeceou, mas Schmeichel fez bela defesa. Aos 13, Dolberg também fez Pickford trabalhar.

Os minutos seguintes foram marcados por muita precaução das duas equipes, receosas com a possibilidade de sofrerem um gol e terem pouco tempo de reação. Com isso, os lances mais perigosos foram escassos. A tensão foi notada na fisionomia dos torcedores nas arquibancadas de Wembley.

Nos últimos minutos, a Inglaterra pressionou, mas não conseguiu finalizar na meta de Schmeichel. A Dinamarca deu a impressão de estar cansada e abdicou do ataque.

Na prorrogação, o domínio inglês foi ainda maior. Schmeichel fez bela defesa em chute de Kane e também en finalização de Grealish. Sterling também tentou, mas errou. Os dinamarqueses estavam acuados e pouco ficaram com a bola.

Aos 13, o juiz deu pênalti em Sterling, após jogada individual do atacante. A marcação foi confirmada pelo VAR. Kane bateu, Schmeichel defendeu parcialmente, mas o atacante aproveitou o rebote: 2 a 1, Inglaterra. Até o príncipe William festejou demais nas tribunas.

O panorama mudou na etapa final do tempo extra, com a Dinamarca no campo de ataque, enquanto a Inglaterra, com mais espaço, passou a se utilizar dos contra-ataques. As oportunidades foram poucas, mas ainda deu tempo de mais um duelo entre os dois nomes da partida: Sterling x Schmeichel, com vantagem do goleiro.

Nesta quarta-feira (7), Inglaterra e Dinamarca se enfrentam pela semifinal da UEFA Euro 2020. O jogo ocorre no estádio de Wembley, na Inglaterra, a partir das 16h (horário de Brasília). A seleção inglesa é um dos grandes destaques da competição. Por outro lado, a ‘Dinamáquina’ é a surpresa do campeonato e o bom futebol está animando a torcida do país.

A Inglaterra possui uma das melhores campanhas da competição, com cinco jogos e nenhum gol sofrido. Os ingleses desejam manter o bom rendimento, o ataque da equipe vem se destacando com Harry Kane e Sterling, que juntos têm seis gols no campeonato. A seleção eliminou a Ucrânia na última fase e conseguiu a classificação para a semifinal da Euro depois de 25 anos.

##RECOMENDA##

A seleção dinamarquesa passou na segunda colocação no seu grupo e quase ficou de fora da fase de mata-mata. Apesar de não fazer uma boa fase de grupos, a equipe cresceu nos últimos jogos e mostrou um bom futebol. Após eliminar o País de Gales e a República Tcheca, o elenco chega para a semifinal como a surpresa do campeonato.

As seleções já se enfrentaram em 21 oportunidades, o retrospecto de jogos é favorável para a Inglaterra: 12 vitórias para a Inglaterra, 4 vitórias para a Dinamarca e 5 empates. O vencedor dessa partida irá enfrentar a Itália na final, que ocorre no domingo (11), às 16h, em Wembley.

A Dinamarca segue sua saga de superação na Eurocopa. Depois de perder seu astro Eriksen na primeira rodada, após um mau súbito em campo, e com vaga nas oitavas garantida apenas na rodada final, a seleção nórdica se garantiu nas semifinais da Eurocopa ao espantar uma maldição em confrontos contra a República Checa. Então freguesa da rival, ganhou por 2 a 1, em Baku, no Azerbaijão, se vingou da eliminação de 2004 e agora aguarda por Inglaterra ou Ucrânia.

Foi apenas a terceira vitória contra os checos em 26 confrontos na história. A freguesia, porém, teve um desfecho diferente neste sábado. Graças a dois gols na primeira etapa, soube se segurar após reação rival e avança com méritos.

##RECOMENDA##

Depois de duas derrotas no começo da competição, a Dinamarca despertou, ganhou o terceiro jogo seguido, com 10 gols marcados nesta sequência, e chega empolgada à semifinal. Após o drama com Eriksen, o time agora mostra união e enorme força para seguir bem. Está entre os quatro melhores do continente.

Foi um jogo duro, desgastante, e com enorme festa com na torcida em um "abraço coletivo" após o apito final. Venceu quem melhor se postou em Baku. E tudo começou de um erro da arbitragem.

Em um escanteio inexistente, pois seria tiro de meta, surgiu o primeiro gol em Baku. Logo aos 5 minutos, a cobrança encontrou a cabeça de um livre Delaney, que não teve trabalho para fazer 1 a 0. Forte no jogo aéreo, a República Checa deixou o camisa 8 sem marcação.

Apesar da vantagem no marcador, os dinamarqueses seguiram tomando as ações do jogo. No campo ofensivo, seguiam atrás de vantagem ainda maior. Foram 15 minutos se impondo. Os checos demoraram para assimilar o golpe. Mas, aos poucos, equilibraram o duelo.

O goleiro Schmeichel trabalhou bem duas vezes e evitou o empate. A República Checa não empatou e acabou castigada nos contragolpes. No primeiro, se safou com Damsgaard parando no goleiro. No

segundo, nada pôde fazer quando Maehle foi à linha de fundo e cruzou com estilo para Dolberg, sozinho, ampliar.

A festa em vermelho e branco era bonita nas arquibancadas do estádio Olímpico de Baku. Virou apreensão apenas com a lesão de Maehle, que saiu mancando pouco antes do intervalo. Com o apito final, ele teria 15 minutos para se recuperar no vestiário. E se recuperou.

Em um confronto em que os checos apostavam muito em seu artilheiro Schick, o jogo coletivo dos dinamarqueses se sobressaiu na primeira etapa, com a melhor técnica sendo refletida em 2 a 0 no marcador.

Descontente com a apresentação de sua seleção, Jaroslav Silhavy fez duas trocas no intervalo. E a República Checa renasceu no jogo. Voltou com tudo e foi logo exigindo milagre de Schmeichel. No segundo ataque, diminuiu com o artilheiro Schick, agora com os mesmo cinco gols de Cristiano Ronaldo.

Os então barulhentos dinamarqueses se calaram nas arquibancadas com a reação rival. O silêncio transmitia a apreensão após volta bem melhor dos checos.

Era um time no ataque em busca da igualdade diante de outro tentando segurar vantagem no placar e explorando contragolpes para tentar ampliar. Aos checos faltou calma para igualar o marcador, enquanto os dinamarqueses não tiveram capricho para ficar em situação mais tranquila ao sair na cara do goleiro.

O placar, contudo, não foi modificado mais, para festa dos dinamarqueses, maioria entre os 16 mil trocadores presentes. Os jogadores terminaram a partida exaustos e,no fim, ninguém mais tinha pernas e forças para um algo a mais. Melhor para quem iniciou melhor e espantou o fantasma de ser um freguês dos checos.

Bélgica e Dinamarca são as seleções representantes do Grupo B nas oitavas de final da Eurocopa. Nesta segunda-feira, os belgas derrotaram a Finlândia, por 2 a 0, em São Petersburgo, enquanto os dinamarqueses golearam a Rússia, por 4 a 1, em Copenhague.

Com estes resultados, a Bélgica somou nove pontos, ficou na liderança da chave e agora vai enfrentar um dos terceiros colocados, domingo, em Sevilha, na Espanha. Já a Dinamarca, segunda colocada, com três pontos, atua no sábado, em Amsterdã, frente ao País de Gales. A Finlândia, terceira colocada, espera pelos demais resultados para ver se continua na disputa. A Rússia está eliminada.

##RECOMENDA##

Em São Petersburgo, o domínio belga foi total nos primeiros 45 minutos. Os finlandeses não tiveram a menor intenção de atacar. Com isso, a seleção terceira colocada na última Copa conseguiu criar boas oportunidades, principalmente quando a bola passava pelos pés de De Bruyne.

O craque do Manchester City deixou Lukaku em dois momentos importantes, mas o atacante não teve sucesso nas finalizações. Doku e Witsel forçaram o goleiro Hradecky a fazer boas defesas. Um detalhe: foram feitas apenas sete faltas, sendo duas da Finlândia.

A Bélgica voltou mais agressiva na etapa final, a ponto de deixar espaços para o adversário, que até obrigou o goleiro Courtois a fazer uma defesa, aos 16 minutos, após finalização de Kamara. Mas o domínio foi muito grande e Lukaku teve um gol anulado pelo VAR, aos 20 minuto. Aos 28, não teve jeito. De Bruyne bateu escanteio pela esquerda, Vermaele tocou de cabeça, a bola bateu na trave e o goleiro Hradecky acabou tocando para dentro do gol. O juiz deu gol contra.

Daí até o final os belgas poderiam até construir uma vantagem bem maior, mas estavam satisfeitos com mais uma vitória. Mesmo assim, Lukaku deixou sua marca, aos 36, após novo passe recebido de De Bruyne.

GOLEADA - Em Copenhague, a Dinamarca, empurrada pela barulhenta torcida, teve a iniciativa no ataque, mas não conseguiu furar a retranca dos russos, que foram mais perigosos nos contra-ataques. Aos 17, Golovin quase abriu o placar, mas Schmeichel foi bem no lance.

O susto fez os anfitriões acordarem e aí a pressão foi maior até que Damsgaard, aos 37, acertou bonito chute colocado de fora da área, sem defesa para Safonov.

No segundo tempo, os russos se atiraram ao ataque, mas receberam um golpe muito duro, aos 13 minutos, quando Zobnin tentou recuar para Safonov, mas acabou dando uma 'assistência' para Poulsen fazer o segundo gol dinamarquês.

Mesmo desanimada, a Rússia diminuiu com Dzyuba em cobrança de pênalti, aos 24, mas não suportou a pressão do adversário, que alcançou a goleada, após belos gols de Christensen e Maehle.

O meia dinamarquês Christian Eriksen recebeu alta do hospital nesta sexta-feira. A informação foi confirmada pela Associação de Futebol da Dinamarca (DBU, na sigla em dinamarquês). Seis dias atrás, o jogador de 29 anos sofreu parada cardíaca em campo durante o jogo de estreia da sua seleção na Eurocopa, em Copenhague. O episódio comoveu o mundo esportivo, pois Eriksen permaneceu 15 minutos sendo atendido no gramado, com massagens cardíacas, diante dos companheiros e dos torcedores no estádio.

Eriksen vai continuar o período de recuperação em sua residência. O jogador recebeu alta de uma operação bem-sucedida para a colocação de um cardioversor desfibrilador implantável (ICD, na sigla em inglês) em seu coração. O atleta também recebeu a visita dos seus companheiros da seleção dinamarquesa.

##RECOMENDA##

"A operação correu bem e estou indo bem, de acordo com as circunstâncias médicas. Foi muito bom ver os caras novamente depois do jogo fantástico que fizeram na noite passada. Não há necessidade de dizer que estarei torcendo por eles na segunda-feira contra a Rússia", escreveu o atleta em mensagem divulgada pela DBU.

O aparelho que Eriksen passou a utilizar solta uma descarga elétrica em caso de parada cardíaca e atua também como marca-passo. O aparelho envia impulsos elétricos quando a frequência cardíaca é muito lenta, com o objetivo de evitar uma doença. Além desta função, também pode tratar de um ritmo muito rápido de batimentos cardíacos.

Ainda não há informações se o dinamarquês vai poder voltar a atuar. Outros jogadores, como o holandês Daley Blind, conseguiram prosseguir com a carreira no esporte depois da implantação do aparelho, que permite controlar e regular o ritmo cardíaco.

Na última terça-feira, três dias após sofrer o mal súbito, ele usou as suas redes sociais para se pronunciar oficialmente pela primeira vez. E se mostrou muito agradecido pelas inúmeras mensagens de apoio que tem recebido desde que está internado em um hospital da capital dinamarquesa.

A Confederação Dinamarquesa de Futebol informou, na manhã desta quinta-feira (17), que Christian Eriksen vai implantar um desfibrilador no coração. No último sábado (12), o meio-campista comoveu o mundo quando sofreu um ataque cardíaco e foi reanimado em campo durante a estreia do país na Eurocopa.

O médico que acompanha Eriksen e os demais atletas da Dinamarca explicou que o procedimento serve para corrigir o desnível no ritmo dos batimentos. Desse modo, o aparelho evitaria outro mal súbito.

##RECOMENDA##

"Após Christian ter sido submetido a diferentes exames no coração, foi decidido que ele deveria ter um ICD (sigla para cardioversor desfibrilador implantável). Esse dispositivo é necessário depois de um ataque cardíaco devido a distúrbios de ritmo cardíaco. Christian aceitou a solução, e o plano foi confirmado por especialistas nacionais e internacionais que recomendam o mesmo tratamento", publicou a Confederação em nome do médico Morten Boesen.

[@#video#@]

LeiaJá também:

---> Eriksen fala pela 1ª vez após desmaio: 'não vou desistir'

---> Eriksen não teve Covid e não foi vacinado, diz Inter

---> Após mal súbito, Eriksen publica foto e diz se sentir bem

A forma como foi tratado o caso do mal súbito que o meia Christian Eriksen teve no último sábado, na partida da Dinamarca contra a Finlândia, em Copenhague, na estreia pela Eurocopa, não foi bem aceito pelos dirigentes dinamarqueses. Nesta quarta-feira, a Associação Dinamarquesa de Futebol (DBU, na sigla em dinamarquês) pediu à Uefa que altere seus procedimentos após o ocorrido e a subsequente decisão de retomar o jogo.

O jogador da Internazionale, que teve que ser ressuscitado no gramado, passa bem, mas segue sob observação no hospital Rigshospitalet, em Copenhague. A seleção da Dinamarca teve a oportunidade de reiniciar a partida na mesma noite ou no dia seguinte, mas apesar de claramente abalados, voltaram ao jogo e perderam por 1 a 0. O técnico Kasper Hjulmand e seus jogadores disseram que preferiam não ter jogado.

##RECOMENDA##

"Foi uma decisão errada e completamente insustentável que os jogadores tivessem que estar em campo logo após a terrível experiência. Essa é uma situação em que jogadores e treinadores não devem ser colocados porque não é e não deve ser decisão deles", disse o presidente da DBU, Jesper Moller, em comunicado oficial nesta quarta-feira.

"Agora queremos uma avaliação de todo o processo de tomada de decisão para que possamos colocar todos os fatos e informações relevantes sobre a mesa. Devemos olhar para uma mudança nas regras para garantir que nunca mais estaremos na mesma situação. Estamos prontos para apresentar uma resolução à Uefa", acrescentou o dirigente.

Nesta quinta-feira, a Dinamarca enfrentará a Bélgica, novamente em Copenhague, pela segunda rodada do Grupo B. Na entrevista coletiva, Hjulmand disse que Eriksen deve acompanhar pela televisão e até ouvir de longe a partida. "Acredito que o Christian vai assistir. É uma situação muito louca. O hospital é do lado de (estádio) Parken, quando ele olhar pela janela, vai poder ouvir tudo de lá. Acredito que ele vai estar de camisa da Dinamarca assistindo o jogo", declarou.

A seleção da Dinamarca terá um ônibus disponível nesta quarta-feira para os jogadores que quiserem voltar à arena e se prepararem emocionalmente para o retorno ao cenário do episódio traumático do último sábado. "Vai ser emocionante voltar ao estádio Parken. Sei que vamos ter um apoio sensacional da torcida, do nosso país. Temos que estar preparados para essa emoção. Temos que estar prontos para jogar, usar essa energia positivamente, mostrar a nossa identidade, como lutamos", afirmou Hjulmand.

"Obrigado a todos, não vou desistir". Estas são as primeiras palavras do meia Christian Eriksen, da seleção da Dinamarca, através de seu empresário Martin Schoots, após ter desmaiado em campo no jogo do último contra a Finlândia, em Copenhague, na estreia pela Eurocopa. O atleta da Internazionale, de 29 anos, fez uma breve declaração ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, na qual agradece tudo o que fizeram por ele e garantiu que não vai desistir.

O jogador dinamarquês afirmou que se sente melhor e que quer entender o que aconteceu no estádio Parken. O jogo contra a Finlândia foi interrompido aos 43 minutos do primeiro tempo, depois do meia ter tido um mal súbito e recuperado a consciência ainda no gramado. A partida foi retomada mais de uma hora depois.

##RECOMENDA##

Schoots afirmou que o jogador está bem disposto, mas ansioso para descobrir o que provocou a parada cardíaca. O empresário recordou a conversa que teve com Eriksen na manhã de domingo. "Ele estava bem disposto, o achei bem", disse à edição desta segunda-feira do Gazzetta dello Sport. "Todos nós queremos saber o que aconteceu, ele também. Os médicos estão fazendo exames detalhados, vai demorar", afirmou.

Eriksen, contou o empresário, ficou sensibilizado com as demonstrações de carinho que recebeu. "Chegaram mensagens de todo o mundo", disse Schoots, afirmando que o jogador ficou especialmente sensibilizado pelas mensagens da Internazionale. Não só dos companheiros de equipe, mas também dos torcedores.

"Metade do planeta está em contato conosco, todos estão preocupados", acrescentou. "Agora, deve simplesmente descansar", disse o empresário confirmando que a mulher e os pais de Eriksen estão com ele no hospital em Copenhague.

De acordo com Schoots, o jogador irá permanecer em observação no hospital até pelo menos esta terça-feira. "Mas, em qualquer caso, ele quer apoiar os companheiros da seleção no jogo contra a Bélgica", completou.

Um porta-voz da Associação Dinamarquesa de Futebol (DBU, na sigla em dinamarquês) afirmou que a condição de Eriksen era "estável", mas que iria continuar hospitalizado para efetuar exames complementares.

A Dinamarca anunciou, nesta segunda-feira (3), sua renúncia ao uso da vacina anticovid da Johnson & Johnson por seus possíveis efeitos colaterais graves, depois de já retirado em abril o injetável da AstraZeneca de sua campanha de imunização.

"Os benefícios de usar a vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson não compensam o risco de provocar um eventual efeito indesejável", disse a autoridade nacional de saúde dinamarquesa, em referência a um tipo de trombose muito pouco comum e apesar da aprovação do regulador europeu e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para seu uso.

Portanto, a Dinamarca "continuará o programa de vacinação em massa contra a covid-19 sem a vacina Johnson & Johnson", anunciou.

A Dinamarca, que com essa decisão está entre os primeiros países a renunciar a este imunizante no mundo, não havia autorizado a vacina, comercializada na Europa pela Janssen, subsidiária da J&J. Sua implementação ou não vinha sendo avaliada desde meados de abril.

Esta decisão vai desacelerar em quatro semanas a atual campanha de imunização no país nórdico, onde a epidemia é considerada "sob controle" e onde a maioria das pessoas em risco e profissionais da saúde já foram vacinados.

De acordo com a última contagem, 11,5% dos 5,8 milhões de dinamarqueses estão totalmente vacinados e 23,4% receberam a primeira injeção.

Atualmente, quatro vacinas estão autorizadas na UE: Pfizer-BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson - as duas últimas sob certas condições de idade na maioria dos países europeus.

"Também devemos ter em mente que, no futuro, vacinaremos principalmente pessoas mais jovens e saudáveis", disse a vice-diretora-geral da Autoridade de Saúde dinamarquesa, Helene Probst, citada no comunicado.

Em abril, o regulador americano suspendeu temporariamente o uso da vacina Johnson & Johnson após o registro de raros casos de trombose.

Na Europa, a EMA estimou que sua relação benefício/risco era favorável, apesar de um risco "muito raro" de coágulos sanguíneos.

A Dinamarca encomendou 8,2 milhões de doses da vacina e recebeu os primeiros lotes em meados de abril.

O governo da Dinamarca decidiu suspender o uso da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 como medida preventiva, devido a temores relacionados com a formação de coágulos sanguíneos nos vacinados - informou sua Agência Nacional de Saúde, nesta quinta-feira (11).

A suspensão se dá, "depois dos informes de casos graves de formação de coágulos de sangue em pessoas que foram vacinadas com a vacina contra covid-19 da AstraZeneca", anunciou a Agência Nacional de Saúde, acrescentando que, "por enquanto, não se pode concluir que tenha uma relação entre a vacina e os coágulos de sangue".

Na segunda-feira (8), a Áustria informou que parou de administrar um lote de imunizantes produzidos pelo laboratório anglo-sueco. O anúncio se deu após a morte de uma enfermeira de 49 anos que sucumbiu a "graves distúrbios de sangramento", dias depois ser vacinada.

Outros quatro países europeus - Estônia, Lituânia, Letônia e Luxemburgo - suspenderam imediatamente a vacinação com doses desse lote, que foi entregue a 17 países e incluía um milhão de vacinas.

Já a Dinamarca interrompeu o uso de todas as suas vacinas da AstraZeneca.

Na quarta-feira (10), uma investigação preliminar da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) destacou que não havia relação entre a vacina da AstraZeneca e a morte na Áustria.

Até 9 de março, 22 casos de trombose foram notificados em um universo de mais de três milhões de pessoas vacinadas no Espaço Econômico Europeu, de acordo com a EMA.

"É importante ressaltar que não desistimos da vacina da AstraZeneca, mas estamos fazendo uma pausa em seu uso", afirmou o diretor da agência dinamarquesa, Søren Brostrøm, em um comunicado.

A Suécia começou nesta quinta-feira (4) a desenvolver certificados de vacina digitais que serão usados para que as pessoas possam viajar para o exterior e participar de eventos culturais e esportivos dentro do país, como shows e partidas de futebol. Na quarta-feira (3), a Dinamarca anunciou uma medida semelhante.

"Com um certificado digital, será comprovado de forma rápida e fácil que a pessoa está em dia com a vacina", afirmou o ministro sueco de Desenvolvimento Digital, Anders Ygeman. O governo espera ter a ferramenta disponível em junho.

##RECOMENDA##

Já a Dinamarca ainda não tomou a decisão sobre se os "passaportes corona" servirão para algo além de permitir viagens. As autoridades de saúde afirmaram que aguardam o resultado de pesquisas para saber se pessoas vacinadas podem transmitir o vírus. A Dinamarca espera que a primeira versão do documento digital seja lançada no final de fevereiro.

"Quando a Suécia e os países ao nosso redor começarem a abrir, os certificados de vacinação, provavelmente, serão necessários para viagens e, possivelmente, para a participação em outras atividades", disse Ygeman.

As autoridades dos dois países disseram também que serão feitos esforços para compatibilizar os certificados nacionais com os internacionais que já estão em discussão na Organização Mundial da Saúde (OMS) e na Comissão Europeia.

A OMS havia proposto a criação do "passaporte covid", no ano passado. No entanto, em janeiro, disse que, no momento, a organização se opõe a que eles sejam usados como condição para viagens internacionais.

A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apoia a ideia, mas disse que o debate deve incluir todos os países. "Se isso (o certificado) dá prioridade ou acesso a certos bens, esta é uma decisão política que tem de ser discutida pelo bloco." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Dinamarca já vacinou mais de 2% de sua população contra o novo coronavírus, graças a uma logística eficiente de distribuição, o que coloca este pequeno país escandinavo em primeiro lugar em vacinação na União Europeia.

Ao contrário de outros países que, por prudência, ou por uma organização complexa, mantêm inúmeras doses no freezer para a segunda dose, a Dinamarca decidiu usar seus estoques da vacina Pfizer/BioNTech o mais rápido possível.

"A posição do governo é que, a partir do momento em que as vacinas tocam o solo dinamarquês, elas devem ser usadas", disse a primeira-ministra, Mette Frederiksen.

Graças a uma logística eficiente e a uma rápida campanha em lares de idosos - onde quase todos os voluntários já foram vacinados -, a Dinamarca lidera os países da UE, bem à frente da Itália e da Eslovênia, a um ritmo quase três vezes mais rápido do que a média do bloco, de acordo com dados da AFP.

Segundo os últimos dados de quinta-feira (14), mais de 129.170 pessoas na Dinamarca receberam a primeira dose da vacina desde o início da campanha, em 27 de dezembro, ou 2,2% dos 5,8 milhões de habitantes.

- Identificador digital -

"Nossa configuração permite uma distribuição rápida e temos uma infraestrutura informática muito boa, que nos permite registrar a vacina toda vez que alguém a recebe", usando o identificador digital da Previdência Social, explica Jens Lundgren, professor da Universidade de Copenhague, especialista em doenças contagiosas.

O fato de iniciar a vacinação em lares de idosos e de dependentes, onde a vacina é administrada nos centros, permitiu iniciar a campanha com números elevados, afirma a epidemiologista Lone Simonsen, professora da Universidade de Roskilde.

Para aumentar o número de pessoas tratadas com a primeira dose, o país é um dos que decidiram atrasar a aplicação da segunda dose, em até seis semanas, prática validada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar da relutância do fabricante.

No centro de vacinação de Roskilde, nos arredores de Copenhague, Mikael Jensen, de 75 anos, saiu vacinado da primeira dose com uma convocação para a segunda em três semanas.

Este aposentado, que fez um transplante de rim, manifestou à AFP seu "alívio".

Neste centro, o pessoal de saúde vacina uma pessoa a cada 12 minutos, diz seu responsável, Kim Christiansen.

Todos terão sua segunda dose a tempo, assegura Trine Holgersen, chefe dos serviços de saúde da região da Zelândia, que prevê iniciar as segundas doses na segunda-feira.

"Sabemos exatamente onde devemos estar, a que horas e em que pessoa injetar", garantiu.

- Corrida contra variante -

A intenção das autoridades de saúde é vacinar todos os voluntários - 80% dos dinamarqueses, segundo pesquisas - até junho.

"Nosso objetivo é poder vacinar 100 mil dinamarqueses por dia quando tivermos vacinas disponíveis", promete Frederiksen.

Depois de uma estagnação por quatro dias, o número de vacinas aumentou acentuadamente na quarta-feira, véspera da nova campanha de vacinação da Moderna. Nesse caso, o país decidiu guardar metade das doses.

Além de possíveis problemas de abastecimento, o ritmo pode diminuir agora que as pessoas terão de se deslocar para os centros de vacinação, alerta Lundgren.

"Temos infraestrutura, mas as pessoas terão de ir ao posto de vacinação. Isso pode mudar drasticamente as estatísticas", afirma.

A Dinamarca enfrenta outro problema: a variante mais contagiosa descoberta no Reino Unido, que, na quarta-feira, foi detectada em 200 casos e continua se espalhando rapidamente.

"Com a nova variante, é uma corrida contra sua expansão e a necessidade de vacinar", diz Simonsen.

Margarida II, a popular rainha da Dinamarca, recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19, anunciou a Casa Real dinamarquesa nesta sexta-feira(1).

"Sua Majestade, a Rainha, foi vacinada hoje contra a covid-19. A rainha será revacinada em cerca de três semanas", disse a corte em nota.

A soberana, que completou 80 anos em 2020, integrou o primeiro grupo de dinamarqueses a se beneficiar da imunização.

Em princípio, Copenhague planeja vacinar residentes de lares de idosos, então os vulneráveis com mais de 65 anos e os profissionais de saúde mais expostos.

Quase 30 mil pessoas, dos 5,8 milhões de habitantes da Dinamarca, tradicionalmente dispostos a seguir as recomendações das autoridades sanitárias, receberam a primeira injeção da Pfizer / BioNTech desde o início da campanha de vacinação, no dia 27 de dezembro.

Com seus imaculados cabelos brancos sempre presos em um coque impecável, Margarida II é reverenciada no reino escandinavo. A soberana já adiantou que permanecerá no trono até seu último suspiro. Fumante, artista e poliglota entre outros talentos e costumes, ela ficou viúva há dois anos do príncipe Henrique, de origem francesa.

A família do príncipe herdeiro, Federico, foi colocada em quarentena no início de dezembro depois que um de seus filhos, o príncipe Cristián, testou positivo para coronavírus.

A primeira-ministra da Dinamarca anunciou, nesta segunda-feira (7), que fechará as escolas, bares, cafés e restaurantes de 38 municípios, incluindo Copenhague e outras duas grandes cidades, para conter o aumento de casos no país.

"A propagação do vírus está crescendo e a situação é muito preocupante. Portanto, temos que tomar medidas para controlar os contágios e a pandemia", explicou durante coletiva de imprensa Mette Frederiksen, enquanto pediu aos dinamarqueses que não se reúnam com mais de dez pessoas durante as festas de Natal e Ano Novo.

Como já ocorreu na primavera (boreal), a partir de quarta-feira as escolas voltarão para as aulas online e os bares, cafés e restaurantes irão fechar, com permissão de venda de refeições apenas para levar.

Junto a este confinamento também se somam as bibliotecas, academias, cinemas e teatros. Essas medidas serão aplicadas apenas nas áreas mais afetadas do país escandinavo: Copenhague e sua periferia, assim como outras duas grandes cidades da Dinamarca, Aarhus (oeste) e Odense (centro).

As autoridades de saúde registraram nesta segunda-feira um recorde diário de 2.046 novos casos em 24 horas. Espera-se que até o Natal os casos se aproximem dos 4.000 diários, em um país de 5,8 milhões de habitantes, segundo informado pela televisão pública DR.

As restrições anunciadas hoje estarão em vigor até 3 de janeiro para controlar um aumento de casos qualificado como "exponencial" pelo ministro da Saúde, Magnus Heunicke.

Essas medidas complementam as já tomadas pela Dinamarca durante a segunda onda que afeta a Europa desde outubro, como reuniões sociais de no máximo dez pessoas e o fechamento de bares às dez da noite, que serão mantidas até 28 de fevereiro.

Em meio aos protestos antirracismo, a famosa estátua de bronze em homenagem à Pequena Sereia foi pichada ontem em Copenhague: "peixe racista", dizia a mensagem.

O monumento é uma homenagem à personagem criada pelo escritor dinamarquês Hans Christian Andersen e está colocada em uma pedra à beira-mar. A escultura de 107 anos e 1,65 metro de altura, que anualmente é visitada por um milhão de turistas, já foi pichada antes por ativistas pró-democracia e por ambientalistas contrários à pesca de baleias, que é legal no país.

##RECOMENDA##

O monumento também já foi decapitado duas vezes. "Consideramos a pichação um ato de vandalismo e vamos investigar", afirmou um porta-voz da polícia da capital.

A personagem de Hans Christian Andersen não esteve envolvido no debate antirracista, mas as versões da Disney para a história da Pequena Sereia, sim. No ano passado, quando a empresa anunciou que faria um filme com base no desenho animado de 1989, a atriz negra Halle Bailey, escolhida para o pape da protagonista Ariel, recebeu uma quantidade enorme de mensagens racistas.

A própria Disney foi criticada por colocar uma negra no lugar de uma "personagem dinamarquesa, que deveria ser branca e ter cabelos ruivos". Na época, a empresa divulgou um comunicado afirmando que "as sereias dinamarquesas podem ser negras, porque os dinamarqueses podem ser negros".

Foi só em 1992 que a Disney criou sua primeira princesa que não era branca: Jasmine, de origem árabe, no desenho animado Aladim. Depois, vieram Pocahontas, a primeira indígena, em 1995, Esmeralda, uma cigana, em 1996, Mulan, uma asiática, em 1998, Tiana, uma negra, em 2009, e Elena, a primeira latina, em 2016. "Tenho muita dificuldade para ver o que é racista no conto de fadas A Pequena Sereia", disse Ane Grum-Schwensen, pesquisadora do Centro H.C. Andersen da Universidade do Sul da Dinamarca.

Andersen nunca foi apontado como um autor de obras racistas, embora tenha abordado o colonialismo e questões raciais em uma peça de 1840 chamada Mulatto. No entanto, alguns estudiosos sustentam que há implicações racistas em algumas histórias do escritor dinamarquês.

Desde o começo dos atos contra o morte de George Floyd, negro assassinado em 29 de maio por um policial branco em Minneapolis, nos EUA, manifestantes em toda a Europa começaram a atacar monumentos históricos que faziam homenagem a escravocratas ou personagens com passado colonialista, como Winston Churchill, ex-premiê britânico.

A onda começou em Bristol, no Reino Unido, quando manifestantes derrubaram uma estátua de Edward Colston, um traficante de escravos do século 17, que foi homenageado com o monumento em 1865. Os ativistas amarraram uma corda na estátua e a arrastaram até o Rio Avon, onde ela foi atirada. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando