[@#galeria#@]
ARACAJU (SE) - Dados do Ministério da Saúde revelam que apenas 19,5% da população do Brasil têm sangue com fator RH negativo. A partir desse dado e do grande déficit em Sergipe, o Serviço de Doação de Sangue do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) realiza uma campanha de doação de sangue para conscientizar a população da importância de doar. A ação tem como objetivo manter o hemocentro abastecido com 120 bolsas de sangue, por dia, de todos os tipos de sangue sendo destinadas, prioritariamente, para casos em que o paciente se submete a procedimentos cirúrgicos.
##RECOMENDA##A assessora de comunicação da Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), que presta serviço para Hemose, Rosangela Cruz, explica que o sangue é destinado para vários tipos de tratamentos. “Precisamos do tipo de sangue do fator RH negativo por ser o mais escasso. O sangue é destinado para vários tratamentos desde os acidentes até os tratamentos oncológicos, porém os pacientes que passarão por procedimentos cirúrgicos são os precisam com mais urgência”, revela.
Etapas e requisitos
Na hora de doar, o voluntário precisa atender a algumas exigências que garantam a sua saúde e do paciente que receberá a doação. De acordo com a gerente de coleta da Hemose, Florita Aquino, depois de passar os dados cadastrais a pessoa é submetida a uma pré triagem onde saberá se o doador está com anemia entre outras avaliações, depois o doador passa por uma entrevista para saber os principais precedentes para a partir daí coletar o sangue.
“Cada bolsa tem 450 ml de sangue e a pessoa fica em torno de 30 a 40 minutos para fazer todas as etapas, em horário de pouco fluxo. O doador tem que está alimentado. Só não poderá doar quem for epilético, tomando remédios controlado; quem já teve hepatite; e mulheres no período da gestação, além dos que foram tatuados ou colocaram piercing no período de um ano.”, explica a coordenadora.
Apoio
O Hemose realiza, por mês, em torno de 10 a 15 campanhas em prol a doação de sangue. Em muitos casos, são as empresas e organizações públicas que procuram o centro para que haja uma mobilização no local. Rosangela Cruz, explica que o Hemose tinha uma unidade móvel de atendimento ao público, porém por determinação do Ministério Público (MP) não pôde mais funcionar. “Efetuávamos coleta de sangue nas ruas, mas com a ordem do MP não podemos continuar, hoje há um projeto de uma nova unidade, porém não foi nos dado um prazo”, comenta a assessora.
A campanha vai além dos territórios da capital sergipana, indo suprir às necessidades da população do interior que muitas vezes não podem vir até a capital doar sangue. “Uma maneira de estarmos presentes, pois quando eles não podem vir vamos até ele. Lá, mediante a um espaço cedido, montamos toda a estrutura do Hemose o que chamamos de mini Hemose”, explica Rosangela Cruz.
Doação
Para o motorista, Franklin de Carvalho, que doou sangue pela primeira vez, a grande motivação é ver que o seu ato pode ajudar outras pessoas. “Fui numa emergência e vi a quantidade de gente que está na fila para receber sangue e imediatamente resolvi fazer a doação, pois é uma situação deplorável”, comenta.
Já para o estudante, Phillipy Soares, é a 5º vez que ele doa sangue, pois toda a família já faz esse gesto concreto. “Não houve nenhuma motivação em especial para eu doar sangue, além da minha família toda doar eu já faço isso por livre vontade, pois é muito importante, pois um dia eu posso precisar receber doação também”, explica o estudante. “Muitas pessoas não doam por falta de informação e, principalmente, falta de vontade porque é um ato nobre e que, muitas vezes, não dura nem uma hora”, conclui.
A Hemose supre a necessidade do todo o estado de Sergipe para hospitais e clínicas públicas. “A grande importância de se doar sangue é manter o estoque em dias, pois a demanda aumentou, e para manter em dias temos que ter no mínimo 120 bolsas e a média diária está de cerca de 80 bolsas”, conclui a coordenadora Florita Aquino.
Confira o depoimento da gerente de doação do Hemose, Florita Aquino:
[@#video#@]